PANAMBI/RS
2021
CRISTIAN BORGES DOS SANTOS
PANAMBI/RS
2021
CRISTIAN BORGES DOS SANTOS
PANAMBI/RS
2021
RESUMO
Santos, Cristian Borges. Desenvolvimento de metodologia de estudo de coordenação e
seletividade, através elaboração de um procedimento Operacional Padrão (POP). Curso
de Engenharia Elétrica, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do
Sul – UNIJUÍ, Panambi, 2021.
O estudo de coordenação e seletividade é exigência das normas regulamentos do sistema
elétrico brasileiro e das normas relaciona a cada concessionária, desde que atendam
alguns critérios, em suas generalidades em sistemas média e alta tensão. Com objetivo
isolar uma parte sistema com falha elétrica mais rápido possível sem causar dano aos
equipamentos e sem que seja necessário desenergizar todo o sistema elétrico.
O presente relatório apresentará uma metodologia, aplicada através de procedimento
operacional padrão (POP), para realizar um estudo de coordenação. Esta aplicação será
levada em conta fatores de atuação a empresa NBRtec, já que maioria dos clientes da
mesma são voltadas na área de agroindústria.
TR Transformador
km Quilometro
R Resistência
X Reatância
Z Impedância
W Watts
VA Volt-Ampère
In Corrente Nominal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8
1.1 Objetivo ............................................................................................................ 8
1.2 Descrição do trabalho ....................................................................................... 8
2 DESCRIÇÃO DO ESTÁGIO ................................................................................ 9
2.1 Dados de identificação da empresa .................................................................. 9
2.2 Área de atuação da empresa ............................................................................. 9
2.3 Histórico da empresa ........................................................................................ 9
3 EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................................................ 11
3.1 Impedâncias do Sistema ................................................................................. 11
3.2 Curto Circuito ................................................................................................. 13
3.2.1 Trifásico Simétrico .................................................................................... 13
3.2.2 Bifásico ...................................................................................................... 13
3.2.3 Fase Terra .................................................................................................. 13
3.2.4 Trifásica Assimétrico ................................................................................. 14
3.3 Curvas ............................................................................................................. 14
4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ............................................. 17
4.1 Metodologia .................................................................................................... 17
4.2 Dados de Projeto/Concessionária ................................................................... 18
4.3 Calculo de Impedâncias Concessionárias ....................................................... 19
4.4 Calculo de Impedâncias Rede Interna (Área/Subterrânea)............................. 20
4.5 Calculo de Impedâncias do Transformador .................................................... 20
4.6 Cálculos de Curto Circuito ............................................................................. 21
4.7 Parametrização................................................................................................ 23
4.7.1 Cálculos de ajuste do Relé ......................................................................... 24
4.7.2 Ajuste do Relé de Sobrecorrente ............................................................... 25
4.7.3 Parâmetros do Relé .................................................................................... 26
4.8 Curva de Atuação do Relé .............................................................................. 28
4.9 Documentação ................................................................................................ 32
5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 34
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 35
1 INTRODUÇÃO
Este relatório tem por sua finalidade relatar as atividades realizadas no período do
estágio curricular obrigatório, voltado para o desenvolvimento profissional no curso de
engenharia elétrica que foi realizado na empresa NBRtec – Industria Equipamentos Elétricos.
As atividades desenvolvidas na empresa NBRtec, estão voltadas para atender as
demandas relacionadas a agroindústria. Entre as atividades realizadas pela NBRtec, está sobre
o encargo do estudo de coordenação e seletividade elétrica, realizado nas industrias na qual a
empresa está prestando serviços de elaboração de projetos e instalação elétrica. a obrigação do
estudo de coordenação e seletividade, é estabelecida pelas normativas do sistema elétrica.
A proposta desse relatório é desenvolver uma metodologia para estudo de coordenação
e seletividade padrão que possa aplicado ampla sempre for necessário desenvolver uma
atividade dessa natureza.
1.1 Objetivo
O objetivo deste documento é desenvolver e relatar atividade realizada no período do
estágio supervisionado e obrigatório na empresa NBRtec na área de projetos elétricos.
Os objetivos específicos abordados nesta experiência serão:
• Conhecer e analisar a metodologia de estudo e coordenação e seletividade atual;
• Elaborar uma nova metodologia para estudo de coordenação e seletividade;
• Desenvolver um procedimento operacional padrão para estudo de coordenação e
seletividade para aplicação desta atividade.
2 DESCRIÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio foi realizado na empresa NBRtec, em Panambi, no setor de projetos elétricos.
Praticou atividade de desenvolver uma metodologia para o estudo de coordenação e seletividade
a partir do desenvolvimento de um procedimento operacional padrão.
3 EMBASAMENTO TEÓRICO
O estudo coordenação e seletividade elétrica tem como principal objetivo, garantir que
os sistemas de proteção atuem em caso de anomalias, sem danificar os equipamentos ligados
rede interna da unidade consumidora.
Segundo estabelecido pelo Módulo 3 do PRODIST, (Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional), na seção 4, todas conexões de unidade de Média
e Alta Tensão deveram desenvolver estudo de coordenação e seletividade. Como forma
garantir que os sistemas de proteção do acessante e da acessada, deveram atender requisitos de
sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operacional, para que não aja danificações
no sistema elétricos decorrente de distúrbios no sistema.
Os sistemas de proteção devem ser dimensionados conforme correntes de curto circuito
no ponto de conexão atuais e previstas para horizonte de planejamento eliminando defeitos do
tempo estabelecido pela distribuidora.
A concessionária para permitir que esse sistema seja ligado na sua rede, faz-se cumprir
suas normas estabelecidas pela própria, em geral essas normas mantém um padrão básicos,
mas algumas particularidades de cada concessionária devem ser observadas para que para que
aja um estudo coordenação e seletividade eficiente e possa ser aprovado pela mesma.
Para realizar um estudo de coordenação e seletividade, se deve obter os dados de
projeto, grandezas de bases do sistema, dados da concessionária, dados relacionados entrada
e/ou rede da distribuidora. Desta forma se obtém as impedâncias do sistema e
consequentemente corrente de curto circuito. Assim tendo dados necessários para realizar a
parametrização adequada do sistema de proteção.
𝑅 𝑆𝑏
(2)
1=𝑅1 ∗ (𝑝𝑢)
1000∗𝑉𝑏 2
Onde:
𝑅𝜇 – Resistência no cabo por metro
𝐿𝑐 – Comprimento do Cabo
𝑁𝑐 – Numero de Cabos
𝑆𝑏 – Potência de Base
𝑉𝑏 – Tensão de Base
𝑋 𝑋𝜇 ∗𝐿𝑐
(3)
1= (Ω/𝐾𝑚)
1000∗𝑁𝑐
𝑋 𝑆𝑏
(4)
1=𝑋1 ∗ (𝑝𝑢)
1000∗𝑉𝑏 2
Onde:
𝑋𝑡 – Reatância do Transformador
𝑆𝑏 – Potência de base
𝑆𝑡 – Potência do Transformador
𝑉𝑡 – Tensão do Transformador
𝑉𝑏 – Tensão de Base
13
3.2.2 Bifásico
Curtos circuitos nessa condição, ocorre quando um sistema possui duas fases, podendo
também ser chamado de bifásico sem a presença de terra, ou seja, ocorre quando há contato
entre as duas fases, pode se obter este valor através da equação (6).
√3 (6)
𝐼𝑐𝑠 = ∗ 𝐼𝑐𝑠
2
resistência entre fase e terra, indicará existi um ponto de defeito no sistema, este tipo terá um
valor máximo que pode ser obtido pela equação (7) e um valor mínimo que pode ser encontrado
pela equação (8).
3 ∗ 𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑓𝑡𝑚𝑎𝑥 = (7)
2 ∗ 𝑍𝑡𝑜𝑡𝑝𝑢 + 𝑍𝑇𝑟0𝑝𝑢 + ∑𝑍𝑐𝑏0𝑝𝑢
3 ∗ 𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑓𝑡𝑚𝑖𝑛 = (8)
2 ∗ 𝑍𝑡𝑜𝑡𝑝𝑢 + 𝑍𝑇𝑟0𝑝𝑢 + ∑𝑍𝑐𝑏0𝑝𝑢 + 3 ∗ (𝑅𝑐𝑡𝑝𝑢 + 𝑅𝑚𝑡𝑝𝑢 + 𝑅𝑟𝑎𝑝𝑢)
3.3 Curvas
As curvas são características dos relés de sobrecorrente, que são representadas pelo
tempo versus a corrente.
As curvas mais comuns de uso são as com termologia inversas, as mais recorrentes do
sistema elétrico brasileiro são as curvas “Normalmente Inversa’’, apresentada na figura 1,
“Muito Inversa”, apresentada na figura 2 e a “Extremamente Inversa”, apresentada na figura 3.
Estes tipos de curvas vêm sendo usada desde dos relé de disco de indução e nos relés. A
15
determinação qual tipo de curva será usada no sistema é definido pela concessionária, que leva
em consideração as características de cada sistema elétrico em particular. Para cada tipo de
curva possui sua expressão destinta para determinar o tempo, que é determinado pelas pela
equação (12) para Normalmente Inversa, equação (13) para Muito Inversa e equação (14) para
Extremamente Inversa.
0,14 13,5
𝑡= ∗ 𝐷𝑇 (12) 𝑡= ∗ 𝐷𝑇 (13)
𝐼 0,02
−1 𝐼 0,02
−1
16
80 ∗ 𝐷𝑇
𝑡= (14)
(I/Is)2 − 1
17
4.1 Metodologia
A metodologia consiste e quatro principais etapas, obtenção de dados, cálculos curto
circuito, parametrização e elaboração documentação legal, dentro destas etapas existe etapas
derivadas, como pode ser observado no fluxograma de aplicação da metodologia na figura 4.
Dados de Projeto
Dados Concessionária
Parametrização
Documentação
Memorial Descritivo
Relatório de Parametrização do Relé
Diagrama Unifilar
Cliente: Cliente
Local: Localização Geografica
Data: Data Realização do Estudo
Autor: Responsável do Estudo
Impedância sequencia
obtidas
Fonte: (Autoria Própria, 2021).
21
DIAGRAMA
4.7 Parametrização
O termo parametrização está relacionado com ajustes dos relés, referente as faixas de
atuações das proteções do sistema. São exemplos de parametrização, os valores de
sensibilização das proteções (pick-up), tempos de atuação, seleção de curvas, seleção da
frequência fundamental do sistema para 50Hz ou 60Hz, quais os estágios de proteção serão
sinalizados em quais relés de saída e se estes permanecerão fechados após sua atuação,
definição da função de cada entrada binária, taxa de amostragem do arquivo de oscilografia,
inibição de determinados estágios da proteção, determinação do comportamento de
determinada proteções.
No estudo coordenação e seletividade padrão proposto foi levado em consideração os
parâmetros 50/50N ANSI, 51/51N ANSI, 59 ANSI e 27 ANSI.
Parâmetro ANSI 50/50N é responsável pela unidade corrente instantânea, as unidades
de sobre correntes instantâneas tem a função de isolar a instalação do consumidor da rede
elétrica de distribuição da concessionária, caso ocorra um curto circuito interno da instalação
do consumidor. Com esta ação minimiza os danos causados pelo curto circuito às instalações e
também evita que o alimentador que serve o ramal de distribuição ao qual o consumidor está
ligado seja desligado, desenergizando outros consumidores desnecessariamente. O relé possui
quatro unidades de sobre corrente instantâneas, três de fase e uma para neutro. Deve ser ajustado
abaixo da corrente de curto circuito do ponto de entrega, abaixo da corrente de instantâneo do
alimentador e abaixo da corrente o elo fusível, se houver.
Parâmetro ANSI 51/51N é responsável unidade de corrente temporizada, as unidades de
sobre corrente temporizada tem a função de isolar a instalação do consumidor da rede elétrica
de distribuição da concessionária, caso ocorra uma sobrecarga interna da instalação do
consumidor. Com esta ação minimiza os danos causados pela sobrecarga as instalações do
próprio consumidor e evita que o alimentador que serve o ramal de distribuição ao qual o
consumidor está ligado seja desligado, desenergizando outros consumidores
desnecessariamente. O relé possui oito unidades de sobre corrente temporizada, três a tempo
inverso para fase, três a tempo definido para fase, uma a tempo inverso para neutro e uma a
tempo definido para neutro. As unidades de sobre corrente a tempo inverso diminuem seu
24
tempo de atuação com o aumento da corrente. O início da região ativa desta unidade é a corrente
de partida.
Parâmetro ANSI 59 é responsável pela unidade de sobre tensão, o relé possui três
unidades de sobre tensão com operação a tempo definido. Estas unidades operam com o valor
de tensão de linha.
Um ajuste típico para esta função e de +10% a +20% de tensão nominal de linha e com
um tempo maior que o do primeiro religamento do alimentador que alimenta o circuito,
geralmente 1s.
Parâmetro ANSI 27-0 é responsável pela unidade sub tensão, o relé possui uma unidade
de sub tensão de tensão auxiliar, esta unidade supervisiona a tensão de alimentação do relé,
quando a tensão de alimentação do relé ficar abaixo de 72V (+10%, -10%) será gerado um sinal
de Trip após um intervalo de tempo que depende da condição de alimentação anterior a falha.
corrente ANSI de fase (IANSI), que é definida pela equação (17) e corrente ANSI de neutro
(IANSIN), definida pela equação (18).
100
𝐼𝐴𝑁𝑆𝐼 = ∗ 𝐼𝑛 (17)
𝑍%
𝐼𝐴𝑁𝑆𝐼
𝐼𝐴𝑁𝑆𝐼 = (18)
√3
O ajuste da proteção de sobrecorrente instantânea de neutro (ANSI 50N), que para seu
ajuste foi deverá ser levado em consideração o critério de valor máximo indicado pela equação
(23).
20% ∗ 𝐼𝑚𝑎𝑔 (23)
Para facilitar visualização dos parâmetros ajustados, adotaremos como padrão uma
tabela para demonstração, onde levará em consideração a descrição do parâmetro, faixa de
atuação e o valor definido para seu ajuste, como pode ser observado na figura 16.
Tomando como referência estudo caso já aplicado, o ajuste foi realizado em relé de
sobretensão da marca PREXTON de modelo 7104T.
28
Caso as curvas não atendem a seletividade desejada, deve se tentar alterar o dial tempo,
até um tempo que ele respeite este os critérios desejados.
4.9 Documentação
Após realizado o estudo de coordenação e seletividade, é gerado alguns documentos
padrão para fins legais e parametrização do relé.
5 CONCLUSÃO
O estudo de coordenação e seletividade possibilitou conhecer sua abrangência quanto a
importância sistema de proteção. Pois, no momento que procura estabelecer condições mínimas
garantir a integridade de equipamentos e rede distribuições conectadas em um sistema elétrico.
Para um desenvolvimento coordenação e seletividade de forma plena, deve-se levar em
consideração área de atuação empresa, padronizando processos e situações que são repetitivos,
para fazer isto forma eficiente foi desenvolvimento de um procedimento operacional padrão.
A metodologia de implantação do POP desenvolvida que abrange de uma forma geral
todas as normativas de sistema elétrico brasileiro que envolvem ANEEL e normas referentes
adequado a cada concessionárias.
Para elaboração do pop e sua aplicação foi planejamento uma ordem lógica de processo
desta forma que todas etapas e critérios pré-determinados sejam cumpridos de forma efetiva.
Sendo assim a metodologia desenvolvida durante período de estagio e descrita nesse
relatório, tem sua relevância técnica de aplicação na empresa fazendo que suas metas sejam
alcanças através desse procedimento.
35
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mamede Filho, João; Instalação Elétricas Industriais. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
PEXTON. Manual de Operação URPE 7104T. Rev 03. São Paulo: Pextron, 2020.