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UNIDADE 5

Crescimento e renovação
celular
Nos itens de escolha múltipla selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

Unidade 5— CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

1. A presença de auxinas no citoplasma das células vegetais ativa o gene para a H+-ATPase (proteína da
membrana plasmática), desencadeando, primeiro, a

(A) tradução dos intrões do RNA mensageiro.

(B) transcrição dos nucleótidos do gene para a ATPase.

(C) remoção dos exões do gene para a ATPase.

(D) migração do RNA mensageiro para o citoplasma.

2. O código genético é redundante, porque um

(A) codão codifica pelo menos um aminoácido.

(B) aminoácido pode ser codificado por vários codões.

(C) aminoácido é codificado apenas por um codão.

(D) codão codifica sempre o mesmo aminoácido.

3. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a substâncias envolvidas na síntese da hormona
peptídica ADH, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(1) Aminoácido

(a) Sequência de desoxirribonucleótidos que contém (2) DNA polimerase


informação genética para a síntese de ADH.
(3) Gene
(b) Molécula que contém os anticodões.
(4) Poli pépticio
(c) Molécula que catalisa a transcrição do DNA.
(5) RNA mensageiro
(d) Sequência de ribonucleótidos que contém informação
genética para a síntese de ADH. (6) RNA polimerase

(7) RNA ribossómico


(e) Monómero que entra na constituição de ADH.

(8) RNA de transferência

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4. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à síntese proteica, expressas na coluna A, à
respetiva designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(a) Macromolécula responsável pela transcrição do DNA. (1) Aminoácido

(b) Molécula que possui uma sequência de (2) DNA

ribonucleótidos complementar de um codão. (3) DNA polimerase

(c) Monómero que entra na constituição de um (4) Gene


polipéptido.
(5) RNA de transferência
(d) Polirribonucleótido que contém informação para a
(6) RNA mensageiro
síntese de um polipéptido.

(7) RNA polimerase


(e) Sequência de desoxirribonucleótidos que contém
informação para a síntese de uma proteína. (8) RNA ribossómico

5. Numa situação de stresse oxidativo devido a fatores extrínsecos, a sinalização realizada pela
membrana plasmática é extremamente importante na regulação da composição em proteínas da
própria membrana.

Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos numa


situação de resposta adaptativa a stresse oxidativo em 5. cerevisiae.

A. Inibição de alguns genes e indução da transcrição de outros.

B. Reconhecimento de sinais por glicoproteínas da membrana plasmática.

C. Modificações pós-traducionais ao nível do complexo de Golgi.

D. Síntese de proteínas pelos ribossomas associados ao retículo endoplasmático.

E. Transporte, em vesículas, de proteínas a integrar na membrana plasmática.

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6. A nutrição é uma condição essencial para a sobrevivência do indivíduo. Quando a alimentação é


insuficiente, surge uma forma de desnutrição designada como deficiência calórico-proteica. Para
sintetizar as suas proteínas, o ser humano necessita de vinte aminoácidos distintos. Destes vinte,
oito são considerados essenciais, visto que não é possível sintetizá-los, sendo obtidos através da
alimentação.
A redução da síntese proteica em situação de malnutrição leva à diminuição da quantidade de
proteínas do plasma sanguíneo, baixando a sua pressão osmótica. A doença de Kwashiorkor, que
vitima essencialmente crianças após o desmame, é um caso de deficiência calórico-proteica severa em
que ocorre edema (retenção de líquidos) essencialmente na zona abdominal, vulgarmente designada
como «barriga de água».
Considere o fragmento do gene que codifica uma proteína humana (proteína X) a seguir representado
e os codões de alguns aminoácidos representados na Tabela 1.

Fragmento do gene que codifica a proteína X Tabela 1

3' ...CGACGTACCCCT... 5' Aminoácido Coai) (Codões)

GCU
GCC
Alanina (Ala)
GCA
GCG
GGA
GGG
Glicina (Gli)
GGC
GGU
CGA
Arginina (Arg)
CGC

Metionina (Met) AUG

Triptofano (Trp) UGG

6.1. A sequência de aminoácidos codificada pelo fragmento do gene representado é

(A) Met-Gli-Ala-Trp

(B) Ala-Ala-Trp-Gli

(C) Arg-Arg-Met-Gli

(D) Arg-Ala-Gli-Trp

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6.2. Se ocorrer uma mutação no fragmento do gene apresentado que o altere para
3 '...CGACGTACCCCC... 5', a proteína X

(A) perde a sua funcionalidade.

(B) deixa de ser sintetizada.

(C) mantém as suas características.

(D) fica com a sua estrutura alterada.

6.3. A síntese de um polipeptídeo a partir da informação de um gene implica a

(A) replicação semiconservativa da informação genética.

(B) transcrição do gene para moléculas de RNA de transferência.

(C) leitura aleatória do RNA mensageiro no citoplasma.

(D) tradução da sequência de codões do RNA mensageiro processado.

6.4. Um organismo saudável faz a regulação da pressão osmótica do sangue, mantendo-a


aproximadamente constante.

Relacione a formação do edema abdominal, em casos de doença de Kwashiorkor, com a


necessidade de regulação da pressão osmótica do sangue.

7. Vários são os insetos produtores de fio de seda, mas apenas sete espécies são criadas para fins
comerciais. O bicho-da-seda da amoreira, Bombix mori, contribui com 95% da produção mundial de
seda, enquanto outros, como Antheraea yamamai, Antheraea pernyi, Antheraea mylitta, Antheraea
assoma, Atlacus ricini e Philosamia cynthia, contribuem com os restantes 5%. O bicho-da-seda, na
fase de lagarta, fia a seda ao redor do seu corpo e, depois de 3 dias de fiação, o casulo fica completo.
A lagarta converte-se em pupa, no interior do casulo, e ao fim de, aproximadamente, 10 a 12 dias,
transforma-se em borboleta (fase adulta), rompendo o casulo e quebrando o longo fio de seda em
muitos fios curtos.
O fio de seda de B. mori é produzido em glândulas com células especializadas na sua síntese. O fio é
constituído principalmente por três componentes proteicos: a fibroína, a sericina e a P25. A fibroína é
o principal componente do fio de seda, e a sericina é uma proteína que possui propriedades adesivas,
fundamental para manter as fibras de fibroína unidas. A P25 é uma glicoproteína que tem um papel
importante na manutenção da integridade do fio de seda.
A glândula sericígena, estrutura onde é produzida o fio de seda, ilustrada na Figura 1, é dividida
morfologicamente em três partes: posterior, mediana e anterior. Na região posterior, as células
sintetizam as moléculas de fibroína e de proteína P25, que formam o fio insolúvel e, na região
mediana, segregam a sericina. Estas moléculas são lançadas no lúmen da glândula, deslocando-se
para a região anterior, onde ocorre a estruturação do fio de seda, pronto para a formação do casulo.

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Figura 1

1 — Região anterior

2 — Região mediana

3 — Região posterior

Adaptado de http://www.dbc.uem.br

7.1. A fibroína é um polímero constituído, essencialmente, por unidos por ligações

(A) aminoácidos peptídicas

monossacarídeos glicosídicas

(C) aminoácidos glicosídicas

(D) monossacarídeos peptídicas

7.2. As proteínas que constituem o fio de seda são sintetizadas nas células secretoras, enquanto o
fio é estruturado no lúmen da glândula.

Relacione o processo de transporte destas proteínas para o lúmen com as suas características
estruturais.

7.3. O bicho-da-seda, na fase adulta, capta oxigénio para as suas células através de
realizando uma difusão de gases.

(A) traqueias ... indireta

(B) pulmões ... indireta

(C) traqueias ... direta

(D) pulmões ... direta

7.4. Os insetos, apesar de serem ectotérmicos, podem ser animais muito ativos, porque

(A) possuem um exosqueleto quitinoso.

(B) dependem das variações da temperatura do meio.

(C) têm uma superfície respiratória muito eficaz.

(D) apresentam um sistema circulatório aberto.

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7.5. A síntese de fibroína a partir de sequências nucleotídicas reflete a do código


genético.

(A) iguais redundância

(B) diferentes ... redundância

(C) iguais ... ambiguidade

(D) diferentes ... ambiguidade

7.6. Nos seres eucariontes, o código genético é, em regra, universal, e a informação genética é
individual.

Explique o significado biológico desta afirmação.

8. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas à mitose.

(A) Na telófase cada cromossoma não está dividido em cromatídeos.

(B) A disposição dos cromossomas na placa equatorial é característica da metáfase.

(C) A reorganização do invólucro nuclear é acompanhada por um aumento da condensação da


cromatina.

(D) Durante a anáfase, ocorre a ascensão polar de cromossomas com dois cromatídeos.

(E) No final da prófase, é possível observar cromossomas individualizados.

(F) Durante a prófase, ocorre emparelhamento entre cromossomas homólogos.

(G) Ao longo da anáfase, cada cromatídeo fica progressivamente mais próximo de um dos pólos do
fuso.

(H) No final da anáfase, existem conjuntos cromossómicos idênticos, junto a ambos os poios do fuso.

9. A quantidade de DNA de uma célula é reduzida para metade durante a

(A) telófase

(B) anáfase II.

(C) metáfase 1.

(D) prófase I.

10. Num ciclo celular mitótico, a condensação máxima da cromatina ocorre na

(A) metáfase.

(B) prófase.

(C) anáfase.

(D) telófase.

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11. Faça corresponder a cada uma das descrições do ciclo celular, expressas na coluna A, à respetiva
etapa, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(a) Ocorre a duplicação da informação genética. (1) Fase G1

(b) Os cromatídeos de cada cromossoma separam-se (2) Fase S

para pólos opostos. (3) Fase G2

(c) Por condensação da cromatina, os cromossomas (4) Prófase


tornam-se observáveis.
(5) Metáfase
(d) Os cromossomas migram para um plano equidistante
(6) Anáfase
dos poios do fuso.
(7) Telófase
(e) Ocorre a individualização das células filhas por
constrição da membrana plasmática. (8) Citocinese

12. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


durante um ciclo celular.

A. Alinhamento dos cromossomas na placa equatorial.

B. Replicação do DNA.

C. Formação do fuso acromático.

D. Reaparecimento do nucléolo.

E. Ascensão polar dos cromatídeos irmãos.

13. A mutação de um gene codificador de uma proteína afeta o desenvolvimento embrionário de


uma determinada planta, provocando, por exemplo, a formação de células com dois núcleos. Essa
proteína é fundamental para que ocorra a fusão de vesículas derivadas do complexo de Golgi.

Explique de que modo a mutação referida pode ter como consequência o aparecimento de células
binucleadas.

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14. As integrinas são proteínas recetoras que integram a membrana plasmática. A presença de integrinas
na membrana dos leucócitos humanos permite-lhes alterarem a sua forma e atravessarem os poros
dos capilares sanguíneos.

Explique de que modo a ocorrência de uma mutação num dos genes que contém a informação para
a síntese de uma integrina pode conduzir a um aumento da taxa de proliferação de microrganismos
patogénicos no organismo.

15. A diferenciação celular é um processo que

(A) origina a alteração do genoma nas células especializadas.

(B) ocorre independentemente da atuação de fatores do meio.

(C) implica um conjunto de mutações génicas sequenciais.

(D) envolve a regulação da transcrição de genes.

16. No final da década de 1930, o biólogo dinamarquês J. Hammerling interrogava-se sobre o local onde
estava armazenada a informaçãogenética na célula eucariótica. De modo a respondera este problema,
este investigador realizou uma série de experiências com algas do género Acetabularia, organismos
unicelulares onde era possível distinguir diferentes partes (uma base onde se localizava o núcleo, um
pedúnculo e um chapéu). Hammerling descobriu que estas algas tinham um enorme potencial de
regeneração e que era possível efetuar enxertos entre indivíduos da mesma espécie ou de espécies
diferentes. Hammerling usou duas espécies de algas nas suas experiências: Acetabularia mediterranea
(A. mediterranea) e Acetabularia crenulata (A. crenulata), que apresentam diferenças morfológicas
nítidas.
A Figura 2 ilustra uma das experiências efetuadas por Hammerling.

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BIOLOGIA

Figura 2

A. mediterranea A. crenulata

e
e

Enxerto do pedúnculo de A. crenulata


na base de A. mediterranea

A. crenulata

4----- A. mediterranea

Crescimento

""NIPP-

'.410"Corte e eliminação
do chapéu

o
Q
e
(1) Crescimento
C
--"41111111,"

16.1. Explique de que modo os resultados obtidos por Hammerling, no final da segunda etapa da
experiência, permitiram obter uma resposta para o problema identificado no texto.

16.2. Uma vez que o chapéu formado no final da primeira etapa da experiência correspondia à
espécie as suas características foram determinadas por moléculas presentes no
após o enxerto.

(A) A. crenulata ... citoplasma

(B) A. crenulata núcleo

(C) A. mediterranea ... citoplasma

(D) A. mediterranea núcleo

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16.3. Suponha que se colocava uma Acetabularia, antes da fase 5, num meio contendo um isótopo
radioativo, usado na síntese de timina. Após a mitose e citocinese, seria de prever que a
timina radioativa fosse localizada em cadeias polinucleotídicas existentes no de

(A) hialoplasma ... ambas as células-filhas

(B) hialoplasma ... uma das células-filhas

(C) núcleo ... ambas as células-filhas

(D) núcleo ... uma das células-filhas

16.4. A expressão da informação genética envolve duas etapas. Durante uma dessas etapas, a
tradução,

(A) o rRNA forma-se ao nível dos nucléolos.

(B) a informação genética para a síntese proteica é descodificada nos ribossomas.

(C) ocorre a transferência da informação contida num gene para o mRNA.

(D) a complementaridade entre as bases A e T permite a ligação do tRNA ao mRNA.

17. A redução da quantidade do mRNA leva à diminuição da

(A) transcrição da informação contida nos exões.

(B) tradução da informação contida nos exões.

(C) transcrição da informação contida nos intrões.

(D) tradução da informação contida nos intrões.

18. Se as células crescerem num meio com timina radioativa, esta é incorporada no DNA. O DNA
radioativo pode ser detetado no núcleo das células, usando técnicas apropriadas.
Considere a seguinte experiência: coloca-se um conjunto de células do mesmo tipo, mas em
diferentes fases do seu ciclo de vida, num meio que contém timina radioativa, durante 30 minutos.
O meio que contém a timina radioativa é então substituído por outro, não radioativo, e as células
continuam a crescer, durante mais algum tempo. Após a mudança do meio de cultura, as células são
periodicamente analisadas. A percentagem de células em mitose que contêm DNA nuclear radioativo
é então determinada e representada em função do tempo, como se pode observar na Figura 3.

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BIOLOGIA

Figura 3

Percentagem de
células mitóticas
com DNA nuclear
radioativo

O 5 10 15 20 Horas

Tempo decorrido após a marcação


com timina radioativa

18.1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas à
experiência descrita e seus resultados, representados na Figura 3.

(A) A timina radioativa começa a ser incorporada no DNA nuclear 5 horas após a primeira
substituição do meio de cultura.

(B) A timina radioativa é incorporada no DNA nuclear quando as células se encontram em


interfase.

(C) Ao fim de 10 horas, a percentagem de células em mitose que apresentam timina


radioativa no DNA nuclear começa a decrescer.

(D) As células que se encontravam em fase mitótica quando se introduziu a timina radioativa
apresentam DNA nuclear radioativo.

(E) Meia hora após a mudança do meio de cultura não radioativo para um meio radioativo,
algumas células apresentam DNA nuclear radioativo.

(F) O ponto máximo da curva corresponde à percentagem de células que se encontravam


no início da replicação quando se introduziu a timina radioativa.

(G) Ao fim de 20 horas, o aumento da percentagem de células com DNA nuclear radioativo
coincide com o início da divisão das primeiras células radioativas.

(H) Das O às 20 horas, a percentagem de células que apresenta timina radioativa no DNA
nuclear é constante.

18.2. De acordo com os dados, é possível afirmar que o ciclo celular, que termina com a formação
de células-filhas, tem uma duração de cerca de

(A) 2 ... 18 horas

(B) 4 ... 18 horas

(C) 2 ... 10 horas

(D) 4 ... 10 horas

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18.3. A timina radioativa é incorporada no DNA nuclear durante a , processo que dá


origem a uma molécula que contém de nucleátidos timina radioativos.

(A) replicação ... 50%

(B) replicação ... 100%

(C) transcrição ... 50%

(D) transcrição ... 100%

18.4. A síntese de uma cadeia polipeptídica, durante a , ocorre ao nível do

(A) transcrição ... núcleo

(B) tradução ... núcleo

(C) tradução ... citoplasma

(D) transcrição ... citoplasma

18.5. No DNA de certo tipo de bactérias, 13% dos nucleátidos são nucleátidos timina.

Explique como procederia para calcular as percentagens relativas aos restantes nucleátidos
de DNA do tipo de bactérias referido.

19. Alguns tipos de células podem ser removidos do organismo e cultivados em meios nutritivos
artificiais.
Células epiteliais de coelho, em diferentes fases do ciclo celular, foram expostas durante alguns
minutos a timidina radioativa (nucleótido de timina). A sua posterior observação, destinada a
avaliar a incorporação do nucleótido, feita pela técnica de autorradiografia (impressão em película
fotográfica), mostrou que o padrão de radioatividade permaneceu difuso em todos os estádios
do ciclo celular, exceto nas células que se encontravam no período 5. Nestas, a radioatividade
concentrou-se no núcleo.
A Figura 4 representa esquematicamente os resultados obtidos na experiência.

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BIOLOGIA

Figura 4

com timidina radioativa

1
com timidina radioativa com timidina radioativa

com timidina radioativa

• Timidin a radioativa

19.1. O objetivo da experiência apresentada foi estabelecer o período do ciclo celular em que
ocorre a

(A) replicação do material genético.

(B) biossíntese de proteínas.

(C) duplicação de centríolos.

(D) formação do fuso acromático.

19.2. A utilização de marcadores radioativos na experiência serviu para

(A) matar a célula, de modo a estudar as estruturas envolvidas no ciclo celular.

(B) aumentar a capacidade de incorporação de moléculas pela célula.

(C) seguir o percurso das moléculas marcadas dentro da célula.

(D) diminuir a velocidade com que o ciclo celular ocorre.

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19.3. Se na experiência apresentada, fosse utilizado nucleótido de adenina radioativo em vez de


timidina radioativa, os resultados seriam inconclusivos, porque o nucleótido

(A) de timina é o seu complementar.

(B) de adenina só existe no DNA.

(C) de adenina só existe no RNA.

(D) de adenina é comum ao RNA e ao DNA.

19.4. A utilização de células em diferentes fases do ciclo celular permite a validação dos resultados,
se

(A) forem constantes a concentração de timidina radioativa e o tempo de exposição.

(B) for constante a concentração de timidina radioativa e for variável o tempo de exposição.

(C) for variável a concentração de timidina radioativa e for constante o tempo de exposição.

(D) forem variáveis a concentração de timidina radioativa e o tempo de exposição.

193. Relacione, tendo em conta os resultados obtidos na experiência apresentada, a incorporação


de timidina no período S com o processo de divisão da célula por mitose.

20. Nas últimas décadas, têm sido realizadas numerosas investigações, com o objetivo de descobrir
tratamentos eficazes contra os vários tipos de cancro.
A investigação que a seguir se descreve insere-se neste ramo de pesquisa e foi realizada por um
grupo de cientistas em finais do século XX.
No interior dos tumores, a quantidade de oxigénio diminui, muitas vezes, para valores abaixo do
normal, condição designada por hipoxia. Quando isto acontece, as células dos tumores desencadeiam
uma resposta em que intervém uma proteína, HIF -la, que ativa os mecanismos que possibilitam a
produção de novos vasos sanguíneos no local.
Com o objetivo de averiguar a influência desta proteína no desenvolvimento de tumores, realizou-se
a seguinte experiência:

• foram produzidas duas linhagens de células embrionárias tumorais:


— uma linhagem não mutante, que apresenta a proteína HIF-1a funcional;
— uma linhagem mutante, em que a proteína HIF -1a não é funcional;
• selecionaram-se dois grupos de ratos adultos:
— os ratos do grupo A receberam uma injeção de células tumorais mutantes;
— os ratos do grupo B receberam uma injeção de células tumorais não mutantes;

• comparou-se o peso dos tumores originados nos dois grupos de ratos, nove dias e vinte e um dias
após a injeção das células embrionárias.

O gráfico da Figura 5 representa os resultados obtidos.

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BIOLOGIA

Figura 5
6

5-
Peso do tumor (gramas)

4—

Células tumorais não mutantes


3—
Células tumorais mutantes

2—

1_

o—
9 dias 21 dias
Tempo após injeção das células tumorais embrionárias (dias)

20.1. Para que os resultados desta experiência permitam estabelecer conclusões válidas, os ratos
do grupo A devem ter sido

(A) injetados com maior número de células tumorais do que os do grupo B.

(8) submetidos a um ambiente com mais oxigénio do que os do grupo B.

(C) selecionados com a mesma idade e o mesmo sexo que os do grupo B.

(D) injetados numa região corporal diferente da do grupo B.

20.2. Esta experiência permite testar a hipótese de que

(A) a inativação da proteína H IF-la influencia o crescimento de tumores nos ratos.

(B) a proteína HIF -la é inativada pelo decréscimo das pressões de oxigénio.
(C) a proteína HIF-1a é mais ativa em células embrionárias do que em células diferenciadas.

(D) a inativação da proteína HIF -la afeta o crescimento de tumores em embriões de ratos.

20.3. Partindo dos resultados desta experiência, pode afirmar-se que

(A) a presença da proteína HIF-1a funcional é indispensável para que se originem tumores
nos ratos.

(B) a ausência de funcionalidade da proteína HIF-la limitou o crescimento dos tumores nos
ratos.

(C) a formação de novos vasos sanguíneos foi o fator que impediu o crescimento dos
tumores nos ratos.

(D) a quantidade de oxigénio disponível para as células tumorais impediu o aparecimento


de tumores nos ratos.

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20.4. Quando as células tumorais são submetidas a condições de hipoxia, ocorre a ativação da
proteína HIF-1a.

Explique, a partir da informação fornecida, de que modo a atuação desta proteína leva a um
maior crescimento do tumor.

21. Na década de 40 do século XX, os geneticistas George Beadle e Edward Tatum defendiam um modelo
explicativo da relação entre os genes e a biossíntese de aminoácidos. Segundo este modelo, as
mutações alteravam os genes, produzindo enzimas não funcionais. Tais enzimas são proteínas que,
quando funcionais, são responsáveis pela biossíntese de aminoácidos.
Para testar a sua hipótese, «Um gene, uma enzima», expuseram os esporos do fungo Neurospora
crassa, da estirpe selvagem, a radiação ultravioleta e obtiveram uma estirpe mutante, resultante
de uma mutação genética. A estirpe mutante não podia crescer sem a adição de um aminoácido
específico.
Numa primeira fase da investigação, colocaram em três tubos de ensaio (A, B e C) um meio de
cultura mínimo. Seguidamente, cultivaram, a partir dos respetivos esporos, a estirpe selvagem,
no tubo A, a estirpe mutante, no tubo C, e no tubo B não cultivaram nenhuma das estirpes. Os tubos
A, B e C foram incubados sob as mesmas condições ambientais e durante o mesmo período de
tempo. Os resultados obtidos estão apresentados na Figura 6.

Figura 6

Presença de Ausência de
micélios micélios

A B C

Numa segunda fase da investigação, o meio de cultura mínimo foi colocado em vinte e dois tubos
de ensaio. No tubo 1, mantiveram unicamente o meio de cultura mínimo. No tubo 2, adicionaram
ao meio de cultura mínimo vinte aminoácidos diferentes. A cada um dos outros tubos, de 3 a 22,
adicionaram um dos vinte aminoácidos presentes no tubo 2. Ao tubo 6 foi adicionada a lisina e ao
tubo 12 foi adicionada a arginina. Após a montagem dos tubos de ensaio, foram dispersos esporos da
estirpe mutante pela superfície de todos os meios de cultura. Os resultados encontram-se expressos
na Figura 7.

Figura 7

[JULHãLainfiLN
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

Texto e figuras elaborados com base em C. Evers, The One Gene/One Enzyme Hypothesis, 2009

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21.1. Na primeira fase da investigação, representada na Figura 6, o tubo que serviu de controlo
foi o

(A) tubo A, devido à presença de esporos da estirpe selvagem.

(B) tubo B, devido à ausência de esporos das estirpes selvagem e mutante.

(C) tubo B, devido à ausência de micélios das estirpes selvagem e mutante.

(D) tubo A, devido à presença de micélios da estirpe selvagem.

21.2. Os resultados obtidos nos demonstram que a ao crescimento da estirpe


mutante.

(A) tubos 1 e 6 ... arginina e a lisina não são os aminoácidos essenciais

(B) tubos 2 e 6 ... Usina é o aminoácido essencial

(C) tubos 1 e 12 ... arginina é o aminoácido essencial

(D) tubos 2 e 12 ... arginina e a lisina são os aminoácidos essenciais

21.3. Com os resultados obtidos nas duas fases da investigação realizada com o fungo Neurospora
crassa, concluiu-se que, na estirpe

(A) mutante, as mutações são letais.

(B) mutante, as mutações inviabilizam a síntese de um aminoácido.

(C) selvagem, os genes inviabilizam a síntese de um aminoácido.

(D) selvagem, os genes são letais.

21.4. Uma forma de interpretar os resultados obtidos com a investigação realizada por Beadle e
Tatum poderá ser a de que o mecanismo envolvido na transcrição da informação do

(A) RNAm para o DNA se traduz na síntese de uma proteína.

(B) RNAm para o DNA se traduz na síntese de um aminoácido.

(C) DNA para o RNAm se traduz na síntese de um aminoácido.

(D) DNA para o RNAm se traduz na síntese de uma proteína.

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22. Durante o estágio para o Mundial da África do Sul em 2010, a seleção portuguesa de futebol dormiu
na serra da Estrela, a 1550 metros de altitude, e treinou na Covilhã, a cerca de 600 metros de altitude,
tentando, dentro do possível, realizar o estágio no método «viver na altitude e treinar num local
mais baixo (LH + TI, do inglês Live High + Train Low)».
Neste modelo, o atleta vive em altitude para obter os benefícios da aclimatação e treina num
local mais baixo para conseguir atingir a intensidade de treino semelhante à conseguida ao nível
do mar. Atletas que usam o método LH + TL vivem e/ou dormem em altitudes moderadas
(2000-3000 metros) e treinam em altitudes baixas (< 1500 metros).
Em altitude verifica-se uma menor pressão parcial de oxigénio atmosférico (p02), o que estimula
o aumento da produção da hormona eritropoetina pelos rins, em resposta a uma hipoxia arterial
(baixo teor de oxigénio). Esta hormona atua na medula óssea vermelha, estimulando a produção de
eritrócitos, condição esta denominada policitemia.
A uma altitude média de 2200 metros, a eritropoetina atinge o seu pico de libertação no organismo
humano entre 24 e 48 horas, declinando a partir daí. Por sua vez, o processo de policitemia é lento,
sendo necessários vários dias para que ocorra aumento da produção de eritrócitos.
Baseado em http://www.efdeportes.com

22.1. Um indivíduo que viva junto ao mar e que permaneça 30 horas a 2600 metros de altitude
apresenta, ao fim desse tempo,

(A) uma diminuição da produção de eritropoetina nos seus rins.

(B) um decréscimo acentuado da taxa de policitemia.

(C) um acréscimo do processo de policitemia nos ossos.

(D) um aumento da quantidade de eritropoetina no sangue.

22.2. As células renais, responsáveis pela produção de eritropoetina, são

(A) diferenciadas, sendo expressos apenas alguns genes.

(B) indiferenciadas, sendo expressos todos os genes.

(C) diferenciadas, sendo expresso todo o DNA.

(D) indiferenciadas, sendo expressa apenas uma parte do DNA.

22.3. De acordo com o texto, a policitemia causada por ambientes hipóxicos é um processo

(A) rápido de divisão mitótica.

(B) lento de divisão meiótica.

(C) rápido de divisão meiótica.

(D) lento de divisão mitótica.

120
BIOLOGIA

22.4. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com os processos de divisão celular durante a formação de células precursoras
dos eritrócitos.

Inicie pela letra A.

A. Os filamentos de cromatina condensam-se.

B. Os cromatídeos de cada cromossoma separam-se.

C. Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento.

D. Os nucléolos reaparecem.

E. A membrana nuclear desorganiza-se.

F. Os cromossomas atingem os poios do fuso acromático.

22.5. Relacione as alterações verificadas na concentração de eritropoetina no sangue dos atletas


que seguem o método LH TL com o rendimento energético das células musculares.

23. A hipótese da replicação semiconservativa da molécula de DNA foi proposta por James Watson e
Francis Crick, após a publicação do artigo onde expuseram a respetiva estrutura. Esta hipótese foi
testada magistralmente por Meselson e Stahl, em 1957.
Meselson e Stahl cultivaram células de E. coli, durante várias gerações, num meio cuja fonte de
nitrogénio continha o isótopo pesado, 15N, em substituição do isótopo mais abundante, leve, de
número de massa 14. É possível separar, por centrifugação, uma mistura de DNA pesado (com '5N)
e de DNA leve (com 14N). Ambos os isótopos são estáveis.
As células de E. coli que se desenvolveram no meio com nitrogénio pesado, e que se encontravam
todas no mesmo estádio do ciclo celular, foram então transferidas para um meio onde a única
fonte de nitrogénio continha o isótopo leve. Aí se desenvolveram, até que a população duplicou.
O DNA isolado, obtido a partir desta primeira geração de bactérias, foi submetido a uma técnica de
centrifugação.
Numa segunda etapa da experiência, permitiu-se que as bactérias da primeira geração, cultivadas
no meio com nitrogénio leve, crescessem neste mesmo meio até que a população duplicasse
novamente.
Isolou-se o DNA desta segunda geração de bactérias e procedeu-se novamente a centrifugação. Os
resultados obtidos na segunda etapa da experiência descrita foram apresentados sob a forma de
gráfico.

23.1. Selecione a alternativa que formula corretamente o problema que esteve na base deste
procedimento experimental

(A) E. coli reproduz-se em meios não radioativos?

(B) Como se replica, em E. coli, a molécula de DNA?

(C) E. coli só sobrevive em meios com nitrogénio leve?

(D) As características do meio afetam o tempo de geração de E. coli?

121
UNIDADE 5 - CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

23.2. Os resultados da segunda etapa da experiência descrita encontram-se representados no


gráfico

(A) (C)

Y•

75% - 75% -

50% - 50%


25% - 25% -

(B) (D)

75% - 75% -

50% - 50% -

25% - 25% -

L 1 P x

Legenda:

L- Moléculas de DNA leve

- Moléculas de DNA com peso intermédio

P- Moléculas de DNA pesado

y - Percentagem de moléculas de DNA

x - Tipo de molécula de DNA

23.3. Pode ser utilizado, como argumento a favor do modelo de estrutura da molécula de DNA, o
facto de esta molécula

(A) ser um polímero de nucleótidos.

(B) apresentar a relação (A + / (C + G) = 1.

(C) intervir na síntese de proteínas.

(D) apresentar a relação (A + C) / (T + G) 1.

Nota - A - nucleótido de Adenina; C = nucleótido de Citosina; G = nucleótido de Guanina;


T= nucleótido de Tirnina.

23.4. Explique de que modo o cultivo de células de E. coli num meio com nitrogénio pesado,
durante várias gerações, contribuiu para que os resultados das experiências de Meselson e
Stahl fossem fiáveis.

122
BIOLOGIA

24. O património genético de todas as células vivas está inscrito no seu DNA.
Nos seres eucariontes, o RNA sintetizado sofre um processamento ou maturação antes de abandonar
o núcleo. Durante este processo, diversas secções do RNA, inicialmente transcritas, são removidas.
Estas porções são chamadas intrões. As porções não removidas— exões — ligam-se entre si, formando
um mRNA maduro, que será traduzido numa proteína.
Todavia, entre o DNA e as proteínas esconde-se um outro código, o que explica que, apesar de o DNA
humano não conter mais do que uma vintena de milhares de genes, as nossas células retirem dele
informação para fabricar centenas de milhares de proteínas diferentes.
Na Figura 8, está representado um processamento alternativo em que são produzidas duas moléculas
diferentes de mRNA a partir do mesmo gene. Este processamento obedece a regras de um código
bem preciso, que era até há pouco tempo inimaginável.
A partir de uma mesma sequência de DNA, a célula pode produzir não um, mas mais de uma dezena
de mRNA diferentes. Em cada tecido, a célula reconhece, na sequência de um primeiro intrão, a
informação que nesse momento conduz à conservação ou à supressão do exão seguinte. Eis aqui
uma nova forma de controlar o código da vida, que permite à célula saber como processar o RNA
pré-mensageiro de acordo com o seu papel no organismo. É graças a este processo que as células se
distinguem umas das outras e ajustam os seus comportamentos às circunstâncias.
Na Figura 9, está representada a produção de diferentes moléculas de mRNA a partir do mesmo
gene, em diferentes tecidos. Assim, a partir de um único gene, o organismo é capaz de conceber
diferentes proteínas cuja funcionalidade é específica.
Baseado em Science & Vie, outubro de 2010

Figura 8

Exões

DNA 11111L ia: afia

RNA
pré-mensageiro

Processamento de RNA OU

mRNA

Baseado em Campbell et al., Biology, 2009

123
UNIDADE 5 — CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

Figura 9

GENE •e • • • • •• I 11111

Processamento alternativo dos transcritos mRNA

Músculo
A A AAAA Al (À.
x • • • • • •
estriado

/\ A A /\ /\ A
Músculo 11
estriado
• x • • • .
Músculo
/\ /\ •/\• /\ /\
01 ID •
liso

Mioblasto
A •A.•A•A•./\•A
• X

A ,A A Ai\
Não músculo/
fibroblasto
• • • • • .À
Cérebro • • • • • •

A sequências que se tornam intrões

exões constitutivos

• exões expressos apenas no músculo liso

• exões expressos apenas no músculo estriado

X exões expressos variavelmente

Baseado em Scott F. Gilbert, Biologia do Desenvolvimento, 2003

24.1. Um codão é um tripleto de bases de

(A) DNA que codifica apenas um aminoácido.

(B) RNA que pode codificar mais do que um aminoácido.

(C) DNA que pode codificar mais do que um aminoácido.

(D) RNA que codifica apenas um aminoácido.

24.2. O processamento alternativo consiste na remoção

(A) apenas de intrões.

(B) apenas de exões.

(C) dos intrões e de alguns exões.

(D) dos exões e de alguns intrões.

124
BIOLOGIA

24.3. Segundo o modelo do processamento alternativo, durante a diferenciação celular formam-se


células diferentes, porque cada célula

(A) possui diferentes tipos de genes.

(B) pode expressar apenas genes diferentes.

(C) pode expressar de forma diferente os mesmos genes.

(D) possui um número diferente de genes.

24.4. Numa célula eucariótica, a sequência dos acontecimentos que conduzem à síntese de uma
proteína é

(A) transcrição — processamento — ligação do mRNA aos ribossomas.

(B) processamento — ligação do mRNA aos ribossomas — transcrição.

(C) transcrição — ligação do mRNA aos ribossomas — processamento.

(D) processamento — transcrição — ligação do mRNA aos ribossomas.

24.5. Dada a sequência de nucleótidos 5' AATGCCTTG 3', pertencente a uma das cadeias de DNA,
a sequência de nucleótidos da cadeia complementar é

(A) 5' TTACGGAAC 3'.

(B) 3' TTACGGAAC 5'.

(C) 5' UUACGGAAC 3'.

(D) 3' UUACGGAAC 5'.

24.6. O percurso sequencial das proteínas, desde que são sintetizadas até à sua secreção pela
célula, é

(A) complexo de Golgi — vesículas de exocitose — retículo endoplasmático rugoso.

(B) retículo endoplasmático rugoso — vesículas de exocitose — complexo de Golgi.

(C) complexo de Golgi — retículo endoplasmático rugoso — vesículas de exocitose.

(D) retículo endoplasmático rugoso — complexo de Golgi — vesículas de exocitose.

24.7. Explique de que modo o processo de inibição da transcrição de genes e o processamento


alternativo contribuem para a diferenciação celular.

125
UNIDADE 5 — CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

25. Moléculas de RNA com um pequeno número de nucleótidos podem vir a ser utilizadas como
fármacos, capazes de revolucionar o tratamento de algumas doenças humanas.
As funções dessas moléculas de RNA, normalmente na forma de cadeia dupla (dsRNA), foram
descobertas na década de 90, graças à identificação dos mecanismos de interferência do RNA, que
reduzem a tradução de RNA mensageiros de genes-alvo.
Um desses tipos de pequenos RNA é denominado micro-RNA (miRNA). Os genes que codificam
estes miRNA são transcritos em sequências denominadas miRNA primários (pri-miRNA), que
contêm regiões que se autocomplementam, dando origem a moléculas de cadeia dupla com
extremidades em forma de laço. Por ação de um complexo enzimático nuclear, estas moléculas
são processadas, formando-se os pré-microRNA (pré-miRNA) de cadeia dupla, com um número
reduzido de nucleótidos. As moléculas de pré-miRNA são exportadas para o citoplasma, associam-se
ao complexo RISC e são novamente processadas, formando-se o miRNA maduro de cadeia simples.
O miRNA maduro direciona o complexo RISC para RNA mensageiros (mRNA) que contêm uma
sequência complementar ao miRNA maduro. Quando se dá a complementaridade entre as duas
moléculas de RNA, o RISC corta o mRNA ou retém-no no complexo. Qualquer destas ações resulta
na inibição da tradução dos mRNA-alvo, silenciando o respetivo gene. A retenção no complexo, sem
quebra do mRNA, resulta de uma complementaridade imperfeita. Assim, é possível que um mesmo
miRNA tenha como alvo mRNA de diferentes genes.
A Figura 10 apresenta o esquema simplificado da biogénese e do funcionamento do miRNA.

Figura 10

Núcleo

pri-miRNA
pré-miRNA

mRNA
RISC 11

/4/
Citoplasma

miRNA maduro

Baseado em Capitão, C. F. 5., «The feedback regulation of miRNA biogenesis in


response to water deficit in Medicogo truncatula», FCUL, 2009

126
BIOLOGIA

25.1. Um determinado miRNA poderá

(A) regular vários genes num organismo.

(B) impedir o processamento do mRNA.

(C) provocar a separação de desoxirribonucleótidos.

(D) inibir a exportação de exões.

25.2. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


que ocorrem durante o silenciamento de um gene através de um mecanismo mediado por
um miRNA.

A. Formação de um pré-miRNA.

B. Bloqueio da tradução do mRNA-alvo.

C. Transcrição de nucleótidos.

D. Formação de uma molécula com extremidades em forma de laço.

E. Processamento enzimático no citoplasma.

25.3. O desenvolvimento da tecnologia de silenciamento de genes associada ao RNA permite que


pequenas moléculas de dsRNA, denominadas siRNA, possam ser introduzidas em células.
Atualmente, várias empresas de biotecnologia podem produzir moléculas de siRNA para
qualquer gene humano que o investigador pretenda silenciar.

Explique como procederia para tratar, com recurso a moléculas de siRNA, uma doença celular
cuja manifestação dependesse da produção de um determinado péptido.

26. Descobriu-se recentemente que bactérias e fungos podem sintetizar antibióticos de natureza
peptídica com forte proporção de aminoácidos não convencionais que os ribossomas são incapazes
de incorporar nas proteínas.
A descoberta deste mecanismo ocorreu quando cientistas que trabalhavam na biossíntese de um
antibiótico, a gramicidina S, observaram que os extratos celulares da bactéria que produz este
antibiótico continuam a sintetizá-lo mesmo que se adicione uma enzima que destrói o RNA ou uma
substância que impede a síntese proteica ao nível dos ribossomas. Descobriram que na síntese destes
antibióticos estavam envolvidas enzimas de grandes dimensões, que designaram por sintetases de
péptidos não ribossomais (NRPS).
No cromossoma bacteriano, são vários os genes que estão implicados na codificação de uma NRPS.
Esta enzima é composta por vários módulos (em geral, uma dezena) ligados uns aos outros. Cada
módulo é responsável pela incorporação específica de um dado aminoácido na cadeia polipeptídica
em crescimento. Uma NRPS só catalisa a síntese de uma molécula bem definida, sendo a sucessão
dos diferentes módulos o que determina a composição do produto, como se evidencia na Figura 11.
Em 1995, conseguiu-se trocar a ordem das sequências de DNA que codificam módulos inteiros
de uma NRPS. Esta manipulação conduziu à síntese de uma nova enzima, que produziu péptidos

127
UNIDADE 5— CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

inéditos. Também já foi possível transferir genes responsáveis pela síntese de NRPS da bad
Streptomyces lasaliensis para a bactéria Escherichia coli. Esta última bactéria é a mais conhecic
que se sabe manipular melhor e a que se utiliza para produzir moléculas em quantidades industr
Em 2002, quando pela primeira vez foi sequenciado o genoma de urna bactéria produtor
antibióticos, Streptomyces coelicor, descobriram-se vários genes correspondentes a NRPS, mas
não se exprimiam, isto é, fontes potenciais de NRPS responsáveis pela síntese de novos pépti
Surge assim o desafio de tentar obter novas NRPS e de selecionar, do ponto de vista farmacolóf
as mais interessantes.

Figura 11

O — Aminoácidos convencionais

A ] —Aminoácidos não convencionais

dll à
000 — Módulo A co
19- A 4.:§:; •
DNA
4111099•410.6•3)•••••

11011141410...••••• 000 NRPS

Baseado em Marahiel, M., «Le renouveau des antibiotiq


Les dossiers de Ia recherche, n.° 41, novembro de

26.1. A descoberta da atividade das NRPS foi possível quando se adicionaram aos extratos celul
das bactérias substâncias que impediram

(A) a tradução.

(B) a transcrição.

(C) a replicação.

(D) o processamento.

26.2. A informação genética necessária à codificação de um péptido não ribossómico encont


inscrita

(A) numa sequência específica de DNA.

(B) em várias NRPS.

(C) em várias sequências de DNA.

(D) numa NRPS específica.

128
BIOLOGIA

26.3. Faça corresponder cada um dos polímeros existentes em fungos, expressos na coluna A, à
respetiva designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(a) Polímero de ribonucleótidos resultante


(1) DNA
diretamente da transcrição.
(2) DNA polimerase
(b) Polímero de aminoácidos interveniente na
transcrição. (3) NRPS

(c) Polímero de aminoácidos interveniente na (4) RNA de transferência

replicação que ocorre no núcleo. (5) RNA mensageiro

(d) Polímero de desoxirribonucleótidos existente (6) RNA polimerase


na mitocôndria.
(7) RNA pré-mensageiro
(e) Polímero de ribonucleótidos, com um local
(8) RNA ribossómico
específico de ligação a um aminoácido.

26.4. Um dos modos de atuação da gramicidina S, como antibiótico, ocorre ao nível das proteínas
membranares responsáveis pelo transporte ativo de iões Na+ e K+, interferindo na

(A) difusão destes iões através da bicamada fosfolipídica.

(B) difusão destes iões através de permeases.

(C) diferença de tonicidade entre o meio intracelular e o meio extracelular.

(D) manutenção da isotonia entre o meio intracelular e o meio extracelular.

26.5. A bactéria Escherichia coli, que vive no intestino do Homem, é um ser

(A) autotrófico, que obtém o alimento por ingestão.

(B) heterotrófico, que obtém o alimento por absorção.

(C) autotrófico, que obtém o alimento por absorção.

(D) heterotrófico, que obtém o alimento por ingestão.

26.6. A identificação de lactato num meio de cultura de Escherichia coli é indicadora de que nesta
bactéria ocorreu um processo

(A) de fosforilação oxidativa de reduzido rendimento energético.

(B) de fosforilação oxidativa em que o aceitador final de eletrões é o oxigénio.

(C) oxidativo de elevado rendimento energético.

(D) oxidativo em que o aceitador final de eletrões é o piruvato.

129
UNIDADE 5 — CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

26.7. O aumento das doenças infeciosas resistentes aos antibióticos, como a tuberculose
multirresistente, tem vindo a preocupar a comunidade científica internacional, que aposta
cada vez mais em investigação biomédica.

Explique de que modo a sequenciação do genoma de 5. coelicor e a utilização de E. coli


podem contribuir para a produção de novos antibióticos.

27. O efeito da cafeína sobre os seres vivos tem sido objeto de vários estudos científicos.
Esta substância pode, por exemplo, inibir a reparação do DNA, bloquear as células na fase G2 e inibir
a citocinese em plantas.
Na mosca Drosophila prosaltans, a cafeína diminui a longevidade, a frequência de acasalamento e a
duração da cópula.
Num estudo realizado, moscas da espécie referida foram mantidas no laboratório em meio de cultura
de altar-banana, a temperaturas de 20 °C ± 1 °C.
Foram estudadas preparações de células cerebrais de larvas de Drosophila prosaltans, deixadas
crescer no referido meio de cultura suplementado com 1500 mg por mL (El) ou com 2500 mg
por mL (E2) de cafeína, e comparadas com larvas deixadas crescer em meio sem cafeína (controlo).
Para se obterem as preparações, machos e fêmeas virgens, com seis dias de idade, foram colocados
a acasalar em frascos contendo os meios El, E2 ou de controlo. Posteriormente, machos e fêmeas
virgens da geração 1 foram colocados em 10 tubos (um casal por tubo) contendo o mesmo meio de
cultura presente nas moscas parentais. Para realizar as preparações foi utilizada uma larva de cada
um dos 30 tubos (10 para cada experiência e 10 para controlo).
Para cada um dos três grupos de larvas, determinou-se o número de células cerebrais em mitose,
o número de células cerebrais em interfase e os respetivos índices mitóticos (obtidos pela divisão
do número de células em mitose pelo número de células contabilizadas), que constam da Tabela 2.

Tabela 2

Número Número de cél u l as


Índice
Ensaios de células Em mitose mitótico
Em interfase
analisadas (%)
P M A T Total

Controlo 1078 24 6 5 1 36 1042 3,3

Grupo El 1014 21 9 6 O 36 978 3,6

Grupo E2 1009 21 13 16 2 52 957 5,2

P = Prófase; M = Metáfase; A= Anáfase; T = Teiófase.

Baseado em M. Itoyama et al., «Effects of caffeine on mitotic index in


Drosophila prosaltans (Diptera)», Brazilian Journal of Genetics, 1997

130
BIOLOGIA

27.1. No estudo apresentado, a variável independente é

(A) a composição do meio de cultura de agar-banana.

(B) o número de células em interfase.

(C) a concentração de cafeína.

(D) o índice mitótico de cada grupo de moscas.

27.2. De acordo com os resultados apresentados, a maioria das células em fase mitótica, no

(A) grupo E2, tinha os cromossomas alinhados na zona equatorial.

(B) grupo E2, tinha os cromossomas visíveis e os homólogos emparelhados.

(C) grupo de controlo, tinha cromossomas formados por dois cromatídeos.

(D) grupo de controlo, tinha cromossomas posicionados em polos opostos da célula.

27.3. Os resultados do estudo sugerem que a concentração superior de cafeína, utilizada no


estudo, influencia a atividade mitótica

(A) aumentando o número de células em divisão nuclear e diminuindo o número de células


em fase de multiplicação de organitos.

(B) aumentando o número de células em divisão nuclear e aumentando o número de células


em fase de multiplicação de organitos.

(C) diminuindo o número de células em divisão nuclear e diminuindo o número de células


em fase de multiplicação de organitos.

(D) diminuindo o número de células em divisão nuclear e aumentando o número de células


em fase de multiplicação de organitos.

27.4. De acordo com o texto, nas plantas, a cafeína poderá

(A) inibir a replicação do DNA.

(B) inibir a formação de retículo endoplasmático.

(C) conduzir à constrição da membrana celular.

(0) conduzir ao aparecimento de células binucleadas.

131
UNIDADE 5 - CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

27.5. Faça corresponder cada uma das etapas do ciclo celular, expressas na coluna A, à respetiva
designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(1) Anáfase

(2) Citocinese
(a) Reaparecimento dos nucléolos.
(3) Fase G1
(b) Disposição dos cromossomas na zona equatorial.
(4) Fase G2
(c) Desorganização da membrana nuclear.
(5) Fase S
(d) Replicação do DNA.
(6) Metáfase
(e) Divisão dos centrómeros.
(7) P ráfase

(8) Tel ófa se

27.6. Apesar de alguns estudos apontarem efeitos nocivos da cafeína, outros destacam aspetos
positivos. Por exemplo, em determinadas condições, a cafeína pode atuar como filtro solar,
absorvendo os raios UV.

Explique em que medida este efeito da cafeína pode contribuir para alterar a taxa de
incidência do cancro da pele.

28. Em 1961, Marshall Nirenberg e James Matthaei foram os autores do primeiro grande avanço na
decifração do código genético. Nas suas experiências utilizaram extratos celulares da bactéria
Escherichia coli e oligonucleátidos sintéticos, em vez de mRNA natural, como informação padrão
para a síntese proteica.
Com o extrato celular de E. coli, preparou-se um sistema de reação completo, com todos os
componentes necessários à síntese proteica, incluindo um RNA sintético formado apenas com
nucleótidos de uracilo (poli-U). Foram realizados vários ensaios, nos quais se testou individualmente
cada um dos 20 aminoácidos. Para tal, o aminoácido testado encontrava-se marcado radioativamente.
Na Tabela 3, está registada a incorporação nas proteínas, em diferentes condições experimentais,
do aminoácido fenilalanina marcado radioativamente. Aos ensaios 2 e 4 não foram adicionados,
respetivamente, poli-U e ATP. No ensaio 3 foram extraídos os ribossomas. Os ensaios 5 e 6 e os
ensaios 7 e 8 continham, respetivamente, os antibióticos puromicina e cloranfenicol e as enzimas
hidrolíticas RNAase e DNAase.
Noutras experiências, Nirenberg e Matthaei mostraram que a síntese de um péptido constituído
por resíduos do aminoácido lisina estava dependente da adição de poli-A, um RNA formado apenas
com nucleótidos de adenina, ao sistema de reação; o mesmo acontecia com a adição de poli-C, um
RNA formado apenas com nucleótidos de citosina, que era específico para a síntese de um péptido

132
BIOLOGIA

constituído apenas pelo aminoácido prolina.


Gobind Khorana, agraciado com o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina em 1968, tal como Marshall
Nirenberg, realizou diversas experiências que contribuíram definitivamente para a decifração do
código genético. A partir de polímeros de ribonucleótidos, de sequência conhecida, demonstrou
que a repetição de dois nucleótídos alternados n vezes, por exemplo (UC) n, contém informação
necessária à síntese do péptido (ser-leu),, em que UCU codificava a incorporação do aminoácido
serina e CUC codificava a incorporação do aminoácido leucina.

Tabela 3

Radioatividade
Ensaio Condições experimentais emitida por mg de
proteína por minuto

1 Sistema de reação completo 29 500

2 Sistema de reação sem adição de poli-U 70

3 Sistema de reação sem ribossomas 52

4 Sistema de reação sem adição de ATP 83

5 Sistema de reação completo com adição de puromicina 7100

6 Sistema de reação completo com adição de cloranfenicol 12 550

7 Sistema de reação completo com adição de RNAase 120

8 Sistema de reação completo com adição de DNAase 27 600

Baseado em M. W. Nirenberg e 1. H. Matthaei, «The dependence of cell-free protein synthesis in E. a:4i upon
naturally occurring or synthetic polyribonucleotides», Proceedings of the National Academy of Science, 47,
1961 e em www. nobel prize.org/nobel_prizes/medici ne/Ia u reates/1968/khorana-lecture.htm I

28.1. A etapa da síntese proteica evidenciada nas experiências de Nirenberg e Matthaei é


designada por

(A) tradução.

(B) transcrição.

(C) replicação.

(D) processamento.

28.2. De acordo com os resultados registados na Tabela 3, a síntese de um péptido de fenilalanina


é independente da presença de

(A) ribossomas.

(B) ATP.

(C) DNA.

(D) poli-U.

133
UNIDADE 5 - CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

28.3. As experiências de Gobind Khorana demonstraram que a informação utilizada diretamente


na síntese de um péptido se encontra na sequência de conjuntos de

(A) três bases do DNA.

(B) três bases do RNA.

(C) duas bases do DNA.

(D) duas bases do RNA.

28.4. Os tRNA que transportam os aminoácidos fenilalanina e lisina apresentam, respetivamente,


os antícodões

(A) UUU e AAA.

(B) AAA e TTT.

(C) TTT e AAA.

(D) AAA e UUU.

28.5. Mutantes de E.coli sem porinas — proteínas intrínsecas da membrana plasmática — são
resistentes ao cloranfenicol, indiciando que a penetração desta substância na bactéria ocorre

(A) por intermédio de canais hidrófilos.

(B) com gasto de moléculas de ATP.

(C) contra o gradiente de concentração.

(D) através da bica mada fosfolipídica.

28.6. Estudos recentes mostram que a puromicina pode ser utilizada como agente antitumoral.

Explique, fazendo referência aos resultados registados na Tabela 3, por que razão a puromicina
pode ser utilizável no tratamento de tumores.

134
UNIDADE 5 — CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

inéditos. Também já foi possível transferir genes responsáveis pela síntese de NRPS da bactéria
Streptomyces lasaliensis para a bactéria Escherichia cob.. Esta última bactéria é a mais conhecida, a
que se sabe manipular melhor e a que se utiliza para produzir moléculas em quantidades industriais.
Em 2002, quando pela primeira vez foi sequenciado o genoma de uma bactéria produtora de
antibióticos, Streptomyces coelicor, descobriram-se vários genes correspondentes a NRPS, mas que
não se exprimiam, isto é, fontes potenciais de NRPS responsáveis peia síntese de novos péptidos.
Surge assim o desafio de tentar obter novas NRPS e de selecionar, do ponto de vista farmacológico,
as mais interessantes.

Figura 11

O — Aminoácidos convencionais

I —Aminoácidos não convencionais

CXDO — Módulo
Péptido

DNA
on.094141110•CeQe.***

00300~00000 OOD NRPS


46.

Baseado em Marahiel, M., «Le renouveau des antibiotiques»,


Les dossiers de la recherche, n.° 41, novembro de 2010

26.1. A descoberta da atividade das NRPS foi possível quando se adicionaram aos extratos celulares
das bactérias substâncias que impediram

(A) a tradução.

(B) a transcrição.

(C) a replicação.

(D) o processamento.

26.2. A informação genética necessária à codificação de um péptido não ribossómico encontra-se


inscrita

(A) numa sequência específica de DNA.

(B) em várias NRPS.

(C) em várias sequências de DNA.

(D) numa NRPS específica.

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