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V. 5, n.

6 - Dezembro de 2018

Abuso e exploração sexual


nas operações de paz da ONU
Carolina Soprani1

Introdução lidade, poder diferencial ou confi- tras coisas, e tornam-se dependen-


ança, para fins sexuais, incluindo, tes disso para sobreviver.6
Durante a década de 1990, houve mas não se limitando a, lucrar
monetariamente, socialmente ou
mudanças nas operações de paz da Houve relatos de abuso e explora-
politicamente com a exploração
Organização das Nações Unidas ção sexual perpetrados por tropas de
sexual de outra pessoa. Da mes-
(ONU), que passaram a englobar ma forma, o termo “abuso sexu- paz e trabalhadores humanitários em
mais participantes e desempenhar al” significa a intrusão física real novembro de 2001, direcionando a
mais funções. Junto a isso, o nú- ou ameaçada de natureza sexual, atenção mundial ao problema e de-
mero de casos envolvendo abuso seja pela força ou sob condições monstrando a importância do com-
e exploração sexual por parte de desiguais ou coercitivas.4 bate à exploração sexual. Os relatos
funcionários e pessoal relacionado apareceram em um relatório solicita-
à Organização aumentou.2 Dessa forma, devido às condições do pelo Alto Comissariado das Nações
desiguais e de maior vulnerabilida- Unidas para Refugiados (ACNUR) e
Mulheres e meninas estão expos- de em que se encontram mulheres Save the Children, uma organização
tas a situações como bombardeios, e meninas nas situações de conflito não-governamental (ONG) do Reino
tortura, migração forçada, como o ou pós-conflito, são considerados Unido, que objetivava analisar a ex-
restante da população civil durante inapropriados os engajamentos se- ploração sexual e violência nas comu-
conflitos. Entretanto, elas são, ma- xuais entre peacekeepers e mulhe- nidades de refugiados na Guiné, Libé-
joritariamente, ainda que não ex- res locais durante as operações de ria e Serra Leoa.
clusivamente, vítimas de formas es- paz, embasado principalmente na
pecíficas de violência, como abuso e ideia da existência de um poder as- Há muita tolerância e impunida-
exploração sexual.3 simétrico entre eles.5 No entanto, de no que diz respeito ao tema. No
muitos membros das operações de caso da prostituição, por exemplo,
Em 2003, Kofi Annan, então Secre- paz são suspeitos de envolvimen- isso fica ainda mais evidente, por ser
tário-Geral das Nações Unidas, con- to com prostitutas, tráfico sexual, muitas vezes entendida como uma
ceituou abuso e exploração sexual forçar crianças a se prostituírem e consequência do isolamento e de
como: engajamento sexual com menores situações de apreensão que homens
O termo “exploração sexual” sig- de idade. Nessas condições, muitas heterossexuais passam em locais de
nifica qualquer tentativa ou abuso mulheres e meninas trocam sexo conflito. Dessa forma, muitos pea-
real de uma posição de vulnerabi- por comida, segurança, dentre ou- cekeepers contribuem para a cria-

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na Costa do Marfim, sul do Sudão e


UN Photo/Eskinder Debebe/CC

no Haiti. De acordo com o relatório,


as tropas de paz da ONU foram res-
ponsáveis por abusos especialmente
no Haiti e na Costa do Marfim.11

Em casos mais recentes, podemos


citar os abusos e explorações sexuais
cometidos por soldados de paz da
ONU na República Centro-Africa-
na, entre 2014 e 2015, em que ao
menos 41 deles foram identificados
como perpetradores desse tipo de
violência contra 139 mulheres, sen-
do 25 delas menores de idade.12

Peacekeepers da MINUSCA em patrulha em Bangui - RCA.


Segundo um porta-voz das Nações
Unidas, a Organização teria rece-
bido 70 denúncias de exploração e
ção de uma economia explorativa relatados 357 casos de exploração e abuso sexual no segundo trimestre
na qual mulheres continuam em um abuso sexual.10 de 2018. Entre elas, 43 envolveram
contexto de insegurança.8 os próprios funcionários, sendo 18
O relatório intitulado “No one to membros das missões de paz e 25 das
Casos de abuso e exploração turn to – The under reporting of agências da ONU. Entre as vítimas
sexual durante operações child sexual exploitation and abuse estavam 46 mulheres, 17 meninas e
de paz by aid workers and peacekeepers”, um menino com menos de 18 anos.13
da ONG Save the Children, foi re-
Em 2004, a imprensa internacional sultado de entrevistas feitas em Ainda, entre julho e setembro de
informou sobre a exploração se- 2007 com 341 crianças que sofreram 2018, 64 novas acusações de explo-
xual e o abuso de mulheres e me- exploração sexual, como prostitui- ração e abuso sexual foram recebi-
ninas congolesas pelas forças de paz ção infantil, escravidão sexual, por- das pela ONU e seis delas envol-
da ONU na Missão da Organização nografia e troca de sexo por comida, veram membros das forças de paz.
das Nações Unidas na República
Democrática do Congo (MONUC),
resultando em uma investigação do
Office of Internal Oversight Servi- Albert González Farran – UNAMID/CC

ces (OIOS) – órgão do Secretariado


das Nações Unidas responsável por
investigações, monitoramentos de
programas, dentre outras funções –,
que constatou situações críticas de
exploração e abuso sexual naquela
Missão.9

De acordo com os relatórios anuais


do Secretário-Geral, sobre “Special
measures for protection from sexual
exploitation and sexual abuse”, em
2004 foram reportados 121 casos de
violência sexual. Em 2005 o núme-
ro subiu para 340 e em 2006, foram
Tropas da operação de paz em Gereida, sul de Darfur - Sudão.

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V. 5, n. 6 - Dezembro de 2018

Entre as 77 vítimas, estão 42 mulhe-

UNMISS/CC
res, 24 meninas, dois homens e um
menino. Ainda, 55 foram categori-
zadas como vítimas de exploração
sexual, 16 de abuso sexual, quatro
de natureza desconhecida e duas
foram consideradas infundadas.14
Cabe destacar que, de acordo com a
política atual da ONU, todas as de-
núncias recebidas devem ser inves-
tigadas.

O posicionamento da ONU

Os casos de abuso e exploração se-


xual por funcionários da ONU vão
Atividade da “Tolerância Zero” ao abuso e exploração sexual para o staff da UNMISS –
contra o propósito das operações Sudão do Sul.
nos países anfitriões, além de man-
charem a imagem da Organização.
Com o aumento das funções desem-
penhadas em campo, deixando de África Ocidental. A resolução solici- minate future sexual exploitation
ser apenas observadores, os milita- tava que o Secretário-Geral tomasse and abuse in United Nations pea-
res passaram a interagir mais com medidas concernentes à prevenção cekeeping operations”, conhecida
a população local. Como é crucial da exploração e abuso sexual em como Relatório Zeid. A Estratégia
o apoio e a confiança da população operações de paz e humanitárias.17 sugeriu reformas tanto para o Se-
para que a missão tenha sucesso na cretariado da ONU como para os
provisão de um ambiente seguro e No mesmo ano, a exploração sexual Estados-membros, além de garantir
estável, a credibilidade da operação foi proibida no Boletim do Secretá- assistência às vítimas. Para corrigir
de paz é minada quando ocorrem rio-Geral sobre medidas especiais a falta de consciência sobre os pa-
casos de abuso e exploração sexual.15 para proteção contra exploração drões de conduta das Nações Uni-
sexual e abuso sexual. Neste bole- das, juntamente com diversas outras
A ONU adota uma política de tole- tim, o Secretário-Geral elencou al- ações consideradas de má conduta
rância zero em casos de abuso e ex- gumas normas específicas, a saber: além da exploração e abuso sexual
ploração sexual cometidos por seu proibição da atividade sexual com identificadas no Relatório, houve a
pessoal em missões de paz, sendo menores de 18 anos, independente criação da Unidade de Conduta e
um dos três princípios-chave dos da idade de maioridade ou de con- Disciplina e de equipes de Conduta
Padrões de Conduta da Organiza- sentimento local; proibição das tro- e Disciplina nas missões de campo,
ção.16 Para ir de encontro com esta cas de dinheiro, emprego, dentre em novembro de 2005.19
política, a ONU estabeleceu no de- outros, por sexo, favores sexuais ou
correr dos anos algumas medidas outras atitudes exploradoras; desen- Em 2007, a Assembleia Geral ado-
para o combate dessas práticas. corajamento das relações sexuais tou a “Comprehensive Strategy on
entre os beneficiários de assistência Assistance and Support to Victims
Em abril de 2003, a Assembleia e o pessoal da ONU pelas relações of Sexual Exploitation and Abuse
Geral das Nações Unidas adotou a assimétricas de poder existentes; e by United Nations Staff and Rela-
resolução 57/306 intitulada “Inves- obrigatoriedade do pessoal das Na- ted Personnel”. O objetivo seria o
tigation into sexual exploitation of ções Unidas de estabelecer e conser- de garantir assistência rápida às ví-
refugees by AID workers in West var um espaço que coíba a explora- timas de exploração e abuso sexual
Africa”, que levou em conta o rela- ção e o abuso sexual.18 cometidos pelos membros das Na-
tório do OIOS sobre a investigação ções Unidas e pessoal relacionado,
da exploração sexual de refugiados Em março de 2005, foi emitida a sem que servisse de meio de com-
por trabalhadores humanitários na “Comprehensive strategy to eli- pensação ou de redução da respon-

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sabilidade dos perpetradores desses Em 2014, o relatório do Secretá- violência, incentivando os Estados-
atos. A Estratégia deveria prestar rio-Geral à Assembléia Geral sobre membros a contribuírem com ele.23
apoio adequado à legislação e às de- “Special measures for protection
vidas circunstâncias do país hospe- from sexual exploitation and sexual Na República Centro-Africana, os
deiro e às vítimas e crianças nasci- abuse” incluiu diversas outras ini- fundos darão suporte a atendimen-
das em conseqüência da exploração ciativas como a expansão do treina- tos médicos, psicossociais e jurídi-
e abuso sexual. A assistência inclui mento, veto de pessoal por má con- cos para vítimas. Na Libéria, educa-
serviço médico, apoio jurídico, duta em alguma operação de paz ção e treinamento vocacional serão
apoio para tratar dos efeitos psico- anterior, criação de mecanismos oferecidos àquelas que foram mar-
lógicos e sociais, alimentação, ves- mais práticos para prestar suporte ginalizadas e estigmatizadas.24
tuário, emergência, dentre outros. às vítimas, e sugestões de medidas
O apoio deve ser realizado de forma a serem tomadas em relação à proi- Também em março de 2016, o Con-
que não haja um agravamento dos bição e prevenção da exploração selho de Segurança (CSNU) adotou
traumas, levando em consideração e abuso sexual. Além disso, o re- a resolução 2272, abordando a ex-
a experiência e a necessidade indi- latório incluiu, pela primeira vez, ploração e o abuso sexual cometi-
vidual de cada vítima. Deve, ainda, informações sobre nacionalidade dos pelas forças da ONU desdobra-
ser fornecido através de programas de militares e policiais envolvidos das sob os mandatos do CSNU. Por
e redes existentes e, quando neces- em atos de exploração e abuso se- meio desta resolução, o Conselho
sário, outras estruturas para o ofe- xual. Em 2016, o Secretário-Geral solicitou ao Secretário-Geral que
recimento da assistência devem ser nomeou um Special Coordinator repatriasse a unidade militar ou po-
desenvolvidas. Ademais, a ONU on Improving the United Nations licial formada quando houver indi-
deve encontrar parceiros para for- Response to Sexual Exploitation cação de exploração e abuso sexual
necerem os serviços de apoio e para and Abuse com mandato para or- generalizada ou sistêmica por parte
agirem como facilitadores de apoio ganizar, unificar e priorizar as me- de seus membros. Solicitou ainda,
à vítima.20 didas de prevenção e resposta em que o Secretário-Geral substituísse
todo o sistema das Nações Unidas.22 todas as unidades de tropas ou po-
Dessa forma, a vítima de exploração liciais do país que o perpetrador fi-
e abuso sexual terá a assistência da Em março de 2016, foi criado o zesse parte, caso o referido país não
Organização, que será realizada por Trust Fund in Support of Victims tivesse tomado medidas para inves-
meio de serviços locais, programas, of Sexual Exploitation and Abu- tigar o caso.25
redes e mecanismos comunitários se com o objetivo de garantir um
adequados ao contexto.21 apoio maior às vítimas desse tipo de Quando há crianças nascidas em
consequência do engajamento se-
xual entre o pessoal da ONU e mu-
lheres locais, e caso haja reivin-
Violaine Martin/CC

dicações de paternidade e pensão


alimentícia, a ONU pode direcionar
as vítimas para assistência jurídica.
Em 2014, o Department of Peace-
keeping Operations (DPKO) e De-
partment of Field Support (DFS)
estabeleceram algumas medidas nas
missões de campo como o desenvol-
vimento de um protocolo de coleta
de amostras de DNA e fornecimen-
to de kits de coleta de DNA. Com
isso, a ONU pode recolher o mate-
rial para teste, caso a legislação do
Estado-membro permita o teste de
paternidade por meio de amostras
Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos em conferência de imprensa sobre de DNA. Caso a paternidade seja
abuso sexual em operações de paz.
4
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são atribuídas à jurisdição nacional


MONUSCO/Alain Wandimoyi/cc

do sujeito.28

Outra iniciativa relacionada ao


tema foi lançada em setembro de
2017, o Círculo de Liderança, que
conta com o empenho de líderes
mundiais na erradicação de explo-
rações e abusos sexuais no sistema
ONU. Dessa forma, 49 chefes de Es-
tado e de governo, 22 chefes de en-
tidades da ONU e 72 líderes globais
se juntaram ao movimento.29

O Círculo de Liderança constitui


um compromisso dos membros em
eliminar a impunidade, aumentar a
prevenção à exploração e abuso se-
Palestra no North Kivu, DRC sobre abuso e exploração sexual para peacekeepers.
xual, dar suporte às vítimas rapida-
mente e de forma apropriada, den-
tre outros.30
sinalizada, a ONU pode auxiliar no funcionários da Secretaria Geral e
intercâmbio dos documentos legais das operações de paz, desde 2017. Algumas considerações
de maneira que a mesma seja reco- A conscientização pública sobre o sobre a exploração e abuso
nhecida pelos tribunais nos países comportamento admissível do pes- sexual durante operações
da mãe e do pai.26 soal da ONU e como denunciar má de paz da ONU
condutas é fundamental, por isso,
As Nações Unidas tomam algumas mecanismos seguros de reclama- A questão da exploração e abuso
medidas preventivas relacionadas à ções foram, ou estão sendo, insta- sexual vem ganhando maior no-
exploração e abuso sexual, que de- lados em locais onde a Organização toriedade pela sua importância e
vem ser colocadas em prática em está presente. Por fim, as avaliações urgência em ser combatida. As ví-
todo o seu sistema e em parceria de risco são realizadas por órgãos timas sofrem com as conseqüências
com os Estados-membros. As me- da ONU, dando enfoque àqueles sociais, psicológicas e físicas desses
didas primordiais dessa abordagem concernentes à exploração e abuso abusos e devem receber a ajuda ne-
são a triagem e o treinamento de sexual, identificando os possíveis cessária e adequada para que o im-
pessoal, a conscientização do pú- riscos de má conduta antes de elas pacto em suas vidas seja o menor
blico e a realização de avaliações de acontecerem.27 possível.
risco. A triagem inicial de candida-
tos para postos das Nações Unidas Havendo a confirmação dos relatos O fato de peacekeepers e trabalha-
estaria sendo intensificada, incluin- de má conduta por parte de fun- dores humanitários serem responsá-
do a apuração e veto por má condu- cionários civis da ONU, os respon- veis por tais atos vai na contramão
ta anterior. O treinamento de todos sáveis poderão enfrentar sanções, dos objetivos de uma operação de
os funcionários sobre os Padrões de como repreensão e demissão. Nos paz de gerar uma paz sustentável e
Conduta da ONU é muito impor- casos de comprovação de má condu- um ambiente seguro para a popula-
tante para o combate à exploração ta envolvendo militares e policiais, ção local do país hospedeiro. Como
e ao abuso sexual, sendo realizado a Organização pode repatriá-los e mencionado, ao se engajarem em
regularmente antes e depois do des- vetá-los em operações de paz futu- relações sexuais com mulheres lo-
dobramento nas missões. Há, ainda, ras. Sanções disciplinares e ações cais, os soldados de paz estão finan-
um programa obrigatório de trei- judiciais, como a responsabilização ciando uma economia explorativa
namento online sobre a prevenção criminal ou responsabilidade civil e fazendo com que essas mulheres
da exploração sexual para todos os concernente à pensão alimentícia, continuem em uma realidade de

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se constituem em crime na maior como a difusão de informações so-


UN Photo/Saw Lwin/CC

parte dos países. bre formas de denunciar e solicitar


apoio, além de se colocar em prática
Dessa forma, é crucial que se tenha efetivamente todas as deliberações
o entendimento do que constitui o relacionadas ao tema.
abuso ou exploração sexual, para
que medidas preventivas e de res- Entendemos que cabe principalmen-
postas sejam desenvolvidas e que os te aos Estados-membros tomarem as
perpetradores respondam pelos seus devidas providências preventivas,
crimes, sem impunidade. durante o preparo do pessoal que será
desdobrado nas operações de paz, e
Mesmo com diversas iniciativas de punitivas relacionadas ao seu pessoal
prevenção e resposta da ONU para er- desdobrado, responsabilizando os
radicar a exploração e o abuso sexual mesmos por abusos e exploração se-
cometidos por seus membros e pes- xual. Nesse âmbito, muitas questões
soal associado, em 2018 houve mui- estruturais relacionadas a gênero
Capacete azul usado pelos peacekeepers
tas denúncias relacionadas à questão. necessitam ser discutidas e repensa-
da ONU. Além disso, muitos trabalhadores hu- das, como o papel das mulheres nas
manitários e peacekeepers continuam sociedades em que estão inseridas,
não respondendo por seus crimes da tanto dos países contribuintes com
maneira adequada. pessoal para as Nações Unidas, como
vulnerabilidade, pois passam a de- nos países hospedeiros das operações
pender da prostituição, por exem- Por isso, deve-se enfatizar cada vez de paz, para que haja transforma-
plo, para sustentarem suas famílias. mais a necessidade da eliminação ções. Mas essa é uma questão ainda
Já práticas sexuais não consentidas da exploração e abuso sexual, bem mais complexa.

1
Discente do Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília 9
NDULO, op. cit.
e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Conflitos Internacionais
(GEPCI) e do Observatório de Conflitos Internacionais (OCI). 10
Idem.

2
FONTOURA, Natalia Rayol. Heróis ou Vilões? O abuso e a exploração sexual 11
BBC. ONG denuncia novos abusos de crianças por tropas de paz.
por militares em missões de paz da ONU. Dissertação de Mestrado em Relações 2008. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/
Internacionais. Rio de Janeiro: PUC, 2009. story/2008/05/080527_relatorioabusocriancas_np.shtml> . Acesso em: 15 nov.
2018.
3
UN. Women, peace and security: study submitted by the Secretary-General pursuant
to Security Council resolution 1325 (2000). New York: United Nations, 2002. 12
ESTADÃO. Ao menos 41 capacetes-azuis são acusados de estupro na República
Disponível em: <https://www.un.org/ruleoflaw/files/womenpeaceandsecurity. Centro-Africana: Segundo a ONU, 139 mulheres teriam sido vítimas desses
pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018. soldados, que também teriam abusado de 25 menores; organização admite
epidemia de violações. 2016. Disponível em: <https://internacional.estadao.com.
4
ONU. ST/SGB/2003/13. Nova York, 9 out. 2003. Disponível em: <https:// br/noticias/geral,ao-menos-41-capacetes-azuis-sao-acusados-de-estupro-na-
conduct.unmissions.org/sites/default/files/keydoc4.pdf>. Acesso em: 08 dez. republica-centro-africana,10000092699>. Acesso em 15 nov. 2018.
2018.
13
SEX abuse charges mount for peacekeepers, contractors. The Washington
5
FONTOURA, op. cit. Times Daily, Washington, p.08, 31 jul. 2018. Acesso em: 08 dez. 2018

6
NDULO, Muna. The United Nations Responses to the Sexual Abuse and 14
ONU. ONU recebe 64 novas acusações de exploração e abuso sexual nos
Exploitation of Women and Girls by Peacekeepers during Peacekeeping Missions. últimos 3 meses. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/onu-recebe-
Berkeley Journal of International Law, v.27, n.1, p.127-161, 2009. Disponível em: 64-novas-acusacoes-de-exploracao-e-abuso-sexual-nos-ultimos-3-meses/>.
<http://scholarship.law.berkeley.edu/bjil/vol27/iss1/5/&gt>. Acesso em: 15 nov. Acesso em: 08 dez. 2018
2018.

8
FONTOURA, op. cit.

6
V. 5, n. 6 - Dezembro de 2018

15
FONTOURA, op. cit. 24
ONU. Trust Fund in Support of Victims of Sexual Exploitation and Abuse. 2018.
Disponível em: <https://www.un.org/preventing-sexual-exploitation-and-abuse/
16
ONU. Conduct In UN Field Missions: Overview. 2018. Disponível em: <https:// content/trust-fund>. Acesso em: 8 dez. 2018.
conduct.unmissions.org/standards-overview>. Acesso em: 08 dez. 2018
25
ONU. Addressing... 2018, op. cit.
17
ONU. Addressing sexual exploitation and abuse. 2018. Disponível em: <https://
conduct.unmissions.org/addressing>. Acesso em: 08 dez. 2018 26
ONU. Paternity claim. 2018. Disponível em: <https://conduct.unmissions.org/
remedial-paternity>. Acesso em: 8 dez. 2018.
18
ONU. ST/SGB/2003/13. op. cit.
27
ONU. Preventing sexual exploitation and abuse: Prevention. 2018. Disponível
19
ONU. Addressing... 2018, op. cit. em: <https://www.un.org/preventing-sexual-exploitation-and-abuse/content/
prevention>. Acesso em: 8 dez. 2018.
20
ONU. A/RES/62/214. Nova York, 7 mar. 2008. Disponível em: <https://conduct.
unmissions.org/sites/default/files/keydoc13.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2018. 28
Idem.

21
ONU. Victim assistance. 2018. Disponível em: <https://conduct.unmissions. 29
ONU. ONU recebe 64 novas acusações de exploração e abuso sexual nos últimos
org/remedial-victim-assistance>. Acesso em: 08 dez. 2018. 3 meses. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/onu-recebe-64-novas-
acusacoes-de-exploracao-e-abuso-sexual-nos-ultimos-3-meses/>. Acesso em: 8
22
ONU. Addressing... 2018, op. cit. dez. 2018.

23
ONU. Trust fund on victim assistance. 2018. Disponível em: <https://conduct. 30
UNOCHA. Making zero tolerance of sexual exploitation and abuse a reality.
unmissions.org/remedial-trust-fund>. Acesso em: 08 dez. 2018. 2018. Disponível em: <https://www.unocha.org/story/making-zero-tolerance-
sexual-exploitation-and-abuse-reality>. Acesso em: 8 dez. 2018.

Série Conflitos Internacionais é editada pelo Série Conflitos Internacionais mais recentes:
Observatório de Conflitos Internacionais da
Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da
O atual conflito no Sudão do Sul V. 4, n. 2
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita
Filho (UNESP) - Campus de Marília – SP O conflito na Costa do Marfim e as missões de paz da ONU V. 4, n. 3
Afeganistão: a continuidade do grande jogo V. 4, n. 4
Editor: Prof. Dr. Sérgio L. C. Aguilar Mali: a operação de paz da ONU e a situação de segurança no país V. 5, n. 2
Layout: Paula Schwambach Moizes O conflituoso Cinturão do Sahel V. 5, n. 3
ISSN: 2359-5809 Ucrânia: conflito como herança da “cortina de ferro” na Rússia
Comentários para: oci@marilia.unesp.br contemporânea V. 5, n. 4
Disponível em: www.marilia.unesp.br/#oci A limpeza étnica em Mianmar e o êxodo do povo Rohingya V. 5, n. 5

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