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CONCEITOS PRINCIPAIS DA PSICOLOGIA ANALÍTICA: JUNG

A psique de Jung é constituída pela consciência, o inconsciente pessoal que são


informações que já foram conscientes e foram rejeitados pela consciência, e o
inconsciente coletivo que não é individual, mas sim, uma herança a todos os seres
humanos.
É no inconsciente coletivo que estão os arquétipos, esses, estão relacionados a
temas mitológicos, contos e lendas populares de tempos e culturas diferentes. Constitui
o inconsciente e da origem tanto às fantasias individuais quanto às mitologias de um
povo. Alguns exemplos são mãe, criança, anjo da guarda, dragão, sombra, anima e
animus, persona e sombra
A Persona é um elemento da personalidade que surge para adaptação ou
conveniência. Ela nos possibilita interagir socialmente em variadas situações.A Persona
inclui papéis sociais, o tipo de roupa e estilo de expressão pessoal.
A Sombra é a parte onde estam os traços que não gostamos, ou preferimos
esconder. Jung acreditava que, não querendo olhar para suas sombras diretamente,
muitas pessoas iriam projetá-las para os outros, o que significa que as qualidades que
muitas vezes não podem estar em outros, temos em nós mesmos e gostaríamos de não
ver. Para crescer verdadeiramente como uma pessoa, é preciso cessar tal cegueira
voluntária à própria sombra e tentar equilibrá-la com o Persona.
A anima e Animus são representação no inconsciente do masculino e feminino.
Anima no homem e Animus na mulher, são construídos a partir de arquétipos femininos
e masculinos das experiências individuais, bem como a experiência com os membros
do sexo oposto (começando com um dos pais), e procuram equilibrar a experiência
unilateral do gênero.
A individuação é a busca do indivíduo para atingir seu pleno potencial é também a
busca da plenitude para se tornar consciente de si próprio. Os conflitos e projeções por
exemplo são necessários para o crescimento pessoal. Ao lidar com os desafios o ser
humano torna-se lentamente mais consciente.

OS RELACIONAMENTOS AMOROSOS MONOGÂMICOS SOB A PERSPECTIVA DA


PSICOLOGIA ANALÍTICA: JUNG.

Persona, sombra, animus e anima e o processo de individuação

Inicialmente somos atraídos pela aparência e os papéis que cada pessoa


apresenta, isto é, somos atraídos pela persona do outro. Em seguida, qualidades,
crenças e valores nos levam à aproximação inicial e entendemos isso como uma
escolha consciente. Porém, isto não é verdade, já que somos influenciados
inconscientemente pelos Anima no homem e Animus na mulher.
Esses arquétipos geralmente atuam na escolha do parceiro, pois projeta-se
conteúdos no outro, e espera-se que este desempenhe os "papéis" dentro de minhas
expectativas. Nesta situação, os parceiros, por não conseguirem reconhecer essas
projeções como suas, dirigem-nas ao outro como se fossem responsabilidade do
parceiro. Como por exemplo uma mulher que espera do parceiro atitudes semelhantes
a de seu pai. Visto isso, as fantasias infantis terão que ser trabalhadas e superadas
para que o casal consiga dar continuidade à relação, o homem ou a mulher deve ir
gradualmente se desligando da projeção do Pai e da Mãe arquetípicos. Evidencia-se
com isto a responsabilidade mútua no desenvolvimento da relação e que é preciso
humanizar esses arquétipos. Além disso a convivência torna a sombra, que é a parte
que escondemos, visível possibilitando ainda mais ao casal enxergar o outro e
aproxima esses arquétipos da realidade.
A experiência do relacionamento íntimo também possibilita ao casal a cura dos
aspectos masculino e feminino em cada parceiro, por meio da observação dos
elementos sombrios que projetou. Esse processo permite a compreensão de que o que
“eu” projeto são parte da própria psique e não da psique do outro.
Por fim, o casamento é uma oportunidade para o autoconhecimento. Sendo
assim, a experiência conjugal pode ser um dos caminhos para o processo de
individuação.

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