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Mar Territorial

As orientações jurídicas que tratam do Mar Territorial do Estado


Brasileiro estão previstas na Lei 8617 de janeiro de 1993, a qual dispõe:

Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze


milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do
litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de
grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte
profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao
longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método
das linhas de base retas, ligando pontos apropriados, para o traçado
da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar
territorial.
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço
aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo.
Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito
de passagem inocente no mar territorial brasileiro.
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja
prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil, devendo ser
contínua e rápida.
§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear,
mas apenas na medida em que tais procedimentos constituam
incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de
força ou por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a
pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.
§ 3º Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão
sujeitos aos regulamentos estabelecidos pelo Governo brasileiro.
(Http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8617.htm >acesso: 30 out
2021)

É importante ressaltar, que foram estabelecidas mudanças após ser


contemplada a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, pelo
acordo sobre a implementação de sua Parte XI (o Boat Paper), referindo-se
exclusivamente à Área (o fundo do mar internacional). O Brasil, por Decreto nº
1.530, de 22 de junho de 1995, declarou a entrada em vigor da Convenção, a
partir de 16 de novembro de 1994, com fundamento na ratificação brasileira de
22 de dezembro de 1988. Contudo, antes, da entrada em vigor da Convenção,
mas em perfeita adequação com ela, ocasião em que nosso mar territorial de
200 Milhas Náuticas (MN) foi substituído por um mar territorial de apenas 12
MN, limite esse historicamente defendido pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Depois de conhecida a legislação vigente que estabelece as
informações primárias sobre o tema. Passa-se a discorrer sobre a que se
direciona de fato a matéria, “Mar Territorial”, a que se compreende de fato o
termo.
Desde o começo das explorações marítimas até a contemporaneidade,
grande foram as ampliações da utilização do mar e suas riquezas, fatos que
geraram problemas nos aspectos jurídicos, tornando complexos por influir
também de forma bastante considerável as relações internacionais.
Dalmo de Abreu Dallari1 em suas explanações afirma que, o que no
início seria para garantir a segurança, passa-se com o tempo a ter muitos
outros motivos, como: necessidade de interesses econômicos, motivos de
natureza fiscal, necessidade de conservação de espécies marítimas, razões de
ordem sanitária, necessidade de suprir as deficiências dos Estados
desprovidos de território submerso, conveniência e necessidade de utilização
das vias oceânicas para comunicações, motivo de ordem geográfica, entre
outros.
O referido autor, conceitua mar territorial com contextos que incluem “as
águas e tudo o que exista abaixo e acima dela”, daí se destaca a grande
importante desse conceito, pela extensão dos direitos nele incluídos, que o
torna diverso dos demais relativos ao mar e mais controverso também, pois
atinge com magnitude os interesses dos Estados, estando a ele sujeito à
soberania do Estado a que pertence.

1
DALLARI, D. de A. O mar territorial do estado brasileiro. Revista de Direito Administrativo, [S. l.], v. 113,
p. 405–438, 1973. DOI: 10.12660/rda.v113.1973.38632. Disponível em:
https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/38632. Acesso em: 30 out. 2021.
Slide: Sugestão

Lei 8617 de janeiro de 1993, a qual dispõe:

Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze


milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do
litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de
grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte
profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao
longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método
das linhas de base retas, ligando pontos apropriados, para o traçado
da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar
territorial.
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço
aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo.
(Http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8617.htm >acesso: 30 out
2021)

 É importante ressaltar, que foram estabelecidas mudanças após ser


contemplada a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,
pelo acordo sobre a implementação de sua Parte XI (o Boat Paper),
referindo-se exclusivamente à Área (o fundo do mar internacional).

 Nosso mar territorial de 200 Milhas Náuticas (MN) foi substituído por um
mar territorial de apenas 12 MN, limite esse historicamente defendido
pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 Dalmo de Abreu Dallari, conceitua mar territorial com contextos que


incluem “as águas e tudo o que exista abaixo e acima dela”, daí se
destaca a grande importante desse conceito, pela extensão dos direitos
nele incluídos, que o torna diverso dos demais relativos ao mar e mais
controverso também, pois atinge com magnitude os interesses dos
Estados, estando a ele sujeito à soberania do Estado a que pertence.

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