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I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Com fulcro no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, que estabelece que ‘o
Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos’, bem como com base no art. 98, do CPC, solicitar a V.Exa.
que se digne conceder os benefícios da gratuidade de justiça, uma vez que a autora
não possui condições financeiras de arcar com o pagamento de custas processuais
sem prejuízo de seu sustento, na medida em que é estudante e menor de idade,
sendo certo que sua mãe, ora assistente, encontra-se desempregada. A fim de
comprovar o que se alega, a autora apresenta a Carteira de Trabalho e Previdência
Social de titularidade da assistente, além das inclusas declarações de
hipossuficiência.
No dia 05.03.21, a autora soube por sua amiga, Margarida, que o réu Pablo -
um homem de 28 anos - vinha espalhando boatos sobre Fabrícia em um grupo de
Whatsapp de que participava, junto com outros 16 amigos homens. Margarida
tomou ciência das mensagens através de seu namorado, Tony, que também
integrava o referido grupo.
De acordo com Tony, Pablo enviou ao grupo uma série de mensagens, nas
quais expunha detalhes sobre supostas relações sexuais que havia tido com
Fabrícia. Nas mensagens enviadas ao grupo, Pablo fez uma série de declarações
mentirosas, afirmando, por exemplo, que havia tirado a virgindade da jovem, bem
como que já havia visto a sua irmã nua. Em uma das mensagens, o réu narrou,
ainda, que a mãe de Fabrícia, assistente nesta demanda, havia flagrado o casal
tendo relações sexuais em sua casa.
III. DO DIREITO
Essas garantias são essenciais – sobretudo na era digital – para impedir que
alguém cause danos injustos a outrem, invada sua intimidade ou ofenda sua honra
ou dignidade.
Ora, diante da análise dos fatos acima expostos, percebe-se que a conduta
do réu, ao inventar e disseminar toda sorte de mentiras sobre Fabrícia, agrediu
virulentamente a honra da autora, provocando consequências nefastas à sua honra
e à sua imagem. Trata-se de franca violação aos direitos da personalidade de
Fabrícia, pelo que Pablo praticou ato ilícito, nos exatos termos do art. 186 do Código
Civil:
Ademais, toda pessoa tem o inequívoco direito de defender a forma como ela
é vista na sociedade (imagem-atributo), insurgindo-se contra toda e qualquer
divulgação não autorizada que prejudique ou atente contra contra a sua boa fama,
proibindo sua divulgação e exigindo sua reparação. Para que se configure a
violação da imagem da pessoa nos termos do artigo 20 do Código Civil, é
necessário que a divulgação não autorizada da imagem atinja “a honra, a boa fama
ou a respeitabilidade”.
família.
“Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu
patrimônio. É lesão de bem que integra os direitos da personalidade, como
a honra, a dignidade, intimidade, a imagem, o bom nome, etc., como se
infere dos art. 1o, III, e 5o, V e X, da Constituição Federal, e que acarreta
ao lesado dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação” (GONÇALVES,
Carlos Roberto, 2009, p.359).
V. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede deferimento.
Advogada – xxxx
OAB/RJ – xxxx