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B CAPÍTULO 6
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Sincretismo
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UMBANDISTA
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POR ALEXANDRE CUMINO
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Pense bem antes de imprimir!
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Pense bem antes de imprimir!
E É verdade que o sincretismo entre santos católicos
B e divindades serviu para “encobrir” o culto de Orixás
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O (e também de inquices, voduns e tatas) por escravos
K que não tinham a liberdade de professar sua religião,
o que foi fundamental para a sobrevivência do cul-
A
U to de nação (Cultos Afros), que gerou o Candomblé
L (Culto Afro-brasileiro), este é o marco de nascimento
A
do sincretismo em nossa cultura. Até hoje no Can-
0 domblé há duas vertentes, uma que defende o santo
2 (o falecido Professor Oluó Agenor Miranda era ferre-
nho defensor, pois muitos dos antigos realmente se
consideravam católicos que tinham no Candomblé
uma prática ou “seita”, sabemos que não é seita e
sim uma religião, mas assim se pronunciavam os an-
tigos), e uma vertente que defende a separação do
santo e do Orixá com o “slogan” - “Santa Bárbara
não é Iansã”.
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Mas e a Umbanda?
A Umbanda não nasceu em meio à escravidão se
aceitarmos a data de 15 de Novembro de 1908, logo
nunca precisou esconder nada da figura do “Sinho-
zinho”.
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Existem outras Tendas, antigas também com visões
diferentes:
A Tenda Espirita Mirim foi fundada em 1924 e, que
eu saiba, é a primeira tenda de umbanda a não acei-
tar os santos católicos com exceção de Jesus Cristo.
A Tenda Espírita Mirim foi fundada por Benjamim Fi-
gueiredo e é mantida até hoje por seu filho carnal
e espiritual, Mirim Paulini. Tive a oportunidade de
estar junto do “Mirinzinho” como é carinhosamente
chamado o Sr. Pauline que em público, para entre-
vista e homenagem feita pelo instituto Icapra de nos-
so irmão Marcelo Fritz, disse que na Tenda Mirim não
se reza para Santo porque “eles foram gente como
a gente e muitos nem foram santos, até matavam
pessoas”.
Outros casos
Muitos anos atrás o autor e sacerdote Umbandista
Decelso escreveu um livro chamado “Umbanda de
Caboclos” - 1967, que tive a oportunidade de ler e
estudar, neste livro há uma comparação entre Orixás
e divindades indígenas, o que poderia de forma cla-
ra e lógica criar um culto Umbandista voltado para
estas divindades, já que também temos igual influ-
E ência indígena assim como a Africana. Mais interes-
B sante, que soma e enriquece neste contexto, é que
O o Prefácio da Primeira Edição é feito por ninguém
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menos que Benjamim Figueiredo.
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Vejamos a citação do livro, pág. 68:
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U Os “deuses”
L Segundo Heraldo Menezes a similitude existente en-
A tre o Panteão Aborígine e o Africano está assim en-
tendido:
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2 IARA - Divindade ou “deusa” das águas = IEMANJÁ;
TUPI - Divindade ou “deus” do Fogo = Erê;
CARAMURU - Divindade do Trovão = Xangô;
URUBATÃO - Divindade ou “deus” = Ogum;
AIMORÉ - Divindade ou “deus” da caça = Oxóssi
JUREMA - Divindade das matas, cachoeira = Oxum;
JANDIRA - Divindade dos grandes rios = Nanã
MITÃ - Divindade criança = Ibeji;
IURUPARI - Divindade do mal = Elebá ou Exu;
ANHANGÁ - Divindade da peste = Omulu.
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Seguem-se os “Semideuses” ou divindades de se-
gunda ordem, aquelas cujo poder é inferior ou está
abaixo das acima mencionadas. Vejamos os “Semi-
deuses”.
Semideuses
GUARACI - Divindade representativa do Sol = ORUM;
JACI - Divindade da Lua = OXU;
PERUDÁ - Divindade do Amor = OBA;
CAAPÓRA - Divindade protetora dos animais = OS-
SONHE (Ossãe);
CURUPIRA - Divindade dos Campos = CORICO-TÔ;
IMBOITATÁ - Divindade dos Montes = OKÊ;
TUPÃ - Divindade Suprema, pode ser identificada como
Oxalá, ou melhor, Obatalá ou Zambi.
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Conheço terreiros que trabalham sem Orixá apenas
com os Santos Católicos, inclusive alguns que nem
nos cantos não se canta para Orixás, há o cuidado
de entoar apenas pontos que sejam exclusivos aos
Santos.
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