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- Conceitos gerais;
- Materiais que constituem um pavimento e sua caracterização;
- Misturas betuminosas a quente e normas aplicáveis;
- Conteúdo óptimo de asfalto.
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
De acordo com Diogo (2007) citando Yoder e Witckzack, Huang (1993, 2004), a mecânica
clássica define o pavimento como sendo uma estrutura composta por diversas camadas de
materiais elásticos ou elasto-visco-plástico. Os pavimentos rodoviários têm muita utilidade no
cotidiano de uma sociedade, de acordo com Reis (2009:2), pavimento é a estrutura construída
sobre um terreno terraplanado, que suporta as cargas provenientes do tráfego, redistribui essas
cargas para a infra-estrutura e proporciona as condições satisfatórias de conforto, economia e
segurança a quem utiliza a estrutura.
FUNÇÕES DE PAVIMENTOS
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Classificação dos pavimentos
Pavimentos Flexíveis
De acordo com Reis (2009:2), o uso do betume como material para misturas de pavimentos
betuminosos começou nos Estados Unidos em 1896. O recurso ao betume para preparação de
camada de revestimento superficial ocorreu após a decisão da sua utilização como solução
alternativa para reparação dum pavimento rígido que apresentou deterioração precoce.
A resistência estrutural dos pavimentos flexíveis é dada pelas diferentes camadas que o
constituem assim como os materiais usados no qual a resistência e rigidez são fundamentais. O
pavimento é composto por revestimento ou capa selante, base, sub-base, reforço do subleito,
regularização do subleito e subleito como verifica-se na figura 1.
De acordo com Santos (2009:1), conforme pode-se ver na figura 2, as acções induzidas pelo
tráfego quando aplicadas sobre a estrutura do pavimento resultam num estado de tensão-
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deformação, sendo que neste tipo de pavimentos os esforços críticos, ocorrem em geral, no eixo
de simetria de aplicação das cargas, sendo os mais críticos a tensão a tracção na face inferior das
camadas betuminosas e a tensão vertical de compressão na face inferior das camadas granulares
e no topo do solo de fundação.
Figura 2: Representação esquemática das solicitações e comportamento dum pavimento rodoviário flexível –
Fonte: Minhoto (2005)
Pavimentos Rígidos
De acordo com Reis (2009:2), os pavimentos rígidos caracterizam-se pelo facto da camada de
desgaste ser constituída por uma laje de betão de elevada resistência. A figura 3 mostra que o
pavimento apresenta placa de concreto, sub-base, reforço do subleito, e camadas finais de
terraplanagem. Os principais dinamizadores dos pavimentos rígidos foram os ingleses com a
primeira construção em 1865, seguindo-se os Estados Unidos da América em 1891.
Antes da segunda guerra mundial a preferência para os pavimentos das auto-estradas dos
Americanos e Alemães resumia-se sobretudo aos pavimentos rígidos.
Este capítulo no presente trabalho não é desenvolvido por não ser objecto da sua pesquisa,
contudo a candidata apresenta abaixo a estrutura típica de um pavimento típico rígido.
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Figura 3: Estrutura de pavimento rígido – Fonte: Merighi (2004)
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Caracterização das camadas do pavimento flexível
Essas camadas englobam normalmente três possíveis camadas: uma de desgaste, uma de
regularização e uma camada de base e as camadas inferiores são constituídas por materiais não
ligados, estabilizados mecanicamente, não exibindo resistência à tracção e apresentando maiores
espessuras relativamente às anteriores, podendo ser formadas por uma camada de base e por uma
camada de sub-base.
Ultimamente a base granular tem sido substituída por uma camada de base betuminosa, com o
objectivo de se adaptar ao crescimento da intensidade do tráfego. Por este facto as camadas
betuminosas também têm apresentado um aumento da sua espessura, como se pode observar na
tabela abaixo.
Camada de desgaste
Base
É a camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais oriundos das cargas dos veículos
e sobre a qual é construído o revestimento, situado acima da sub-base, quando existente, ou
directamente sobre o leito.
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Os materiais mais utilizados consistem de produtos de britagem, misturas de solos e misturas de
solos com materiais britados.
A base também pode ser executada com materiais tratados ou estabilizados com aglomerantes,
como cimento Portland, betume, cal, cinzas volantes e misturas desses aglomerantes.
Sub-base
É a camada construída sob a base, com as mesmas funções desta, mas que por posição na
estrutura já pode ter características inferiores às da base, pois recebe esforços menores. Deve ter
estabilidade e capacidade de suporte, óptima capacidade para drenar água acumulada e reduzida
susceptibilidade às variações volumétricas. O material de sub-base deve ser de melhor qualidade
do que o solo do subleito ou reforço do subleito. Além de camada estrutural, a sub-base tem
algumas funções secundárias que são:
Regularização
A regularização do subleito é uma operação realizada após o término dos trabalhos de limpeza e
movimento de terra onde será implantado o pavimento. É uma camada irregular, construída
sobre o subleito e destinada a conforma-lo transversalmente e longitudinalmente, de acordo com
o projecto geométrico. A regularização resume-se em corrigir algumas falhas da superfície de
terraplanagem.
Reforço de Subleito
O reforço do subleito é obtido por tratamentos aplicados à superfície com a finalidade de
aumentar a resistência do subleito, através de compactações realizadas com base no CBR, obtido
através de controle de qualidade. É a camada que desempenha função semelhante a da sub-base,
sem especificações definidas, apenas com condições de apresentar características de suporte
superiores às do subleito. Geralmente o material constituinte do reforço do subleito é um solo
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argiloso seleccionado, de boas características físicas e elevada resistência. A simples utilização
de reforço de subleito indica um pavimento de elevada espessura advindo de um subleito de má
qualidade, ou de um subleito de regulares condições associado a um tráfego intenso e pesado.
Subleito do pavimento
É o terreno onde repousa a estrutura do pavimento que pode ser excepcionalmente forte ou
pouco resistente, que deverá suportar os esforços impostos pelo pavimento e seus carregamentos
dentro de valores compatíveis com a resistência do mesmo. É o terreno de fundação do
pavimento e que se não for executado com requintes técnicos pode comprometer todo o trabalho
de pavimentação.
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principalmente por cimento, de forma a melhorar as características
mecânicas, no entanto menos resistente que a subjacente. Camada
Camada de com características drenantes de forma a não contribuir para a 15 - 20cm
sub-base estagnação da água e impedir a ascensão da água por capilaridade
para as camadas superiores do pavimento.
Conhecido por tout-venant, produzido artificialmente, e é
constituída por material britado de granulometria extensa. A nível
estrutural é das camadas mais importantes e tem a função de
degradação das tensões induzidas pelo tráfego para evitar que a
capacidade de suporte das camadas subjacentes não seja excedida.
Camada de Por vezes esta camada é constituída por materiais betuminosos de 15 - 30cm
base fraca qualidade.
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e 0.35 para as camadas de base, sub base e camada selecionada como mostram as tabelas 2, 3,4 e
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Materiais de Asfalto
No código Sul-africano, de acordo com Diogo citando De Beer (1997), são sugeridas duas
tabelas contendo o módulo de elasticidade dos materiais de asfalto, sendo a primeira sugerida
por Freeme (1983), foi obtida com base em testes de laboratório e a segunda do Jordaan
(1993), com base nos resultados de retroanálise das deflexões medidas pelo FWD no campo.
A tabela do Freeme apresenta valores de módulos de elastidade mais pequenos do que a do
Jordaan. Na África do Sul, os módulos do Freme são aceites, conforme a tabela 2 e o valor
assumido para coeficientes de Poisson é de 0,44 ou como medido em laboratório.
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Tabela 2: Módulos de elastidade para camada superficial de Materiais de Asfalto (De
Beer, 1997)
Parameters
Elastic Coefficient
Code Material layers Thickness
modulus, Poisson ratio
(mm)
E (MPa) (µ)
SD Tratamento superficial - - -
Ultra-fino Asphalt at 40ºC 500-2200 0.44 < 50
Fino Asphalt at 40ºC 500-2200 0.44 0-50
Espesso Asphalt at 40ºC 750-5500 0.44 50-150
Muito espessos Asphalt at 40ºC 750-7500 0.44 150-250
Composição do HMA
Os tipos de HMA mais utilizados em países tropicais são fabricados em uma central de asfalto
em proporções adequadas de mistura a quente dos seguintes materiais ( Emery , 2002):
a) Agregado graúdo, definido como materiais com partículas maiores que 2,36
milímetros;
c) Filler, definido como o material que tem partículas de tamanho inferior a 0,075
milímetros, o que pode originar dos finos dos agregados ou pode ser adicionado sob a
forma de cimento, cal ou rocha natural, e:
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Tabela 3: Limites granulométricos para a combinação da mistura de agregados e
proporções na mistura betumina para camada superficial (SATCC, 1998)
Semi-gape graded for
Continuously graded for surfaces
bases
Sieve size
(mm) Coarse
26.5 mm max 19 mm max (19 mm max) Medium Fine
Na Africa do Sul, existem duas listas de materiais sugeridas para uso na construção das camadas
de base e sub-base, sendo a primeira que indica módulos de materiais tratados com cimento
definidos para três fases diferentes do comportamento do material (De Beer, 1994 e 1997).
Diogo (2007) apenas assumiu valores para a fase 2 e o valor de coeficiente poisson utilizado é de
0,35, conforme apresentado na tabela 4.
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Os materiais granulados sugeridos para as bases e subbases granulares e o valor de coeficiente
de poisson utilizado de 0,35, estão apresentados na tabela 5.
)s módulos de elasticidade sugeridos por (Jordaan 1993) e o valor utilizado para o coeficiente
poisson é de 0,35, conforme indicado na tabela 6.
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Tabela 6: Módulo de elasticidade dos materiais granulares sugeridos para
subleito seleccionado e subleito (De Beer, 1997)
Módulo de
Código do elasticidade,
CBR Descrição do
Material E (MPa) µ
Saturado material
Região
Seca Húmida
G7 15 Solo-cascalho 30-200 20-120 0.35
G8 10 Solo-cascalho 30-180 20-90 0.35
G9 7 Solo 30-140 20-70 0.35
G10 3 Solo 20-90 10-45 0.35
Na SATCC, o aterro é composto por duas camadas, uma com uma espessura finita e outra com
espessura infinita. Em geral, utilizam o conceito de subleito selecionado com espessura finita;
subleito selecionado é construído com solos que podem ser importados a partir de diferentes
sites.
A camada final sobre a qual repousa o pavimento é chamado de subleito composta de solos
naturais, com uma espessura infinita. A camada de subleito seleccionado é definido em termos
de espessura, dependendo no tipo e resistência dos solos ( CBR ) de materiais emprestados ou
materiais do local da construção locais após melhorias que foram feitas por métodos de
estabilização química. As classes subleito são indicados na Tabela 7.
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Mínima profundidade* 250 250 350 450 550 650
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Profundidades que o engenheiro devia confirmer que a resistência nominal existe.
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