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EM406 cap03 1S2020 - aula cap 3

Resistência dos Materiais (Universidade Estadual de Campinas)

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Resistência dos Materiais

Capítulo 3

Propriedades Mecânicas dos Materiais

UNICAMP-FEM-DMC
Prof. José Maria Santos
EM406-Resistência dos Materiais I

Textos de
R.C. Hibbeler
©2004 by Pearson Education 3-1
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A foto mostra a fratura de uma coluna de concreto devido o


deslocamento horizontal do solo causado por um terremoto.

Objetivos do Capítulo

• Neste capítulo mostraremos como a


tensão pode ser relacionada com a
deformação usando métodos
experimentais para determinar o
diagrama tensão-deformação para um
material específico.

• Outras propriedades e ensaios


mecânicos relevantes para o estudo da
resistência dos materiais serão
discutidos.
2-2
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3.1 O ensaio de tração e compressão

• A resistência de um material depende da sua capacidade de


suportar uma carga sem sofrer deformação permanente ou
ruptura.
• A resistência é uma propriedade inerente ao material e deve
ser determinada por métodos experimentais.
• Um dos testes mais importantes nesses casos é o ensaio de
tração ou compressão.
• Uma vez que este ensaio é realizado, pode-se determinar as
relações entre a tensão normal média e a deformação
normal média para muitos materiais de engenharia tais
como metais, cerâmicas, polímeros e compósitos.

2-3
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3.1 O ensaio de tração e compressão


• Para realiza o ensaio de tração ou
compressão, prepara-se um corpo de prova
do material com forma e tamanho
padronizados (Fig. 3-1).
• Uma maquina de teste (Fig. 3-2) é usada
para alongar o corpo de prova a uma taxa
muito lenta e constante até a sua ruptura.
• Os dados da carga P são lidos na maquina
em intervalos frequentes. O alongamento 
= L – L0 entre as marcas do corpo de prova
pode ser medido com paquímetro ou
extensômetro e são usados para calcular a
deformação média no corpo de prova.
• A deformação pode também ser obtida
diretamente da máquina através de
extensômetro de resistência elétrica.
2-4
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3.2 Diagrama tensão-deformação


• Dos dados obtidos no ensaio de tração ou compressão
podemos construir um gráfico cuja curva resultante é o
diagrama tensão-deformação, o qual pode ser descrito de
2 formas.
Diagrama tensão-deformação convencional.
• Usando os dados registrados no ensaio podemos dividir a
carga aplicada P pela área da seção transversal original do
corpo de prova A0 para determinar a tensão nominal, ou
tensão de engenharia. Logo,

• Similarmente, a deformação nominal ou de engenharia é

2-5
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3.2 Diagrama tensão-deformação


 Fazendo-se o gráfico de 
versus  obtém-se o diagrama
tensão-deformação
convencional (Fig. 3-4)
 Deste obtém-se dados sobre a
resistência à tração (ou
compressão) de um material
sem considerar a sua
geometria.
 Os diagrama nunca serão Fig. 3-4
exatamente os mesmos para um
mesmo material devido a
variabilidade do material e das
condições do ensaio. 2-6
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Características da curva tensão-deformação


A Fig. 3-4 mostra o diagrama tensão-deformação para um
corpo de prova de aço.

3 4
2
1

2-7
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3.2 Diagrama tensão-deformação


Nesta foto o corpo
de prova de aço
mostra claramente
a estricção que
ocorreu pouco
antes da amostra
falhar.
Isso resultou na
formação da forma
taça-cone (cup-
cone)no local da
fratura, que é
característica em
materiais dúcteis..
2-8
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3.2 Diagrama tensão-deformação


 Diagrama tensão-deformação real.
Este diagrama usa os valores reais de
área da seção transversal e o
comprimento do corpo de prova para
calcular a tensão e deformação no
instante em que a carga é medida,
obtendo assim seus valores reais, a
qual é a curva em azul superior
mostrada na Fig. 3-4.
 Para pequenas deformações estes diagramas são praticamente coincidentes
na região elástica e do escoamento, as diferenças surgem na região de
endurecimento por deformação quando a amplitude da deformação é mais
significativa, e apresentam grandes divergência na região da estricção
devido a grande redução da área da seção transversal.
 Embora os diagramas sejam diferentes, a maioria dos projetos de
engenharia fica dentro da região elástica onde a distorção do material não
é severa e os diagramas coincidem. 2-9
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Diagrama tensão-deformação do aço doce

Zoom da região
elástica

3-10
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3.2 Diagrama tensão-deformação

A Fig. 3–7 mostra que ligas


de aço com percentagens de
carbono diferentes, do aço
laminado (mais mole) até o
aço ferramenta (mais duro),
tem o mesmo módulo de
elasticidade.

2-11
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e


frágeis
Os materiais podem ser classificados em dúcteis e frágeis dependendo de
suas características de tensão-deformação.
Materiais Dúcteis
É qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes
de sofrer ruptura. Exemplo: Aço, latão, zinco.
• Costumam ser escolhido em projetos de engenharia devido sua
capacidade de absorver energia.
• A ductilidade do material é calculada pela percentagem de alongamento

ou redução percentual da área na ruptura,

o valor típico do aço doce é 60%.


2-12
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e


frágeis
• A maioria dos materiais metálicos
NÃO exibem escoamento constante
depois da faixa elástica!
• Exemplo: Alumínio que não tem um
ponto de escoamento bem definido.
• Seu limite de escoamento é definido
pelo método da deformação residual.
• Na Fig. 3-8 o procedimento gráfico
consiste em escolher uma deformação
de 0,2% (0,002 mm/mm) e a partir
desta traçar uma paralela à linha reta
da parte elástica do diagrama tensão-
deformação. Onde esta interceptar a
curva será o limite de escoamento. Na
Fig. 3-8 (352 MPa).
2-13
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e


frágeis
• O limite de escoamento não é uma
propriedade física do material, pois
é uma tensão que causa uma
deformação permanente no
material.

• O livro considera que o limite de


escoamento, ponto de escoamento ,
limite de elasticidade e limite de
proporcionalidade coincidem, a
menos que seja afirmado em
contrário.

• Uma exceção seria a borracha


natural que não tem sequer limite de
proporcionalidade pois exibe um
comportamento não linear . 3-14
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e frágeis


Materiais Frágeis
//
É qualquer material que exiba pouco
ou nenhum escoamento antes de
sofrer ruptura.

Exemplo: Ferro fundido cinzento. A


porção AB da curva do diagrama  
sob tração mostra que a ruptura
ocorreu em rup = 22 ksi (152 MPa),
devido a uma micro trinca que se
propaga rapidamente (tensão de
ruptura média).

Contudo a porção AC do diagrama


mostra que os materiais frágeis tem
resistência alta à compressão, devido
as trincas serem fechadas e o material
fica com uma forma abaulada.
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2-15
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e frágeis


Materiais Frágeis
Exemplo: O concreto é um material frágil e tem baixa
capacidade em tração e
alta em compressão .

O concreto usado para fins estruturais deve ser testado em


compressão para garantir que atinja sua tensão máxima de
projeto após a cura por 30 dias. 2-16
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e frágeis


• Em geral, a maioria dos materiais exibem comportamento dúctil e frágil.
• O aço tem comportamento frágil quando seu teor de carbono é alto e
dúctil quando é reduzido.
• Em baixas temperaturas os materiais tornam-se duros e mais frágeis em
altas ficam mais macios e dúcteis (figura)

2-17
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e frágeis


Rigidez
O módulo de elasticidade ou módulo de Young (Thomas Young, 1807) é
uma propriedade mecânica que indica a rigidez de um material.
• Materiais que são muito rígidos como o aço, tem valor de E = 200 GPa,
enquanto materiais como a borracha vulcanizada tem valor de E = 0,69
MPa. Valores de E para materiais comumente usados em engenharia estão
tabelados.

O módulo de elasticidade é lembrada através do E, da Lei de Hooke


(Robert Hooke, 1676) dada por,

para materiais com comportamento elástico linear.

Se a tensão no material for maior do que o limite de proporcionalidade, a


Lei de Hooke não é mais válida e não pode ser usada.
2-18
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3.3 Tensão-deformação em materiais dúcteis e frágeis

Endurecimento por deformação


- Se um corpo de prova de material dúctil (aço)
for carregado na região plástica e em seguida
descarregado (Fig. a - OAA’O’), a deformação
elástica é recuperada à medida que o material
retorna ao equilíbrio. Contudo, a deformação
plástica permanece e o material fica com uma
deformação permanente (OO’).
- Se a carga for reaplicada (Fig. b) até ocorrer
novo escoamento em A’ o diagrama continuará
na mesma trajetória de antes (O’A’B) mas o
ponto de escoamento será mais alto (A’) em
consequência do endurecimento por deformação.
- As trajetórias A’O’ e O’A’ (Fig. b) apresentam
leves curvaturas em uma medição cuidadosa do
ciclo de carregamento. A área interna das curvas
é a energia perdida chamada de histerese
mecânica.
2-19
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3.4 Energia de deformação


Quando o material é deformado por uma
carga externa, tende a armazenar energia
internamente em seu volume. Esta energia é
chamada de energia de deformação.

Considere um elemento de volume pequeno


do material do corpo de prova da Fig. 3-15.
Das tensões teremos,

devido ao deslocamento .
O trabalho realizado será igual a energia
armazenada. Logo, a energia de deformação
será

como teremos,
2-20
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3.4 Energia de deformação


É conveniente expressar a energia de deformação
por unidade de volume, logo

Se o material for linear elástico a Lei de Hooke se


aplica e  = E , logo

2-21
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3.4 Energia de deformação


Módulo de Resiliência
Quando a tensão atinge o limite de proporcionalidade
a densidade de energia de deformação é denominada
de módulo de resiliência, ou

ou ur é a área sob a curva de proporcionalidade


elástica (Fig a).
A resiliência representa a capacidade do material
absorver energia.

Módulo de Tenacidade
Representa a área inteira do diagrama tensão-
deformação (Fig. b), e indica a densidade de energia
de deformação do material um pouco antes da
ruptura.
Materiais com baixa tenacidade podem sofrer ruptura
2-22
repentina. Downloaded by Gedyson Lima (gedysonlima@hotmail.com)
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3.4 Energia de deformação


Os exemplos da figura abaixo mostram como os graus de resiliência e
tenacidade de um aço podem mudar quando o teor de carbono na liga é
alterado.

3-23
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Exemplo 3.1 – Um ensaio de tração para aço-liga resultou no diagrama


tensão-deformação mostrado na figura. Calcule o módulo de elasticidade
(E) e o limite de escoamento (le) com base na deformação residual de
0,2%. Identifique no gráfico o limite de resistência (r) e a tensão de
ruptura (rup) .

2-24
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3.5 Coeficiente de Poisson


S. D. Poisson (1800) observou que dentro da faixa elástica a razão entre as
deformações é constante, é referida como coeficiente de Poisson ( ), e tem um
valor numérico único para qualquer material homogêneo e isotrópico.

Matematicamente é

O sinal negativo indica que um alongamento longitudinal (deformação positiva)


causa uma contração lateral (deformação negativa) e vice-versa.

Seu valor máximo é 0,5 e para muitos sólidos esta entre 0,25 e 0,355. Valores
típicos podem ser encontrados em tabelas de engenharia.

2-26
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Exemplo 3.4 – Uma barra de aço A-36 tem as


dimensões mostradas na Fig. 3-22. Se uma força axial
P = 80 kN é aplicada na barra, determine as variações
em seu comprimento e nas dimensões da sua seção
transversal. O material comporta-se elasticamente.
SOLUÇÃO:
A tensão normal na barra é

Da tabela no final do livro para aço A-36 (Hibbeler 7ª.ed.)

Da Lei de Hooke a deformação em z será

O alongamento da barra na direção z será

Da tabela no final do livro e da Eq. 3-9 as deformações da contração


lateral em x e y serão
As variações nas dimensões da seção transversal serão

2-27
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3.6 Diagrama tensão-deformação no cisalhamento


Na Seção 1.5 vimos que quando um pequeno
elemento do material está sujeito ao
cisalhamento puro, o equilíbrio requer que as
tensões de cisalhamento sejam iguais nas
quatro faces do elemento (Fig. 3–23a).

Se o material é homogêneo e isotrópico, as


tensões de cisalhamento distorcem o elemento
uniformemente (Fig. 3–23b), produzindo
deformação por cisalhamento.

Como mencionado na Seção 2.2, a deformação


por cisalhamento mede a distorção angular do
elemento em relação aos lados originais ao
longo dos eixos x e y. 2-28
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3.6 Diagrama tensão-deformação no cisalhamento


Para estudar o cisalhamento puro, utiliza-se um corpo de
prova na forma de um tubo e submete-se o mesmo a um
carregamento de torção (figura).

Medindo-se o torque aplicado e o ângulo de torção


resultante (veremos no Capitulo 5) estes dados são usados
para determinar o diagrama tensão-deformação por
cisalhamento da Fig. 3-24.

O diagrama  -  exibirá também uma região elástica com


tensão de cisalhamento limite de proporcionalidade (lp ),
tensão de cisalhamento máxima (m ) e tensão de
cisalhamento de ruptura (rup).

Na região elástica linear a Lei de Hooke pode ser escrita


como

onde G é o módulo de elasticidade ao cisalhamento ou


2-29
módulo de rigidez. Downloaded by Gedyson Lima (gedysonlima@hotmail.com)
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3.6 Diagrama tensão-deformação no cisalhamento

Pode-se mostrar que as três constantes do material estão


relacionadas por

2-30
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Exemplo 3.5 – Um corpo de prova de liga de titânio é


ensaiado em torção e o diagrama  -  está mostrado na
Fig. 3-25a. Determine o módulo de elasticidade ao
cisalhamento (G) , a tensão limite de proporcionalidade
(lp ) e a tensão de cisalhamento máxima (m ). Determine
também a distancia máxima d que o topo do bloco deste
material da Fig. 3-25b, pode ser deslocado
horizontalmente se o material comporta-se elasticamente
quando atuado por uma forca V . Qual a intensidade da
força V necessária para causar este deslocamento?
SOLUÇÃO:
O valor de G será obtido da inclinação da reta OA,

A tensão limite proporcional no ponto A


A tensão máxima de cisalhamento no ponto B
A deformação angular em C será
Do diagrama a deformação elástica máxima será lp =
2-31
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Exemplo 3.5

SOLUÇÃO:

Do triangulo da Fig. 3-25b

A correspondente tensão de cisalhamento média será

Logo a força de cisalhamento necessária para causar o


deslocamento será

.
2-32
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Exemplo 3.6 – Um corpo de prova de alumínio mostrado na Fig. 3-26


tem um diâmetro de 25 mm e comprimento original de 250 mm . Se
uma força de 165 kN alonga o comprimento original em 1,20 mm,
determine o módulo de elasticidade. Determine também em quanto a
força faz o diâmetro do corpo de prova contrair. Considere

SOLUÇÃO:Módulo de elasticidade .
A tensão normal média do corpo de prova será

e a deformação normal média é

Como o material comporta-se elasticamente, logo

2-33
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Exemplo 3.6 – Um corpo de prova de alumínio mostrado na Fig. 3-26


tem um diâmetro de 25 mm e comprimento original de 250 mm . Se
uma força de 165 kN alonga o comprimento original em 1,20 mm,
determine o módulo de elasticidade. Determine também em quanto a
força faz o diâmetro do corpo de prova contrair. Considere

SOLUÇÃO: Contração do diâmetro .


Primeiro determinamos o coeficiente de Poisson

Como

A contração do diâmetro será

2-34
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3.7 Falha do material devido à fluência e à fadiga


Fluência. É quando o material tem de suportar uma carga por
muito tempo e continua a deformar-se até sofrer uma ruptura
repentina ou ter sua utilidade prejudicada. Esta deformação
permanente é dependente do tempo.

Aplicação de longo tempo do carregamento do cabo sobre este


poste (figura) causou uma deformação no poste por fluência.

Normalmente é quando metais ou cerâmicos estão sujeitos a


altas temperaturas, ou polímero e compósitos estão sujeitos a
carregamento por longo tempo.

Um parâmetro importante nestes casos é o limite de fluência,


que determina a tensão inicial mais alta que o material pode
suportar durante um tempo específico sem provocar uma
deformação por fluência.

Existem vários métodos para determinar o limite de fluência


admissível para um material. No exemplo da Fig. 3-27 o limite
do escoamento é 40 ksi à temperatura ambiente e uma
resistência a fluência em 1000 horas de aproximadamente 20
ksi. 2-35
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3.7 Falha do material devido à fluência e à fadiga


Fadiga. Quando um metal é submetido a ciclos
repetidos de tensão ou deformação, sua estrutura pode
sofrer ruptura.

Responsável por grande porcentagem de falhas em


muitos componentes mecânicos (bielas, pás de turbinas,
acoplamentos, rodas e eixos de trem, etc.).

A ruptura ocorrerá a uma tensão menor do que a tensão


de escoamento. A falha resulta do aparecimento de
trincas devido a tensões localizadas.

A resistência é especificada por um limite de resistência


à fadiga obtido por ensaio de fadiga realizado em
maquinas que aplicam tensões cíclicas em um corpo
de prova.

O resultado são colocados em um diagrama S-N que


relaciona tensão (S) com o número de ciclos (N) em
escala logarítmica (Fig. 3-28). Para o aço é bem
definido mas para o Alumínio não, e o limite especifica
2-36
o numero de ciclos (500). Downloaded by Gedyson Lima (gedysonlima@hotmail.com)
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Problema 3-4 – Um ensaio de tração foi realizado em um


corpo de prova tendo diâmetro original de 12,5 mm e
comprimento de 50 mm. Os dados estão listados na tabela.
Faça um gráfico do diagrama tensão-deformação e
determine aproximadamente o módulo de elasticidade (E), a
tensão limite de resistência (r) e a tensão de ruptura (rup).
Use uma escala de 20 mm = 50 MPa e 20 mm = 0.05
mm/mm. Redesenhe a região elástica linear, usando a
mesma escala de tensão mas uma escala de deformação de
20 mm = 0.001 mm/mm.
SOLUÇÃO:
Calculando tensão e deformação

2-37
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Exemplo 3-8 – A estrutura é suportada por um pino em C e


um cabo AB de aço A-36 (da tabela Y = 36 ksi, E = 29
ksi). Se o cabo tem diâmetro de 0,2 polegadas, determine
quanto ele estica quando a carga distribuída atua na
estrutura.
SOLUÇÃO:
Estamos interessados no alongamento do cabo AB, para tal
precisamos da força atuando nele, do DCL da estrutura,

A tensão normal no cabo será:

Como podemos aplicar a Lei de Hooke


e obter a deformação,

Do comprimento original do cabo,

Obtemos o alongamento como:


. 2-38
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