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Este é um material teórico sobre Empreendedorismo, nele você


irá encontrar conteúdo para a criação do seu empreendimento
ou até mesmo aperfeiçoamento do negócio já existente.

Aqui, se encontra o passo a passo do plano de negócios, que


é uma ferramenta essencial para o planejamento e gestão do
seu empreendimento.

O plano de negócios é um mapa que o empreendedor tem


como norte de aperfeiçoamento da sua empresa, através
das mudanças no segmento de mercado em que atua.
Você também aprenderá um método enxuto e mais
dinâmico de gestão e mais visual que é método CANVAS.
Conheça mais sobre estas ferramentas importantíssimas para
o seu negócio ou seu sonho que está no papel.

empreendedorismo
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INTRODUÇÃO

O empreendedorismo é considerado um elemento que impulsiona


a economia de qualquer país. É pela iniciativa de indivíduos
empreendedores na sociedade que a economia se estrutura,
cresce e se consolida, criando riqueza e gerando empregos. O
empreendedor deveria ser, por todos os aspectos, o centro de
atenção das instituições de uma sociedade.
Os empreendedores utilizam seu capital intelectual a fim de criar
valor para a sociedade. Geram empregos, dinamizam a economia,
inovam; usam a criatividade em busca de soluções para melhorar
a vida das pessoas.
Hoje, o empreendedorismo pode ser definido como um termo que é
cada vez mais utilizado para definir pessoas capazes de identificar
problemas, oportunidades e encontrar soluções inovadoras.
Isso não significa que um empreendedor seja, necessariamente, um
empresário e vice-versa. Podemos citar um funcionário que gosta
de dar soluções nos problemas da empresa ou até mesmo uma
pessoa que vai começar montar seu próprio negócio do zero.
Iremos falar sobre as características e o perfil do empreendedor,
para que você possa conhecer e saber em qual se enquadra, ou
buscar o aperfeiçoamento de suas fraquezas.
Vamos ver os passos para montar o plano de negócios, afinal
qualquer empresa tem que elaborar o seu no inicio para saber que
direção seguir, com metas e objetivos definidos. Outra ferrramenta
é o Canvas, modelo de negócios que se constitui como um
instrumento que auxilia gestores e empreendedores a explicar,
inventar e até mesmo desenhar um modelo de negócios para a sua
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organização.
Adiante vamos tratar a viabilidade econômica que é a definição
dos custos da empresa, que se divide em dois tipos: os fixos e os
variáveis.
Ao final do curso, espera-se que assimile os conceitos e ferramentas
de negócios, fim de aplicá-los em sua empresa ou negócio local.

CONCEITO

A palavra empreendedorismo, ou entrepreneur, tem origem francesa,


e significa aquela pessoa que assume risco e começa algo novo,
diferente, inovador.
O empreendedorismo está relacionado com a inovação e criação de
algo, através de novos produtos e/ou serviços, novos métodos de
produção, novos mercados para comercialização, novas formas de
organização e outros. O empreendedor é responsável pelo negócio,
gerando lucro para a organização e valor para o cliente.
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Um exemplo é aquele funcionário que leva inovação para a
organização em que trabalha, criando valores adicionais como: novas
formas de desenvolver um produto, assim trazendo beneficios para
a empresa; ou executando um novo processo, que trará melhorias
para o departamento e para toda a empresa.
A função do empreendedor é reformar
ou revolucionar o padrão de produção
explorando uma invenção ou, de
modo geral, um método tecnológico
não experimentado para produzir
um novo bem ou um bem antigo
de maneira nova, abrindo uma nova
fonte de suprimento de materiais
ou uma nova comercialização para
produtos, e organizando um novo
setor. (SCHUMPETER, 1952, p.72.).
Podemos dizer que é a capacidade que uma pessoa tem de
identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e
investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode
ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere
mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.
Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo é um fenômeno
cultural, fruto de habilidades, práticas e valores das pessoas. Implica
uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se
relacionar.
Para DRUCKER (1987), o empreendedor vê a mudança como norma
e como sendo sadia. Geralmente, ele não provoca a mudança por si
mesmo. Mas, se isto define o empreendedor e o empreendimento,
o empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela, e
a explora como sendo uma oportunidade.
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Analisando os conceitos de Drucker, observamos que empreender
é arriscar, ir além do tradicional, fazer coisas que os outros não
fazem e veem.
O empreendedor é aquele indivíduo inovador capaz de visualizar
uma realização futura e que, por isso, junta esforços humanos e
financeiros para alcançá-la.
Veja o exemplo: A panificadora é um empreendimento e o dono da
panificadora – Sr. João – é o empreendedor.
Segundo o Dornelas (2008), ao analisar as várias definições
existentes para o termo “empreendedorismo”, alguns aspectos
sempre estarão presentes em todas elas, principalmente no que
diz respeito ao comportamento empreendedor, como:
Criatividade
Iniciativa;
Capacidade de planejamento;
Autoconfiança;
Liderança;
Perseverança.
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CARACTERÍSTICA DO EMPREENDEDOR

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas


acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino
financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse
arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e
da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o
empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos
que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma
ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem sucedido
no mercado.
O empreendedor deverá ter conhecimento e domínio de tudo o
que faz. Além de plano de negócios conciso, completo, de fácil
comunicação a terceiros e que reflita, de forma realista e clara,
o empreendimento em si, o mercado em que está inserido, seus
principais concorrentes, fornecedores e equipe de gestão. Além
disso, deve informar a etapa em que o negócio se encontra e o
planejamento para curto, médio e longo prazo; as ações delineadas
para atingir as metas estabelecidas e quais os resultados esperados.
O empreendedor também deverá estar aberto a aconselhamentos
e participação ativa de terceiros em seu negócio, de forma a obter
o melhor proveito da sinergia assim criada.

Assumir riscos:
É uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar
conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um
novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos.
É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade
e é preciso aprender a lidar com eles.
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Identificar oportunidades:
Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o
mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização
de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-
sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois
sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento
aumenta.

Conhecimento, organização e independência:


Quanto maior o domínio do seu ramo de negócio, maior será sua
chance de sucesso. Esse conhecimento pode vir da experiência
prática, de informações obtidas através de pesquisas, em centros
de ensino, ou mesmo de dicas de pessoas que montaram
empreendimentos semelhantes.

Possuir senso de organização:


Ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros
e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na
maioria das vezes, a desorganização, principalmente no início do
empreendimento, compromete seu funcionamento e acarreta no
insucesso do seu negócio.Ter metas e monitorar as informações
são atitudes necessárias para quem deseja crescer de maneira
planejada.
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Determinar seus próprios passos:
Abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão, buscar
a independência é meta importante na busca do sucesso. O
empreendedor deve ser livre, evitando comodismo que, mais tarde,
possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim
surge a força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-
empresário.

Tomar decisões:
O sucesso de um negócio, muitas vezes, está relacionado com a
capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões assertivas é
um processo que exige o levantamento de informações, análise fria
da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução ideal.
O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na
hora certa.

Liderança, dinamismo e otimismo:


Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos
e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas
traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de
trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o
homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e
empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre
presente.
Entretanto, a liderança também é a arte de comandar pessoas,
atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades
e comportamentos. Ela pode surgir de forma natural, quando uma
pessoa se destaca no papel de líder. É um tipo de liderança informal.
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Um empreendedor de sucesso não se acomoda, para não perder
a capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em
negócios efetivos.
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam
o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar
obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das
dificuldades.

Planejamento e plano de negócios:


Segundo Chiavenato (2004), o planejamento é a função
administrativa que determina antecipadamente as atividades
que devem ser desempenhadas, além de quais objetivos serão
alcançados, visando dar condições para que a empresa se organize
a partir de determinadas análises a respeito da realidade atual e
futura que se pretende alcançar.
No entanto, é notória a falta de cultura de planejamento do
brasileiro, embora este seja sempre admirado por sua criatividade
e persistência.
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta
apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas,
reais, mensuráveis. Para isso, existe uma maneira simples de se
transformar sonhos em realidade: o planejamento.
Muito do sucesso das empresas é creditado ao empreendedor
que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma análise
de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em
prática.
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PERFIL DO EMPREENDEDOR

Ambição:
O empreendedor deve fazer sempre mais e melhor, nunca se
contentar com o que possui. Não tentar progredir significa estagnar
e um empreendedor deve ter a ambição de chegar sempre além de
onde está.
Autoconfiança:
O empreendedor tem auto confiança, acredita em si mesmo. A crença
ele mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para
realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor.
Automotivação e entusiasmo:
Pessoas empreendedoras são capazes de auto motivação
relacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não
necessitam de recompensas financeiras . A sua motivação permite
entusiamo em novas oportunidades.
Capacidade de trabalho em equipe:
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O empreendedor cria equipe, delega, acredita , lidera, através de
resultados por meio do ambiente que está inserido.
Conhecimentos técnicos:
Não basta possuir características empreendedoras, é preciso adquirir
conhecimentos técnicos para aprimorar seu aprendizado, estar
informado, ler, saber sobre economia, estar atento às tendências .
Controle:
O empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo
e não de fatores externos as quais não tem controle. Elese vê com
capacidade para controlar a si mesmo e para influenciar o meio de
tal modo que possa atingir os seus objetivos.
Criatividade:
À medida que a concorrência aumenta, a necessidade de criar
novas oportunidasdes em novos mercados também aumenta.
Já não é suficiente fazer a mesma coisa de maneira melhor. Pelo
contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostando
na criatividade, para que os negócios possam evoluir com novas
tendëncias do mercado.
Decisão e responsabilidade:
O empreendedor não espera que os outros decidam por ele. Ele
toma decisões e aceita a responsabilidade que acarreta.
Determinação:
Deve-se definir metas e, consequentemente, tentar atingi-las,
sempre com um espírito positivo, sem se deixar abater por algo
que corra mal.
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Eficiência:
O que o empreendedor faz. É realizar o melhor que sabe e pode.
Energia:
É necessária ter energia para se lançar em novos projetos que
geralmente exigem grandes esforços iniciais. O empreendedor
dispõe dessa reserva de energia, provavelmente proveniente de seu
entusiasmo e motivação.
Flexibilidade:
O empreendedor adapta-se às circunstâncias que o rodeiam, pois
se algo acontecer diferente do inicialmente previsto, ele não deve
desistir, mas sim mudar os seus planos de modo em atingir os
seus objetivos.
Iniciativa:
O empreendedor não fica à espera da resoluçao dos seus problemas.
A iniciativa é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer,
age fazendo as coisas acontecerem, chegando a solução.
Persistência:
O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e
confiante nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas
comecem a funcionar conforme o planejado.
Sem medo do fracasso e da rejeição:
Fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não é
atormentado pelo medo do fracasso. Pessoas com amor próprio ,
não tem medo do fracasso preferem correr o risco tentando e não
se sente rejeitado pelos demais.
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A VIABILIDADE FINANCEIRA DO NEGÓCIO

O sucesso de qualquer negócio, depende de várias decisões


que o empreendedor deve tomar antes de iniciá-lo. Para isso o
empreendedor deve elaborar um pequeno projeto que lhe sirva de
guia no futuro e oriente suas estratégias para:
Identificar e tentar potencializar as oportunidades do mercado
e todos os aspectos que poderão aumentar as chances de dar certo;
Reconhecer e procurar neutralizar as ameaças do mercado e
todos os aspectos que poderão reduzir as chances de dar certo;
Descobrir como criar valor para o cliente e como gerar riqueza
para a empresa.
Com isso , perguntas fundamentais precisam ser previamente
respondidas, tais como:
1. O que produzir? Qual é o produto/serviço que a empresa deverá
servir ou prestar? Quais são os atrativos que poderão diferenciar
o produto/serviço diante da concorrência? Como diferenciar as
atividades da empresa em relação à concorrência?
2. Para quem? Quem será o cliente? Qual é o perfil do cliente a
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ser abordado, em se tratando de faixa etária, sexo, renda, profissão,
estilo de vida, classe social etc.? Como chegar ao cliente? O que
tem valor para o cliente, isto é, como criar valor para o cliente e
superar suas expectativas?
3. Por quê? Qual é o motivo do investimento em tal negócio? O
negócio é novo? Supre alguma carência de mercado ou deficiência
dos concorrentes? Traz alguma inovação tecnológica? Aproveita
alguma brecha de mercado ou responde apenas a uma necessidade
de independência financeira do empreendedor?
4. Com quem? Quem serão os sócios? Eles serão escolhidos
quanto à disponibilidade de capital ou quanto à contribuição com
novas ideias ou técnicas? Será ainda por afinidade pessoal ou
familiar?
5. Por quem? Qual será a equipe necessária para tocar o negócio?
Essa equipe será formada por familiares, parentes ou talentos
buscados no mercado? Deverão ser treinados? Deverão ser
profissionais qualificados? Como essa equipe deverá ser avaliada e
assalariada?
6. Como? Qual será a forma de produzir ou vender? Será produção
própria ou por intermédio de terceiros? A empresa fará vendas diretas
ou por meio de representação? Qual será a tecnologia aplicada na
produção e na venda?
7. Onde? Qual será a localização do negócio? Qual será o espaço
necessário? Há facilidade de acesso? Espaço próprio ou alugado?
Qual é a relação de custos-benefício envolvida? Proximidade de
transporte ou tráfego de veículos (metrô, ônibus, estacionamento)?
Será físico ou virtual?
8. Quando? Quando será o início da operação? Próximo a
algum evento importante? Há regularidade ou sazonalidade no
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comportamento domercado?
9. Quanto? Qual é a quantidade a ser produzida e/ou vendida?
Qual é a capacidade de produção definida por maquinário e mão de
obra? Qual é o volume de vendas necessário ou possível?
10. Por quanto? Qual será o preço do produto/serviço cobrado?
Qual é o preço que o mercado pode suportar? Qual é o preço da
concorrência? Qual é a valorização por parte do cliente? Qual é o
preço promocional para conquistar clientes?
Torna-se necessário um projeto de viabilidade financeira do negócio
para saber a partir de que volume de atividade econômica a empresa
se torna viável e lucrativa. O primeiro passo , é descobrir qual é esse
volume. Definir o volume de atividade econômica depende das
respostas das perguntas a seguir.
Qual é o volume de vendas?
Quanto se pode vender?
Qual é o volume de compras?
Quanto se pode comprar?
Qual é o capital inicial que deverá ser investido no negócio?
Quais e quantas máquinas e equipamentos serão necessários?
Quantas pessoas serão necessárias para tocar o negócio?
Qual é o espaço físico necessário?
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A primeira etapa do estudo de viabilidade econômica é a definição


dos custos da empresa. Existem dois tipos de custos: os fixos e os
variáveis:
Custos fixos são aqueles que independem do volume de produção
ou do nível de atividade da empresa, por isso são constantes.
Qualquer que seja a quantidade de produtos produzidos ou vendidos,
os custos fixos permanecem inalterados. Mesmo que a empresa
nada produza ou nada venda, eles se mantêm constantes. Quanto
maior o volume produzido, menor o seu valor agregado. Exemplo:
aluguéis, seguros, manutenção, depreciação, salários dos chefes,
do pessoal de escritório, etc.;
Custos variáveis são os que estão diretamente relacionados com o
volume de produção ou com o nível de atividade da empresa. Variam
proporcionalmente com a produção. Constituem uma variável
dependente da produção realizada e englobam custos de materiais
diretos (materiais ou matérias-primas que são transformados
diretamente em produto ou que participam diretamente na
elaboração do produto) e custos de mão de obra direta (salários e
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encargos sociais da equipe que realiza as tarefas de produção).
A partir dos custos fixos e variáveis, pode-se calcular o chamado
ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio pode ser definido como o
valor e/ou a quantidade vendida que não apresenta nem lucro nem
prejuízo para a empresa. É o ponto da operação da organização em
que as receitas se igualam com as despesas, proporcionando um
ponto de equilíbrio entre elas. Trata- se, pois, de um ponto neutro
em que não existe lucro ou prejuízo.
O investimento da empresa é composto basicamente pelos
investimentos fixos, capital de giro e investimentos pré-
operacionais.
Os investimentos fixos correspondem a todos os bens que devem
ser adquiridos para o bom funcionamento do negócio, que serão
utilizados a longo prazo. Podemos citar as máquinas, equipamentos,
utensílios, veículos, dentre outros.
O capital de giro é o total de recursos necessários para o
funcionamento rotineiro da empresa. Como o próprio nome sugere,
é o valor necessário para fazer a empresa “girar”.
Podemos dizer também, que é uma parte do investimento que
compõe uma reserva de recursos que serão utilizados para suprir
as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses
recursos ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no
banco, etc.
Já os investimentos pré-operacionais referem-se aos gastos
necessários antes do início das atividades na empresa, como uma
obra.
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PLANO DE NEGÓCIOS

Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente


ao termo plano de negócios. O termo plano de negócios é parte
fundamental do processo empreendedor. Este precisam saber
planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser
criada ou em crescimento.
A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma
ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial
de uma empresa.
Elaborado para quem deseja empreendeder e serve como ferramenta
de gestão e marketing, por ser uma representação do modelo de
negócios a ser seguido. Reúne informações precisas de como o
negócio é ou deverá ser. A principal utilização do plano de negócios
é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e
desenvolvimento inicial de uma empresa.
De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é
um documento vivo, no sentido de que deve ser constantemente
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atualizado para que seja útil na consecução dos objetivos dos
empreendedores e de seus sócios. O plano de negócios também
é utilizado para comunicar o conteúdo a investidores de risco, que
podem se decidir a aplicar recursos no empreendimento.
Se você pretende abrir um novo negócio, precisa ter algum projeto em
mente para colocá-lo em prática. O roteiro do plano de negócio não
elimina os possíveis erros, mas ajuda a enfrentá-los e a direcionar
melhor os esforços. Além disso, um bom plano de negócios é um
instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores e parceiros.

COMO ELABORAR O PLANO DE NEGÓCIO


Todo novo empreendimento deve ser visualizado do ponto de vista de
um plano de negócio completo e que contenha todos os elementos
importantes para caracterizá- lo adequadamente. O plano deve
trazer a descrição do setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura
organizacional da empresa, os relatórios financeiros simulados, um
plano estratégico e um plano operacional.
Na verdade, a elaboração completa de um plano de negócio para
uma empresa de grande porte está acima dos objetivos deste livro
introdutório, mas o empreendedor deve ter plena consciência da
importância do processo de planejamento.
A seguir, apresentamos o modelo de um plano de negócio composto
de sete partes básicas envolvendo um sumário executivo, uma
análise completa e detalhada do setor em que a microempresa
vai operar e um resumo sobre as características do negócio com
simulações financeiras e planos estratégico e operacional do
negócio.
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1. Sumário executivo:
texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os
aspectos mais importantes do empreendimento; inclui missão e
visão do negócio;
texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa
vai atender no mercado; inclui o papel do empreendimento em
relação à responsabilidade social; resumo das características do
mercado em que a empresa vai operar;
mostra como o mercado está se comportando em relação ao
produto/serviço a ser oferecido;
breve relatório sobre os sócios do empreendimento;
breve relatório sobre os recursos financeiros necessários.

2. Análise completa e detalhada do setor:


principais características do setor;
inclui as variáveis econômicas, sociais, demográficas e
políticas que influenciam o mercado;
oportunidades encontradas no mercado;
identificação dos fornecedores de entradas (matérias-primas,
dinheiro e crédito, tecnologia, mão de obra etc.).

3. Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresa:


currículo dos sócios do empreendimento que contenha a
formação e as competências pessoais de cada um;
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funcionários necessários para o empreendimento
estabelecendo o perfil profissional e técnico de cada um.

4. Plano financeiro:
balanço de abertura da empresa;
previsão de receitas, fluxo de caixa e balanço para o período
coberto pelo planejamento.

5. Plano estratégico:
definição da missão e da visão da empresa;
definição do negócio;
estabelecimento dos objetivos específicos da empresa;
definição da estratégia da empresa;
declaração de premissas do planejamento;
estabelecimento dos objetivos estratégicos de longo prazo.

6. Plano operacional:
previsão de vendas;
planejamento da produção;
orçamento de despesas gerais;
previsão do lucro operacional;
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previsão do fluxo de caixa e balancete;
balanço patrimonial simulado;
previsão de índices operacionais e financeiros.

7. Apêndices:
contatos pertinentes;
informações técnicas.

A quarta parte do plano deve conter os relatórios financeiros


simulados. O balanço de abertura simulado deve relacionar os bens
patrimoniais e os compromissos financeiros da empresa no início
de suas operações, bem como o ativo e passivo, os bens nos quais
os recursos foram alocados. Se a empresa já estiver em atividade,
o balanço deve refletir a situação do empreendimento no início do
período abrangido pelo plano. A previsão de receita e o fluxo de
caixa podem ser alterados com base nos objetivos da empresa.
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As financeiras e os bancos exigem um plano de negócio para
aprovar empréstimos ou financiamentos para todo e qualquer novo
empreendimento. Muitos candidatos a sócios querem analisar o
plano de negócio para avaliá-lo e decidir sobre sua participação.
Relatórios financeiros simulados são importantes para que tanto
investidores como sócios saibam antecipadamente quais serão
os futuros desdobramentos do empreendimento. De qualquer
maneira, o novo negócio precisa ter uma forma específica e ser bem
administrado para alcançar o sucesso. O plano de negócio deve ser
simultaneamente conciso e abrangente de tal maneira que quem o
leia e o analise tenha uma ideia completa do empreendimento.
Contudo, o plano de negócio é um projeto a ser implementado e
desenvolvido. Não se deve esquecer que as pessoas ocupam
um papel determinante na realização do plano e no sucesso
de um empreendimento. Daí a vantagem de incluir os currículos
profissionais dos sócios empreendedores.

EXEMPLO DE PLANO DE NEGÓCIO RESUMIDO

Resumo executivo
Descrição da atividade:
o Comércio de roupas femininas.
Localização:
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o Vitoria-ES.
Sócios:
o José Paulino e Márcia Nogueira.
Equipe de trabalho:
o Três vendedoras.
Mercado:
o O público-alvo é composto de consumidoras de classe alta e
moradoras da capital paulista. A loja mais próxima fica a 5 km de
distância.
Instalações:
o A loja tem 650m2 em ponto de excelente localização.
Nome da loja:
o La Bella Donna.
Faturamento:
o Estimativa de R$ 600 mil para o primeiro ano e de R$ 900 mil
para o segundo ano.
Financiamento:
o O capital necessário é estimado em R$ 300 mil, dos quais os
sócios contam com R$ 150 mil. O restante será integralizado por
meio de financiamento bancário de R$ 100 mil financiados em dois
anos, mais um investimento inicial de R$ 50 mil para formação de
estoque.
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Cronograma:
o O início das atividades será em junho, para ofertar moda típica
de inverno. O pedido dos produtos será feito com antecedência de
60 dias.
Introdução:
o O objetivo é montar uma loja de roupas femininas em bairro
de classe A. Os produtos oferecidos se diferenciam pela alta
qualidade para clientes de alto poder aquisitivo. O objetivo deste
plano de negócio é obter recursos financeiros para a implantação
do empreendimento.
Pesquisa de mercado:
Durante sua longa experiência no setor, os sócios perceberam
que a maior parte das clientes de alto nível se desloca até outros
bairros para encontrar boas lojas de roupas. A pesquisa de mercado
constatou que existe forte expectativa para uma loja desse nível
no bairro. Além disso, o mercado abrange clientes de bairros
próximos. A concorrência direta de lojas similares é muito pequena.
Os principais concorrentes atuam em outros bairros da capital. O
preço está ajustado a um público com alto poder aquisitivo, que se
preocupa mais com estilo, qualidade e caimento que apenas com
o preço das roupas.
Instalações:
o O empreendimento requer uma loja a ser alugada com cerca de
650 m2 no bairro de Moema. Quatro imóveis estão sendo cogitados
e a previsão do fluxo de caixa será condizente com o aluguel e
impostos. Os proprietários propõem um contrato de locação de
três anos.
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Gerenciamento:
o A loja ficará sob a gestão direta dos dois sócios. José Paulino é
engenheiro químico e possui ampla experiência no setor de tecidos
e tecelagem. Márcia Nogueira é modelista e recebeu o Prêmio
Nacional por seus trabalhos no setor.
Equipe:
o É formada por três vendedoras a serem recrutadas,
selecionadas e treinadas com 60 dias de antecedência à abertura
da loja.
Fornecedores:
o Márcia Nogueira participou de várias feiras de moda e
conhece profundamente o mercado fornecedor. Os principais
fornecedores oferecem prazo de 30 dias. Esse crédito está previsto
no planejamento de fluxo de caixa.
Anexos:
o Utilização do capital inicial Projeção de lucros e perdas.

CANVAS

Canvas é o modelo de negócios que se constitui como um


instrumento que auxilia gestores e empreendedores a explicar,
inventar ou até mesmo desenhar um modelo de negócios para a
sua organização.
Essa ferramenta pode ser usada tanto para uma organização que já
exista quanto no processo de uma nova empresa, sendo necessário
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apenas que os gestores queiram pensar de forma colaborativa,
visando sempre a busca para que se encontrem novas possibilidades
para cada um dos problemas do seu empreendimento.
Assim, o modelo Canvas possui como objetivo principal a
estruturação de um inovador modelo de plano de negócios, que
traga praticidade e dinamismo no momento de avaliar as empresas.

COMO PREENCHER

Para entender como preencher o Canvas, primeiro é necessário que


você imagine um quadro ou uma folha dividida em nove blocos.
Cada bloco representa um item que deverá ser preenchido por você.
Segundo Marcos Eugenio, a localização de cada um dos blocos
não é ao acaso. Os que ficam do lado direito correspondem aos
aspectos emocionais do negócio, como, por exemplo, a marca.
Por sua vez, os que ficam do lado esquerdo se relacionam com as
questões racionais, como a parte financeira. Veja a divisão de cada
bloco a seguir:
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1º BLOCO – SEGMENTO DE CLIENTES
Nesse bloco, você deve definir quem é o seu público-alvo. Um ponto
importante é que este público deve ser o mais segmentado possível.
Isso facilitará nas estratégias que serão traçadas ao longo da vida
útil do seu negócio. Para facilitar o preenchimento, tente responder
as perguntas:
Para quem você está criando valor?
Quem são os seus principais clientes?
É possível agrupá-los ou diferenciá-los entre si?

2º BLOCO – PROPOSTA DE VALOR


Você deve descrever o que deseja entregar ao cliente. Ou seja,
entender os pontos de diferenciação do seu produto em relação
aos seus concorrentes.
Qual é a razão pela qual o cliente vai escolher o seu produto?
Como você irá se diferenciar da concorrência?
Quais problemas o seu produto está ajudando a resolver?

3º BLOCO – CANAIS
Momento em que se defini, como será feita a distribuição dos
produtos ou a prestação dos serviços da sua empresa.
A venda será direta ou terá intermediários?
O cliente encontrará o produto na internet?
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Você terá loja física?

4º BLOCO – RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES


Aqui você deverá pensar nas estratégias que serão realizadas para
conquistar e para manter a boa relação com os seus clientes. Para
isso, deve entender o seu público-alvo.
Qual é a linguagem mais adequada para falar com seus
consumidores?
Que redes sociais os seus clientes mais utilizam?
Que ações podem fidelizar o seu público-alvo?

5º BLOCO – FONTES DE RECEITA


Você defini como será a entrada de dinheiro na sua empresa e quanto
os clientes pagarão pelo produto. Cabe refletir sobre os valores que
os seus consumidores estão dispostos a pagar pelo produto que
você oferece.
Quanto custa o produto dos seus concorrentes?
Como é feito o pagamento? À vista? Parcelado? No débito?

6º BLOCO – RECURSOS PRINCIPAIS


Aqui descreva todos os recursos necessários para que você possa
entregar ao cliente o produto prometido. Considere os seguintes
itens:
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Recursos físicos
Recursos intelectuais
Recursos humanos
Recursos financeiros

7º BLOCO – ATIVIDADES PRINCIPAIS


Descreva todas as ações fundamentais para que o seu negócio
exista e seja executado com maestria. Pense em todos os setores
da sua empresa:
Produção
Distribuição
Vendas
Marketing
Recursos Humanos
Financeiro

8º BLOCO – PARCERIAS PRINCIPAIS


Descreva todos os fornecedores e parceiros dispostos a apoiá-
lo nessa empreitada. Isso envolve os seus contatos comerciais e
também possíveis parcerias com influenciadores digitais.
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9º BLOCO – ESTRUTURA DE CUSTOS
Agora é o momento de preencher todos os custos envolvidos na
operação do seu negócio. Para isso, pode ser mais fácil separar
os custos em fixos e variáveis. Veja alguns exemplos de itens que
devem ser incluídos:
Custos com fornecedores
Custos com tecnologia (internet, telefone, etc.)
Custos com equipe
Custos com marketing e divulgação
Ao final do preenchimento do Canvas vem uma etapa muito
importante: uma revisão. Faça a si mesmo as seguintes perguntas:
Todos os blocos estão em harmonia?
A proposta de valor atende os seus clientes?
Os canais escolhidos são capazes de entregar o produto?
Os parceiros e fornecedores são capazes de entregar o produto?
As receitas serão suficientes para cobrir os custos?
Se algo não estiver se encaixando, você ainda tem a chance de fazer
alterações.
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GLOSSÁRIO
Benchmarking: A palavra benchmarking vem de benchmark,
expressão também inglesa, que significa “referência”. Ou seja, é o
processo de buscar e analisar práticas que estão sendo adotadas
por empresas do mesmo segmento da sua. Com base nesse
estudo, você define o que pode aplicar no seu negócio para ter um
desempenho ainda melhor.
Business canvas: Um quadro contendo, de maneira sucinta, todas
as informações que se referem ao modelo de negócios da empresa.
Business plan: O business plan nada mais é do que o plano de
negócios, isto é, importante ferramenta de gestão para qualquer
empresa. O objetivo dela é ajudar o empreendedor a planejar
seu negócio, definindo metas, encontrando oportunidades e
desafios, apontando riscos, etc. Geralmente os documentos são
estruturados da seguinte forma: sumário executivo, descrição do
empreendimento, estratégias de mercado, análise da concorrência,
ações, plano de gestão e finanças.
Brainstorm: Técnica criativa de resolução de problemas. Durante
a dinâmica, os participantes confabulam ideias, por mais absurdas
que sejam, a fim de gerar novos insights.
Captação de recursos: São todas as ações realizadas como objetivo
de levantar recursos financeiros para a sua empresa. Podem ser
empréstimos, investidores-anjos, fundos de investimento, entre
outros.
Capital de giro: Na hora de abrir o seu negócio é preciso ter atenção
aos recursos financeiros que serão usados para cobrir todos os
custos da empresa. O capital de giro é o nome dado a esse recurso
utilizado até que a receita dos clientes comece a chegar.
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Canvas: Ferramenta visual em formato de quadro que auxilia
empreendedores a elaborar modelos de negócio e estratégias de
comunicação. Exemplos: business canvas, buyer persona canvas,
digital marketing canvas, etc.
Certificado Digital: Todo empreendedor precisa conhecer o
Certificado Digital, um documento digital que é a assinatura (ou
identidade virtual) de pessoa física ou jurídica e que garante a
segurança, autenticidade e proteção das informações trocadas.
Cultura organizacional: Trata-se de conceitos que envolvem toda a
rotina de uma companhia e guiam o comportamento e a mentalidade
dos membros da equipe. As diretrizes principais são missão (o
motivo pelo qual a empresa foi criada), visão (aspirações a curto,
médio e longo prazo) e valores (princípios e crenças adotados em
qualquer tomada de decisão).
E-Commerce: Termo em inglês que se refere ao comércio eletrônico
e as lojas virtuais.
Eficácia: Corresponde ao resultado de um processo, que
compreende a orientação metodológica adotada e a atuação
estabelecida na consecução de objetivos e metas, em um
tempo determinado, e considera o plano, programa ou projeto
originalmente composto.
Eficiência: Envolve a comparação das necessidades de atuação
com as diretrizes e os objetivos propostos e com o instrumental
disponibilizado. É alcançada por meio de procedimentos adotados
no desenvolvimento de uma ação ou na resolução de um problema
e tem em perspectiva o objeto focalizado e os objetivos e finalidades
a serem atingidos.
E-mail marketing: Estratégia de marketing digital baseada
na comunicação via e-mail. Exemplos: ofertas, promoções,
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confirmações de compra e newsletters. Por muito tempo, o e-mail
marketing foi visto como uma versão digital das propagandas por
correspondência. Mas, ele evoluiu e hoje é uma das maneiras mais
pessoais de se comunicar com o público-alvo.
Franquias: Sistema comercial onde o proprietário de uma marca
cede a outro empreendedor o direito de utilizá-la, assim como o
direito de vender e distribuir seus produtos. Dependendo da franquia,
o direito de distribuição pode ser exclusivo ou não.
Lucro: Valor resultante da receita de uma transação comercial,
subtraindo os custos de produção. Em outras palavras, é o quanto
se ganha em vendas, retirando todas as despesas que foram
necessárias para produzir/comprar produtos ou para oferecer
determinados serviços.
Networking: O termo é bem conhecido até mesmo por quem não
é do Empreendedorismo. Designa uma rede de contatos e é uma
maneira eficiente de ampliar relacionamentos profissionais.
Patente: Título de propriedade sobre uma invenção, nome ou ideia,
a fim de evitar roubos e plágios. Tal documento é concedido pelo
estado e tem duração de 15 a 20 anos, dependendo do modelo
escolhido.
Publico-alvo: O público-alvo é o grupo de consumidores para o qual
determinado produto ou serviço é destinado. As segmentação do
público-alvo pode ir além de classificações amplas como a classe
social, gênero ou região. Em alguns nichos de mercado, o ideal é
identificar faixas etárias restritas, profissão, estado civil, se tem ou
não filhos, comportamento de consumo, estilo de vida, entre outros
fatores que vão depender das características do produto ou serviço
em questão. Quanto mais detalhada for a determinação do público-
alvo, melhor pode ser criada e desenvolvida uma estratégia eficiente
de negócio.
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Receita: Este é um termo que têm diferentes significados no
consultório médico e na cozinha da vó, mas no universo do
empreendedorismo, receita é todo valor recebido, arrecadado ou
apurado.
Stakeholder: O termo stakeholder foi criado para designar pessoas
que tenham algum tipo de interesse no seu negócio. Podem ser
investidores, acionistas, clientes, órgãos de governos, dentre outros
grupos. Quanto mais stakeholders uma empresa tem, maior é a sua
visibilidade.
Valor de Mercado: Valor de uma empresa. Esse valor, geralmente,
é atribuído pelos investidores.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: D a n d o


asas ao espírito empreendedor. Saraiva: 3.ed, 2008.

______. 2.ed. Rio de Janeiro: Introdução à teoria geral da


administração. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo Corporativo:


Como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa.
Campus, 2. ed , 2009.

_. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios.


Campus. 3. ed, 2008.

DRUCKER, Peter F. Inovação e espírito empreendedor: prática e


princípios. São Paulo: Ed. Pioneira, 2002.

SCHUMPETER, J. Can Capitalism Survive? New York: Harper and


Row, 1952. 208 p.

https://www.dlojavirtual.com/dicas-para-o-seu-negocio/modelo-
canvas-o-que-e-e-como-funciona/

https://www.significados.com.br/lideranca/

https://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio3.php

h t t p s : // w w w. u n i c e u s a . e d u . b r / a l u n o / a r q u i v o s / a r t i g o _
empreendorismo_inovacao.pdf

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