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OFENSA

Nunca a raça humana testemunhou a milagrosa mão de Deus de forma tão


impressionante e palpável. Os discípulos andavam maravilhados e surpresos.
Entretanto, não foi por causa desses milagres que foram levados à beira da dúvida.
Não, esse desafio viria mais tarde, no fim do ministério de Jesus na Terra. Jesus
instruiu seus discípulos: "Se teu irmão pecar contra ti [...] se, por sete vezes no dia,
pecar contra ti e, etc. vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.
Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé" (Lc .17:3-5). Os milagres
não os inspiraram no sentido de aumentar-lhes a fé, levantar os mortos ou acalmar o
mar; mas o simples mandamento de perdoar aqueles que os ofenderam

Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se


arrepender, perdoa-lhe. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier
ter contigo, dizendo: Arrependo-me; tu lhe perdoarás. Disseram então os apóstolos
ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Lucas 17:3-5

O que faremos quando formos ofendidos?? A ofensa pode tornar alguém cativo.

Satanás, juntamente com seus comparsas, não é tão espalhafatoso como cremos. É
sutil e seu maior deleite está no engano. É astuto e ardiloso quando opera. Nunca se
esqueça de que ele pode disfarçar-se como mensageiro de luz. Se não formos
treinados pela Palavra de Deus para separar corretamente o que é bom do que é mau,
não reconheceremos suas armadilhas como realmente são. Uma de suas iscas mais
enganosas e traiçoeiras é algo com que todo crente se depara: a ofensa. Na realidade,
a ofensa não é mortal: ela ficar na armadilha. Mas, se a pegarmos, a consumirmos e
alimentamos nossos corações com ela, ficaremos escandalizados. Pessoas
escandalizadas produzem frutos como dor, raiva, ciúme, ressentimento, amargura,
ódio e inveja. Algumas das conseqüências de permitirmos ser escandalizados são
insultos, ataques, divisão, separação, relacionamentos quebrados, traição e tropeço.

Já vi pessoas cheias do Espírito sendo curados e obtendo respostas de oração quando


são libertas dessa armadilha. Elas relatam que o que esperaram por muitos anos
recebem em poucos minutos quando são libertas.

A lista de ofensa é tão interminável como a de relacionamento, não importa quão


simples ou complexa. Verdade seja dita: apenas aqueles com quem você se importa
são capazes de feri-lo. Você tem uma expectativa maior em relação a eles - afinal, você
deu mais de você a eles. Quanto maior a expectativa, maior a queda.

Salmo 55:12-14

A Bíblia é bem clara que nos últimos dias os homens serão "egoístas" (2 Tm 3:2).
Podemos esperar isto de não crentes, mas Paulo não se está referindo àqueles fora da
igreja. Ele está falando dos que estão dentro da igreja. Muitos estão feridos,
amargurados e machucados. Estão ofendidos, mas não conseguem perceber que
caíram na armadilha de Satanás.

É nossa culpa? Jesus deixou claro que é inevitável que sejamos escandalizados. Mesmo
assim, muitos crentes ficam chocados, confusos e, até mesmo, surpresos quando isso
acontece. Acreditamos que somos os únicos a sofrer uma ofensa. Isso nos deixa
vulneráveis à raiz de amargura. Assim, devemos estar preparados e armados contra a
ofensa e contra o escândalo, porque nossa reação determina nosso futuro.

Evite as controvérsias tolas e fúteis, pois você sabe que acabam em brigas. Ao servo
do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para
ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de
que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade,
para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os
aprisionou para fazerem a sua vontade. 2 Timóteo 2:23-26

Independentemente da situação, podemos dividir os ofendidos em duas, grandes


categorias: a) aqueles que foram injustiçados ou b) aqueles que acreditam que foram
injustiçados. As pessoas da segunda categoria acreditam de todo o coração que foram
traídas. Geralmente, a conclusão a que chegam provém de informações incorretas; ou
a informação está correta, mas a conclusão está distorcida. De qualquer forma, elas
estão feridas e seu entendimento obscurecido. Julgam por dedução, aparência e
rumor.

Uma forma de o inimigo usar a pessoa escandalizada é mantendo a ofensa escondida,


num manto de orgulho. O orgulho nos impedirá de admitir nossa verdadeira condição.

O primeiro passo no refino do ouro é pulverizá-lo e misturá-lo a uma substância


chamada solvente. Essa mistura é levada ao forno em alta temperatura, as ligas e
impurezas são atraídas ao solvente e levadas a superfície. O ouro (que é mais pesado)
permanece no fundo. As Impurezas ou escória (como cobre, ferro e zinco, combinados
com o solvente, são removidas, rendendo um metal mais puro. Note o que Deus nos
diz: "Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição"
(Is 48:10). E também: Nisto exultais, embora, no presente, por breve tempo, se
necessário, sejais contristados por várias provações, para que, unta vez confirmado o
valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por
fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6, 7). Deus
refina com aflição, tribulação e provação e separa as impurezas com falta de perdão,
amargura, ódio e inveja e imprime o seu caráter em nós.
O pecado facilmente se esconde onde não há o calor das provações e aflições. Em
épocas de prosperidade e sucesso, até mesmo o ímpio parece generoso e gentil. Sob o
calor das provações, as impurezas vêem a tona.

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