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1. Regime Jurídico do Servidor

Com o advento da Carta Constitucional de 1988, foi instituído o regime jurídico


único, vale dizer, o mesmo regime para os servidores na Administração direta, nas suas
autarquias e fundações. Com isso, cada ente federativo escolheu um regime para adotar.
Ressalte-se que a grande maioria dos entes da Federação optaram pela adoção do
regime estatutário. A União optou por essa modalidade, editando, em 1990, a Lei n.
8.112. Esse cenário foi alterado pela EC n. 19/1998.
A referida emenda, porém, modificou a redação do art. 39, caput, da CF, e
retirou a obrigação de unicidade do regime (extinção do regime jurídico único), de
modo que poderiam conviver, dentro da mesma estrutura administrativa, servidores
estatutários e empregados públicos.
Entretanto, no julgamento da ADI n. 2.135, o STF declarou inconstitucional (em
sede de liminar, isto é, numa decisão provisória) a nova redação dada ao art. 39, caput,
da CF, pela EC n. 19/1998, em virtude de vício formal (o texto não foi aprovado por 3/5
na Câmara e no Senado, em dois turnos de votação em cada Casa, como determina o art.
60, da CF). Com isso, voltou a viger o antigo dispositivo, que fazia referência a regime
jurídico único. Porém, trata-se de decisão cautelar (provisória), e ficou determinado
expressamente na decisão do STF que as leis editadas com base na nova redação
continuam válidas.
Regime jurídico único não significa regime estatutário. Assim, cada Ente da
Federação tem autonomia para escolher o regime de trabalho, seja estatutário, seja CLT.
Nos inúmeros municípios que temos no Brasil, muitos adotaram o regime celetista.

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