Evangelismo e Discipulado

EVANGELISMO

DISCIPULADO

EVANGELISMO
Princípios do Evangelismo
A evangelização é a válvula mestre para o crescimento da Igreja. Todo crente
salvo deve ser participante da obra da evangelização. A ordem de Cristo concernente
ao evangelismo, revela a nosso propósito enquanto estivermos aqui neste mundo,
revela que desde que assumimos a Cristo como Senhor de nossas vidas,
trabalhamos para ele e nos dedicamos para o bom crescimento de sua Igreja. A
reação mais natural de um novo convertido é anunciar o evangelho.

Fomos eleitos pelo Senhor para sermos sal da terra, a fim de evitar a completa
degeneração do mundo, também luz do mundo para expulsar as trevas, e iluminar o

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entendimento do indoutos.Cristo edificou a Igreja e nos prometeu que as portas do

inferno não prevaleceriam contra ela, nos deu todas as condições para cumprir a
obra evangelística.

Toda vida da igreja depende do evangelismo por ela realizado, somos um corpo
ainda em formação, e por isso quanto mais rápido evangelizarmos, mais perto do
arrebatamento estará. Nossa atitude como exército do Senhor, na qualidade de
representantes legais de Cristo é representar sua vontade principal:

“Resgatar o que se havia perdido”.

O que é Evangelismo?
Evangelho- (gr. euaggelion, evangelion) – significa literalmente “boa
notícia”. A palavra encontra-se no singular, mostrando assim, que há somente um
evangelho, o evangelho de Jesus Cristo. Na prática, nenhuma outra religião pode
usar esta palavra para referir à sua mensagem ou doutrina. Esta palavra pertence
exclusivamente ao Cristianismo. Também vem da palavra hebraica Bissar que
significa: anunciar, contar, publicar. Era utilizada no antigo testamento quando os
profetas tinham de anunciar a vontade do Senhor e suas profecias.

Em Isaías 40:1, o profeta tinha a missão de dizer à Israel que era tempo de
Restauração, Perdão e Alegria. Era uma ordem clara ao profeta que tinha a
incumbência de consolar os cativos, e dizer que era o momento de libertação, e não
havia mais motivos para se desesperar.

O Evangelho são boas novas de quê? De perdão para os pecados, de salvação

para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus. Paulo definiu o evangelho como “... o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Rm 1:16)
O Evangelho teve seu início logo após o pecado, quando Deus prometeu que
viria o descendente da mulher e este pisaria a cabeça da serpente (Gn 3:15). A
palavra evangelho é encontrada 72 vezes no Novo Testamento. Assim como a
palavra Evangelho é importante e de muito valor, assim da mesma forma é a sua
derivação, evangelismo. Evangelismo é testemunhar Cristo aos perdidos e contar o
que Cristo fez, faz e continuará fazendo até a sua volta.

Evangelização – É o ato de comunicar o evangelho. É o ato de evangelizar. A

palavra “evangelização” indica ação, significando “pregar o evangelho”. Mas o que é
evangelizar? Devo dizer que não existe unanimidade quanto a este conceito. Existem
dois conceitos básicos sobre o que seria evangelizar:

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Evangelizar é a comunicação do evangelho a alguém de tal maneira que este

pudesse tomar uma decisão consciente de aceitação ou rejeição à pessoa de Jesus
Cristo como Senhor e Salvador.

Evangelizar é a comunicação do Evangelho seguida da

conversão do ouvinte.
Diante deste dilema, fica a pergunta: quando podemos considerar alguém
evangelizado? Quando uma pessoa ouve o evangelho e encontra-se capaz de decidir
se quer ou não seguir a Jesus? Ou quando ouve o evangelho e toma a decisão de
seguir a Cristo?
O segundo conceito é equivocado. Porque este define a evangelização em
termos de um efeito produzido na vida dos outros. Há missionários que lutam
muito, às vezes sem ver nenhuma conversão, poderíamos dizer que eles não estão
evangelizando? De maneira nenhuma. Sabemos pelas escrituras que o Evangelho
deve ser pregado por todos os cristãos, mas quem convence e opera o novo
nascimento é o Espírito Santo (Jo 3:7e8; ?Ez 36:26 e 27). Sabemos ainda que Deus
deu ao homem capacidade volitiva para decidir se quer ou não seguir a Cristo. O
evangelista lança a semente, mas o Senhor dá crescimento. O Evangelista lança
redes, mas o Senhor traz os peixes. E o ouvinte se entrega ou rejeita a Cristo. O Dr.
Peter Wagner e o Dr. John Stot definiram da seguinte forma o conceito da
evangelização:

“A natureza da evangelização é a comunicação das boas novas. O propósito da

evangelização é dar aos indivíduos e grupos uma oportunidade válida para
aceitarem a Jesus Cristo. A meta da evangelização é persuadir homens e mulheres
para que cheguem a ser discípulos de Jesus Cristo e sirvam a Ele na comunhão de
sua Igreja”.

Diante desta definição, queremos destacar três aspectos que constituem a

ação evangelizadora:

Proclamação – Seria a comunicação ao pecador a respeito de sua

condição de escravo do pecado, da natureza e conseqüência dessa escravidão, do
amor de Deus e Sua providência em Jesus Cristo para salvação deste e da chamada
divina para uma decisão por Cristo Jesus.

Convencimento – O evangelista nesta ação, seria apenas um

instrumento nas mãos do Espírito. Pois é o Espírito que convence e muda o coração
do pecador.

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Integração – Depois da conversão do pecador, este deve ser levado a um

compromisso com o corpo visível de Cristo (a Igreja), onde seria discipulado e levado
ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4:12, 13).

Evangelismo é levar homens à Cristo.

Em MT. 9:2, a Bíblia diz: E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado
num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo filho;
estão perdoados os teus pecados.

Existem situações em que temos de levar as pessoas até Cristo para que o
milagre seja realizado. Jesus viu fé não somente no paralítico, mas também nos que
o trouxeram até ele!

Em João Cinco havia um paralítico que estava enfermo há 38 anos.

Por quê?

Não tinha ninguém que o colocasse no tanque.

Não tinham fé para levarem ele até o tanque.

Ele confiava na estrutura física do tanque, mas precisava de ajuda

para chegar lá!

Evangelismo é anunciar a Cristo.

Divulgamos muito os trabalhos da Igreja e seus departamentos,
proclamamos muito os Servos do Senhor e festividades. Mas o alicerce da Igreja está
em anunciar a Cristo e Seu Plano de Salvação. Evangelismo é mostrar ao pecador
sua condição de perdido e lhe apresentar o Salvador.

Em João 3., Jesus diz à Nicodemos que a sua maior necessidade era nascer
de novo, não ter uma vida de aparências confiadas em vãs filosofias, ou momentos
passageiros de prazer, mas ter um relacionamento verdadeiro com Deus, uma vida
melhor e mais produtiva.

Em João 4., Jesus pede água a uma samaritana fazendo ela reconhecer sua
própria sede e então lhe oferece a Água da Vida.

No Evangelismo o Espírito Santo é o personagem central, se os

discípulos ensinam é por que o Espírito Santo ensinou os discípulos.

Se o ouvinte é convencido, é por que o Espírito Santo penetrou no

seu coração.

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Se o ouvinte é convertido, é pelo poder transformador do Espírito.

Evangelismo e a Igreja
A vida espiritual e o crescimento da Igreja:

Existem pelo menos duas leis para igreja: 1º se não produzir fruto é
desligado da videira (que é Cristo) e se tornará sem vida, não fomos chamados para
viver um evangelho intimista, mas um evangelho que rompa as barreiras e destrua
os alicerces do inferno. 2º se produzir frutos, terá que passar pelo processo de
limpeza (através das provações PV. 17.3) para produzir mais ainda, ou seja, quanto
mais for limpa, tanto mais produzirá. Jesus alertou dizendo:

“Toda rama que, estando em mim, não der fruto ele a corta,
e todo o que dá fruto, limpa para que produza mais fruto
ainda. Evidentemente esses frutos não se tratam de almas
ganhas, mas dos frutos do Espírito”.

Uma Igreja que não evangeliza, perde a sua identidade, foge de sua vocação,
se torna rotineira, apática e sem vida. Essa tem sido a verdadeira causa da
estagnação da igreja, não saem mais às ruas, mas inventam campanhas para que
os pecadores venham à casa de Deus. Inverteram a ordem das coisas, os congressos
são realizados para crentes, e não para alcançar os perdidos, os pregadores da
atualidade, tem todo tipo de mensagem para igreja, e quase nada para os pecadores
lá fora.

No início da igreja eles transpiravam a Cristo e tinham suas vidas como

testemunhos as nações, Paulo chega a dizer que somos uma carta conhecida e lida
por todos os homens(2º Co 3.2).

Por isso diz que devemos pregar a tempo e fora de tempo, por que quando
não soubermos falar, nossa vida falará por nós. Se não tivermos preparo teológico
apelaremos para o testemunho que temos, como disse o cego de nascença... Eu era
cego, mas agora vejo.

Em At.8.3-4 e 9.31, a igreja estava sendo perseguida, mas os crentes sem

distinção de sexo, embora estavam sendo maltratados, aprisionados, não
desanimavam, mas caminhavam sempre pregando a mensagem das Boas Novas.
Era a Igreja marchando e lutando pelo Evangelho. A confiança estava nas palavras
do Mestre que disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”.

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A Igreja era como soldados avançando sob o comando

de Jesus Cristo.
Ser Evangelista é como disse alguém:

É viver como se Cristo tivesse morrido ontem, ressuscitado hoje e voltasse

amanhã.

Isto significa que nossa vida deve estar em perfeita comunhão com Cristo e
que devemos estar inteiramente envolvidos com sua obra.

Jesus disse: “A minha comida é fazer a vontade Daquele que me enviou”.

Por que Evangelizar?

Há pelo menos quatro bons motivos:

Jesus ordenou! (Mc. 16.15).

Quando Cristo ordenou a evangelização, não disse que deveríamos ocupar o

tempo vago, ele deu uma ordem por questão de sobrevivência da igreja recém
nascida, ele revelou o desejo mais profundo do Senhor, resgatar o que se havia
perdido.

É uma boa notícia e nós a possuímos. (2º Reis 7.9)

Temos a melhor noticia que alguém poderia ter uma revelação que estremece
reino e abala as potestades do ar. A nós foi entregue essa revelação, precisamos
dividi-la com outros.

É a solução para a humanidade. (Rom. 1.16)-(Isaías 61.1)

Não precisamos lamentar com o mundo, temos a cura para os males da

humanidade, a salvação para os povos, e o poder de transformar lixo em luxo, o
ordinário em extraordinário.

É perigoso retermos as Boas Novas. (Ez. 33.8)

Há quem muito deu muito será cobrado, os profetas tinham a consciência de

que se não entregassem a mensagem que haviam recebido, podiam pagar com a
própria vida.

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Êxito no Evangelismo
Está ligado ao Evangelista, para ser um ganhador de almas e
evangelizador deve ser:

Uma nova criatura, viver em novidade de vida. (Rom. 6.4)

Lamentavelmente, muitos querem pregar, mas não querem abandonar os

maus costumes, a vida antiga. A novidade exigida pela bíblia é necessária para,
influenciar os perdidos no desejo de salvação.

Deve ter uma vida que revele Jesus. (2 Reis 4.8,9)-(Jo.9)

Não apenas, testemunho de vida, mas poder de Cristo, unção do Espírito

Santo, revelar a Jesus, como salvador, transformador e provedor.

Esforçado. (I Co. 9.19-23). Deve haver dedicação no preparo da palavra,

na vida espiritual, e principalmente, não medir esforços para alcançar as almas.

Um pastor, aconselhando sua igreja a convidar, contou a seguinte

ilustração:

Havia em certa igreja um crente muito dedicado à evangelização

pessoal. Evangelizava, entregava folhetos, convidava, convidava, e insistia.
Chegava a ser cansativo em sua insistência.

Próximo de sua casa havia uma pequena alfaiataria. O atelier ficava

num jirau, que se alcançava por uma escada de madeira. Ali o alfaiate pedalava
a sua máquina o dia inteiro. O crente entrou pela centésima vez porta a dentro
e puxou conversa, renovou o convite para o culto da igreja naquele dia. O
alfaiate que não estava bem-humorado, subitamente empurrou o crente escada
abaixo dizendo:

- Desapareça daqui seu fanático!

O crente se levantou, ajeitou a roupa, olhou para cima e disse:

- Está bem, eu desapareço, mas o senhor vai à igreja hoje. Não vai?

“Que pregues a palavra a tempo e fora de tempo” (2 Tm 4.1).

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Está ligado à Igreja:

A igreja deve estar disposta a investir em evangelismo como investe em

congressos; as festas devem ser realizadas para os perdidos e os pródigos, e não
para nós, Jesus disse que o céu se alegra pelas almas que se arrependem. Os
crentes deveriam entender, que Deus se alegra quando lutamos pelos perdidos e
não, quando lutamos pelos nossos desejos!

A igreja deve estar disposta a pregar a Cristo fora das quatro paredes; sair as
ruas tem sido um desafio, mas Jesus, nunca foi apático, inerte, seu ministério era,
itinerante ele pregava o evangelho em todas os lugares, em todas as vila, povoados e
cidades.

Conclusão
Só estaremos realizando um trabalho digno da Igreja de Cristo, quando
priorizarmos o Evangelismo e o Discipulado na Igreja. Quando abandonarmos
nossas necessidades tradicionais como Igrejas que somos e atender as necessidades
básicas para a manutenção da Igreja que Deus deseja que sejamos, ela voltará a
crescer nos moldes da Igreja Primitiva. Fazendo visitações aos novos convertidos,
ensinando crianças espirituais a se tornarem homens e mulheres com maturidade
espiritual suficiente para continuar a realizar a ordem máxima de Cristo:

“Pregar o evangelho a toda criatura”

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ASPERSÃO OU IMERSÃO?
No discipulado é importante entender os princípios
básicos da escritura, como salvação, justificação,
santificação, propiciação, imputação e redenção.
Bem vindo ao curso de discipulado!
Discipulado
Conceitos do discipulado.
A palavra discípulo vem do latim discípulus, e do grego matatheu significa:
aprendiz, aluno, seguidor. Em termos gerais a palavra discípulo era usada para
identificar um aluno que seguia um determinado mestre, pensador, sábio, rabino ou
filósofo.

Tudo começava quando um destes sábios atraía um adepto, este

normalmente era alguém tomado de profunda admiração por seu mestre tal
sentimento, o levava ao conhecimento de que as idéias pregadas por ele eram
verdades, o discípulo se vinculava ao seu mestre a fim de adquirir o seu ensino

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prático e teórico. Percebe-se que o contexto daquela época é porque apontava para o
discípulo como alguém que estava disposto a deixar-se moldar tanto seus
pensamentos quanto suas ações ao do discipulador. Em resumo discípulo é aquele
que aprende, segue e vive os ensinamentos de seu mestre.

A palavra discípulo adquiriu um novo significado na pessoa de Jesus Cristo,

o termo equivalente no NT para discípulo tem o sentido de seguir em total
devoção, no AT o discípulo decidia participar voluntariamente da escola do seu
mestre, ao passo que o discípulo de Jesus não escolhe, mas é chamado ou
vocacionado para aceitar o discipulado, e segui-lo deixando tudo.

O discípulo de Jesus tem as seguintes características:

1º Permanência na palavra: Se vos permanecerdes na minha palavra, sois

verdadeiramente meus discípulos. (Jo8. 31) Fala da firmeza cristã, da vontade em
continuar no caminho, em outras palavras compromisso cristão, discípulo
verdadeiro tem compromisso com a chamada, com o ministério, e acima de tudo
com Deus.

2º Produção de fruto: Nisto é glorificado meu pai em que deis muito fruto; e
assim vos tornareis meus discípulos. (Jo15. 8) Devemos entender, quais sãos os
frutos que devemos produzir, e por que a condição de produzir, para permanecer em
Cristo e na igreja.

3º Prática do amor: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se

tiverdes amor uns pelos outros. (Jo 13.35) O amor cristão é a principal marca da
igreja, somos conhecidos pelo amor fraternal, e sua prática. Veja o comentário do
escritor Max Lucado a respeito do amor cristão:

O coração humilde honra os outros.

Jesus não é nosso exemplo? Contente por ser conhecido como um

carpinteiro. Feliz por ser confundido com o jardineiro. Ele serviu seus
seguidores lavando seus pés. Ele nos serve fazendo o mesmo. A cada manhã ele
nos presenteia com beleza. A cada domingo ele nos chama para sua mesa. A
cada momento ele reside em nossos corações. E ele não fala do dia em que ele
como “senhor se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-
los” (Lucas 12:37)?

Se Jesus está tão disposto a honrar-nos, não podemos fazer o mesmo

pelos outros? Faça das pessoas uma prioridade. Aceite seu papel em seu plano.
Seja rápido em dividir os aplausos. E, acima de tudo, considere os outros mais

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importantes do que você. O amor faz. Porque o amor “não se vangloria, não se
orgulha”.( 1 Cor. 13:4)

4º Renúncia: Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, mãe, mulher,
filhos, irmãos, irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo,
qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim não pode ser meu discípulo.(Lc.
14.26,27)

Portanto um discípulo é um homem comprometido com Jesus Cristo num

crescente processo de aprendizagem, a respeito desse compromisso, aumentando
seu conhecimento da palavra, e num relacionamento crescente com os demais
membros do corpo, demonstrando isso ao mundo com uma vida caracterizada pelos
frutos do Espírito.

VEJA UMA ILUSTRAÇÃO SOBRE RENÚNCIA

Jesus disse em Mateus 13 que o Reino de Deus era semelhante a um
mercador de pérolas que estava procurando finas pérolas. E quando ele
encontrou a pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía a fim de
adquirí-la.
- Quero muito esta pérola, disse o mercador de pérolas ao vendedor, quanto
custa?
- Bem, diz o joalheiro, ela é muito cara.
- Quanto?
- É uma soma considerável.
- O senhor acha que eu poderia comprá-la?
- Naturalmente. Qualquer pessoa pode comprá-la.
- Mas o senhor não disse que era muito cara?
- Disse.
- Quanto é, então?
- Tudo que você possui, responde o vendedor.
Ele pensa um pouco e depois diz:
- Está bem, eu a compro.
- Então vamos ver o que é que você possui. Vamos
anotar tudo aqui.
- Bem, tenho este tanto de dinheiro no banco.
- Ótimo, e o quê mais?
- Só isto. É tudo o que possuo.
- Nada mais?
- Bem, tenho alguns trocados no bolso.

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- Quanto?
- Vejamos... trinta, quarenta, sessenta, oitenta centavos.
- Ótimo. O quê mais você tem?
- Nada mais. Isto é tudo.
- Onde você mora? Indaga o vendedor.
- Em minha casa... É eu tenho uma casa.
- Então a sua casa também entra no negócio, disse o vendedor e acrescentou a
casa na lista.
- Vou ter que morar em minha barraca de camping.
- Você possui uma barraca? Ótimo, ela também entra no negócio. O quê mais?
- Bem, agora só me resta o carro para dormir.
- Ah, possui um carro?
- Dois.
- Os dois passam a ser meus. O quê mais?
- Bem, o senhor já está com meu dinheiro, minha casa, meus carros, minha
barraca de camping. O quê mais quer?
- Você é só no mundo?
- Tenho esposa e dois filhos.
- Então a esposa e os filhos passam a ser meus também. O quê mais?
- Não me resta mais nada. Estou sozinho agora.
De repente o joalheiro exclama:
- Ah, quase me esqueci, você também entra no negócio. Tudo agora é meu -
você, sua esposa, seus filhos, seu dinheiro, seus carros e sua barraca de
camping.
E depois continua:
- Agora escute: deixarei que você fique com estas coisas por enquanto. Mas
não se esqueça de que elas são minhas, assim como você também. E quando
eu precisar de qualquer uma delas você terá que entregá-las, pois eu sou o
proprietário.

Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,tome a sua

cruz e siga-me.(MT 16.24)

No discipulado deve haver renúncia de ambas as partes tanto do mestre,

quanto do aluno, para que, o ensino seja eficaz deve haver envolvimento entre aluno
e professor, e isso envolve dedicação e abnegação.

Por que devemos discipular?

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1º Porque Jesus assim o ordena.

Mateus 28:19-20, diz: "Portanto ide, fazei discípulos de todas nações,

batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar
todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos". Dos quatro verbos desse texto, três estão no gerúndio,
ou seja, são verbos auxiliares no grego, e apenas um é imperativo. Os verbos no
gerúndio são:

Poreuthentes (cuja melhor tradução seria indo), Batizontes (batizando) e

Didaskontes (ensinado). O imperativo é Matheuteusate (fazei discípulos ou ensinai).
Essa construção gramatical nos leva a conclusão razoável de que o objetivo principal
da grande ordenança é fazer discípulos; ao passo que indo, batizando, e ensinando
são meios essenciais rumo ao fim, mas não constituem um fim em si mesmo.

2º Porque Jesus nos deu o exemplo.

Mateus 9.35 diz: e percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando

nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo. A meta dele é também a nossa – Alcançar o
mundo. Que fez ele?

Gastou sua vida discipulando alguns homens, indoutos sem nenhuma

instrução ou preparo. Alguns dizem que líderes nascem feitos, Jesus provou na
prática que um líder é formado ele disse: Vinde após mim e eu vos farei pescadores
de homens. Jesus estava dizendo: Não se preocupem com o que não sabem eu vos
ensinarei!

3º Porque discipular era uma prioridade para os apóstolos.

Você pode encontrar no exemplo de Paulo mais de cem pessoas que estavam
relacionadas a ele. Dessas pessoas, parece que 35 mantinham um relacionamento
mais achegado que os demais, e homens como Timóteo, Tito, Epafrodito e Títico
gozavam com ele um relacionamento mais íntimo.

O texto clássico de Paulo discipulando é 2 Timóteo 2:2 E o que de minha

parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a
homens fiéis e também idôneos para instruir a outro. Paulo está dizendo: "o que
de minha parte ouviste". Quem? aqui é Timóteo, mas também somos nós. Isso
mesmo transmite a homens (notem, no plural), para que possam transmitir a
outros. Nem sempre isso é possível, pois de maneira geral alguma coisa quebra aqui
e ali e nem todos são fiéis. Mas Paulo está se referindo a homens fiéis e idôneos, isto
é, homens capazes essas duas palavra são importantes.

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Onde devemos discipular?

Jesus nos manda abrir nossa vida, fazer contato com as pessoas, isto é, ir e
fazer discípulos de Jesus Cristo, mas ele fala: ir e fazer discípulos de Todas as
nações. Nações no grego Ethnos que significa povos e tem a ver com etnias, então
significa que devemos fazer discípulos de todos povos, todas as tribos, todas as
línguas, idiomas, de todos os grupos. Na realidade, essa tarefa de fazer discípulos de
todas as nações deve ser considerada na amplitude de sua extensão. Comprando
Material, treinando nosso povo, devemos pensar na nossa parte dentro desse todo
de alcançar as nações. Em AT 1:8 Jesus disse: E recebereis a virtude do Espírito
Santo que há de vir sobre vós; e ser-me-eis minhas testemunhas, tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra.

"Jerusalém e toda a Judéia" fala do discipulado em casa ou seja devemos

treinar, capacitar os nossos membros para que eles possam treinar a outros. Por ex:
Se você falasse em sua igreja: "Quero Dez voluntários para serem pastores a partir
da semana que vem", quantos leigos levantariam as mãos como voluntários? Talvez
nenhum, Mas se você der treinamento a essas pessoas de como ensinar a palavra e
as envia, elas estarão aprendendo a palavra por si mesmas e também obtendo
experiência própria. Assim ao chegar o momento em que algumas daquelas pessoas
que participam dos cultos estiverem prontas para receberem a Cristo, esses crentes
saberão como levá-las a crescerem na vida cristã. Na realidade pouco a pouco,
passo a passo, esses crentes leigos estarão aprendendo a ser discipuladores.

Se nós queremos ver o mundo evangelizado, teremos que mudar alguma

coisa, pois não conseguiremos nada com as estruturas que temos atualmente. Não
teremos obreiros treinados, e nem seminários suficientes para alcançar essa tarefa.
Se quisermos realmente ver essa comissão sendo alcançada, temos que começar a
treinar nosso povo leigo, nossos crentes, para fazer discípulos em todas as
situações, a fim de que estejam aptos a ensinar a palavra em todas as
oportunidades.

"Samaria e os confins da terra" fala de ultrapassar as fronteiras, quebrar

barreiras. A bíblia diz em João 4:3,4 "deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia
e era-lhe necessário passar por Samaria"

Ao olhar o mapa, pode-se dizer era claro que alguém viajando da Judéia para
a Galiléia tomaria um atalho por Samaria, afinal Samaria fica entre os dois lugares.
Mas para qualquer judeu ortodoxo daquela época era preferível contornar Samaria,
atravessando o rio Jordão tomando a rota mais comprida. A razão era simples;

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havia grande animosidade cultural, étnica, religiosa e política entre judeus e

samaritanos.

Mesmo nos dias de hoje as pessoas evitam ir a lugares habitados por quem é
diferente delas. Evitam contato por não se sentirem a vontade em um ambiente que
não é o delas. Mas Jesus decidiu atravessar Samaria, a bíblia enfatiza que ele tinha
de passar por ali não por razões práticas, mas por um propósito espiritual. Chegou
a um momento crítico e tomou a decisão divina de derrubar as paredes do
preconceito e desconfiança.

A igreja primitiva também sofria desse mal em AT 8:14 a bíblia diz : Os

apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém , ouvindo que Samaria recebera a
palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os apóstolos demoraram muito
para entender a mensagem de "toda a criatura" a qual o mestre falara. Quando
Deus mostra uma visão a Pedro representando os gentios e diz a este: Levanta-te,
Pedro, mata e come, Pedro responde: de modo nenhum, Senhor nunca comi coisa
alguma comum e imunda (AT 10:11-14). Ao que Deus lhe respondeu: Não faças tu
comum ao que Deus purificou.

O evangelho chegou a Samaria através de Homens que venceram a parede do

preconceito e da discriminação. A igreja só voltará a crescer como cresceu no
princípio quando voltar a ultrapassar as fronteiras e quebrar as barreiras do
egocentrismo.

Como devemos discipular?

1. devemos crer que o discipulado não é uma opção.

Isso o estimulará. De fato tudo dependerá desse primeiro passo. Se isso não
entrar em seu coração, não fizer parte de sua filosofia de ministério, você achará
muitas desculpas, tais como: "Não tenho tempo; meu horário está saturado", "A
estrutura da igreja não permite; não tenho material disponível; não sou suficiente
qualificado" Se uma pessoa resolve discipular só porque sua igreja inicia um
programa de discipulado, tão logo o programa desvanece, a vontade de fazer
discípulos também desaparece.

Mas agora pare e pense: seu chefe lhe dá uma ordem: "Tire essa mesa daqui e
coloque ali". Você ganha um salário e ele é seu chefe, o que irá dizer? “Dá muito
Trabalho". É isso que fará? Não pois a legislação não permite e também você pode
perder o emprego. Lembre que de a ordem do mestre é "Fazei discípulos"

2. Ensino Teórico

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O ponto chave para o discipulado é o ensino, Jesus trabalhou doze homens

durante três anos e meio, explicando cada ponto importante da missão, passando a
mesma visão para os doze sobre o reino de Deus, tornando-os fortes e capacitados
para dar continuidade na obra de Deus. Transmitindo a visão de que o alvo da
igreja é, trazer as pessoas incrédulas que estão fora do relacionamento com Deus e
levá-las, até o ponto em que se tornam discípulos, amadurecidos em Jesus Cristo.
Fazer discípulo nesse sentido significa pegar um incrédulo, começar a ensinar a
palavra a ele e continuar ensinando depois que se converteu, durante sua vida
inteira.

Temos que fazer um tipo de transmissão de mensagem que chegue a todas as

criaturas sem exceção, que seja capaz de atingir com sua simplicidade evangélica
qualquer indivíduo de qualquer posição ou classe, por que a palavra de Deus é
efetivamente o poder de Deus para transformação de todo aquele que crê.

Nós precisamos nessa tarefa diária ser criativos; temos que descobrir, sob a
direção de Deus, meios, fórmulas de acertar. Trabalhar as doutrinas básicas do
evangelho tais como a justificação, imputação, redenção, regeneração, graça,
salvação, adoção e substituição.

3. Ensino Prático.

Em discipulado é necessário você abrir o coração; não é só passar material de

sua cabeça para a dele, é mais do que isso, é coração para coração, vida para vida;
você precisa mostrar para o indivíduo.

Por exemplo, se você fala sobre relacionamento com a esposa, você pode
ensinar, mas ele aprenderá muito mais, tendo a sua própria vida como exemplo.
Discipulado é mais do ensino teórico, é vida cristã. Mas se o discípulo cair
violentamente, a primeira coisa que deve fazer, é ir e dar a mão a ele. É ali agora
que ele necessita de você, que o está discipulando, mais do que qualquer outra
coisa. Ele não precisa de você com o dedo apontado dizendo: Mas você, hein!
Fazendo um papelão desse!

Mas simplesmente com aquele amor cristão, aceitando-o e dizendo: Vamos

continuar!

O ensino de Jesus funcionou por que ele era dedicado no ensino tanto teórico
como prático era olho no olho; corpo a corpo Jesus não perdia a oportunidade de
ensinar, mostrou a Pedro como andar sobre as águas e mesmo quando este caiu
estava lá para ajudá-lo a se levantar.

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 Evangelismo e Discipulado

Quando os discípulos demonstravam falta de amor, enxotando aqueles que se

dirigiam ao mestre em desespero, Jesus mostrava-lhes a misericórdia.

Quando discutiam sobre quem seria maior no reino dos céus, Jesus lava-lhes
os pés e mostrava na prática que grande era aquele que se colocasse na posição de
servo, quando fugiram ante a fúria da multidão com varapaus para perseguí-los
Jesus mostrava como enfrentar a morte de cabeça erguida.

Esses ensinos criaram valores tão permanentes nos discípulos que se

tornaram homens dos quais o mundo não era digno deles a igreja cresceu
assustadoramente por que assimilaram a idéia do discipulado.

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