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BIODIVERSIDADE DO PARCÃO DE NOVO HAMBURGO:

TECNOLOGIAS EM PROL DA PRESERVAÇÃO

Juliana Maria Ebert


juliana.ebert@gmail.com

Eugênia Antunes Dias


eugeniaad@gmail.com

Mariza Dias da Rosa


mariza.dr2011@hotmail.com

Resumo: No processo de produção do conhecimento para a formação da cidadania comprometida com a causa
ambiental, a utilização das tecnologias de informação e comunicação tem se mostrado meios eficazes para a
motivação dos alunos na produção e transmissão de uma mensagem potente para gerar uma mudança de
comportamento em prol da preservação. O objetivo do Projeto de Educação Ambiental objeto desta reflexão,
visou a motivação dos alunos agentes ambientais de uma escola de Novo Hamburgo/RS, na utilização das novas
tecnologias para a elaboração e produção de vídeo e fotolog como meios para retratar a biodiversidade do Parque
Municipal Henrique Luis Roessler - Parcão, Área de Relevante Interesse Ecológico e de uso comum da
comunidade hamburguense, como forma de democratização do acesso à informação ambiental e sensibilização
dos agentes e da comunidade local para a proteção do mesmo. Através da pedagogia investigativa os agentes
obtiveram informações em pesquisas na internet e in loco, registrando-as através da fotografia, do vídeo e
questionários aplicado aos servidores do Parque. Produziram o material por meio do fotolog e software próprio
para vídeos, para divulga-lo na internet. Através dos dados obtidos na observação-participante e relatos dos
agentes, verificou-se a motivação e compromisso destes em produzir material midiático visando à divulgação e
proteção do Parcão. O projeto promoveu igualmente a interação entre os sujeitos, experiência na utilização de
mídias e credenciou-os como multiplicadores do conhecimento produzido, contribuindo na formação da
cidadania ambiental.

Palavras-chave: Mídias, Educação Ambiental, Acesso à Informação Ambiental, Motivação, Cidadania


Ambiental.

Abstract: In the process of production of knowledge for the formation of citizenship committed to the
environmental cause, the use of information and communication technologies have been shown to be an
effective means for the motivation of the students in the production and transmission of a potent message to
generate a change in behavior for the sake of preservation. The goal of the Environmental education project
object of this reflection, aimed at motivating students environmental agents of a school of Novo Hamburgo/RS,
in the use of new technologies for the development and production of video and fotolog as means to portray the
biodiversity of Parque Municipal Henrique Luis Roessler-Parcão, Relevant ecological interest area and common
usage of the community hamburguenseas a form of democratization of access to environmental information and
awareness of the agents and the local community for the protection of the same. Through investigative agents
pedagogy obtained information in internet searches and spot, registering them through photography, video and
questionnaires applied to the servers of the Park. Produced the material through the fotolog and proprietary
software to videos, to publish it on the internet. Through the data obtained in the observation end and agents '
reports, it was found the motivation and commitment of these in producing media material aimed at
disseminating and protecting the Parcão. The project also promoted interaction between the subjects, experience
in the use of media and accredited them as multipliers of knowledge produced, contributing to the formation of
environmental citizenship
Keywords: technology, environmental education, Access to environmental information, Motivation,
Environmental Citizenship.

1 Considerações iniciais

Criar histórias faz parte da cultura gaúcha e o hábito de contá-las e ouvi-las tem
inúmeros significados. Produzi-las em forma de vídeo e de álbum digital, enriquece e ilustra o
trabalho que se pretende apresentar para esta reflexão.
Partindo dessas premissas, buscou-se um tema atual, de grande evidência e muito
importante para toda a comunidade hamburguense, qual seja a proteção do Parque Municipal
Henrique Luis Roessler – Parcão, um pedaço da Mata Atlântica1 e a maior área verde urbana
do município de Novo Hamburgo, no Estado do Rio Grande do Sul (RS) e considerada de
relevante interesse ecológico.
Em busca de um ambiente ecologicamente equilibrado, garantido pelo artigo 225 da
Constituição Federal (CF/88)2, ações e atividades3 de Educação Ambiental têm sido criadas
por alunos da Federação de Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo
(Feevale) em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMAM), juntamente
com os servidores do Parque, com o intuito de sensibilizar a sociedade hamburguense para os
riscos da degradação, e assim, incentivar a adoção de posturas que defendam a referida área.

A expansão da consciência ambiental se dá na exata proporção em que percebemos


meio ambiente como algo que começa dentro de cada um de nós, alcançando tudo o
que nos cerca e as relações que estabelecemos com o universo. Trata-se de um
assunto tão rico e vasto que suas ramificações atingem de forma transversal todas as
áreas do conhecimento. (TRIGUEIRO, 2005, p 13.)

Essa sensibilização é parte do caminho a ser trilhado para que a proteção do Parque
seja efetivamente assegurada e para que haja a compreensão de que a busca pelo ambiente
ecologicamente equilibrado depende, não somente de uma mudança de atitude, mas, também,

1
O município de Novo Hamburgo tinha 58% do seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje restam somente
8% (SOS MATA ATÂNTICA E INPE, 2008). Fonte: http://mapas.sosma.org.br/
2
Segundo o artigo 225 da Constituição Federal, promulgada em 1988: ―Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações‖. O
parágrafo primeiro deste artigo define que ―para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
(...) VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente.”.
3
Trilhas no Parcão com os Guias; palestras de sensibilização sobre os cuidados com o Parque desenvolvidas
com os estudantes da FEEVALE; distribuição de mudas de árvores e plantas à toda a comunidade, por exemplo.
de uma transformação social e cultural. Uma das principais alavancas para o cuidado
ambiental e, por conseqüência, da área protegida em questão, é a constituição de espaços e
oportunidades de conscientização ecológica.
O conhecimento sobre a fauna e a flora da Mata Atlântica é importante passo para
despertar um possível interesse da sociedade na tutela desse patrimônio que é o Parcão. Aliás,
a Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional pela CF/88 (parágrafo 4º, do art. 225).
Localizado no bairro de Hamburgo Velho, na cidade de Novo Hamburgo/RS, o Parcão
apresenta uma área de 543.997,162m². A partir da década de noventa, este ambiente passou a
atender a comunidade com infraestrutura para lazer e recreação, além da sua importância
ecológica.
Porém, a nova categoria legal de Unidade de Conservação (UC), a qual classificou o
Parcão como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)4, referendada pela Divisão de
Unidades de Conservação (DUC) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA/RS), nos
termos do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), reconheceu valores
ambientais, históricos e culturais inerentes àquela área e imprescindíveis para sua preservação
e conservação.
Cabe destacar que as ARIEs estão previstas no art. 16, da Lei 9985/2000, que institui o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e que regulamentou os
incisos I, II, III e VII, do § 1o, do art. 225, da CF/88, conforme segue:

Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão,


com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como
objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o
uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de
conservação da natureza.

Com ampla área de mata nativa, vários animais habitam o Parcão, sendo a sua
manutenção um importante fator para a proteção da biodiversidade e para o desenvolvimento
de Novo Hamburgo. O Parque, além de ser área de pesquisa e estudos, é um espaço de
convivência e lazer para grupos de todas as idades, famílias, escolas e de toda a comunidade,
além de guardar uma área de Mata Atlântica, conforme referido.

4
Decreto Municipal N° 4.129, de 21 de dezembro de 2009 o qual declarou o Parque Municipal Henrique Luís
Roessler Unidade de Conservação Municipal. O art. 2° enuncia diz que é declarada Unidade de Conservação
Municipal a totalidade da área do Parque Municipal Henrique Luís Roessler, definido como Área de Relevante
Interesse Ecológico pela SEMA-RS.
O Parque está geograficamente localizado em um ponto estratégico para as aves
migratórias vindas do norte e que migram para o sul, podendo elas ali descançarem e se
alimentarem antes de prosseguirem na sua jornada mais ao sul, como o banhado do Taim,
onde se encontra outra UC, a Estação Ecológica do Taim.
Partindo deste entendimento é que se delinearam as reflexões que originaram este
projeto. Considerando a motivação despertada no processo de produção de instrumentos
tecnológicos em detrimento aos processos tradicionais de ensino, a elaboração de um vídeo de
apresentação dos problemas ambientais que ocorrem no Parcão pode ser vista como uma
tarefa compensadora e eficaz, tendo em vista a atuação e a participação intensa dos
envolvidos durante todo o projeto.
Segundo Moran (2006, p.77) as ―tecnologias são pontes‖ que espalham a informação
para o mundo de forma global e intensa. São diferentes apresentações de uma determinada
realidade ou de um tema, de ―forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica‖.
Enfim, proporcionam uma forma rápida e direta de transmitir a informação, utilizando
movimentos, cenários, sons, ―integrando o racional e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o
espaço e o tempo, o concreto e o abstrato‖.
Mediante o exposto, o grande potencial que as tecnologias oferecem são um
diferencial, um estímulo para uma mudança comportamental e, quem sabe, cultural, dos
novos formadores de opinião, tendo em vista que os instrumentos midiáticos podem servir
como um elemento desatacado para a construção da cidadania plena.
Em maior ou menor medida, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs),
fazem parte do cotidiano das crianças e adolescentes, constituindo uma linguagem já
experimentada, sendo inegável sua importância e forte concretização em todos os âmbitos da
vida social e da vida comunitária. Assim sendo, seu potencial se adéqua ao propósito de
divulgar uma informação e com isso sensibilizar para um problema existente.
Por tudo isso, no âmbito da participação da autora na Especialização em Mídias na
Educação, promovida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), em parceria com a
Universidade Aberta do Brasil (UAB), avaliou-se a necessidade de executar um projeto de
educação ambiental escolar, visando à produção de um vídeo que apresentasse não só as
belezas e problemas do Parcão, mas que também mostrasse a importância de cada cidadão
fazer a sua parte, considerando suas possibilidades, para mantê-lo. Assim, abaixo se
apresentam os objetivos do referido projeto.
Objetivos Geral

Investigar a motivação dos agentes ambientais de uma escola na produção de um


vídeo e de álbum digital (fotolog) sobre a biodiversidade do Parque Henrique Luis Roessler –
Parcão, de Novo Hamburgo/RS, visando à sensibilização para a proteção desta Área de
Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e de uso comum de toda a comunidade.

Objetivos Específicos

- Divulgar a biodiversidade do Parcão de Novo Hamburgo, para sensibilizar sua


valorização;
- Proporcionar experiências nas técnicas de registro fotográfico, filmográfico e de
entrevistas;
- Dominar os programas de informática necessários para a produção do vídeo e do
fotolog;
- Promover a interação e troca de experiências entre os sujeitos envolvidos.

2 Mídias na Educação Ambiental: potencialidades para o enfrentamento da degradação


da Natureza

Nos primórdios, a relação do homem com a natureza se dava, principalmente, com a


finalidade de sobrevivência. Contudo, com o processo histórico de instalação do modelo
capitalista de produção e consumo, diversos problemas ambientais passaram a existir e outros
a se intensificar em decorrência da ação antrópica5.
Nesse sentido, o desequilíbrio ambiental verificado hoje no planeta é decorrente do
desenvolvimento industrial, acompanhado do crescimento da população, associado a uma
cultura majoritariamente despreocupada com os prejuízos irremediáveis causados ao
ambiente.
A necessidade de projetos em Educação Ambiental se faz urgente tendo em vista a
atual e a projetada escassez de recursos naturais, tendo em vista o cenário acima descrito,
forçando, mais do que nunca, o homem a procurar viver em equilíbrio com a natureza,

5
Tem-se a clareza de que nem toda a humanidade degrada a natureza da mesma forma, com a mesma
consciência e com os mesmos objetivos. A ação antrópica degradante advém, destacadamente, dos grupos
sociais que possuem maior acesso à riqueza produzida pela transformação da natureza.
retirando da mesma somente o necessário para a manutenção de sua existência e na medida da
capacidade de auto-regeneração dos ecossistemas. Não basta somente que se respeite a
natureza, mas também é importante que se identifiquem e se enfrentem os problemas
ambientais existentes.
A contribuição da escola para o enfrentamento da degradação da natureza,
promovendo a sensibilização para a causa, pode se dar através da propositura de projetos de
Educação Ambiental comprometidos com o ―desenvolvimento de capacidades que permitam‖
conhecer e intervir em tal realidade e, assim, colaborar para a sua reversão (BRASIL, 1998, p.
69b).
O documento Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o terceiro e quarto ciclos
do ensino fundamental, prevê, dentre os objetivos do ensino fundamental, que o sujeito seja
capaz de:

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,


identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para
a melhoria do meio ambiente. (BRASIL, 1998c, p.55)

Somando ao exposto, projetos escolares que possibilitem o desenvolvimento da


autonomia, favorecem a sensibilização para agir no enfrentamento da degradação ambiental.
Esse é um dos pontos comuns de trabalho na comunidade escolar que faz parte do currículo:

O desenvolvimento da autonomia como princípio educativo considera a atuação do


aluno, valoriza suas experiências prévias, buscando essencialmente a passagem
progressiva de situações em que o é dirigido por outras pessoas, a situações dirigidas
pelo próprio aluno. A autonomia refere-se à capacidade de saber fazer escolhas e de
posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente
de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas,
governar-se, participar da gestão de ações coletivas, estabelecer critérios e eleger
princípios éticos etc. (BRASIL, 1998b, p. 89-90).

Entretanto, não é um processo fácil e nem tão pouco rápido, já que nem todas as
pessoas6 percebem-se ou têm sensibilidade de que elas mesmas possam estar prejudicando o
ambiente e, dessa forma, a si mesmas, jogando lixo no Parcão ou cortando uma árvore, por
exemplo, e, muitas vezes, não veem motivos para se preocupar.
Por isso, o projeto em análise, consubstanciado na produção de um vídeo e fotolog,
pretendeu ser capaz de, imediatamente, conscientizar e incentivar os seus sujeitos diretos e,

6
Evidentemente a contribuição para a degradação ambiental varia em grau e escala, dependendo da capacidade
de cada indivíduo ou grupo causarem tais impactos negativos. Assim como o ônus desta degradação também não
é distribuído de forma igualitária.
indiretamente, toda a comunidade hamburguense, na tentativa de buscar soluções para usos
inapropriados do Parcão.

2.1 Mídias e Educação Ambiental: promovendo a sensibilização ecológica

Atualmente a influência da mídia na vida de todas as pessoas é constante, inclusive na


comunidade escolar. A pesquisa, que antes se dava exclusivamente nos livros, jornais e
materiais impressos, além da pesquisa de campo, agora se dá, principalmente na internet, com
a utilização de um computador ou iPad, ou até mesmo no aparelho celular.

A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e
pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta
se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os
alunos. Mais que a tecnologia o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a
capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de
confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua.
(MORAN, 2009b)

As mídias fazem parte da vida da maioria das pessoas desde o nascimento, eternizando
tal momento através de uma foto ou vídeo, ou no registro do desenvolvimento da criança
durante os primeiros meses, e até mesmo em ocasiões festivas, como os aniversários.
Moran considera que parte da educação e do desenvolvimento dos alunos advém dos
veículos de comunicação, principalmente da televisão, justamente pela atração e sedução que
ela exerce sobre as pessoas. ―Não se trata de opor os meios de comunicação às técnicas
convencionais de educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um
processo completo, rico, estimulante.‖ (MORAN, 2007, p. 162-166).
Libâneo (2005, p. 18) e Paulo Freire (1996, p. 14) tratam a Pedagogia como um
aprendizado através da prática educativa, da pesquisa e da investigação, que pode ser
potencializada através da introdução das mídias, posto que valoriza experiências
extraescolares. Freire intensifica a importância do respeito à educação, ao educador e ao
educando, dizendo que:

esta vocação que ela tem, como ação especificamente humana, de ―endereçar-se‖ até
sonhos, ideais, utopias e objetivos, que se acha o que venho chamando politicidade
da educação. [....] O que devo pretender não é a neutralidade da educação mas o
respeito, a toda prova, aos educandos, aos educadores e às educadoras. (FREIRE,
1996, p.42)
A pedagogia investigativa fez parte deste projeto como metodologia, uma vez que a
base do conhecimento sobre a biodiversidade do Parcão se deu através de pesquisas. Já a
prática educativa que acompanha a teoria, é formulada com embasamento pedagógico,
conforme afirmação de Libâneo (2002, p. 18).

A pedagogia constitui-se como campo de investigação específico cuja fonte é a


própria prática educativa e os aportes teóricos providos pelas demais ciências da
educação e cuja tarefa é o entendimento global e intencionalmente dirigido dos
problemas educativos. [....] Compõe o conjunto das ciências da educação, mas se
destaca delas por assegurar a unidade e dar sentido à contribuição das demais
ciências, já que lhe cabe o enfoque globalizante e unitário do fenômeno educativo.
Não se trata de requerer à pedagogia exclusividade no tratamento científico da
educação; quer-se, no entanto, reter sua peculiaridade em responsabilizar-se pela
reflexão problematizadora e unificadora dos problemas educativos, para além dos
aportes parcializados das demais ciências da educação. Nossa posição é de que a
multiplicidade de enfoques e análises que caracteriza o fenômeno educativo não
torna desnecessária a pedagogia, antes ressalta seu campo próprio de investigação
para clarificar seu objeto, seu sistema de conceitos e sua metodologia de
investigação, para daí poder apropriar-se da contribuição específica das demais
ciências.

Com a afirmação de que a conservação da diversidade biológica é uma preocupação


comum à humanidade, Washington Novaes coloca uma preocupação real com o meio
ambiente. Segundo o autor ―Só uma sociedade bem informada a respeito da riqueza, do valor
e da importância da biodiversidade é capaz de preservá-la.‖ (NOVAES, 1992).
Tal tarefa de informação para a ação pode ser potencializada quando se faz uso dos
diversos recursos tecnológicos disponíveis para tratar do tema socioambiental. Neste sentido,
Trigueiro (2005) compreende a sensibilização ambiental como uma mudança que parte do
indivíduo na exata proporção em que esse se percebe como parte do ambiente, como tudo o
que cerca o ser humano e as suas relações com o universo.
Para Moran (2007, p.162 - 166):

A escola precisa exercitar as novas linguagens, que sensibilizam e motivam os


alunos, e também combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, de
entrevista gravada, propondo formatos atuais como um programa de rádio, uma
reportagem para um jornal, um vídeo, onde for possível. A motivação dos alunos
aumenta significativamente quando realizam pesquisas, onde se possam expressar
em formato e códigos mais próximos da sua sensibilidade. Mesmo uma pesquisa
escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire uma nova dimensão e,
fundamentalmente, não muda a proposta inicial.

Portanto, aliando as mídias à Educação Ambiental, o Projeto Escolar retratado visou à


sensibilização dos agentes ambientais da escola referida para as questões de preservação do
Parcão. Compreendeu-se que essa sensibilização é motivada com a produção de um vídeo
retratando a biodiversidade do referido local, a qual se divide entre mata nativa e área de
lazer, e alertando para os cuidados que se deve ter para preservar esta ARIE de uso comum.
Como os agentes ambientais têm a função de multiplicadores, estão encarregados de
transmitirem toda a informação adquirida na execução do projeto escolar referido,
sensibilizando a comunidade para a questão ambiental que envolve o Parque Municipal
Henrique Luis Roessler.

3 Metodologia de execução do Projeto Escolar

O projeto escolar executado com vistas a verificar o potencial motivador das mídias no
processo de sensibilização dos agentes ambientais da escola acerca da proteção do Parque
Municipal Henrique Luis Roessler, foi desenvolvido através da pedagogia investigativa.
Teve como sujeitos diretamente envolvidos um grupo de quinze alunos agentes
ambientais de escola pública, localizada em Novo Hamburgo/RS, com idades entre nove e
doze anos e a pesquisadora, autora desta reflexão e responsável pela elaboração e
implementação do projeto.
O projeto iniciou no dia 13 de março de 2013 com a realização da Etapa 1, quando os
agentes ambientais, durante a aula semanal sobre o meio ambiente, atividade regular
promovida pela escola para os mesmos, realizaram uma pesquisa na internet, no laboratório
de informática, para buscar informações sobre o Parcão, tais como: sua importância no
contexto ambiental, para o município e para sociedade hamburguense; sua localização;
número de funcionários e atribuições, por exemplo.
Em seguida, os próprios agentes elaboraram um questionário, o qual foi aplicado
durante visita pré-agendada (Etapa 2) e cujas questões orbitaram em torno dos seguintes
temas:
- Importância do Parcão para o município;
- Importância da preservação da natureza;
- Usos inadequados do Parcão;
- A biodiversidade do Parcão.
A Etapa 2, realizada no dia 23 de março de 2013, compreendeu uma visita ao Parcão
para reconhecimento do local (pesquisa de campo) acompanhada de palestra proferida pela
Guia e pelo Coordenador do Parque. Após a palestra, os alunos os entrevistaram, com base
nas perguntas elaboradas na Etapa 1. O registro das respostas foi realizado através de diário
de registro (escrito) e filmagem.
A pesquisa de campo para o reconhecimento do local foi realizada através de percurso
em trilhas existentes no Parcão, acompanhada pela Guia do mesmo. Os alunos registraram
peculiaridades do percurso mediante sua sensibilidade, através de máquinas fotográficas
próprias.
Na Etapa 3, realizada no dia 27 de março de 2013 na escola, todo o material registrado
através de fotografia, contendo a entrevista, a trilha percorrida e a captura de imagens da
fauna e da flora do Parcão, foi armazenado no computador, visando à produção de um vídeo
de 5 minutos. Para tanto, utilizou-se o software Windows Live Movie Maker, com download
gratuito na internet. Ressalva-se que os alunos já dominavam o programa, uma vez que
recebem o estímulo ao uso das tecnologias de informática e internet no cotidiano extra-
escolar.
Além do vídeo, a Etapa 4, que está em fase de conclusão, consiste na produção,
através do Fotolog, de dois álbuns digitais de fotos. Um registra todo o desenvolvimento do
projeto (making of com todos os passos da turma dos agentes ambientais que participaram das
atividades) e um álbum mostrando o Parcão através do olhar dos agentes ambientais.
A Etapa 4 do projeto compreende a divulgação do vídeo e dos dois álbuns descritos
acima e prevê:
- publicação no site da escola;
- publicação no site do Parcão;
- divulgação de matéria sobre a produção dos álbuns no jornal da escola, que circula
entre os alunos e seus familiares, bem como na comunidade onde a escola está inserida;
- divulgação dos álbuns no fotolog.
O fotolog terá o link disponibilizado em http://www.fotolog.com.br/ para a Biblioteca
Pública e escolas públicas do município de Novo Hamburgo e para o acervo do próprio
Parque Municipal Henrique Luis Roessler – Parcão.
- postagem do material no YouTube.
A investigação científica acerca da execução do projeto escolar de produção do vídeo
e do fotolog, valeu-se da abordagem qualitativa. Inicialmente, no intuito de instrumentalizar a
pesquisa, foi realizada breve revisão de literatura para estabelecer o estado da arte sobre o
tema. Os dados da pesquisa foram coletados durante todas as fases de execução, através da
técnica da observação participante. Cabe ressaltar que durante tal observação foram feitos
registros escritos e fotográficos para descrever cada momento vivenciado. Na execução do
projeto a pesquisadora dispôs-se, sempre que necessário, a mediar à produção do
conhecimento, notadamente no manuseio dos softwares ou dos equipamentos.
Os dados coletados foram sistematizados e analisados a partir de duas categorias pré-
estabelecidas a partir do referencial desenvolvido, quais sejam, a motivação e a sensibilização
para a proteção do Parcão, despertadas mediante a participação dos sujeitos no projeto
escolar.

4 Resultados e Discussão

Inicialmente, oportuno destacar que os agentes ambientais (Figura 1), sujeitos do


projeto escolar supracitado, são alunos que, por vontade própria, se inscreveram para ocupar
as vagas oferecidas pela escola, criadas em razão da saída de outros alunos que não estudam
mais na mesma, o que pode demonstrar uma preocupação já estabelecida para com a questão
ambiental.

Figura 1 – Agentes Ambientais


Fonte: acervo pessoal de Juliana Ebert, 2013.

Não obstante o exposto, durante a participação no projeto escolar foi possível detectar
que a metodologia eleita para a execução do mesmo despertou a motivação dos agentes
ambientais, não somente em razão do tema, mas notadamente por ter incentivado o
desenvolvimento da autonomia. Esta foi estimulada através da pedagogia investigativa, desde
a elaboração do questionário e das pesquisas na internet, até a realização da entrevista e
captura das imagens durante a Etapa 3, bem como na produção dos vídeos e álbuns. A
autonomia colaborou para que os sujeitos se engajassem na proposta, motivando-os e com isto
desenvolvendo um sentido de pertencimento à mesma. Neste sentido os PCNs se pronunciam:
Como no desenvolvimento de outras capacidades, a aprendizagem de determinados
procedimentos e atitudes — tais como planejar a realização de uma tarefa,
identificar formas de resolver um problema, formular boas perguntas e boas
respostas, levantar hipóteses e buscar meios de verificá-las, validar raciocínios,
resolver conflitos, cuidar da própria saúde e da de outros, colocar-se no lugar do
outro para melhor refletir sobre uma determinada situação, considerar as regras
estabelecidas — é meio para a construção da autonomia. (BRASIL, 1998, p. 90).

A inserção das mídias no projeto de Educação Ambiental igualmente colaborou para o


exposto, já que os agentes sentiram-se familiarizados com as mesmas, fazendo com que
produzissem conhecimento através de TICs que fazem parte da sua rotina extraescolar,
notadamente nas atividades de lazer. Assim, a introdução das mídias deu um caráter lúdico ao
projeto despertando a motivação.

A tecnologia deve ser utilizada na escola para ampliar as opções de ação didática,
com o objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a
postura crítica, a curiosidade, a observação e análise, a troca de idéias, de forma que
o aluno possa ter autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e
ampliando conhecimentos. A motivação é outra idéia bastante associada ao uso de
tecnologias. Sem dúvida, os alunos ficam muito motivados quando utilizam recursos
tecnológicos nas situações de aprendizagem, pois introduzem novas possibilidades
na atividade de ensino. (BRASIL, 1998, p. 156).

Em todo o desenvolvimento do projeto constatou-se que os agentes ambientais


sensibilizaram-se com a realidade do Parcão, com destaque para a proteção da fauna e da
flora. Neste sentido, durante a realização da palestra e posteriormente na aplicação do
questionário aos servidores da referida UC, os alunos foram percebendo o quanto é
importante a preservação do Parcão, despertando uma preocupação muito grande com o meio
ambiente e uma curiosidade em ver e registrar a fauna do local, principalmente os animais
nativos.

Figura 2 – Palestra de apresentação do Parcão.


Fonte: Acervo pessoal dos Agentes Ambientais, 2013.
Durante a trilha foram mostrados exemplares da flora jamais vistas pelos Agentes
antes e animais que habitam o Parque, conforme se vê em algumas das imagens captadas e
reproduzidas na Figura 3 abaixo:

Figura 3 – Exemplares da flora e fauna silvestres e doméstica (encaminhados para tratamento


de saúde) encontrados no Parcão.
Fonte: Acervo pessoal dos Agentes Ambientais, 2013.

Igualmente, durante a realização da trilha, foi possível conhecer uma das nascentes de
água lá existentes (Figura 4), bem como identificar plantas nativas e outras exóticas invasoras.

Figura 4 – Imagem de nascente (olho d’água) existente no Parcão


Fonte: Acervo pessoal dos Agentes Ambientais, 2013.

Assim, foi demonstrada a importância ambiental do Parque, uma Área de Relevante


Interesse Ecológico (ARIE) e de uso comum de toda a comunidade.
O registro das atividades como a palestra e a trilha foi realizado pelos alunos com
empolgação, pois sabiam que o projeto não terminava ali e que, partindo do registro realizado,
seria produzido um vídeo e um álbum digital.
A tecnologia como instrumento de sensibilização dos agentes ambientais foi
motivadora, o que pode ser verificado pela participação dos agentes ambientais em geral,
como a aluna 1, a qual fotografou os palestrantes e também os objetos de pesquisa que
estavam na sala de estudos, chamada de Sala Verde, com vistas a divulgar no fotolog.
Também foi o caso do aluno 2, familiarizado com informática, internet e softwares de
gravação e produção de vídeos no contexto extraescolar. Ter contato com tais recursos na
escola torna o processo de sensibilização mais motivante e familiar, uma vez que são ―novas
formas de produzir o conhecimento‖ (BRASIL, 1998, p. 136) escolar, através de meios
associados à momentos de lazer fora deste contexto.
Os agentes ambientais ficaram muito motivados em produzir um material que pudesse
ser visto na rede mundial de computadores e que o mesmo fosse o transmissor de uma
mensagem de sensibilização para com os problemas ambientais.

O papel do professor - o papel principal – é ajudar o aluno a interpretar esses dados,


a relacioná-los, a contextualizá-los. Aprender depende também do aluno, de que ele
esteja pronto, maduro, para incorporar a real significação que essa informação tem
para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação
não fizer parte do contexto pessoal- intelectual e emocional não se tornará
verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente (MORAN, 2009,
p.30).

Cabe destacar que os agentes ambientais já sabiam como produzir um vídeo e como
criar um álbum digital, o que revelou, surpreendentemente, que alunos de escola pública, de
poder aquisitivo médio/baixo, vivem esse mundo tecnológico, em maior ou menor grau.
Diante disso na sociedade tecnológica em que estamos vivendo, nos deparamos com a
aceleração dos processos de informatização e das inovações tecnológicas, acrescentadas ao
meio social, com uma abrangência e uma rapidez jamais vista.
Neste sentido, políticas públicas que possibilitem o acesso a essas tecnologias, tanto
no meio escolar, como fora dele, são extremamente importante para democratizar o acesso à
informação. Esta penetra as redes sociais e já está compartilhada com o mundo, sendo potente
forma de promover a sensibilização para a causa ambiental. ―É fundamental que a instituição
escolar integre a cultura tecnológica extraescolar dos alunos e professores ao seu cotidiano‖.
(BRASIL, 1998, p. 138).
Trabalhando com as tecnologias, os alunos desenvolvem habilidades e competências
com uma rapidez inigualável e que são de extrema importância para a formação dos futuros
profissionais no mundo atual, assim como para a formação da cidadania comprometida com a
proteção da natureza.

5 Considerações Finais

A partir da análise dos dados coletados no desenvolvimento do projeto escolar,


conclui-se que seu objetivo foi atingido, ou seja, os agentes ambientais motivaram-se a
produzir um vídeo e um álbum digital que apresentasse a biodiversidade do Parcão, com a
finalidade não somente de forjar sua consciência para evitar a degradação desta ARIE, mas,
igualmente, porque acreditaram na sua potência em sensibilizar a comunidade hamburguense
neste propósito. Percebeu-se uma dupla estimulação, ou seja, os sujeitos motivaram-se pela
utilização das mídias como metodologia e como um dos produtos finais do projeto.
Foi constatado o compromisso dos agentes ambientais empenhando-se na produção de
material midiático para mostrar o Parcão em toda a sua magnitude, sua beleza, sua
biodiversidade e seus problemas. Além da potencialidade do material produzido em estimular
a consciência ecológica para além dos sujeitos imediatamente envolvidos na sua produção, os
agentes durante o processo experimentaram a autonomia e se credenciaram como
multiplicadores do conhecimento necessário à proteção do meio ambiente, se valendo, com
destaque, da tecnologia disponível e que faz parte do seu dia-a-dia em atividades lúdicas,
conferindo este caráter também ao contexto escolar.
A ideia de trazer esses instrumentos tecnológicos para dentro da escola, para a
realização de um projeto escolar com alcance comunitário se revelou muito estimulante e de
certa forma surpreendente, pois já dominavam em grande parte essa tecnologia, mesmo sendo
alunos tão novos e com pouca experiência no assunto. A troca de conhecimentos e a pesquisa
se tornaram muito prazerosas quando se tratava de utilizarem as mídias na produção do
conhecimento, principalmente no assunto meio ambiente, promovendo uma real interação
entre os sujeitos.
Os alunos se motivaram a cumprir o papel de formadores de opinião, principalmente
quando eles assumiram o trabalho de produzirem um material tecnológico. Constatou-se que o
nível de motivação foi muito grande, havendo mais concentração por parte dos agentes
ambientais na realização das atividades, nos momentos em que foram utilizadas as tecnologias
como instrumentos de coleta de informações, durante a palestra e na captura de imagens feitas
na trilha, conforme relato do aluno 4 ao dizer que ―fazer fotos é muito bom, pois cada vez que
as olhamos, lembramos de tudo o que vivemos naquele momento. É como se estivéssemos
revivendo o momento‖ .
É oportuno dizer que parte dos objetivos foram alcançados, uma vez que o projeto
ainda encontra-se em fase de execução, tendo em vista que os encontros dos agentes
ambientais acontecem um período por semana. Projeta-se que a motivação para a manutenção
do envolvimento no projeto seja incrementada quando for dada publicidade ao material
produzido. Não obstante, com a divulgação externa ao grupo, o potencial do material em
provocar outros sujeitos à reflexão sobre a necessidade de proteção do Parcão, poderá ser
concretizado através da sensibilização da comunidade escolar, e quiçá, hamburguense.
Diante dessa realidade, concluímos, por hora, que o acesso às mídias e seu leque de
possibilidades, podem proporcionar aos alunos e à comunidade condições mais equânimes no
que diz respeito à produção do conhecimento com qualidade e comprometido com uma
cidadania ativa na melhoria das condições de vida e na proteção da natureza. As mídias são
uma realidade no cotidiano atual, presente em diversos momentos, da manhã ao findar do dia.
Devemos aproveitar as ―vantagens das tecnologias e de seus avanços, sem perder de vista a
tomada de decisão de edificar a educação no compromisso com a cidadania, compreendida
como construção histórica‖ (SILVA, 2011).
Sugere-se para as próximas pesquisas, que seja desenvolvido na escola um projeto de
criação de uma rádio, onde os alunos possam fazer a programação e entre elas, divulgarem os
projetos que estão sendo trabalhados. Essa proposta incentiva à comunidade escolar a
participar das ações que a escola está propondo de uma forma mais ativa.

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http://www.mundosustentavel.com.br/andre-trigueiro/

http://www.mundosustentavel.com.br/jornalismo-ambiental/

http://www.pampabrasil.org.br

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf

http://roessler.org.br/

http://www.washingtonnovaes.com.br/

ANEXO 1

Questionário elaborado pelos alunos durante a Etapa 1, para aplicação aos funcionários do
Parque Municipal Henrique LuisRoessler – Parcão, durante a Etapa 2.

1) Quando foi que surgiu o Parcão?


__________________________________________________________________
2) Quantos funcionários têm no Parcão?
__________________________________________________________________
3) Qual a função de cada um deles?
__________________________________________________________________
4) Quantas espécies de animais vivem aqui e quais são?
___________________________________________________________________
5) É feita a coleta seletiva de lixo no Parcão?
___________________________________________________________________
6) É usado algum tipo de produto químico? Para que?
__________________________________________________________________
7) Tem plantas carnívoras no Parcão?
___________________________________________________________________
8) É dado algum tipo de comida para os animais?
___________________________________________________________________
9) Como cuidam das tartarugas no Parcão?
___________________________________________________________________

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