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Apresentação:
Figura 1. Montagem para o experimento de colisão de esferas, mostrando a altura de lançamento, H, de onde é
solta a esfera projétil, e a altura da ponta da rampa, h, de onde é lançada a esfera alvo após a colisão.
1 Versão adaptada pelos Profs Sandro Guedes e Julio Hadler da apostila “Aplicando propagação de incertezas a um experimento de
Montagem experimental
A rampa de lançamento foi nivelada com o nível de bolha de ar, para garantir que o
lançamento das esferas fosse horizontal. A altura de lançamento, 𝐻, e a altura da ponta da
rampa, ℎ, foram medidas com uma régua milimetrada. A distância da ponta da rampa até a
margem da folha milimetrada, 𝑥0, também foi medida com a régua milimetrada. A
montagem é a mesma utilizada no experimento de lançamento de esferas (Fig. 2), inclusive
com os mesmos ajustes. Vocês podem utilizar os mesmos valores de 𝐻 e ℎ medidos naquele
experimento. O valor de 𝑥0, porém, será um pouco menor, 𝑥0 = 20,7 cm, porque a colisão
ocorre 0,8 cm à frente do ponto de onde a esfera é lançada quando não há colisão. As massas
da esfera projétil e da esfera alvo foram medidas em uma balança digital. Os valores lidos
foram respectivamente, 𝑚𝑝 = 43,624 g e 𝑚𝑎 = 43,413 g.
Para cada uma das grandezas medidas, e cujos valores estão apresentados na seção
anterior, faça a avaliação das incertezas. Considere que a precisão do instrumento de medida
é dada pelo algarismo menos significativo apresentado. Organize as incertezas obtidas, para
cada grandeza, na forma de tabelas (mesmo que só uma fonte de incerteza seja identificada) -
as tabelas devem ser construídas com base no formato da Tabela 1.
Agora, vamos fazer algumas estimativas teóricas do alcance atingido pela esfera-alvo:
𝑉0 = 2𝑔(𝐻 − ℎ)
Questão 2) Apresente as equações para as velocidades finais (logo após a colisão) da esfera
alvo 𝑉𝑎 e da esfera projétil, 𝑉𝑝 , em função da velocidade inicial 𝑉0 da esfera projétil (no final
da rampa, imediatamente antes de colidir com o alvo), da massa da esfera projétil 𝑚𝑝 e da
massa total, 𝑀, das duas esferas. Assuma que a colisão entre as esferas é frontal e elástica.
Detalhe: não é necessário apresentar a dedução das equações. Consulte livros para obter estas
relações4.
Questão 3) Usando o valor obtido para 𝑉0 (Questão 1) e os valores de massa das esferas alvo
e projétil fornecidas, calcule o valor esperado para 𝑉𝑎 e 𝑉𝑝. Propague as incertezas destas três
velocidades.
Questão 4) Como visto no experimento 1, o tempo de queda da esfera (𝑡) entre o final da
rampa e a bancada é:
𝑡 = 2ℎ/𝑔 .
A esfera alvo foi posicionada no final da rampa. A esfera projétil foi solta da altura 𝐻
e colidiu com a esfera alvo, ocasionando o lançamento horizontal desta última. O alcance da
esfera foi registrado em uma folha de papel milimetrado coberta com uma folha de papel
carbono. Depois de vários lançamentos, obteve-se a distribuição de marcas mostrada na Fig.
3 (a imagem ampliada está no Anexo A). Diferentemente do experimento de lançamento de
esferas, a folha não foi deslocada lateralmente entre lançamentos. A distribuição espacial dos
pontos mostra a dispersão real dos alcances da esfera alvo.
4
Por exemplo: Fundamentos de Física - Vol. 1, de David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker.
Figura 3. Resultado do experimento para determinação do alcance médio da esfera alvo após a colisão. Cada
marca na folha corresponde ao alcance após uma colisão. A folha não foi deslocada durante o experimento. A
menor divisão na folha é de 1 mm. As linhas mais fortes delimitam distâncias de 1 cm.
Questão 7) Para determinar o valor médio e desvio-padrão do alcance da esfera alvo, vamos
usar um método aproximado. Faça um círculo contendo a maior parte dos lançamentos. Você
pode aproximar o diâmetro desse círculo por 4σ (por quê?). Estima-se o alcance médio
pelo centro do círculo. A distância do centro do círculo à margem inferior da folha de papel
milimetrado deve ser medida e somada à distância 𝑥0. Qual o alcance médio que você
obteve? Qual o desvio padrão?
Questão 8) Há outras fontes de incertezas para o alcance médio da esfera alvo? Faça uma
tabela semelhante à Tabela 1 para esta grandeza, listando as fontes de incerteza e calculando a
incerteza combinada.
4) Análise e Discussão
Questão 10) Compare os alcances teóricos, aquele sem perdas de energia (calculado na
Questão 4) e o com perda por rotação (Questão 6) com os 2 valores experimentais: valor do
deslocamento sem colisão (experimento 1) e valor com colisão (Questão 7). Comente.
Questão 12) Além da rotação, quais outros fenômenos físicos poderiam explicar uma
eventual diferença entre as estimativas teóricas e experimentais?
Questão 13) Assista ao vídeo sobre colisões de esferas de metal com mesma massa,
disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1ZOoxyG536X_fmA1V4IBwjha3MzF_-tdH/view
E descreva, em consonância com a física que permeia os experimentos, o que acontece com
as esferas projétil e alvo antes, durante e após a colisão - quais fenômenos discutidos
anteriormente podem ser percebidos?
Bibliografia
Derby e Fuller, 1999. Reality and Theory in a Collision. The Physics Teacher, v.37, p.24-27
(disponível no Moodle).
Anexo A
5
Estamos trabalhando com a hipótese mais simples possível: Navalha de Ockham - leia sobre este
princípio: https://pt.wikipedia.org/wiki/Navalha_de_Ockham.