A. Embora produzidos por autores diferentes, ambas as gravuras têm a ver
com a maior riqueza agrícola colonial: a cana de açúcar. Examinando-as detalhadamente, explique o que elas têm em comum.
O primeiro aspecto que percebemos em comum entre as imagens são as
representações da mão-de-obra escrava, que em meio ao período colonial brasileiro era majoritariamente utilizada nas operações de produção dos engenhos de cana-de-açúcar. Nota-se que uma grande parcela dos indivíduos envolvidos na manutenção dos engenhos, e no próprio preparo do açúcar, era realizada por escravos. Ao redor reparamos algumas moradias de escravos e lavradores de cana radicados próximos aos engenhos. Outro aspecto também em comum entre as imagens é a presença da moenda, canavial, casa de purgar e atividades frequentes no mundo do açúcar que eram sempre praticadas ao ar livre.
B. A autoria dos quadros é de artistas holandeses. Explique o papel dessa
nação nos empreendimentos açucareiros no Brasil do século XVII.
A produção açucareira exigia uma complexa infraestrutura. Não tendo o capital
suficiente para o mantimento do negócio, Portugal precisou contar com o auxílio de banqueiros europeus, e entre eles se destacaram os de origem holandesa, onde os mesmos, passaram a desempenhar o papel de financiadores e intermediários no comércio da empresa açucareira lusitana. Além disso, proporcionando uma grande expansão da classe mercantil ao Brasil, e um enorme ritmo de exploração e desenvolvimento aos seus centros de produção açucareiros. Logo mais a Holanda passou a controlar diretamente a empresa açucareira no Brasil entre os séculos XVI e XVII.