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CURSO PARA GESTORES DE CEREST

Vigilância de ambientes e processos de


trabalho a visão do gestor de Cerest

Renast-BA
Maio 2021
Bases legais utilizadas na saúde do trabalhador
ARCABOUÇO DE BOLSO

Art. 200. CF

Lei 8.080/1990,
Art. 6º

Portaria
Consolidada nº 5, Portaria Estadual
ANEXO LXXIX 124/2011

Código de Saúde
do município
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CAPÍTULO II
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições,
nos termos da lei:
(...)
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
bem como as de saúde do trabalhador;
(...)
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido
o do trabalho.
Saúde do Trabalhador no SUS

A Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) define a saúde do trabalhador como


um "conjunto de atividades que se destina, através das ações de
vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores... à recuperação e a reabilitação da saúde
dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho".
 Portaria Consolidada nº 5, ANEXO LXXIX - Instrução Normativa de
Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS, na forma do Anexo a esta
Portaria, com a finalidade de definir procedimentos básicos para o
desenvolvimento das ações correspondentes (Origem: PRT MS/GM
3.120/1998)

(...) 6.2 – A intervenção (inspeção/fiscalização sanitária)


(...) 6.5 – Mapeamento de riscos
6.6 – Estudos Epidemiológicos
(...) - 7.3. – Informações relativas às atividade e aos processos
produtivos.
 Portaria Consolidada nº 3, ANEXO X - Rede Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) (Origem: PRT MS/GM
1679/2002 e 2.728/2009)

 Portaria Consolidada nº 4, Art. 6º São os seguintes os campos onde


se exercerá, nas três esferas de governo do SUS e segundo a
respectiva competência legal, a ação da vigilância sanitária: (Origem:
PRT MS/GM 1565/1994, Art. 6º)
V - Ambiente e processos de trabalho, e saúde do trabalhador;

 Portaria Consolidada nº 2, ANEXO XV - Política Nacional de Saúde


do Trabalhador e da Trabalhadora (Origem: PRT MS/GM 1823/2012)
Constituição do Estado da Bahia (Promulgada em 1989)

CAPÍTULO VIII - Do meio Ambiente


Art. 218. O direito ao ambiente saudável inclui o ambiente de trabalho,
ficando o Estado obrigado a garantir e proteger o trabalhador contra
toda e qualquer condição nociva à sua saúde física e mental.
CAPÍTULO XI - Da Saúde
Art. 238. Compete ao Sistema Único de Saúde, no Estado, além de outras
atribuições: III - desenvolver ações de saúde do trabalhador, inclusive a
normatização, fiscalização e controle dos serviços de assistência à saúde
e das condições de máquinas, equipamentos e ambiente de trabalho,
riscos e potenciais agravos à saúde, no processo de trabalho;
 Lei Estadual nº 3.982/1981 - Dispõe sobre o Subsistema de Saúde
do Estado da Bahia, aprova a legislação básica sobre promoção,
proteção e recuperação da saúde e dá outras providências.

 Portaria Estadual Sesab nº 30, de 15 de janeiro de 2021, Institui a


Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Estado da
Bahia, e foi publicada em 16 de janeiro de 2021.
Portaria Estadual nº 124/2011
Art. 1º - São atribuições do Sistema Único de Saúde quanto à Vigilância da Saúde do
Trabalhador:

II - Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo de buscar a


promoção e a proteção da saúde nos ambientes e processos de trabalho.

III – Investigar surtos e eventos de interesse à saúde dos trabalhadores, em articulação


com os demais componentes da vigilância em saúde.

VI – Utilizar recursos audiovisuais e outros


meios que possibilitem o registro das situações de
risco, das condições de trabalho e das ações
realizadas.

VII - Solicitar força policial para garantia do exercício de suas atribuições, quando
impedidos pelo empregador ou seus representantes.

VIII - Permitir a participação de representantes dos trabalhadores nas investigações dos


ambientes de trabalho, quando solicitada.
COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO DESENVOLVER AÇÕES DE VISAT

• A Lei Orgânica da Saúde ( Nº 8.080/1990) estabelece que:


“...o Município, coordenando sua atuação com a União e o Estado e as
entidades representativas dos trabalhadores desenvolverá ações,
visando à promoção, proteção, recuperação e a reabilitação dos
trabalhadores...”

do município
Atuação na área de abrangência do Cerest

“Art. 18. A organização político-administrativa da


República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.”

É imprescindível a participação do TRST dos


municípios da área de abrangência do Cerest na
inspeção, uma vez que a presença deste dar respaldo
legal da ação, sendo o responsável pela continuidade
das ações de ST no território com o apoio das demais
instâncias da Renast-Ba.
CONCEITO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR NO SUS

A VISAT “...é uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no


sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores
determinantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e
ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológico, social,
organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar
e avaliar intervenções sobre estes aspectos, de forma a eliminá-los e
. controlá-los.”

Portaria consolidada nº 05 Anexo LXXIX ( origem: Portaria MS nº 3.120/1998)


Objetivos da VISAT

“Conhecer a realidade de saúde da população trabalhadora;


avaliar o processo, o ambiente e as condições em que o
trabalho se realiza; identificar os riscos e as cargas de trabalho,
nos seus aspectos tecnológicos, ergonômicos e
.
organizacionais...”
VIGILÂNCIA DOS AMBIENTES E PROCESSOS DE TRABALHO

Uma das formas de conhecer a realidade é...

... fazendo uma observação direta e analisar as condições e aspectos


em que o trabalho é realizado...

Tecnológico, social,
organizacional e
. epidemiológico.

... por isso, a vigilância de ambientes e


processos de trabalho (VAPT) ocupa um papel
fundamental nas ações de VISAT.
Objetivos da Visat

“...intervir nos fatores determinantes de agravos à saúde da


população trabalhadora, visando eliminá-los ou, atenuá-los e
controlá-los... fazendo cumprir as normas e legislações existentes,
.
nacionais ou internacionais...”
PRESSUPOSTOS DA VIGILÂNCIA DE AMBIENTES E PROCESSOS DE TRABALHO

DETECTAR PLANEJAR
MONITORAR
. CONHECER INTERVIR

(Portaria MS nº 3.120/1998)
“O Trabalhador não é
“objeto” das ações de VISAT e sim “sujeito” e beneficiário deste
processo”
Alexandre Jacobina, 2007
PÚBLICO ALVO
APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE VISAT
(Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho)

.
PRINCIPAIS ETAPAS DAS AÇÕES DE VISAT
Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho
ETAPA1 ETAPA 2 ETAPA3

Dos trabalhadores TRST do


município
articulado com o Passos para ações de
Movimentos sociais/ NRS/BRS ou vice VISAT
entidades de classe e versa. Planejamento da
Ação de VISAT
TRST articulado
Indicadores com a equipe Inspeção Sanitária
epidemiológicos e técnica da VISAU em ST
sociais , ASST, SIS da SMS
Conhecimento Encaminhamento Elaboração de
Análise e
da demanda para Atendimento da Documento Técnico
qualificação 1 demanda2
Institucionais (MPT, atendimento
MTE, universidade, Comunicação aos
dentre outras) Equipe técnica de interessados
Demanda VAPT do CEREST
recusada
Acompanhamento e
Equipe técnica de Monitoramento da
Meios de
VAPT do CESAT Ação de VISAT
comunicação
Oficializar para Ação articulada
o demandante e/ou integrada
Outros
o(s) motivo(s)
da recusa

1. Vide roteiro para análise e qualificação da demanda Legenda:


2. Vide orientações para atendimento da demanda de VISAT TRST – Técnico de Referencia de ST do NRS/BRS e ou do município (VISAU/SMS)
3. SIASUS, SIM e SINAN.

Obs.: as ações de VISAT pressupõem a participação de representações dos trabalhadores em todas as suas etapas.
ETAPA 1
Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho
DEMANDA PARA RECEBIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA DEMANDA ATENDIMENTO DA DEMANDA
AÇÃO DE VISAT

Dos trabalhadores
TRST do município
articulado com o Passos para ações de
Movimentos sociais/ NRS/BRS ou vice e VISAT
entidades de classe versa.
Planejamento da
TRST articulado Ação de VISAT
com a equipe
Indicadores técnica da VISAU Inspeção Sanitária
epidemiológicos e da SMS em ST
sociais , ASST, SIS
Conhecimento Análise e Encaminhamento Atendimento da Elaboração de
da demanda para demanda2 Documento Técnico
qualificação 1
Institucionais (MPT, atendimento
MTE, universidade, Equipe técnica de Comunicação aos
dentre outras) VISAT do CEREST interessados
Demanda
recusada
Equipe técnica de Acompanhamento e
Meios de VISAT do CESAT Monitoramento da
comunicação Ação de VISAT
Oficializar para o Ação articulada
demandante o(s) e/ou integrada
Outros motivo(s) da
recusa
ETAPA 2
Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho
DEMANDA PARA RECEBIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA DEMANDA ATENDIMENTO DA DEMANDA
AÇÃO DE VISAT

Dos trabalhadores
TRST do município
articulado com o Passos para ações de
Movimentos sociais/ NRS/BRS ou vice e VISAT
entidades de classe versa.
Planejamento da
TRST articulado Ação de VISAT
com a equipe
Indicadores técnica da VISAU Inspeção Sanitária
epidemiológicos e da SMS em ST
sociais , ASST, SIS
Conhecimento Análise e Encaminhamento Atendimento da Elaboração de
da demanda para demanda2 Documento Técnico
qualificação 1
Institucionais (MPT, atendimento
MTE, universidade, Equipe técnica de Comunicação aos
dentre outras) VISAT do CEREST interessados
Demanda
recusada
Equipe técnica de Acompanhamento e
Meios de VISAT do CESAT Monitoramento da
comunicação Ação de VISAT
Oficializar para Ação articulada
o demandante e/ou integrada
Outros o(s) motivo(s)
da recusa

Obs.: as ações de VISAT pressupõem a participação de representações dos trabalhadores em todas as suas etapas.
ETAPA 3
Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho
DEMANDA PARA RECEBIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA DEMANDA ATENDIMENTO DA DEMANDA
AÇÃO DE VISAT

Dos trabalhadores TRST do


município
articulado com o Passos para ações de
Movimentos sociais/ NRS/BRS ou vice VISAT
entidades de classe e versa.
Planejamento da
TRST articulado Ação de VISAT
com a equipe
Indicadores técnica da VISAU Inspeção Sanitária
epidemiológicos e da SMS em ST
sociais , ASST, SIS
Conhecimento Análise e Encaminhamento Atendimento da Elaboração de
da demanda para demanda2 Documento Técnico
qualificação 1
Institucionais (MPT, atendimento
MTE, universidade, Equipe técnica de Comunicação aos
dentre outras) VISAT do CEREST interessados
Demanda
recusada
Equipe técnica de Acompanhamento e
Meios de VISAT do CESAT Monitoramento da
comunicação Ação de VISAT
Oficializar para o Ação articulada
demandante o(s) e/ou integrada
Outros motivo(s) da
recusa

1. Vide roteiro para análise e qualificação da demanda Legenda:


2. Vide orientações para atendimento da demanda de VISAT TRST – Técnico de Referencia de ST (BRS/NRS/VISAU/SMS)
3. SIASUS, SIM e SINAN.

Obs.: as ações de VISAT pressupõem a participação de representações dos trabalhadores em todas as suas etapas.
DETALHAMENTO DOS PASSOS PARA ATENDIMENTO DA DEMANDA DE VISAT
Orientações Técnicas para Ações de Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho (BAHIA, 2012)

1. PLANEJAMENTO
Antes, durante e depois da vigilância dos ambientes e processos de trabalho

Definição da equipe técnica de inspeção ao estabelecimento

Participação e comunicação com as representações dos trabalhadores do seguimento do estabelecimento

Análise e revisão dos dados e informações coletadas antecipadamente

2. INSPEÇÃO SANITÁRIA DA VIGILÂNCIA DOS AMBIENTES E PROCESSOS DE TRABALHO

Obtenção de dados e informações e identificação e reconhecimento dos riscos no local inspecionado

Apresentação da equipe de Visat ao responsável pelo estabelecimento a ser inspecionado e explicação da finalidade da inspeção

Análise da documentação do estabelecimento e dos trabalhadores

Entrevista com os trabalhadores para subsidiar a identificação dos problemas existentes no processo e no ambiente de trabalho do estabelecimento

Finalização da inspeção

Emissão de documento de notificação ao estabelecimento (se necessário) e registro de ADRT no SIS (SINAN e SIM) quando identificados

3. ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO TÉCNICO DE VIGILÂNCIA DOS AMBIENTES E PROCESSOS DE TRABALHO

Descrever os processos de trabalho, fatores e situações de risco identificadas estabelecendo as medidas de prevenção e proteção

Finalização do relatório de inspeção sanitária de Visat e registro no SIASUS (01.02.02.003-5)

4. COMUNICANDO AOS INTERESSADOS AS AÇÕES DESENVOLVIDAS

Comunicação com os interessados (representações dos trabalhadores, trabalhadores, técnicos, responsável pelo estabelecimento)

Envio do documento técnico aos interessados (Sindicato de trabalhadores, estabelecimento, MPT e outros órgãos afins)

5. ACOMPANHANDO E MONITORANDO AS AÇÕES

Avaliação do cumprimento das medidas de proteção recomendadas

Definição de procedimentos administrativos requeridos

Acompanhamento dos processos administrativos


ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO PARA ATENDIMENTO DAS
DEMANDAS DE VISAT NA RENAST
Atendimento das demandas de VISAT
Inspeção Sanitária em ST

O município é sede O município é área de


de CEREST? abrangência do
CEREST?
Sim Não

Sim Não

A equipe técnica do CEREST


realiza a inspeção sanitária em O TRST realiza a inspeção
ST, buscando articulação com a sanitária em ST, buscando
VISA-SMS. articulação com a VISA da SMS.
Apoio técnico complementar: BRS/NRS Apoio técnico complementar: CEREST,
e/ou CESAT, em graus crescentes de
BRS/NRS e/ou CESAT, em graus crescentes
complexidade de complexidade

Caso seja necessário a presença de um técnico da VISA


para interdição ou outra medida coercitiva este deve O TRST e equipe da VISAU da SMS realizam a
pertencer a SMS do município de localização do inspeção sanitária em ST com o apoio técnico do
estabelecimento inspecionado ou do BRS/NRS TRST do BRS/NRS
Apoio técnico complementar: CESAT
Legenda:
TRST – Técnico de Referencia de ST (BRS/NRS/VISAU/SMS) Obs.: as ações de VISAT pressupõem a participação de representações
dos trabalhadores em todas as suas etapas.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VAPT

• Mapeamento de riscos ocupacionais;

• Análise de cumprimento de recomendações de proteção à


saúde ou de cláusulas de TAC;

• Investigação de acidente de trabalho; VAI DEFINIR


TAMBÉM O
MODELO DE
DOCUMENTO
• Apoio ao nexo causal. TÉCNICO
MAPEAMENTO DE RISCOS:

 É a técnica que permite mapear os fatores de risco dos ambientes e


processos produtivos, de forma gradual e por complexidade, à medida que
a intervenção se consolide e as mudanças vão ocorrendo, sempre com a
participação dos trabalhadores na sua elaboração e acompanhamento.

 Mapear para além dos riscos tradicionalmente reconhecidos  as


chamadas cargas de trabalho e as formas de desgaste do trabalhador.

 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da


situação de exposição dos trabalhadores aos fatores de risco, com o
objetivo de propor medidas de proteção à saúde que venham possibilitar
um ambiente de trabalho saudável.
A INSPEÇÃO SANITÁRIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
SIA-SUS PRODECIMENTO 01020200-35

É uma ação fundamental da VAPT.

Requer observação direta do processo de trabalho, entrevistas com


trabalhadores e análise de documentos.

É a ação geradora de uma intervenção de redução dos riscos à saúde


dos trabalhadores.

“Avalia-se o processo, ambiente e condições em que o trabalho se


realiza, identificando seus aspectos tecnológicos, sociais, culturais
e ambientais.”
POSTURA NAS INSPEÇÕES SANITÁRIAS
Estou poderosa, mas o
- Ouvir e observar mais que falar; estabelecimento não me
deixará entrar...
- Usar de recursos audiovisuais;
- Buscar anotar informações importantes;
- Lembrar que não é uma visita, é uma inspeção;
- Usar roupas e equipamentos adequados.

visita

inspeção
POSTURA NAS INSPEÇÕES SANITÁRIAS

E SE HOUVER IMPEDIMENTO
DE ENTRAR NO
ESTABELECIMENTO?

O QUE O COORDENADOR DEVE


FAZER?
A INSPEÇÃO SANITÁRIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
- em busca do trabalho real -

Identificação e análise dos riscos


à saúde do trabalhador e ao meio ambiente
por setor, posto de trabalho, atividade e função

“Fala” da instituição + “Fala” do trabalhador +


Observação direta

Para melhor compreensão do processo de trabalho e suas


particularidades, o mapeamento de risco deve seguir o
fluxo de produção
MAPEAMENTO DOS RISCOS OCUPACIONAIS

Em busca do trabalho REAL


Avaliação QUALITATIVA
RISCOS OCUPACIONAIS

FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS SEGURANÇA

PSICOSSOCIAIS BIOMECÂNICOS SOCIAIS AMBIENTAIS

ERGONÔMICOS
FATORES DE RISCO FÍSICO

São aqueles que têm sua origem em uma fonte ou fenômeno de natureza física
ou de um sistema físico:

• Calor
• Frio
• Ruído
• Vibração
• Umidade
• Radiação ionizante
• Radiação não ionizante
• Iluminação
• Pressões anormais
FATORES DE RISCO QUÍMICO
São aqueles cuja origem é uma fonte/substância química presente em um
processo ou ambiente de trabalho como matéria prima, produto final ou
intermediário, contaminante etc, podendo se apresentar nas seguintes formas:

• Poeiras • Fumos (metálicos,


• Gases plásticos)
• Vapores • Produtos químicos diversos
FATORES DE RISCO BIOLÓGICO

São aqueles que têm como fonte de origem organismos biológicos presentes nos
locais de trabalho:

• Vírus • Refeitório (alimentos e água


• Bactérias contaminados)
• Protozoários • Resíduos sólidos (lixo)
• Fungos • Banheiros, vestiários e bebedouros
• Animais
FATORES DE RISCO BIOMECÂNICO

São aqueles que dão origem à fadiga anátomofisiológica e musculoesquelética


em decorrência de esforços e sobrecargas requeridas para a execução de
tarefas:
• Movimentos repetitivos
• Esforço físico vigoroso

• Ritmo acelerado de trabalho


• Posições corporais forçadas ou viciosas
• Trabalho que exige postura/posição corporal
mantida por longo período
• Manuseio, levantamento, transporte manual de peso
FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAL

Decorrem de deficiências na concepção, organização e gestão do trabalho,


bem como do contexto social do trabalho. Originam desgaste psíquico e
sofrimento mental.

• Baixo controle sobre o trabalho


• Pressão de tempo
• Jornadas de trabalho excessivas
• Ritmo de trabalho acelerado
• Baixo suporte social dos colegas e das chefias
• Hierarquia acentuada / gestão autoritária no trabalho
• Trabalho monótono
• Trabalho de turno/noturno
• Remuneração por produtividade
• Número de trabalhadores insuficiente
FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE

São aqueles fatores de risco relacionados às condições de segurança dos


processos e tecnologias de trabalho, que dão origem a um acontecimento
causador de morte, lesão ou lesões traumáticas, com consequente perda ou
redução, temporária ou permanente, da capacidade física e mental para o
trabalhado:

• Condições inadequadas de: máquinas, equipamentos, ferramentas, instalações elétricas,


piso, armazenagem etc
• Materiais inflamáveis ou explosivos
• Queda de nível e em nível
• Soterramento
• Choque elétrico
• Acidentes com animais
• Atropelamento
• Manuseio das substâncias químicas com possibilidade de acidente
• Violências interpessoais no trabalho
FATORES DE RISCO SOCIAL
São aqueles que têm como fonte os elementos estruturais que determinam a
condição de vida e de trabalho e que se expressam no processo saúde/doença de
uma determinada coletividade de trabalhadores:

• Falta de saneamento
• Moradia inadequada e distante
• Desnutrição
• Transporte precário
• Falta de lazer
• Uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas
• Conflitos fundiários
• Dificuldades econômicas
• Discriminações sociais de populações em situação de vulnerabilidade
• Trabalho análogo ao de escravo; trabalho infantil
FATORES DE RISCO AMBIENTAL

São fatores ou circunstâncias que têm origem em área externa à propriedade;


podem ser fatores ou agentes químicos, físicos, biológicos, decorrentes de
impactos ambientais de processos produtivos circunvizinhos ou de outras
atividades humanas:

• Resíduos sólidos
• Efluentes líquidos
• Nuvens ácidas
• Transporte de produtos e materiais perigosos
• Ruído ambiental (energia eólica, instalações agroindustriais)
• Contaminação de solos e águas; desastres, enchentes ...
• Deriva de pulverização aérea de agrotóxicos
• Queimadas em áreas ou terrenos vizinhos
ROTEIRO UTILIZADO DURANTE A INSPEÇÃO, ANOTAÇÕES
PESSOAIS, REGISTROS FOTOGRÁFICOS SERÃO DE
FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA NA ELABORAÇÃO DO
RELATÓRIO/DOCUMENTO TÉCNICO
Para começar...

1. Estabelecer uma padronização, especialmente no


layout/apresentação: capa contendo nome da
instância/órgão responsável pela inspeção, número
do documento; dividir por tópicos (introdução,
metodologia, desenvolvimento, conclusão,
recomendações.

2. Adotar uma linguagem mais técnica, menos


coloquial, mas não precisa ser algo tão erudito nem
rebuscado.

3. Manter uma sequência lógica: procurar agrupar as


ideias e os relatos por assunto ou fator/situação de
risco analisado ou pelo setor da
empresa/estabelecimento que está sendo
inspecionado.
Informação importante:
indicador do PPA: Número
de trabalhadores
beneficiados pelas ações
de Vigilância em Saúde do
Trabalhador
Setores da Atividade
Responsável pela produção da matéria prima
Setor Representado pela agricultura, pecuária, extrativismo
Primário (vegetal, animal, mineral

Representado pela indústria (produção de máquinas e


Setor equipamentos, produção de bens de consumo, construção
Secundário civil e geração de energia)

Está diretamente ligado à prestação de serviços:


Setor comércio, serviços de saúde, transporte
Terciário
Introdução: origem da demanda
Sindicatos ou
Conselhos de
Classe

Ouvidori
a do
SUS

Denúncia Serviços de
MPT Notícias na mídia e
s Atenção e
Vigilância à outros
anônimas
ou não Saúde
Metodologia: os procedimentos para a
captação dos dados
Observação

Escuta

Entrevistas

Documentos
Roteiro Filmagem

Fotografias
Desenvolvimento
I. Descrição geral

ou

II. Dividida em tópicos:

a) Por queixa
apresentada

b) Por fatores de riscos


analisados

c) Outros

ATENÇÃO: TRABALHADOR
NÃO É COLABORADOR
Análise de Cumprimento de
Recomendações
I. Transcrição da
Cláusula

II. Situação atual:


descrição antecedida
das legendas

a) Cumprida

a) Cumprida com
ressalva

a) Não cumprida
Conclusão
Recomendações
Do constatado Do recomendado
Recomendações com base na legislação:
citações
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta
lei, um conjunto de atividades que se destina, através das
ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo:

I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho


ou portador de doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema
Será que eu posso Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e
recomendar isso? controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes
no processo de trabalho;
Que base legal eu III - participação, no âmbito de competência do Sistema
disponho? Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e
controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos
que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
Fotografias
I. As fotos podem ser colocadas ao
final do texto como anexo ou no
corpo do texto;

II. Não há necessidade de colocar


todas as fotos que foram tiradas
no local inspecionado;

III. Devem ser numeradas, de acordo


com a ordem em que a situação
retratada é descrita no texto;

IV. Devem ser citadas no texto (Foto 1


e 2)

V. Cada foto deve receber uma


legenda que especifique o que
está sendo retratado.
DT de investigação de acidente de trabalho
DT de investigação de acidente de trabalho
Conteúdo

O documento passa a descrever uma


série de situações que estavam em
desacordo às normas vigentes
Investigação de acidente de trabalho
• Fugir da visão reducionista e tendenciosa de que estes eventos possuem uma ou poucas
causas, decorrentes em sua maioria de falhas dos operadores (erro humano, ato inseguro,
comportamento fora do padrão etc, ou falhas técnicas materiais), normalmente associadas ao
descumprimento de normas e padrões de segurança;

• Ter a compreensão de que os elementos que contribuíram


para a ocorrência do AT já estavam presentes no sistema,
normalmente situadas em falhas gerenciais e em outras
condições organizacionais;

• Emitir DT caracterizando bem a rede de causalidades


levantada e com proposição de medidas de proteção.

“O acidente de trabalho é um fenômeno socialmente


determinado, previsível e prevenível, dado que os
fatores causais encontram-se presentes na situação de
trabalho muito tempo antes deste ser desencadeado”.

Ildeberto Muniz de Almeida e Maria Cecília Pereira Binder.


Combate aos Acidentes Fatais Decorrentes do Trabalho.
MTE/SIT/DSST/Fundacentro (2000)
Para onde devo enviar o
relatório/documento técnico?
A Notificação: quando notificar?

I. Para solicitar documentos: PPRA,


PCMSO, atas de reuniões da CIPA,
cópias de CAT;

II. Para solicitar dados específicos:


número de trabalhadores por sexo ,
função e setor; dados de afastamento por
doença;

III. Para solicitar outras informações


necessárias à análise da situação
investigada;

IV. Para solicitar a adoção de medidas


imediatas a fim de prevenir doenças e
agravos à saúde.
Quem assina o
Ufa!! Consegui
relatório? concluir o
relatório
Lançamentos de dados no SIA-SUS e RQ

Inspeção sanitária em saúde do trabalhador:


• Consiste em acessar a empresa/estabelecimento para avaliação das condições
de trabalho.
• Entrega de relatório não é inspeção sanitária em ST
• Mais de uma inspeção na mesma empresa para atendimento da mesma
. demanda o número de trabalhadores beneficiados não será alterado.
• Entrevista como trabalhador fora do ambiente de trabalho não é inspeção
sanitária em ST
FIM!!!

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