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APRESENTAÇÃO DE FILOSOFIA

1° PARTE:

GRUPO ESCOLHIDO: DEFESA DA DEMOCRACIA

ARGUMENTOS:
BOM... entre os dois grupos que apresentaram os argumentos, os mais coerentes e
completos foi o da defesa da democracia.
O ponto crucial que divide a Aristocracia da democracia é justamente essa
flexibilização. Ou seja, o fato de o povo poder interromper nos processos eleitorais.
Na democracia temos um muro entre a tirania e a democracia, como Alice citou, e
podemos amenizar essa situação com a educação, ou seja, a partir dos
conhecimentos adquiridos a sociedade estará formando cidadãos críticos e capaz de
se informar, Lima apontou no seu argumento, que ainda a partir dessa educação, a
população poderá atender às suas necessidades e com estas buscar o melhor
candidato para supri-las.
E sabemos que a virtude é uma coisa particular, que vai de pessoas para pessoa,
assim como Larissa argumentou, que não tem como temos certeza que aquele grupo
específico vá colocar o bem comum acima de seus próprios interesses, e ainda a
respeito dos direitos estabelecidos, Eric vem com uma observação importante, da
existência do STF e leis dos direitos humanos, que dão a população mais liberdade
para interferir no governo e contestar as suas reclamações.
É certo duas coisas: a questão da educação que é tanto discutida, cabe ter em mente
que Platão, como observou Júlia do grupo de acusação, que ele considerava a
educação como aspecto de natureza, ou seja, a natureza humana deveria
permanecer, é como se cada pessoa já nascesse com sua posição estabelecida, logo,
Platão acreditava que não se pode pegar um artesão e colocar para governar uma
pólis, isso seria incoerente, vale lembrar também que Platão formulou o campo das
ideias, onde ele diz que existem as ideias primordiais, sendo que essas ideias são
perfeitas e eternas. Uma cadeira, por exemplo, pode mudar o formato (redonda,
quadrada, 3 ou 4 pés), mas ideia cadeira sempre será a mesma: um objeto para
sentar, ou seja, antes de virmos ao mundo, já detemos de um conhecimento, e
consequentemente, as pessoas já teriam seus lugares estabelecidos. Fora que, ele
pegou como parâmetro a sociedade ateniense, onde não existiam os órgãos
reguladores, que de certa forma, distribui os poderes.
Porém, o que foi muito bem observado pelo grupo de defesa a democracia, foi
justamente a sua flexibilização, que seria arriscado concentrar o poder nas mãos de
um grupo específico, já na democracia, caso crie um ciclo vicioso, é muito mais fácil
quebrar essa corrente do que numa aristocracia, fora que essa concentração geraria
muito mais descontentamento populacional do que na democracia, já que esta dá voz
ao povo, e concede seu lugar na participação política, como pontuou Bruno, na
defesa a democracia.
Chego assim, a minha conclusão entre os dois grupos, que a democracia ganha.

2° PARTE:

Bom... ARISTOCRACIA X DEMOCRACIA... QUAL O MELHOR?


De fato, qualquer regime político pode ter alguma incoerência, da mesma forma
acontece com a aristocracia e a democracia. Platão faz críticas a esta, apesar de se
encontrar num cenário da democracia ateniense, faz observações pertinentes à
democracia contemporânea. Tenho um quadro de oposições para questionar:
Não seria mais eficaz encontrar alguém experiente para ser o líder do que votar? De
fato, colocar alguém experiente no poder, sabendo o que está fazendo é de extrema
importância, já que serão aqueles que vão liderar o país e representar o povo.
“Até votar em um líder parecia arriscado para ele, pois os eleitores eram
facilmente influenciados por características irrelevantes, como a aparência dos
candidatos. Para ele, o povo não percebia que as qualificações são necessárias
tanto para governar quanto para navegar.
Assim argumenta o autor do texto passado. Temos que concordar que faz sentido,
até porque, estamos lidando com pessoas que em sua grande maioria, não tem
acesso à educação e muito menos as informações que são decididas nos órgãos
responsáveis. Nesse parágrafo o autor questiona a influência da população, são os
chamados líderes populistas, que apenas ganham a fama de “pai dos pobres”, e no
final só fazem alguma obra para ter algum tipo de influência política e não perder
seus privilégios, então no final, nós temos um governo baseado nos interesses
pessoais, onde, as pessoas são influenciadas por momentos, e no final a situação de
pobreza e corrupção continua a mesma.
O mesmo argumento utilizamos no governo idealizado de Platão, onde o próprio
afirma:
"À medida que os ricos ficam cada vez mais ricos, quanto mais pensam em fazer
fortuna, menos pensam em virtude". À medida que a desigualdade aumenta, os
pobres sem educação vão acabar superando os ricos.
"Ele previu que os filhos de homens sábios e educados acabariam sendo
corrompidos pelo privilégio e pelo lazer, que acabariam se preocupando apenas
com a riqueza, e a aristocracia se tornaria uma oligarquia, que em grego
significa 'governo de poucos'", diz Porter.
Esses novos governantes ricos e mesquinhos ficariam obcecados em equilibrar o
orçamento. A austeridade dominaria e a desigualdade aumentaria.
Ou seja, nós temos uma Aristocracia, que é o governo dos melhores, entrando e
colapso e virando uma Oligarquia, governo dos poucos.
E AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA OLIGARQUIA SÃO PIORES DO QUE UMA
DEMOCRACIA, BASEADA NOS INTERESSE PESSOAIS?
As consequências de uma oligarquia é justamente a restrição, ou seja, nem todos
teriam o direito da participação política, tirando assim seu direito de cidadania, e se
você não tem direito a cidadania, consequentemente, você não é considerado um
cidadão. E como pode-se aceitar não participar das decisões políticas, se é
justamente o cidadão que sofre as consequências desta?
Ainda assim, posso usar este mesmo argumento para derrubar a democracia, já que,
temos lugares onde a desinformação é constante, ou até mesmo, as informações
que chegam aos ouvidos dos desinformados, podem ser falsas! São as chamadas
fake news. Atualmente, as notícias voam, e os sites, rádios, e até mesmo TV aberta,
utilizam seus meios de comunicação, para passar as informações com um cunho
opinativo! Ou seja, a notícia perde sua veracidade, já que você tem pessoas com
opiniões formadas, ou até, influenciadas, isso vai contribuir lá na frente com as
decisões populares, determinando assim, quem vai ser o escolhido, e com essa
disseminação de informações falsas, você tem a criação de um ciclo vicioso. Apesar
do sistema ser dizer democrático, a imprensa ela é censurada, ou seja, a informação
que chega para você, são apenas as que eles querem que você saiba, e ainda assim já
estão com uma opinião preformulada. Minha conclusão é que, se temos uma
restrição na Oligarquia, temos uma restrição na democracia também, todas duas
giram em volta, da falta de informação que chega ao povo referente ao governo. E
sem informação, não tem como saber quem é o mais apropriado para se votar, fora
os interesses pessoais que não garante que de fato, o escolhido cumprirá com o que
disse, disse apenas para se manter no poder.
Platão questiona mais uma vez:
Como qualquer outro regime, entraria em colapso devido às suas próprias
contradições.
A partir da aristocracia nasceria a oligarquia e desta, a democracia — e esse
"governo do povo" daria lugar a uma tirania.
Isso porque, assim como a busca cega por riqueza causa uma sede de igualdade,
"o desejo insaciável de liberdade causa uma demanda por tirania".

Basicamente, a ideia é que, uma vez que as pessoas tenham liberdade, elas querem
ainda mais liberdade.
Muitas pessoas argumentam que o lado positivo da democracia é a liberdade de
expressão, ou seja, essa flexibilização da população em poder questionar as coisas
em geral. E é isso que Platão observa, ele diz que essa liberdade gera um excesso de
liberdade, ou seja, assim como a Aristocracia ligada aos interesses pessoais, pode
virar uma Oligarquia, uma democracia pode entrar em colapso e virar uma tirania,
justamente, por proporcionar essa flexibilização.
“Se a liberdade a qualquer preço é o único objetivo, há um excesso de liberdade que
gera um excesso de facções e uma multiplicidade de perspectivas, muitas das quais
estão cegas por interesses mesquinhos. E quem quiser ser líder deve então bajular
essas facções, saciar suas paixões, e isso é terreno fértil para o tirano, que manipula
as massas para "dominar a democracia", segundo Platão.
Platão questiona também a respeito dos líderes populistas, que expliquei mais
acima, os líderes tem que fazer pela população aquilo que é seu dever e zelar pela
pátria, e não porque é pai dos pobres e fez um favor a população, ganhando assim,
forte influência política, porque conquistando esse lugar perante o olhar
populacional, então qualquer pessoa que esse líder apoiar, a população vai votar
nele, porque se o líder populista, que fez isso e aquilo pela gente, a pessoa que ele
está escolhendo vai fazer o mesmo pela gente. Aí se inicia outro ciclo vicioso, já que
o líder populista só está criando sua imagem baseado nos seus interesses pessoais
e, consequentemente, ELE VAI CRIANDO GRUPOS QUE PENSAM DA MESMA FORMA
QUE ELE! SÃO OS CHAMADOS PARTIDOS POLÍTICOS. OU SEJA, TEMOS UMA FIGURA
POPULISTA, PORÉM, ELEIÇÕES ACONTECEM, E PARA MANTER SEUS PRIVILÉGIOS E
PODER VOLTAR AO PODER NOVAMENTE, ELE VAI SUBORNAR PESSOAS QUE
QUEIRAM COMPARTILHAR SEUS MESMOS IDEIAIS. NISSO, TEMOS UM GRUPO DE
PESSOAS GOVERNANDO NOS PRÓXIMOS E PRÓXIMOS E MAIS PRÓXIMOS ANOS!
PORQUE ELAS COMPARTILHAM DE UM MESMO IDEAL, QUERENDO APENAS SACIAR
SEUS INTERESSES PESSOAIS! UM VERDADEIRO CICLO VICIOSO.
MAS PERAÍ, NÃO É ESTE O CONCEITO DE UMA ARISTOCRACIA? O GOVERNO DOS
MELHORES? ONDE UM GRUPO DE PESSOAS DOTADAS DE INTELIGÊNCIA SÃO
ESCOLHIDAS PARA GOVERNAR UM ESTADO?
Porém, temos uma diferença, ainda assim, na democracia, não temos uma pessoa
que passou a vida estudando para aquilo, que não sabem lidar com uma crise, ou
quando der uma pane no sistema, não saber lidar com uma revolução ou com uma
guerra civil, pois esteve tanto tempo, apenas ocupado em saciar seus próprios
interesses, que não tem as ferramentas necessárias para poder acabar com uma
crise, ou ao menos, acalmá-la.
MAS ENTÃO, SE TEMOS A FORMAÇÃO DE PARTIDOS, ONDE UM GRUPO DE PESSOAS
GOVERNA, QUAL VANTAGEM A DEMOCRACIA TEM NISSO?
Coloco em pauta agora, a sua flexibilização, a democracia como disse acima, ela dá
espaço para os grupos divergirem de opiniões, ou até mesmo grupos sociais que
lutam pela sua igualdade, como por exemplo, os negros, que são vítimas de
racismo, ou os LGBTQI+, que são alvos de homofobia, eles podem protestar seus
direitos e reivindicar alguma lei a seu favor. Ainda assim, Platão questiona esse
espaço, como o excesso de liberdade, que mais tarde resultará numa tirania, logo a
flexibilização que era fator positivo, vira negativo, por que é justamente esse fator
que geraria o colapso na democracia.
Ainda assim, colocando em pauta os preceitos da democracia em relação aos dá
Aristocracia, é que seguindo algumas regras e restrições, qualquer pessoa pode se
eleger a algum cargo político, com tanto que supra algumas regras, enfim....
Enquanto na Aristocracia, você tem um grupo de pessoas que estudam para isso, ou
seja, segundo Platão, o aspecto da natureza, as organizações tinham que preservar
essa natureza, cada qual em seu cada qual. A democracia ela dá espaço para outras
pessoas se elegerem, aí está o ponto positivo da flexibilização desta, onde quero
chegar é que da mesma forma que sua flexibilização pode estourar em um caos
completo, ela pode mudar o rumo do país, por exemplo, em um ano pode-se ter um
líder de esquerda liderando, em outro ano podermos ter um líder de direita, ou
seja, espaço para mudanças de opiniões.
ENFIM... PARECE UM CONCEITO BOM. PORÉM, SE TERMOS UM LÍDER DE
ESQUERDA, E COMO JÁ DISSE A EXISTÊNCIA DE PARTIDOS, ESSE LÍDER PODE
FACILMENTE SUBORNAR, ATRAVÉS DO EXCESSO DE LIBERDADE, AS PESSOAS E
PERMITIR QUE APENAS PESSOAS DE SEU CUNHO IDEAL POSSAM LIDERAR, E MESMO
QUE NO ANO SEGUINTE TENHAMOS UM LÍDER DE PARTIDO DE DIREITA, OU ELE
NÃO VAI CONSEGUIR DISSOLVER O GRUPO QUE JÁ TEM SEUS INTERESSES
FORMADOS E NA PRÓXIMA ELEIÇÃO SERÁ DEPOSTO E NÃO CONSEGUIRÁ VOLTAR,
OU ESTE VAI SER SUBORNADO E GUIADO NOVAMENTE PELOS INTERESSES
PESSOAIS. LEVANDO ASSIM, NOVAMENTE, A DEMOCRACIA AO COLAPSO.
Do mesmo jeito se é observado na Aristocracia, quem garante que este grupo
específico não vá só olhar para seus interesses pessoais? Platão trabalha com a
virtude e o aspecto da natureza, porém, ele próprio afirma que essas pessoas
poderiam ser corrompidas pelos prazeres pessoais, como já foi abordado mais
acima.
Outro ponto que acho crucial apontar, é a crítica que fazem a Aristocracia, muitos
questionam o fato desta não dar oportunidade para outras pessoas, e Platão
questiona isso pelo fato de a população ser desprovida de conhecimento e o
aspecto da natureza, já que as pessoas apropriadas para governar e que passaram a
vida estudando para isso são os filósofos e aristocratas, Platão na verdade enxerga
isso como uma forma de sucesso na liderança de um estado
“Embora a ideia de ser governado por aristocratas nos cause ruído, no fundo o
que Platão queria era uma liderança de pessoas desinteressadas em prazeres
vazios, porque assim seriam incorruptíveis e, graças à sua educação, tomariam
decisões acertadas, almejando a virtude.”
De fato, essa linha de raciocínio tem sentindo, e podemos assemelhar isto a um fato
da democracia. A constituição diz que menores de 16 anos não podem votar, e aos
16 seu voto é facultativo. Mas porque menores de 16 não podem votar? Muitos
argumentam que por serem adolescentes influenciáveis, e que nessa fase não
querem nada da vida, só namorar e se divertir, não procurando se informar sobre a
política do Brasil, quantos jovens por aí não tem nem noção do que se passa no
político do Brasil? MUITOS! Porém, temos uma contradição, os jovens menores de
16 anos, vão usar isso a seu favor, que já que eu não posso votar, pra que eu vou
querer saber da vida política do Brasil, está uma merda mesmo! Mas aí é que está,
quem garante que esses jovens vão passar a se informar da vida política apenas se o
voto for concedido a eles? Quem garante que eles não vão ser influenciados por
informações falsas ou por interesses pessoais, pensando apenas em si. O
adolescente é de momento, são poucos que pensam a longo prazo, ou seja, se a
massa de quem vota for os jovens, obviamente que o líder político, vai procurar
alguma proposta para satisfazer apenas aquele momento dos jovens, e nisso ele se
torna um líder populista e voltamos à estaca em que se cria um ciclo vicioso na
democracia e novamente seu sistema entra em colapso.
Fora a manipulação de informações, já que os jovens são facilmente influenciados,
PRINCIPALMENTE PELAS REDES SOCIAIS, quer dizer quantos jovens vão procurar
informações nas redes sociais? MUITOS! E quantos só ficam sabendo das notícias por
redes socias? Muitos também, que nem se dão ao trabalho de procurar em outras
plataformas, para comprovar a veracidade da informação. Além disso, já é arriscado
ficar sabendo pelas redes sociais, e piora ainda mais, quando você recebe essa
informação de algum famoso ou figura influenciável, pois naquele depoimento já
tem uma opinião preformulada.
Estou colocando este questionamento em pauta, porque é justamente isso que
Platão critica, ele queria pessoas inteligentes e que estudaram para isso, pessoas que
olhassem pro bem comum e não para seu próprio umbigo
E ESSA QUESTÃO NENHUM DOS GOVERNOS COMPREENDE, PELO MENOS NÃO NO
MEU VER E NOS ARGUMENTOS QUE PESQUISEI!

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