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DISCIPLINAR
MILTON JORDÃO
Aos meus dois amores, Giovanna e Jane, pela paciência e compreensão para
me permitir escrever estas breves linhas.
Milton Jordão
CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DESPORTIVA.
1. INTRODUÇÃO.
Assim, saliento, que não se pode mais ver o Direito Desportivo como
um ramo “retalhado”, cujas partes se encontram no Direito Tributário,
Trabalhista, Comercial, Civil, Penal, etc. Talvez, a única exceção seja a
Justiça Desportiva, cujos fundamentos jurídicos se encontram em código
próprio, concebido pelo Ministério do Esporte.
D’outro giro, o tempo para o esporte não se mede pela mesma baliza
do Direito. O primeiro reclama agilidade, velocidade, rapidez; enquanto, o
segundo, se pauta por maior cautela, análise delongada e pormenorizada.
4. CONCLUSÃO
Com efeito, deve ser reconhecido que a lei multicitada não faz, nem
estabelece, hierarquia entre o Ministério Público Estadual ou as Cortes
Desportivas, afinal, cuidam-se de instâncias distintas. Portanto, tem-se que
ambos são legitimados a enfrentar tais questões, cada um se valendo das
normas jurídicas que limitam sua atuação.
Nesta toada, tem-se nos artigos 211 e 213, ambos do CBJD, como
exemplos de tipos que versam também sobre a segurança e conforto do
torcedor, permitindo, enfim, que as Procuradorias se incumbam de atuar na
prevenção de tais de ofensas aos valores deduzidos na Lei n° 10.671/2003,
denunciando as entidades desportivas organizadoras do evento para que a
Corte Desportiva se manifeste.
1 – ASPECTOS JURÍDICOS-PENAIS.
2 – ASPECTOS JUSDESPORTIVOS.
Assim, como punir aquele que deseja vencer, ainda que movido por
interesses financeiros?
Afinal, não se pode negar que, atualmente, o atleta é um profissional
e vive do seu esforço pessoal para ganhar a vida. É uma tarefa árdua conjugar
o interesse econômico com os valores éticos desportivos. E, neste particular,
o doping financeiro afronta somente a pura moral e não as regras jurídicas,
vez que não há fraude ao resultado do jogo. A se considerar que o aceite
deste incentivo sirva como móvel será contraditório admitir-se como normal
o ganho de bichos ou premiações de artilheiro ou de melhor jogador
oferecidas aos atletas, seja pelo clube em que atuam ou entidades
organizadoras do esporte.
3 – CONCLUSÃO.
Com efeito, não se pode falar em pena perpétua ou sem fim, porquanto
o próprio parágrafo 3º, do multicitado artigo, impõe como limite máximo o
prazo de 180 dias. Destarte, fielmente se atende ao princípio da legalidade,
sem aviltar-se a Carta Magna de 1988 e sequer se vislumbra a hipótese de bis
in idem.
Por certo, este afastamento é medida excepcional, não pode ser tido
como regra. Somente se aplicará aos casos em que o atleta condenado atuou
deliberadamente com intenção de provocar dano em seu colega de profissão.
Quer-se dizer, queira ou preveja o resultado negativo e o admita. Atue com
dolo direto ou eventual. Some-se, ainda, a necessidade de que o resultado
obtido por sua ação seja grave o suficiente para instar o Tribunal a impor o
afastamento do condenado da atividade profissional até o regresso do atleta
vitimado aos seus treinamentos.
O tipo de jogada violenta admite que o agente atue com dolo ou culpa
- inclusive a própria redação confere certeza a esta inferência. O primeiro se
verifica na hipótese tal qual descrita acima. No segundo caso, por sua vez, o
atleta não antevê o resultado (culpa inconsciente) ou, sendo o mesmo
possível, crê que não se produzirá em virtude de suas habilidades pessoais
(culpa consciente). Em ambas as hipóteses, evidente a imprudência do atleta
em promover a jogada, que, por sua conseqüência, se revela como violenta.
3. CONCLUSÃO.
Outro aspecto a ser enfocado neste escrito, que revela acolhida dos
festejados princípios constitucionais, fugindo ao modelo adotado pelo
ordenamento jurídico pátrio, são os recursos. Um dos institutos que desperta
atenção é a existência de um triplo grau de jurisdição para determinados
casos, hipótese legal que é antiga no âmbito do direito desportivo disciplinar.
Outrossim, a mantença da reformatio in mellium e possibilidade de se repetir
a produção de provas em segundo grau são deveras relevantes.
3.– CONCLUSÃO.
Por seu turno, veja-se que a novel redação conferida ao art. 74,
respeita a autonomia da Procuradoria, quando, feita notícia de infração por
terceiro à Procuradoria, quando um dos seus procuradores entende ser o caso
de arquivamento, incumbirá o reexame ao Procurador-geral50, ou, sem
qualquer prejuízo, se o regimento interno admitir, por delegação, a outro
procurador por ele indicado.
Com efeito, o CBJD nada diz sobre isso. Ao nosso sentir, criou-se
perigosa brecha para que a célere marcha processual possa ser brecada.
Ademais, um eventual desmembramento nestas condições fere normas
fundamentais da teoria geral do processo.
(...)
Outro aspecto de apreciação relevante é a respeito da possível
tipificação da conduta descrita em súmula no artigo 258, II,
CBJD. Todavia, a reprodução das palavras do técnico feita pelo
árbitro não aduz desrespeito ao mesmo, sequer reclamação ou
reivindicação ofensiva ou desrespeitosa contra suas decisões.
Merece destaque que este parecer não foi acolhido pelo Presidente do
TJD do Futebol da Bahia, que designou outro procurador para ofertar
denúncia. Uma vez levada a conhecimento de uma das comissões
disciplinares da Corte Desportiva Baiana, decidiu-se pela absolvição do
técnico, curiosamente, com os mesmos fundamentos vazados no opinativo
supra.
Explica-se.
INTRODUÇÃO.
É o relatório.
Passo à análise.
Historicamente, pode-se afirmar que a garantia do habeas corpus
ingressou no ordenamento brasileiro em 1824, quando a então
Constituição, denominada Imperial, passou a contemplar o
direito subjetivo à liberdade. A partir de então, tal garantia
passou a constar de todas as Constituições do Brasil, sendo que,
na vigente, encontra-se prevista no artigo 5º, LXVIII, que
assegura a concessão de "habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder".
Publique-se.
CAPUTO BASTOS
Este artigo tem como título uma indagação, que ora se repete: ante a
impetração incomum estaríamos diante de um leading case ou mera
causuística?
Penso que não mais haverão impetração deste jaez. É uma mera
causuística.
DA JUSTIÇA DESPORTIVA
TÍTULO I
Capítulo I
I - ampla defesa;
II - celeridade;
III - contraditório;
XI - oralidade;
III - dar imediata ciência, por escrito, das vagas verificadas no Tribunal ao
Presidente da entidade indicante;
Capítulo III
DOS AUDITORES
Art. 11. O Presidente do Tribunal (STJD ou TJD) dará posse aos auditores do
Tribunal Pleno e das Comissões Disciplinares. (Redação dada pela Resolução
CNE no 29 de 2009).
§ 2o A comunicação a que se refere este artigo far-se-á pela mesma forma das
citações e intimações. (AC).
Art. 18. O auditor fica impedido de atuar no processo: (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 20. O auditor, sempre que entender necessário para o exercício de suas
funções, terá acesso a todas as dependências do local, seja público ou
particular, onde estiver sendo realizada qualquer competição da modalidade
do órgão judicante a que pertença, à exceção do local efetivo da disputa da
partida, prova ou equivalente, devendo ser-lhe reservado assento em setor
designado para as autoridades desportivas ou não. (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Parágrafo único. O acesso a que se refere este artigo somente será garantido
se informado pelo respectivo órgão judicante à entidade mandante da partida,
prova ou equivalente, com antecedência mínima de quarenta e oito horas.
(NR).
Capítulo IV
Art. 22. Aplica-se aos procuradores o disposto nos artigos 14, 16, 18 e 20.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo V
DA SECRETARIA
Art. 23. São atribuições da Secretaria, além das estabelecidas neste Código e
no regimento interno do respectivo Tribunal (STJD ou TJD): (Redação dada
pela Resolução CNE no 29 de 2009).
TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO E DA COMPETÊNCIA
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Capítulo II
Art. 25. Compete ao Tribunal Pleno do STJD: (Redação dada pela Resolução
CNE no 29 de 2009).
Capítulo III
Capítulo IV
Art. 27. Compete ao Tribunal Pleno de cada TJD: (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
VI - instaurar inquéritos;
Capítulo V
DOS DEFENSORES
Art. 29. Qualquer pessoa maior e capaz é livre para postular em causa própria
ou fazer-se representar por advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, observados os impedimentos legais. (Redação dada
pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 31. O STJD e o TJD, por meio das suas Presidências, deverão nomear
defensores dativos para exercer a defesa técnica de qualquer pessoa natural
ou jurídica que assim o requeira expressamente, bem como de qualquer atleta
menor de dezoito anos de idade, independentemente de requerimento.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
TÍTULO III
DO PROCESSO DESPORTIVO
Capítulo I
I - ao inquérito;
Capítulo II
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
Capítulo III
DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 36. Os atos do processo desportivo não dependem de forma determinada
senão quando este Código expressamente o exigir, reputando-se válidos os
que, realizados de outro modo, atendam à sua finalidade essencial. (Redação
dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 39. O acórdão será redigido quando requerido pela parte ou pela
Procuradoria, e deverá conter, resumidamente, relatório, fundamentação,
parte dispositiva e, quando houver, a divergência. - (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Parágrafo único. O auditor incumbido de redigir o acórdão terá o prazo de
dois dias para fazê-lo, devolvendo os autos à Secretaria. (NR).
Art. 40. As decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Desportiva devem ser
publicadas na forma da legislação desportiva, podendo, em face do princípio
da celeridade, utilizar-se de edital ou qualquer meio eletrônico, especialmente
a Internet. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo IV
DOS PRAZOS
Art. 42. Os atos relacionados ao processo desportivo serão realizados nos
prazos previstos por este Código.
Capítulo V
Art. 45. Citação é o ato processual pelo qual a pessoa natural ou jurídica é
convocada para, perante os órgãos judicantes desportivos, comparecer e
defender-se das acusações que lhe são imputadas. (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 46. Intimação é o ato processual pelo qual se dá ciência à pessoa natural
ou jurídica dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer
alguma coisa. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 50. Feita a citação, por qualquer das formas estabelecidas, o processo
terá seguimento, independentemente do comparecimento do citado. (Redação
dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 51. O intimado que deixar de cumprir a ordem expedida pelo órgão
judicante fica sujeito às cominações previstas por este Código.
Art. 51-A. Se a pessoa a ser citada ou intimada não mais estiver vinculada à
entidade a que o destinatário estiver vinculado, esta deverá tomar as
providências cabíveis para que a citação ou intimação seja tempestivamente
recebida por aquela. (Incluído pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 53. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em
que couber à parte manifestar-se nos autos e só será declarada se ficar
comprovada a inobservância ou violação dos princípios que orientam o
processo desportivo.
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Capítulo VIII
DAS PROVAS
Seção I
Art. 56. Todos os meios legais, ainda que não especificados neste Código,
são hábeis para provar a verdade dos fatos alegados no processo desportivo.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 57. A prova dos fatos alegados no processo desportivo incumbirá à parte
que a requerer, arcando esta com os eventuais custos de sua produção.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
II - alegados por uma parte e confessados pela parte contrária; III - que
gozarem da presunção de veracidade.
Art. 58. A súmula, o relatório e as demais informações prestadas pelos
membros da equipe de arbitragem, bem como as informações prestadas pelos
representantes da entidade desportiva, ou por quem lhes faça as vezes,
gozarão da presunção relativa de veracidade. (Redação dada pela Resolução
CNE no 29 de 2009).
Art. 59. A matéria de prova relativa à dopagem será regulada pela legislação
específica. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Seção II
Do Depoimento Pessoal
Art. 60. O Presidente do órgão judicante pode, a requerimento da
Procuradoria, da parte ou de terceiro interveniente, determinar o
comparecimento pessoal da parte a fim de ser interrogada sobre os fatos da
causa. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Seção III
Da Prova Documental
Seção V
Da Prova Testemunhal
Art. 63. Toda pessoa pode servir como testemunha, exceto o incapaz, o
impedido ou o suspeito, assim definidos na lei.
§ 1o A testemunha assumirá o compromisso de bem servir ao desporto, de
dizer a verdade sobre o que souber e lhe for perguntado, devendo qualificar-
se e declarar se tem parentesco ou amizade com as partes.
Seção VI
Art. 66. A produção das provas previstas no art. 65 deverá ser requerida pela
parte até o início da sessão de instrução e julgamento. (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 67. As provas referidas no art. 65, quando não houver motivo que
justifique a sua conservação no processo, poderão ser restituídas, mediante
requerimento da parte, depois de ouvida a Procuradoria, desde que
devidamente certificado nos autos.
Seção VII
Da Prova Pericial
Capítulo IX
DO REGISTRO E DA DISTRIBUIÇÃO
TÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Art. 74. Qualquer pessoa natural ou jurídica poderá apresentar por escrito
notícia de infração disciplinar desportiva à Procuradoria, desde que haja
legítimo interesse, acompanhada da prova de legitimidade. (Redação dada
pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 78-B. O regimento interno dos Tribunais (TJD ou STJD) poderá atribuir
aos Presidentes de Comissões Disciplinares os trâmites processuais
estabelecidos pelos arts. 77, 78 e 78-A. (Incluído pela Resolução CNE no 29
de 2009).
Capítulo II
DOS PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
Seção I
Do Inquérito
Art. 81. O inquérito tem por fim apurar a existência de infração disciplinar e
determinar a sua autoria, para subsequente instauração da ação cabível,
podendo ser determinado de ofício pelo Presidente do Tribunal competente
(STJD ou TJD), ou a requerimento da Procuradoria ou da parte interessada.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Seção III
I - manifestamente inepta;
Seção IV
Do Mandado de Garantia
Art. 94. A inicial será, desde logo, indeferida quando não for caso de
mandado de garantia ou quando lhe faltar algum dos requisitos previstos
neste Código.
Art. 95. Findo o prazo para as informações, com ou sem elas, o Presidente do
Tribunal (STJD
Seção V
Da Reabilitação
Art. 99. A pessoa natural que houver sofrido eliminação poderá pedir
reabilitação ao órgão judicante que lhe impôs a pena definitiva, se decorridos
mais de dois anos do trânsito em julgado da decisão, instruindo o pedido com
a documentação que julgar conveniente e, obrigatoriamente, com a prova do
pagamento dos emolumentos, com a prova do exercício de profissão ou de
atividade escolar e com a declaração de, no mínimo, três pessoas vinculadas
ao desporto, de notória idoneidade, que atestem plenamente as condições de
reabilitação. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 100. Recebido o pedido, será dada vista à Procuradoria, pelo prazo de
três dias, para emitir parecer, sendo o processo encaminhado ao Presidente do
órgão judicante, que, sorteando relator, incluirá em pauta de julgamento.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Seção VI Da Dopagem
Seção VII
Seção VIII
§2o Caso identificada nulidade, esta será declarada pelo Tribunal competente
(STJD ou TJD) e os autos serão devolvidos à entidade de administração ou de
prática desportiva. (AC).
Seção IX
Da Revisão
Art. 112. A revisão dos processos findos será admitida: I - quando a decisão
houver resultado de manifesto erro de fato ou de falsa prova; II - quando a
decisão tiver sido proferida contra literal disposição de lei ou contra a
evidência da prova; III - quando, após a decisão, se descobrirem provas da
inocência do punido ou de atenuantes relevantes. (NR).
Art. 113. A revisão é admissível até três anos após o trânsito em julgado da
decisão condenatória, mas não admite reiteração ou renovação, salvo se
fundada em novas provas.
Art. 114. Não cabe revisão da decisão que importe em exclusão de
competição, perda de pontos, de renda ou de mando de campo. (Redação
dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 115. A revisão só pode ser pedida pelo prejudicado, que deverá formulá-
la em petição escrita, desde logo instruída com as provas que a justifiquem,
nos termos do art. 112.
Art. 117. Em nenhum caso poderá ser agravada a pena imposta na decisão
revista. Art. 118. É obrigatória, nos pedidos de revisão, a intervenção da
Procuradoria.
Seção X
Do Enunciado de Súmula
Art. 119-A. O Tribunal Pleno do STJD poderá, após reiteradas decisões sobre
matéria de sua competência, editar enunciado de súmula que, a partir de sua
publicação na forma do art. 40, poderá ter efeito vinculante em relação a
todos os órgãos judicantes da respectiva modalidade, nas esferas nacional e
regional, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento. (Incluído pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo III
Art. 122. Deverá ser lavrada ata da sessão de instrução e julgamento em que
conste o essencial. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 123. Em cada processo, antes de dar a palavra ao relator, o Presidente
indagará das partes se têm provas a produzir.
Art. 125. Concluída a fase instrutória, com a produção das provas, será dado
o prazo de dez minutos, sucessivamente, à Procuradoria e cada uma das
partes, para sustentação oral.
§ 1o Se algum dos auditores pretender esclarecimento, este lhe será dado pelo
relator.
§ 2o As diligências propostas por qualquer auditor e deferidas pelo órgão
judicante, quando não puderem ser cumpridas desde logo, adiarão o
julgamento para a sessão seguinte.
Art. 128. O auditor, na oportunidade de proferir o seu voto, poderá pedir vista
do processo e, quando mais de um o fizer, a vista será comum.
Art. 129. O auditor pode usar da palavra duas vezes sobre a matéria em
julgamento.
Art. 135. Se até sessenta minutos após a hora marcada para o início da sessão
não houver auditores em número legal, o julgamento do processo será
obrigatoriamente adiado para a sessão seguinte, desde que requerido pela
parte, independentemente de nova intimação. (Redação dada pela Resolução
CNE no 29 de 2009).
TÍTULO V
DOS RECURSOS
Capítulo I
Art. 136. Das decisões dos órgãos judicantes caberá recurso nas hipóteses
previstas neste Código.
Art. 138. O recurso voluntário será protocolado perante o órgão judicante que
expediu a decisão recorrida, incumbindo ao recorrente: (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 139. Em caso de urgência o recurso poderá ser interposto por telegrama,
fac-símile, via postal ou correio eletrônico, com as cautelas devidas, devendo
ser comprovada a remessa do original no prazo de três dias, sob pena de não
ser conhecido. (Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo II
(Revogado pela Resolução CNE no 11 de 2006 e Resolução CNE no 13 de
2006).
DO RECURSO NECESSÁRIO
DO RECURSO VOLUNTÁRIO
Capítulo IV
Art. 148. Os recursos serão julgados pela instância superior, de acordo com a
competência fixada neste Código.
Capítulo IV
TÍTULO I
Art. 154. Ninguém será punido por fato que lei posterior deixe de considerar
infração disciplinar, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos da
punição.
Parágrafo único. A lei posterior que de outro modo favoreça o infrator aplica-
se ao fato não definitivamente julgado.
TÍTULO II
DA INFRAÇÃO
Art. 156. Infração disciplinar, para os efeitos deste Código, é toda ação ou
omissão antidesportiva, típica e culpável.
Art. 159. O erro quanto à pessoa contra a qual a infração é praticada não
isenta o agente de pena.
Art. 161. Não há infração quando as circunstâncias que incidem sobre o fato
são de tal ordem que impeçam que do agente se possa exigir conduta diversa.
Art. 161-A. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
naturais, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. (Incluído pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
TÍTULO III
TÍTULO V
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art. 164. Extingue-se a punibilidade:
III - pela retroatividade da norma que não mais considera o fato como
infração; (NR). IV - pela prescrição. (NR).
TÍTULO VI
DAS PENALIDADES
Capítulo I
II - multa;
V - perda de pontos;
IX - eliminação;
X - perda de renda;
XI - exclusão de campeonato ou torneio.
§ 5o A pena de advertência somente poderá ser aplicada uma vez a cada seis
meses ao mesmo infrator, quando prevista no respectivo tipo infracional.
(AC).
Art. 171. A suspensão por partida, prova ou equivalente será cumprida na
mesma competição, torneio ou campeonato em que se verificou a infração.
Art. 175. A entidade de prática punida com a perda de mando de campo fica
obrigada a disputar suas partidas, provas ou equivalentes, na mesma
competição em que ocorreu a infração.
Capítulo II
DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE
Art. 178. O órgão judicante, na fixação das penalidades entre limites mínimos
e máximos, levará em conta a gravidade da infração, a sua maior ou menor
extensão, os meios empregados, os motivos determinantes, os antecedentes
desportivos do infrator e as circunstâncias agravantes e atenuantes.
Art. 179. São circunstâncias que agravam a penalidade a ser aplicada, quando
não constituem ou qualificam a infração: I - ter sido praticada com o
concurso de outrem; II - ter sido praticada com o uso de instrumento ou
objeto lesivo; III - ter o infrator, de qualquer modo, concorrido para a prática
de infração mais grave; IV - ter causado prejuízo patrimonial ou financeiro; V
- ser o infrator membro ou auxiliar da justiça desportiva, membro ou
representante da entidade de prática desportiva; (NR).
Art. 182. As penas previstas neste Código serão reduzidas pela metade
quando a infração for cometida por atleta não-profissional ou por entidade
partícipe de competição que congregue exclusivamente atletas não-
profissionais. (Alterado pela Resolução CNE no 11 de 2006 e Resolução no
13 de 2006)
§ 3o O infrator não terá direito à redução a que se refere este artigo quando
reincidente e a infração for de extrema gravidade. (AC).
Art. 183. Quando o agente, mediante uma única ação, pratica duas ou mais
infrações, a de pena maior absorve a de pena menor.
Art. 184. Quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica
duas ou mais infrações, aplicam-se cumulativamente as penas.
TÍTULO VII
CAPÍTULO I
Capítulo II
TÍTULO VIII
Capítulo I
Capítulo I
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a 100.000,00 (cem mil reais), com
fixação de prazo para cumprimento da obrigação. (AC).
§ 1o É facultado ao órgão judicante substituir a pena de multa pela de
advertência se a infração for de pequena gravidade. (AC).
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), com
fixação de prazo para cumprimento da obrigação, podendo ser cumulada com
a interdição do local para a prática de qualquer atividade relativa à respectiva
modalidade enquanto perdurar o descumprimento. (NR).
PENA: multa de R$ 100,00 (cem reais) até R$ 1.000,00 (mil reais) por
minuto. (NR).
Art. 207. Ordenar ao atleta que não atenda à requisição ou convocação feita
por entidade de administração de desporto, para competição oficial ou
amistosa, ou que se omita, de qualquer modo.
Art. 211. Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do
evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança
para sua realização.
Capítulo II
Art. 216. Celebrar contrato de trabalho com duas ou mais entidades de prática
desportiva, por tempo de vigência sobrepostos, levados a registro. (Redação
dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
PENA: suspensão de trinta a cento e oitenta dias, podendo ser cumulada com
multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). (NR).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: (AC).
Capítulo II
Art. 221. Dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração
de inquérito ou processo na Justiça Desportiva. (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
TÍTULO IX
Capítulo I
Capítulo II
Art. 239. Deixar de praticar ato de ofício, por interesse pessoal ou para
favorecer ou prejudicar outrem ou praticá-lo, para os mesmos fins, com abuso
de poder ou excesso de autoridade.
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais),
suspensão de cento e vinte a trezentos e sessenta dias e eliminação no caso de
reincidência. (NR).
Art. 243-C. Ameaçar alguém, por palavra, escrito, gestos ou por qualquer
outro meio, a causar-lhe mal injusto ou grave. (Incluído pela Resolução CNE
no 29 de 2009).
Art. 243-F. Ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente
ao desporto.
Capítulo III
Art. 244-A. As infrações por dopagem são reguladas pela lei, pelas normas
internacionais pertinentes e, de forma complementar, pela legislação
internacional referente à respectiva modalidade esportiva. (Incluído pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo VI
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
TÍTULO X
Capítulo I
Capítulo I
Art. 281-A. Para os fins dos arts. 4o e 5o deste Código, não existindo ou, se
existindo, deixar de funcionar alguma das entidades por eles listadas, as
indicações a serem feitas por tais entidades sê-lo-ão pela respectiva entidade
de administração do desporto. (Incluído pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Parágrafo único. Caso as entidades inexistentes sejam constituídas ou as
inativas voltem a funcionar, poderão elas substituir os auditores interinos
indicados na forma deste artigo, mediante comunicação dirigida ao Presidente
do Tribunal. (Incluído pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 282. A interpretação das normas deste Código far-se-á com observância
das regras gerais de hermenêutica, visando à defesa da disciplina, da
moralidade do desporto e do espírito desportivo. (Redação dada pela
Resolução CNE no 29 de 2009).
Art. 284. Após o trânsito em julgado das decisões condenatórias, serão elas
remetidas, quando for o caso, aos respectivos órgãos de fiscalização do
exercício profissional, para as providências que entenderem necessárias.
(Redação dada pela Resolução CNE no 29 de 2009).
Capítulo II
Capítulo II
Art. 286. Este Código e suas alterações entram em vigor na data de sua
publicação, mantidas as regras anteriores aos processos em curso. (Alterado
pela Resolução CNE no 11 de 2006 e Resolução no 13 de 2006)
DISPOSIÇÕES Gerais
Art. 4o (VETADO)
CAPÍTULO II
DA TRANSPARÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO III
DO REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO
Art. 13. O torcedor tem direito a segurança nos locais onde são
realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das
partidas. (Vigência) Parágrafo único. Será assegurado acessibilidade ao
torcedor portador de deficiência ou com mobilidade reduzida.
CAPÍTULO V
DOS INGRESSOS
Art. 20. É direito do torcedor partícipe que os ingressos para as
partidas integrantes de competições profissionais sejam colocados à venda até
setenta e duas horas antes do início da partida correspondente.
CAPÍTULO VI
DO TRANSPORTE
DA ALIMENTAÇÃO E DA HIGIENE
CAPÍTULO VIII
DA RELAÇÃO COM A ARBITRAGEM ESPORTIVA
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
DAS PENALIDADES
CAPÍTULO XI-A
DOS CRIMES
(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou
invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos: (Incluído pela
Lei nº 12.299, de 2010).
CAPÍTULO XII
Art. 44. O disposto no parágrafo único do art. 13, e nos arts. 18, 22, 25
e 33 entrará em vigor após seis meses da publicação desta Lei.
4 A bem da verdade, os estudos sobre a relação entre Direito e Esporte, no Brasil, são
antigos. Convém assinalar que, em 1952, o Ministro João Lyra Filho, lançava o seu
“Introdução ao Direito Desportivo”. O mesmo autor rememora que em tempos antanhos:“o
direito desportivo remanesce dos preceitos e regras observadas na velha Grécia; leis que
foram submetidas à aprovação dos sábios da época, circunstância que revela a sua
importância e transcedência pública.” (Ob cit.p. 105).
7 Nesta perspectiva, o debate acerca do aparente conflito entre lex sportiva e lei nacional
resurge. É mister assinalar que a tão desejada autonomia plena não é somente a aplicação
de regras e estatutos das entidades esportivas, nacionais ou estrangeiras, em detrimento da
lei local; porém, a observância desta, de maneira harmônica, com aqueles (MELO FILHO,
Álvaro. Direito Desportivo – Aspectos Téoricos e Práticos, Sao Paulo: IOB Thomson,
2006, p. 28). Ademais, no caso pátrio, não se pode fugir à constatação de que o esporte, a
autonima esportiva (direito à livre associação) e a própria Justiça Desportiva estão grafados
na Constituição Federal (vide artigo 217).
8 Opto, como assinalado em nota anterior, por tratar a Justiça Desportiva instituição
vinculada a um ramo do direito desportivo, aquele que tem função disciplinar. Malgrado o
costume de muitos anos se referindo a este segmento do direito desportivo como sinônimo
de Justiça Desportiva, mister uma maior cientificização através de nomenclatura mais
adequada. O direito desportivo disciplinar não pode se confundir ou se imiscuir apenas
como “Justiça Desportiva”, esta é órgão com comptência para dizê-lo, e não sê-lo.
9 O primeiro diploma desportivo disciplina foi o Código Brasileiro do Futebol, fruto das
resoluções 45/46, do Conselho Nacional de Desportes (CND), em 1946.
11STF, AI 664567 QO/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RHC 83.181, Rel. Min. Joaquim
Barbosa
12 Treze ganha na Série C, mas CBF promote reverter decisão. Nesta sexta-feira, a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou a nova tabela da Série C, com a
inclusão do Treze. O clube paraibano conseguiu uma liminar na Justiça de sua cidade,
Campina Grande, obrigando a imediata inclusão do time na terceira divisão do
Campeonato Brasileiro. A CBF, porém, criticou duramente a atitude do Treze e promete
reverter a decisão. Com a inclusão do Treze, a Série C contará com 21 clubes, divididos em
dois grupos. O time paraibano entrou no Grupo A, ao lado de Águia de Marabá, Cuiabá,
Fortaleza, Guarany de Sobral, Icasa, Luverdense, Paysandu, Rio Branco, Salgueiro e Santa
Cruz. Já o Grupo B tem Brasiliense, Caxias, Chapecoense, Duque de Caxias, Macaé,
Madureira, Oeste, Santo André, Tupi e Vila Nova-GO.
A Série C começa neste final de semana, com quatro partidas no sábado: Santa Cruz x
Guarany de Sobral, Cuiabá x Icasa, Fortaleza x Águia de Marabá e Rio Branco x Salgueiro.
A estreia do Treze está marcada para 4 de julho, contra o Salgueiro, na próxima quarta-
feira, no interior pernambucano. No entanto, no que depender da CBF, a participação do
time paraibano na competição não deve durar muito. Em petição da Diretoria Jurídica da
entidade, publicada em seu site oficial, a CBF classificou a reivindicação do Treze como
"maliciosa e desacreditada", além de fundada "em premissas falsas que não resistem ao
contraste com a realidade", reforçando que o Treze não teria o direito, em sua avaliação, de
participar de nenhuma das quatro divisões do Brasileiro neste ano. Seguindo com as
críticas, a CBF ainda prevê "consequências trágicas" que a decisão pode trazer para o
futebol brasileiro, além de classificar a liminar que garante o Treze na Série C como um
dos "maiores absurdos já cometidos pelo Poder Judiciário brasileiro". Para concluir, a
entidade confirma que vai recorrer da decisão "pela via processual própria", o que pode
resultar em mudanças na competição a qualquer momento. Entenda o caso O Treze pleiteia
sua participação na Série C de 2012 por causa de um imbróglio envolvendo o Rio Branco,
do Acre, na competição do ano passado. O time acriano teve o seu estádio, a Arena da
Floresta, interditado pelo Ministério Público, mas recorreu da decisão na Justiça comum, o
que é proibido na instância esportiva. Por isso, o Rio Branco foi excluído da competição,
tentou recorrer, e conseguiu um acordo para não ser rebaixado. Com a possibilidade de o
Rio Branco cair para a Série D, o Treze se sentiu no direito de pleitear a vaga na terceira
divisão, já que foi eliminado nas quartas de final da quarta divisão em 2011 e assim foi o
quinto melhor time da competição - os quatro primeiros conseguiram o acesso à Série C de
2012. Uma liminar da Justiça de Campina Grande colocou o time paraibano no torneio
deste ano, a CBF conseguiu o seu deferimento ao pagar uma multa de R$ 2,488 milhões,
mas depois teve que acatar a decisão, anunciando a inclusão do Treze.( Treza ganha vaga
na Série C, mas CBF promote reverter decisão. Disponível em <
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro-serie-c/noticias/0,,OI5868156-EI20064,00-
Treze+ganha+vaga+na+Serie+C+mas+CBF+promete+reverter+decisao.html>. Acessado
em 27 set 2012.
16 Interessante notícia chega da Grécia, onde o AEK Atenas, um tradicional clube helênico,
foi rebaixado em virtude da perda de pontos em face de incidentes ocorridos em partida
que disputou. Estes consistiram em atos de violência por parte de seus torcedores que
culminaram com a interrupção de uma partida (Disponível em:
http://www.ovaciondigital.com.uy/ovacion/futbol/al-descenso-por-ocasionar-
incidentes.html , Acessado em 20 abr 2013).
17 Pelé defende mala branca, mas não acredita em ‘entregada’ do São Paulo. Disponível
em: <http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2010/11/pele-
defende-mala-branca-mas-nao-acredita-em-entregada-do-sao-paulo.html>. Acessado em 01
dez. 2010.
21Massa pode ser preso se der passagem a Alonso no GP Brasil, diz promotor. Disponível
em: <http://www1.folha.uol.com.br/esporte/825187-monica-bergamo-massa-pode-ser-
preso-se-der-passagem-a-alonso-no-gp-brasil-diz-promotor.shtml>. Acessado em 01 dez.
2010.
22 “Artifício é toda simulação ou dissimulação idônea para induzir uma pessoa em erro,
levando-a à percepção de uma falsa aparência da realidade.” (BITENCOURT, Cezar
Roberto. Tratado de Direito Penal, volume 3, parte especial, 5ª edição. São Paulo: Saraiva,
p. 232).
24“Outro meio fraudulento é uma fórmula genérica para admitir qualquer espécie de fraude
que possa enganar a vítima.” (BITENCOURT, Cezar Roberto. Ob. cit., p. 232).
28A partida foi disputada no dia 16 de novembro de 2011, válida pela 35ª rodada do
Campeonato Brasileiro de Futebol Profissional – Edição 2011.
29 Art. 253. Praticar agressão física contra o árbitro ou seus auxiliares, ou contra qualquer
outro participante do evento desportivo: PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 540
(quinhentos e quarenta) dias. § 1o. – Se da agressão resultar lesão corporal grave, a pena
será de suspensão de 240 (duzentos e quarenta) a 720 (setecentos e vinte) dias. § 2o. – Se
ultrapassado o prazo de suspensão fixado pelo Órgão Judicante, na forma do parágrafo
anterior, e o atleta agredido permanecer impossibilitado da pratica da atividade por força da
agressão sofrida, continuará o agressor suspenso até a total recuperação do agredido.
32 Art. 308. Praticar jogada violenta. Pena: suspensão de uma (1) a duas (2) partidas ou
multa de dez (10) a trinta (30) ORTNs. Parágrafo único. Se a jogada resultar lesão ao
adversário que impossibilite de prosseguir na partida, a pena será de suspensão de duas (2)
a seis (6) partidas.
34 O art. 157, do CBJD revela que existem condutas de natureza dolosa e culposa, ou seja,
estas não podem em nenhuma circunstância ser tratadas de forma comum. A primeira
sempre será tida como mais grave do que a segunda, posto que a Lex Desportiva, inspirada
no Código Penal, adotou o finalismo como modelo dogmático.
38 Oportunamente, este debate foi enfrentado por Quadros e Schmitt, quando discutiram o
aparente conflito existente entre atribuições do Poder Judiciário e a Justiça Desportiva
(QUADROS, Alexandre Hellender e SCHMITT, Paulo Marcos. Justiça Desportiva VS.
Poder Judiciário: Um conflito constitucional aparente. Revista Brasileira de Direito
Desportivo, São Paulo, n° 4, 2003, p. 175). Dessume-se do escrito que não foi desejo do
legislador constituinte arrolar a Justiça Desportiva entre órgãos próprios do Judiciário. Mas
sim, tê-la como meio de solução de conflito – não se confundindo com a arbitragem,
saliente-se, por certo, visando evitar eventual sobrecarga daquele Poder. Atualmente, esta
questão não ocupa a preocupação dos operadores do Direito, como alhures foi um dia,
posto que, além da clareza que conferiu a Constituição à matéria, a jurisprudência
sedimentou entendimento de que há independência entre as instâncias da Justiça
Desportiva e o Poder Judiciário, sendo possível somente a revisão de decisões daquela por
esta, quando esgotada por todos os meios de recursos admitidos ou ante a inércia para
apreciação de demanda, dentro do prazo constitucional de 60 (sessenta) dias.
39CARNELUTTI, Francesco. Lições sobre o Processo Penal, tomo I, Trad. Francisco José
Galvão Bruno, 1ª Ed., Campinas/SP: Bookseller, 2004, p. 221.
41 Nesse sentido era a dicção legal que fora riscada da Lei por ordem do STF: Art. 7º
(...):IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de
julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de
quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido.
42 Interessante reproduzir dispositivo do Regimento Interno do Tribunal Superior do
Trabalho – RITST- (art. 145, § 1°), que admite a possibilidade de se proceder à sustentação
oral, após prolação da conclusão do voto do relator: Art. 145. A sustentação oral será
feita de uma só vez, ainda que argüida matéria preliminar ou prejudicial, e
observará as seguintes disposições: § 1.º Ao proferir seu voto, o Relator fará
um resumo da matéria em discussão e antecipará sua conclusão, hipótese em
que poderá ocorrer a desistência da sustentação, ante a antecipação do
resultado. Havendo, porém, qualquer voto divergente daquele anunciado
pelo Relator, o Presidente voltará a facultar a palavra ao advogado
desistente. Não desistindo os advogados da sustentação, o Presidente
concederá a palavra a cada um dos representantes das partes, por dez
minutos, sucessivamente.
43 Art. 128. O auditor, na oportunidade de proferir o seu voto, poderá pedir vista do
processo e, quando mais de um o fizer, a vista será comum.
§ 1° O pedido de vista não impedirá que processo seja julgado na mesma sessão, após o
tempo concedido pelo Presidente para a vista.
§ 2° Quando a complexidade da causa assim o justificar, o auditor poderá pedir vista pelo
prazo de uma sessão, prorrogável, no máximo, por mais uma.
§ 3° Reiniciado o julgamento, prosseguir-se-á na apuração dos votos, podendo-se rever os
já proferidos; quando o reinício do julgamento se der em outra sessão, as partes e a
Procuradoria poderão proferir nova sustentação oral (NR).
44Convém ressaltar tal hipótese legal prevista no CBJD não coincide com o direito que tem
a parte de proferir nova sustentação, quando, por efeito do quorum, um julgador que não
participou da primeira sessão for proferir voto (cf. art. 162, § 3°, RISTJ; art. 131, § 9°,
RITST). O Codex Desportivo vai além e estabelece efetiva garantia ao acusado de
plenitude de defesa.
45Art. 25. Compete ao Tribunal Pleno do STJD: (...); II – julgar em grau de recurso: a) as
decisões de suas Comissões Disciplinares e dos Tribunais de Justiça Desportiva.
50 Art. 74. Qualquer pessoa natural ou jurídica poderá apresentar por escrito notícia de
infração disciplinar desportiva à Procuradoria, desde que haja legítimo interesse,
acompanhada da prova de legitimidade. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de
2009).
Parágrafo único (Revogado pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
§ 1º Incumbirá exclusivamente à Procuradoria avaliar a conveniência de promover
denúncia a partir da notícia de infração a que se refere este artigo, não se aplicando à
hipótese o procedimento do art. 78. (AC).
§ 2º Caso o procurador designado para avaliar a notícia de infração opine por seu
arquivamento, poderá o interessado requerer manifestação do Procurador-Geral, no prazo
de três dias, para reexame da matéria. (AC).
§ 3º Mantida pelo Procurador-Geral a manifestação contrária à denúncia, a notícia de
infração será arquivada. (AC).
51 § 7º A transação disciplinar desportiva a que se refere este artigo poderá ser firmada
entre Procuradoria e infrator antes ou após o oferecimento de denúncia, em qualquer fase
processual, devendo sempre ser submetida à apreciação de relator sorteado, membro do
Tribunal Pleno do TJD ou STJD competente para julgar a infração, suspendendo-se
condicionalmente o processo até o efetivo cumprimento da transação.
53§ 4º Aceita a proposta de transação disciplinar desportiva pelo autor da infração, será
submetida à apreciação de relator sorteado, que deverá ser membro do Tribunal Pleno do
TJD ou STJD competente para julgar a infração.
54 § 1º A transação disciplinar desportiva somente poderá ser admitida nos seguintes casos:
- I - de infração prevista no art. 206, excetuada a hipótese de seu § 1º; II - de infrações
previstas nos arts. 250 a 258-C; III - de infrações previstas nos arts. 259 a 273.
55 O CBJD define que são as pessoas a ele submetidas no art. 1°, § 1°.
57 Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou ética desportiva não
tipificada pelas demais regras deste Código. Pena: suspensão de uma a seis partidas, provas
ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro
da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada
por qualquer outra pessoa natural. (...) § 2° Constituem exemplos de atitudes contrárias à
disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros: (...); II -
desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra
suas decisões.
58 Cito aqui, como exemplificação, situações em que a defesa tenta, por meio de
depoimentos de colegas do atleta denunciado, desconstituir a narrativa feita pelo árbitro.
Nestes casos, são raras as decisões de Cortes Desportivas que desprestigiam a súmula em
detrimento da prova testemunhas.
60 Art. 243-F. Ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto.
61 Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não
tipificada pelas demais regras deste Código. (...) § 2° Constituem exemplos de atitudes
contrárias à disciplinar ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de
outros: I - (...); II - desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar
desrespeitosamente contra suas decisões.
64 GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Geral, 12a ed., Rio de Janeiro:
Impetus, 2012, p. 410. “A teoria monista, também conhecida como unitária, adotada pelo
nosso Código Penal, aduz que todos aqueles que concorrem para o crime incidem nas
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Para a teoria monista existe um
crime único, atribuído a todos aqueles que para ele concorreram, autores ou partícipes.
Embora o crime seja praticado por diversas pessoas, permanece único e indivisível.”
65 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral, 17a ed., São
Paulo: Saraiva, 2012, p. 539. “Deve-se ter presente que o chamado concurso necessário, na
hipótese dos crimes plurissubjetivos, que só podem ser cometidos por duas ou mais
pessoas, como bigamia, adultério, rixa, etc. (…)”.
67O Ministro Caputo Bastos é coordenador científico de um dos maiores eventos de direito
desportivo do Brasil, o Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-trabalhista do
Tribunal Superior do Trabalho, e incentivador de outros tantos.
68TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de Processo Penal Comentado, 13ª ed.,
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 517/518.
69A Constituição do Império de 1824 silencia em relação ao habeas corpus, não obstante
demandasse que a prisão atendesse a critérios objetivos, consagrando princípios como o do
juiz natural. No entanto, o mandamus é expressamente tratado no Código de Processo
Penal do Império de 1832 (Art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem
soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma
ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor). Somente com o advento da República que o
writ passa a ser inserido na Constituição Federal de 1891 (Art 72 - A Constituição assegura
a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes
à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: § 22 - Dar-se-á o
habeas corpus , sempre que o indivíduo sofrer ou se achar em iminente perigo de sofrer
violência ou coação por ilegalidade ou abuso de poder).
77 Merece destaque que, em sede de processo trabalhista, nem mesmo o mandamus seria o
instrumento legal mais adequado. Quiçá, o fluxo ordinário seria interposição de recurso de
revistae perante o TST de medidda cautelar.