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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

TRABALHO DE MECÂNICA DO SÓLIDOS I


Memorial de Cálculos

João Gabriel dos Santos Schunk


João Vitor Saggin Bordin

Porto Alegre
2021
1

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 02
2 PROBLEMA PROPOSTO.................................................................................. 03
3 RESOLUÇÃO ....................................................................................................... 04
3.1 Cálculo das Reações de Apoio ...................................................................... 04
3.2 Cálculo dos Esforços Internos....................................................................... 06
3.3 Cálculo de Tensões nos Pontos Solicitados ............................................. 07
3.3.1 Cálculo de Tensões Normais ............................................................................. 09
3.3.2 Somatório de Tensões Normais nos Pontos A’ e B’ ...................................... 12
3.3.3 Cálculo de Tensões Cisalhantes ....................................................................... 13
3.3.4 Somatório de Tensões Cisalhantes nos Pontos A’ e B’ ................................ 17
3.4 Teoria da Máxima Energia de Distorção ...................................................... 17
3.4.1 Estado de Tensões no Ponto A’ ........................................................................ 18
3.4.2 Estado de Tensões no Ponto B’ ........................................................................ 18
3.4.3 Coeficiente de Segurança no Ponto A’............................................................. 18
3.4.4 Coeficiente de Segurança no Ponto B’............................................................. 19
4 CONCLUSÃO....................................................................................................... 20
2

1 - INTRODUÇÃO

Nesse memorial de cálculo procuramos demonstrar, da maneira mais clara que


encontramos, o raciocínio utilizado para a resolução do problema. Os cálculos estão
a seguir expostos e foram desenvolvidos com base nos conhecimentos adquiridos
durante o curso de Mecânica dos Sólidos I.
3

2 – PROBLEMA PROPOSTO

Figura 1 - Problema
4

3 – RESOLUÇÃO

3.1 - Cálculo das Reações de Apoio

Figura 2 – Diagrama de Corpo Livre da Estrutura

Desenhamos o diagrama de corpo livre da estrutura em barra, substituindo


seus apoios pelas forças de reação. Para a manutenção do equilíbrio é necessário
que a soma das forças e momentos em todos os eixos da estrutura sejam iguais a
zero.

Nos mancais foram desconsideradas as reações de momentos. Essa


desconsideração é necessária para manter o número de incógnitas igual ao número
de equações de equilíbrio, dessa forma o problema permanece isostático.

Somatório de forças igual a zero:

∑ 𝐹𝑥 = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑥 + 𝐶𝑥 − 1300 = 0

∑ 𝐹𝑦 = 𝐶𝑦 + 400 = 0
5

∑ 𝐹𝑧 = 𝐴𝑧 + 𝐵𝑧 + 600 = 0

Somatório de momentos igual a zero:

∑ 𝑀𝑥 = + (𝐵𝑧 ∗ 0,6) + (𝐶𝑦 ∗ 0,4) + 350 + (600 ∗ 1,2) = 0

∑ 𝑀𝑦 = −(𝐶𝑥 ∗ 0,4) − (600 ∗ 0,6) = 0

∑ 𝑀𝑧 = −(𝐵𝑥 ∗ 0,6) − (𝐶𝑥 ∗ 1,2)+(𝐶𝑦 ∗ 0,6) + (1300 ∗ 1,2) = 0

Podemos montar um sistema linear de seis equações (as três equações de


somatório de forças e as três equações de somatório de momentos) e resolver de
forma matricial através do método da matriz inversa.

O sistema escrito de forma matricial será:

1 1 1 0 0 0 𝐴𝑥 1300
0 0 0 0 0 1 𝐵𝑥 −400
0 0 0 1 1 0 𝐶𝑥 −600
* =
0 0 0 0 0,6 0,4 𝐴𝑍 −1070
0 0 −0,4 0 0 0 𝐵𝑍 360
[0 −0,6 −1,2 0 0 0,6] [ 𝐶𝑌 ] [ 1560 ]

Utilizando o método da matriz inversa, resultado obtido será:

𝐴𝑥 = −1800 N

𝐵𝑥 = 4000 N

𝐶𝑥 = −900 N

𝐶𝑌 = −400 N

𝐴𝑍 = 916,667 N

𝐵𝑍 = −1516,667 N
6

3.2 - Cálculo dos Esforços Internos

Uma vez encontrados os valores de todas as reações de apoio, aplica-se o


método das seções no ponto da barra solicitado no problema inicial. Explicitamos as
forças internas que atuam no ponto de corte. A escolha de qual das duas partes da
barra utilizar é indiferente, optamos pela parte que contém as reações dos mancais A
e B.

Figura 3 – Diagrama de Corpo Livre no Corte

A partir do diagrama aplicam-se as equações de equilíbrio para encontrar os


esforços internos.
Somatório de forças igual a zero:

∑ 𝐹𝑥 = 𝑁 + 𝐴𝑥 + 𝐵𝑥 − 1300 = 0

𝑁 = +1800 − 4000 + 1300


𝑁 = −900 N

∑ 𝐹𝑦 = 𝑉𝑦 + 400 = 0

𝑉𝑦 = −400 N

∑ 𝐹𝑧 = 𝐴𝑧 + 𝐵𝑧 + 𝑉𝑧 = 0
7

𝑉𝑧 = −𝐴𝑧 − 𝐵𝑧
𝑉𝑧 = −916,666 − (−1516,666)
𝑉𝑧 = 600 N

Somatório de momentos igual a zero:

∑ 𝑀𝑥 = 𝑇𝑥 − (0,6𝐵𝑧) − (1,2𝐴𝑧 ) = 0

𝑇𝑥 = (0,6 ∗ (−1516,666)) + (1,2 ∗ 916,666)


𝑇𝑥 = 190 N. m

∑ 𝑀𝑦 = 𝑀𝑦 + (0,2𝐵𝑧 ) + (0,2𝐴𝑧 ) = 0

𝑀𝑦 = −(0,2 ∗ (−1516,666)) − (0,2 ∗ 916,666


𝑀𝑦 = 120 N. m

∑ 𝑀𝑧 = 𝑀𝑧 − (0,2 ∗ 400) + (0,6𝐵𝑥 ) + (1,2𝐴𝑥 ) = 0

𝑀𝑧 = −(0,6 ∗ 4000) + 80 − (1,2 ∗ (−1800))


𝑀𝑧 = −160 N. m

3.3 - Cálculo de Tensões nos Pontos Solicitados

Identificadas os esforços internos, devemos agora calcular as tensões geradas


por esses esforços nos pontos A’ e B’ através das teorias estruturais. Primeiramente
serão feitos os cálculos das tensões normais. Depois, os cálculos das tensões
cisalhantes. E por final, com o uso do princípio da superposição, serão calculadas as
tensões equivalentes em cada um dos pontos solicitados.
8

Figura 4 – Seção Transversal da Estrutura

Antes de iniciar o cálculo das tensões, é importante saber o momento de inércia


e o momento polar de inércia da seção que iremos analisar.

Para uma seção circular, o momento de inércia é dado pela fórmula:

1
𝐼𝑐í𝑟𝑐ú𝑙𝑜 = 𝜋𝑅 4
4

Onde:

𝑅 = Raio da seção transversal

1 1
𝐼𝑐í𝑟𝑐ú𝑙𝑜 = 𝜋𝑅 4 = 𝜋 ∗ 104 = 7,854 × 103 𝑚𝑚4
4 4

Para uma seção circular, o momento polar de inércia é dado pela fórmula:

𝐽𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎 = 2 ∗ 𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 = 2 ∗ 7,854 × 103 = 15,708 × 103 𝑚𝑚4


9

3.3.1 – Cálculo de Tensões Normais

A força normal gera uma tensão normal, e para calcula-la os seguintes dados
são necessários:

𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 10𝑚𝑚

2 2
𝐴á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 = 𝜋𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 314,159 𝑚𝑚

A tensão normal devido a tração ou compressão da barra é calculada a partir


da seguinte equação:

𝑁
𝜎𝑥𝑥 =
𝐴

Onde:

𝜎𝑥𝑥 = Tensão normal em MPa

𝑁 = Força normal em N

𝐴 = Área da seção transversal em mm2

𝐴′ 𝐵′
𝑁 −900
𝜎𝑥𝑥 = 𝜎𝑥𝑥 = = = −2,865 𝑀𝑃𝑎
𝐴 314,159

Por ser um eixo circular o estado de tensões devido a força normal no ponto A’
e B’ é o mesmo.
10

Figura 5 – Diagrama de Tensão Normal

O momento em torno do eixo Z da barra também gera uma tensão normal


devido a flexão, que é calculada a partir da seguinte equação:

−𝑀𝑧 𝑦
𝜎𝑥𝑥 =
𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜

Onde:

𝜎𝑥𝑥 = Tensão normal em MPa

𝑀𝑧 = Momento fletor em relação eo eixo Z′ em N. m

y = Posição no eixo Y′ em relação a linha neutra em mm

𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 = Momento de inércia da seção em 𝑚𝑚4

𝐵′
−𝑀𝑧 𝑦 −(−160 × 103 ) ∗ (10)
𝜎𝑥𝑥 = = = 203,718 𝑀𝑃𝑎
𝐼 7,854 × 103

𝐴′
−𝑀𝑧 𝑦 −(−160 × 103 ) ∗ (0)
𝜎𝑥𝑥 = = = 0 𝑀𝑃𝑎
𝐼 7,854 × 103
11

Figura 6 – Diagrama de Tensão Normal Devido ao Momento 𝑀𝑧

O momento em torno do eixo Y’ da barra também gera uma tensão normal


devido a flexão, que é calculada a partir da seguinte equação:

−𝑀𝑦 𝑧
𝜎𝑥𝑥 =
𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜
Onde:

𝜎𝑥𝑥 = Tensão normal em MPa


𝑀𝑦 = Momento fletor em relação eo eixo Y′ em N. m
z = Posição no eixo Z′ em relação a linha neutra em mm
𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 = Momento de inércia da seção em 𝑚𝑚4
12

𝐴′
−𝑀𝑦 𝑧 −(120 × 103 ) ∗ (10)
𝜎𝑥𝑥 = = = −152,788 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 7,854 × 103

𝐵′
−𝑀𝑦 𝑧 −(120 × 103 ) ∗ (0)
𝜎𝑥𝑥 = = = 0 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 7,854 × 103

Figura 7 – Diagrama de Tensão Normal Devido ao Momento 𝑀𝑦

3.3.2 - Somatório de Tensões Normais nos Pontos A’ e B’

Usando o princípio da superposição, temos:

No ponto A’:
′ ′ ′
𝐴 𝐴 𝐴
𝜎𝐴′ = (𝜎𝑥𝑥 )𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 + (𝜎𝑥𝑥 )𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑧 + (𝜎𝑥𝑥 )𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑦

𝜎𝐴′ = (−2,865)𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 + (0)𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑧 + (−152,788)𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑦 = −155,653 𝑀𝑃𝑎 (1)

No ponto B’:
′ ′ ′
𝐵 𝐵 𝐵
𝜎𝐵′ = (𝜎𝑥𝑥 )𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 + (𝜎𝑥𝑥 )𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑧 + (𝜎𝑥𝑥 )𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑦

𝜎 𝐵′ = (−2,865)𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 + (203,718)𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑧 + (0)𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀𝑦 = 200,853 𝑀𝑃𝑎 (2)


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3.3.3 – Cálculo de Tensões Cisalhantes

O momento torsor no eixo X’ da barra gera uma tensão cisalhante calculada a


partir da seguinte equação:
𝑇𝑅
𝜏𝑦𝑥 =
𝐽
Onde:
𝜏𝑦𝑥 = Tensão cisalhante em MPa
𝑇 = Esforço Torsor em N. m
𝑅 = Raio da seção transversal em mm
J = Momento polar de inércia em 𝑚𝑚4

𝐴′ 𝐵′
𝑇𝑅 190𝑥103 ∗ 10
𝜏𝑦𝑥 = 𝜏𝑦𝑥 = = 120,957 Mpa
𝐽 2 ∗ (7,8540𝑥103 )

Figura 8 – Diagrama de Tensão Cisalhante Devido ao Momento Torsor

Analisando o diagrama de tensões do momento torsor e os cálculos realizados,


percebe-se que os valores para os pontos A’ e B’ são os mesmos.
14

A força 𝑉𝑦 gera uma tensão cisalhante devido ao cisalhamento da barra e é


calculada a partir da seguinte equação:
𝑉𝑦 𝑄
𝜏𝑦𝑥 =
𝐼𝑡
Onde:
𝜏𝑦𝑥 = Tensão cisalhante em MPa
𝑉𝑦 = Esforço cortante em relação eo eixo Y′ em N
𝑄 = Momento estático de área
𝐼 = Momento de inércia da seção em 𝑚𝑚4
𝑡 = Largura da seção transversal no eixo Z′ em mm

Substituindo 𝑄 por 𝛼 ∗ 𝑦 ′, onde:

π𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 2
𝛼=
2

4𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
𝑦′ =
3𝜋

Temos:

𝐴 ′ 𝑉𝑦 𝛼𝑦 ′ 𝑉𝑦 (𝜋𝑅 2 )4𝑅 𝑉𝑦 𝑅 2 −400 ∗ 102


𝜏𝑦𝑥 = = = = = −1,697 MPa
𝐼𝑡 12𝜋𝐼𝑅 3𝐼 3 ∗ (7,8540𝑥103 )

𝐵′
𝑉𝑦 𝛼𝑦 ′
𝜏𝑦𝑥 = = 0𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑡

No ponto B’ não há largura de seção transversal, portanto a tensão naquele


ponto é zero.
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Figura 9 – Diagrama de Tensões Devido ao Esforço Cortante 𝑉𝑦

A força 𝑉𝑧 gera uma tensão cisalhante devido ao cisalhamento da barra e é


calculada a partir da seguinte equação:

𝑉𝑧 𝑄
𝜏𝑦𝑥 =
𝐼𝑡
Onde:
𝜏𝑦𝑥 = Tensão cisalhante em MPa
𝑉𝑧 = Esforço cortante em relação eo eixo Z′ em N
𝑄 = Momento estático de área
𝐼 = Momento de inércia da seção em 𝑚𝑚4
𝑡 = Largura da seção transversal no eixo Y′ em mm
16

Substituindo 𝑄 por 𝛼 ∗ 𝑦 ′, onde:

π𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 2
𝛼=
2

4𝑅𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
𝑦′ =
3𝜋

Temos:

𝐴′ 𝑉𝑧 𝛼𝑦 ′
𝜏𝑦𝑥 = = 0𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑑

No ponto A’ não há largura de seção transversal, portanto a tensão naquele


ponto é zero.

𝐵′
𝑉𝑧 𝛼𝑦 ′ 𝑉𝑧 (𝜋𝑅 2 )4𝑅 𝑉𝑧 𝑅 2 600 ∗ 102
𝜏𝑦𝑥 = = = = = 2,546 MPa
𝐼𝑡 12𝜋𝐼𝑅 3𝐼 3 ∗ (7,8540𝑥103 )

Figura 10 – Diagrama de Tensões Devido ao Esforço Cortante 𝑉𝑧


17

3.3.4 - Somatório de Tensões Cisalhantes nos Pontos A’ e B’

Usando o princípio da superposição, temos:

No ponto A’:
′ ′ ′
𝐴 𝐴 𝐴
𝜏𝐴′ = (𝜏𝑦𝑥 ) 𝑇𝑜𝑟çã𝑜 + (𝜏𝑦𝑥 )𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑦 + (𝜏𝑧𝑥 )𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑧

𝜏𝐴′ = (120,957 )𝑇𝑜𝑟çã𝑜 + (−1,697)𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑦 + (0)𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑧 = 119,259 MPa (3)

No ponto B’:
′ ′ ′
𝐵 𝐵 𝐵
𝜏𝐵′ = (𝜏𝑦𝑥 ) 𝑇𝑜𝑟çã𝑜 + (𝜏𝑦𝑥 )𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑦 + (𝜏𝑧𝑥 )𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑧

𝜏𝐵′ = (120,957 )𝑇𝑜𝑟çã𝑜 + (0)𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑦 + (2,546)𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑧 = 123,504 MPa (4)

3.4 – Teoria da Máxima Energia de Distorção

Para finalizar a análise do estado de tensões nos pontos solicitados vamos


calcular as tensões equivalentes a partir das tensões normal e cisalhante encontradas
nos pontos A’ e B’.
Será utilizada a Teoria da Máxima Energia de Distorção (TMED), onde a
tensão equivalente de Von Misses é dada pela seguinte equação:

1
𝜎𝑒𝑞 = √(𝜎𝑥𝑥 − 𝜎𝑦𝑦 )2 + (𝜎𝑦𝑦 − 𝜎𝑧𝑧 )2 + (𝜎𝑥𝑥 − 𝜎𝑧𝑧 )2 + 6(𝜏𝑥𝑦 2 + 𝜏𝑥𝑧 2 + 𝜏𝑦𝑧 2 )
√2

No problema em questão, os termos 𝜎𝑦𝑦 , 𝜎𝑧𝑧 , e 𝜏𝑦𝑧 são iguais a zero nos dois pontos.

Manipulando a equação para o problema, temos:

𝜎𝑒𝑞 = √𝜎 2 + 3(𝜏 2 )
18

Onde:
𝜎 = Somatório das Tensões Normais.
𝜏 = Somatório das Tensões Cisalhante𝑠.

3.4.1 - Estado de tensões no ponto A’

𝐴′
𝜎𝑒𝑞 = √𝜎𝐴′ 2 + 3(𝜏𝐴′ )2

Onde:
𝜎𝐴′ = Soma das tensões normais no ponto A′ ( 1)
𝜏𝐴′ = Soma das tensões cisalhantes no ponto A′ (3)

𝐴′
𝜎𝑒𝑞 = √𝜎𝐴′ 2 + 3(𝜏𝐴′ 2 ) = √(−155,653)2 + 3(119,259)2 = 258,644𝑀𝑃𝑎 ( 5)

3.4.2 - Estado de tensões no ponto B’

𝐵′
𝜎𝑒𝑞 = √𝜎𝐵′ 2 + 3(𝜏𝐵′ )2

Onde:
𝜎𝐵′ = Soma das tensões normais no ponto 𝐵 ′ ( 2)
𝜏𝐵′ = Soma das tensões cisalhantes no ponto B′ (4)

𝐵′
𝜎𝑒𝑞 = √𝜎𝐵′ 2 + 3(𝜏𝐵′ 2 ) = √(200,853 )2 + 3(123,504 )2 = 293,431𝑀𝑃𝑎

3.4.3 - Coeficiente de segurança no ponto A’

A partir do valor encontrado para a tensão equivalente no ponto A’, podemos


calcular qual o coeficiente de segurança.

𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑛𝐴′ = 𝐴′
𝜎𝑒𝑞
19

Sendo:
𝜎𝑒𝑠𝑐 = Tensão de escoamento dada no problema = 250 MPa
𝐴′
𝜎𝑒𝑞 = Tensão equivalente no ponto (5)

250
𝑛𝐴′ = = 0,966
258,644

3.4.4 - Coeficiente de segurança no ponto B’

A partir do valor encontrado para a tensão equivalente no ponto B’, podemos


calcular qual o coeficiente de segurança.

𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑛𝐵′ = 𝐵′
𝜎𝑒𝑞

Sendo:
𝜎𝑒𝑠𝑐 = Tensão de escoamento dada no problema = 250 MPa
𝐵′
𝜎𝑒𝑞 = Tensão equivalente no ponto (6)

250
𝑛𝐴′ = = 0,852
293,431
20

4 - CONCLUSÃO

Ao analisar os valores dos coeficientes de segurança é possível notar que a


estrutura não resiste as forças e momentos aplicadas sobre ela. Tanto no ponto A’
quanto no ponto B’, os coeficientes de segurança são menores do que um. O que nos
indica que os esforços internos a que esses pontos estão submetidos são maiores,
em módulo, que o valor de escoamento do material. Dessa forma, o material escoa e
a estrutura falha.

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