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EDUCAÇÃO

INFANTIL
BEBÊS

CADERNO DO PROFESSOR 1
EDUCAÇÃO
INFANTIL
BEBÊS

CADERNO DO PROFESSOR

1ª EDIÇÃO
2021

Realização Parceiros
APRESENTAÇÃO
Cara educadora e caro educador,

É com imensa satisfação que apresentamos a coleção de Cadernos do Professor para a Educação Infantil da
Nova Escola. São três volumes - Bebês, Crianças bem pequenas e Crianças pequenas - que abrangem todo o
ciclo da creche e da pré-escola.
Este primeiro volume, dedicado aos Bebês (zero a 1 ano e 6 meses), oferece 165 atividades que abrangem
toda a rotina das crianças. Do momento da alimentação à troca de fraldas, do cantinho de leitura à hora do
sono: todos esses momentos são contemplados com propostas cuidadosamente estruturadas para enriquecer
a sua prática cotidiana.
Cada atividade foi produzida a partir dos Planos de Atividade Nova Escola, lançados em 2018. Tanto os pla-
nos originais quanto as atividades deste caderno foram escritas por professoras e professores como você, que
atuam em escolas públicas e particulares Brasil afora. Essa experiência prática de dezenas de autores resulta
em propostas realistas, que podem servir aos mais diversos contextos, com recursos acessíveis à ampla maioria
das escolas brasileiras.
Mais do que um guia completo para o seu planejamento ou um imenso repositório de ideias inspiradoras, esta
coleção é um convite a uma mudança profunda sobre como nós, educadoras e educadores, vemos a criança. Este
olhar, já consagrado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e em uma série de referências importantes no
universo da Educação Infantil, considera-a, desde sempre, como um sujeito histórico, uma cidadã com deveres
e direitos que precisa de oportunidades para se desenvolver do ponto de vista físico, psicológico e social.
Sim, as crianças têm uma série de direitos, que a própria BNCC resume em seis, chamados no documento de
Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Se esta obra ajudar você, professor, a garantir que cada um deles seja garantido a todas as crianças da sua
turma, nosso propósito foi plenamente alcançado.
Queremos que este caderno seja, acima de tudo, o seu melhor companheiro de jornada. Que ele seja o apoio
que você precisa para se fortalecer e, assim, garantir que as crianças brasileiras, sem exceção, aprendam,
desenvolvam-se e tenham a mais bonita trajetória pela frente.
Vamos juntos?

Equipe Associação Nova Escola


ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA Zanatta, Helena Cristina Cintra Eher, Jéssica Ribeiro
Diretora Executiva: Raquel Gehling Carnevale, Josiane Souza do Porto, Karina Rizek, Karla
Gerentes Pedagógicas: Ana Ligia Scachetti e Tatiana Alessandra Santos Pereira de Souza, Keli Patricia Luca,
Martin Leda Barbosa, Leiry Kelly Silva Oliveira, Lisa Lea Barki
Coordenadores de produção: Camila Camilo, Karoline Minkovicius, Maira Franco Tangerino, Marcos de Souza
Cussolim e Pedro Annunciato Machado, Maria de Lourdes Carvalho Pereira, Maria Geanne
Analistas pedagógicas: Carla Fernanda Nascimento, Moreira da Silva, Mônica Samia, Nataly Gomes Ovando,
Dayse Oliveira e Joice Barbaresco Nilcileni Brambilla, Renata Braga Fonseca, Roselaine
Especialistas pedagógicas: Adamari Rodolfo Depetris e Pontes de Almeida, Rozemar Messias Candido dos Santos,
Karina Rizek Sandra Bonotto, Talita Regina Lopes de Oliveira Marques,
Professores-autores: Evandro Tortora, Nilcileni Aparecida Tamira Paula Torres Martins, Vera Regina Corrêa de Mello,
Ebani Brambilla, Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires e Wildes Gomes de
Campos.
Assessora Pedagógica dos Planos de Atividade de
Educação Infantil: Beatriz Ferraz Coordenação editorial: Felipe Augusto Neves Silva
Time de Autores dos Planos de Atividade de Educação Edição de texto: Lilian Martins Martinez, Ariane Lesnyak
Infantil publicados no site de Nova Escola em 2018: Castelló, Eloá Cristine Cabral de Oliveira
Adamari Rodolfo Depetris, Adriana Mitiko do Nascimento Preparação de texto: Gisele Folha e Isabela Sued
Takeuti, Adriana Silva da Costa Vidaletti, Ana Teresa Gavião, Leitura crítica: Roselaine Pontes de Almeida
Bárbara de Mello, Bruna Bonfá Terra da Silva, Camila Cotejo e revisão: Sabrina Leonzi D’Alessandro, Mari
Cláudia Soares Bon, Clarice Albertina Fernandes, Cristiane Uesugui, Mônica Rodrigues
Martins Soares, Danielle Moreira de Oliveira, Deborah
Cristina Conceição Paiva, Djenane Martins Oliveira, Elisiane Coordenação de design: Leandro Faustino
Andreia Lippi, Elizabeth Geralda Souza, Evandro Tortora, Projeto gráfico: Débora Alberti e Leandro Faustino
Fabiana Bechara da Fonseca, Fatima Herculano Marcolino, Ilustração de capa e miolo: Duda Oliva
Fernanda Alves da Silva, Fernanda Silvia Lionese, Fernanda Editoração: HiDesign Estúdio

Este material foi viabilizado pela parceria entre Associação Nova Escola. Sua produção foi financiada pelos parceiros Itaú Social e
Fundação Lemann.

Apesar dos melhores esforços da equipe, é inevitável que surjam erros no texto. Assim, são bem-vindas as comunicações de
usuários sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo que auxiliem o aprimoramento de edições futuras. Os comentários
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A Associação Nova Escola (“ANE”) elaborou os conteúdos deste material com a finalidade de difundi-los ao público em formato
aberto, sem restrições de direitos autorais, seja por decisão própria de abrir conteúdo de propriedade da ANE, seja por utilizar
conteúdo aberto conforme licença Creative Commons na modalidade Licença CC01.0.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Educação infantil : bebes [livro eletrônico] :


caderno do professor / organização Camila
Camilo , Pedro Annunciato. -- 1. ed. -- São
Paulo : Associação Nova Escola, 2021.
PDF

Vários colaboradores.
ISBN 978-65-5965-036-1

1. Educação infantil I. Camilo, Camila. II.


Annunciato, Pedro.

21-67721 CDD-372.21
Índices para catálogo sistemático:

1. Educação infantil 372.21

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Realização Parceiros
CADERNO INTRODUTÓRIO
Olá, professor!

Antes da leitura e da utilização dos conjuntos de atividades propostos neste material educa-
cional, apresentamos brevemente algumas considerações sobre os atuais referenciais teóricos
e conceituais em torno da Educação Infantil. Esses referenciais fundamentaram as atividades
planejadas e elaboradas para auxiliá-lo e, portanto, devem ser considerados no dia a dia do tra-
balho com bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas.

 A etapa da Educação Infantil

A Educação Infantil, porta de entrada das crianças no ciclo escolar, vem constituindo-se como uma Educação
da primeira infância, período hoje compreendido como fundamental tanto para o desenvolvimento infantil
quanto para toda a vida.
Ao falar de qualidade da Educação Infantil, diversos elementos se constituem como determinantes: recursos
que possam facilitar as interações; ambiente de aprendizado adequado, com infraestrutura e condições sani-
tárias e de segurança; características do grupo de crianças e dos educadores; frequência, tipo e qualidade das
interações entre as crianças, e das crianças com os adultos; espaços e materiais disponíveis; e, finalmente, a
relação entre educadores e pais.
A consolidação de um currículo adequado à faixa etária, com propostas de atividades estruturadas e inten-
cionalmente planejadas, é capaz de assegurar ambiente propício à participação ativa das crianças. A inten-
cionalidade na organização do tempo, dos espaços e dos materiais proporciona vivências e experiências que
promovem interações e diversas oportunidades de aprendizagem.
A Educação Infantil é lugar de brincar, correr, pular, comer, andar, dormir, alegrar-se e ficar triste. É lugar de
desenhar, interagir e conhecer a natureza e o mundo social. É lugar de se arriscar a ler e a escrever as primeiras
palavras e de interagir e usar os instrumentos culturais da nossa sociedade. Esses são aspectos fundamentais
a qualquer prática pedagógica efetivamente preocupada em garantir às crianças um processo pleno de desen-
volvimento e aprendizagem.
 A criança

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), em seu artigo 4º da Resolução nº 5, de
17 de dezembro de 2009, definem a criança como “sujeito histórico e de direitos, que interage, brinca, imagi-
na, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2009, p. 1). Embora essa concepção de criança não seja novidade, é
importante compreender como ela afeta o trabalho pedagógico que deve ser realizado na Educação Infantil.
Em primeiro lugar, é necessário considerar que as crianças, em suas ações e interações, constroem e se apro-
priam de conhecimentos. Também é essencial reconhecê-las como cidadãs, com direitos e deveres; para que
cresçam conscientes disso, precisam de um espaço rico e desafiante no qual possam desenvolver: autonomia,
responsabilidade, solidariedade e respeito ao outro; criatividade, sensibilidade e ludicidade, por meio do con-
tato com diversas manifestações artísticas e culturais; criticidade e postura cidadã. É preciso que elas tenham
a oportunidade, desde muito pequenas, de construir, reconhecer e valorizar sua identidade pessoal e, dessa
forma, desenvolver a autoestima, base fundamental para a aprendizagem e o desenvolvimento.
Para efetivamente considerar a criança na sua complexidade, as práticas pedagógicas na Educação Infantil
devem contemplar a diversidade e a individualidade de cada uma, nas suas competências e possibilidades,
valorizando a heterogeneidade.
Recentemente, tem-se debatido o protagonismo das crianças na Educação Infantil. A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) propõe uma mudança significativa na forma de organizar e implementar as aprendizagens no
cotidiano: a perspectiva das propostas pedagógicas, desde seu planejamento, deixa de priorizar o conhecimento
(conteúdo) e passa a priorizar a criança e o desenvolvimento de suas competências e habilidades, colocando-a
no centro do processo. Essa proposição deve ser estudada, refletida e vivenciada todos os dias na escola, uma
vez que os processos de transformação da realidade levam tempo e demandam esforços significativos.
Para começar, as escolas devem garantir que, no cotidiano, as crianças possam viver experiências da vida
real, iniciadas ou planejadas por elas mesmas ou integradas a ações iniciadas pelos adultos. Desse modo,
gradativamente, elas se tornam capazes de atribuir significados e construir conhecimentos que as ajudem a
dar sentido ao mundo. Isso só é possível se houver valorização dos interesses das crianças e desenvolvimento
de propostas que lhes permitam tomar iniciativa, praticar sua curiosidade, buscar respostas para as questões
colocadas, resolver problemas por meio de várias estratégias até encontrar aquela que mais a satisfaça, entre
outras ações. São princípios importantes para garantir uma prática pedagógica que respeite a forma da criança
ser e aprender sobre o mundo.

 O processo de ensino-aprendizagem

A apropriação e a construção de conhecimentos pelas crianças acontecem por meio de sua participação em
diferentes práticas sociais e culturais, intencionalmente organizadas, nas quais interagem com adultos, outras
crianças, ambientes, espaços e materiais.
É pela ação que bebês e crianças descobrem coisas sobre si próprias e sobre o meio, expressam aquilo que
estão descobrindo e sentindo e interagem com adultos atentos, sensíveis e respondentes, com materiais inte-
ressantes e desafiadores. Assim, constroem uma bagagem de conhecimentos básicos sobre o modo como as
pessoas e as coisas são, o que fazem e como respondem a determinadas ações.
Se entendemos a criança como ser ativo, curioso e competente e que sua aprendizagem se dá pela ação,
podemos especificar algumas condições fundamentais a serem consideradas na organização das práticas
pedagógicas para garantir uma aprendizagem significativa. Isso envolve:

•  valorizar as competências das crianças, desde bebês;


•  criar condições para explorações ativas com materiais e brinquedos;
•  compreender que elas descobrem e estabelecem relações, transformam e combinam materiais, utilizam
ferramentas, equipamentos e seu corpo;
•  incentivar e valorizar as competências das crianças no uso das diferentes linguagens;
•  apoiar as crianças em suas ações, construindo vínculos e se fazendo presente sensível e atentamente.

Hoje sabemos o quanto as crianças precisam de vivências que colaborem para a construção de suas experiên-
cias. Afinal, a experiência de cada uma garantirá aprendizagens significativas e o desenvolvimento individual
e coletivo.
Nesse sentido, pensar sobre como as crianças aprendem – por experiência – significa pensar sobre como o
professor ensina, e a BNCC da Educação Infantil foi organizada a partir dessa perspectiva sobre o aprender. Por
isso, como mencionado anteriormente, o documento substitui a ideia de um processo de ensino-aprendizagem
pautado em conteúdos e conhecimentos por um novo paradigma, centrado na criança e na sua experiência.
Segundo o filósofo espanhol Jorge Larrosa Bondía (2002),

Informação não é experiência [...]; o saber de experiência não é o saber coisas [...]. A experiência é cada vez
mais rara por excesso de opinião [...]. A experiência é cada vez mais rara por falta de tempo [...]. A experiência
é cada vez mais rara por excesso de trabalho [...].

A partir da ideia de aprendizagem por experiência, a proposta da BNCC para a Educação Infantil também
sugere que o compromisso dos educadores seja observar e interagir com as crianças e seus modos de expressar
e construir conhecimentos. Desta forma, cabe aos educadores selecionar, organizar, refletir, mediar e avaliar o
conjunto de práticas e experiências proporcionadas às crianças em seu dia a dia, procurando entender como
(e não mais “o quê”) cada uma aprende.
A forma de organizar espaços e materiais para as vivências das crianças revela o jeito de ensinar e como as
crianças estão sendo convidadas a aprender sobre o mundo e sobre si mesmas. Para estruturar um ambiente de
aprendizagem ativa, que apoie as crianças em suas necessidades de ação e experimentação, devemos considerar:

•  o acesso das crianças ao que está disponível e organizado de forma consistente na sala e fora dela;
•  uma quantidade adequada de materiais (nem muito, nem pouco) que crie condições para as crianças
brincarem e explorarem sozinhas, em grandes ou pequenos grupos, com a participação ou não dos
adultos;
•  a utilização de espaços variados (não só a sala), organizados para propiciar opções de escolha para as
crianças, de forma que sejam convidadas a colaborarem com a arrumação a partir do conhecimento que
possuem e com a proposição de novas organizações;
•  a disposição de pertences pessoais e o acesso a espaços de cuidado que promovam a autonomia.
A relação entre aprender e ensinar é muito importante. Por isso, a BNCC coloca a criança no centro do pro-
cesso educativo e propõe que tenha protagonismo. Assim, a garantia de aprendizagem e desenvolvimento
das crianças é tanto delas quanto do professor, sempre focando na construção de experiências. Os conjuntos
de atividades que você encontrará neste caderno partem desse importante pressuposto e consideram outros
elementos trazidos por essa nova referência teórica, como veremos a seguir.

 A BNCC da Educação Infantil

Além do que já foi explicitado sobre as concepções propostas pela BNCC para a Educação Infantil, é funda-
mental tanto para a utilização dos conjuntos de atividades quanto para todas as demais ações realizadas na
escola que todos os envolvidos conheçam a proposta, estudem e reflitam sobre ela. Há muito o que aprender,
transformar e, com isso, colaborar para a qualidade da educação de bebês e crianças que frequentam as es-
colas de Educação infantil.

Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento


O entendimento sobre a criança, seu protagonismo e a ação do professor passa, necessariamente, por uma
educação pautada na garantia de direitos básicos e fundamentais para a aprendizagem e o desenvolvimento
de crianças. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 38) estabelece seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento para
a etapa da Educação Infantil. São eles:

•  Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens,
ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as
pessoas.
•  Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos,
sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.
•  Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das
atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como
a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e
elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
•  Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações,
relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus
saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
•  Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos,
dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
•  Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de
si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e
linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
Mas o que isso quer dizer? Como garantir esses direitos no dia a dia? Embora eles não estejam explícitos nos conjuntos
de atividades, cada uma das propostas que você vai encontrar neste caderno também levou em conta a garantia desses
direitos. Isso não quer dizer que cada atividade realizada com as crianças precisa-se pautar em todos os direitos; mas,
sim, garantir que eles sejam respeitados e exercidos ao longo do dia e ao longo da semana de trabalho com as crianças.
Vale ressaltar ainda que todos os direitos estão escritos em forma de verbo, ou seja, representam ações. Eles guardam,
portanto, íntima relação com a forma com que as crianças aprendem e se desenvolvem, uma vez que é necessário
propiciar as ações, vivências e experiências dos pequenos.

As Interações e a Brincadeira
Outro aspecto importante reafirmado pela BNCC é que os eixos estruturantes dos currículos devem ser as inte-
rações e brincadeiras. Isso já estava posto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, revisadas
em 2009 que, em seu artigo 9º, estabelece que “as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular
da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira’’ (BRASIL, 2009, p. 27).
A ideia nos remete tanto às concepções de criança e de aprendizagem quanto aos Direitos de Aprendizagem
e Desenvolvimento – ou seja, ressalta que a criança aprende sobre si mesma e sobre o mundo brincando e
interagindo com pessoas, objetos, elementos da natureza, conhecimentos, problemas, hipóteses etc. Toda
criança aprende brincando e, quando lhe asseguramos esse direito, estamos dando-lhe a liberdade para criar,
construir, pensar e repensar suas ações. É por meio de brincadeiras e interações com outras crianças, adultos,
além de contato com experiências diversificadas e instrumentos culturais (livros, brinquedos, objetos, etc.), que
a criança aprende, socializa e representa sua cultura, internalizando significados e adquirindo valores.
Nesse sentido, os conjuntos de atividades propõem ao professor formas de criar condições de brincadeiras e
interações para que as crianças aprendam e se desenvolvam. Cabe aos adultos garantir espaços para que essas
ações aconteçam cotidianamente, sejam valorizadas e respeitadas. É preciso também aproveitar a riqueza das
ações que partem das crianças para que se transformem em boas experiências e em formas de superar desafios
e resolver problemas – ou seja, de aprender.

A divisão etária
É importante ressaltar que, embora a BNCC proponha três divisões por cortes etários (bebês: até 1 ano e 6
meses; crianças bem pequenas: de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses; e crianças pequenas: de 4 a 5 anos e
11 meses), as escolas, em geral, organizam as crianças em seis agrupamentos:

CRECHE PRÉ-ESCOLA

Bebês Crianças bem pequenas Crianças pequenas


a 1 ano
•0 a 3 anos
•2 a 5 anos
•4
•1 a 2 anos a 4 anos
•3 a 6 anos
•5
Para cada um dos cortes etários – bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas–, a BNCC organiza
os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento a partir de cinco Campos de Experiências. Uma vez que tal
organização é proposta pela BNCC, podemos afirmar que os currículos devem refletir essa abordagem, ou seja,
devem garantir que as atividades propostas às crianças da Educação Infantil permitam engajamento em todos
os campos de experiência e progressão dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento a cada corte etário.
Uma aprendizagem proposta pelo currículo que não tenha se efetivado aos 3 anos, por exemplo, pode seguir
sendo um desafio a ser encarado e superado pelas crianças nos anos seguintes.
Isso também reafirma um aspecto importante e uma mudança de paradigma na educação de bebês e crianças
pequenas: a aprendizagem por experiência, além de demandar protagonismo do sujeito aprendiz, é sempre
individual e singular. As crianças não aprendem do mesmo modo e no mesmo período de tempo; cada uma delas
tem uma forma própria de aprender e se desenvolver. Cabe à escola e, em especial, aos educadores estarem
atentos e sensíveis a isso e realizarem um bom acompanhamento do grupo e de cada criança para entender
esse processo e planejar suas ações. Voltaremos a isso um pouco mais adiante.
Os volumes deste material educacional voltados para cada um dos cortes etários propostos pela BNCC res-
peitam a organização sugerida no documento nacional e, nesse sentido, desafiam as redes, as escolas e os
professores ao exercício de cotidianamente olhar para o grupo, para cada criança e para o currículo, adequando
as atividades propostas e escolhendo o melhor momento do ano para realizá-las.
Nesse sentido, há, por exemplo, muitas propostas apresentadas no volume destinado aos bebês que podem
ser realizadas com crianças de 6 meses ou de 1 ano e 2 meses, por exemplo. Essa decisão cabe ao educador e
deve ser feita no momento de organizar seu plano pedagógico ou sua rotina. No entanto, quando necessário,
há uma indicação sobre algumas atividades serem indicadas para determinada faixa etária.
A decisão sobre em qual grupo elas devem ser realizadas depende da escola e do professor, sempre consi-
derando o “nível” de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, os desafios que cada grupo necessita etc.
Para essa decisão, além do conhecimento sobre as crianças e suas necessidades, vale considerar adaptações
que tornem os desafios mais “acessíveis” ou mais “complexos”.
Saber mais acerca do conhecimento produzido pela ciência sobre as competências e capacidades das crianças
em cada etapa do desenvolvimento, organizada pelos cortes etários, é uma ação essencial para os adultos
responsáveis pela educação dos pequenos. Abaixo, há um resumo das principais características:

•  Bebês (6 meses a 1 ano e 6 meses): é incrível a capacidade que os bebês têm de aprender e se
desenvolver. Nesta etapa, o uso do corpo tem uma importância grande, tanto no desenvolvimento dos
sentidos como ferramenta para aprender quanto dos movimentos que vão sendo descobertos. Nessa
idade, eles já começam a reconhecer quando são chamados pelo nome, balbuciam intencionalmente e
iniciam o aprimoramento de sua comunicação oral. Aprendem a se arrastar, engatinhar e andar; segurar,
soltar, chutar, levar objetos à boca, rabiscar, produzir sons com objetos, imitar ações e sons dos adultos
e colegas, entre outras ações.
•  Crianças Bem Pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses): assim como ocorre com os bebês, muitas
transformações acontecem neste longo período de desenvolvimento das crianças. Em termos biológicos,
esta etapa é marcada pelo estabelecimento e desenvolvimento da função simbólica e, por isso, as
crianças desenvolvem cada vez mais a capacidade de abstrair, de fazer de conta (iniciada com a imitação
realizada na fase anterior), de falar sobre pessoas e coisas que não estão presentes concretamente
ou visualmente. Os rabiscos dão lugar a formas intencionais em desenhos e pinturas, iniciando o
desenvolvimento da capacidade de representar graficamente e de criar figuras que representem a
realidade. Passam a ter uma maior independência sobre si mesmas, em especial em relação aos
cuidados pessoais: saem das fraldas e aprendem a usar o banheiro (com capacidade inclusive para ajudar
e apoiar os colegas), passam a se alimentar sozinhas com mais ou menos ajuda de adultos, ampliam o
uso da linguagem oral e se interessam pela escrita, reconhecendo seu nome e conversando sobre letras
e a própria organização da linguagem escrita. O corpo continua sendo um elemento importante para a
aprendizagem e o desenvolvimento, principalmente pela confiança em si para correr, subir, descer, saltar,
se equilibrar etc. Nesta etapa, desafiam-se e testam os limites corporais.
•  Crianças Pequenas (4 a 5 anos e 11 meses): além de continuarem a desenvolver as capacidades que
aprimoram desde bebês, há um aumento significativo nas competências e possibilidades relacionais,
como a empatia, o entendimento sobre as diferenças e a capacidade de diálogo, de compreensão
do outro e de discordância por meio de argumentos e justificativas de suas ideias. Ampliam muito a
capacidade de comunicação oral e o interesse e conhecimento sobre a linguagem escrita e a forma
como ela se organiza. A representação de quantidades com utilização de números passa a ser cada vez
mais apropriada, assim como a capacidade de contar e somar. Há um salto grande nas representações
gráficas, com a utilização de figurações cada vez mais elaboradas e que representam o mundo à sua
volta. O corpo continua sendo uma ferramenta de aprendizagem e desenvolvimento, e as crianças se
desafiam a experimentar suas capacidades que envolvam o uso de mais força, de maior equilíbrio e
destreza para as diversas necessidades.

Essas são apenas algumas informações, e vale ressaltar que nenhuma dessas características é rígida em relação
à faixa etária. O desenvolvimento deve ser impulsionado pelas aprendizagens, ou seja, pelas boas condições de
experiências vividas pelas crianças. O mais importante é valorizar as competências das crianças, desde bebês,
para se desenvolverem e aprenderem considerando os aspectos socioemocionais, cognitivos, motores e de
desenvolvimento das linguagens.

Campos de Experiências e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento


Considerando a concepção de aprendizagem por experiência, o protagonismo das crianças, os eixos estru-
turantes e os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento listados anteriormente, a Base Nacional Comum
Curricular (BRASIL, 2018, pp. 40-3) da Educação Infantil propõe uma abordagem estruturada em cinco Campos
de Experiências, a partir dos quais são propostos Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento. São eles:

O eu, o outro e o nós: É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão consti-
tuindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de
vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências
sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamen-
tos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e
sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem
sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na
Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos
sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo,
costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas
e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como
seres humanos.
Corpo, gestos e movimentos: Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos
impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram
o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brin-
cam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural,
tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como
a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrela-
çamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de
seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo,
ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na
Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas
pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim,
a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas
pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos,
gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço
com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços,
mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).

Traços, sons, cores e formas: Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais
e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças,
por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens,
como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a
dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens,
criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons,
traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos
materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as
crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que
as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços
para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibi-
lidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem,
permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas
experiências e vivências artísticas.

Escuta, fala, pensamento e imaginação: Desde o nascimento, as crianças participam


de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras
formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal,
o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do
outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e
demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna –que se torna, pouco a
pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas
quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta
de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou
em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito
singular e pertencente a um grupo social.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a lei-
tura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai
construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros,
suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças co-
nhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo
educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura,
do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias,
contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários,
a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de
manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a
escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em
escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de
representação da língua.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: As crianças vivem inseridas


em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais
e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram-se situar em diversos espaços (rua, bairro,
cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade
sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as
transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo
sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhecem; como vivem e em que trabalham
essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências
e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem,
ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de
distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais
etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais
as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e
consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar
está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e
possam utilizá-los em seu cotidiano.

Na Educação Infantil, o trabalho com as crianças deve compreender tanto o desenvolvimento de comporta-
mentos, habilidades e conhecimentos quanto a promoção de vivências que possibilitem o alcance dos objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de experiências, sempre tomando as interações e as
brincadeiras como eixos estruturantes.
Ao reconhecer as especificidades das diferentes faixas etárias que constituem a etapa da Educação Infantil, os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão sequencialmente organizados nos três grupos, correspondendo,
aproximadamente, às possibilidades de aprendizagem e às características do desenvolvimento das crianças. Toda-
via, como já foi explicitado, esses grupos não podem ser considerados homogêneos, já que há diferenças de ritmo
na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças, e esse fato precisa ser considerado na prática pedagógica.
Como os campos de experiências não são disciplinas ou áreas de conhecimento e considerando a forma integral
da criança ser, estar no mundo e aprender, é esperado que cada vivência proposta envolva mais de um campo.
Sabemos que em uma situação de conversa, por exemplo, as crianças não só aprendem mais sobre o assunto
em questão, como também sobre si mesmas e sobre o outro. Por fim, sabemos que muitos municípios e escolas
reestruturaram suas diretrizes ou currículos para a Educação Infantil após a homologação da BNCC, de acordo
com a orientação nacional. Se for este o caso de sua localidade, é fundamental buscar correspondência entre os
objetivos e campos propostos em cada atividade com aqueles reorganizados pelo sistema de ensino.
Cuidar e educar
Inicialmente, a Educação Infantil tinha dois principais objetivos: garantir espaço de cuidado para crianças de mães
trabalhadoras (creche) e preparar a criança para o Ensino Fundamental (pré-escola). Ao longo do tempo, os objetivos
se modificaram e esta etapa da Educação Básica ganhou espaço no cenário educacional – mas ainda absorvendo as
premissas do ensino tradicional, que tinha como foco o conhecimento. Para o ensino tradicional, a prioridade era o
cumprimento de objetivos de aprendizagens previamente escolhidos pelo professor, pautados na garantia do estudo
de conteúdos, sem possibilidade de adaptações, evoluções e interações. O professor detinha o papel principal, e a
criança era uma mera coadjuvante no processo de ensino-aprendizagem, recebendo o conhecimento e sendo avaliada
em relação ao seu alcance.
Na Educação Infantil, as ações de cuidado se sobrepunham, e não era comum o hábito de planejar atividades que
instigassem e produzissem experiências, interações e aprendizagens. Com o tempo, o educar passou a estar presente,
e o cuidar e o educar se tornaram elementos indissociáveis na Educação Infantil. Hoje, com a BNCC, entende-se que o
foco do planejamento deve ser a experiência. É por meio dela que a criança vai se desenvolver, fazer descobertas, se
relacionar, se comunicar, fortalecer sua identidade e sua autonomia. A criança hoje é vista como protagonista, tendo
sua opinião considerada e espaço para se expressar, fazer escolhas etc. O professor também é protagonista, uma vez
que sua atuação é fundamental para criar condições para que as crianças possam exercer seus direitos e traçar seus
percursos individuais de aprendizagem. A partir das vivências, descobertas e curiosidades que a criança demonstra,
o professor planeja suas ações, observa, avalia, registra, reformula e compartilha suas impressões.
Hoje, a criança deve encontrar espaço para se desenvolver e aprender em sua singularidade, para além do cuida-
do que sempre permanece e, portanto, faz parte das ações cotidianas. Há um novo olhar para as experiências que
podem ser vivenciadas nesses momentos, as aprendizagens que podem ser construídas, as interações que são tão
importantes, seja na troca na relação adulto x criança, criança x criança ou criança x entorno.
De acordo com a BNCC (BRASIL, 2018, p. 36):

Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar,
entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-
-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e
no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o
universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando no-
vas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar – especialmente quando se trata
da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois
contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação.

Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo
e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais.
Além disso, a instituição precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a riqueza/di-
versidade cultural das famílias e da comunidade.

Deve-se sempre considerar que tudo que fazemos com bebês e crianças nas escolas de Educação Infantil
envolvem ações de cuidar e de educar. Essa indissociabilidade também foi considerada na elaboração de cada
conjunto de atividades deste material educacional.
 Utilizando o material educacional

Agrupamentos, Tempos, Espaços e Materiais


No novo papel desempenhado pelos professores, como co-protagonistas das crianças no processo de ensino-apren-
dizagem e no desenvolvimento das ações planejadas, ganham uma importância ainda maior, em especial no sentido
de considerar as próprias crianças, suas necessidades e a organização do espaço. É preciso também que estejam
preparados para orientar e promover aprendizagens não planejadas, mas que muitas vezes ocorrem em decorrência
daquilo que foi planejado pelo adulto.
O professor conhece sua turma, cada criança, suas famílias, a escola e a proposta pedagógica da instituição. Por isso,
por mais que sejam propostos conjuntos de atividades, eles não precisam ser seguidos como uma “receita”, embora
esta também seja uma possibilidade. Cabe a cada educador, portanto, pensar a melhor forma de utilizar as propostas,
realizando adaptações naquilo que está proposto – substituições, acréscimos ou modificações –, desde que sejam
respeitadas as concepções e as intenções que embasam toda prática pedagógica com bebês e crianças pequenas.
Considerando tudo que já foi apresentado sobre a criança, o processo de aprendizagem e a própria BNCC, alguns
elementos são fundamentais durante o planejamento e replanejamento da ação do professor: os agrupamentos, os
espaços, os materiais e os tempos.

Os agrupamentos
Considerando que as interações compõem um eixo estruturante da Educação Infantil, o planejamento de ati-
vidades com agrupamentos variados é essencial para que elas aconteçam. Definir os agrupamentos faz parte
do trabalho do professor. É ele quem vai perceber se a atividade precisa de uma atenção individualizada ou se
é possível a interação em pequenos ou grandes grupos, e também quais propostas podem ser realizadas com
toda a turma ao mesmo tempo, com as crianças de outras faixas etárias e até mesmo com adultos. Conside-
rando o protagonismo das crianças, as diferentes propostas de agrupamentos lhes possibilitam escolher seus
parceiros para as diversas explorações que realizam, trocando experiências e aprendizagens uns com os outros.
Também é possível que o professor altere esses agrupamentos à medida que a atividade aconteça, pensando
na versatilidade do planejamento e das ações tomadas, nos imprevistos e na própria avaliação da proposta,
sempre a partir do que as crianças evidenciam sobre como estão aprendendo.

A importância dos espaços e de sua variedade


A variedade de espaços é o que garante a diversidade de contextos e brincadeiras dentro da escola. A exploração
de cada elemento do lugar onde a criança se encontra promove pertencimento e possibilita interações, explorações e
descobertas. O professor deve planejar para que os espaços sejam aconchegantes e acolhedores, instiguem, desafiem,
despertem a imaginação e a criatividade e favoreçam as interações e a exploração. As crianças podem participar da
organização do espaço, trazendo suas ideias, suas impressões, sua cultura, e interagindo e criando com ele.

A escolha e o uso dos materiais


Indispensáveis para o desenvolvimento de atividades interessantes, os materiais devem ser planejados e
escolhidos pensando na sua versatilidade, no seu uso, nas suas potenciais transformações e no cuidado com
seus elementos em relação à faixa etária das crianças. Elas podem participar da escolha dos materiais, expondo
suas ideias, usando sua imaginação e criatividade, exercendo sua autonomia para tomar decisões e recorrendo
a seu conhecimento sobre as possibilidades de uso dentre as opções que estão ao seu alcance. As crianças
devem ter contato e conhecimento sobre os materiais disponíveis, para que possam participar dos momentos
de escolha e organização junto com o professor.
O planejamento do tempo
O tempo para realização das atividades deve levar em consideração a individualidade de cada criança. Ape-
sar do professor elencar um tempo previamente estipulado, pensando na organização da rotina, é na hora da
prática que ele vai perceber quais crianças estão confortáveis com o tempo planejado e quais precisarão de
mais ou menos tempo. Por conta disso é interessante que o professor pense em propostas simultâneas, para
as crianças que terminarem rapidamente não ficarem ociosas enquanto as outras ainda estão envolvidas com
a proposta central. Outro caminho é continuar a atividade em outro momento com as crianças que precisam de
mais tempo, caso este esteja impossibilitado no momento por conta da rotina institucional, por exemplo, que
muitas vezes tem horário definido para determinadas atividades.
Em cada um dos conjuntos de atividades esses aspectos foram pensados e propostos, considerando os ele-
mentos tratados até aqui. Seguir ao máximo essas propostas pode garantir o sucesso da atividade e oportunizar
maior qualidade para as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças.

Atividades Permanentes e Sequências de Atividades


Os conjuntos de atividades estão organizados em cinco propostas, agrupadas em torno de um tema e reunidas
em forma de uma Unidade ou uma Sequência de Atividades. O que determina se um conjunto de cinco atividades
é uma Unidade ou uma Sequência de Atividades são definições conceituais em torno das modalidades organi-
zativas, utilizadas como forma de estruturação para se colocar um currículo em prática.
As Unidades organizam um conjunto de atividades chamadas de permanentes, porque guardam certa regu-
laridade temporal em sua realização: todos os dias, uma vez por semana, quinzenalmente. Como não estão
necessariamente ligadas a Projetos ou Sequências, apresentam certa autonomia em sua realização, podendo
ter um fim em si mesmas sem uma necessária continuidade do tema ou da ação com o grupo de crianças. São
práticas que ajudam a garantir os valores do próprio currículo, a apreensão de hábitos e a repetição de situações
necessárias ao processo de aprendizagem. Alguns exemplos de atividades permanentes são as leituras diárias,
os momentos de alimentação, os cantos de brincadeiras etc. A mesma atividade permanente de uma Unidade
pode e deve repetir-se ao longo do semestre ou do ano.
Já as atividades organizadas em forma de Sequência se caracterizam por serem propostas em ordem cres-
cente de dificuldade. Cada passo dado permite que o próximo seja realizado; ou seja, dizem respeito a uma
aprendizagem específica que se quer alcançar, trilhando um certo caminho para isso. Muitas vezes precisamos
realizar a mesma atividade mais de uma vez antes de passar para a próxima, e isso vai depender das próprias
crianças e do olhar atento e sensível do professor. Algumas atividades podem passar a ser permanentes após
a finalização do desenvolvimento da Sequência. Um exemplo disso é a construção de álbum do grupo, que
prevê uma série de atividades sequenciadas para sua concretização. Ao final, o álbum passa a ser um mate-
rial daquele coletivo que pode ser explorado várias vezes em situações livres e/ou mais encaminhadas pelo
professor – uma conversa, por exemplo. O tempo de duração do desenvolvimento da Sequência depende das
crianças e também da organização da rotina por parte de todos. Algumas podem demandar mais tempo (dias,
semanas e até meses) do que outras e podem ter ou não um produto final.
As Unidades (atividades permanentes) e as Sequências de cada corte etário foram organizadas em uma ordem
que considerou alguns critérios importantes: iniciar o ano sempre com a adaptação e o acolhimento às crianças
(incluindo outras unidades ou sequências que colaboram com esse processo); equilíbrio entre as temáticas de
propostas; grau de desafio em relação à faixa etária e ao trabalho do professor; e ordenação das atividades
(isto é, o que as crianças precisam ter contato antes de realizar a proposta). A ideia foi colaborar para o plano
pedagógico anual dos professores.
No entanto, essa ordenação não deve ser rígida; muito pelo contrário. Como já explicitado aqui, o protago-
nismo do professor é fundamental para que ele seja também autor do próprio planejamento. Por isso, é preciso
refletir sobre as propostas e tomar decisões considerando as crianças e os critérios explicitados. A ordenação
das atividades deve tomar mais atenção por parte do professor quando fazem parte de uma Sequência, pois
deve-se considerar a graduação dos desafios de aprendizagem e o desenvolvimento em relação ao conheci-
mento/prática social com a qual se está trabalhando.
Ao adaptar ou reorganizar a realização das atividades, há que se considerar a importância do equilíbrio em
relação aos campos de experiências. Por isso, é fundamental olhar para o plano pedagógico anual e entender
quais são os melhores momentos para a realização das propostas em relação ao grupo de crianças.

 Referências bibliográficas

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. In: Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Departamento de Linguística. Revista Brasileira de Educação Nº 19. Campinas, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase>. Acesso em: jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Campos de experiências: efetivando direitos e aprendizagens na Educação in-
fantil (Texto final Zilma de Moraes Ramos de Oliveira). Fundação Santillana, São Paulo, 2018. Disponível em:
<http://movimentopelabase.org.br/acontece/os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil/>. Acesso em: jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – Parecer no
20/2009. Brasília: MEC, 2009.

FINCO, Daniela, BARBOSA, Maria Carmen S., FARIAS, Ana Lúcia Goulart de (orgs.) Campos de Experiência na escola da
infância. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=62879&opt=1>. Acesso em: jun. 2021.

FOCHI, Paulo. A didática por Campos de Experiência. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publica


tion/319653636_A_didatica_dos_campos_de_experiencia>. Acesso em: jun. 2021.

NOVA ESCOLA. Planos de Aula para Educação Infantil. Disponível em: <https://planosdeaula.novaescola.org.br/
educacao-infantil>. Acesso em: jun. 2021.

NOVA ESCOLA. O que são os Campos de Experiência da Educação Infantil. Disponível em: <https://novaescola.org.
br/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil>. Acesso em: jun. 2021.

NOVA ESCOLA. Chega de “aulinhas” para os pequenos. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/16074/edu


cacao-infantil-como-planejar-e-promover-os-seis-direitos-de-aprendizagem-previstos-na-bncc>. Acesso em: jun. 2021.

NOVA ESCOLA. O quebra-cabeça das modalidades organizativas. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteu


do/1869/o-quebra-cabeca-das-modalidades-organizativas>. Acesso em: jun. 2021.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. O Trabalho do Professor na Educação Infantil. Editora Biruta. São Paulo, 2014.
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mentos, da adaptação às brincadeiras diárias, garantindo às crianças vivências e experiências
significativas.

Abertura do conjunto
Este material é composto por três volumes, um para
cada grupo etário proposto pela Base Nacional Comum
Curricular: bebês, crianças bem pequenas e crianças
pequenas. Há dois tipos de unidades: Atividades Per-
manentes e Sequência Didática. A principal diferença
entre elas é que as primeiras podem ser permanentes,
incluídas na rotina das crianças. Já as atividades das
sequências didáticas guardam progressão entre si, ou
seja, a segunda faz sentido após a primeira, e assim
sucessivamente. Você saberá quando está diante de
uma ou de outra pelo selo.

AP SA

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento


e Campos de Experiência da BNCC
As unidades apresentam atividades que contemplam os diferentes Objetivos
de Aprendizagem e Desenvolvimento e os Campos de Experiência da BNCC.
Para auxiliá-lo em seu planejamento, ao início de cada unidade você encontrará
estas informações listadas.
Seção O que fazer antes
As atividades se iniciam na seção O que fazer antes, que descreve:
•  Tempo sugerido: tempo estimado de execução da atividade. Lembre-
se de que cada turma e cada criança são únicas; portanto, o tempo pode
variar.
•  Contextos prévios: descrição das ações prévias necessárias à
realização de cada atividade.
•  Materiais: lista com materiais necessários e sugeridos para a execução
da atividade.
•  Espaço: sugestão da forma de organizar o espaço, o que ajuda você
a entender o que deve considerar antes de propor a atividade e a
necessidade de organizar materiais e espaços da escola para seu
desenvolvimento. Também auxilia na escolha do melhor horário do dia
para sua realização, considerando sua rotina e a rotina institucional.
•  Perguntas para guiar suas observações: questionamentos
importantes para você entender aquilo a que precisa prestar atenção
durante o trabalho com os pequenos, de modo a verificar se os Objetivos
de Aprendizagem e Desenvolvimento propostos estão sendo alcançados.
•  Para incluir todos: sugestões para que nenhuma criança, com ou sem
deficiência, fique de fora da proposta.

Seção O que fazer durante


Nesta seção, você encontra a descrição completa da atividade a ser realizada.
•  Possíveis falas do professor: exemplos de falas que o professor pode
usar no momento da atividade.
•  Possíveis ações dos bebês: previsões de ações que os bebês podem
realizar durante a atividade.
•  Para finalizar: indicações sobre como encerrar a proposta.

Seção O que fazer depois


Esta seção propõe caminhos para a finalização da atividade.
•  Desdobramentos: procedimentos e estratégias vinculados à atividade
que a ampliem ou complementem.
•  Engajando as famílias: propostas de ação que ajudem a envolver
familiares e responsáveis dos bebês.
SUMÁRIO
Conjunto 1 Conjunto 7
UNIDADE: ADAPTAÇÃO E ACOLHIMENTO 23 UNIDADE: SUPORTES PARA DEIXAR MARCAS 125
Conhecendo a sala 25 Registros com elementos da natureza 127
Meu cantinho acolhedor 28 Registros com riscantes no papelão 130
Apresentando os bebês 31 Pintura com tinta de beterraba 133
Minha primeira refeição na escola 34 Riscando e escolhendo o papel 136
Apresentação da escola 37 Registros no espelho 139

Conjunto 2 Conjunto 8
UNIDADE: CUIDADOS PESSOAIS 40 UNIDADE: LEITURA DE HISTÓRIAS 142
Massagem para a soneca 42 Leitura aconchegante 144
Troca de roupa em frente ao espelho 45 Leitura divertida 147
Lavar as mãos 48 Leitura entre pares 150
Banho em bonecos 51 Leitura musical 153
Vestindo os bebês 54 Leitura em pequenos grupos 156

Conjunto 3 Conjunto 9
UNIDADE: SONO E DESCANSO 57 UNIDADE: CONHECENDO A ESCOLA 159
Organização da soneca 59 O que podemos fazer no refeitório? 161
Leitura na cabana 62 Os caminhos até o pátio 164
Soneca durante a rotina 65 Corredor, um espaço de aprendizagens 167
Massagem Shantala para a soneca 68 Visita à secretaria 170
Relaxamento e descanso 71 Conhecendo outras salas da escola 173

Conjunto 4 Conjunto 10
UNIDADE: ALIMENTAÇÃO 74 UNIDADE: BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES 176
Preparando uma cozinha 76 Brincando com tecidos 178
Organizando a alimentação 79 Brincadeiras nas cabanas 181
O preparo da alimentação 82 Brincadeiras e interações no túnel 184
Experimentando chás 85 Exploração de caixas 187
Receitas com familiares 88 O que há dentro da caixa? 190

Conjunto 5 Conjunto 11
UNIDADE: BRINQUEDOS E OBJETOS 91 SEQUÊNCIA: PERCURSO SIMPLES 193
Garrafa PET sensorial 93 Percurso com tiras de papel 195
Sacos sensoriais 96 Percurso com túnel e bolinhas coloridas 198
Cadê o objeto que estava aqui? 99 Percurso com colchões 201
Eu conheço esse brinquedo! 102 Percurso inclinado 204
Qual é o bicho escondido aqui? 105 Percurso e muitos desafios motores 207

Conjunto 6 Conjunto 12
UNIDADE: CANTOS E ACALANTOS 108 UNIDADE: ENCONTROS E DESPEDIDAS 210
Brincando, cantando e acarinhando 110 Cantos diversificados 212
Dança com espelho 113 Cadê? Achou! 215
Cantos e acalantos de casa 116 Apresentando a rotina 218
Sons e movimentos na área externa 119 Dia de história 221
Explorando cantos e acalantos 122 Brincadeiras em ambiente externo 224
Conjunto 13 Conjunto 19
UNIDADE: CESTA SURPRESA 227 UNIDADE: SONS DO CORPO E DO AMBIENTE 329
Cesta de toques 229 Meu corpo tem som 331
Cesta dos elementos naturais 232 Os diferentes sons do ambiente 334
Cestas de tesouros 235 Movimento sonoro 337
Cesta de sabores 238 Mala de surpresas sonoras 340
Cesta de preferências 241 Produzindo som 343

Conjunto 14 Conjunto 20
UNIDADE: RODAS E CANTIGAS 244 SEQUÊNCIA: BRINCAR COM BICHOS 346
Sapo Cururu 246 Som e imagem de pássaros 348
Rodas e cantigas em grupos 249 Brincar com bichos de brinquedo 351
Rodas e cantigas usando vários sons 252 Imitar bichos 354
Explorando o próprio corpo 255 Explorar bichos do jardim 357
Rodas e cantigas com as famílias 258 Conhecer bichos de estimação 360

Conjunto 15 Conjunto 21
UNIDADE: MASSAGEM 261 SEQUÊNCIA: PLANTAÇÃO DE SEMENTES DE CHÁ 363
Massagem durante os cuidados corporais 263 Potencializando o tato 365
Massagem como experiência corporal 266 Despertando o olhar 368
Meu corpo e o corpo do outro 269 Sensibilizando o olfato 371
Massagem na construção de vínculos 272 Experimentando sabores 374
Massagem com música instrumental 275 Brincadeiras com as famílias 377

Conjunto 16 Conjunto 22
SEQUÊNCIA: MELECAS COM TINTA 278 UNIDADE: BRINCADEIRAS NA ÁREA EXTERNA 380
Meleca com amido colorido 280 Brincando com água 382
Exploração de massinha caseira 283 Brincando com areia 385
Tintas caseiras nas massas 286 Brincando com elementos da natureza 388
Tintas caseiras em suportes para deixar marcas 289 Brincando com corpo, luz e sombra 391
Arte com tintas caseiras, massas e melecas 292 Brincando com sons da natureza 394

Conjunto 17 Conjunto 23
UNIDADE: BRINCANDO COM HISTÓRIAS 295 SEQUÊNCIA: FAMÍLIAS E OBJETOS DE APEGO 397
Brincar com narrativas 297 Conhecendo os objetos de apego 399
Motivar a interação com histórias 300 Objetos de apego na hora do descanso 402
Brincar em um cenário divertido 303 O meu objeto de apego e o do meu amigo 405
Despertar o prazer pelas histórias lidas 306 Brincando com objeto de apego da escola 408
Instigar o interesse pelas ilustrações 309 Compartilhando objeto de apego com novos amigos 411

Conjunto 18 Conjunto 24
SEQUÊNCIA: LUZ E SOMBRA 312 UNIDADE: EXPLORANDO SUPERFÍCIES 414
Brincadeiras com lanterna 314 Obtendo novas sensações na areia 416
Brincadeiras com celofane 317 Nas superfícies com pedras 419
Brincadeiras com lençol 320 Explorações diversas no gramado 422
Vamos fugir ou pegar? 323 Exploração de superfície com terra 425
Brincando com objetos luminosos 326 Tapetes sensoriais 428
Conjunto 25 Conjunto 31
UNIDADE: BRINCADEIRAS COM A LINGUAGEM 431 SEQUÊNCIA: BRINCADEIRAS COM O ESPELHO 533
Chamada musical 433 Brincadeiras no espelho 535
Leitura de história 436 O que eu vejo quando me olho no espelho? 538
Caixa surpresa musical 439 Exploração com espelhos e caixas 541
Músicas de tradição oral 442 Quem está aí? Brincando com panos e espelhos 544
Leitura de rimas 445 O que há na caixa? Brincando com adereços
no espelho 547
Conjunto 26
UNIDADE: DANÇA 448 Conjunto 32
Danças, balanços e acalantos 450 SEQUÊNCIA: POEMAS E PARLENDAS 550
Dançando em dose dupla 453 O brincar em roda com poemas e parlendas 552
Dança do barulho 456 O brincar de imitações com poemas e parlendas 555
Clássico para dançar, ouvir e tocar 459 O brincar no refeitório com poemas e parlendas 558
Paninho que une e faz dançar 462 O brincar com a sonoridade de poemas e parlendas 561
O brincar na interação com poemas e parlendas 564
Conjunto 27
UNIDADE: MASSAS E ARGILA 465 Conjunto 33
Manipulação de massas de pães 467 SEQUÊNCIA: COLECIONAR ELEMENTOS DA NATUREZA 567
Exploração de argila 470 Um passeio pela natureza 569
Marcas gráficas em argila 473 Recolhendo elementos da natureza 572
Tingir e misturar massas 476 Organizando coleções com elementos da natureza 575
Exploração de massas coloridas 479 Folhas, galhos, pedras e um pouco mais 578
Descobrir e relacionar novas coleções na natureza 581
Conjunto 28
UNIDADE: POSSIBILIDADES TRANSFORMADORAS 482
Brincar com massinha 484
Deixando marcas 487
Brincadeiras com espuma colorida 490
Transformação da cesta de frutas 493
Brincadeiras com areia 496

Conjunto 29
UNIDADE: NOME PRÓPRIO 499
Cantigas com nomes 501
Retratos das famílias 504
Produções artísticas como marcas de identidade 507
Usando fotos para identificar pertences pessoais 510
Apreciando a si mesmo e aos colegas em registros
fotográficos 513

Conjunto 30
SEQUÊNCIA: ÁLBUM DOS BEBÊS 516
Preparação do álbum 518
Investigação das fotos do álbum 521
Produção do álbum 524
Finalização do álbum 527
Exploração do álbum 530
1
AP

CONJUNTO

UNIDADE

ADAPTAÇÃO E
ACOLHIMENTO
O período de adaptação do bebê e dos seus responsáveis é uma experiência intensa e
muito importante, que demanda envolvimento, tranquilidade e acolhimento. A escola de
Educação Infantil tende a ser o primeiro espaço frequentado pelo bebê fora do núcleo fa-
miliar. Portanto, são muitas novidades: sons, cheiros, sabores, objetos, pessoas e espaços.
A adaptação precisa acontecer de forma gradativa e flexível. É importante reconhecer
e valorizar diferenças, interesses e necessidades dos bebês, promovendo, aos poucos,
aproximações e interações entre o educador e os pequenos. Os bebês bem acolhidos
sentem-se seguros para explorar o novo ambiente, construir vínculos com os pares e
o professor, aprender e se desenvolver. Nos primeiros dias, a permanência é mais curta
e acompanhada por um adulto responsável que seja referência para eles. Aos poucos,
conforme eles ficam mais tranquilos e envolvidos com objetos, brinquedos e pares, a
permanência na escola aumenta.

23
Unidade: Adaptação e acolhimento

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,


EI01EO05
brincadeira e descanso.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
EI01EF06
expressão.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Escuta, fala, pensamento Espaços, tempos,


e imaginação quantidades, relações e
transformações

24
Atividade: Conhecendo a sala

 EI01EO04  EI01EO06  EI01EF06


CONHECENDO A SALA
Tempo sugerido: 2 horas

O QUE FAZER ANTES

Sugestões de vídeo
 Contextos prévios

•Ciranda dos
bichos. Versão
Para a atividade, faça alguns combinados antes da entrada do bebê na escola Palavra Cantada.
(por exemplo, no ato da matrícula ou na reunião com os responsáveis que antecede Disponível em: https://
o ano escolar). Converse com eles sobre a importância do primeiro contato com o www.youtube.com/
professor. Informe que a adaptação vai acontecer de forma gradativa, ao longo de watch?v=H9fXoZ
alguns dias ou semanas, respeitando-se o tempo e as necessidades de cada bebê. mMHK8. Acesso em: 14
jun. 2021.
Explique que a proposta tem como objetivo fazer com que o bebê familiarize-se abóbora faz
•Da
com a sala e com o professor. Solicite que o responsável ou alguém em quem o melão. Versão Patinho
bebê tenha confiança e intimidade se organize para acompanhá-lo no primeiro dia. Tuga. Disponível
A ideia é que algum adulto apresente o bebê ao professor. Dessa forma, ele vai em: https://www.
perceber que o professor é um conhecido e, certamente, vai se sentir mais seguro. youtube.com/
watch?v=hdqPxitrffQ.
Acesso em: 14 jun.
2021.
 Materiais
•Peixe vivo. Versão
grupo Palavra Cantada.
•  Placas sinalizadoras dos objetos e dos ambientes da sala; Disponível em: https://
•  Um equipamento para reprodução de áudio; www.youtube.com/
watch?v=a6rT0x4ZSj4.
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis; Acesso em: 14 jun.
•  Peças de encaixe, brinquedos, livros e materiais de largo alcance; 2021.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deverá ser realizada na sala, para que os bebês possam se familiarizar com o ambiente. Prepare
o espaço com placas que sinalizem onde estão as mochilas, os copos e o banheiro. Deixe os brinquedos à
disposição no ambiente. Faça cantos (como um canto com peças de encaixe; um canto com brinquedos; outro
com materiais de largo alcance; um canto da leitura, com livros à disposição; etc.) para o momento de interação
entre os bebês e os adultos responsáveis. Na atividade Meu cantinho acolhedor, deste conjunto, os bebês terão
mais oportunidades para se apropriar dos cantinhos da sala, explorando-os à vontade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as reações dos bebês ao primeiro contato com o professor e com o espaço?
2. Como os bebês se comunicam? Como eles demonstram emoções?
3. De que forma acontece a interação entre os bebês e dos bebês com os brinquedos?

25
Unidade: Adaptação e acolhimento

 Para incluir todos


Durante a atividade, garanta aos bebês que ainda não andam a oportunidade de explorar o espaço livremente,
apoiando-os quando necessário. Para os bebês que ainda não demonstram tranquilidade no ambiente, combine
com os responsáveis que os ajudem a construir os vínculos com todos. Eles podem fazer isso se disponibilizando
a observar o grupo com o bebê, respeitando seu tempo de adaptação ao novo espaço. No entanto, o bebê pode
estranhar o novo espaço e ficar bastante incomodado, demonstrando, por meio do choro, que não está bem.
Para acalmá-lo, sugira ao adulto responsável que dê uma volta na escola com o bebê.

O QUE FAZER DURANTE

1 Faça uma roda com todo o grupo (bebês e adultos responsáveis). Solicite que
um dos adultos apresente o bebê a você e que os outros repitam a ação. Nas
apresentações, convide cada bebê para ir ao seu colo e converse com ele e
com seu responsável. Observe suas reações, seus interesses e pergunte ao
bebê se você pode abraçá-lo ou pegá-lo no colo. Se o bebê aceitar, combi- A
ne com ele que vocês se afastarão por um momento do adulto responsável. Possíveis falas
Faça isso conversando com o bebê, propondo uma brincadeira (de bola, por do professor
exemplo) ou oferecendo algum livro ou material de largo alcance para que — Olá, (diga o nome do
ele possa explorar. Isso vai fazer com que o bebê ganhe mais confiança em bebê)! Meu nome é (diga
você e comece a se sentir familiarizado com o ambiente. Observe a reação seu nome) e estaremos
juntos hoje!
dele. Em caso de recusa, não insista. Enquanto alguns bebês são apresenta- — Vamos brincar muito
dos a você, solicite aos demais responsáveis que apresentem, aos poucos, juntos!
os bebês uns aos outros. A

2 Apresente os objetos e mostre onde ficarão as mochilas, os copos e outros


itens de uso cotidiano. Indique a todos onde é o banheiro. Apresente os cantos
disponíveis para o uso dos bebês e dos adultos, possibilitando que fiquem à
vontade para conhecer o ambiente. Observe as reações dos bebês durante
a proposta: se vão sozinhos até os brinquedos, se têm iniciativa de brincar
com outros bebês e se sorriem, falam ou choram. Se possível, registre esses
momentos com fotos e filmagens.

3 Enquanto os responsáveis e os bebês brincam nos cantinhos, leve, com o B


adulto responsável, um bebê de cada vez ao banheiro ou ao trocador para Possível fala
fazer o momento de higienização. Pergunte ao bebê se você pode trocar a do professor
sua fralda ou auxiliá-lo no banheiro. Se o bebê recusar, não insista e garanta — Vamos conhecer mais
que o responsável conduza a troca. Fique próximo, mostrando que você está um espaço da escola?
presente e à disposição caso necessário. B

Para finalizar
Faça uma brincadeira de roda com os bebês. Convide-os para participar e coloque músicas conhecidas
para tocar, por exemplo Da Abóbora faz melão, Peixe vivo e Ciranda dos bichos. Os adultos podem assistir à
brincadeira de fora da roda. No caso de recusa de algum bebê, não insista, mas chame o adulto responsá-
vel para participar. Se o bebê demonstrar desconforto em ficar longe do responsável enquanto a atividade
é feita, peça que ele observe de longe a brincadeira junto ao seu adulto responsável. No final da primeira
música, chame novamente o bebê e o adulto para participar. Observe se os bebês entraram na roda para
cantar e dançar. Observe se quem já está na roda bate palma, canta ou demonstra alguma reação.

26
Atividade: Conhecendo a sala

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante que você repita a atividade até que os bebês tenham se adaptado ao ambiente. Por isso,
retome a proposta mais de uma vez se necessário, organizando a turma em pequenos grupos, para que refaçam
a atividade em momentos diferentes. Aproveite para apresentar e nomear novamente os ambientes, os materiais
e as pessoas. Você deverá ter o maior contato possível com os bebês durante a vivência. Observe como cada
um está se adaptando e aproveite para conhecê-los melhor. Se possível, convide novamente os responsáveis
para estar com eles até que estejam adaptados. Além disso, converse com os adultos responsáveis e os incentive
a participar nos primeiros dias da escola, até que os bebês estejam adaptados e seguros.

 Engajando as famílias
O momento da adaptação é muito importante para o bebê. A escola pode ser o primeiro espaço diferente
do núcleo familiar do bebê e ele precisa se sentir seguro e acolhido para explorar o novo e construir vínculos
com colegas e professores. Mande aos adultos fotos de alguns momentos da adaptação para construir uma
relação de parceria entre escola e responsáveis. As fotos podem ser impressas, enviadas por e-mail ou por outro
canal de comunicação que a escola costuma utilizar.

27
Unidade: Adaptação e acolhimento

 EI01EO04  EI01EF06  EI01ET03


MEU CANTINHO
ACOLHEDOR
Tempo sugerido: 1 hora e 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antes da atividade, combine com os responsáveis de cada bebê que algum adulto deverá acompanhá-lo nos
primeiros dias. Explique que a atividade proposta tem como objetivo fazer com que o bebê se familiarize mais
com o ambiente e explique que o primeiro contato do bebê com a escola é muito importante para que ele se
sinta à vontade para começar a criar vínculos com o professor e com os outros bebês.
Na conversa prévia com os responsáveis, entreviste-os para obter informações como: brincadeiras favoritas,
rotina dos bebês, relação dos bebês com os demais e outros dados que você considere relevantes para uma
boa adaptação. Peça ao acompanhante de cada bebê que leve um objeto de apego dele para ficar na escola.
Você pode organizar caixas para guardar esses objetos, além de um tapete para demarcar esse cantinho.

 Materiais
•  Folhas de papel sulfite ou telas de pintura;
•  Tinta antialérgica;
•  Pincéis ou rolinhos de pintura;
•  Um painel para disponibilizar fotos e desenhos;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Livros de literatura infantil;
•  Caixas de papelão de diferentes tamanhos;
•  Brinquedos disponíveis na escola;
•  Objetos de apego dos bebês (solicitados com antecedência);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada na sala, para que os bebês possam se familiarizar com o ambiente. Disponibili-
ze, com antecedência, diferentes materiais na sala, para organizar com os bebês diferentes cantos. Sugestões:
cantinho de artes; cantinho das caixas e dos brinquedos; cantinhos de objetos de apego.

28
Atividade: Meu cantinho acolhedor

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as reações dos bebês no contato com a escola? Como se expressam e utilizam o choro, balbu-
cios, falas e sorrisos?
2. Durante a atividade, como eles exploram o ambiente e os materiais oferecidos? Demonstram interesse
por quais materiais?
3. Como se dá a interação entre os bebês? Exploram juntos os ambientes? De qual cantinho mais gostam?

 Para incluir todos


Os bebês que ainda não andam podem ser colocados no chão para que tenham acesso aos materiais da sala
engatinhando e possam observar o seu entorno. No período de adaptação, o bebê pode estranhar o espaço e ficar
bastante incomodado, demonstrando, por meio do choro, que não está bem. Para confortá-lo, sugira ao responsável
que dê uma volta na escola com ele e que, em seguida, voltem juntos para a sala. Peça aos adultos responsáveis que
disponibilizem um objeto de apego do bebê para deixar na escola, a fim de que o ambiente, aos poucos, torne-se familiar.

O QUE FAZER DURANTE

1 Faça uma roda com todo o grupo (bebês e adultos responsáveis). Explique
a todos que vocês vão criar cantinhos de acolhimento juntos, usando os ma- A
teriais disponíveis e os objetos trazidos pelos responsáveis. Convide os be-
Possíveis falas
bês e os adultos para participar da organização, ficando à vontade para que do professor
decidam com qual cantinho querem começar. A seguir, há uma sugestão de
— Como podemos deixar
ordem a ser seguida, mas o importante aqui é garantir que escolham os es-
esse canto acolhedor?
paços que desejam organizar. Durante toda a atividade, observe como os — O que podemos
bebês manifestam seus interesses e escolhas e acolha suas intervenções. Se colocar aqui?
possível, anote as sugestões feitas pelos adultos e as reações e apontamen-
tos dos pequenos. A

2 Para o cantinho de artes, é importante que os materiais para desenho e pin-


B
tura (folhas de papel sulfite ou telas de pintura, tinta antialérgica e pincéis ou
rolinhos de pintura) estejam disponíveis aos bebês e aos adultos. Inicialmente, Possíveis falas
do professor
observe como o bebê explora o material e o espaço e se ele demonstra algu-
ma ação por meio da experimentação, manipulação ou observação. Incentive — Vamos fazer um
os adultos e os bebês a pintarem juntos, utilizando os materiais específicos desenho?
— Vamos colar nossos
desse espaço. Ao fim, você pode pedir que eles pendurem os desenhos dos desenhos no cantinho de
bebês na parede ou em um mural, de modo que os pequenos possam apre- artes?
ciar as próprias produções. Registre o momento com fotos e observe as falas
dos bebês, se possível anotando-as. B
C
3 No cantinho das caixas e dos brinquedos, convide os bebês para explorar as
Possíveis falas
caixas de papelão e os brinquedos com você. Faça pequenos grupos, dis- do professor
ponibilizando uma caixa e alguns brinquedos para cada grupo, a fim de que
— Vocês já viram uma
brinquem livremente. Observe como interagem entre si e com os materiais, caixa?
apoiando-os se necessário, e se eles constroem brincadeiras coletivas ou se — Vocês conhecem
preferem brincar sozinhos com as caixas e brinquedos. Garanta que aqueles esses brinquedos?
que engatinham participem do momento observando os demais. C

29
Unidade: Adaptação e acolhimento

No cantinho do apego, coloque os objetos de apego dos bebês em cima do D


4 Possíveis falas
tapete. Convide-os a explorar o cantinho e os objetos. Observe o que eles
do professor
fazem: quais os gestos, se reconhecem seus objetos, se têm iniciativa para
mostrar seus objetos uns aos outros, se interagem com os demais etc. Regis- — Que objetos são esses
tre o momento com fotos. D em cima do tapete?
— Como vocês brincam
com eles?

Para finalizar
Quando faltarem cinco minutos para o fim da proposta, avise os bebês e os adultos responsáveis.
Diga que, em alguns minutos, você fará a leitura de uma história e comece a convidá-los de volta para
a roda inicial.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a atividade de uma forma diferente: se possível, divida a turma em pequenos grupos e em horários
diferentes. Dessa forma, você terá um contato maior com os bebês. Você pode convidar novamente os respon-
sáveis para continuar explorando os cantinhos até que os bebês se sintam confortáveis na escola. Lembre-se
de observar como cada um está se adaptando e procure comunicar-se com eles chamando-os pelo nome. A
atividade Apresentando os bebês trará uma proposta para que os bebês também passem a se reconhecer e
se chamar pelo nome.

 Engajando as famílias
Após a atividade, construa um painel na entrada da sala com fotos, desenhos e falas dos bebês que você
registrou durante a atividade de adaptação. Mande um convite aos responsáveis que não estiveram presentes
para que visitem a escola a fim de apreciar o painel. Conte como o dia foi prazeroso e importante para os bebês.
Assim, você constrói uma relação de parceria entre a escola e os responsáveis dos bebês.

30
Atividade: Apresentando os bebês

 EI01EO06  EI01EF01  EI01EF06


APRESENTANDO OS BEBÊS
Tempo sugerido: 1 hora e 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
É importante que, para a atividade de adaptação, você faça alguns combinados com o responsável antes da
entrada do bebê na escola (por exemplo, no ato da matrícula ou na reunião com os adultos que antecede o
início do ano escolar). Converse com eles sobre a importância do primeiro contato com o professor. Entreviste-
-os previamente para obter informações sobre as brincadeiras e os brinquedos preferidos dos bebês, como é
a rotina deles, com quem se relacionam, entre outras questões que possam ser valiosas para a adaptação e o
bem-estar deles na escola.
Explique que a atividade proposta para a adaptação acontecerá para que os bebês sejam apresentados, se
conheçam e comecem a se familiarizar com a sala. Solicite aos responsáveis que alguém em quem o bebê tenha
confiança se organize para acompanhá-lo no primeiro dia. Peça que cada responsável traga uma foto de uma
pessoa do convívio dos bebês para a atividade de adaptação.

 Materiais Sugestões de vídeo


canoa virou.
•A
•  Um painel para fotos; Versão do grupo
•  Brinquedos selecionados de acordo com os interesses dos bebês; Palavra Cantada.
•  Fotos trazidas pelos responsáveis dos bebês; Disponível em: https://
•  Brinquedos de encaixe; www.youtube.com/
watch?v=_vmxj-a
•  Cestos; diPo. Acesso em: 14 jun.
•  Bolas; 2021.
•  Cones;
•Ciranda cirandinha.
•  Carretéis; Versão da Galinha
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Pintadinha. Disponível
em: https://www.youtu-
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para
be.com/watch?v=
registrar a atividade. qzEcHMqqcuE. Acesso
em: 14 jun. 2021.

 Espaços
Organize a atividade na sala para que os bebês possam se familiarizar com o ambiente. Prepare diferentes
cantinhos: um com os brinquedos com os quais os bebês gostam de brincar; outro com cestos e bolas; um terceiro
com cones, carretéis e peças de encaixe; e um quarto com um painel para pendurar fotos.

31
Unidade: Adaptação e acolhimento

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as reações dos bebês nos primeiros contatos com o professor e com o espaço?
2. Quais espaços e materiais despertam mais o interesse dos bebês?
3. Como são as interações entre os bebês e o professor?

 Para incluir todos


Os bebês que ainda não andam podem ser acomodados no chão, em um tapete com almofada, para que
tenham acesso aos materiais da sala e possam observar o seu entorno. Fique atento para dar apoio sempre
que necessário e para sugerir o adulto que está acompanhando o bebê a estimulá-lo diante do espaço e dos
materiais.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Faça uma roda com todo o grupo (bebês e adultos responsáveis). Peça que
Possíveis falas
cada adulto que está acompanhando a adaptação do bebê apresente-o ao do professor
grupo. Incentive o responsável a se expressar dizendo como chama o bebê
em casa, de que o pequeno gosta de brincar e qual é o brinquedo ou objeto — Qual é o seu nome?
— Qual é o nome do seu
preferido dele. Esses dados também podem ser coletados durante o desen- bebê?
volvimento das atividades Meu cantinho acolhedor e Conhecendo a sala, — O bebê atende por
deste conjunto. Registre as falas dos bebês e dos adultos responsáveis. De- algum apelido?
pois que todos tiverem falado, apresente-se ao grupo dizendo seu nome, — Olá, (diga o nome do
apelido e do que você gosta de brincar. Durante a atividade, faça registros bebê)! Vamos passar um
tempo juntos hoje!
com fotos e anotações. A — Do que você gosta de
brincar em casa?
2 Em seguida, apresente os cantinhos da sala que você organizou, convidando
os bebês e os seus acompanhantes a conhecer cada ambiente. Observe, por
meio dos gestos e das interações dos bebês, quais são as reações deles aos B
primeiros contatos com você e com o espaço, e como eles se comunicam e Possíveis falas
demonstram emoções. B do professor
— Olha quanta coisa
Em pequenos grupos, observe-os explorar os espaços, interagindo com esse cantinho tem!
3 — Você conhece este
adultos e colegas. Procure comunicar-se com os bebês, brincando com eles
brinquedo?
nos espaços. Observe atentamente os interesses e gostos deles, verificando
suas preferências, de que forma se expressam e como se comunicam. No
cantinho das fotos, incentive que os bebês e os adultos pendurem no painel C
as fotos trazidas. C Possíveis falas
do professor
Para finalizar — Olha esse painel! Que
Convide todo o grupo para brincar de roda. Cante músicas conhecidas, legal! Vamos pendurar
como A canoa virou e Ciranda Cirandinha, adaptando-as para a retomada as fotos?
— Quem vai jogar bola
do nome dos bebês. no cesto comigo?

32
Atividade: Apresentando os bebês

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode repetir a atividade até que o processo de adaptação esteja concluído. Para isso, divida a turma de
bebês em pequenos grupos, em horários diferentes, pois, assim, você terá um contato maior com cada um deles.
Observe como eles estão se adaptando e, se necessário, convide novamente os responsáveis para ir à escola,
até que os bebês estejam adaptados. Em vez da roda de música, você pode propor uma brincadeira diferente,
que pode ser realizada em outros ambientes da escola, para que o bebê se familiarize com outros espaços.

 Engajando as famílias
Após a atividade, faça um painel no corredor da sala com as fotos dos bebês e dos responsáveis que os acom-
panharam no momento da adaptação. Legende as fotos com as falas dos bebês e dos seus responsáveis. Envie
um convite aos adultos para que venham apreciar o painel, sobretudo aqueles que não puderem participar da
atividade. No dia combinado, incentive-os a observar os registros e comente como o dia de adaptação foi pra-
zeroso e importante. Assim, aos poucos, se constrói uma relação de parceria entre os responsáveis e a escola.

33
Unidade: Adaptação e acolhimento

 EI01EO01  EI01EO05
MINHA PRIMEIRA
REFEIÇÃO NA ESCOLA
Tempo sugerido: 2 horas

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, é necessário que tenha acontecido anteriormente o primeiro contato do bebê com o professor.
Assim, sugerimos que você desenvolva, com antecedência, as seguintes propostas: Conhecendo a sala, Meu
cantinho acolhedor e Apresentando os bebês, deste conjunto.
Combine com os funcionários da cozinha para que o horário da refeição seja ampliado, pois o grupo de bebês
será dividido. Faça alguns combinados com os adultos responsáveis antes da atividade. Pergunte a eles se o
bebê está acostumado a comer sozinho ou com a ajuda de alguém. Procure saber quais os alimentos preferidos
e preteridos pelo bebê. Questione se algum bebê tem alergia ou intolerância alimentar. Essas são informações
que podem ajudar na aproximação com o bebê. Explique que a atividade tem como objetivo fazer com que os
bebês se sintam mais familiarizados com a sala e com o refeitório e que realizem a sua primeira refeição na
escola. Solicite aos responsáveis que alguém em quem o bebê tenha confiança e intimidade se organize para
acompanhá-lo no dia. É importante que, no dia da atividade, haja outro professor ou auxiliar em sala.

 Materiais
•  Toalhas de mesa;
•  Pratos;
•  Talheres;
•  Copos;
•  Alimentos de brinquedo;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada em dois espaços: na sala e no refeitório, para que os bebês possam se familiari-
zar com os ambientes. Para o primeiro momento, prepare a sala com toalhas de mesa, copos, pratos e talheres,
simulando uma mesa preparada para refeição ou um piquenique. Para o segundo momento da atividade, o
refeitório deve ser preparado para receber os bebês e os responsáveis.

34
Atividade: Minha primeira refeição na escola

 Perguntas para guiar suas observações

1. Qual é a reação dos bebês no refeitório?


2. De que forma os bebês exploram o refeitório?
3. Qual é a reação deles quando os alimentos são oferecidos?

 Para incluir todos


No período de adaptação, o bebê pode estranhar um novo espaço e ficar bastante incomodado, demons-
trando seus sentimentos por meio do choro ou outros comportamentos de resistência, como se negar a comer.
Para confortá-lo, sugira ao adulto responsável que dê uma volta na escola com o bebê e que, em seguida,
voltem para a sala ou para o refeitório, possibilitando que o bebê observe e sinta o movimento do grupo.
Garanta a participação dos que engatinham, colocando-os no chão para conhecer o que está ao redor.
É importante, também, conhecer os hábitos alimentares dos bebês e seus responsáveis, incluindo obser-
vações sobre restrições ou alergias alimentares. Outrossim, alguns bebês podem ainda não ter iniciado a
introdução alimentar, indicada a partir dos 6 meses de vida, assim, é importante estar atento para seguir as
recomendações para cada faixa etária.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês e adultos para brincar livremente A


no espaço que você preparou, explorando os objetos e materiais
Possíveis ações dos bebês
nos cantos organizados, e incentive os adultos a entrarem no faz
de conta. Observe como os bebês descobrem o espaço e as inicia- bebê poderá pegar um
•O
pratinho, colocá-lo no colo e
tivas de interação que realizam com os adultos e os outros bebês,
fingir que está comendo.
e quais gestos e expressões realizam nessa interação. Registre as bebê poderá, também, utilizar
•O
ações dos bebês com fotos e filmagens para fins de documentação os objetos com outros fins.
pedagógica. Se possível, solicite que outra pessoa fotografe o mo-
mento, visto que é importante que você esteja atento à proposta B
da atividade. A
Possíveis falas do professor

2 Divida a turma em pequenos grupos para visitar o refeitório. En- — Olhem que lugar diferente!
quanto um grupo realiza a visita, o outro devem ficar na sala brin- É aqui que vamos comer!
— Olha o cadeirão! Quer se
cando na companhia do outro professor ou auxiliar. Um por um, leve
sentar um pouco?
os grupos ao refeitório e apresente o espaço, possibilitando que os
bebês explorem o ambiente. Apresente os funcionários da cozinha
e observe a reação dos bebês, se eles se dirigem para as mesas C
ou para outros cantos do refeitório, e como se expressam. Após os Possíveis ações dos bebês
bebês conhecerem o local, leve-os para fazer a higienização das bebê poderá esticar os
•O
mãos antes de comer. B C braços para o professor.
bebê poderá não querer
•O
Mostre aos adultos à qual mesa ou em qual cadeira de alimenta- sair do colo do responsável.
3 Acolha-o e convide o
ção os bebês irão se sentar. Ao servir os alimentos, nomeie o que
responsável a sentar-se ao
será oferecido e observe a reação dos bebês. Em relação àqueles lado do bebê.
que estiverem confortáveis, solicite aos adultos responsáveis que se

35
Unidade: Adaptação e acolhimento

afastem um pouco, sempre combinando previamente o afastamento D


com os bebês. Ofereça os alimentos ao bebê e faça desse momento
Possíveis falas do professor
uma oportunidade para construir vínculos com ele. Coloque o talher
na mão dele e ajude-o a segurar e a colocar a comida na boca. Caso — Posso ajudar você a comer?
algum bebê resista, peça que o adulto que o acompanha ajude-o — Olha que comida gostosa no
seu prato!
na alimentação, mas fique próximo nesse momento, colocando uma
cadeira ao lado do cadeirão. Repita o processo até que todos os
grupos tenham participado da vivência. D

Para finalizar
Encerre o momento fazendo novamente a higienização. Para isso, informe aos bebês que, após a refeição,
eles lavarão as mãos e a boca e, depois, retornarão à sala. Depois que todos os grupos tiverem visitado o
refeitório e retornado à sala, agradeça a participação dos adultos e dos bebês.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode repetir a atividade convidando novamente os responsáveis a acompanhar os bebês até que estejam
ambientados. No início, caso os bebês estranhem o refeitório, faça a refeição na sala e tente fazer a proposta
novamente em outro dia. Se eles ainda não tiverem demonstrado interesse pela alimentação, respeite; isso é
natural no período de adaptação.

 Engajando as famílias
Envie aos responsáveis fotos de alguns momentos da adaptação e escreva sobre a importância de eles incenti-
varem os bebês a se alimentar na escola. Peça aos adultos relatos sobre o dia de adaptação, para disponibilizar
em um mural, procurando construir uma relação de parceria entre eles e a escola.

36
Atividade: Apresentação da escola

 EI01EO06  EI01EF06  EI01ET03


APRESENTAÇÃO
DA ESCOLA
Tempo sugerido: aproximadamente 2 horas

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, é importante que os bebês já se sintam vinculados de alguma forma com o professor. Para
isso, desenvolva alguma das atividades anteriores deste conjunto.
Converse previamente com os responsáveis e explique que a vivência tem como objetivo apresentar os di-
ferentes ambientes escolares aos bebês. Solicite que alguém em quem o bebê tenha confiança e intimidade
se organize para acompanhá-lo. Informe à gestão da escola sobre o passeio que fará com os bebês. Peça a
um outro professor ou auxiliar da escola, de uma turma de crianças bem pequenas ou pequenas, que indique
algumas crianças que possam apresentar os ambientes da escola aos bebês. Combine com esse professor o
dia da atividade: a ideia é que ele compareça, com as crianças que indicou, para ajudar na atividade. No dia,
as demais crianças da turma dele deverão continuar suas atividades com outro professor ou auxiliar.

 Materiais
•  Fotos dos ambientes da escola;
•  Painel para disponibilizar as fotos;
•  Potes de bolinha de sabão;
•  Brinquedos;
•  Livros de literatura infantil;
•  Materiais de largo alcance;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada em duas partes: a primeira, na sala; e a segunda, por meio de uma visita aos
principais ambientes da escola. Na sala, prepare um painel na parede, na altura dos bebês, com fotos dos am-
bientes da escola e cantinhos com brinquedos, livros de literatura infantil e materiais de largo alcance.

37
Unidade: Adaptação e acolhimento

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os ambientes?


2. Como eles se expressam ao conhecer novos ambientes?
3. De que forma os bebês interagem com as outras crianças e o professor?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de explorar os espaços da escola de diversas formas:
caminhando, engatinhando, no colo, tocando as paredes, os objetos etc. Proponha apoios e adaptações
necessários para atender às necessidades de cada bebê durante o deslocamento e nos espaços explorados.

O QUE FAZER DURANTE

1 Na sala, convide todo o grupo para uma roda de conversa. Explique aos
acompanhantes e aos bebês que é muito importante que eles conheçam os
ambientes da escola. Informe que vocês farão um passeio em pequenos
grupos. Explique que, enquanto um grupo faz o passeio, os demais pode-
rão continuar na sala com seu adulto responsável fazendo explorações nos
cantinhos com os materiais diversos que você separou.

2 Convide os bebês a observar o painel de fotos de ambientes escolares or-


ganizado na sala. Mostre as fotos e apresente os espaços por meio delas. A
Descreva o que há nesses espaços e conte a eles que conhecerão esses Possíveis falas
do professor
locais em breve. Observe os gestos e as expressões dos bebês nesse mo-
mento. Então, divida a turma em pequenos grupos. A B — Olhe este lugar que
fica aqui escola! Vamos
conhecê-lo juntos?
3 Convide as crianças pequenas de outra turma para entrar na sala. Elas
— Você já viu este
deverão estar acompanhadas pelo professor, conforme combinado previa- parque?
mente. Apresente-as aos bebês e informe que elas vão apresentar a escola
para eles. Cada responsável deverá ser acompanhado por uma criança. Os
adultos devem possibilitar que as crianças os conduzam.
B
4 Faça o percurso pela escola, garantindo que cada criança está conduzindo Possíveis ações
o bebê e seu adulto responsável. A cada ambiente apresentado, reserve um dos bebês
tempo para os bebês explorarem os espaços. Garanta que os bebês que en- bebê poderá olhar
•O
gatinham também façam o percurso, colocando-os no chão. Observe os ges- atentamente para a
tos, expressões, iniciativas de interações nos ambientes com outras crianças foto, apreciando-a.
poderá, também,
•Ele
e de que maneira exploram os materiais, objetos e brinquedos. Convide as
passar a mão em
crianças pequenas a dizer o que é aquele ambiente. Observe atentamente uma foto ou apontar
e aproveite para fazer registros escritos dos interesses, das reações dos be- indicando algum lugar.
bês e das interações com as outras crianças e adultos. Se possível, registre
também o momento com fotos, focando nas expressões dos bebês e das
crianças, para fins de documentação pedagógica.

38
Atividade: Apresentação da escola

Para finalizar
Deixe o parque ou a praça como último local a ser apresentado. Convide os bebês para brincar com
as outras crianças nesse espaço. Observe a interação deles com o ambiente, com as outras crianças
e com o professor. Àqueles que estiverem confortáveis, solicite aos adultos responsáveis que se afas-
tem um pouco, para que, dessa maneira, os bebês construam vínculos com a escola, com as crianças e
com o professor; lembre-se de que o afastamento deve ser combinado com o bebê, para que este não
se sinta inseguro na ausência do responsável. Brinque com os bebês e ajude-os a experimentar o es-
corregador, embale-os nos balanços ou proponha uma brincadeira com bolinha de sabão ou na areia.
Repita a proposta com todos os grupos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Observe como os bebês estão se adaptando e, se necessário, convide novamente os responsáveis até que es-
tejam adaptados. Além disso, você pode propor diferentes brincadeiras para o fim da atividade, como brincadeira
de bola, de pipa de mão ou de bexigas no parque. Uma vez que todos estejam adaptados, sem a necessidade
de adultos responsáveis presentes, repita o passeio pela escola somente com os bebês.

 Engajando as famílias
Faça um painel no corredor com as fotos e as falas dos bebês e dos adultos que os acompanharam no dia da
adaptação. Envie um convite aos responsáveis para que venham apreciar o painel. Procure mostrar como foi
prazeroso e importante esse momento. Assim, você vai construir uma relação de parceria entre responsáveis
e escola.

39
2
AP

CONJUNTO

UNIDADE

CUIDADOS PESSOAIS
As situações de cuidado, tanto as mais breves, como lavar as mãos, quanto as mais de-
moradas (que podem ser acompanhadas por música ou brincadeira), como um banho,
devem ser planejadas, para garantir o cuidado entrelaçado com o prazer, a construção do
autocuidado e a aprendizagem de bons hábitos.
A soneca dos bebês também é um momento cotidiano imprescindível, que possibilita
a construção de hábitos, a prevenção de doenças e, consequentemente, a promoção da
saúde e do bem-estar. Ademais, por meio do olhar atento e da conversa, o vínculo afetivo
é construído com o bebê. Ao ser cuidado, ele constrói uma imagem de respeito consigo e
com o outro.

40
Unidade: Cuidados pessoais

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,


EI01EO05
brincadeira e descanso.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
EI01EF06
expressão.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Escuta, fala, pensamento


movimentos e imaginação

41
Unidade: Cuidados pessoais

 EI01EO05  EI01CG02  EI01EF06


MASSAGEM PARA A SONECA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Separe com antecedência materiais que podem ser utilizados no momento da massagem. Realize uma seleção
prévia de músicas tranquilas. A atividade envolve momentos de relaxamento e massagem corporal entre os bebês
e o professor. Assim, o bebê poderá experimentar o cuidado de si e com o outro. É importante que haja mais de
um professor em sala, ou um auxiliar que já conheça a turma, de modo que todos os bebês tenham atenção e
apoio; por isso, combine essa parceria com antecedência. A atividade culminará no momento de descanso, no
espaço que você vai preparar com colchonetes e almofadas.

 Materiais  Espaços
•  Materiais diversos (como tecidos de texturas A soneca é um momento importante na rotina dos
variadas, esponjas, bolas de meia e algodão); bebês; por isso, organize o espaço de modo que eles
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; se sintam tranquilos e relaxados após a massagem. Na
•  Almofadas; sala, disponha colchonetes ou tapetes emborrachados
•  Playlist, pen drive ou CD com canções calmas; e almofadas, delimitando um local tranquilo e relaxante
•  Um equipamento para reprodução de áudio; para realização da massagem. Coloque os colchonetes
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para lado a lado no chão, cubra-os com almofadas e diminua
registrar a atividade. a luminosidade da sala. Deixe os materiais diversos que
você separou em um local próximo e de fácil acesso no
momento da massagem.

 Perguntas para guiar suas observações


1. Como os bebês participam da massagem? Como interagem e se comunicam com os professores
e com os outros bebês nesse momento?
2. Como os bebês expressam suas sensações ao brincar de massagem?
3. Como experimentam as possibilidades corporais da massagem?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês possam participar. Auxilie quando necessário, garantindo que
todos estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades. Caso algum bebê não aceite
receber a massagem, proponha que ele massageie você ou um colega, para que, assim, ele se sinta acolhido.
Ainda assim, se o bebê se recusar, você pode sugerir que ele se deite nos colchonetes para apreciar a música.

42
Atividade: Massagem para a soneca

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo a ir até os colchonetes para o momento da massagem. A


Explique aos bebês que você irá massageá-los para que possam relaxar e Possíveis falas
descansar tranquilamente. Organize-os de modo que estejam acomodados do professor
confortavelmente. Garanta que os bebês menores, que precisam de apoio, — Vamos brincar de
fiquem em uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima. Inicie massagem?
a massagem em algum dos bebês, começando pelos pés e seguindo para as — Quem quer fazer
mãos. O outro professor ou auxiliar deve acompanhar os demais bebês, in- massagem no amigo?
centivando-os para que relaxem nos colchonetes enquanto aguardam a mas- Vou começar!
sagem. Repita a ação até que todos os bebês tenham recebido a massagem.
B
2 Após o primeiro momento, convide os pequenos a entrar na brincadeira de Possíveis ações dos
massagem, incentivando-os a assumir o papel de quem massageia. Explique bebês
que eles poderão massagear um dos colegas. Divida os bebês em duplas para bebê poderá tocar
•O
isso. É importante que você esteja com um dos bebês, massageando-o, de no amigo, imitando o
modo a demonstrar como os movimentos devem ser realizados. Então, faça professor.
a massagem em um dos bebês, incentivando os pequenos a fazer o mesmo
•Outro poderá observar
as ações dos colegas.
com as suas duplas. Apoie e valide as ações e brincadeiras que eles inicia-
rem. Proponha que as duplas troquem de papéis, para que o bebê que foi
massageado faça a massagem no bebê que estava massageando. Observe C
como reagem ao toque do outro, como se manifestam na sua vez de realizar Possível fala
o toque, quais são as suas expressões, gestos e olhares. Aproveite o momento do professor
para realizar registros com fotografias e filmagens para fins de documentação — Vamos pegar alguns
pedagógica. A B materiais para fazer a
massagem e descobrir
que sensação eles nos
3 Em seguida, apresente os materiais diversos que você trouxe (pedaços de
trazem?
tecidos, pedaços de algodão e bolas de meia) e proponha aos bebês que os
utilizem para fazer uma nova massagem em seus colegas. Em pequenos gru-
pos, convide os bebês a escolher os objetos que mais os interessam. Enquanto D
você acompanha os grupos, o outro professor ou auxiliar deve supervisionar Possíveis ações dos
os bebês que permanecerem nos colchonetes. Após terem escolhido os ma- bebês
teriais, sugira que façam uma massagem em si mesmos com os objetos que
•Alguns bebês poderão
trouxeram. Possibilite a livre exploração e o manuseio dos diversos objetos expressar sensações
por meio de risadas.
e materiais. Esse tipo de exploração também será desenvolvido na atividade

•Outros poderão
Troca de roupa em frente ao espelho, deste conjunto, de modo a enrique- demonstrar satisfação
cer a interação dos bebês com diferentes objetos e materiais e a ampliar sua com os toques ou sentir
noção de cuidado pessoal. Facilite essas ações, de forma que todos os bebês cócegas.
tenham chance de explorá-los. Repita a ação até que todos os grupos tenham
tido a oportunidade de acrescentar novos materiais à massagem. C D

Para finalizar
Incentive os bebês a permanecer nos colchonetes para a hora da soneca. Incentive que continuem os mo-
vimentos de massagem em si mesmos e nos colegas. Sugira toques nas mãos, nos braços, nas pernas e nas
costas do colega que estiver próximo. Então, avise que o momento da massagem está acabando. Diminua
a luminosidade e coloque as músicas que você selecionou para tocar, garantindo uma soneca tranquila.

43
Unidade: Cuidados pessoais

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida, com algumas variações. Você pode, por exemplo, realizá-la antes do momento
do banho dos bebês, usando óleos vegetais (como amêndoa-doce, coco, girassol e uva). Durante o banho, na
banheira com água morna, você pode incentivar os bebês a massagear os próprios pés, as pernas e a cabeça
usando esponjas de cores variadas e de diferentes tamanhos, explorando toques e sensações.

 Engajando as famílias
Escreva um bilhete para os responsáveis, comentando os benefícios de uma massagem, para que o momento
possa se estender também em casa. Sugestão de bilhete:

Hoje fizemos uma sessão de massagem com os bebês e gostaríamos de compartilhar com vocês os benefícios que essa
proposta pode trazer. O toque pode ser um momento ímpar de estreitamento de laços, de confiança e de afetividade.
A massagem, antes da soneca ou durante o banho, pode ajudar muito a fortalecer a relação entre vocês e o bebê, bem
como favorecer o relaxamento e um sono mais tranquilo. A massagem deve ser agradável e divertida para os pequenos;
por isso, é importante observar suas reações e gestos, se o bebê ri e se demonstra apreciar a massagem. Procurem
aquecer suas mãos antes do momento e, se puderem, aqueçam o ambiente onde a massagem ocorrerá. Vocês podem
fazer isso usando o vapor do chuveiro. O aquecimento da temperatura deixará o bebê mais relaxado e menos exposto.
Vocês podem usar óleos de origem vegetal para a massagem, como os de amêndoa, de girassol, de calêndula e de uva.
Esses são os mais indicados para a pele de bebês. Aproveitem esse momento com os bebês!

44
Atividade: Troca de roupa em frente ao espelho

 EI01EO02  EI01CG02  EI01EF06


TROCA DE ROUPA EM
FRENTE AO ESPELHO
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Prepare, com antecedência, as roupas que os bebês vestirão no momento da troca. Deixe à disposição, sobre
os colchonetes, as roupas dos bebês e, ao lado dos colchonetes, os seus calçados, possibilitando que reconhe-
çam seu conjunto de roupas. Para isso, é necessário que tanto a roupa como os calçados estejam dispostos de
forma organizada e visível. Providencie um espelho grande e fixe-o na parede, para que os bebês consigam
visualizar seus próprios corpos.
É importante que haja mais de um professor, ou um auxiliar, para a realização da atividade, de modo que,
enquanto um grupo faz a troca de roupa, os demais estejam realizando uma brincadeira. A proposta deve
ocorrer em um momento em que, de fato, os bebês precisem trocar de roupa (como depois do almoço, após
brincarem na área externa ou antes de irem para casa). A atividade Massagem para a soneca, deste conjunto,
será importante para construção dos vínculos entre você e os bebês.

 Materiais
•  Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver sua imagem refletida ao mesmo
tempo;
•  Peças de roupa dos bebês;
•  Almofadas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, organize um espaço com colchonetes ou tapetes emborrachados e almofadas, delimitando um local tran-
quilo. Disponha os colchonetes lado a lado no chão, de frente para o espelho, cobertos por almofadas, que poderão
servir de apoio para a cabeça dos bebês menores. Coloque as peças de roupa dos bebês sobre os colchonetes.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês participam do momento da troca de roupa?


2. Eles reconhecem as partes do corpo? De que forma comunicam suas descobertas?
3. De que maneira os bebês antecipam as ações corporais no momento de troca? Dobram os braços
para colocar a blusa? Buscam a parte da roupa que querem vestir?

45
Unidade: Cuidados pessoais

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar: sobre os colchonetes,
por exemplo, disponha almofadas para apoio da cabeça dos bebês menores, que ainda não se sentam, de modo a
permitir que eles se vejam no espelho. Incentive a participação de todos no momento de troca. Garanta que, enquanto
a troca de roupa acontece individualmente ou em pequenos grupos, os demais bebês estejam em atividade, brincando.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a brincadeira explicando a todo o grupo que farão a A


troca de roupa na frente do espelho. Explique aos bebês que, Possíveis falas do professor
para isso, vocês vão preparar o espaço juntos para o momento
— Hoje a troca de roupas será feita
da troca. Convide-os a explorar livremente as peças de roupa com uma brincadeira com o espelho.
que você organizou sobre os colchonetes. Garanta que os be- — Vamos brincar e explorar as roupas?
bês menores tenham a oportunidade de participar também.
Observe como comunicam suas descobertas e interagem com
os colegas. A B
B
2 Após o momento de interação com os colegas e a descoberta
Possíveis ações dos bebês
dos materiais que serão utilizados na troca, convide os bebês
a se olhar no espelho. Possibilite que comuniquem por meio bebês poderão manusear as peças
•Os
de roupa, mexer nos botões, no zíper, no
de gestos e balbucios o que veem no espelho. Chame indivi-
velcro etc.
dualmente os bebês pelo seu próprio nome. Inicie tirando os
•Poderão, também, escolher a roupa que
sapatos de um dos bebês e vá nomeando as partes do corpo desejam vestir.
dele. Observe como ele interage com você e quais expressões
manifesta. Incentive todo o grupo a tirar as roupas também.
Apoie as ações dos outros pequenos, valorizando as manifes- C
tações deles. C D Possíveis falas do professor

Incentive os bebês a identificar e nomear as partes do corpo — Agora estamos todos em frente ao
3 espelho! Quem vocês estão vendo lá?
conforme tiram a roupa, enquanto estão se olhando no es- — Vamos tirar os sapatos? O que temos
pelho. Ajude-os nessa ação, apontando, por exemplo, para a aqui? Quem sabe o nome desta parte do
sua barriga, nomeando-a e pedindo que um dos bebês a to- corpo?
que. Esse momento de exploração das partes do corpo pode
acontecer em duplas ou em pequenos grupos. Possibilite aos D
bebês que realizem suas descobertas na interação com os co-
Possível ação dos bebês
legas. Observe como experimentam as possibilidades corpo-
rais nas brincadeiras e interações e apoie os bebês menores se olhar no espelho, o bebê poderá
•Ao
que ainda não puderem nomear as partes do corpo, fazendo sorrir, indicando que se reconhece, e
poderá apontar para o colega.
isso com eles. E F

4 Após a brincadeira, incentive os bebês a iniciar a troca de rou- E


pa. Ao ver um bebê colocar uma calça, uma bermuda ou uma
Possíveis falas do professor
camiseta, pergunte a ele qual parte do corpo está envolvida
na ação. A troca de roupa deve ser um momento de descober- — Vamos mostrar o pé para o espelho?
ta, no qual os bebês possam conhecer o seu próprio corpo por E a mão?
— Cadê a mão do colega?
meio do olhar e do toque. Isso será incentivado também na
— Quais outras partes do corpo vemos
atividade Lavar as mãos, deste conjunto. O momento em que no espelho?

46
Atividade: Troca de roupa em frente ao espelho

a mão, os pés ou a cabeça ficam cobertos por alguma peça de F


roupa é uma ótima oportunidade de experimentação sensorial Possível ação dos bebês
e de construção da percepção corporal para os bebês. Explore
bebê poderá observar e explorar
•O
esse momento com eles, brincando de vestir uma blusa sua, as partes do seu próprio corpo de
por exemplo, de modo que eles possam imitar suas ações e diferentes perspectivas: olhando a si
construir outros modos de se vestir. mesmo, o colega ou para o seu reflexo
no espelho.

Para finalizar
Sinalize para os bebês que a atividade terminará em alguns minutos. Convide-os a se olhar no espelho
após o momento da troca, quando já estarão completamente vestidos. Perceba como reagem a isso. Ob-
serve se demonstram satisfação pelo cuidado de si, se percebem a diferença entre a roupa que vestem
agora e aquela que vestiam antes. Então, organize, com o auxílio deles, as peças de roupa que não estão
mais sendo usadas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode acrescentar à proposta o momento de troca de fralda, propondo que os bebês ajudem uns aos
outros no momento da troca, com seu direcionamento. Por exemplo: peça para que os bebês separem os itens
de higiene utilizados no momento da troca. Considere manter um canto com roupas na sala, para que eles
possam escolher e brincar de se vestir. Possibilite que explorem seus corpos durante as trocas, mantendo um
espelho por perto durante a ação.

 Engajando as famílias
Proponha uma troca de roupa divertida em casa, para enriquecer as experiências sensoriais e táteis do bebê
e para ampliar os cuidados dele com o corpo e com o próprio bem-estar. Compartilhe a ideia do uso do espelho
na troca e solicite fotos das peças de roupa preferidas dos pequenos na hora da troca. Então, organize um mural
com as fotos na escola.

47
Unidade: Cuidados pessoais

 EI01EO05  EI01CG02  EI01EF06


LAVAR AS MÃOS
Tempo sugerido: aproximadamente 20 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade deverá ser antecedida por outra em que os bebês tenham sujado as mãos, como uma proposta
com tinta ou argila. O objetivo é realizar uma vivência de cuidado pessoal. É importante que haja um outro
professor ou auxiliar presente.

 Materiais
Sugestão de vídeo
•  Sabonetes;
•Lavar as mãos.
•  Caixas para organizar os itens de higiene; Composição: Arnaldo
•  Toalhas de rosto; Antunes.Versão do
Palavra Cantada.
•  Playlist, pen drive ou CD com a música Lavar as mãos, de Arnaldo Antunes, Disponível em: https://
na versão gravada pelo grupo Palavra Cantada; www.youtu
•  Um equipamento para reprodução de áudio; be.com/watch?v=
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. CaTXgmHyMSk. Acesso
em: 21 abr. 2021.

 Espaços
Organize a atividade no espaço onde os bebês realizam seus hábitos de higiene, como o banheiro ou o
fraldário. Prepare o espaço com sabonetes e toalhas para a secagem das mãos, separando-os em caixas para
melhor organização.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês demonstram curiosidade e interesse ao lavar as mãos? Como experimentam
diferentes possibilidades? Usam o sabonete antes de ligar a torneira, fazem espuma, enxáguam e
esfregam as mãos? Como?
2. Como se comunicam durante a proposta? Quais gestos, movimentos e expressões utilizam?
3. Como participam desse momento de cuidado com o próprio corpo?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar. Verifique altura
das pias e torneiras, para garantir a acessibilidade dos menores. Auxilie-os quando necessário, garantindo que
todos sejam atendidos conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.

48
Atividade: Lavar as mãos

O QUE FAZER DURANTE

1 Após a realização de uma brincadeira em que os bebês tenham sujado as A


mãos, preparada por você para anteceder o momento de cuidado, chame Possíveis falas do professor
um pequeno grupo de bebês até o local onde lavarão as mãos. Enquanto — Fizemos algumas
isso, os demais deverão permanecer envolvidos na brincadeira com outro brincadeiras e as nossas mãos
professor ou auxiliar. Explique a eles que irão cuidar de sua própria higiene estão sujas. Vamos lavar as
e do seu corpo lavando as mãos. A atividade Troca de roupa em frente ao mãos?
espelho, deste conjunto, também será importante para incentivar ações de — Quem sabe do que
autocuidado que, nesta proposta, ocorrerão por meio da higiene pessoal. precisamos para que as mãos
fiquem limpas?
Apresente as caixas com os materiais de higiene, mostrando os sabonetes
e as toalhas que deverão utilizar. Aos poucos, nomeie os elementos do es-
paço para os bebês: a torneira, a pia, o sabonete, a água. A B B
Possíveis ações dos bebês

2 Incentive os bebês a abrir as torneiras e a iniciar o momento da lavagem


•Algum bebê poderá nomear
das mãos. Enquanto o fazem, observe como exploram os movimentos de o sabonete.
abrir e fechar a torneira e de manusear o sabonete, como percebem as
•Outro poderá esticar as
cores, os cheiros e as texturas, a espuma, a água fria ou morna, o per- mãos, demonstrando que
quer lavá-las.
fume do sabonete etc. Aproveite para registrar as ações dos bebês com
fotografias e filmagens, para fins de documentação pedagógica. Procure
colocar os bebês em duplas, para que um possa auxiliar o outro e para C
que os mais autônomos se sintam instigados a ajudar os que ainda es- Possíveis falas do professor
tão desenvolvendo sua autonomia para lavar as mãos. Possibilite que — Vamos abrir a torneira? Como
explorem esse momento, descobrindo que o sabão faz espuma, qual a está a água? Fria, quente...?
força necessária para abrir e fechar a torneira, qual o volume de água — Vamos colocar o sabão nas
que sai da torneira e em que temperatura e qual é a sensação de molhar mãos e esfregá-las. O que
as mãos. Garanta que os menores tenham a oportunidade de participar acontece?
— Agora vamos enxaguar as
também. Para isso, adapte a organização, de forma que eles também se mãos e tirar todo o sabão, um
sintam acolhidos, por exemplo, pegando-os no colo e auxiliando-os na ajudando o outro.
brincadeira com a espuma. Durante o enxágue, possibilite que brinquem — Depois de enxaguar o que
de enxaguar a mão uns dos outros até que tenham tirado todo o sabão. fazemos?
Você pode colocar para tocar a música Lavar as mãos, de Arnaldo Antu-
nes, na versão gravada pelo grupo Palavra Cantada, ou então cantá-la D
enquanto você e os bebês lavam as mãos. Repita a ação até que todos Possível ação dos bebês
os grupos tenham tido a oportunidade de participar. C D

•Alguns bebês poderão abrir
a torneira e deixar sair muita
3 Indique aos bebês quando for o momento de encerrar a lavagem, incen- água; outros poderão abrir e
tivando-os a guardar os sabonetes e a fechar as torneiras. Disponibilize a permitir que saia menos água.
caixa de toalhas, para que eles possam secar as mãos. Incentive-os para
que, em duplas, sequem as mãos uns dos outros. Você pode demonstrar E
como fazê-lo formando uma dupla com um dos bebês e iniciando o mo-
Possíveis ações dos bebês
vimento, para que eles possam imitar. E

•Alguns bebês poderão se
esquecer de fechar a torneira.
Para finalizar
•Outros podem demonstrar
Sinalize para os bebês que a atividade está terminando. Peça que ve- pouca familiaridade com o
rifiquem se todo o sabonete já saiu de suas mãos e se estão bem secas momento da higiene.
e indique a próxima atividade.

49
Unidade: Cuidados pessoais

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Considere a realização de atividades de cuidados pessoais sempre em situações reais e cotidianas. Você
poderá realizar a proposta novamente para anteceder momentos de alimentação ou após uma brincadeira em
que os bebês precisarão sujar as mãos.

 Engajando as famílias
A atividade de cuidados pessoais na escola precisa envolver os responsáveis. Faça um mural com fotos dos
bebês registradas durante a atividade. Assim, os adultos poderão ver como o momento de lavagem das mãos
pode ser agradável e colaborar para o bem-estar dos bebês. Proponha que repitam a atividade em casa, suge-
rindo que acrescentem sabonetes coloridos para ampliar a exploração dos bebês com a espuma.

50
Atividade: Banho em bonecos

 EI01EO05  EI01CG02  EI01CG04


BANHO EM BONECOS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade consiste em banhar um boneco trazido pelo bebê. Envie previamente um bilhete para os respon-
sáveis explicando a proposta ou converse com eles pessoalmente alguns dias antes de realizar a brincadeira.
Solicite que enviem um boneco, de preferência de material emborrachado ou de plástico, na data combinada.
Providencie sabonetes, esponjas, toalhas para secar os brinquedos e bacias que sirvam de banheira para os
bonecos.
Se possível, realize com antecedência a atividade Lavar as mãos, deste conjunto, para que os bebês se familia-
rizem com a manipulação dos produtos de higiene. Promova a brincadeira em um dia quente, para que possam se
molhar e brincar com a água de forma agradável. Disponibilize bonecos da escola para aqueles que porventura
não os trouxerem.

 Materiais
•  Bonecas ou bonecos dos bebês (solicitados com antecedência);
•  Bonecas ou bonecos da escola (para o caso de algum bebê não trazer o seu);
•  Sabonetes;
•  Brinquedos de banho;
•  Esponjas;
•  Uma caixa com toalhas pequenas;
•  Uma caixa com pedaços de tecidos variados;
•  Bacias ou vasilhas grandes, que sirvam de banheira aos bonecos dos bebês.

 Espaços
Organize a atividade em um espaço externo da escola, próximo a torneiras. Coloque as bacias no chão e
posicione as caixas ao lado delas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês brincam ao banhar o boneco? Como expressam suas sensações durante a brincadeira?
2. Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar nesse momento?
3. Como os bebês observam uns aos outros durante a brincadeira?

51
Unidade: Cuidados pessoais

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar, deixando os
itens de higiene ao alcance dos bebês, com sua supervisão. No caso dos bebês menores, que ainda não conse-
guem executar a atividade com autonomia, mostre a eles quais produtos são utilizados no momento do banho
dos bonecos e os movimentos que devem ser feitos para lavar os brinquedos. Assim, todos podem participar
conforme suas necessidades e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo para a área externa, onde a atividade será realizada, A
pedindo que cada um traga seu boneco. Apresente os materiais disponíveis Possíveis falas
(sabonetes, brinquedos de banho, esponjas, toalhas e tecidos) e incentive os do professor
bebês a explorá-los livremente. Apoie-os, aproximando-os dos materiais e pos-
— Vamos dar um
sibilitando o contato deles com os objetos dispostos. Durante a exploração, banho no boneco que
nomeie os elementos. Observe como os bebês comunicam suas descobertas trouxemos de casa?
e interagem com os outros bebês. A — O que usamos para
isso?

2 Após o primeiro momento, convide os bebês a iniciar a brincadeira. Peça a eles


que segurem os bonecos e os levem até a bacia para dar banho neles. Crie um
ambiente de faz de conta e envolva-os em um enredo no qual cada um cuidará B
de um boneco. Faça comentários, indicando que os brinquedos precisam de Possíveis falas
banho para ficar limpos e cheirosos, assim como eles. Mescle ações individuais do professor
e coletivas. Apoie as iniciativas dos bebês, de maneira que realizem aos poucos — Qual parte do corpo
o reconhecimento de cada parte do corpo do boneco. Observe como demons- do boneco vamos lavar
tram identificar as partes do corpo do boneco (por meio do olhar, do toque e primeiro?
do diálogo). Enquanto todos brincam, aproxime-se aos poucos de pequenos — Vamos lavar essa
parte? Como ela se
grupos, incentivando-os a expressar qual parte estão lavando. Auxilie os me- chama? E agora,
nores, aproximando-os da banheira e dê você também um banho em um dos lavamos o quê?
bonecos, narrando as ações, entrando na brincadeira com eles. B

Após o banho, convide os bebês a enxugar e vestir os bonecos. Caso já tenha C


3
realizado a atividade Troca de roupa em frente ao espelho, deste conjunto, Possíveis ações dos
aproveite para relembrá-la. Incentive-os a pegar as toalhas e os tecidos que bebês
estão na caixa para isso. Possibilite que explorem os materiais e que descu- bebês poderão
•Os
bram maneiras de manipulá-los, construindo à sua maneira peças para envol- querer pegar os
ver o boneco. Apoie as ações dos bebês e atente-se às descobertas feitas por tecidos para enrolar
seus bonecos.
eles. Explore o momento junto a eles, brincando, por exemplo, de enrolar um bebês poderão
•Os
pedaço de tecido em um dos bonecos, de modo que eles possam imitar suas iniciar uma brincadeira
ações, construindo e descobrindo diferentes possibilidades para brincar. C com os tecidos.

Para finalizar
Convide os bebês a olhar para os bonecos após o momento do banho. Observe como eles reagem ao fato
de que os bonecos estão secos e limpos. Promova a interação entre os bebês, incentivando que observem
os bonecos uns dos outros. Diga a eles que a brincadeira acabará em alguns minutos e que os materiais
deverão ser organizados. Conte qual será a próxima atividade, pois isso traz segurança aos bebês. Convi-
de-os a recolher as toalhas, os tecidos e os bonecos e a guardá-los nas caixas. Se o próximo passo for o
horário da soneca, aproveite para incentivá-los a colocar os bonecos para dormir.

52
Atividade: Banho em bonecos

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você poderá realizar a atividade novamente, com algumas variações. Você pode propor, por exemplo, que os
bebês lavem as mãos dos bonecos e coloquem-nos para dormir após uma massagem feita por eles.

 Engajando as famílias
É interessante que a atividade de cuidados pessoais na escola envolva, de alguma forma, os responsáveis.
Incentive-os a repetir a proposta em casa. Eles podem realizá-la em algum momento da rotina de higiene pessoal
do bebê (como a lavagem das mãos ou a hora do banho). Peça a eles que enviem para você relatos ou fotos
desses momentos em casa, que mostram os bebês colaborando nas ações de cuidado pessoal. Os responsáveis
certamente se sentirão uma parte importante do processo de aprendizagem e, assim, perceberão que a casa
e a escola estão juntas nessa ação.

53
Unidade: Cuidados pessoais

 EI01EO05  EI01CG02  EI01EF06


VESTINDO OS BEBÊS
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Os bebês devem participar ativamente do cuidado de si. Esse cuidado é incentivado também nas atividades
Troca de roupa em frente ao espelho e Lavar as mãos, deste conjunto. A vivência deve acontecer em um dia
quente, de modo que a troca de roupa seja agradável para os bebês. Converse com os adultos responsáveis
para que, nesse dia, enviem peças de roupa adequadas para o calor.
Providencie caixas ou cabides e identifique-os com as fotos dos bebês. Para isso, solicite antecipadamente
aos responsáveis uma fotografia recente do bebê ou fotografe-o na escola e imprima a foto. Para a realização
da proposta, é importante que haja mais de um professor ou auxiliar em sala, de modo que todos os bebês
tenham apoio.

 Materiais
•  Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver sua imagem refletida ao mesmo
tempo;
•  Peças de roupa dos bebês;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Caixas para organização das roupas ou cabides etiquetados com fotos dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, organize um espaço com colchonetes ou tapetes emborrachados, almofadas e um espelho, delimitando
um local tranquilo e que possibilite aos bebês se olhar no espelho com facilidade. Coloque os colchonetes ou
tapetes emborrachados lado a lado de frente para o espelho. Coloque as roupas trazidas pelos bebês em cima
dos colchonetes e os calçados ao lado, de modo que estejam ao alcance deles.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brincadeira? Demonstram curiosidade


ao realizar a troca de roupas e experimentam diferentes possibilidades?
2. De que modo manifestam seus desejos em ser cuidados? Quais são os gestos, as palavras e balbucios
que expressam satisfação e bem-estar nesse momento?
3. De que maneira os bebês participam dos cuidados pessoais e da promoção do seu bem-estar?

54
Atividade: Vestindo os bebês

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar. Por exemplo:
auxilie os bebês menores, que não andam ou não se sentam, entregando as roupas nas mãos de­les e guardando
ou pendurando uma de suas peças, de modo a demonstrar a eles como fazê-lo.

O QUE FAZER DURANTE

Divida os bebês em pequenos grupos (de 3 a 4 bebês). Convide A


1
um grupo por vez a se aproximar do espaço para a realização Possíveis falas do professor
da brincadeira. Possibilite que explorem livremente as peças — Vamos brincar com as roupas que
de roupa disponíveis. Incentive-os a reconhecer seus pertences. trouxemos de casa? Que tal cada um
Para isso, pergunte de quem é cada peça. Promova a interação achar a sua?
entre os bebês, observando se reconhecem as próprias peças — Vamos descobrir e separar as roupas
e como comunicam as descobertas e interagem com os outros de cada um?
bebês nesse momento. A B
B
2 Após o primeiro momento, incentive os bebês a guardar as pe- Possíveis ações dos bebês
ças de roupa nas caixas ou a pendurá-las nos cabides. Obser-

•Quando estiver explorando e procurando
ve se identificam rapidamente a sua caixa ou o seu cabide por a própria roupa, o bebê poderá sorrir,
meio das fotos. Diga que deverão guardar em sua caixa ou indicando que reconheceu alguma peça.
pendurar em seu cabide somente as peças de roupa que iden- bebê poderá apontar para o colega
•O
tificaram como suas. Nomeie as peças de roupa enquanto os ou se inclinar para frente e para trás,
bebês as guardam ou penduram. Então, incentive-os a fazer indicando que sabe que aquela roupa
não é dele.
sozinhos e aos poucos essa ação. Mescle ações individuais e
•Outro bebê poderá demonstrar espanto
coletivas. C D ao não encontrar as próprias roupas.

3 Convide os bebês para o momento da troca de roupa, expli-


C
cando que, por conta da temperatura do dia, eles colocarão
roupas mais leves e adequadas para o calor. Peça que tirem Possíveis falas do professor
as roupas que estão vestindo e que as coloquem sobre os — Que roupa vamos guardar primeiro?
colchonetes. Então, incentive-os a pegar as roupas que or- Quem pode me dizer?
ganizaram nas caixas ou nos cabides. Possibilite que explo- — Quem sabe o nome desta peça?
rem os tecidos e as diferentes maneiras de vestir cada peça.
Faça da troca um momento de descoberta, em que os bebês D
possam reconhecer e identificar as partes da roupa e do pró- Possíveis ações dos bebês
prio corpo por meio do olhar e do toque. Observe como eles

•Algum bebê poderá nomear a peça de
experimentam as possibilidades corporais na brincadeira e roupa.
como participam desse momento de cuidado com o próprio
•Outro poderá esticar as mãos,
corpo. Incentive diferentes possibilidades ao realizar a troca mostrando que quer se vestir, ou
de roupas. E F inclinar-se para que o professor o vista.

4 Após o momento da troca, convide os bebês a se olhar no es- E


pelho. Proponha que comparem as roupas que estão vestindo, Possível fala do professor
observando sua imagem refletida e admirando a dos colegas.
— Qual roupa devemos usar no calor?
Possibilite que eles comuniquem por meio de gestos e balbucios
o que veem no espelho. Aproveite para realizar a documenta-
ção pedagógica e registrar as ações deles diante das descober-
tas em frente ao espelho por meio de fotos e vídeos. G

55
Unidade: Cuidados pessoais

Para finalizar F
Diga aos bebês que a brincadeira acabará em alguns minutos Possível ação dos bebês
e que os materiais serão organizados. Conte qual será o pró- bebês poderão manusear as peças
•Os
ximo passo na rotina. Isso acalma os bebês e possibilita uma de roupa, mexendo nos botões, no zíper
participação mais ativa deles nas atividades. Então, auxilie-os a e no velcro, por exemplo.
guardar as peças de roupa que estavam vestindo anteriormen-
te em suas mochilas, de modo que possam levá-las de volta G
para casa.
Possível ação dos bebês
bebê poderá observar e explorar
•O
o reflexo no espelho sob diferentes
perspectivas: olhando a si mesmo ou o
colega.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a atividade novamente, mas com algumas variações. Prepare-a de modo que ela aconteça um pouco
antes do horário do banho. Eles deverão organizar as roupas que vão vestir após o banho. Considere manter
algumas roupas dos bebês na escola (elas podem ficar organizadas nas caixas ou nos cabides). Dessa forma,
o bebê poderá escolher a roupa que quer vestir de acordo com as próprias preferências, brincar de se vestir e
organizar os próprios objetos com autonomia.

 Engajando as famílias
Em uma reunião com os responsáveis, incentive-os a promover uma participação mais ativa do bebê nos
momentos de troca de roupa em casa. Isso ajuda a enriquecer as experiências sensoriais e táteis dos bebês,
além de ampliar seus cuidados com o corpo e com o bem-estar. Para isso, compartilhe a ideia da organização
de roupa em uma caixa ou no cabide e do uso do espelho. Explique que, quando o bebê escolhe as peças de
roupa que vai vestir, ele exercita a sua autonomia e o cuidado com si mesmo. Leve as fotos de registro da ativi-
dade para exemplificar a proposta desenvolvida e conversar sobre o desenvolvimento e a autonomia de cada
bebê, valorizando a participação deles.

56
3
AP

CONJUNTO

UNIDADE

SONO E DESCANSO
É importante planejar um tempo e organizar um espaço para os momentos de repouso
dos bebês, respeitando-se a individualidade e a necessidade de cada um deles, para que
possam repor suas energias. Boas práticas de sono e repouso, bem organizadas na rotina
da escola e com duração apropriada para cada faixa etária, contribuem para o crescimen-
to e para a aprendizagem emocional, social e intelectual.
Momentos de sono e repouso são naturais e fundamentais no processo de desenvolvi-
mento da atenção e da memória dos bebês. Desse modo, devem ser considerados parte
da rotina pedagógica, assim como as demais atividades, por exemplo, brincar, ouvir uma
história, pintar, alimentar-se etc.
Considerando que a escola geralmente se configura como uma primeira experiência
de ampliação de relações sociais dos bebês e que dormir é um ato de intimidade e acon-
chego, é possível que alguns bebês nunca tenham tido a oportunidade de dormir fora de
casa ou longe dos adultos de referência. Assim, as atividades de sono e descanso podem
gerar desconforto inicial, causando choro e irritação. Por isso, é fundamental que o sono
na escola seja considerado como um processo de adaptação e que respeite o ritmo de
cada um, para que, aos poucos, possa acontecer com tranquilidade. Lembre-se de que os
bebês estão aprendendo muito sobre si mesmos e a cultura nesses momentos.

57
Unidade: Sono e descanso

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,


EI01EO05
brincadeira e descanso.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e


movimentos

58
Atividade: Organização da soneca

 EI01EO05  EI01CG02  EI01CG04


ORGANIZAÇÃO DA SONECA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A soneca é um momento importante na rotina dos bebês. Assim, organize o espaço para que seja um ambiente
tranquilo e relaxante e, ao mesmo tempo, personalizado e familiar. A soneca deve ocorrer de forma espontânea,
afinal o sono é uma necessidade básica. Alguns bebês podem ter necessidade de dormir em momentos diferen-
tes, por isso é preciso estar atento e ser flexível com a rotina para atender às necessidades individuais deles.
Selecione previamente músicas tranquilas para serem reproduzidas no momento da soneca. Pergunte
aos responsáveis quais são os objetos de apego dos bebês durante o sono (se usam panos, cobertores,
bonecos etc.). Peça que enviem algum desses objetos para a escola para serem usados nesse momento.
Prepare cestos com materiais diversos, como cartões com imagens coloridas, novelos de lã e tecidos para
serem explorados pelos bebês que demoram mais a pegar no sono. Para o dia da proposta, é importante
que haja mais de um professor ou um auxiliar em sala.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Lençóis;
•  Almofadas;
•  Cobertores;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas;
•  Cestos com objetos de apego do bebê, como livros para dormir, panos, bichinhos de pelúcia etc.
(solicitados com antecedência);
•  Cestos com materiais diversos, como cartões com imagens coloridas, novelos de lãs, bolas de pano,
tecidos e bonecos;
•  Caixas vazias.

 Espaços
A atividade deverá ser realizada na sala. Organize-a com colchonetes ou berços, além de almofadas e tapetes,
delimitando um local tranquilo e relaxante para a soneca. Coloque os tapetes ou colchonetes lado a lado com
almofadas e diminua a luminosidade. Organize cantos com livros, brinquedos e cestos com materiais diversos
para aqueles que ficam despertos por mais tempo, a uma distância que permita o sono tranquilo dos bebês
que logo embalam na soneca.

59
Unidade: Sono e descanso

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês se mostram seguros, tranquilos e acolhidos no espaço para a soneca? De que modo mani-
festam seus desejos de serem cuidados? Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam
satisfação e bem-estar nesse momento?
2. Como os bebês se organizam nos espaços de soneca? Buscam objetos de apego? Quais as suas
preferências: o colo ou o toque do professor?
3. Quais possibilidades de brincadeiras são oferecidas aos bebês que ficam despertos? Quais brincadeiras
e atividades favorecem o descanso e repouso deles?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de descansar e repousar.
Para tanto, deixe um espaço da sala reservado para a soneca e outro com brinquedos para aqueles que
demoram mais a pegar no sono.

O QUE FAZER DURANTE

1 Explique a todo o grupo que vocês vão organizar o espaço da A


sala para o momento da soneca, para que todos possam relaxar Possíveis falas do professor
e descansar tranquilamente. Convide os bebês a escolher no
cesto que você preparou antecipadamente um objeto de ape- — Vamos nos organizar para a soneca?
— Vamos descobrir o que tem nos cestos
go: livros para dormir, panos, bichos de pelúcia etc. Possibilite e escolher o objeto para acompanhar o
que eles decidam se querem levar algo para acompanhá-los sono?
durante o sono ou não. A B

Faça o convite para os bebês tirarem os sapatos e guardá-los B


2
ao lado do berço ou do colchonete. Possibilite que eles esco- Possíveis ações dos bebês
lham o lençol, o cobertor, o travesseiro e convide-os a se deitar
•Alguns bebês podem expressar suas
para a soneca nos colchonetes ou berços. Auxilie-os a se aco- sensações por meio de risadas ou
modar tranquilamente. Envolva todos na proposta, colocando- choro, ou demonstrar satisfação na
-se como um parceiro, acolhendo-os nesse momento. Ajude-os escolha dos objetos e na exploração do
ambiente.
para que fiquem em uma posição confortável, deitando-os de

•Outros podem querer um livro para
barriga para cima. Coloque uma música tranquila para tocar, em ficar com ele até pegar no sono.
volume baixo, ou cante uma canção de ninar. Reduza a ilumina-
ção. Observe se algum bebê demonstra a necessidade de colo
ou de carinho e ofereça aconchego. Nesse momento, pode ser C
necessária a presença de um professor ou auxiliar. C Possíveis ações dos bebês
dos bebês pode engatinhar até o
•Um
3 Observe os bebês que ainda não estão com sono e convide-os local da soneca e cobrir e descobrir
para um momento de atividades livres, apresentando alternati- a cabeça com um cobertor, como
vas tranquilas para que se ocupem. Apresente os cestos com os uma brincadeira de “Cadê? Achou!”
materiais diversos, que poderão ser explorados nesse momen- enquanto espera o sono chegar.
to. Ofereça uma bola de pano para que explorem e descubram bebê pode observar as ações dos
•Um
colegas sem se envolver na proposta.
algumas possibilidades de manuseio. Apoie e valide as ações

60
Atividade: Organização da soneca

e brincadeiras feitas pelos bebês. Então, convide-os para um


momento de descanso. Aproveite para observar quais brinca-
deiras favorecem o sono e o repouso e de que maneira estes
bebês adormecem.

Para finalizar
À medida que os bebês começarem a acordar, convide-os para se juntar aos outros que estão nos ces-
tos de descobertas. Garanta que aqueles que ainda estão dormindo possam repousar com tranquilidade.
Acompanhe, acomode e faça carinho nos bebês que já estão despertos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Considere a realização de atividades de sono e repouso em situações cotidianas e segundo as necessidades
de cada bebê. Você poderá realizar novamente a atividade na sequência do horário de refeição, no meio da
manhã ou, ainda, após um banho ou uma massagem relaxante. Aproveite para convidá-los, antes do sono, a
organizar seus sapatos, para que, aos poucos, ganhem autonomia com seus pertences.

 Engajando as famílias
Aproveite um momento de reunião de responsáveis para conversar com os adultos sobre o desenvolvimento
e a autonomia de cada bebê a partir da atividade, valorizando a participação de cada um.
Converse com os responsáveis dos bebês sobre a necessidade de envolvê-los no momento do sono em casa.
Isso ajudará a enriquecer as experiências sensoriais e táteis dos bebês, ampliando os seus cuidados com o corpo
e com o próprio bem-estar. Para isso, compartilhe a ideia de utilizarem em casa o objeto de apego escolhido
pelo bebê para acompanhar o sono.

61
Unidade: Sono e descanso

 EI01EO02  EI01EO05  EI01CG02


LEITURA NA CABANA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A realização da atividade Organização da soneca, deste conjunto, é essencial
Sugestões de leitura
para ajudar no processo de construção da rotina para a soneca. Para a realização
da proposta, organize o espaço para que seja um ambiente tranquilo, relaxante e, girafa sem
•A
ao mesmo tempo, personalizado e familiar. A soneca deve ocorrer de forma espon- sono. Autoras: Liliana
e Michele Iacocca.
tânea, afinal o sono é uma atividade cotidiana na rotina dos bebês. (Ática, 1999).
Além disso, é importante que o professor já tenha realizado alguma atividade de casa sonolenta.
•A
leitura, de modo que os bebês já estejam familiarizados com a proposta. Uma vez Autora: Audrey Wood.
escolhida a história que vai ler, prepare-se treinando em voz alta antes de ler para Ilustrações: Don Wood
os bebês, garantindo, dessa forma, uma leitura de qualidade. Por fim, é importante (Ática, 2009).
que haja mais de um professor ou um auxiliar em sala para a realização da proposta.

 Materiais
•  Lençóis;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Tiras de TNT, fitas adesivas ou outro material para fixar o TNT no forro da sala e elásticos;
•  Caixas com livros de pano;
•  Objetos de apego;
•  Bolas de pano;
•  Livro de literatura infantil escolhido pelo professor para desenvolver a proposta;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize, no local onde os bebês costumam dormir na sala, uma cabana onde caibam todos e que possa
ser reutilizada posteriormente. Prenda tiras de TNT colorido no forro da sala para criar uma cabana. Coloque
dentro dela tapetes ou colchonetes lado a lado com almofadas em cima para os bebês se acomodarem e
diminua a luminosidade da sala. Quando a leitura da história acabar, basta enrolar as tiras de TNT e prender
com um elástico.

62
Atividade: Leitura na cabana

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês se organizam para a leitura antes do sono? Como demonstram interesse pela história
no momento de leitura? Como interagem com a leitura?
2. Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam durante a leitura?
3. Os bebês se sentem seguros, tranquilos e acolhidos no espaço para a soneca? De que modo mani-
festam seus desejos em serem cuidados?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de descansar e repousar.
Ofereça apoio dando colo, cantarolando uma canção de ninar ou oferecendo um carinho ou um objeto de apego
para os bebês que necessitarem de algo a mais para adormecer.
Incentive aqueles que já estão mais seguros com esse ritual para que adormeçam sozinhos. Convide os bebês
que não querem dormir a explorar os livros de pano, que estarão dispostos nas caixas, respeitando-se o ritmo
e as necessidades deles.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Diga a todo o grupo que vocês vão apreciar a leitura de um livro antes da
soneca, para que possam relaxar e descansar tranquilamente. Em pequenos Possíveis falas
do professor
grupos, possibilite que os bebês manipulem alguns livros de pano antes da
leitura. Para isso, demonstre algumas possibilidades de manuseio. Observe — Vamos ler um livro
na cabana até o sono
como exploram o material e como interagem com os colegas. Apoie e valide
chegar?
as ações e descobertas feitas pelos bebês. Depois, convide-os em pequenos — Que história será que
grupos para entrar na cabana antes do momento do sono. A eu trouxe hoje?

2 Apresente o livro selecionado para a leitura coletiva e conte que fará a leitura
da história antes da soneca. Diminua a luminosidade da sala, o tom de voz e
convide os bebês a ouvirem a história. Leia a história para eles. Perceba como
se expressam durante a leitura, se prestam atenção à história, se demonstram
sonolência etc. Enquanto você lê para cada grupo, os demais bebês poderão
explorar os materiais na companhia de outro professor ou auxiliar ou se dirigir
aos colchões para a soneca.

3 Após a leitura da história, convide os bebês a se aconchegar para dormir. Possibi-


lite que escolham se querem ou não levar um livro para acompanhá-los durante
o sono. Incentive os bebês a tirar os sapatos e, em seguida, a guardá-los. Envol-
va todos na proposta, colocando-se como um parceiro, auxiliando os bebês no
que for necessário para que se acomodem tranquilamente. Ofereça objetos de
apego para que os bebês possam explorá-los e descobrir algumas possibilida-
des de manuseio enquanto esperam o sono. Faça uso de uma música de fundo
tranquila e em volume baixo ou, se preferir, cante uma canção de ninar. Observe
os bebês que optaram por levar o livro de pano para seu espaço da soneca. Ob-
serve como se relacionam com o objeto e como se aconchegam em seu espaço.

63
Unidade: Sono e descanso

B
4 Observe os bebês durante a soneca. Ofereça os livros de pano para aqueles
Possível ação
que ficarem despertos por um tempo maior. Coloque-os a uma distância que dos bebês
permita o sono tranquilo daqueles que estão dormindo. Convide os que ainda
momento em que
•No
não estão com sono para um momento de descanso. Direcione cada bebê a estiver procurando
um colchão e, suavemente, converse com ele para que vá percebendo o am- algum brinquedo
biente e adormecendo. Se necessário, ofereça apoio: dê colo, cantarole uma ou objeto para livre
canção de ninar em seu ouvido ou ofereça um carinho ou um objeto de ape- exploração, um bebê
go. Aproveite para perceber quais leituras, afagos e aconchegos favorecem pode sentir sono e
necessidade de repousar
o sono e o repouso de cada bebê. Registre o momento com fotos para fins de
no colo ou mais próximo
documentação pedagógica. B de outro bebê.

Para finalizar
À medida que os bebês começarem a acordar, convide-os para pegar um livro. Garanta que aqueles que
ainda estão dormindo possam repousar com tranquilidade. Acompanhe, acomode e faça um carinho nos be-
bês que já estão despertos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Considere a realização de atividades de sono e repouso em situações cotidianas. Você poderá realizar a ati-
vidade novamente, utilizando a cabana para cantigas de ninar ou para uma brincadeira de sombras até o sono
chegar. Antes de dormir, convide os bebês a organizar os sapatos, colchonetes e almofadas, para que ganhem
autonomia com seus pertences.

 Engajando as famílias
Faça um mural na entrada da sala com fotos dos momentos na cabana. Convide os responsáveis para que
ampliem a ideia da cabana com o uso de toalhas e lençóis na sala de casa, para diferenciar o espaço de des-
canso. Solicite que os adultos enviem um relato sobre a experiência e sobre como foi o sono do bebê em um
espaço diferente.

64
Atividade: Soneca durante a rotina

 EI01EO05  EI01CG01  EI01CG02


SONECA DURANTE
A ROTINA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da proposta, é importante que haja mais de um professor ou um auxiliar em sala, de modo
que todos os bebês tenham o apoio necessário. Organize um espaço convidativo e acolhedor para os bebês,
com colchonetes, almofadas e alguns objetos de apego. Isso fará com que o momento da soneca seja mais
tranquilo e relaxante. As vivências para uma rotina tranquila para o sono já terão sido iniciadas nas atividades
Organização da soneca e Leitura na cabana, deste conjunto.
Lembre-se de que a soneca deve ocorrer de forma espontânea. Por isso, o espaço do descanso deve ser per-
manente, bem como regularmente pensado e organizado para favorecer um sono tranquilo. Além desse espaço,
organize cantos diferentes com bonecos, pedaços de pano, blocos de encaixe, materiais de largo alcance etc.

 Materiais
•  Livros de pano;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Objetos de apego;
•  Caixas ou cestos;
•  Tecidos ou pedaços de pano;
•  Bonecos;
•  Materiais de largo alcance;
•  Blocos de encaixe.

 Espaços
Organize previamente um espaço na sala com colchonetes, almofadas e tapetes. Delimite um local tranquilo
e relaxante onde os bebês possam descansar quando sentirem necessidade. Deixe cantos organizados para
aqueles que ficam despertos por mais tempo, a uma distância que permita o sono tranquilo dos que vão dormir.

65
Unidade: Sono e descanso

 Perguntas para guiar suas observações

1. Por quais brincadeiras tranquilas os bebês se interessam no momento de soneca?


2. Eles demonstram a necessidade de ter uma pausa para o repouso? Como? De que forma buscam o espaço
para o sono? Quais as preferências de contato dos bebês para dormir: o colo ou o toque do professor?
3. Os bebês se mostram seguros, tranquilos e acolhidos no espaço para a soneca? Como?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de descansar e repousar.
Por isso, é importante separar o espaço da soneca e o canto daqueles que permanecerão despertos. Auxilie
os bebês quando necessário, garantindo que suas preferências, ritmos, possibilidades e necessidades sejam
respeitados. Por exemplo: alguns bebês preferem adormecer no colo; outros, apenas com o toque. Os bebês
menores precisam de apoio para ficar em uma posição confor­tável, portanto deite-os de barriga para cima e
acalente-os, embalando-os até que adormeçam.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide os bebês para brincar em pequenos grupos nos can- A


tos de brinquedos previamente montados na sala. Quando
Possíveis ações dos bebês
você perceber que algum bebê está com sono, convide-o para
repousar. Você poderá observar isso por meio de seus gestos,
•Alguns bebês podem pegar no sono
expressões, balbucios, olhares e movimentos durante a brin- ainda sentados, não demonstrar mais
interesse na brincadeira ou demonstrar
cadeira com o grupo. A necessidade de dormir vai variar de incômodo por meio do choro.
bebê para bebê. A
•Outros podem começar a fechar os
olhos ou bocejar.
2 Convide os bebês que demonstram necessidade do repouso
durante a brincadeira para ir até o local previamente organi-
zado para o sono. Possibilite que escolham, se desejarem, um B
objeto para acompanhá-los durante o sono. Enquanto você Possíveis ações dos bebês
os auxilia para que se acomodem tranquilamente, é impor-
tante que o outro professor ou auxiliar cuide dos bebês que
•Alguns bebês podem querer levar um
livro de pano ou um objeto de apego
não demonstraram estar com sono. Perceba se apresentam a para dormir e ficar com ele até pegar
necessidade de colo ou de carinho e ofereça aconchego. B no sono.

•Outros podem pedir colo ou carinho até
3 Acolha os bebês que ainda não adormeceram, brincando pegar no sono.
com eles. Convide-os para um momento de atividade livre,
apresentando alternativas tranquilas com as quais eles po-
dem se ocupar. Incentive-os a explorar os diferentes cantos
temáticos da sala e a explorar os objetos de que dispõem.
Apresente os cestos com itens que podem ser explorados,
tais como: tecidos, panos, bonecos, materiais de largo al-
cance, blocos de encaixe etc. Observe a maneira como eles
interagem com os objetos, com os outros bebês e com o

66
Atividade: Soneca durante a rotina

professor. Fique atento para observar se, com o tempo e o C


ambiente tranquilo, eles apresentam sono também, de forma Possível fala do professor
a acolher a sua necessidade. Garanta que aqueles que ainda — Alguns bebês dormiram. Vamos
estão dormindo possam repousar com tranquilidade. C D brincar e explorar as caixas enquanto
eles descansam?
Para finalizar
À medida que os bebês começam a acordar, convide-os para D
pegar um livro. Apoie e valide as ações e descobertas feitas Possíveis ações dos bebês
pelos bebês. Garanta que aqueles que ainda estão dormindo
•Algum bebê pode querer ir para o
possam repousar com tranquilidade. Acompanhe, acomode e cantinho da soneca para dormir ou ficar
faça carinho nos bebês que vão acordando aos poucos. lá até pegar no sono.
bebê pode engatinhar até o local
•Um
da soneca e se cobrir com o cobertor,
enquanto outro observa as ações dos
colegas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você poderá realizar a atividade novamente no meio da tarde ou no meio da manhã. Varie os materiais ofe-
recidos nos cestos de descobertas. Organize o cantinho da soneca com outros objetos de apego, cobertores e
pedaços de pano. Você poderá realizar a atividade sempre que um bebê apresentar necessidade de repouso
ou sono durante a rotina diária. Alguns bebês podem ter dificuldade para dormir ou demorar para cair no sono.
Nesses casos, é importante conversar com os responsáveis para conhecer os hábitos de sono do bebê em casa.
Você pode convidar os adultos a participar do próximo momento de sono e descanso, para que o bebê se sinta
mais seguro e acolhido.

 Engajando as famílias
Faça um bilhete para os responsáveis sugerindo que o momento do sono e descanso aconteça também em
casa e que tragam sugestões para que o cantinho da soneca na sala seja personalizado com as preferências
dos bebês. Sugestão de bilhete:

Aqui na sala temos um cantinho para a soneca dos bebês. Gostaríamos de compartilhar com vocês os benefícios que
esse momento pode trazer para um sono mais tranquilo. Por isso, sugerimos que preparem um cantinho em casa para
o bebê descansar, que pode ser organizado com almofadas, bichinhos de pelúcia ou objetos de que ele mais gosta.
Sempre que perceber que o bebê está demonstrando estar com sono, convide-o para ir ao cantinho. Faça um carinho
nele e pegue-o no colo, aconchegando-o no cantinho. Conte para nós como o seu bebê gosta de dormir e o que você
acha que o ajuda a repousar mais tranquilamente. Assim, podemos tentar fazer o mesmo aqui na escola. Aproveite
esse momento com o seu bebê!

67
Unidade: Sono e descanso

 EI01EO04  EI01EO05  EI01CG04


MASSAGEM SHANTALA
PARA A SONECA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A Shantala é mais do que uma técnica de massagem, é um ato que reforça as-
Sugestão de vídeo
pectos indispensáveis desde a chegada do bebê ao mundo: o amor, o carinho e o
contato. O mais importante é notar a disposição do bebê em receber a massagem. • Shantala para
A Shantala pode, inclusive, auxiliar na rotina de soneca dos bebês. Organize o bebês: massagem
relaxante para seu
espaço para que seja um ambiente tranquilo e relaxante. Selecione previamente
filho. Produtora: Bebê.
músicas tranquilas e relaxantes para serem reproduzidas ou cantadas por você. com.br. Disponível em:
Recomenda-se que haja mais de um professor ou um auxiliar, de modo que todos https://www.youtube.
tenham apoio e recebam a massagem. Escolha um dia com temperatura amena. com/watch?v=sat7DKCo-
Consulte os responsáveis a respeito de alguma alergia ou sensibilidade que o bebê bE. Acesso em: 22 abr.
tenha antes de utilizar o óleo para a massagem. 2021.

 Materiais
•  Tecidos atoalhados;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas;
•  Óleo corporal de origem vegetal (amêndoa-doce, coco, girassol ou uva) para a massagem;
•  Caixas com materiais de largo alcance para livre exploração.

 Espaços
Para a atividade, você deverá organizar um espaço na sala com colchonetes, almofadas e tapetes, delimitando
um local tranquilo e relaxante para a realização da massagem. Diminua a luminosidade do ambiente. Deixe
os tecidos e o óleo corporal em um lugar de fácil acesso para o momento da massagem. Organize cantos com
materiais de largo alcance para livre exploração dos bebês que aguardam a massagem do professor.

68
Atividade: Massagem Shantala para a soneca

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês participam da massagem? Como interagem e se comunicam com o professor nesse
momento?
2. De que forma expressam suas sensações ao serem massageados pelo professor?
3. Como as possibilidades corporais da massagem favorecem a soneca tranquila?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar. Assim, é impor-
tante que você disponibilize cantos de livre exploração para os bebês que aguardam a massagem. É importante
consultar os responsáveis a respeito de alguma alergia ou sensibilidade que o bebê tenha antes de utilizar o
óleo para a massagem. Caso algum bebê tenha restrições, faça a massagem apenas com as mãos aquecidas,
esfregando-as uma na outra.

O QUE FAZER DURANTE

1 Incentive todo o grupo a brincar com os materiais de largo alcance,


para que se preparem para a massagem. Convide e auxilie os bebês
em pequenos grupos para irem até os colchonetes, tapetes emborra-
chados ou esteiras. O outro professor ou auxiliar deverá cuidar dos de-
mais bebês enquanto um a um recebe a massagem. A massagem deve
ocorrer antes da soneca e de forma espontânea, assim como sugere-
-se na atividade Soneca durante a rotina, deste conjunto. Peça a eles A
que retirem os sapatos, as meias e as roupas, e que coloquem esses Possíveis falas do professor
pertences pessoais ao lado do colchonete. Auxilie-os nesse momento
— Vamos brincar de massagem?
de organização. Prepare o ambiente de forma aconchegante, coloque
— Quem quer ser o primeiro a
ou cante uma música tranquila e reduza a iluminação. receber a massagem?
— Vou começar por você!
2 Explique aos bebês que você vai fazer uma massagem em cada
um deles para que relaxem e descansem tranquilamente. Faça o
B
convite para a primeira massagem organizando os bebês em trios.
Traga cada trio para o momento da massagem e reveze-se para Possíveis ações dos bebês
massagear cada um deles. Auxilie os menores para que fiquem em
•Alguns bebês podem tocar o
uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima. A B amigo, imitando o professor.

•Alguns bebês podem observar
as ações dos colegas e do
3 Você e o bebê devem se posicionar sobre um colchonete para a mas- professor.
sagem. A temperatura do ambiente deve estar agradável. Retire anéis bebês podem ficar atentos,
•Os
ou pulseiras para não atrapalhar. Aqueça suas mãos, esfregando-as aguardando a sua vez e
uma na outra. Faça os movimentos na cabeça e na região dos olhos observando.
do bebê antes de untar as mãos com o óleo para massagem, para
•Outros podem engatinhar
evitar irritações em áreas mais sensíveis da pele do bebê. Sente-se até a caixa de descobertas e
explorar os materiais enquanto
com suas pernas esticadas, acomodando o bebê sobre elas, e inicie aguardam a massagem.
a massagem. Utilize um óleo vegetal para untar as mãos e comece
massageando o peito. Movimente suas mãos suavemente do centro

69
Unidade: Sono e descanso

do tórax em direção à axila. Repita o movimento algumas vezes. De-


pois, o movimento deverá partir do tórax e ir em direção aos ombros
do bebê de maneira circular. Em seguida, segure o pulso do bebê sua-
vemente com uma de suas mãos, formando uma espécie de bracelete. A
seguir, com a outra mão, forme um bracelete em volta do braço, próximo
ao ombro dele, e deslize a sua mão até que ela encoste na outra mão,
em movimento de rosca. Comece pelo lado esquerdo e depois faça o
mesmo do lado direito. Repita o movimento algumas vezes. Use seu
polegar para massagear as mãos do bebê, começando pela palma
e indo em direção aos dedinhos. Depois, massageie delicadamente
cada um dos dedos. Massageie os pés do bebê usando o seu polegar.

Para finalizar
Depois de massagear um bebê, convide o próximo e repita os mesmos movimentos. Garanta que todos
recebam a massagem e estejam tranquilos e relaxados. Convide-os para se deitar nos tapetes, esteiras ou
colchonetes da sala. Retome os movimentos de massagem inicial, realizando o toque nas mãos, braços,
pernas e costas dos bebês. Avise que a massagem está acabando, diminua a iluminação e coloque uma
música tranquila para o momento da soneca.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Nas próximas vezes que realizar a atividade, faça-a antes do momento da soneca, finalizando-a com um banho
morno e relaxante nos bebês. Durante o banho, na banheira com água morna, aproveite para massagear os pés,
cabeças e pernas dos bebês. Para massagear o corpo dos bebês durante o banho, utilize esponjas macias de
cores variadas e de diferentes tamanhos, explorando toques e sensações. A massagem Shantala pode ocorrer
também como um recurso para acalmar um bebê que demonstre muita agitação no dia a dia, por exemplo.

 Engajando as famílias
Faça um bilhete para os responsáveis e explique os benefícios da massagem para os bebês, para que o mo-
mento possa se estender também em casa. Sugestão de bilhete:

Hoje, fizemos uma sessão de massagem Shantala com os bebês e gostaríamos de compartilhar com vocês os benefícios
que a massagem pode trazer para o relaxamento e até para um sono mais tranquilo em casa. A Shantala é mais do
que uma técnica de massagem, é um ato que reforça aspectos indispensáveis desde o primeiro respirar do bebê no
mundo: o amor, o carinho e o contato. O mais importante é notar a disposição do bebê em receber a massagem. O
toque pode ser um momento ímpar de estreitamento de laços, confiança e afetividade. A massagem durante o banho ou
antes da soneca pode ajudar a fortalecer a relação entre vocês e seu bebê. A massagem deve ser agradável e divertida
para os bebês. Por isso, é importante observar suas reações e gestos, se o bebê ri e se gosta da massagem. Procure
aquecer suas mãos antes de realizá-la. Se puder, aqueça previamente o local onde ela ocorrerá, com o vapor do chu-
veiro, por exemplo. O aquecimento do ambiente deixará o bebê mais relaxado e menos exposto. Podem ser usados óleos
de origem vegetal, como os de amêndoa, girassol, calêndula e uva. Esses são os mais indicados para a pele de bebês.
Vá em frente e aproveite esse momento com seu bebê!

70
Atividade: Relaxamento e descanso

 EI01EO02  EI01EO06  EI01CG01


RELAXAMENTO E
DESCANSO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A prática de movimentos do corpo pode contribuir com o bem-estar dos bebês. A atividade envolve momentos
de relaxamento e brincadeira antes do descanso, mas é importante que ela não aconteça após as refeições
principais. Prefira o período que antecede a soneca da manhã. A atividade Massagem Shantala para a soneca,
deste conjunto, colocará os bebês em contato com o próprio corpo e com o toque do professor, o que favorecerá
o desenvolvimento da proposta.
Recomenda-se que haja mais de um professor ou um auxiliar, de modo que todos os bebês tenham apoio.
É importante que eles estejam vestindo roupas confortáveis, que facilitem o movimento. Realize uma seleção
prévia de músicas tranquilas e relaxantes, com sons da natureza, por exemplo, para serem reproduzidas durante
a proposta.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas.

 Espaços
Organize um espaço na sala com colchonetes, tapetes emborrachados ou esteiras, delimitando um local
tranquilo que facilite os movimentos realizados pelos bebês. Providencie almofadas para o apoio da cabeça dos
bebês. Disponha os materiais de maneira que a finalização da atividade coincida com o momento de descanso.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brincadeira?


2. De que maneira expressam suas sensações na brincadeira de relaxamento? Quais são os gestos,
palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar?
3. Como interagem e se comunicam com o professor e com os outros bebês durante a proposta?

71
Unidade: Sono e descanso

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de descansar e repousar.
Auxilie-os quando necessário, garantindo que suas preferências, ritmos, possibilidades e necessidades sejam
respeitados, tanto no momento que antecede o descanso quanto no próprio momento de sono. É importante,
por exemplo, auxiliar os bebês menores no deslocamento até os colchonetes e o posicionamento nestes. Auxilie,
ainda, os bebês menores a realizarem os movimentos corporais.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a conversa com todo o grupo de bebês, explicando que farão A


uma atividade de movimentar tranquilamente o corpo para relaxar
Possível fala do professor
e descansar em seguida. Convide-os para ir até os colchonetes,
esteiras ou tapetes emborrachados para o momento da brincadei- — Vamos nos sentar nos
ra de relaxamento antes da soneca. Incentive a interação entre os colchonetes e brincar de
movimentar o corpo até o sono
bebês, possibilitando que aqueles que têm maior autonomia pos- chegar?
sam auxiliar os que estão se desenvolvendo. Convide-os a retirar
sapatos e a organizá-los ao lado do colchonete. A B

Coloque uma música de fundo para criar um ambiente tranquilo e B


2
favorável ao relaxamento. Separe-os em pequenos grupos, com a Possíveis ações dos bebês
ajuda de outro professor ou auxiliar. Inicie a brincadeira fazendo algum
•Alguns bebês podem se dirigir ao
movimento simples que os bebês possam imitar. Sente-se e segure espaço e abraçar uma almofada.
seus pés. Levante as mãos acima da cabeça apenas como relaxamen-
•Outros podem recostar a cabeça
to. Sugira movimentos para que os bebês possam erguer as pernas no colchonete e se aconchegar.
lentamente enquanto estiverem deitados. Faça o movimento algumas
vezes e observe como eles reagem. Envolva todos os bebês na pro-
posta, colocando-se como um parceiro. Convide um bebê para ser
seu par. Coloque seu corpo à disposição para que ele possa brincar e C
entrar no jogo corporal com você. Incentive os bebês a imitar os mo- Possíveis ações dos bebês
vimentos uns dos outros. Traga para a brincadeira a possibilidade de
bebê pode imitar os
•Um
o professor imitar os gestos e movimentos do bebê, para socializar. movimentos do professor,
Amplie os movimentos, propondo aos bebês gestos observados em inclusive criando variações.
outros momentos da rotina. Garanta que eles fiquem em uma posição
•Outro bebê pode fazer um
confortável, deitando-os de barriga para cima, de maneira que pos- movimento diferente do proposto.
sam observar os movimentos do colega e mexer seu próprio corpo. C bebê pode observar as ações
•Um
dos colegas antes de iniciar a
brincadeira.
3 Observe como os bebês experimentam as possibilidades corporais
na brincadeira e como participam desse momento de bem-estar
com o próprio corpo. Incentive diferentes maneiras de movimen-
tar o corpo ao realizar o relaxamento, criando variações de mo-
vimentos conforme as possibilidades corporais do seu grupo de D
bebês. Possibilite que criem movimentos e explorem os próprios Possíveis falas do professor
limites corporais a partir dos movimentos apresentados por você. — Você já descobriu outro jeito de
Circule entre os colchonetes e se aproxime dos bebês propondo se movimentar?
movimentos, auxiliando-os quando necessário. Fale suavemente — Vamos tentar outros
com eles, indicando os próximos gestos a serem explorados. Co- movimentos?
loque-se como um facilitador do relaxamento e crie um ambiente
que propicie que o bebê entre no jogo corporal. D

72
Atividade: Relaxamento e descanso

Para finalizar
Convide os bebês a se deitar nos colchonetes. Estimule-os a realizar um movimento suave de rolamen-
to, primeiro para a direita e depois para a esquerda. Ajude-os a se movimentar se necessário. Avise que a
brincadeira está acabando. Pare os movimentos gradualmente e, lentamente, convide os bebês a se acon-
chegar no colchão para se preparar para dormir, ouvindo a música que está tocando. Diminua a iluminação
para favorecer uma soneca tranquila.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Nas próximas vezes que realizar a atividade, você poderá utilizar o espaço externo. Você também pode incen-
tivar uma brincadeira de duplas quando os bebês já tiverem mais familiaridade e segurança com os movimentos.
Organize um canto permanente com colchões. Em outro momento, você pode convidar outros funcionários da
escola ou os responsáveis para brincar junto.

 Engajando as famílias
Compartilhe com os responsáveis, por meio de um bilhete, a ideia de realizar, em casa, um momento de
relaxamento antes da soneca. Explique que a atividade pode enriquecer as experiências sensoriais e táteis do
bebê, além de ampliar os seus cuidados com o corpo e com o próprio bem-estar. Sugestão de bilhete:

Hoje, fizemos uma brincadeira de relaxamento com os bebês e gostaríamos de compartilhar com vocês os benefícios
que esse tipo de atividade pode trazer para um sono mais tranquilo. Nessa brincadeira, os bebês são incentivados a
movimentar o corpo de modo a relaxar para a hora do sono. É importante que os movimentos sejam agradáveis e di-
vertidos para o bebê; por isso, observem suas reações, gestos e se ele sorri ao se movimentar. Procure manter o ambiente
tranquilo, com temperatura agradável, iluminação reduzida e música calma. Vá em frente e aproveite esse momento
com o seu bebê!

73
4
AP

UNIDADE

ALIMENTAÇÃO
Os momentos de alimentação na Educação Infantil são fundamentais para o cresci-
mento, desenvolvimento, bem-estar e aprendizagem dos bebês. A alimentação é uma
das primeiras maneiras de eles conhecerem o mundo. Por isso, é fundamental que seja
um momento tranquilo e prazeroso. Café da manhã, almoço, tomar um suco ou comer
uma fruta são oportunidades para os bebês conhecerem texturas, aromas, cores, tem-
peraturas e gostos dos alimentos. Além disso, são momentos em que o professor pode
conversar com os bebês, para conhecer melhor suas preferências.

74
Unidade: Alimentação

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira
EI01EO05
e descanso.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas, contos,
EI01EF08
receitas, quadrinhos, anúncios etc.).

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Escuta, fala, Espaços, tempos,


e o nós e movimentos pensamento quantidades, relações
e imaginação e transformações

75
Unidade: Alimentação

 EI01EO06  EI01CG01  EI01CG05


PREPARANDO UMA COZINHA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Considere a participação dos responsáveis para identificar como a alimentação dos bebês é feita em casa.
Solicite que algum utensílio de cozinha utilizado para a alimentação do bebê seja trazido para a escola e incluído
nas brincadeiras e interações. Na escola, providencie alguns itens de uso com os funcionários da cozinha.

 Materiais
•  Caixas de papelão;
•  Colheres de diversos tamanhos;
•  Pratos;
•  Tigelas;
•  Potes utilizados nos momentos de alimentação tanto em casa como na escola (solicitados com antecedência);
•  Pequenas panelas;
•  Frutas e legumes para enriquecer a atividade;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em cantos ou estações na sala, organize os materiais e utensílios que você já separou em caixas de papelão,
de modo a possibilitar a exploração autônoma e o livre acesso por pequenos grupos. Por exemplo:
•  Canto 1: disponha frutas e verduras;
•  Canto 2: coloque objetos como panelas pequenas, pratos e tigelas;
•  Canto 3: disponha potes e colheres de diversos tamanhos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês brincam com os objetos da cozinha? É possível perceber as diferentes possibilidades
de manuseio? Eles conhecem os utensílios, tentam e experimentam novas funções para os objetos
conhecidos?
2. Observe os gestos, expressões, balbucios, olhares e movimentos que os bebês realizam durante a
atividade. Quais as expressões e os interesses manifestados neste momento?
3. Que tipo de relações eles conseguem construir autonomamente e com os seus colegas a partir das
brincadeiras com os utensílios?

76
Atividade: Preparando uma cozinha

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo
participe e aprenda. Facilite a exploração dos bebês durante a atividade, mesmo aos que já possuem mais
autonomia e domínio dos utensílios e apreciam desafios novos. Evite que utensílios de cozinha e falas possam
reforçar estereótipos de gênero, restringindo menino ou menina em alguma ação. Nomeie os objetos de cozinha
para os bebês menores que ainda não conseguem manuseá-los.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a conversa com todo o grupo com um convite durante a apresentação A


dos utensílios que trouxeram de casa. Dê nome aos itens, com o auxílio dos
Possíveis falas
bebês. Nesse momento, utilize também os itens da escola para a explora- do professor
ção. Possibilite a apresentação destes elementos pelos próprios bebês, valo-
— Vamos ver o que vocês
rizando seus gestos, expressões, balbucios, olhares e movimentos. Observe trouxeram?
aqueles que se manifestam na apresentação dos objetos esticando os braços, — Vocês trouxeram muitos
colocando o que pegaram no chão ou balbuciando o próprio nome. A objetos interessantes!
— Quem pode me ajudar
Incentive a livre exploração por parte dos bebês nos cantos ou nas estações com os nomes desses
2 objetos?
previamente preparados. Observe a maneira como interagem com os objetos,
com os outros bebês e com o professor. Perceba se as hipóteses criadas por
eles evidenciam o reconhecimento da função do objeto. Note se eles levam
à boca, se reproduzem o uso dos utensílios, se o reconhecem como parte do
ritual da alimentação ou se estão familiarizados com o que mexem. Essa
observação será importante para o desenvolvimento das atividades Organizando
a alimentação e Preparo da alimentação, deste conjunto. Reserve um momento
mais longo para esta parte da atividade, garantindo tempo suficiente para que B
todos observem, explorem, manipulem, conheçam e brinquem com os objetos, Possíveis falas
bem como para você fazer registros diversos das ações dos bebês. do professor
— Você sabe para que
3 Em pequenos grupos ou individualmente, pergunte se os bebês sabem para serve esse objeto com
que serve determinado item, se já usaram ou se eles têm em casa. Observe que está brincando?
todos e considere que alguns podem ainda não conhecer as funções dos obje- — Já descobriu outro
jeito de usá-lo?
tos, enquanto outros já se apropriaram disso e precisam de um desafio extra.
— Pode me mostrar o
Para estes, ofereça frutas e verduras in natura para que explorem o cheiro, a que você trouxe de casa?
textura, a cor e o sabor. B

Para finalizar
Convide os bebês para um momento de partilha de experiências. Possibilite momentos de troca entre
eles, garantindo as interações com os objetos e entre os bebês. Diga que a atividade acabará em dez mi-
nutos e que os materiais serão organizados. Conte qual será a próxima atividade. Se o próximo passo for
o horário de refeição, aproveite para conversar, em pequenos grupos, sobre o momento da alimentação
na escola e como eles se sentem em relação a ele.

77
Unidade: Alimentação

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Nas próximas vezes que realizar a atividade, utilize o espaço de alimentação (refeitório, pátio, lactário etc.).
Você também pode incentivar uma brincadeira de faz de conta no preparo da alimentação, quando os bebês já
tiverem familiaridade com o uso social dos utensílios. Levar esses objetos para o momento da refeição também é
uma forma de considerar a maneira como os bebês comem em casa e na escola. Organize em um dos cantos uma
cozinha com utensílios de brinquedo, como fogões e geladeira feitos de caixa de papelão. Torne-o permanente.
Em outro momento, você pode convidar um funcionário da cozinha para participar da brincadeira.

 Engajando as famílias
Lembre-se de que o momento da alimentação é um ritual cultural, construído ao longo da História. A atividade
de alimentação na escola precisa envolver os responsáveis e os modos de vida deles. Por isso, converse com
eles para saber como os bebês são alimentados em casa – se recebem a comida na boca por um adulto, se
são incentivados a segurar os talheres, se usam pratos etc. Convide os adultos para participar do momento da
alimentação na escola.
Quem não puder comparecer pode escrever um relato ou enviar uma foto ou vídeo desse momento em casa.
Você pode organizar um mural com esses registros. Valorize e acolha a maneira como os responsáveis se
alimentam e aproveite todas as contribuições. Faça com que a alimentação na escola seja também um rico
momento de aprendizagens conectado com as experiências cotidianas dos bebês.

78
Atividade: Organizando a alimentação

 EI01EO04  EI01EO05  EI01CG04


ORGANIZANDO
A ALIMENTAÇÃO
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
O momento de alimentação é uma atividade permanente que deve incluir a preparação do ambiente de forma
organizada, segura, prazerosa e bonita, mas que, ao mesmo tempo, precisa considerar individualidades e prefe-
rências dos bebês, favorecendo sua autonomia. Caso a escola tenha um jardim ou quintal, vá até lá com os bebês
antes da atividade e colha folhas ou flores com eles, para que possam ser usadas na decoração do ambiente.
Na primeira vez que realizar a atividade, planeje um tempo de alimentação diferente do tempo institucional
da escola; converse com os seus colegas e avise que você precisará de minutos adicionais; isso assegura que
os professores de outras turmas saberão que você está desenvolvendo uma atividade para além da refeição.

 Materiais
•  Mesas, cadeiras, cadeirões, calças-almofadas;
•  Toalhas de mesa ou tecidos variados;
•  Algumas folhas ou flores para decoração;
•  Alimentos como frutas para servir aos bebês;
•  Caixas para organizar os materiais;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a atividade no ambiente rotineiro de refeição dos bebês, como refeitório ou sala, por exemplo. Separe
em diversas caixas os materiais para organizar o espaço de alimentação antes de seguir para ele com os bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Observe gestos, olhares e expressões dos bebês durante a organização do espaço. É possível perceber
que sentem o local destinado à alimentação como acolhedor e receptivo?
2. Na organização do ambiente, os grupos se envolvem na preparação dele, reconhecendo a atividade
como parte do seu bem-estar?
3. Como os bebês comunicam suas negociações com os colegas na hora de organizar o ambiente?
Utilizam palavras, olhares, gestos e balbucios?

79
Unidade: Alimentação

 Para incluir todos Sugestão de leitura

Considere o seu grupo de bebês e avalie as diferenças; aqueles que ainda não
•Calça almofada. PIM
se sentam sozinhos podem precisar de algum apoio, então você pode utilizar su- Disponível em: http://
www.pim.saude.rs.gov.
portes. A calça-almofada pode ser um bom recurso para incluir todos os bebês. br/site/calca-almofada/.
Lembre-se, inclusive, de se informar sobre alergias ou restrições alimentares, de Acesso em: 14 jun. 2021.
modo a incluir todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Explique aos bebês que vocês vão preparar o espaço juntos para o momento A
da refeição. Deixe as caixas em diferentes locais para organizar a refeição.
Possíveis falas
Convide-os a explorar os materiais disponíveis nas caixas e, em pequenos do professor
grupos, a arrumar as mesas de acordo com seus gostos e preferências. Caso
— Como podemos usar
você perceba que eles não têm familiaridade com a situação, aproxime-se estes panos e as flores
de um dos grupos e pergunte o que pode ser feito com o tecido e com as flores. para deixar mais bonita
Observe como comunicam suas necessidades, desejos e emoções, se por meio a mesa?
de gestos, balbucios, palavras. A — O que mais podemos
colocar?

2 Enquanto organizam as mesas, aproveite o momento para observar como eles


manipulam os objetos, como realizam suas escolhas e interagem. Convide-os
para explorar, observar e reconhecer o ambiente e manipular os diferentes
materiais, interagindo em pequenos grupos. A atividade Preparando uma B
cozinha, deste conjunto, será importante para incentivar a exploração de ob- Possíveis ações
jetos relacionados à alimentação. Apoie as ações dos bebês, encorajando a dos bebês
participação, e faça registros desses momentos. Se durante a organização da bebês podem se
•Os
alimentação as frutas forem oferecidas, peça para que os bebês as organizem. deslocar até os objetos,
Nomeie com eles os alimentos e os objetos. Garanta que tenham seu momento querer pegá-los e levá-
individual para deixar uma marca pessoal no ambiente. B los para outro colega.

•Outros podem observar
atentamente antes de
3 Depois que as mesas e o ambiente estiverem organizados, procure saber o que se aproximarem e de
acharam e faça o convite para a refeição. Incentive os bebês a se alimentarem explorarem os objetos.
sozinhos, com os talheres ou com as mãos. Enquanto se alimentam, atente-se
às descobertas deles sobre texturas e cheiros, às suas expressões ao participar
da refeição e a como manuseiam o talher e as frutas.

Para finalizar
Diga aos bebês que a atividade acabará em dez minutos e que os materiais serão organizados. Aproveite
para informar qual será o próximo passo na rotina. Isso os acalma e faz parte da partilha do planejamento,
promovendo participação mais efetiva deles na atividade. Convide-os para recolher os objetos, as toalhas
e os tecidos e guardá-los nas caixas novamente.

80
Atividade: Organizando a alimentação

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida outras vezes e se tornar uma rotina no momento de alimentação. Experimente
incorporar e ampliar a ideia para a criação de um buffet. Coloque os alimentos disponíveis em recipientes ou potes
e gradativamente aumente o desafio para os bebês. Em um primeiro momento, nomeie os alimentos enquanto os
coloca nos pratos e observe de que maneira eles acompanham isso: como reagem, que gestos e expressões apresentam
para diferentes alimentos, se manifestam suas preferências alimentares, se os conhecem e como reagem aos cheiros,
texturas e sabores. Ao passo que forem se tornando mais autônomos, tente convidá-los para se servir dos alimentos
que vocês organizaram juntos. Isso dará a eles inúmeras possibilidades de desenvolvimento. Experimente um
piquenique em outros espaços da escola, como no jardim, no parque ou embaixo de uma árvore.

 Engajando as famílias
A atividade de alimentação na escola precisa de alguma forma envolver os responsáveis. Faça um mural com
fotos para que eles possam ver a maneira como a arrumação do ambiente de alimentação pode ser agradável
e colaborar para o bem-estar dos bebês. Convide alguns adultos para participar do momento da alimentação.
Ao fazer parte da organização do ambiente, eles perceberão que a casa e a escola estão juntas nessa tarefa.
Promover um piquenique com os responsáveis pode também ser um rico momento de aprendizagens conectado
com as experiências cotidianas dos bebês.

81
Unidade: Alimentação

 EI01EO04  EI01CG04  EI01ET01


O PREPARO
DA ALIMENTAÇÃO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade consiste em envolver os bebês na observação do preparo de suas refeições junto aos funcionários
responsáveis pela cozinha. Será dada a oportunidade para que os bebês sintam o cheiro da refeição sendo
preparada, de forma que eles sejam envolvidos em alguma das etapas da feitura, como tocar os alimentos in
natura. A alimentação possibilita aos bebês a descoberta de texturas, cores, temperaturas e sabores dos alimentos.
É importante que os legumes e as verduras sejam higienizados previamente, visto que os bebês poderão levá-los
à boca para experimentar. Converse previamente com os outros funcionários envolvidos (cozinheiros, auxiliares
ou agentes de organização) sobre o exercício em questão e a importância de envolver os bebês nesse processo.

 Materiais
•  Pratos;
•  Caixas para organizar os materiais;
•  Colheres de vários tamanhos;
•  Panelas;
•  Verduras e legumes in natura disponibilizados em bacias;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a atividade para que ocorra no refeitório. Separe os materiais em diversas caixas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês apresentam curiosidade/preferência por alguma verdura ou por algum legume? Como
os exploram?
2. Como eles observam o preparo de uma refeição? Como participam desse preparo?
3. Como os bebês exploram as diversas propriedades dos alimentos?

82
Atividade: O preparo da alimentação

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo
participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada bebê ou do
grupo. Para os bebês que não se locomovem com autonomia, apresente os legumes e as verduras, nomeando
cada um dos alimentos e possibilitando o toque. Alergias ou restrições alimentares precisam ser consideradas
para que todos participem da atividade.

O QUE FAZER DURANTE

1 A atividade acontecerá no refeitório. Antes do momento da refeição, vá A


com todo o grupo ao local e explique que eles estarão envolvidos na
Possíveis falas do professor
preparação de seus alimentos. Disponha, em caixas ou bacias, os le-
— Quem pode ajudar na
gumes e as verduras previamente higienizados. Em pequenos grupos, preparação da refeição hoje?
distribua as verduras e os legumes. Observe como os bebês exploram — Temos aqui algumas verduras
os alimentos, como percebem cores, cheiros, texturas e gostos e de e legumes. Quem conhece?
— Vamos pegar as verduras e os
que forma os manuseiam. Aos poucos, fale os nomes dos alimentos legumes? Que cores, formas e
para eles. Possibilite que explorem os itens das caixas fazendo um ro- cheiros eles têm?
dízio. Mescle os momentos individuais e os em grupo. A
B
2 Após o momento de exploração, convide os funcionários da cozinha
para mostrar como se descasca e manuseia alguns dos itens apresenta- Possíveis falas do professor
dos. Observe como os bebês reagem à ação de cortar e descascar o ali- — Vamos provar alguns itens que
farão parte da nossa refeição.
mento. Possibilite que eles provem o alimento in natura. Observe como — Mostre aos amigos um legume
demonstram sua curiosidade e preferência por alguma verdura ou ou verdura do qual você goste
por algum legume. Utilize a máquina fotográfica para registro. B C muito.
— Será que este alimento tem o
mesmo gosto antes de cozinhar?
3 Convide os bebês individualmente para colocar os legumes e as ver-
duras cortados dentro da panela do preparo. Observe as expressões
deles e como se envolvem com a proposta. Perceba se balbuciam, C
gesticulam apontando algum legume ou alguma verdura, e se mos- Possíveis ações dos bebês
tram para o colega. Incentive e valorize as diversas formas de comu-
•Algum bebê poderá expressar
nicação, respeitando-se o tempo de interação de cada um. Para a surpresa ao ver o alimento
cortado.
atividade, sugerimos que você cante a música Sopa. Enquanto can-
•Outros poderão pedir para
tam, nomeie os itens da sopa. Na atividade Experimentando chás, experimentar ou oferecer para
deste conjunto, os bebês terão a oportunidade de conhecer outros um colega.
cheiros e sabores. D
D
4 Explique que os alimentos irão para cozinha para serem preparados. Possíveis falas do professor
Chame a atenção para o cheiro do refogado da sopa que vem da co- — O que tem na sopa do neném?
zinha. Dessa forma, os bebês estabelecerão uma boa relação com — Será que tem cenoura? Será
a comida a partir do gosto, da aparência e do cheiro. Observe as que tem batata?
— O que podemos colocar?
expressões durante esse momento. Enquanto a sopa é preparada,
retorne com eles à sala, para que brinquem em pequenos grupos.
Sugestão de vídeo
Para finalizar • Sopa. Palavra Cantada
Convide as pessoas envolvidas na preparação da refeição para apre- Oficial. Disponível em:
https://www.youtube.com/
sentar o prato aos bebês. Faça a refeição com eles, lembrando-os sobre
watch?v=x5Dm5FcvIOw.
os cheiros e retomando os ingredientes presentes nos alimentos prepara- Acesso em: 23 abr. 2021.
dos. Registre a atividade com fotos.

83
Unidade: Alimentação

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a atividade novamente, envolvendo frutas no preparo de uma salada de frutas. Considere manter um
canto ou uma estação de cozinha permanente na sala.

 Engajando as famílias
Para engajar os adultos responsáveis, proponha a troca dos registros fotográficos daqueles momentos rea-
lizados por você, na escola, e aqueles que fazem parte das experiências dos bebês em casa. Faça um convite
aos adultos para envolver os bebês no preparo das refeições, para enriquecer as experiências sensoriais e
táteis ao mesmo tempo que ampliam os cuidados com o corpo e com o próprio bem-estar. Organize um mural
com fotos da atividade sendo realizada na escola e com aquelas enviadas pelos responsáveis e deixe-o próximo
ao refeitório.

84
Atividade: Experimentando chás

 EI01EO04  EI01CG04  EI01ET01


EXPERIMENTANDO CHÁS
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade consiste na degustação de chás a partir da criação de um pequeno jardim de sensações com ervas
aromáticas colocadas em pequenos potes ou em ambiente externo, como forma de estimular os sentidos: tato,
olfato, paladar e visão. É importante que antes da realização da atividade já tenha ocorrido um momento de plantio
das ervas aromáticas, junto aos bebês, num jardim externo ou em pequenos potes. Plante com eles as mudas
de cidreira, de capim-limão, de hortelã, camomila e outras. Cultive-as regando e acompanhando o crescimento.

 Materiais
•  Ervas colhidas no jardim, como erva-doce, hortelã, camomila, mace­la, lavanda, canela, cravo, capim-limão;
•  Potes ou vasos pequenos com mudas de ervas aromáticas para chá;
•  Bules, copos, xícaras e pires;
•  Tule;
•  Pequenos pedaços de tecidos;
•  Linha de crochê;
•  Caixas de papelão;
•  Panos diversos para cobrir as caixas;
•  Cesta com brinquedos de preferência dos bebês;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a sala em estações ou cantos. Separe os materiais em diversas caixas para organizar o ambiente. Orga-
nize caixas, pequenas e médias, para colocar as ervas colhidas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês reconhecem o cheiro das ervas e têm curiosidade/preferência por alguma em especial? Como
exploram os cheiros e as texturas?
2. Durante a degustação dos chás, demonstram preferência por algum? Como reagem aos sabores?
3. Eles percebem a diferença de temperatura do chá? Como reagem quando está quente ou frio?

85
Unidade: Alimentação

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar. Para tanto,
disponibilize as ervas aromáticas em locais de fácil alcance dos bebês. Incentive a participação de todos.
Auxilie quando necessário, garantindo que eles estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e
possibilidades. Lembre-se de que os bebês menores de 6 meses não devem consumir chás ou outros alimentos.
Para estes, apenas apresente as ervas aromáticas.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve as ervas do seu jardim aromático para a sala. Se você fez o jardim em
uma área externa, convide todo o grupo para colher. Caso o jardim tenha
sido feito em potes ou vasos, faça uma colheita na sala, com os bebês, ma-
nuseando e descobrindo a transformação da erva fresca. Incentive-os a pegar
e cheirar as ervas para fazer deste um rico momento de experimentação e de
contato mais próximo com a natureza.

2 Disponha algumas caixas de papelão de tamanhos variados para compor estações


ou cantos pela sala com as ervas em saquinhos feitos com pequenos pedaços de
tule. No caso das ervas colhidas, reserve um momento anterior para a confecção A
dos saquinhos com os bebês. Crie pequenos sachês de tule ou crochê com ervas Possíveis falas
aromáticas: erva-doce, hortelã, camomila, macela, lavanda, canela, cravo, ca- do professor
pim-limão. Cheiros, cores e texturas compõem uma experiência heurística com — Hoje a sala está
o mundo natural. Organize algumas caixas com ervas previamente lavadas in cheirosa. Sentem o
natura para que os bebês possam tocar, cheirar e provar. Amplie o repertório de cheiro diferente?
— De onde será que ele
sensações com ervas de cores, cheiros e texturas diferentes. Organize algumas vem? Vamos descobrir?
caixas com utensílios utilizados no preparo do chá. Cubra as caixas com tecidos — Vamos adivinhar o
para que os bebês façam a descoberta. Chame a atenção para ver se descobrem que tem na caixa?
que o cheiro vem das caixas. Possibilite que os bebês fiquem à vontade para a — Pegue um saquinho em
livre exploração nos cantos ou estações em pequenos grupos, de quatro a cinco sua mão. Que cheiro tem?
— Esta é a camomila,
bebês, e aproveite para fazer registros de suas ações. Observe se reconhecem
esta a hortelã, aqui
o cheiro das ervas e se apresentam curiosidade ou preferência por alguma. temos a erva-cidreira.
Possibilite que explorem demoradamente os itens das caixas. A

3 Após explorarem os itens da caixa, convide os bebês para o preparo do chá.


Observe como interagem durante o preparo e como percebem o cheiro a partir
da infusão do chá. Inicie a degustação percebendo se eles demonstram prefe-
rência por algum. De que maneira reagem aos sabores? Fazem caretas? Parecem
gostar? Observe se percebem a temperatura do chá morno e como reagem a
isso. Garanta que esteja à disposição uma cesta com brinquedos de preferência
dos bebês, para que brinquem e explorem outras possibilidades enquanto outros
pequenos grupos realizam a proposta com o chá. Faça um rodízio para que
possam explorar os diversos tipos de chás, suas cores e aromas.

Para finalizar
Diga aos bebês que a atividade acabará em dez minutos e que os materiais serão organizados. Comente
sobre a próxima atividade. Convide-os a recolher os saquinhos de tule e guardá-los nas caixas. Envolva-os
no recolhimento dos copos ou xícaras utilizados.

86
Atividade: Experimentando chás

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Separe algumas frutas para um chá de frutas. Repita os passos da caixa de descoberta para produzirem uma
boa conversa sobre o cheiro das frutas. Explore com os bebês se já tomaram chá de frutas e com quais delas
podemos fazer um chá.

 Engajando as famílias
Faça um convite aos responsáveis na saída da escola para um chá da tarde. Uma avó ou tia poderia ensinar
uma receita para que todos possam tomar chá juntos. Peça para que os adultos enviem receitas de chás que
já tenham preparado antes e dos quais o bebê goste. A atividade Receitas com familiares, deste conjunto,
também favorecerá o envolvimento dos responsáveis com o envio de receitas. Faça um mural com as receitas.

87
Unidade: Alimentação

 EI01EO06  EI01EF08  EI01ET01


RECEITAS COM FAMILIARES
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Os responsáveis serão convidados a virem à escola preparar com os bebês alguma comida de que estes
gostam. Portanto, antes de realizar a atividade, são necessárias algumas ações. Converse previamente com
outros funcionários envolvidos, como cozinheiros, auxiliares e agentes de organização, e explique sua intenção.
Combine o preparo antecipado da mesma receita para que esteja pronta para a degustação ao final do preparo.
Escreva um bilhete para os adultos responsáveis contando sobre sua proposta e solicite que enviem uma receita
de alguma comida de que os bebês gostam e que possa ser produzida na escola. Sugira bolos, biscoitos com
frutas ou alguma receita de fácil preparo e explique que é importante considerar receitas que envolvam alimentos
que os bebês possam provar durante a atividade. Peça que, com a receita, encaminhem uma fotografia do bebê
comendo junto com seus responsáveis ou do prato já executado. Como a atividade prevê a participação dos adultos
responsáveis, encaminhe com o bilhete alguns dias e horários para que eles possam indicar suas possibilidades
e, com isso, você possa organizar para que todos participem da proposta com os bebês.

 Materiais
•  Barbante e pregador para montar um varal de receitas;
•  Papel-cartão ou cartolina para suporte das receitas enviadas;
•  Se possível, computador ou notebook para a exibição dos vídeos;
•  Itens para preparar a receita escolhida, providenciados pela escola;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deverá ser desenvolvida na sala ou no refeitório. Organize com antecedência o ambiente com os
itens para preparar a receita escolhida.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem com outros bebês e adultos convidados? Como comunicam suas
necessidades, desejos ou emoções no decorrer da atividade?
2. Como os bebês exploram o preparo da receita? De que maneira expressam suas hipóteses e descobertas?
3. Eles reconhecem as receitas de seus responsáveis? Como o fazem?

88
Atividade: Receitas com familiares

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participar. Auxilie, quando
necessário, garantindo que todos estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.
Como a atividade prevê a preparação de uma receita, é importante se atentar a restrições e alergias alimentares.
Além disso, alguns bebês poderão ainda não estar na fase de introdução alimentar; para estes, você pode indicar
o processo de preparo, mas ofereça o leite enviado pelos responsáveis.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize uma roda e inicie a conversa com todo o grupo, fazendo um convite à
apresentação das receitas que trouxeram de casa e nomeando, com o auxílio dos
bebês, o material enviado. Possibilite que explorem os materiais por um tempo
e observe atentamente suas iniciativas de interação, assim como foi realizado
na atividade Experimentando chás, deste conjunto. Possibilite a apresentação
desses elementos pelos próprios bebês, valorizando seus gestos, expressões,
balbucios, olhares e movimentos. Observe como eles se manifestam enquanto
você mostra as fotos e as receitas vindas de casa. Observe se esticam os braços,
colocam no chão ou balbuciam o nome, reconhecendo a receita como familiar.

2 Após compartilhar a proposta, convide os bebês para organizar o varal com as


receitas vindas de casa. Com o auxílio deles, leia o nome das receitas. Possibilite
que cada bebê pendure no varal sua receita com a foto. Aos adultos que não A
puderem comparecer, peça que enviem suas receitas escritas, em fotografias
Possíveis falas
ou em vídeos, ensinando a receita. do professor
— Hoje teremos um
3 Com o varal pronto, destaque a receita que será feita no dia e chame o adulto dia diferente, com um
responsável que foi convidado para prepará-la com os bebês. Sente-se com convidado especial (diga
eles para acompanhar o preparo. Aproveite para observar a maneira como o nome do convidado do
os bebês participam do momento, que olhares e gestos fazem. Envolva-os bebê) que vai preparar
durante o preparo e encoraje-os a experimentar os ingredientes, a manusear para nós uma receita
os utensílios e a ajudar na mistura. Observe como interagem com o adulto bem gostosa.
— Vocês querem nos
convidado e a maneira como comunicam suas necessidades, desejos e emoções ajudar?
durante a atividade. A

Para finalizar
Após o preparo, apresente a receita pronta. Convide os bebês para sentir o cheiro, a textura, a temperatu-
ra e a observar as cores do prato. Observe como eles comunicam suas necessidades, desejos ou emoções
no decorrer da exploração. Convide-os para experimentar as porções em pequenos grupos, para a livre
exploração do prato preparado. A refeição já deverá estar preparada pelos funcionários da cozinha. Estenda
o convite aos adultos presentes, inclusive solicitando que auxiliem a servir os bebês. Observe a maneira
como os bebês realizam suas refeições e se gostam de ter uma receita familiar na escola. Faça registros
fotográficos do momento para a documentação pedagógica.

89
Unidade: Alimentação

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você poderá realizar a atividade em outro momento com os bebês, preparando uma receita com eles. Busque
uma receita simples e que possa ampliar a participação dos bebês no manuseio dos ingredientes e no preparo,
sempre buscando potencializar suas ações de modo seguro. Repita esse momento em outras ocasiões, dando
oportunidade para que outros convidados possam participar da atividade. Você pode pensar em ampliar a proposta
montando um livro de receitas com os bebês.

 Engajando as famílias
Coloque o varal de receitas que você preparou com os bebês na porta da sala e convide os responsáveis que
não puderam estar presentes para apreciar as receitas trazidas pelos bebês. Faça algumas cópias e envie na
agenda para casa.

90
5
AP

CONJUNTO

UNIDADE

BRINQUEDOS
E OBJETOS
Os brinquedos podem proporcionar desafios para o desenvolvimento dos bebês. Por
exemplo: quando um bebê que ainda não engatinha estica o corpo para alcançar um ob-
jeto pelo qual se interessou. Assim, é essencial escolher objetos adequados à faixa etá-
ria, às necessidades e aos interesses dos bebês. Bolas, tecidos, caixas, cones e peças de
encaixe são opções interessantes, pois possibilitam ao bebê manipular, mexer, brincar e
se divertir. Apresentar os objetos e utilizá-los nas brincadeiras com os bebês são manei-
ras de construir vínculos e observar seu processo de aprendizagem.

91
Unidade: Brinquedos e objetos

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos Espaços, tempos,


e movimentos quantidades, relações
e transformações

92
Atividade: Garrafa PET sensorial

 EI01EO06  EI01ET01  EI01ET05


GARRAFA PET SENSORIAL
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES


 Contextos prévios
Prepare um bilhete, com antecedência, convidando os responsáveis a realizar a atividade com os bebês na
escola. Avalie coletivamente o melhor horário para que possam participar da atividade. Uma sugestão é que ela
ocorra no horário de entrada ou de saída dos bebês.
No bilhete, incentive os adultos a enviar à escola garrafas PET usadas e higienizadas, explicando que elas
serão utilizadas na proposta. Garanta que haja um momento para que os bebês possam manusear as garrafas
previamente. Além disso, em um dia anterior ao da atividade, planeje um tempo para que eles recolham alguns
gravetos e pedrinhas na área externa sob a sua supervisão.

 Materiais
•  Garrafas PET de volumes diferentes, de •  Um pote com pequenos gravetos de diferentes
preferência transparentes; tamanhos;
•  Fita adesiva; •  Um pote com terra ou areia;
•  Bacias grandes com água; •  Um celular ou uma câmera fotográfica,
•  Um pote com papel crepom de cores diversas; um caderno e uma caneta para registrar a
•  Um pote com purpurina; atividade.
•  Um pote com pedras pequenas;

 Espaços
A atividade deve ser realizada em um espaço amplo e com terra ou areia e o pote com as pedrinhas.
apenas com objetos que façam parte da proposta, para •  Canto 3: disponibilize algumas garrafas e o
que os bebês se concentrem exclusivamente na vivên- pote com papel crepom.
cia. Organize os materiais em quatro cantos diferentes: •  Canto 4: disponibilize algumas garrafas e o
•  Canto 1: disponibilize algumas garrafas, pote com os gravetos.
as bacias com água (se possível, em Posicione o cesto com livros em uma das partes do
variadas temperaturas: morna, gelada e em espaço, de modo que os bebês possam acessá-los
temperatura ambiente) e o pote com purpurina. quando a atividade estiver terminando.
•  Canto 2: disponibilize algumas garrafas, o pote

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais critérios os bebês utilizam para escolher os cantos para exploração?


2. De quais maneiras os bebês exploram as garrafas e os materiais? Levam em consideração seus sons,
peso, formas, cores e texturas? Como eles observam e interagem com outros bebês?
3. Como ocorrem a interação e a brincadeira do bebê com o responsável durante o processo e com o
objeto/brinquedo em mãos?

93
Unidade: Brinquedos e objetos

 Para incluir todos


Mantenha um olhar sensível e incentive que os responsáveis também o façam para perceber a curiosidade
do bebê. Garanta a participação de todos os bebês, inclusive daqueles que não andam ou não engatinham,
possibilitando que se aproximem das garrafas PET sensoriais de acordo com seus limites corporais. Mostre as
diferentes garrafas aos bebês menores que ainda não conseguem manuseá-las; em sua conversa com eles,
explore cores e pesos das garrafas, por exemplo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Explique a todo o grupo como será a atividade. Então, convide-os


A
a explorar os elementos disponíveis distribuídos nos cantos. Esse
deve ser um momento de livre escolha dos bebês, apoiado pelos Possíveis falas do professor
responsáveis. Os adultos acompanharão os bebês a partir de seus — Olhe lá o colega pegando a
interesses. Observe a interação dos bebês com os cantos e aprovei- terra daquele canto!
te, a partir da ação deles, para destacar a variedade de materiais — O outro colega está olhando os
gravetos que trouxemos ontem do
proposta na atividade. A
parque, lembram?
— Quem quer descobrir o que há
2 Garanta um tempo adequado para exploração e experimentação dos nos outros cantos? Vamos lá!
elementos. Esse tipo de exploração acontecerá também nas atividades
Sacos sensoriais e Onde está o objeto que estava aqui?, deste con-
junto. Observe as ações dos bebês e faça registros fotográficos ou em B
vídeos. Garanta a segurança da atividade: oriente os responsáveis para Possível ação dos bebês
que tenham cuidado quanto aos objetos que são levados à boca. B
bebês podem demonstrar
•Os
seus desejos escolhendo
3 No momento em que algum bebê escolher um canto, verbalize essa livremente quais elementos mais
ação. Em seguida, siga em direção a esse mesmo canto, a fim de po- chamam a atenção.
tencializar suas explorações. Então, explique aos responsáveis e aos
bebês que deverão, em pequenos grupos, construir garrafas senso-
C
riais em cada cantinho. Possibilite que as construções sejam feitas
livremente, apoiando as iniciativas dos bebês. As garrafas poderão Possíveis falas do professor
ter: água e purpurina; terra e/ou pedrinhas; papel crepom; gravetos. — Um dos bebês escolheu o
No cantinho de terra e pedras, lembre os grupos de que as pedrinhas cantinho com água! Que bacana!
foram coletadas pelos bebês na ação exploratória na área externa. O que acontece com a água na
garrafa?
Faça o mesmo no canto dos gravetos. No canto do papel crepom,
— Vamos ouvir o som da garrafa
sugira que o papel seja amassado em bolinhas, picado em pedaços que esse bebê fez utilizando terra
grandes ou pequenos etc., para ser inserido na garrafa. É importante e pedrinhas?
que as garrafas sejam vedadas com fita adesiva no fim de cada pro- — Esse outro amigo criou um
dução, para a segurança dos bebês. Oriente os adultos a ajudar nessa brinquedo utilizando apenas terra.
tarefa. Auxilie os bebês a perceber a diferença dos sons que os mate- Será que o som é igual?
riais produzem, incentivando-os a chacoalhar as garrafas com diferen-
D
tes conteúdos. Observe as interações dos bebês com cada material.
Possível ação dos bebês

4 Já com as garrafas preparadas, incentive os bebês a explorar os sons bebês podem chacoalhar
•Os
produzidos, seus conteúdos, suas cores e propriedades. Observe os as garrafas, virá-las de um
lado para o outro e explorar as
movimentos corporais explorados pelos bebês durante o manuseio
mudanças do líquido, a partir de
dos objetos. Faça registros escritos de sua observação para fins de seus movimentos.
documentação pedagógica. C D

94
Atividade: Garrafa PET sensorial

Para finalizar
Conforme a atividade se encerra, ofereça os livros de literatura infantil para que os bebês possam ocupar-
-se junto aos seus responsáveis enquanto os demais terminam a proposta. Quando todos estiverem quase
terminando, avise que irão começar a guardar os materiais e diga qual será a próxima proposta. Comente
o quanto foi bom explorar, experimentar e estar junto aos responsáveis, descobrindo os elementos e suas
transformações. Peça a ajuda de todos para que, dentro de suas competências, possam organizar os ma-
teriais usados. Peça que escolham um local da sala para guardar as garrafas sensoriais que construíram,
explicando que elas ficarão disponíveis para brincadeiras futuras.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É importante que a pesquisa exploratória de objetos seja rotineira. Varie as formas de encaminhar a proposta,
explorando novos locais ou interações com faixas etárias diferentes. Leve as garrafas para que sejam exploradas
pelos bebês em espaços externos, no corredor, ou em outra sala com crianças maiores.

 Engajando as famílias
A participação dos responsáveis na atividade se dará em dois momentos: no envio dos materiais que antecede
o dia da atividade e na atividade em si. Por isso, com antecedência, peça a eles que enviem os itens necessários
para desenvolvimento da proposta.

95
Unidade: Brinquedos e objetos

 EI01EO03  EI01CG03  EI01CG05


SACOS SENSORIAIS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Solicite aos responsáveis que enviem fotos indivi- •  Saco 4: bexigas (neste caso, o saco precisa
duais dos adultos que convivem mais com o bebê e ser grande. Sugestão: usar tule costurado em
que escrevam o nome dos adultos atrás da imagem, forma de saco).
a fim de que você possa falar sobre eles com o bebê •  Saco 5: gel de cabelo, purpurina, pares de
durante a atividade. Faça isso por meio de um bilhete, olhos móveis, figuras recortadas em papel
de um comunicado no mural na entrada da sala ou de (estrelas, animais etc.) e plastificadas com fita
outro meio de comunicação usado em sua comunidade autoadesiva transparente.
escolar. •  Saco 6: detergente, pequenos objetos de
Para realizar a atividade, conte com a parceria de plástico e água (a temperatura da água pode
outro professor ou auxiliar, que deve ser combinada variar entre morna, gelada e ambiente).
previamente. Prepare os sacos sensoriais com antece- •  Saco 7: fotos dos bebês plastificadas com
dência, para que estejam prontos para serem utilizados fita autoadesiva transparente e algum
na proposta. Sugerimos as seguintes montagens: conteúdo aquoso (como xampu, gel de cabelo,
•  Saco 1: espuma de barbear e guache (como detergente ou álcool em gel) que proporcione
alternativa à espuma de barbear, use xampu o aparecimento e o desaparecimento das fotos
com água). conforme o bebê manuseie o líquido.
•  Saco 2: água, corante alimentício, óleo de Reserve um tempo no fim da vivência para a confec-
bebê ou óleo mineral e peixes feitos de EVA ção de um novo saco sensorial com os bebês. Estes
(como alternativa ao óleo de bebê ou mineral, deverão ser feitos com as fotos dos adultos responsá-
use óleo de cozinha). veis solicitadas e, posteriormente, poderão ser levados
•  Saco 3: bolinhas de gel para plantas e botões. para casa pelos bebês.

 Materiais
•  Sacos plásticos de boa qualidade (os sacos •  Guache, corante e purpurina;
tipo “zip” facilitam a construção); •  Fotos dos bebês;
•  Fita adesiva multiuso para fechar •  Bexigas, pequenos objetos de plástico
hermeticamente os sacos; e de EVA, figuras recortadas em papel e
•  Um cesto com os brinquedos da escola de que plastificadas;
os bebês mais gostam; •  Fotos dos responsáveis dos bebês (solicitadas
•  Espuma de barbear, xampu, gel de cabelo, com antecedência);
álcool em gel, detergente, óleo de bebê, óleo •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
mineral ou óleo de cozinha e água; registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada em um local amplo, que possibilite movimentos e deslocamentos dos bebês
para a interação com os materiais e com o espaço de forma livre e autônoma. Disponibilize um cesto com os
brinquedos de que os bebês mais gostam, para que eles possam usá-los quando desejarem.

96
Atividade: Sacos sensoriais

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como o bebê posiciona seu corpo na brincadeira com os sacos sensoriais (deitado, sentado, com
apoio, sem apoio, de pé etc.)?
2. Que tipos de interações o bebê desenvolve com os sacos sensoriais (aperta, agarra, bate, segura etc.)?
3. Quais propriedades ele identifica (consistência, peso, forma, deformação etc.)?

 Para incluir todos


Organize os sacos sensoriais pelo espaço de forma acessível aos bebês. Pense em diferentes níveis de altura,
colocando alguns no chão, para a exploração dos bebês que não andam ou não engatinham. Disponha os sa-
cos de um jeito atraente, que convide os bebês à exploração. Auxilie quando necessário, garantindo que todos
estejam envolvidos na atividade de acordo com preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

Compartilhe a proposta com o todo o grupo, convidando os bebês A


1
a entrar no ambiente preparado por você. Garanta que tenham um Possíveis falas do professor
momento de livre exploração, para que possam descobrir os novos
— Vejam! O que será que está
objetos, assim como aconteceu na atividade Garrafa PET senso- acontecendo aqui?
rial, deste conjunto. Observe como os bebês começam a interagir e — Vamos tentar apertar com os
fique atento, acompanhando-os de acordo com suas necessidades. pés também? E os cotovelos?
Coloque-se à disposição para explorar os sacos sensoriais com
eles. Escolha um saco mais simples, que não tenha temperaturas B
diferentes e que apresente cores mais fracas e itens sólidos mais
Possível ação dos bebês
conhecidos pelo bebê, como, por exemplo, saco com água e pei-
xes em EVA. Observe e valide as pesquisas que os bebês fazem ao bebê pode se aproximar e
•Um
começar a explorar o saco com
manusear os sacos usando diferentes partes do corpo (mãos, pés, os pés ou com os cotovelos.
cotovelos etc.), sejam elas individuais, sejam elas coletivas. A B

2 Alguns bebês poderão perceber que o conteúdo sólido se esconde


e reaparece em meio ao conteúdo aquoso. Caso isso aconteça,
C
aproveite o momento para chamar a atenção de todo o grupo
para esse fato. Caso nenhum deles o perceba, aproxime-se de um Possíveis ações dos bebês
grupo de bebês de cada vez, mostrando a eles o conteúdo sólido bebê pode se aproximar de
•Um
e seus deslocamentos dentro dos sacos sensoriais. Incentive-os um saco e deslizar seu dedo de
a usar o próprio corpo para sentir esse movimento do conteúdo. uma ponta à outra, movendo,
assim, o conteúdo do saco
Continue possibilitando que eles explorem livremente o espaço e sensorial e deixando marcas.
os materiais, de modo a ampliar suas interações. C
•Outro bebê pode observar o
saco atentamente, sem tocá-lo.
Realize intervenções a partir das observações e iniciativas dos be- Em seguida, pode levantar-se e
3 bês. Chame a atenção, por exemplo, ao fato de que, em um pequeno pisar no saco, fazendo com que
o conteúdo se desloque dentro
grupo, eles estão brincando de apertar o saco com mais ou menos dele.
força para esconder e fazer reaparecer os objetos ou para espalhar
a tinta. Aproxime-se de cada grupo formado, interagindo e intervindo
quando necessário, a fim de potencializar as descobertas dos bebês.

97
Unidade: Brinquedos e objetos

4 Proponha que, em pequenos grupos ou mesmo individualmente, realizem a


pesquisa exploratória com o saco sensorial que contenha as fotos dos bebês,
para que eles possam brincar com a imagem dos amigos e de si. Acompanhe-os
de modo que todos possam explorar esse saco sensorial, interagindo e amplian-
do a percepção de si e do outro. Registre o momento por meio de fotos ou vídeos.

Para finalizar
Com a ajuda de outro professor ou auxiliar, confeccione com os bebês um saco sensorial para cada um
deles usando as fotos dos responsáveis deles e os materiais usados nos outros sacos sensoriais. Realize
esse momento em pequenos grupos ou com um bebê de cada vez. Disponibilize o cesto com os brinquedos
para que os bebês brinquem enquanto os demais terminam de confeccionar o saco sensorial. Conforme
forem terminando as descobertas e as explorações, conte qual será a próxima atividade e incentive-os a
guardar os materiais, organizando-os no local. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A proposta pode e deve ser realizada outras vezes. A cada vez que o bebê manusear um saco sensorial, novas
descobertas e relações irão surgir. Portanto, escolha bons locais para colocar dois ou três sacos sensoriais de
forma fixa, para exploração posterior.
Lembre-se de dispô-los em níveis diferentes, para atender os bebês que andam, engatinham ou se arrastam
para se locomover. A pesquisa exploratória com as fotos pode ser realizada de forma mais individualizada en-
quanto os demais estiverem em uma atividade diversificada ou quando parte do grupo sair para as refeições.

 Engajando as famílias
A participação dos responsáveis na escola é fundamental, pois enriquece muito o trabalho. Sendo assim, peça
a eles que enviem fotos dos adultos com quem os bebês têm maior convívio. Após a atividade, envie os sacos
sensoriais aos responsáveis, incentivando-os a ajudar a preservá-los, realizando a manutenção necessária e,
depois, enviá-los de volta para a escola, para que sejam usados em brincadeiras com a turma.
Sugira, ainda, que brinquem com os bebês em casa usando os sacos e que tragam observações e sugestões.
Incentive-os também a enviar registros em fotos ou vídeos, o que pode ajudar a observar as interações que os
bebês fazem em casa e a compartilhar os aprendizados com a turma toda.

98
Atividade: Cadê o objeto que estava aqui?

 EI01EO02  EI01CG05  EI01ET03


CADÊ O OBJETO QUE
ESTAVA AQUI?
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Leve todo o grupo de bebês para a área externa da escola para coletar alguns elementos da natureza, como
folhas, gravetos, pedras, galhos, frutos etc. Esse momento não precisa ser imediatamente antes da realização
da proposta e não precisa ser feito de uma só vez. Os elementos podem ser recolhidos ao longo de alguns dias,
em diferentes visitas à área externa. Reúna recipientes de diversos tamanhos e profundidades. Encha-os com
areia e esconda os elementos da natureza dentro deles. Coloque volumes diferentes de areia nos recipientes,
de modo a ter alguns mais cheios e outros mais rasos.

 Materiais
•  Recipientes de diversos tamanhos e profundidades, como baldes, bacias, potes etc. (um recipiente para
cada três bebês);
•  Areia;
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, pedrinhas, galhos, frutos etc.);
•  Peneiras;
•  Funis;
•  Materiais de largo alcance (potes, caixas, retalhos de tecido etc.);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade em um local amplo, preferencialmente na área externa da escola, onde você deverá
disponibilizar os recipientes com areia.
Separe os materiais de largo alcance, as peneiras e os funis; eles serão usados no meio da atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como o bebê posiciona o seu corpo para a exploração dos recipientes (deitado, sentado, com apoio,
sem apoio, de pé etc.)?
2. De que forma o bebê explora os objetos? Que tipos de interação ele desenvolve com os objetos en-
contrados (aperta, agarra, bate, segura etc.)?
3. Como os bebês interagem uns com os outros para compartilhar suas descobertas?

99
Unidade: Brinquedos e objetos

 Para incluir todos


Organize os recipientes de modo que estejam acessíveis a todos os bebês, possibilitando aos que não se
locomovem com autonomia que se aproximem deles. Os bebês que não se sentam podem ficar no seu colo
para ficar mais próximos aos recipientes. Aqueles que engatinham podem ficar próximos aos recipientes mais
baixos. Entretanto, caso queiram explorar outros recipientes e interagir com bebês de outros grupos, possibilite
a ação e valide suas iniciativas.

O QUE FAZER DURANTE

1 Na sala, explique a todo o grupo que vocês farão uma brinca- A


deira de encontrar objetos. Leve os bebês até o espaço prepara- Possíveis falas do professor
do e convide-os a descobrir os recipientes espalhados. Embora
— Vejam o que temos aqui! Vamos
essas orientações sejam dadas a todo o grupo, reforce-as jun-
descobrir o que há nestes potes?
to a cada um dos pequenos grupos que se formarem. Duran- — Como podemos brincar com eles?
te toda a atividade, faça registros por meio de fotos, vídeos e
anotações. Anote as descobertas, as reações, as sensações, os
B
movimentos e as expressões faciais e corporais dos bebês. A B
Possível ação dos bebês
Tenha um olhar sensível e perceba por quais recipientes os bebês podem se aproximar dos
2 bebês se interessam mais. A partir disso, organize pequenos
•Os
recipientes de forma livre, para uma
grupos de três a quatro bebês, possibilitando que explorem primeira pesquisa exploratória.
os materiais livremente. Instigue-os a descobrir o que há den-
tro de cada recipiente. Essa ação também favorecerá o desen- C
volvimento da atividade Eu conheço esse brinquedo!, deste Possíveis falas do professor
conjunto. A partir das interações entre os bebês e os objetos, — Vejam o que o amigo achou! O que
aproxime-se e destaque as ações de cada um, chamando a será que é?
atenção de toda a turma. Valide e apoie as iniciativas de to- — Onde encontramos um graveto como
dos. C D este aqui na escola?

Possibilite que os bebês brinquem livremente com a areia, a D


3 fim de experimentar e descobrir sensações. Aproveite cada Possível ação dos bebês
descoberta para explorar os itens encontrados. Possibilite que bebê pode se engajar ao brincar
•Um
façam descobertas a respeito de peso, formato, barulho etc. e com um dos potes, tentando remexer a
proponha que mostrem suas descobertas uns aos outros. Para areia com os dedos. Depois de algumas
potencializar a exploração e tornar o momento mais prazeroso, tentativas, pode encontrar o graveto
disponibilize peneiras, funis e materiais de largo alcance para escondido e mexer nele, observando o
movimento. Em seguida, pode retirá-lo,
que eles os manuseiem para explorar a areia. E F
levantá-lo e balançá-lo, passando-o de
uma mão para a outra.

100
Atividade: Cadê o objeto que estava aqui?

Participe da brincadeira visitando cada pequeno grupo forma- E


4
do. Proponha brincadeiras, como a de esconder e aparecer, Possíveis ações dos bebês
usando os itens encontrados. Outra maneira de potencializar as
bebê pode explorar a areia,
•Um
explorações é perguntar sobre o barulho que as folhas fazem retirando alguns punhados do
quando as amassamos ou então solicitar que os bebês arremes- recipiente, e colocar e retirar suas
sem as pedrinhas, os gravetos e as folhas para longe ou den- mãos de dentro do pote, testando a
tro dos recipientes, para que possam comparar pesos e forças profundidade dele até encontrar um
utilizadas. Assim, poderão sentir a ação do seu corpo sobre um novo material.
bebê pode esconder um item na
•Um
objeto e experimentar movimentos corporais. G areia para que os outros, em seguida, o
encontrem.
Para finalizar
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Quando F
perceber menos envolvimento por parte deles, conte qual será
Possíveis falas do professor
a próxima atividade. Convide-os para transportar a areia para
o tanque da escola ou para o local onde será armazenada, in- — Você achou uma pedra! Será que ela é
pesada? Balance-a para sentir o peso!
centivando a participação de todos na organização do espaço
— Que tal passá-la ao colega para
e dos materiais. que ele veja se acha a pedra pesada
também?

G
Possíveis falas do professor
— Nossa! Vejam a força que o bebê fez
para arremessar a folha na bacia!
— Será que precisamos fazer a mesma
força com esta pedra? E com este
graveto?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Em outro dia, proponha uma nova brincadeira com a areia. Para isso, providencie potinhos ou panelas e
utensílios de cozinha (de brinquedo ou não) com os quais os bebês possam brincar.
Eles poderão realizar brincadeiras de comidinha, de encher e esvaziar, de transportar a areia de um recipiente
para outro etc. Convide crianças maiores para brincar com os bebês nesse dia, combinando o momento previa-
mente com o professor de outra turma. A interação entre crianças de diferentes idades enriquecerá a atividade.

 Engajando as famílias
Use os registros fotográficos e escritos realizados durante a proposta para produzir um mural na escola.
Convide, por meio de um bilhete, os responsáveis para a apreciação das imagens, explicando a proposta da
atividade e incentivando-os a realizá-la com os bebês em outros espaços, como na praça do bairro, no quintal
de casa ou em um parque. Solicite a eles que tragam novas fotos e anotações para completar o mural.

101
Unidade: Brinquedos e objetos

 EI01EO06  EI01CG02  EI01ET03


EU CONHEÇO ESSE
BRINQUEDO!
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Solicite previamente aos responsáveis para que escolham com o bebê o brinquedo preferido dele em casa
e o enviem para a escola. Peça que etiquetem o brinquedo com o nome completo do bebê e o entreguem na
secretaria da escola ou mandem na mochila sem que o bebê veja. Um brinquedo por bebê é suficiente. A soli-
citação pode ser enviada por meio de um bilhete, pela agenda, com um comunicado em um mural de avisos ou
por outro meio de comunicação utilizado pela sua escola.
Esconda os brinquedos selecionados para a atividade dentro das caixas, embaixo dos colchonetes ou dos
tecidos etc., mas deixe parte deles à mostra para instigar a procura. Proponha diferentes níveis de dificuldade,
a fim de favorecer a exploração dos movimentos corporais. Essas ações serão importantes também para o de-
senvolvimento da atividade Qual é o bicho escondido aqui?, deste conjunto. Para proporcionar ricos momentos
de interação, esconda mais de um objeto em um mesmo canto, de modo a fazer com que se formem pequenos
grupos no espaço. Por exemplo: junte três caixas e coloque um objeto em cada uma delas; esconda quatro
brinquedos embaixo de um mesmo colchonete; esconda cinco brinquedos entre os armários etc.

 Materiais
•  Brinquedos de apego dos bebês;
•  Objetos nos quais se possa esconder os brinquedos (caixas, colchonetes, tecidos etc.);
•  Um cesto com livros de literatura infantil já conhecidos pelos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade na sala. Tente retirar o máximo de brinquedos de uso diário do espaço, para que os bebês
foquem integralmente na proposta. Organize o espaço com as caixas, colchonetes, tecidos etc. e utilize esses
itens para esconder os brinquedos selecionados para a atividade. Disponibilize um cesto de livros de literatura
infantil para que tenham acesso quando desejarem.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a atividade desafia corporalmente os bebês? Qual a reação deles ao encontrar o objeto
conhecido?
2. Que tipos de interação desenvolvem com os objetos encontrados? Apertam, agarram, batem, seguram etc.?
3. Como compartilham entre si suas descobertas? Por meio de olhares, sorrisos, balbucios, palavras,
toques etc.?

102
Atividade: Eu conheço esse brinquedo!

 Para incluir todos


Com o olhar atento às demandas, auxilie os deslocamentos dos bebês que não andam, levando-os no colo
se necessário. Garanta que todos estejam envolvidos em atividades de acordo com suas preferências, ritmos
e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo e explique que há alguns brin-


A
quedos conhecidos por eles escondidos pela sala e que eles
precisam encontrá-los. Conte a eles que os brinquedos foram Possíveis ações dos bebês
escolhidos e enviados pelos responsáveis para a escola e in- bebês podem ouvir atentamente a
•Os
centive-os a realizar uma livre exploração do espaço e dos ob- proposta e começar a exploração do
jetos. A espaço.
bebê pode procurar algo nos
•Um
colchonetes enquanto outro engatinha
Os bebês (principalmente os menores) apresentam um grande
2 interesse em brincar de esconder e revelar algo. Por isso, insti-
até uma caixa e mexe nos objetos
dentro dela.
gue a interação deles com os objetos e com seus colegas utili-
zando um tecido para cobrir e descobrir o brinquedo. Desperte B
a curiosidade deles dizendo, por exemplo, que encontrou um Possível ação dos bebês
brinquedo de algum deles ali. B C
bebê pode encontrar um brinquedo
•Um
que não é dele e manuseá-lo,
3 Incentive os bebês a continuar procurando seus brinquedos e explorando o objeto para descobrir suas
valide as iniciativas deles. Possibilite que explorem a procura, funcionalidades.
brinquem e se divirtam com as interações. Observe com aten-
ção e se aproxime para conhecer melhor as suas ações, evitan- C
do ao máximo dirigir as iniciativas. Registre as reações dos
Possível fala do professor
bebês ao encontrarem seus objetos e suas interações (com
o brinquedo e com outros bebês) por meio de fotos ou vídeos. — Vejam o que o amigo encontrou: um
chocalho! De quem será esse chocalho?

4 Auxilie os bebês na procura, para garantir que todos encontrem


seus brinquedos e possam compartilhá-los com os colegas. D
Para enriquecer a interação, dirija-se aos pequenos grupos e Possível ação dos bebês
solicite que mostrem uns aos outros o que encontraram. Caso bebê pode encontrar, por exemplo,
•Um
algum bebê encontre o brinquedo de um colega, pergunte a um mordedor e apertá-lo, colocá-lo na
todo o grupo de quem é aquele objeto, convidando-o a entre- boca, brincar com ele e colocá-lo no
gá-lo a quem o objeto pertence. Reserve um tempo para que chão.
todos brinquem com seu objeto encontrado, com os objetos dos
outros e com os amigos. D E E
Possíveis falas do professor
Para finalizar — Vejam o que o amigo achou: um
Convide os bebês a guardar os brinquedos, avisando que os mordedor que estava escondido naquele
levarão de volta para casa. Contudo, possibilite que os brinque- canto da sala! De quem é?
dos sejam utilizados ao longo do dia, caso algum bebê deseje. — Vamos chamar o amigo para brincar?
Como podemos brincar?
Conte qual será a próxima atividade. No fim da proposta, realize
registros escritos para enriquecer suas observações.

103
Unidade: Brinquedos e objetos

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A proposta pode ser realizada outras vezes com a turma, pois ela proporcionará novas descobertas, novos
movimentos corporais para deslocamento e novas interações com os amigos a cada vez que for realizada. Como
desdobramento, faça uma brincadeira de caça ao tesouro com objetos disponíveis em sua escola, como itens
recolhidos pelos bebês em uma exploração externa (frutos, folhas, gravetos etc.).

 Engajando as famílias
A participação dos responsáveis na atividade começa com o envio dos brinquedos de apego dos bebês à es-
cola. Posteriormente, compartilhe com os adultos, por meio de um mural ou cartaz, as fotos dos bebês durante
a atividade e as observações escritas que você fez. Garanta que haja fotos e anotações a respeito de cada um
dos bebês. Proponha que os responsáveis realizem a brincadeira em casa também. Para isso, os bebês e os
adultos podem, por exemplo, escolher um brinquedo da escola para levar para casa a fim de realizar a caça
ao tesouro no final de semana.
Incentive os adultos a realizar registros escritos, fotográficos ou em vídeos dessa experiência afetuosa e lúdica
e que os compartilhem com a escola. Confeccione um caderno para a proposta: na primeira página, explique o
objetivo da atividade e oriente os responsáveis a colar os registros nas páginas seguintes. Selecione algumas
imagens da atividade realizada na escola para encapar o caderno.

104
Atividade: Qual é o bicho escondido aqui?

 EI01EO02  EI01ET03  EI01ET05


QUAL É O BICHO
ESCONDIDO AQUI?
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

Sugestões de vídeo
 Contextos prévios

•Dona aranha.
Versão apresentada
Depois de realizar a atividade Eu conheço esse brinquedo!, deste conjunto, os por Galinha Pintadinha.
bebês terão uma nova oportunidade de se reconhecer, desta vez, por meio de fotos Disponível em: https://
com seus animais de estimação, que devem ser solicitadas aos responsáveis com www.youtube.com/
antecedência. Peça aos responsáveis que escrevam, no verso da foto, o nome do watch?v=MuBgIfBR1kA.
animal. Caso o bebê não tenha um bicho de estimação, a foto pode ser com outro animal, Acesso em: 24 abr. 2021.
pato. Vinicius de
•O
desde que seja significativo para os bebês. Além disso, solicite a doação de fechos de Moraes e Toquinho.
lenços umedecidos à comunidade escolar. Disponível em: https://
Busque imagens de animais com qualidade, evitando estereótipos. Dê preferência www.youtube.com/
a imagens reais ou a pinturas de bichos feitas por artistas locais. Selecione músicas watch?v=z8-yWOXXJ4Y.
de animais já conhecidas pela turma. Acesso em: 24 abr. 2021.

•Borboletinha. Versão
apresentada por
Galinha Pintadinha.
 Materiais Disponível em: https://
www.youtube.com/
•  Um espelho grande o suficiente para que os bebês consigam ver seus watch?v=28iW_
rostos, previamente fixado na parede; O5qWfU. Acesso em:
24. abr. 2021.
•  Um cesto com livros de literatura infantil já conhecidos pelos bebês;
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas sobre animais já conhecidos pelos
bebês;
•  Para a confecção do móbile com as fotos dos bebês:
-  Fotografias dos bebês com seus animais de estimação (solicitadas com antecedência);
-  Bambolês;
-  Cartolinas;
-  Fechos de lenços umedecidos;
-  Nylon ou barbante;
-  Cola ou fita adesiva.
•  Para a confecção do painel com fotos ou pinturas de animais:
-  Fotografias ou pinturas de animais;
-  Cartolinas;
-  Fechos de lenços umedecidos;
-  Cola ou fita adesiva.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

105
Unidade: Brinquedos e objetos

Passo a passo para confeccionar o móbile:


•  Cole as fotografias selecionadas na cartolina.
•  Cole os fechos de lenço umedecido em cima das imagens, de modo que, quando o fecho for aberto, a
pessoa que o abrir veja a imagem por trás dele.
•  Depois, corte a cartolina em diferentes pedaços (um pedaço com cada fecho).
•  Após fazer isso com todas as imagens, una os fechos com nylon ou barbante.
•  Amarre os fios de nylon ou barbante nos bambolês.
•  Pendure os bambolês no teto da sala.

Passo a passo para confeccionar o painel:


•  Cole as imagens selecionadas na cartolina.
•  Em cima de cada imagem, cole um fecho de lenço umedecido.
•  Coloque o painel fixado na parede, a uma altura adequada para que os bebês possam manuseá-lo
sentados ou em pé.

 Espaços
Na sala, prepare um espaço com o móbile, o painel e o espelho fixado à parede. Disponibilize um cesto com
livros já conhecidos pelo grupo para que tenham acesso quando desejarem.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a atividade desafia corporalmente os bebês? Qual a reação deles ao encontrar as imagens
dos animais? Quais habilidades motoras são ampliadas na proposta (esticar o corpo para alcançar,
engatinhar, arrastar-se em direção a um objeto etc.)?
2. Como exploram os fechos? Apertam, puxam, agarram, batem, seguram, viram, tentam abrir e fechar etc.?
3. Como compartilham suas descobertas com outros bebês? Por meio do olhar, de um sorriso, de um
balbucio, de palavras, de toques etc.?

 Para incluir todos


Com o olhar atento às demandas, auxilie os deslocamentos dos bebês que não andam, incentivando a parti-
cipação de todos. Disponha o espelho, o móbile e o painel a uma altura acessível para os bebês. Garanta que
todos estejam envolvidos em atividades de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

Converse com todo o grupo, convidando os bebês a perceber se há algo novo A


1 Possível ação
na sala. Eles notarão o espelho, o móbile e o painel e deverão se encaminhar
dos bebês
em direção a eles para descobrir o que são. Diga que há novos objetos na sala
com os quais poderão brincar. Garanta que o momento seja livre e espontâneo, bebê pode notar
•Um
convidando todos a se aproximar, respeitando o ritmo de cada bebê. Para os um novo objeto na sala
e ir ao encontro dele.
que não andam, leve-os até o móbile, de modo a possibilitar que também o No caminho, pode
explorem. Registre a atividade por meio de fotografias ou vídeos, para fins de olhar para o professor,
documentação pedagógica. A que deverá validar sua
iniciativa.

106
Atividade: Qual é o bicho escondido aqui?

2 Aproxime-se de um pequeno grupo de bebês para interagir com eles e con-


versar sobre suas descobertas, como o abrir e o fechar dos fechos dos lenços.
Perceba suas reações ao encontrar as imagens e pergunte sobre o que veem.
Brinque de abrir e fechar, escondendo e revelando as imagens.

3 Brinque de imitar os sons dos animais (cachorro, gato, pássaro, galinha etc.)
e de reproduzir algo específico, como a boca do peixe, do jacaré e do tuba- B
rão. Incentive que se olhem e se imitem. Para enriquecer o momento, mostre
Possíveis falas
imagens reais ou pinturas de animais, para que os bebês as observem e am- do professor
pliem seu repertório cultural. Convide-os a se olhar no espelho para realizar
— Vejam, o amigo
diferentes expressões faciais, imitando os animais.
achou a aranha! A gente
conhece uma música
Quando algum bebê encontrar os bichos por trás dos fechos, convide todo
4 o grupo a cantar as músicas sobre aquele animal ou sugira uma cantiga já
sobre a aranha. Qual é?
— “A Dona aranha
conhecida cujo tema tenha a ver com o bicho encontrado, como Dona ara- subiu pela parede,
nha, O pato e Borboletinha. Você também pode reproduzir as músicas em um veio a chuva forte e a
derrubou…”.
equipamento para reprodução de áudio. B

5 Em pequenos grupos, incentive que os bebês mostrem aos amigos os bichos


encontrados e as suas fotos e brinquem também de abrir e fechar o fecho juntos.

Para finalizar
Avise que, em alguns minutos, a atividade se encerrará. Esclareça que o móbile e o painel ficarão na
sala por um tempo para que, nos dias seguintes, possam brincar com eles juntos. Disponibilize o cesto de
livros para que, conforme forem terminando as brincadeiras e as explorações, possam se ocupar enquanto
os demais terminam também.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade poderá ser realizada novamente de acordo com o interesse dos bebês. Afixar o móbile na sala
possibilitará essa repetição. Uma possível variação é colocar fotos dos bebês com seus responsáveis no lugar
das imagens dos animais ou colocar diferentes tipos de texturas no fecho, como papel celofane, papel corru-
gado, papel crepom, EVA, lixa etc.

 Engajando as famílias
A participação dos responsáveis na atividade começa com o envio das fotos dos bebês com seus animais de
estimação. Após a realização da proposta, sugira aos responsáveis que realizem a atividade em casa usando
fotos das pessoas com quem o bebê mais convive. Solicite que registrem, por meio de fotos ou vídeos, a expe-
riência, para que possam ser compartilhados com a turma posteriormente.

107
6
AP

CONJUNTO

UNIDADE

CANTOS E ACALANTOS
Quando o bebê escuta uma música, um canto ou um acalanto, na maioria dos casos,
presta a atenção à melodia e faz movimentos com o corpo como uma maneira de acom-
panhar e interagir. Esses momentos contribuem para desenvolver um senso de ritmo,
atenção e escuta, além de propiciar o aprendizado sobre como apreciar e se relacionar
com algo culturalmente construído. Os cantos e acalantos devem ser realizados cotidia-
namente na escola, como no acolhimento do bebê, na espera para o banho ou em mo-
mentos direcionados para apresentar novas músicas aos grupos.

108
Unidade: Cantos e acalantos

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

Corpo, gestos e Traços, sons, Escuta, fala, Espaços, tempos,


movimentos cores e formas pensamento e quantidades,
imaginação relações e
transformações

109
Unidade: Cantos e acalantos

 EI01CG02  EI01TS03  EI01ET06


BRINCANDO,
CANTANDO E
ACARINHANDO Sugestões de vídeo
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
• A canoa virou. Versão
do grupo Palavra Cantada.
Disponível em: https://
O QUE FAZER ANTES www.youtube.com/
watch?v=_vmxj-adiPo.
Acesso em: 14 jun. 2021.
• Roda, roda, roda. Versão
 Contextos prévios da Galinha Pintadinha.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
Para a atividade, será preciso mais de um professor ou auxiliar em sala e um
watch?v=h9DDiQLAVW0.
equipamento para reproduzir cantigas. Separe instrumentos musicais e selecione Acesso em: 14 jun. 2021.
músicas da cultura regional ou outras de ampla difusão. • Sai, ó piaba. Versão do
grupo História de Brincar.
Disponível em: https://
 Materiais www.youtube.com/
watch?v=VAjrUiODdjo.
Acesso em: 14 jun. 2021.
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Encostos;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Instrumentos musicais ou instrumentos sonoros feitos com materiais de largo
alcance, de boa qualidade, como guizos e chocalhos (um para cada bebê); Sugestão de leitura
•  Uma caixa grande o suficiente para armazenar os instrumentos musicais; • 15 ideias criativas
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. para fazer instrumentos
musicais com crianças.
Tempo Junto.
 Espaços Disponível em: https://
www.tempojunto.
com/2015/10/16/15-
A atividade será realizada na sala. Prepare o ambiente de forma que tenha espaço ideias-criativas-para-
suficiente para que todo o grupo possa engatinhar, sentar-se no chão ou ficar em pé, fazer-instrumentos-
movimentando-se livremente no embalo das canções, e para que sejam possíveis musicais-com-criancas/.
diferentes formas de interação e de exploração. Prepare o espaço com colchões e Acesso em: 14 jun. 2021.
encostos, de maneira que os bebês tenham o apoio necessário. Organize uma caixa
com os instrumentos musicais.

110
Atividade: Brincando, cantando e acarinhando

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram as fontes sonoras durante a brincadeira?


2. Quais descobertas eles fazem ao vivenciar os diferentes ritmos propostos?
3. De que forma eles experimentam as possibilidades corporais nas brincadeiras?

 Para incluir todos


Organize o espaço para que todos os bebês tenham garantidas as condições de participação e exploração
durante a atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades. Observe as diferentes formas de
expressão e avalie o que está sendo agradável em sua experiência com os sons. É importante se atentar às
diferentes sensibilidades: há bebês mais sensíveis aos sons do que outros. Nomeie e demonstre o uso de cada
instrumento aos bebês menores, que ainda não conseguem manuseá-los.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para se sentar perto de você, aco-


modando-os em colchonetes, encostos ou outros apoios, garan-
tindo a participação de todos. Apresente os instrumentos musicais
e incentive a livre exploração. É importante que cada bebê tenha
um instrumento para acompanhar. Circule entre os bebês e aproxi-
me os instrumentos deles, caso perceba essa necessidade. Observe
como se expressam de forma espontânea por meio de gestos, pala-
vras, balbucios, olhares e movimentos e como interagem uns com os A
outros. Durante a atividade, faça registros fotográficos ou em vídeos. Possíveis falas do professor
— Quem quer começar a brincadeira
2 Após o momento da livre exploração dos instrumentos, conte aos sentando-se no meu colo? Venha!
bebês que você irá cantar ou reproduzir a canção A canoa virou. — Vamos navegar na minha canoa?
Convide-os para cantar com você. A brincadeira deve ser desen- — Nossa canoa vai navegar!
volvida em trios, um de cada vez, embora todos possam acompa- — Vocês me ajudam a cantar a canção?
nhar com seus instrumentos e expressões. Sente-se no chão com
as pernas juntas e esticadas. Convide um trio de bebês para se
sentar em suas pernas, um atrás do outro, com as pernas abertas
(os demais bebês devem ficar na companhia do professor ou au- B
xiliar da turma). As suas pernas servirão como a canoa. Durante
Possíveis ações dos bebês
a canção, balance os bebês cuidadosamente de um lado para o
outro, olhando em seus olhos e falando seus nomes nos momen- bebês podem ficar observando,
•Os
demonstrando timidez para chegar
tos adequados da canção. Respeite suas expressões corporais e
até você.
faciais no embalo da canção. Observe as reações de cada bebê
•Alguns podem demonstrar mais
e como se manifestam durante a proposta. Você pode cantar resistência ao toque e ao movimento.
a canção lentamente e, depois, mais rapidamente para variar a
•Outros podem demonstrar vontade de
brincadeira. Procure realizar a brincadeira com todos os bebês, participar da brincadeira todas as vezes.
mas respeite aqueles que não quiserem participar. Garanta que bebês podem demonstrar
•Os
diferentes possibilidades no
estejam confortáveis e se divertindo. Interaja com todos, por meio acompanhamento da canção.
de olhares, expressões, falas e da canção. A B

111
Unidade: Cantos e acalantos

3 Diga aos bebês que agora eles vão fazer uma nova brincadeira.
Convide todo o grupo para cantar com você a canção Roda,
roda, roda. Garanta que cada bebê se movimente livremen-
te explorando as possibilidades do próprio corpo, observando
como se comunicam e se dispensam os instrumentos para se
movimentar. Essa exploração será importante para o desenvol-
vimento da atividade Dança com o espelho, deste conjunto.
Incentive que acompanhem a letra da canção e que realizem
o que ela pede.

4 Convide todo o grupo para cantar, dançar e acompanhar com


os chocalhos a canção Sai, ó piaba. Coloque a música para to-
car ou cante para eles. Garanta que possam se movimentar e
participar de acordo com suas possibilidades, ritmos e prefe-
rências. Incentive os bebês a se movimentar livremente duran-
te a canção e a experimentar as possibilidades corporais e de
interação entre eles. Na parte instrumental da música, incen-
tive-os a pegar os chocalhos e acompanhar o ritmo. Na parte
cantada, movimente-se com eles e garanta que eles explorem
livremente o espaço.

Para finalizar
Quando faltarem cinco minutos para acabar a atividade, explique que está na hora de organizar a sala.
Convide os bebês a guardar os instrumentos na caixa e se sentar no chão. Circule entre eles com a caixa
dando mais um tempo para que finalizem a exploração dos instrumentos. Em seguida, comece a cantar as
músicas das brincadeiras de forma tranquila e convide-os para que cantem com você e finalize.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade poderá ser realizada novamente, explorando variações, como:
•  Utilizar outros instrumentos e cantar na área externa.
•  Utilizar um lençol puxando as pontas deste para formar uma canoa, que poderá ser usada para
balançar os bebês.
•  Apresentar novas cantigas.

 Engajando as famílias
Coloque fotos da atividade em um mural, para que os responsáveis apreciem. Se a proposta foi filmada, en-
vie o vídeo a eles, sugerindo que realizem em casa as brincadeiras, reforçando a importância da proposta, na
qual o corpo vira brinquedo e possibilita muitas descobertas e aprendizados para o desenvolvimento do bebê.

112
Atividade: Dança com espelho

 EI01CG01  EI01EF05  EI01ET06


DANÇA COM ESPELHO
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de vídeo
Para a atividade, é desejável que haja mais de um professor ou auxiliar em
•Pulguinha. Versão do
sala. Utilize algumas músicas para compor o contexto da brincadeira. É impor- grupo Palavra Cantada.
tante que sejam apresentadas canções de qualidade para os bebês, com o in- Disponível em: https://
www.youtube.com/
tuito de ampliar positivamente o repertório musical deles. Para isso, selecione watch?v=T_dlMQEfzEw.
previamente músicas do cancioneiro popular regional ou cantigas que tenham Acesso em: 14 jun. 2021.
sonoridade agradável.
•Ciranda dos Bichos.
Versão do grupo Palavra
Cantada. Disponível em:
 Materiais https://www.youtube.com/
watch?v=H9fXoZmMHK8.
Acesso em: 14 jun. 2021.
•  Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver
•Reloginho, tic, tac.
sua imagem refletida ao mesmo tempo; Versão da musicista
•  Um equipamento para reprodução de áudio; Josette Feres.
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis; Disponível em: https://
www.youtube.com/
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. watch?v=oPrSi8R5j9o.
Acesso em: 14 jun. 2021.

•Roda, roda, roda.
 Espaços Versão do grupo Palavra
Cantada. Disponível em:
https://www.youtube.
A atividade deve ocorrer na sala. Organize o ambiente de modo que ele esteja
com/watch?v=
adequado para que todos se desloquem livremente, explorem diferentes movimentos h9DDiQLAVW0&t=13s.
ao som das canções e interajam entre si e com o espaço oferecido. Assim, é impor- Acesso em: 14 jun. 2021.
tante deixar o espaço livre de objetos que possam atrapalhar o desenvolvimento da
proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês imitam gestos realizados a partir dos cantos e acalantos? De que maneira?
2. Como eles interagem uns com os outros e com o professor durante a atividade? Como se movimentam
e exploram o espaço?
3. Como vivenciam os diferentes ritmos durante a brincadeira? Quais expressões utilizam para exprimir
suas emoções?

113
Unidade: Cantos e acalantos

 Para incluir todos


Prepare o ambiente para que todos os bebês tenham garantidas as condições de movimentação e de exploração
durante a atividade. Coloque o espelho a uma altura acessível a todos os bebês. Ajude os menores a se posicio-
narem na frente do espelho. Incentive a participação e as diferentes formas de expressão dos bebês. Auxilie-os
quando necessário, garantindo que estejam interagindo conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para se aproximar do espelho, posicionando os bebês A


de forma que visualizem sua própria imagem refletida e a dos colegas. Caso Possíveis ações
não haja um espelho dessa dimensão em sua escola, providencie espelhos dos bebês
menores, como os de porta de guarda-roupa, e coloque-os um ao lado do ou- bebês podem
•Os
tro, para que o efeito seja parecido com o de um espelho grande. Observe a engatinhar e tentar se
curiosidade dos bebês quanto a seus reflexos, de que maneira se descobrem, levantar, apoiando-se
como se olham e olham os colegas e as formas como se comunicam (balbu- no espelho.
cios, fala, palmas, gestos etc.). Faça registros fotográficos e, se possível, grave
•Alguns podem ficar de
longe observando os
vídeos durante a atividade. A colegas por meio da
imagem refletida.
2 Após um primeiro momento de exploração no espelho, convide todo o grupo
•Outros podem
a ouvir uma música e a dançar em frente ao espelho. Se possível, coloque as aproximar-se de um
canções Pulguinha e Roda, roda, roda para tocar. Instigue cada bebê a dançar colega, olhar para ele
e para a imagem dele
à sua maneira e, ao mesmo tempo, inicie você também uma dança, acompa- no espelho.
nhando o ritmo da música. A exploração dos movimentos acompanhados da
música será importante para o desenvolvimento da atividade Cantos e aca-
lantos de casa, deste conjunto. Observe quais gestos, movimentos e expres-
sões os bebês trazem. Interaja e dialogue com eles. Imite-os e incentive-os
a imitá-lo também. Possibilite que brinquem e se divirtam com esse jogo de
imitação. Provoque as investigações dos bebês, fazendo com que observem
as imagens no espelho. Promova interações por meio de expressões e do to-
que, propiciando a movimentação durante a execução da música conforme
o ritmo, as preferências e as possibilidades dos bebês. Varie a entonação da
voz e de gestos durante a brincadeira, ampliando, assim, as possibilidades
corporais. Incentive os bebês a mexer o corpo com autonomia, batendo pal- B
mas e balançando a cabeça e os braços. Aproveite as formas de expressão,
Possíveis ações
de movimentação e de interação de todos para dar fluência à atividade, dan- dos bebês
do voz a todas as possibilidades. Repita as músicas, caso os bebês desejem.
bebês podem se
•Os
envolver com você e
3 Proponha aos bebês a brincadeira de dançar como os animais, tocando a com os colegas por
canção Ciranda dos Bichos. Cante com eles, para que percebam o ritmo meio de movimentos
e a velocidade dela. Observe se tentam imitar os animais citados na cantiga e e risadas.
como o fazem. Valorize a participação dos bebês imitando seus movimentos.
•Outros podem
Traga para perto de você os bebês menores, garantindo que tenham a partici- demonstrar menos
iniciativa, observando
pação e a interação asseguradas neste momento. Incentive que grupo o todo
o movimento do grupo
participe e que os pequenos percebam diferentes ritmos e velocidades nas e explorando o espaço
interações e brincadeiras propostas, realizando, assim, novas descobertas. B de outras formas.

114
Atividade: Dança com espelho

Para finalizar
Convide todo o grupo a se acomodar no chão. Possibilite que escolham livremente como querem se po-
sicionar: sentados, deitados ou em pé. Auxilie-os no que for necessário. Diminua seu tom de voz e diga que
irão ouvir uma canção bem calma para que possam descansar. Reproduza a canção Reloginho, tic, tac e
interaja com os bebês, movimentando o seu corpo, pegando-os no colo e balançando os que se sentirem
mais à vontade, de acordo com o ritmo da música. Observe como se organizam e como movimentam o
corpo ouvindo a canção, e garanta uma finalização tranquila, na qual cada um poderá explorar suas pos-
sibilidades corporais.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Utilize as canções indicadas na atividade em outros momentos de dança na frente do espelho. Promova
atividades como essa frequentemente na sua rotina, prevendo pequenas variações, como o uso de adereços e
instrumentos musicais. Dessa maneira, garante-se aos bebês a oportunidade de se conhecer e valorizar cada
vez mais suas possibilidades corporais e expressivas.

 Engajando as famílias
Monte um painel na porta da sala com as fotos da atividade e com trechos das canções trabalhadas, de
forma que os responsáveis conheçam as brincadeiras e as músicas. Em uma reunião com os adultos, aproveite
para reforçar a importância da música para o desenvolvimento do bebê e, se possível, realize uma brincadeira
cantada com eles e os bebês, usando as mesmas músicas, o espelho e outras formas de interação. Compartilhe
com os responsáveis informações sobre a importância desse momento e os incentive a promover brincadeiras
cantadas com os bebês em casa.

115
Unidade: Cantos e acalantos

 EI01CG02  EI01TS01  EI01EF05


CANTOS E ACALANTOS
DE CASA
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Avise aos responsáveis que será realizada uma brincadeira com cantos e acalantos. Peça que respondam
às seguintes perguntas: quais cantos e acalantos são cantados em casa? De quais o bebê mais gosta? Esses
questionamentos podem ser feitos por meio de um bilhete ou em uma conversa presencial. Se possível, peça
que os responsáveis enviem pequenos brinquedos ou objetos de apego dos bebês que possam representar as
canções indicadas. Monte uma cesta com esses itens e, se necessário, adicione objetos e brinquedos disponíveis
na escola à cesta. Providencie com antecedência as canções indicadas pelos responsáveis.

 Materiais
•  Papel sulfite ou agenda do bebê para a elaboração do bilhete;
•  Uma cesta grande o suficiente para caber os objetos que representam as canções;
•  Um pedaço de tecido;
•  Uma toalha felpuda ou um tapete colorido;
•  Playlist, pen drive ou CD com as canções indicadas pelos responsáveis;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Objetos que representem as canções indicadas;
•  Materiais de largo alcance, como tocos de madeira, caixas de diferentes tamanhos, pedaços de
conduítes etc.;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada na sala. Disponha um tapete colorido (ou uma toalha felpuda) no meio da sala
e coloque sobre ele a cesta com os objetos que representam as canções. Cubra a cesta com um pedaço de
tecido. Garanta que haja espaço suficiente para os bebês se movimentarem e interagirem uns com os outros e
com o professor. Organize um cantinho com materiais de largo alcance próximo ao local da atividade, para os
bebês que, porventura, preferirem explorar os materiais e o ambiente durante a brincadeira.

116
Atividade: Cantos e acalantos de casa

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês demonstram interesse pelos cantos e acalantos? Como? Como interagem com os
objetos, com os amigos e com o professor?
2. Que gestos os bebês realizam ao ouvir as canções?
3. Como experimentam as possibilidades corporais durante os cantos e acalantos?

 Para incluir todos


Prepare um ambiente que assegure condições de participação a todos os bebês. Incentive as possibilidades
trazidas por eles durante a atividade. Ajude, se necessário, garantindo que todos estejam inseridos na proposta
conforme suas preferências, ritmos e possibilidades. É importante, por exemplo, ajudar na locomoção dos bebês
menores até o tapete com a cesta de brinquedos.

O QUE FAZER DURANTE


A
1 Convide todo o grupo para se aproximar da cesta no centro do Possíveis ações dos bebês
tapete ou da toalha felpuda no chão. Dentro da cesta estarão
os objetos enviados pelos responsáveis e os que você colocou. bebê pode se aproximar,
•Um
balbuciar algo e movimentar o corpo,
Esses objetos devem representar as canções que são canta- demonstrando interesse.
das em casa pelos bebês. Diga a eles que ali eles encontrarão
•Outro pode identificar rapidamente o
brinquedos deles, dos colegas e da escola. Convide-os a se seu brinquedo, pegando-o na cesta e
aproximar, explorar os objetos e tentar identificar os próprios mostrando-o aos colegas ou, ainda,
brinquedos para mostrar aos seus colegas. Sugira também que explorando-o entretido.
levem objetos uns para os outros. Observe como se aproximam,
se expressam e interagem entre si. Verifique se reconhecem os B
seus próprios objetos. Auxilie-os de modo a garantir que todos Possíveis falas do professor
estejam bem acomodados e com acesso à cesta. Envolva-se
com os bebês no momento de descoberta dos objetos da cesta — Você reconheceu esse brinquedo?
Pode me mostrar o que ele faz?
e vá nomeando um a um. Apoie-os e possibilite que brinquem Muito legal!
dentro das suas possibilidades e preferências. Fique atento às — Ouça essa música! Você a conhece,
expressões dos bebês. Caso identifique alguma situação de (diga o nome do bebê)? Vamos
desconforto, como um bebê tomando o objeto de outro, fazen- cantar juntos?
do com que este, por sua vez, sinta-se incomodado, converse
com eles e medeie a situação, oferecendo outros brinquedos,
C
incentivando-os a explorar mais a cesta. A
Possíveis ações dos bebês

2 Durante a exploração dos objetos, diga aos bebês que os res- bebês podem demonstrar, por meio
•Os
ponsáveis contaram quais canções eles gostam de ouvir. Co- de gestos e olhares, que reconhecem
loque as canções para tocar, convidando-os a escutar e cantar as músicas tocadas.

•Outros bebês podem demonstrar
enquanto exploram os brinquedos dos cestos. Conforme se ini- interesse em explorar todos os
cia um novo acalanto, diga o nome do bebê cujos responsá- objetos da cesta e tentar acompanhar
veis indicaram a música. Assim você favorece a identificação as músicas com fala, balbucios,
do bebê com a canção e cria a oportunidade de o bebê com- movimentos corporais e palmas.
partilhar sua canção com seus colegas. B C

117
Unidade: Cantos e acalantos

3 Observe as ações dos bebês e aproveite cada oportunidade D


de interação, de expressão corporal e de oralidade. Explore o Possível ação dos bebês
ritmo das canções com palmas e movimentos, incentivando os
bebês podem se envolver a partir
•Os
bebês a fazerem o mesmo. Proponha que balancem o corpo dos convites do professor, mas também
e coloque-se como parte da ação interpretativa dos cantos e poderão preferir ficar explorando os
acalantos, assim como foi incentivado nas atividades Brincan- objetos de diversas formas.
do, cantando e acarinhando e Dança com o espelho, deste
conjunto. Continue convidando os bebês a pegar os objetos
para cantar as canções, possibilitando que a movimentação
aconteça pelo espaço da sala com liberdade. Assegure que os
bebês menores participem de acordo com suas possibilidades e
os apoie caso haja necessidade. Registre os momentos de inte-
ração, por meio de fotos ou vídeos, para fins de documentação
pedagógica e para que possa, eventualmente, compartilhar os
resultados com os adultos responsáveis. D

Para finalizar
Aos poucos, avise que irão começar a guardar os brinquedos na cesta para encerrar a atividade. Circu-
le com a cesta entre os bebês e peça que o ajudem a guardar os objetos, mas respeite caso algum bebê
ainda deseje brincar mais um pouco. Enquanto isso, continue circulando com a cesta até que todos os
brinquedos tenham sido guardados. Ao fim, parabenize o envolvimento dos bebês na proposta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a atividade usando as canções indicadas pelos responsáveis, mas oferecendo diferentes possibilidades
de exploração, como instrumentos ou outras fontes sonoras. Convide os responsáveis a vir à escola em um dia
combinado para que participem da atividade de cantar e brincar com os bebês ao som das músicas indicadas.

 Engajando as famílias
A participação dos adultos começa com a indicação da música de que os bebês mais gostam. Ao final da
vivência, envie, aos responsáveis, fotos, vídeos ou relatos sobre a atividade. Se possível, grave as músicas utili-
zadas em CDs ou outra mídia para presenteá-los, a fim de que possam ouvi-las em casa com os bebês. Ressalte
a importância da música para o desenvolvimento dos pequenos.

118
Atividade: Sons e movimentos na área externa

 EI01CG02  EI01TS03  EI01ET06


SONS E MOVIMENTOS NA
ÁREA EXTERNA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios Sugestões de vídeo


• Músicos e
Providencie canções que ajudem a compor o contexto da brincadeira. É importante dançarinos. Palavra
que sejam apresentadas músicas de qualidade para os bebês, com o intuito de ampliar Cantada. Disponível
positivamente o repertório musical deles. Realize uma prévia seleção de músicas do em: https://www.
cancioneiro popular regional ou que tragam uma sonoridade agradável, com sons de youtube.com/
instrumentos musicais reais. É importante que esteja presente mais um professor ou watch?v=uAVPMdtpVwM.
Acesso em: 14 jun. 2021.
auxiliar, para que a organização do espaço, a exploração, a movimentação e a partici-
• Alecrim. Versão do
pação de todos sejam garantidas. Palavra Cantada.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
 Materiais watch?v=P7Fb3myaz9g.
Acesso em: 14 jun. 2021.
• Canteiro. Margareth
•  Fontes sonoras variadas, como chocalhos, pau de chuva, tambores Darezzo, Cibele
e pandeiros; Codonho, Solange
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Codonho e Walter
•  Almofadas; Lacerda. Disponível
•  Tecidos coloridos; em: https://www.
youtube.com/
•  Redes (se possível);
watch?v=zKIYUhuljiE.
•  Playlist, pen drive ou CD com as canções indicadas pelos responsáveis; Acesso em: 14 jun. 2021.
•  Um equipamento para reprodução de áudio; • Dorme na floresta.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. Margareth Darezzo e
Edson Montenegro.
Disponível em: https://
 Espaços www.youtube.com/
watch?v=euh5VQe_ehc.
Acesso em: 14 jun. 2021.
Com a ajuda de outro professor ou auxiliar, organize na área externa cantos te- • Vida de bicho.
máticos com fontes sonoras, almofadas e colchonetes ou esteiras. Prepare cabanas Margareth Darezzo,
usando tecidos coloridos, como embaixo de um escorregador ou de uma rampa Edson Montenegro,
Fernando Carvalho
e, se possível, pendure redes à sombra das árvores. O espaço será aproveitado
e Walter Lacerda.
para exploração e observação da natureza e para a realização de atividades de Disponível em: https://
relaxamento. Organize o espaço de forma que todos os bebês possam ficar bem www.youtube.com/
acomodados para participar. watch?v=e3KodGpgNUs.
Acesso em: 14 jun. 2021.

119
Unidade: Cantos e acalantos

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês descobrem e vivenciam ritmos, velocidades e fluxos nas interações realizadas
com os cantos e acalantos?
2. Quais explorações os bebês realizam usando as fontes sonoras e os materiais oferecidos?
3. Quais experiências corporais são trazidas por eles durante a atividade? Como interagem?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem de forma segura e que possam ter acesso a todos os cantos temáticos
e materiais. Observe as interações e manifestações dos bebês e ofereça o apoio necessário para que cada um
explore conforme suas possibilidades. Auxilie, por exemplo, os bebês menores a se locomoverem e a explorarem
as fontes sonoras.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para ir até a área externa. Conte que, juntos, vocês vão A
descobrir o espaço. Garanta que eles se desloquem livremente e incentive-os
a encontrar, explorar e manipular os materiais já organizados na área externa. Possíveis ações dos
bebês

Após o reconhecimento do espaço e sua exploração, reproduza a canção bebê pode


•Um
2 procurar o outro para
Músicos e dançarinos. Convide os bebês a pegar um instrumento e brincar ao dar as mãos.
som da música. Incentive-os a se movimentar pela área como um dançarino
•Outros podem formar
e a tocar seus instrumentos como em um grande baile. Observe as formas de duplas, trios ou uma
expressão, interação e movimentação de cada bebê e interaja com eles, de roda com um maior
forma animada e brincante, aproveitando as possibilidades que o grupo ofe- número de bebês.
rece. Fique atento e chame a atenção dos bebês para as expressões dos co- bebê que
•Um
engatinha pode
legas. Possibilite aos bebês que preferem brincar nos cantos temáticos que parar e observar
assim o façam e observe quais são os elementos que chamam a atenção a movimentação,
deles em suas explorações. Faça registros com fotografias e filmagens para e começar a rodar
garantir a documentação pedagógica durante a atividade. Ao final da canção, engatinhando em volta
que pode ser tocada mais de uma vez, convide-os para uma nova brincadeira. dos bebês menores.
bebês na roda
•Os
podem balbuciar,
3 Até esse momento, os bebês deverão estar, cada um à sua maneira, envol- sorrir e bater palmas,
vidos com o espaço, com seus colegas e com as canções. Convide-os para movimentando o
formar uma roda. Observe como se movimentam e se expressam. Os bebês corpo todo.
que engatinham podem sentar-se na roda ao lado dos demais colegas. En- bebês podem
•Os
tão, apresente a canção Canteiro. Incentive a movimentação dos bebês na também observar
as interações do
apresentação da música e movimente-se com eles. Observe se eles ficam em professor com os
roda ou se realizam diferentes movimentos e interações pelo espaço. Apoie outros bebês.
as iniciativas e use o seu corpo para embalos durante a canção. A

120
Atividade: Sons e movimentos na área externa

B
4 Convide os bebês a explorar as cabanas espalhadas pelo espaço, observando
Possíveis falas
como ocorre a movimentação e como se expressam ao se dirigir aos diferentes do professor
cantos. Em seguida, convide-os a deitar usando os colchonetes ou esteiras e
— Olha que lugar
as almofadas. Ajude-os a se acomodar confortavelmente e coloque a canção interessante! Quer vir
Dorme na floresta para tocar. Durante a atividade, caminhe entre os peque- comigo conhecer?
nos, oferecendo afagos, aconchegos, pegando-os no colo e embalando-os, — Cadê a (diga o nome
conforme as preferências de cada um. B C do bebê)? Eu te achei!

Para finalizar C
Avise os bebês que logo irão organizar o espaço para encerrar a atividade. Possíveis ações
Com os bebês acomodados, cada um à sua maneira, vá diminuindo o volume dos bebês
da canção e, quando a música terminar, convide-os a recolher os instrumentos bebê pode se
•Um
e organizar a área externa. Recolha os materiais utilizados com a ajuda dos deitar e ser seguido por
bebês e do outro professor ou auxiliar. alguns colegas.

•Outro bebê pode se
sentar e começar a
balançar o corpo e ser
seguido por colegas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a atividade explorando as seguintes variações:
•  Brincar de imitar bichos com a canção Vida de bicho, de Margareth Darezzo.
•  Balançar os bebês na balança ou na rede ao cantar uma canção, como Alecrim.
•  Usar caixas de música para os bebês relaxarem deitados.
•  Contar uma história musicada embaixo das cabanas.

 Engajando as famílias
Monte um painel com as fotos tiradas durante a atividade, para que os responsáveis possam conferir como foi
o momento. Se possível, convide-os a reproduzir com os bebês algumas das brincadeiras realizadas na atividade.
Peça, ainda, que sugiram novas brincadeiras, para que você possa propor outras atividades musicadas ao grupo.

121
Unidade: Cantos e acalantos

 EI01CG02  EI01TS03  EI01EF07


EXPLORANDO CANTOS E
ACALANTOS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Selecione previamente cantos e acalantos. É importante que você possa contar Sugestões de vídeo
com mais um professor ou auxiliar. Caso isso não seja possível, planeje a atividade
•Nana, neném. Versão
para que ocorra com os responsáveis dos bebês. Nesse caso, converse com eles de Galinha Pintadinha.
com antecedência para explicar a proposta e orientá-los sobre as interações que Disponível em: https://
podem fazer com os bebês. www.youtube.com/
watch?v=HTD9LQXNxl8.
Acesso em: 14 jun. 2021.
 Materiais da cara preta.
•Boi
Caseirices Kids.
Disponível em: https://
•  Bonecas(os); www.youtube.com/
•  Berços para as(os) bonecas(os) ou caixas que possam representar essa função; watch?v=RhLqslqAqLE.
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Acesso em: 14 jun. 2021.

•Brilha, brilha,
•  Tecidos; estrelinha. Versão
•  Almofadas; Galinha Pintadinha.
•  Fontes sonoras variadas (chocalhos, pandeiros, sinos, guizos, tambores etc.); Disponível em: https://
•  Livros com ilustrações de animais; www.youtube.com/
•  Um equipamento para reprodução de áudio; watch?v=9GAkqk23xiA.
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis; Acesso em: 14 jun. 2021.
• Palminhas, palminhas,
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. nós vamos bater.
Mundo das Crianças TV.
Disponível em: https://
 Espaços www.youtube.com/
watch?v=60QGImhNzsE.
Acesso em: 14 jun. 2021.
A atividade deve ser realizada na sala. Prepare três cantos de atividades:
•  Cantinho do faz de conta: com bonecas(os), berços ou caixas, tecidos,
tapete, colchonetes e almofadas;
•  Cantinho sonoro: com diferentes fontes sonoras;
•  Cantinho dos livros: com livros de animais e, se possível, que tenham imagens
relacionadas às cantigas.

122
Atividade: Explorando cantos e acalantos

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os brinquedos, os objetos e os materiais impressos? Quais materiais


lhe chamam mais a atenção?
2. Os bebês se envolvem com os cantos e acalantos? Como acompanham as brincadeiras cantadas
e as canções propostas?
3. Como interagem uns com os outros e com o professor durante as brincadeiras nos cantos temáticos?

 Para incluir todos


Observe o ritmo, as preferências e as possibilidades de cada bebê, para não deixar ninguém de fora da brinca-
deira. Apoie os bebês que precisam de ajuda para se locomover levando-os no colo ou estendendo a mão para
que possam se apoiar e lhe indicar a direção que querem seguir. Ajude-os para que consigam alcançar os objetos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a atividade dividindo os bebês em pequenos grupos e possibi-


lite que escolham os cantos onde querem brincar. Nas atividades an-
teriores deste conjunto, os bebês já vão ter exercitado sua autonomia A
na interação com espaços e materiais. É importante não antecipar as
Possível ação dos bebês
reações e manifestações de curiosidade dos bebês, agindo sempre a
partir dos interesses deles. Circule pelos espaços realizando intera- bebês podem sorrir para os
•Os
adultos que os acompanham
ções com cada grupo e observando as explorações, movimentações
e apontar para os objetos de
e formas de expressão dos bebês. Faça registros para fins de docu- cada canto.
mentação pedagógica. A

2 Aproxime-se do cantinho das fontes sonoras e observe o grupo de be-


bês que está ali. Veja como realizam a exploração do espaço e dos
materiais e quais movimentos fazem. Coloque a canção Brilha, brilha, B
estrelinha para tocar e convide os bebês que se interessarem a esco- Possíveis ações dos bebês
lher uma fonte sonora para acompanhar a canção. Observe como os bebês podem explorar as
•Os
bebês acompanham o ritmo com o corpo e como manipulam as fontes fontes sonoras produzindo os
sonoras escolhidas. Então, coloque a canção Palminhas, palminhas próprios sons e movimentar o
nós vamos bater para tocar e convide os bebês e os adultos a cantar. corpo para acompanhar o ritmo
da canção.
Incentive-os a acompanhar a música com gestos e palmas. Introduza bebês podem também bater
•Os
movimentos com pernas e braços e observe se eles repetem os mo- palmas para produzir barulhos.
vimentos. B

3 Aproxime-se do cantinho dos livros e observe como exploram os livros, C


se demonstram interesse pelas ilustrações de animais e como interagem
Possível ação dos bebês
com elas. Caso necessário, acomode os bebês menores de modo que
tenham acesso mais fácil aos livros. Interaja com cada um, conversando bebês podem explorar os
•Os
livros e mostrar as figuras dos
sobre o que estão vendo nas imagens. Procure reagir às expressões e
animais, tentar imitá-los ou
falas deles, nomeando algumas figuras e pedindo que apontem ou que nomeá-los.
imitem o som dos animais. C

123
Unidade: Cantos e acalantos

4 Aproxime-se do cantinho do faz de conta e demonstre interes- D


se pelas explorações dos bebês. Observe se há algum deles Possíveis falas do professor
brincando com as bonecas e convide-os a participar de um faz
— Meu bebê está com sono. Vamos
de conta, fazendo o neném nanar. Observe se demonstram in- cantar para ele dormir?
teresse em brincar ao seu lado ou em imitar os movimentos. — E agora, você quer ser o meu bebê?
Incentive-os a cantar os acalantos Nana, neném e Boi da cara Vamos cantar para você também!
preta. Use os pedaços de tecido para envolver as bonecas e os
bebês, observando como fazem, se movimentam e se expres- E
sam conforme o ritmo das canções. Convide um bebê para vir Possível ação dos bebês
ao seu colo e realize com ele o embalo de ninar e colocar os
bebê menor pode esticar os
•Um
bonecos para dormir. Faça isso com todos que manifestarem bracinhos e demonstrar vontade de
essa vontade. D E segurar uma boneca. Ele poderá
acomodá-la em seus braços e
balançá-la.

Para finalizar
Observe o engajamento dos bebês com a proposta. Quando perceber que estão perdendo o interesse,
anuncie que faltam cinco minutos para finalizar a brincadeira. Convide-os a organizar os materiais nos can-
tos temáticos. Durante a organização, deixe os cantos e acalantos tocando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a atividade, preparando novos cantos. Algumas sugestões:
•  Cantinho do faz de conta com ursos de pelúcia, explorando a canção Ursinho Pimpão.
•  Cantinho dos sons, explorando a canção Passarinho, que som é esse?, para que os bebês produzam
sons e movimentos conforme a música.
•  Cantinho dos movimentos , explorando canções de animais, para que os bebês dancem e façam
imitações desses bichos.

 Engajando as famílias
Compartilhe com responsáveis os registros realizados durante a atividade e fale sobre a importância de
cantos e acalantos para incentivar a imaginação. Sugira brincadeiras cantadas para eles realizarem com os
bebês. Incentive-os a fazer registros dessas vivências em casa e a enviar esse material à escola, para que seja
compatilhado com a turma.

124
7
AP

CONJUNTO

UNIDADE

SUPORTES PARA
DEIXAR MARCAS
A possibilidade de os bebês deixarem marcas dá origem a uma nova narrativa sobre a
interação deles com o mundo do desenho e da escrita. Embora muitos autores afirmem
que os primeiros registros dos bebês ocorrem pelo prazer do movimento, desenhar e ra-
biscar são formas de tornar concreta uma representação gráfica realizada por eles.
Apresentar diferentes suportes aos bebês e ajudá-los a escolher instrumentos, cores e
locais onde marcar é incentivá-los a representar uma ideia por meio de um gesto e com-
partilhar isso com professores, colegas e responsáveis.

125
Unidade: Suportes para deixar marcas

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
EI01EF06
expressão.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

EI01EF09 Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita.

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

 Campos de experiências

Corpo, gestos Traços, sons, cores


e movimentos e formas

Escuta, fala, pensamento Espaços, tempos,


e imaginação quantidades, relações
e transformações

126
Atividade: Registros com elementos da natureza

 EI01CG05  EI01TS02  EI01ET02


REGISTROS COM
ELEMENTOS DA NATUREZA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, será necessária a presen- realização da atividade. Conte com a ajuda de outro
ça de um professor ou auxiliar. Além disso, os bebês professor ou auxiliar durante a atividade para que to-
devem ter recolhido, com antecedência, elementos da dos os bebês possam ter suas necessidades atendidas
natureza na área externa (com seus responsáveis ou durante a proposta. É importante que as cores das tin-
com os professores). Explique a proposta aos respon- tas e dos riscantes sejam iguais ou similares às dos
sáveis previamente, convidando-os a coletar, com os elementos da natureza recolhidos.
bebês, elementos da natureza no caminho de casa para
a escola ou em algum espaço ao ar livre. É importante
que seja considerada a preservação do meio ambiente; Sugestão de leitura
sendo assim, oriente-os a evitar que retirem os itens da Veja uma sugestão de tinta natural em:
natureza, aproveitando os elementos que já estão no tinta que vem da natureza. Nova Escola. Disponível
•A
chão (como folhas secas e galhos). em: https://novaescola.org.br/conteudo/1286/a-tinta-
Prepare tintas naturais com antecedência e armaze- que-vem-da-natureza. Acesso em: 25 abr. 2021.
ne-as na geladeira por um período determinado até a

 Materiais
•  Elementos da natureza coletados com antecedência (gravetos, folhas, pedras, vasos de plantas e de
flores etc.);
•  Papel pardo;
•  Fita adesiva;
•  Recipientes com tinta natural;
•  Gizes de cera;
•  Um lençol ou uma lona;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Em um ambiente que contenha terra ou areia, prepare um espaço no chão usando um lençol ou uma lona
e disponha os elementos da natureza por cima do material. Em um outro ambiente próximo a este, fixe, com
fita adesiva, folhas de papel pardo no chão e na parede e organize a tinta natural e os gizes de cera ao
alcance dos bebês.

127
Unidade: Suportes para deixar marcas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais itens os bebês escolhem para deixar suas marcas?


2. Como utilizam cada item escolhido? Misturam as cores ou usam somente uma? Riscam com muita ou
pouca força?
3. Quais as criações dos bebês a partir dos materiais disponibilizados? Como movimentam seus corpos
nesse sentido?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem. Para os que não se locomovem com autonomia, ofereça colo e incen-
tive-os a participar, mesmo que seja por meio da observação. Existem suportes riscantes mais grossos, como
gizes de cera, que facilitam o manuseio. Encoraje-os à pesquisa, respeitando as especificidades de cada um, e
disponha os objetos ao alcance de todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 No ambiente de terra ou areia, já com os elementos da natureza reu- A


nidos na lona ou no lençol, chame todo o grupo para a manipulação Possíveis ações dos bebês
dos materiais. Observe como os bebês percebem as diferenças de
bebê que não se locomove
•Um
cor, textura e formas presentes nos elementos. Possibilite que fiquem com autonomia pode segurar
à vontade para observar, manusear, comparar e realizar descobertas a folha com uma das mãos,
sobre os itens. Observe e registre com anotações como cada bebê observando-a com atenção.
se relaciona com o material. Guarde as anotações para quando for
•Outro pode, com um graveto,
desenvolver a atividade Registros com materiais riscantes no pape- riscar o chão de areia e deixar
um traço, observando a marca
lão, deste conjunto, pois elas poderão servir como ponto de partida
que deixou. Em seguida,
para novas observações. Se necessário, destaque o uso do graveto pode apontar para o adulto,
como ferramenta para deixar marcas na areia ou na terra. A balbuciando para comunicar
sua descoberta.
2 Enquanto os bebês se mantêm engajados na pesquisa exploratória,
convide um pequeno grupo a se locomover para o ambiente com o
papel pardo e os riscantes. Enquanto faz isso, o outro professor ou
auxiliar deve permanecer com os demais bebês no espaço de terra
ou areia. Possibilite que os bebês levem os elementos da natureza
que escolherem, para servirem de inspiração em suas criações. Ga-
ranta que todos tenham suas necessidades básicas atendidas para
essa experimentação.

128
Atividade: Registros com elementos da natureza

No espaço do papel pardo, observe a reação de cada bebê ao intera- B


3
gir com os objetos e o espaço, com outros bebês e com você. Registre Possível fala do professor
com fotografias, vídeos e pequenas anotações as experiências, para — Olha, (diga o nome do bebê)
que, posteriormente, sejam usados para propor novas experiências está mexendo nas tintas. Você
ao grupo. A partir das ações dos bebês, amplie as descobertas e cha- também quer?
me a atenção deles para os elementos da natureza, comparando a
cor destes com a cor dos materiais disponibilizados. B C
C

4 Apoie as ações dos bebês, mas evite dirigir suas iniciativas. Nesse Possíveis ações dos bebês
momento, é provável que eles já tenham descoberto os materiais bebê pode se aproximar
•Um
riscantes e os recipientes com tintas naturais e estejam engajados de um recipiente com tinta e
em suas produções. Interaja com eles conforme as necessidades e pegar um pouco dela com uma
de suas mãos, esfregando-a na
demandas que demonstram. Seja cuidadoso nas interferências das outra mão.
produções, afinal elas são dos bebês. D
•Outro pode olhar suas mãos
pintadas e espalhar a tinta
Para finalizar no papel pardo com um
movimento amplo dos braços
Após ter realizado a proposta com todos os grupos, sinalize aos e com liberdade na sua ação.
bebês que a brincadeira está terminando e informe qual será a pró- Ele pode pegar uma tinta de
xima atividade do dia, atribuindo uma previsibilidade à experiência outra cor, misturá-la e observar
seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de a mudança física a partir de
sua ação.
tempo e de espaço. Incentive que guardem os elementos naturais e
bebês podem demonstrar
•Os
os gizes de cera. Pode ser que alguns bebês precisem tomar banho alegria e prazer ao perceber os
após a experiência; mantenha o diálogo com eles para decidir o que efeitos que suas ações têm no
deve ser feito. Proponha que escolham juntos um local para que a ambiente.
produção deles fique exposta.

D
Possíveis falas do professor
— Você está me mostrando seu
desenho! O que utilizou para
desenhar isso?
— Sua pintura está muito
interessante. O que você acha de
utilizar outras cores?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos  Engajando as famílias


Ao longo da semana, proponha novamente a ativida- A participação dos responsáveis na atividade começa
de, para garantir a continuidade da experiência. Para com o convite para que eles ajudem os bebês a cole-
ampliar o repertório artístico dos bebês, sugira que eles tar itens da natureza. Após a realização da proposta,
deixem marcas com elementos da natureza na argila faça uma exposição com as fotos produzidas criando
ou na massa de modelar caseira. legendas para descrever o percurso dos bebês nessa
pesquisa exploratória e convide os adultos para apre-
ciar a produção.

129
Unidade: Suportes para deixar marcas

 EI01CG01  EI01TS02  EI01EF07


REGISTROS COM
RISCANTES NO PAPELÃO
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, é interessante que os bebês já tenham vivenciado alguma experiência
com materiais riscantes, como a atividade Registros com elementos da natureza, deste conjunto. Providencie
os caixotes, as folhas de papelão e o carvão com antecedência. Se precisar, conte com a ajuda da comunidade
escolar para isso. Se possível, conte com a parceria de outro professor ou auxiliar no momento da atividade.
Realize a proposta em um momento calmo do dia.

 Materiais
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas instrumentais;
•  Quatro caixotes de madeira lixados (tipo de feira);
•  Potes com carvão vegetal;
•  Potes com gizes de cera grossos;
•  Potes com canetas hidrográficas;
•  Folhas de papelão (utilize caixas de papelão de diferentes tamanhos);
•  Um cesto com materiais impressos (como livros, revistas e gibis);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser feita dentro ou fora da sala. É importante, no entanto, que haja espaço suficiente para
dispor os papelões no chão. Se possível, coloque as caixas de papelão abertas no chão, de modo que eles
possam se locomover através delas, entrando e saindo. No entorno do espaço, disponibilize os quatro caixotes
de madeira virados para baixo e, sobre eles, coloque os potes com os materiais. A intenção é que os bebês
possam escolher seus materiais riscantes para deixar marcas nos papelões e se organizar em grupos menores,
de acordo com os próprios interesses.
Prepare o equipamento para reprodução de áudio e, se possível, garanta que o espaço esteja livre de barulhos
externos. Leve para o local da atividade um cesto com materiais impressos, de modo a disponibilizá-los aos
bebês que se sentirem menos engajados com a proposta.

130
Atividade: Registros com riscantes no papelão

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês expressam aquilo que sentem por meio dos movimentos do seu corpo ao deixar marcas?
2. Como deixam as marcas gráficas nos suportes oferecidos? Dão preferência a quais materiais riscantes?
3. De que forma demonstram se envolver com a música e recebê-la como um elemento que inspira suas
criações com os materiais riscantes?

 Para incluir todos


Garanta que todos participem da atividade e tenha um olhar sensível ao ritmo de cada um. Àqueles que não
se locomovem com autonomia, organize o espaço para que estejam confortáveis junto aos demais bebês e dis-
ponibilize os objetos, caso eles não os alcancem, para que realizem suas pesquisas exploratórias. Eles devem
ter a liberdade para se locomover segundo suas especificidades e precisam se sentir seguros no ambiente.
Dialogue sobre o que estão vendo, ouvindo e sentindo. Apoie as descobertas deles.

O QUE FAZER DURANTE

Reúna todo o grupo no espaço organizado e explique como A


1
será a atividade. Convide-os para a exploração dos materiais Possíveis falas do professor
ali organizados. Possibilite que observem o entorno e descu- — Vejam quantas coisas interessantes
bram os suportes riscantes. Observe e registre em fotografias temos aqui.
— O que será que há em cima dos
e anotações como cada bebê reage diante do ambiente e dos caixotes?
materiais. Fique atento para atender aqueles que não se en-
volvem integralmente na proposta. Se necessário, ofereça o B
cesto com os materiais impressos àqueles que não quiserem Possível ação dos bebês
participar. Garanta que todos tenham acesso à proposta e que bebês podem mostrar interesse em
•Os
tenham suas necessidades básicas atendidas, para que se sin- conhecer os materiais e iniciativa em
tam à vontade para participar. A B explorá-los.

C
2 Possibilite que os bebês realizem suas descobertas por meio
da livre exploração por algum tempo. Observe atentamente o Possível ação dos bebês
que eles fazem: gestos, expressões e iniciativas de interação. bebê pode engatinhar até o caixote
•Um
de madeira, apoiar-se nele com uma
Apoie as ações deles, evitando ao máximo dirigir as iniciativas.
das mãos e, com a outra mão, pegar
É provável que pequenos grupos tenham se formado; aproxi- um pedaço de carvão vegetal dentro do
me-se de cada grupo e, a partir de seus interesses, instigue pote, manuseando o elemento natural,
ainda mais a curiosidade dos bebês. C D passando-o de uma mão para a outra e
observando que sua mão muda de cor
com o contato.

D
Possíveis falas do professor
— Você está gostando de manusear o
carvão? Eu também tenho um pedaço.
— O que acha de marcarmos o papelão
usando o carvão?
— Veja a marca que ficou aqui.

131
Unidade: Suportes para deixar marcas

3 Observe como cada bebê escolhe seus materiais riscantes (car-


vão vegetal, gizes ou canetas hidrográficas) e como os utilizam
nos papelões. Perceba como se dá essa interação, se eles lo-
comovem-se entre as caixas ou se permanecem parados para
fazer os registros. Nesse momento, coloque músicas instrumen-
tais para tocar e observe como eles percebem essa interferên-
cia no ambiente. Garanta que os bebês que não se locomovem
com autonomia estejam em posição confortável e próximos aos E
demais. Pense em quais elementos da proposta, além da mú- Possível ação dos bebês
sica, podem servir como objetos investigativos e despertar a bebês podem movimentar os
•Os
curiosidade dos bebês para a pesquisa, disponibilizando-os próprios corpos de forma expansiva
próximos a eles. Dê sentido aos seus gestos e ações por meio para realizar registros, realizar
movimentos largos e deixar marcas de
de uma escuta sensível, do diálogo e do colo, para envolvê-los
acordo com o ritmo da música.
na atividade e acalentá-los sempre que necessário. E

4 Esteja atento às expressões faciais e corporais dos bebês, seus


balbucios e movimentos de braços, pernas, dedos etc. Obser-
ve as marcas que deixam impressas com seus corpos por meio
dos movimentos que elaboram e reelaboram, mantendo-se
próximo ao grupo.

5 Garanta que os bebês façam suas escolhas e explorem o es-


paço e os materiais dentro do tempo de criação de cada um.
Esteja atento aos que já finalizaram e convide-os a manusear
a caixa com materiais impressos. Conte com a ajuda do outro
professor ou auxiliar para supervisionar os diferentes grupos.

Para finalizar
Um pouco antes de terminar a atividade, sinalize aos bebês qual será a próxima proposta do dia. Comece
a organizar os materiais, de modo a incentivá-los que façam o mesmo. Respeite o ritmo de cada um com a
finalização da proposta. Proponha que escolham juntos um local para que a produção deles fique exposta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para ampliar o repertório dos bebês, proponha a repetição da atividade, mas com novos suportes ou superfícies
para deixar marcas, como, por exemplo, chão ou paredes (se a área for adequada para isso), placas de acríli-
co, espelhos de material inquebrável, tábuas de madeira, CDs, tronco de árvore encapado etc. Lembre-se de
que os suportes sempre devem oferecer segurança aos bebês e, ao mesmo tempo, despertar encantamento e
interesse pela pesquisa.

 Engajando as famílias
Posteriormente, compartilhe com os responsáveis as obras produzidas pelos bebês, bem como as fotos tiradas
durante a proposta (com legendas), para compartilhar o percurso dos bebês na pesquisa exploratória. Proponha
aos adultos que realizem a atividade em casa e compartilhem a experiência, posteriormente, com a escola.

132
Atividade: Pintura com tinta de beterraba

 EI01CG01  EI01TS02  EI01EF06


PINTURA COM TINTA
DE BETERRABA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios

Para a confecção da tinta de beterraba, siga o passo •  Armazene a tinta na geladeira até o momento
a passo a seguir: da realização da atividade.
•  Cozinhe a beterraba com pouca água e bata-a
no liquidificador para que fique bem pastosa; Garanta que os bebês estejam com roupas confortá-
•  Peneire ou deixe a pasta com pedacinhos de veis e convide os que se sentirem à vontade para tirar
beterraba (o ideal é que cada pote traga uma as meias e os sapatos. Planeje previamente a parceria
consistência diferente da tinta); com outro professor ou auxiliar. Organize-se para aten-
•  Coloque a pasta em potes transparentes, para der às necessidades dos bebês, possibilitando que, se
que o bebê veja o conteúdo de cada um; desejarem, tomem banho após a experiência.

 Materiais
•  Papel pardo;
•  Tecidos na cor branca;
•  Fita crepe ou autoadesiva;
•  Pincéis grossos (trincha);
•  Pedaços de esponja vegetal;
•  Esponjas de cozinha;
•  Escovas pequenas (como a de lavar roupas);
•  Potes, se possível transparentes, com tinta de beterraba;
•  Um cesto com brinquedos diversos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em área interna ou externa. Organize, previamente, o espaço escolhido com o
papel pardo forrado por todo o chão. Forre as paredes com os tecidos brancos em altura acessível aos bebês. É
necessário que os papéis e tecidos estejam bem fixados, com fita crepe ou autoadesiva, e garantam o movimento
livre dos bebês em suas pesquisas e corporeidade. No chão, disponibilize, lado a lado, os pincéis, as escovas,
as esponjas e os potes com a tinta. Deixe disponível também o cesto com os brinquedos diversos para os bebês
que se mostrarem pouco envolvidos com a proposta.

133
Unidade: Suportes para deixar marcas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês utilizam os materiais escolhidos para traçar suas próprias marcas?
2. Quais linguagens utilizam, como se expressam e como compartilham suas produções? Como expres-
sam desejos e necessidades ao realizar a proposta?
3. Como movimentam o próprio corpo e interagem com o espaço, os materiais e demais pessoas durante
sua pesquisa exploratória?

 Para incluir todos


Incentive os bebês a participar da proposta e respeite suas especificidades e o tempo de cada um. Encoraje-os
a usar a tinta, mas sem forçar o contato com o material. Possibilite que explorem os materiais da proposta de
acordo com seus próprios interesses. O corpo também pode ser um importante meio de expressão durante a
atividade, por isso, instigue que os bebês usem as mãos, os pés, as pernas e os braços para pintar o papel, o
tecido ou a si mesmos. Auxilie os bebês menores a manusear o pincel, por exemplo. Garanta que estejam todos
seguros e com suas necessidades básicas atendidas durante a atividade.

O QUE FAZER DURANTE

Convide todo o grupo a se locomover até o local escolhido e apresen- A


1
te a proposta. Possibilite que interajam com o espaço e os materiais de Possíveis falas
forma livre por um tempo. A realização das atividades Registros com do professor
elementos da natureza e Registros com riscantes no papelão, des- — Você achou a textura
diferente?
te conjunto, oferece boas oportunidades de exploração com diferentes — É tinta de beterraba. Que
materiais, o que favorecerá o desenvolvimento dessa vivência. Observe tal pegar um pouco?
suas reações e registre-as em fotografias e anotações, para uma pos-
terior reflexão sobre a experiência e para, futuramente, compartilhar os B
registros com eles e com os responsáveis. Disponibilize o cesto de brin- Possíveis ações
quedos para os bebês que não se sentirem à vontade para manusear a dos bebês
tinta de beterraba. Lembre-se de que os demais materiais, por exemplo, bebês podem demonstrar
•Os
os pincéis e as esponjas, também são objetos que posibilitam pesquisas curiosidade para manusear
exploratórias dos bebês. a tinta de beterraba e para
descobrir as diferentes
consistências dela.
2 Encoraje os bebês que demonstram alguma reação de estranheza em bebê pode pegar um
•Um
relação ao que observam. Pegue a tinta e ofereça passar da sua mão pouco da tinta e fechar as
mãos, de modo que ela
para as deles, sendo apoiador e parceiro na pesquisa exploratória. A B escorra entre seus dedos
enquanto ele observa
Nesse momento, os bebês já devem estar manuseando pincéis, espon- atentamente a ação. Ele
3 pode, então, pegar mais
jas e escovas. Perceba como cada um utiliza o suporte escolhido e se um pouco da tinta com a
escolhe outros, ampliando o seu repertório investigativo com os objetos. outra mão e fazer o mesmo
Observe, também, os movimentos que realizam com o seu corpo, desde gesto, abrindo e fechando
os mais simples, como o dos dedos ao pegar um objeto, aos mais am- as mãos repetidamente,
ao mesmo tempo que
plos, como quando se engajam em suas produções. Garanta que todos balbucia, mostrando-se
se sintam confortáveis em suas conquistas motoras e que estejam próxi- intrigado e curioso com sua
mos uns dos outros e dos objetos. Apoie os bebês em suas descobertas pesquisa exploratória.

134
Atividade: Pintura com tinta de beterraba

e dê sentido às ações deles sempre que necessário, acreditando na ca- C


pacidade de cada um para investigar, interagir e se relacionar com seus Possíveis ações
colegas, com você, com os objetos e o espaço. dos bebês

•Dois bebês podem
É possível que pequenos grupos tenham se formado. Sendo assim, di- compartilhar um mesmo
4 suporte para realizar
rija-se aos grupos de bebês que já estejam utilizando os suportes para seus registros enquanto
deixar marcas e coloque-se à disposição para escutá-los, mantendo um observam um ao outro em
olhar atento às suas produções. Conte com a ajuda de um professor ou suas produções.
auxiliar para atender às necessidades de todos os bebês. Registre suas dos bebês pode pegar
•Um
observações no caderno e responda às ações dos bebês, interagindo uma esponja e descobrir
que, ao pressioná-la contra
com eles sempre que necessário, mas evitando dirigir as iniciativas. É
a parede, deixa marcas
importante dar tempo e liberdade para que os bebês possam fazer suas novas e diferentes das que
elaborações com autonomia. Convide especialmente aqueles que não fez com o pincel. Seu par
se sentiram bem com as texturas para que experimentem manusear a poderá observá-lo e imitar
esponja ou outro material. É importante que participe da brincadeira o mesmo movimento.
com os bebês, mostrando possibilidades, convidando-os e inspirando-os
com outros gestos. C D D
Possíveis falas
Para finalizar do professor
Um pouco antes de terminar a proposta, sinalize aos bebês qual será a — Você percebeu o que ele
próxima atividade do dia. Talvez alguns precisem tomar banho após a fez com a esponja?
vivência, então, se necessário, faça combinados para esse momento. — Que interessante, você
também conseguiu fazer o
Explique que, após a secagem das produções, a turma deverá escolher
mesmo movimento!
um local para expô-las e compartilhá-las com a comunidade escolar.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, proponha novamente a atividade, garantindo a continuidade da experiência. Para ampliar
o repertório dos bebês, realize a atividade com suportes de acrílico, azulejos ou paredes próprias para a pintura
disponíveis na escola. O plano inclinado também pode ser um bom suporte para a proposta.

 Engajando as famílias
Compartilhe as fotos e as anotações produzidas com a comunidade escolar, expondo o percurso dos bebês na
pesquisa exploratória. Inclua também na exposição as produções artísticas dos bebês. Proponha aos responsáveis
que realizem a atividade em casa e compartilhem a experiência, posteriormente, com a escola.

135
Unidade: Suportes para deixar marcas

 EI01CG03  EI01TS02  EI01EF06


RISCANDO E ESCOLHENDO
O PAPEL
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Caso não haja suportes de plano inclinado em sua escola, confeccione-os com papelão duro retangular, dobran-
do-o em três partes. As atividades Registros com elementos da natureza e Registros com riscantes no papelão,
deste conjunto, podem ser realizadas antes da proposta, de modo a garantir que os bebês já tenham tido vivências
anteriores com materiais riscantes e já estejam familiarizados com o seu uso.

 Materiais
•  Papel ofício;
•  Celofane;
•  Papel camurça;
•  Gizes de cera grossos;
•  Caneta permanente;
•  Fita crepe;
•  Cola;
•  Suportes inclinados feitos de papelão;
•  Um cesto com objetos já conhecidos pelos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em uma área de Disponibilize os materiais de maneira que os be-
grande espaço (interno ou externo). Na organização bês possam se agrupar com autonomia, ter acesso
dos papéis no ambiente, proponha formas variadas de aos materiais riscantes e, ao mesmo tempo, circular
apresentá-los, por exemplo: pelo espaço deixando marcas em diferentes suportes.
•  As folhas de papel ofício podem ser coladas Lembre-se de que a proposta contempla produções
umas nas outras, com cola, para formar um individuais dentro de uma coletividade. Disponibilize
trajeto. o cesto com objetos já conhecidos pelos bebês, para
•  Os papéis de camurça podem ser recortados que brinquem com eles, se assim desejarem, durante
em formato de círculo e fixados no chão, com ou ao final da proposta.
fita crepe.
•  O celofane pode cobrir o chão, a parede,
as árvores (se houver) e outras superfícies
inclinadas ou planas.

136
Atividade: Riscando e escolhendo o papel

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês se comunicam ou se expressam durante sua pesquisa exploratória?


2. De que forma escolhem os suportes para deixar suas marcas e quais materiais riscantes preferem
para registrar nas produções coletivas? Como utilizam cada um deles?
3. Os bebês imitam e reproduzem gestos e movimentos dos outros bebês e seus?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem. Para os que não se locomovem com autonomia, convide-os a ficar
no seu colo durante as experiências propostas, de modo que possam observar os outros bebês e conversar
com você sobre o que estão vendo. Você pode, também, ajudá-los a segurar os riscantes, demonstrando os
movimentos para deixar marcas nos suportes. Apoie os bebês e esteja atento às especificidades de cada um.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para se locomover até o espaço esco- A


lhido e converse com eles sobre a proposta. Oriente que esco- Possíveis ações dos bebês
lham os materiais riscantes e os papéis que desejam utilizar
dos bebês pode escolher o giz
•Um
em suas produções. Registre em fotografias e/ou vídeos suas de cera para fazer seu registro e se
ações, para promover uma posterior reflexão sobre a experiên- locomover até o celofane e riscá-lo
cia e compartilhar os registros com eles, com a escola e com e, em sua pesquisa exploratória,
os responsáveis. perceber que o giz de cera não deixa
marcas nesse suporte.

•Curioso com a sua descoberta, pode
2 Já com os suportes escolhidos, possibilite que os bebês se en- olhar o entorno e analisar outras
gajem em suas produções, deixando suas primeiras marcas. possibilidades. Ele pode continuar
Esteja disponível e receptivo às ações deles em interação com segurando o giz e se locomover
o espaço, com os objetos, entre si e com você. A B até o papel ofício e tentar riscá-lo
demonstrando satisfação ao perceber
que consegue deixar marcas nesse
3 Observe como cada bebê escolhe os materiais riscantes e su-
suporte.
portes para deixar marcas. Encoraje-os em suas escolhas e
pesquisas, apoiando-os sempre que necessário, mediando as
hipóteses e fazendo intervenções para que cheguem a uma so- B
lução. Ofereça um olhar sensível e escuta atenta aos bebês e Possíveis falas do professor
chame a atenção deles para a produção uns dos outros, dialo-
— Você descobriu um lugar para deixar
gando sobre o que estão vendo e sobre os materiais escolhidos. a sua marca com o giz de cera. Muito
interessantes os registros que fez!
— Percebi que utilizou mais de uma cor
na sua escolha. Que tal utilizar a caneta
permanente para deixar suas marcas no
celofane?

137
Unidade: Suportes para deixar marcas

4 É provável que pequenos grupos tenham se formado durante a produ-


ção. Enquanto os bebês deixam suas marcas com autonomia, conver-
se com os grupos sobre suas produções coletivas no mesmo suporte.
Perceba como as ações de cada bebê podem influenciar na construção
coletiva e registre em fotos ou vídeos as ações e reações dos bebês.

Para finalizar
Um pouco antes de terminar a proposta, sinalize aos bebês qual será a próxima atividade do dia. In-
centive que guardem os materiais riscantes e proponha que elejam um local para expor suas produções.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para ampliar o repertório dos bebês, proponha que eles utilizem outros suportes ou superfícies para deixar
marcas, como o chão ou as paredes (adequadas para pintura), espelhos de material inquebrável, tábuas de
madeira, CDs, areia, terra etc. por meio de elementos da natureza, materiais riscantes e tintas. Lembre-se de
que os suportes sempre devem oferecer segurança aos bebês e, ao mesmo tempo, despertar encantamento e
interesse pela pesquisa.

 Engajando as famílias
No final do dia, compartilhe as produções artísticas dos pequenos com a comunidade escolar e proponha que
cada adulto responsável, em casa, faça, junto com os bebês, marcas em um suporte de sua escolha, como em
uma caixa de pizza, uma caixa de sapato, um pedaço de papelão ou um pedaço de papel mais grosso recortado
em diferentes formatos (círculo com buraco no meio, quadrado, retângulo, estrela, coração etc.).
Posteriormente, esses suportes podem ser enviados à escola para serem expostos em algum espaço esco-
lhido com os bebês. Convide os responsáveis para participar da exposição, incentivando-os a relatar como
foi a experiência em casa e, fazendo, assim, com que a parceria entre escola e responsáveis culmine em uma
construção coletiva.

138
Atividade: Registros no espelho

 EI01CG03  EI01TS02  EI01EF09


REGISTROS NO ESPELHO
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Converse com o professor de um grupo de crianças com faixa etária superior à dos bebês da sua turma. Peça a
ele que providencie autorretratos das crianças da turma dele. Combine um horário com ele para que as crianças
possam vir à sua sala ou para que a sua turma possa ir até a sala delas.

 Materiais
•  Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver sua imagem refletida ao mesmo
tempo ou espelhos menores previamente fixados na parede;
•  Potes com gizes de cera;
•  Autorretratos (desenhos) de crianças de outro grupo;
•  Varal;
•  Pregadores;
•  Panos pequenos;
•  Materiais de largo alcance (caixas, rolos de papel, tocos de madeira, pedaços de conduítes etc.);
•  Um cesto com revistas que tenham figuras humanas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em um espaço interno ou externo. O ambiente deve conter um espelho
grande ou espelhos de diversos tamanhos previamente fixados na parede. No espaço, organize um varal com
os autorretratos das crianças de outro grupo presos com pregadores a uma altura um pouco acima do espelho
e disponibilize potes com gizes de cera próximos ao espelho. Disponibilize um cesto com revistas que tenham
figuras humanas para que os bebês possam folheá-las caso queiram.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês traçam suas marcas gráficas no espelho?


2. Quais gestos e ações são ampliados a partir da apreciação dos autorretratos?
3. Eles imitam gestos e movimentos uns dos outros e dos adultos que participam da proposta? De que
forma a imitação amplia as descobertas feitas durante os registros no espelho?

139
Unidade: Suportes para deixar marcas

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham acesso aos materiais. Esteja atento e disponível e colocando-se na mes-
ma altura dos bebês (agachando-se ou sentando-se), para estabelecer uma relação de confiança entre vocês.
Também é importante deixar o espelho em uma altura adequada para os bebês do grupo. Respeite o tempo de
cada bebê para se engajar na proposta.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês a iniciar pesquisas exploratórias


usando os materiais de largo alcance que você organizou. Con-
vide um pequeno grupo para se locomover até o espaço com o
espelho e explique a proposta. Garanta que interajam livremente
e, com base em seus gestos, proponha ou continue brincadeiras,
assim como foi proposto na atividade Riscando e escolhendo o
papel, deste conjunto. Chame os bebês para olhar juntos no es-
pelho para identificar a si mesmos e os outros; brincar de abrir e
fechar os olhos; abrir bem a boca para ver os dentes, colocando a
língua para fora da boca e, depois, para dentro novamente; tocar A
o nariz com os dedos; apontar as orelhas com os dedos; sentir os Possível ação dos bebês
fios de cabelo entre os dedos etc. Garanta que todos participem, bebês podem demonstrar
•Os
cada um a seu tempo e segundo seus interesses. curiosidade ao observar os
autorretratos pendurados.
2 Nesse momento, é provável que os bebês já tenham notado os
autorretratos das crianças do outro grupo que estão expostos no
varal acima do espelho. Observe como cada um reage ao vê-los.
B
Ajude a significar esse momento apontando semelhanças entre
Possível fala do professor
o rosto das crianças e os desenhos ali presentes, aproveitando o
recurso do espelho. Registre gestos, falas, balbucios e iniciativas — Você está muito curioso com o
dos bebês com fotografias, filmagens e relatos escritos, para que, autorretrato. Depois dos registros,
podemos descobrir quem desenhou,
posteriormente, os registros sejam utilizados para novos planeja-
mas, antes disso, que tal começar o
mentos e para que possa compartilhá-los com os bebês, os res- seu desenho?
ponsáveis e a comunidade escolar. A B

3 Disponibilize os gizes de cera aos bebês. Caso eles ainda não


os peguem, convide-os a realizar os registros no espelho usando
os gizes. Evite fazer intervenções em suas criações; cada bebê
tem seu ritmo próprio para desenhar. Destaque as similaridades e
diferenças encontradas entre as suas produções, como traços am-
plos e traços curtos, cores iguais ou cores diferentes e tamanho do
desenho. Incentive que utilizem outras cores de giz além das que
já usaram. Para instigar as investigações dos bebês menores que
não se locomovem nem registram com autonomia, leve-os para
perto do espelho (já com registros dos colegas), de modo que o

140
Atividade: Registros no espelho

espelho esteja em seu campo de visão. Locomova-se com eles, de C


modo a fazer com que percebam que o reflexo do espelho muda Possíveis ações dos bebês
de acordo com a posição em que se está. Proponha também uma bebês podem ficar envolvidos
•Os
brincadeira de esconder e encontrar no espelho, cobrindo a parte na exploração do giz de cera e
do espelho em que o bebê está se vendo com um pano. C na produção de seus registros,
deixando suas marcas.
Apoie as escolhas dos bebês e elogie suas produções. Dialogue bebês podem observar uns
•Os
4 aos outros enquanto fazem seus
sobre o que eles observam e criam. Chame a atenção dos bebês registros.
para os desenhos uns dos outros e as cores que cada um utiliza. D bebê pode continuar se
•Um
olhando no espelho ao mesmo
Para finalizar tempo em que registra. Dessa
Quando faltarem alguns minutos para o fim da atividade, incen- forma, estará em contato com sua
própria imagem, como se fizesse
tive os bebês a guardar os gizes de cera. Distribua os autorretratos marcas sobre a imagem de si
das outras crianças e convide-os a ir até a sala do outro grupo para mesmo, que aparece e desaparece
conhecer os autores das obras e interagir com eles. O contrário de acordo com seus movimentos.
também pode ser proposto por você: as crianças do outro grupo
podem vir conhecer os registros dos bebês feitos no espelho en- D
quanto apreciavam os autorretratos.
Possíveis falas do professor
— Que interessante o que você
criou… Olhe!
— O bebê ao seu lado também
pegou uma caneta azul para
desenhar.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a proposta ao longo da semana para dar continuidade às pesquisas dos bebês. Uma outra possibilidade
é disponibilizar tintas naturais e pincéis de diferentes tipos para registros no espelho ou em outros suportes
alternativos, como placas de acrílico ou chapas de raio-x lavadas com água sanitária, de modo que fiquem
transparentes.

 Engajando as famílias
Proponha aos responsáveis que realizem em casa com seus bebês a apreciação de uma foto da criança.
Com o bebê no colo, cada responsável deve fazer uma releitura da foto por meio de um desenho em um papel
ofício. Incentive-os a conversar com os bebês sobre as produções, de modo que os bebês também participem
do momento (seja sentados no colo, seja sentados ao lado de seus responsáveis). Oriente os adultos a levar os
registros para serem compartilhados na escola com os bebês. Explique que as obras serão expostas no mural
da turma e compartilhadas com a comunidade escolar.

141
8
AP

CONJUNTO

UNIDADE

LEITURA DE HISTÓRIAS
Apresentar livros aos bebês é fundamental para a construção da atenção e da sensi-
bilidade para a leitura como prática de escuta individual e coletiva. Pegar, manusear ou
folhear esses objetos desperta a curiosidade dos bebês e possibilita a criação de uma
relação de intimidade com esse universo.
Em contato com histórias diversas, os bebês podem ampliar o vocabulário e, principal-
mente, imergir na fronteira entre a imaginação e a realidade, conhecendo novas aventu-
ras, ambientes e personagens.

142
Unidade: Leitura de histórias

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.

Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos


EI01EF03
de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).

EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
EI01EF06
expressão.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas,


EI01EF08
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).

EI01EF09 Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Escuta, fala, pensamento


movimentos e imaginação

143
Unidade: Leitura de histórias

 EI01EF03  EI01EF06 EI01EF08


LEITURA ACONCHEGANTE
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Como forma de exemplificação das possibilidades da proposta, será abordado o livro Sugestões de leitura
Quero Colo. O professor poderá selecionar outros títulos para o desenvolvimento da ati-
vidade. Os livros devem ser escolhidos de acordo com o repertório próprio, com a cultura
•Quero Colo.
Autores: Estela Barbieri
regional ou conforme apreciação do grupo de bebês. É importante garantir a escolha de e Fernando Vilela.
livros de qualidade. Para tanto, tenha como referência a qualidade das ilustrações, a pre- (Edições SM, 2016).
sença de uma narrativa, evitando textos que apenas descrevam as ilustrações. O professor casa sonolenta.
•A
deve conhecer previamente a história selecionada para que possa conduzir a leitura com Autora: Audrey Wood.
tranquilidade e favorecer as interações dos bebês com o enredo e com o objeto livro. A Ilustrações: Don Wood.
(Ática, 2019).
depender do tamanho da turma, será necessário o auxílio de outro professor ou auxiliar.

•Tanto tanto. Autora:
Trish Cooke. (Ática,
2019).
 Materiais
•  Livro Quero Colo e materiais para acomodar confortavelmente os bebês,
como tapete, colchonete, rede, travesseiros ou qualquer outro disponível na escola;
•  Elementos de aconchego visual, como uma cortina ou outro tecido preso ao teto;
•  Brinquedos e objetos para livre exploração;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Considere que a atividade será desenvolvida individualmente e no período de alguns dias, a fim de contemplar
todos os bebês do grupo. Desse modo, selecione um canto na sala que possa ficar permanentemente organizado
para a proposta e as outras que seguirão. Utilize os materiais sugeridos para criar um ambiente aconchegante para
as interações dos bebês. Coloque o livro indicado em uma posição centralizada e convidativa para que os bebês
possam se interessar pelos elementos e pela composição do espaço. Durante o momento de sono e descanso
do grupo, organize um espaço permanente na sala que seja convidativo e acolhedor.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês demonstram interesse pela história no momento de leitura? De que maneira eles
observam as imagens? Como interagem com a leitura que o adulto faz?
2. Quais são as reações dos bebês enquanto apreciam a leitura de um livro?
3. De que forma os bebês comunicam seus desejos e emoções durante a leitura?

144
Atividade: Leitura aconchegante

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta e se envolvam no momento da leitura, desenvolvendo uma
relação de afeto e interesse com o adulto e com o livro. Favoreça a exploração dos materiais que compõem o
ambiente por meio da manipulação e da descrição. Auxilie os bebês menores, posicionando-os confortavelmente
e com acesso ao livro que será desenvolvido na atividade.

O QUE FAZER DURANTE

1 Possibilite que, ao acordar, o bebê se localize no ambiente e que suas neces- A


sidades sejam atendidas. Em seguida, aproxime-se dele e diga que gostaria Possíveis falas
de apresentar o livro Quero Colo. Mostre o espaço preparado e convide-o a do professor
se deslocar para apreciar a leitura. Se houver mais de um bebê acordado,
— (Diga o nome do
estenda o convite a duplas ou, no máximo, trios. Lembre-se de que o foco bebê), eu trouxe um livro
da proposta é realizar uma leitura suave e aconchegante, com proximidade novo para mostrar para
física, contribuindo para o desenvolvimento e reforçando laços afetivos e de a turma.
interesse entre bebê e professor e bebê e livro, o que será muito importante — Você gostaria de
para o desenvolvimento das atividades Leitura divertida, Leitura entre pa- descobrir qual é essa
história nova?
res, Leitura musical e Leitura em pequenos grupos, deste conjunto. Caso — Olhe para aquele
tenha mais de três bebês na ocasião, oriente-os para que permaneçam em canto da nossa sala.
brincadeiras livres com os recursos materiais da sala e peça contribuição de Você vê o livro de capa
outro professor ou auxiliar para garantir que todos tenham apoio e atenção vermelha? Vamos até lá?
necessários. A B

2 Favoreça as experiências investigativas e as descobertas individuais do bebê,


possibilitando que ele fique livre em suas iniciativas de interação com o que B
compõe o ambiente da leitura. Possibilite que ele folheie o livro, troque as
Possível ação
almofadas de lugar, role sobre o tapete, brinque com o tecido preso ao teto, dos bebês
suba e desça da rede (com sua ajuda, se preciso for) etc. Fique atento aos
bebê pode sorrir
•O
gestos e movimentos do bebê para saber em qual momento iniciar a leitura, e bater palmas,
que deve ser feita em situações mais tranquilas. Convide-o à leitura e acomo- demonstrando
de-o bem próximo a você, acolhendo-o no colo ou lado a lado, de modo que encantamento pela
ele possa segurar o livro e virar as páginas (quando já consegue realizar essa proposta e, após,
ação) ou fique deitado. Segure o livro de forma que ele consiga visualizar e seguir para o espaço
da leitura.
tocá-lo. Inicie a leitura junto com o bebê, apresentando o título e explorando
os elementos da capa. Conte com o auxílio de um professor ou auxiliar para
fazer registros fotográficos ou em vídeos. C
C
3 Mantenha-se próximo ao bebê durante a leitura, olhando nos olhos e tocando Possíveis ações
em suas mãos, por exemplo. Pronuncie lentamente as palavras para que ele dos bebês
compreenda melhor a narrativa e faça as pausas necessárias para que pos- bebê pode
•O
sa interagir com o momento da leitura. Gesticule e use diferentes entonações demonstrar interesse
de voz para representar o enredo e envolver o bebê na história. Motive-o a pela leitura ao pegar o
apontar e a nomear os elementos figurativos presentes no livro. Incentive-o livro, por exemplo.
a participar da leitura por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos pode sorrir e se
•Ele
aproximar do professor.
e brincadeiras de imitação do ato de ler. Ao longo da narrativa, favoreça o

145
Unidade: Leitura de histórias

D
desenvolvimento de situações imaginárias, possibilitando o protagonismo do
bebê na brincadeira de leitura de história. Reconheça e valorize toda e qual- Possíveis ações
dos bebês
quer forma de comunicação e expressão. Ao finalizar, pergunte ao bebê se
ele gosta quando as pessoas o pegam no colo. D bebê pode interagir
•O
com o professor ao
comunicar o desejo de
Para finalizar estar no colo.
Esteja atento e seja flexível para continuar ou interromper a leitura de acordo
•Pode também
com as necessidades e desejos do bebê. Ao finalizar a atividade, possibilite demonstrar
que o bebê fique livre para se divertir nas brincadeiras espontâneas, fazendo tranquilidade por
uso dos recursos, objetos e brinquedos disponíveis na sala. Mantenha o es- se sentir seguro e
acalentado pelas ações
paço organizado por alguns dias, a fim de desenvolver a proposta com outros do professor.
bebês, até que todos participem da proposta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser desenvolvida ao longo do ano, podendo ser modificada. Varie os títulos, os ambientes e
as situações do cotidiano, como realizar a leitura antes ou após os momentos de alimentação e de banho, ou
em outros ambientes, promovendo situações afetivas aos bebês.

 Engajando as famílias
Para que os responsáveis se envolvam e valorizem os momentos de leitura de histórias com seus bebês,
prepare uma mensagem a ser enviada a eles. Utilize um papel sulfite colorido e escreva brevemente sobre a
proposta desenvolvida. Discorra sobre o livro abordado, contando como foram as reações dos bebês. Pergunte
a eles quais foram as relações deles com os livros e qual foi o comportamento dos bebês em casa.

146
Atividade: Leitura divertida

 EI01CG01  EI01EF04  EI01EF05


LEITURA DIVERTIDA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES Sugestões de leitura



•Curumim. Autor:
Tiago Kakiy. (Positivo,
 Contextos prévios 2014).
pena perdeu um
•A
passarinho. Autora:
Para demonstrar possibilidades quanto ao desenvolvimento da proposta, utiliza- Moni Nilsson.
remos como exemplo o livro Curumim. O professor deve conhecer previamente a (Positivo, 2015).
história selecionada para conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer as inte- flor do mato. Autor:
•A
rações dos bebês com o enredo. Selecione variados livros que tenham contextos Marcelo Pimentel.
parecidos e os reserve em uma cesta ou caixa. (Bergamota, 2018).

 Materiais
•  Livro Curumim e um boneco de pano que •  Duas cangas de praia ou algo similar;
possa representá-lo; •  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Cesta ou caixa com variados livros de enredos •  Fantoches;
semelhantes ao selecionado para a atividade; •  Cesto de brinquedos favoritos;
•  Frutas disponíveis na escola dentro de uma •  Um equipamento pare reprodução de vídeo;
bacia de plástico; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Almofadas para dar sustentação aos registrar a atividade.
bebês menores;

 Espaços
Realize a atividade no jardim com todo o grupo de bebês. Organize as cangas embaixo da sombra de uma
árvore, por exemplo, e disponha as almofadas no entorno delas, criando um círculo. Acomode a cesta ou caixa
com livros na centralidade do ambiente. Coloque o livro principal, Curumim, na posição vertical, em cima dos
livros da cesta, e, ao lado dela, posicione o boneco de pano que representa o personagem principal. Inicialmente,
deixe a bacia com as frutas higienizadas em um canto mais distante. Posicione o equipamento para reprodução
de áudio em um canto do ambiente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as reações dos bebês ao reconhecerem os elementos presentes nas imagens da história?
Como eles comunicam essa identificação?
2. Como eles imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao apresentar o enredo do livro?
3. De quais maneiras os bebês expressam suas necessidades e descobertas? Quais movimentos corporais
apresentam para se comunicar?

147
Unidade: Leitura de histórias

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta e se envolvam no momento da leitura, interagindo com o
adulto-leitor e com o enredo do livro. Favoreça a diversidade de exploração dos materiais que compõem o ambiente
por meio da manipulação e da descrição. Incentive o grupo a vivenciar e a observar a natureza com atenção. Auxilie
na locomoção dos bebês menores que ainda não andam e acomode confortavelmente aqueles que ainda não se
sentam sozinhos, com a ajuda das almofadas, possibilitando que todos visualizem o livro de maneira adequada.

O QUE FAZER DURANTE

1 Um ambiente convidativo promove o interesse na proposta. As-


sim, organize o espaço onde a atividade será desenvolvida a A
fim de oportunizar situações exploratórias aos bebês. Ainda em Possíveis falas do professor
sala, reúna todo o grupo e conte sobre a proposta de leitura do
— Pessoal, eu trouxe uma surpresa
livro Curumim, que será realizada no jardim, e crie expectativas para vocês!
sobre as descobertas e brincadeiras que poderão acontecer. — É algo bem diferente do que estamos
Convide-os a se deslocarem até o local preparado e auxilie acostumados. Preparei um espaço de
todos no deslocamento, principalmente os bebês que neces- leitura confortável e divertido lá no
sitam de ajuda para locomoção. Registre esses momentos por jardim!
meio de fotos ou vídeos, quando possível. A B

2 Possibilite a exploração espontânea e apoie as iniciativas de B


investigação do grupo em relação aos materiais disponibiliza- Possível ação dos bebês
dos. Favoreça que os bebês folheiem o livro Curumim, analisem
bebês poderão sorrir e bater
•Os
os outros livros, troquem as almofadas de lugar, rolem sobre palmas, demonstrando encantamento
as cangas e brinquem com o boneco de pano e entre si. Ofere- pela proposta.
ça suporte corporal e auxilie a busca pelo objeto de interesse
dos bebês, garantindo diferenciados momentos de interações.
Incentive a observação atenta e o contato respeitoso com ele- C
mentos da natureza. Em seguida, convide os bebês a se aco-
modarem confortavelmente em volta das cangas, explicitando Possível ação dos bebês
que agora você apresentará o livro Curumim. Esse momento bebês podem aguardar com
•Os
de interação mais próxima entre os bebês favorecerá o desen- expectativa o início da leitura, sorrindo,
volvimento da atividade Leitura entre pares, deste conjunto. bater palmas, manipulando os materiais
e os elementos naturais, demonstrando
Auxilie-os a se organizarem um ao lado do outro, formando o encantamento pela proposta.
círculo conforme a disposição das almofadas. C

3 Com o livro e o boneco de pano em mãos, comece explorando


a capa e os elementos que a compõem. Use diferentes ento-
nações de voz e variadas expressões faciais de acordo com as
características do enredo ou do personagem. Torne-se parte da
narrativa ao brincar e interagir com o boneco, por meio de ges-
tos e movimentos. Faça as pausas necessárias para que o grupo
aprecie e identifique os elementos presentes nas imagens do
livro. Motive os bebês a apontarem e a nomearem esses ele-
mentos, colaborando com comparações entre as imagens do
livro e a realidade. Encoraje-os a se envolverem na proposta
imitando suas falas e expressões, para que, assim, cada um

148
Atividade: Leitura divertida

deles possa fazer a leitura. Incentive o grupo a participar da


leitura por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos e D
brincadeiras de imitação no ato de ler. D Possível ação dos bebês
bebês podem relacionar o enredo
•Os
4 Finalizada a leitura, pergunte aos bebês sobre suas brincadei- do livro com a vivência do momento
ras e comidas preferidas, correlacionando-as com o cotidiano e, assim, interagir com o professor
do personagem Curumim. Faça questionamentos ao grupo e ga- e com os colegas ao comunicarem
suas descobertas.
ranta que todos os bebês se expressem, cada um a seu modo.
Em seguida, pegue a bacia de frutas e ofereça a eles. Enquanto
as distribui, relembre a relação que o Curumim tem com as fru- Sugestões de vídeo
tas que ele colhe. Dê condições para que os bebês explorem o
• A canoa virou. Versão do grupo
contexto apresentado e os incentive a protagonizar divertidas Palavra Cantada. Disponível em: https://
brincadeiras, apoiando suas iniciativas de investigação em rela- www.youtube.com/watch?v=_vmxj-adiPo.
ção ao ambiente natural. Ligue o equipamento para reprodução Acesso em: 14 jun. 2021.
das cantigas populares, A canoa virou e Peixe vivo, para que • Peixe vivo. Versão do grupo Palavra
o grupo permaneça envolvido na temática do livro. Você pode Cantada. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=a6rT0x4ZSj4.
também convidar os bebês para escutar os sons da natureza, Acesso em: 14 jun. 2021.
tal como os indígenas fazem, ou convidá-los a brincar de imitar
outras ações e comportamentos dos indígenas que aparecem
na história lida.

Para finalizar
Sinalize o encerramento da atividade e indique o que será feito posteriormente. Leve também para o
espaço da brincadeira alguns fantoches e o cesto de brinquedos favoritos para oferecer outra opção ao
bebê que se interessar por outra atividade. Após um momento, anuncie novamente o término da brinca-
deira e convide o grupo a colaborar com a organização dos materiais. Cante uma música que marque os
momentos de finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para ampliar o repertório de diferentes linguagens com contextos semelhantes, Sugestão de vídeo
se possível, apresente ao grupo o vídeo Lenda da Caipora.
Os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias • Lenda da Caipora.
Turma do Folclore.
e assimilar os conteúdos. Desse modo, coloque os materiais utilizados na sala e Disponível em: https://
faça a leitura do livro em outros momentos ao longo do ano. O professor poderá www.youtube.com/
fazer adaptações no ambiente ou desenvolver a atividade em outros locais, como watch?v=7UxylJ4XChI.
na sala ou pátio, variando os títulos dos livros e os recursos representativos de Acesso em: 26 abr. 2021.
acordo com o enredo selecionado.

 Engajando as famílias
Para que os adultos se envolvam e valorizem as leituras de histórias, prepare um varal com fotografias da
atividade. Coloque as fotos, intercalando com breves relatos de situações que observou durante a vivência.
Disponha o varal próximo à sala para que fique acessível a toda a comunidade escolar.

149
Unidade: Leitura de histórias

 EI01EO04  EI01EF05  EI01EF07


LEITURA ENTRE PARES
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios Sugestões de leitura



•Pedro vira porco-
Para exemplificar o desenvolvimento da atividade, será abordado o livro Pedro vira espi­nho. Autora:
porco-espinho. O professor poderá selecionar outros títulos para o desenvolvimento Janaina Tokitaka.
(Jujuba, 2017).
da proposta. Os livros podem ser escolhidos de acordo com o repertório próprio, com

•Zeca Zangado.
a cultura regional ou conforme apreciação do grupo de bebês. O professor deve co- Autor: Robert Starling.
nhecer previamente a história selecionada, para conduzir a leitura com tranquilidade Ilustrações: Robert
e favorecer as interações dos bebês. Os recursos materiais sugeridos também podem Starling. Tradutora:
ser substituídos por outros, desde que contemplem o contexto da história escolhida. Gilda de Aquino.
(Brinque Book, 2018);

•Vira bicho! Autor:
Luciano Trigo.
 Materiais Ilustrações: Mariana
Massarani. (Editora
•  O livro Pedro vira porco-espinho digitalizado; Record, 2004).
•  Um projetor;
•  Tecido branco para projetar as imagens na parede;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um cesto com livros variados;
•  Fantoches ou um cesto com brinquedos favoritos dos bebês;
•  Cartolinas e algumas fotografias que fazem parte dos registros pedagógicos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A sugestão é que a atividade seja desenvolvida com o grupo organizado em duplas e em um canto da sala.
Organize o projetor de modo que os bebês tenham liberdade de movimento durante a leitura interativa a ser
projetada. Utilize os materiais sugeridos para criar um ambiente aconchegante e atraente para a turma. Coloque
o cesto de livros no ambiente, com o livro Pedro vira porco-espinho em uma posição centralizada e convidativa
aos possíveis interesses dos bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais os modos de exploração dos bebês em relação aos portadores de textos utilizados,
material e digital? Como eles interagem com a leitura?
2. Como os bebês imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao apresentar o
enredo do livro?
3. De que forma comunicam seus desejos e emoções durante o momento da leitura interativa?

150
Atividade: Leitura entre pares

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês se envolvam com a leitura, interagindo com o adulto-leitor, com seus colegas
e com o enredo do livro. Incentive a exploração dos portadores de textos e as brincadeiras de imitação, favo-
recendo a comunicação e o protagonismo dos bebês na leitura interativa. Dê apoio aos bebês menores para
que eles também se envolvam na proposta. Perceba se algum bebê necessita de ajuda na locomoção e, sendo
necessá­rio, auxilie-o.

O QUE FAZER DURANTE

Em um local da sala organize o espaço da atividade, viabilizando um ambien- A


1
te acolhedor e interessante para os bebês. Deixe projetada, na parede ou no Possíveis falas
tecido branco, a imagem da capa do livro Pedro vira porco-espinho. Junte-se do professor
a todo o grupo e conte sobre a proposta de brincar por meio da leitura de — Vocês perceberam
livros de histórias, despertando a curiosidade dos bebês sobre esse assunto. algo diferente na sala?
Mostre o espaço preparado e convide-os para se deslocarem e apreciarem a — Olhem só o que eu
trouxe para vocês!
leitura. Lembre-se de que o foco da proposta é realizar uma leitura prazerosa, É o livro Pedro vira
divertida e com proximidade física, contribuindo para o desenvolvimento dos porco-espinho.
pequenos e reforçando laços afetivos entre os bebês. A B — O que será que
acontece nessa história?
No espaço delimitado para a atividade, possibilite que os bebês se familiari- — Vamos descobrir
2 quem é Pedro e qual
zem com os elementos que compõem o ambiente: tapete, colchonete, almofa-
a relação dele com o
das, travesseiros, cesto com livros e imagem projetada. Favoreça que o grupo porco-espinho?
folheie o livro, troque as almofadas de lugar, role sobre o tapete, brinque com
a imagem projetada (com sua ajuda se preciso for) etc. Registre o momento B
por meio de fotos ou vídeos, para fins de documentação pedagógica. Convide Possível ação
o grupo para se acomodar confortavelmente em frente à imagem projetada, dos bebês
explicitando que apresentará o livro Pedro vira porco-espinho. Organize os bebês podem
•Os
bebês em duplas e oriente-os para que uma dupla permaneça ao lado da sorrir e bater palmas,
outra. Inicie a leitura do livro fazendo a exploração da capa e apresentando demonstrando
o personagem. Use diferentes entonações de voz, cante músicas relacionadas encantamento pela
ao contexto da história, demonstre variadas expressões faciais e gestos, de proposta e, depois,
acordo com as características do contexto ou do personagem, para envolver os seguir para o espaço
da leitura.
bebês na história. Enquanto faz a leitura e apresenta digitalmente as imagens
do livro, faça pequenas pausas e auxilie as duplas de bebês a contemplarem C
as imagens e a participarem da leitura por meio de balbucios, palavras, ges-
Possível ação
tos, movimentos e brincadeiras de imitação, motivando-as também a apontar e dos bebês
a nomear os elementos figurativos apresentados. A atividade Leitura musical,
bebês podem
•Os
deste conjunto, vai proporcionar mais incentivo para a expressão dos bebês aguardar com
através das músicas e da exploração de objetos relacionados à história. C expectativa o início
da leitura, sorrindo,
3 Valorize o momento da narrativa trazendo para os bebês questionamentos batendo palmas,
sobre a história apresentada e potencializando as formas de expressão e manipulando os
de comunicação deles. Traga os bebês para o centro da história, apoian- materiais de suporte
e os livros do cesto,
do suas ações e significando seus gestos e movimentos acerca da imagem além de interagir com a
observada. Garanta que as duplas circulem pelo espaço, interagindo com imagem projetada.
as imagens projetadas. Repita a leitura do livro substituindo o nome do

151
Unidade: Leitura de histórias

personagem pelo nome de cada um dos bebês das duplas e encoraje a in- D
teração entre os pares. Faça a leitura dessa maneira, contemplando uma Possíveis ações
dupla em cada momento da história. Prossiga a leitura dessa forma e, se dos bebês
necessário, leia novamente o livro, até que contemple todos os bebês do bebês podem apontar
•Os
grupo na brincadeira de troca de nomes. Nesse processo, os bebês em du- e gesticular de acordo
plas podem interagir com mais entusiasmo. D com os questionamentos
do professor ou podem
permanecer observando
Para finalizar com atenção a leitura
Esteja atento e seja flexível nos momentos de leitura, respeitando as necessi- da história.
dades e os desejos das duplas ou do grupo, ofertando outra possibilidade aos bebês de cada
•Os
bebês com ritmos e interesses diferenciados. Desse modo, leve para o espaço dupla podem brincar
da brincadeira fantoches ou cesto de brinquedos favoritos como alternativa. e apresentar gestos
de carinho entre si,
Ao finalizar a atividade, os bebês podem se divertir livremente com brincadei- demonstrando interação
ras espontâneas, fazendo uso dos recursos, objetos e brinquedos disponíveis e fortalecendo vínculos
na proposta ou presentes na sala, como livros, almofadas, cortinas sensoriais afetivos.
etc. Anuncie o término da brincadeira e convide o grupo para colaborar com
a organização dos materiais. Cante uma música que marque os momentos de
finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias. Desse modo, deixe o cesto
de livros na sala e faça a leitura em outros momentos do cotidiano. Divirta-se com o enredo do livro alterando
os animais nos quais o personagem ou os bebês possam se transformar. A proposta pode ser desenvolvida ao
longo do ano, apenas varie os títulos, modifique os ambientes e troque os recursos materiais, de acordo com
o enredo selecionado.

 Engajando as famílias
Faça um mural de fotos utilizando cartolinas e algumas fotografias que fazem parte dos registros pedagógicos.
Acrescente breves relatos sobre o desenvolvimento da proposta e coloque o material próximo à sala. Dessa
forma, os responsáveis poderão ser sensibilizados pela atividade e valorizar e promover momentos de leituras
de histórias para os bebês.

152
Atividade: Leitura musical

 EI01CG03  EI01EF04  EI01EF08


LEITURA MUSICAL
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios Sugestões de leitura



•Zim Tam Tum.
Na primeira infância, os bebês se fascinam principalmente por temas relaciona- Autor: Frédéric Stehr.
(SM, 2018).
dos a natureza, animais e elementos que fazem parte de sua vivência cotidiana.
•Duas festas de
A fim de demonstrar possibilidades ao desenvolvimento da proposta, utilizaremos ciranda. Autor: Fábio
para exemplificação o livro Zim Tam Tum. No entanto, o professor pode trabalhar Sombra. (Zit, 2011).
outros livros. Conheça previamente a história selecionada para conduzir a leitura elefante se
•Um
com tranquilidade e favorecer as interações dos bebês com o enredo. Os recursos balança. Autora:
Marianne Dubuc. (Dcl
representativos sugeridos devem ser substituídos conforme a história escolhida, a
Difusão Cultural, 2013).
fim de caracterizar determinado enredo.

 Materiais
•  O livro Zim Tam Tum ou outro escolhido para desenvolver a atividade;
•  Uma cesta ou caixa com brinquedos de pelúcia, de plástico ou de materiais reciclados que possam
representar os personagens de filhotes de aves presentes no enredo do livro: corujinha, canário,
pardal, corvo e pintinho. Outra hipótese para a representação é fazer uma cópia colorida e plastificada
dos personagens;
•  Algumas almofadas para dar sustentação aos bebês menores;
•  Duas cangas de praia ou uma toalha de mesa grande;
•  Utensílios de cozinha pertencentes à escola: pratos, talheres, copos, panelas, tampas e tigelas de
plástico, alumínio ou madeira, que sejam apropriados para a brincadeira com os bebês;
•  Fantoches;
•  Cesto de brinquedos favoritos;
•  Folhas de papel de gramatura rígida e duas argolas articuladas;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade no pátio da escola, propiciando um local seguro e divertido para os movimentos do
grupo. Organize as cangas ou a toalha de mesa no chão e disponha as almofadas ao redor delas, criando
um círculo. Organize os utensílios de cozinha no centro desse ambiente, de modo atrativo aos interesses dos
bebês. Coloque o livro Zim Tam Tum na posição vertical, em cima dos utensílios de cozinha. A cesta ou a caixa
com os brinquedos representativos dos personagens deverá ficar ao lado dos materiais citados. Posicione
o aparelho de som em um canto do ambiente que seja de fácil alcance para você. Organize o espaço e os
materiais de acordo com as orientações, a fim de promover um ambiente convidativo às explorações e às
interações do grupo.

153
Unidade: Leitura de histórias

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as reações dos bebês ao reconhecer os elementos presentes nas imagens da história?
Como eles comunicam essa identificação?
2. Quais são as interações dos bebês enquanto apreciam a leitura do livro?
3. Como eles imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao apresentar o enredo do livro?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta e se envolvam no momento da leitura, interagindo com
o adulto-leitor, com os colegas e com o enredo do livro. Favoreça a diversidade de exploração dos materiais
que compõem o ambiente por meio da manipulação e da descrição. Incentive a brincadeira de imitação e o
reconhecimento dos elementos das imagens, contribuindo para exercitar a imaginação dos bebês nas brinca-
deiras com histórias. É importante auxiliar principalmente os bebês que necessitam de ajuda para locomoção.

O QUE FAZER DURANTE

Na sala, reúna todo o grupo e pergunte se os bebês gostariam A


1
de apreciar a leitura de um livro divertido. Crie expectativas Possíveis falas do professor
sobre as descobertas que poderão fazer em relação aos mate- — Pessoal, eu preparei uma surpresa
riais disponibilizados. Convide-os para se deslocar até o espaço para vocês! É algo bem diferente do
preparado, auxiliando principalmente os bebês que necessitam que estamos acostumados. Organizei
de ajuda para locomoção. A B um espaço de leitura confortável e
divertido, lá na área externa!
— Vocês querem ir comigo até lá?
2 Assim como na atividade Leitura entre pares, deste conjun-
to, favoreça a familiarização dos bebês com os elementos do
ambiente e contribua com os momentos exploratórios, perma- B
necendo atento às ações de cada bebê e auxiliando a busca Possível ação dos bebês
pelo objeto de interesse, quando necessário. Perceba como bebês podem sorrir e bater
•Os
eles interagem quando desejam comunicar suas descobertas palmas, demonstrando entusiasmo
para o colega ou para o professor. Após esse momento, con- pela proposta.
vide o grupo a se acomodar confortavelmente próximo a você
explicitando que apresentará o livro Zim Tam Tum. Desperte a
curiosidade dos bebês sobre o enredo do livro questionando se
imaginam alguma relação entre os elementos disponibilizados C
no ambiente e a história do livro. Inicie a apresentação da obra Possível ação dos bebês
explorando os elementos da capa. C bebês podem aguardar com
•Os
expectativa o início da leitura,
Faça a leitura pronunciando lentamente as palavras para me- sorrindo, batendo palmas,
3 manipulando os materiais presentes
lhor compreensão pelos bebês. Torne-se parte da narrativa ao
no espaço, demonstrando
representar os personagens e o enredo, com gestos, expres- encantamento pela proposta.
sões faciais e diferentes entonações de voz. Brinque com al-
gum utensílio de cozinha, incentivando os bebês a imitar as
ações apresentadas. Motive-os a apontar e a nomear os ele-
mentos figurativos do livro. Encoraje os bebês a se envolverem

154
Atividade: Leitura musical

na proposta, imitando suas falas e expressões para que, assim, D


cada um deles possa fazer a própria leitura por meio de balbu- Possíveis ações dos bebês
cios, palavras, gestos, movimentos e brincadeiras de imitação bebês podem demonstrar interesse
•Os
do ato de ler e das ações dos personagens. Ao longo da nar- pela leitura ao tentar tocar no livro
rativa, favoreça o desenvolvimento de situações imaginárias, e interagir com os elementos de
possibilitando o protagonismo dos pequenos. D representação do enredo.

•Eles podem interagir com elementos
da narrativa, reconhecendo-se como
Para finalizar parte dela.
Após a leitura, encoraje o grupo a explorar os utensílios de
•Podem apontar e gesticular de
cozinha disponibilizados, brincando de percussão, assim como acordo com os questionamentos do
acontece no livro. Nesse momento, coloque para tocar o álbum professor ou permanecer observando
Bafafá, do grupo Palavra Cantada, enquanto os bebês conti- atentamente a leitura da história para
nuam com suas interações e descobertas. Para aqueles que não depois interagir com ela.
se envolverem na atividade, disponibilize o cesto de brinquedos
favoritos e os fantoches. Registre os momentos por meio de fo- Sugestão de música
tos ou vídeos. Antecipe o encerramento da atividade indicando
• Bafafá. Álbum do grupo Palavra
o que será feito posteriormente e, após um momento, fale no- Cantada. Disponível em: http://
vamente sobre o término da brincadeira, convidando o grupo a palavracantada.com.br/cd/bafafa/. Acesso
colaborar com a organização dos materiais. Cante uma música em: 14 jun. 2021.
que marque os momentos de finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias e assimilar os conteúdos
abordados. Desse modo, coloque os materiais utilizados na sala e faça a leitura do livro em outros momentos da
rotina. Assim, os pequenos poderão brincar e apreciar o enredo novamente. Faça adaptações na ambientação
sugerida para desenvolver a atividade utilizando outros títulos e recursos representativos, considerando sempre
o enredo selecionado para apreciação e exploração.

 Engajando as famílias
Para que os responsáveis se envolvam e valorizem os momentos de leitura de histórias com os bebês, pre-
pare um material a ser enviado aos lares. Utilize algumas folhas de papel de gramatura rígida e duas argolas
articuladas para fazer o encadernamento, criando um minilivro caseiro. Escreva sobre a proposta desenvolvida
e sobre o livro abordado. Coloque fotos de alguns momentos da atividade com comentários das reações dos
bebês. Pergunte aos responsáveis qual é a relação deles com os livros e peça para que representem com escrita
e desenhos os momentos de leituras em casa.

155
Unidade: Leitura de histórias

 EI01EF02  EI01EF03  EI01EF09


LEITURA EM PEQUENOS
GRUPOS
Tempo sugerido: 40 minutos com cada pequeno grupo

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de leitura

Será utilizado o livro Alice vê, com a finalidade de demonstrar maneiras de desen-
•Alice vê. Autora:
volver a proposta de leitura de histórias em pequenos grupos e com experimenta- Sonia Rosa. (Editora
DCL, 2014).
ções sensoriais por meio do uso de massinha caseira. Conheça previamente a história
•Pipoca, um
selecionada para conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer as interações dos carneirinho e um
bebês com o enredo. Os recursos representativos sugeridos devem ser substituídos tambor. Autora:
de acordo com a história escolhida, a fim de caracterizar determinado enredo. Será Graziela Bozano.
necessária a parceria de outro professor ou auxiliar para desenvolver a atividade. (Editora DCL, 2011).
Combine com ele previamente como tudo acontecerá.
•Asa de papel. Autor:
Marcelo Xavier.
(Editora Formato, 2019).

 Materiais
•  Livro Alice vê ou outro escolhido para desenvolver a atividade;
•  Um boneco com aproximadamente 30 cm de altura, produzido previamente com massinhas caseiras
pelo professor, para representar a personagem;
•  Espelho para os bebês se observarem;
•  Potes plásticos com diversas cores de massinhas;
•  Cesta ou caixa com diferentes suportes de escrita: livros interativos, de imagem, com fantoche etc.;
•  Algumas almofadas para dar sustentação aos bebês menores;
•  Um cesto com brinquedos favoritos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a atividade em um local da área externa e próximo à sala, como na varanda ou no solário. Prepare
alguns cantos, próximos uns dos outros, por exemplo: 1. Espelho; 2. O livro e o boneco de massinha; 3. Potes com
as massinhas caseiras; 4. Cesta ou caixa com livros diversos. Espalhe as almofadas pelos cantos do ambiente,
para que possam ser utilizadas como suporte corporal aos bebês. Arrume previamente a área externa selecio-
nada para desenvolver a atividade, compondo um ambiente atrativo para descobertas. O espaço deve incitar
situações exploratórias do grupo e fomentar uma diversidade de movimentos e de acolhimento, principalmente
para os bebês menores, que necessitam de apoio para participar da atividade.

156
Atividade: Leitura em pequenos grupos

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês demonstram interesse pela história no momento de leitura? De que maneira eles
observam as imagens? Como interagem com a leitura que o adulto faz?
2. Quais as maneiras de exploração dos bebês em relação aos diferentes suportes de escritas disponibilizados?
3. Quais são as reações deles nos momentos da leitura do livro? E nos momentos de brincadeiras com
os objetos disponibilizados?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta e se envolvam no momento da leitura. Auxilie os bebês
menores a se deslocarem até o espaço preparado e a explorarem o livro selecionado para desenvolver a pro-
posta. Favoreça a exploração dos materiais que compõem o ambiente por meio da manipulação e da descrição
desses, para que os bebês possam se apropriar dos recursos representativos da história do livro.

O QUE FAZER DURANTE

1 Ainda em sala, conte aos bebês sobre a proposta de leitura do livro Alice vê,
criando expectativas sobre as descobertas e as brincadeiras que poderão
acontecer ao citar os elementos selecionados e disponibilizados no ambien-
te. Explicite que a atividade acontecerá em pequenos grupos de aproxima-
damente cinco bebês. Selecione um pequeno grupo para iniciar e oriente os
demais para que permaneçam nas interações em sala, com outro professor ou
auxiliar. Convide o primeiro pequeno grupo a se deslocar até o local prepara-
do e auxilie todos no deslocamento, principalmente os bebês que necessitam
de ajuda para locomoção.

2 Viabilize a livre exploração e apoie as iniciativas de investigação do pequeno


grupo em relação aos elementos do ambiente, possibilitando que os bebês fo-
lheiem o livro Alice vê, brinquem com o boneco de massinha caseira, analisem
os outros suportes de leitura, manipulem as massinhas, interajam com o espelho
ao brincar com seus reflexos e troquem de lugar as almofadas disponibilizadas.
Incentive a manipulação e a observação atenta dos materiais ofertados, propi-
ciando divertidas descobertas a serem compartilhadas com os colegas, assim
como foi proposto na atividade Leitura musical, deste conjunto. Em seguida,
convide os bebês do pequeno grupo para se acomodar confortavelmente em
um canto do espaço, explicitando que apresentará o livro Alice vê. Posicione-
-os bem próximo de você, acolhendo-os no colo ou lado a lado, de modo que
possam segurar o livro e virar as páginas (caso já consigam realizar essa ação).

3 Inicie a leitura do livro explorando a capa, apresentando a personagem e ci-


tando o nome do autor e do ilustrador. Gesticule, use diferentes entonações de
voz e pronuncie lentamente as palavras para que eles apreciem a narrativa.
Faça as pausas necessárias para que possam interagir com o momento. Du-
rante a leitura, traga os bebês para o centro da história apoiando suas ações

157
Unidade: Leitura de histórias

e significando seus gestos, valorizando assim suas formas de expressão e de A


comunicação acerca do enredo apresentado. Finalize a leitura do livro relacio- Possíveis ações
nando a história com a experimentação dos cantos de explorações. Incentive dos bebês
o pequeno grupo a se relacionar com o ambiente, assim como demonstrado
•Durante a leitura, os
no livro pela personagem, por meio da observação e dos sentidos. Nesse mo- bebês podem querer
mento, utilize um dos materiais indicados no conteúdo sugerido e cante uma pegar o livro e virar as
parlenda ou coloque uma música para que os bebês possam também intera- páginas.

•Eles podem buscar
gir por meio dos sons e dos ritmos. Lembre-se de fazer registros por meio de
uma comunicação
fotos ou vídeos. A com a personagem
ou imitar as ações do
Para finalizar professor, cada um a
Possibilite que o pequeno grupo continue explorando o ambiente após a seu modo.
leitura e sinalize que em breve a brincadeira será encerrada, indicando o que
•Podem ainda
interagir com o
será feito posteriormente. A previsibilidade contribui para a transição de mo- professor e com
mentos e etapas subsequentes. Avise novamente sobre o término da ativida- os colegas ao
de e convide os bebês para organizarem os materiais. Cante uma música que comunicarem suas
marque os momentos de arrumação e finalização de atividades. Retorne a descobertas.
todo grupo incentivando os bebês a brincarem com os recursos da sala. Faça
o convite a outro pequeno grupo de aproximadamente cinco bebês e repita
a proposta de atividade fazendo os rodízios dos grupos até que contemple
todos os bebês da turma.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias. Desse modo, a atividade deverá
ser realizada diversas vezes durante o ano. Coloque os materiais utilizados na sala e faça a leitura do livro em
outros momentos do cotidiano. Assim, os bebês poderão brincar e apreciar o enredo dele novamente. Troque a
obra principal e os recursos de caracterização para desenvolver a proposta com outra temática.

 Engajando as famílias
Para que os responsáveis se envolvam, prepare um varal com algumas fotos que fazem parte dos registros
pedagógicos. Coloque-as intercaladas com breves relatos de situações que você observou durante a ativida-
de. Disponha o varal próximo à sala, para que fique acessível à apreciação de todos da comunidade escolar.

158
9
AP

CONJUNTO

UNIDADE

CONHECENDO A ESCOLA
Os espaços da escola são verdadeiros laboratórios para os bebês. Curiosos e investiga-
tivos, eles observam tudo. Assim, visitar a cozinha pode ser um momento para descobrir
aromas, barulhos e objetos diferentes. O corredor pode atrair o olhar dos pequenos; o
jardim é um universo com folhas e plantas variadas; há muito para pesquisar e explorar,
além da própria sala ou do parque.
Os bebês aprendem por meio da observação, da manipulação e da curiosidade que
coisas e pessoas despertam neles. Por isso, conhecer a escola é uma excelente opor-
tunidade para o desenvolvimento dos bebês, devido à interação com diferentes es-
paços e pessoas.

159
Unidade: Conhecendo a escola

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Espaços, tempos,


movimentos quantidades, relações
e transformações

160
Atividade: O que podemos fazer no refeitório?

 EI01EO06  EI01ET01  EI01ET03


O QUE PODEMOS FAZER
NO REFEITÓRIO?
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Converse com o cozinheiro da escola e explique a importância da proposta para os bebês, que possibilitará
a exploração do espaço e de seus objetos. Convide-o para participar do momento de exploração do refeitório
e da realização do suco de fruta com os bebês, construindo relações afetivas. Essa é uma oportunidade para
que os bebês conheçam as pessoas que são responsáveis pela alimentação. É importante contar com a ajuda
de um professor, auxiliar ou até mesmo dos funcionários da cozinha.

 Materiais
•  Fruta para fazer o suco (sugestão: escolha a fruta da época na região ou outra da qual os bebês
gostem, desde que estejam aptos a consumir, de acordo com a faixa etária);
•  Liquidificador ou outro aparelho para fazer o suco;
•  Jarras;
•  Talheres;
•  Mamadeiras ou canecas;
•  Cadeiras, bancos ou outros assentos para todos os bebês;
•  Livros de literatura infantil;
•  Material de largo alcance;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
O espaço a ser utilizado será o refeitório da escola. Organize-o de forma a propiciar que todo o grupo possa
explorá-lo por meio de movimentos, ações e observações, garantindo também a segurança deles. Coloque uma
mesa baixa, acessível, com as frutas, os utensílios de cozinha, bem como as mamadeiras ou canecas. O percurso
até o espaço deve propiciar a livre movimentação, garantindo a autonomia dos bebês. Aproveite o momento
para ouvir os sons, nomear e interagir com as pessoas de cada local. Além disso, deve haver cadeiras, bancos
ou outros assentos disponíveis no refeitório para os bebês.

161
Unidade: Conhecendo a escola

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem com as pessoas que se encontram no refeitório?


2. Como exploram o refeitório, ao ter contato com os objetos, móveis e espaço disponíveis?
3. Quais são as reações e as descobertas dos bebês no refeitório?

 Para incluir todos


Garanta um espaço seguro para todos os bebês. Fique atento para auxiliá-los, se necessário, a explorar os
objetos, se locomover e sentar-se próximo ao grupo de bebês. É importante, também, conhecer as restrições
alimentares do grupo, adaptando a atividade caso algum bebê tenha intolerância ou alergia a alguma fruta. No
caso de bebês menores, que ainda não consomem suco, oferte o leite enviado pelos responsáveis.

O QUE FAZER DURANTE

1 Explique, de forma clara e objetiva, a proposta a todo o grupo: a ida até o


refeitório e a realização do suco de fruta. Fale que os responsáveis pela ali-
mentação na sua escola irão auxiliar no processo, recebendo-os no refeitório.

2 Em pequenos grupos, leve os bebês até o refeitório e possibilite que eles


observem e vivenciem o percurso até o local. Na atividade Os caminhos até
o pátio, deste conjunto, eles terão outras oportunidades para vivenciar novas
possibilidades de percursos. O outro professor ou auxiliar ficará responsável
por acompanhar os demais grupos. Ao chegar no refeitório, organize os bebês
para que participem da preparação do suco, garantindo a segurança neces-
sária e favorecendo o contato com os objetos do espaço e da proposta a ser
realizada, disponibilizados sobre a mesa baixa.

3 Reserve um tempo para que os bebês explorem os objetos do espaço. Observe


como, individualmente ou em pequenos grupos, manipulam e brincam com
os utensílios dispostos e as frutas oferecidas. Registre com fotos e vídeos a
pesquisa exploratória inicial. Convide os responsáveis pela alimentação para A
que venham até os bebês e interajam com eles. Ao notar que os bebês estão Possíveis falas
à vontade no lugar, construindo relações de vínculo com as pessoas que lá do professor
estão e descobrindo formas de interagir com o espaço, proponha que façam — Vamos fazer um suco
um suco, que pode já fazer parte da alimentação cotidiana, estando presente de fruta.
no cardápio da escola. Auxilie quando necessário, garantindo que todos este- — Quem conhece esta
fruta? Que forma ela tem?
jam ativos na proposta, conforme suas preferências, possibilidades e ritmos. — Aqui na escola, quem
faz esse suco gostoso
4 Até esse momento da atividade, os bebês devem estar envolvidos de diferen- para vocês é (diga o
tes formas em suas explorações com os materiais. Ofereça a todo o grupo nome do cozinheiro).
as frutas frescas para que explorem gosto, cheiro, textura, podendo sentir a — Que materiais são
esses? Que barulhos
transformação que sofrem ao seu contato. Disponibilize também os materiais
fazem? Para que servem?
para realizar o suco durante esse momento, para que os bebês se apropriem
das características dos objetos. A

162
Atividade: O que podemos fazer no refeitório?

B
5 Faça o suco, espremendo as frutas ou com o auxílio do liquidificador. Aten-
te para as ações e expressões feitas pelos bebês no momento de espre- Possível ação
dos bebês
mer as frutas, observando a transformação da laranja, por exemplo, em
suco. Dê oportunidade para o grupo ajudar a espremer a fruta. Convide bebê poderá se
•Um
o responsável pela alimentação na escola para oferecer também a fruta movimentar pegando a
fruta. Ele olha, cheira,
aos bebês. Observe como eles podem fazer interessantes explorações faz força espremendo
durante esses momentos. B com suas mãos e
passa a acompanhar
Ao terminar o suco, coloque-o nas mamadeiras ou nas canecas dos bebês. atentamente o suco
6 escorrendo por entre
Ofereça-o individualmente, mostrando e percebendo se os bebês reconhecem
seus dedos. Coloca na
seus pertences. Convide todos a provar o suco. Auxilie aqueles que necessi-
boca e sorri.
tam de ajuda.

Para finalizar
Fale aos bebês que terminaram de degustar o suco que agora vão levar mamadeiras e canecas até a
cozinha e entregar aos responsáveis pela higienização. Organize com os bebês os materiais utilizados,
solicite a ajuda de todo o grupo para levá-los à cozinha e para descartar os restos das frutas. Antecipe o
que virá na sequência e convide-os para retornar à sala. Enquanto alguns vão retornando na companhia do
professor, disponibilize alguns livros para aqueles que aguardam no refeitório. Proponha espaços na sala
com materiais de largo alcance para os bebês explorarem enquanto o grupo vai chegando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize na sala o cantinho da cozinha, com objetos interessantes que propiciem a continuidade da pesquisa
exploratória, como colheres, canecas, espremedor manual, jarras. Os materiais poderão ser solicitados aos
responsáveis ou para a cozinha da escola. Uma outra variação seria fazer o suco com os bebês e realizar a
degustação em outros espaços da escola, como o pátio externo ou na sala de outra turma.

 Engajando as famílias
Peça aos responsáveis que, se possível, mandem as frutas para serem usadas no suco. Além disso, proponha
a eles que os bebês participem do momento da escolha das frutas que trarão. Exponha os registros feitos du-
rante a proposta no mural da sala ou no corredor de acesso a ela, possibilitando a apreciação pelos adultos.
Proponha a eles que convidem os bebês para fazer o suco em casa.

163
Unidade: Conhecendo a escola

 EI01CG02  EI01ET03  EI01ET04


OS CAMINHOS ATÉ O PÁTIO
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Avise os professores de outras turmas sobre a proposta a ser realizada, principalmente em relação à presença
dos bebês nos espaços internos da escola que conduzem até o pátio. Combine com o professor de outra turma
para realizarem juntos a exploração.

 Materiais
•  Materiais de largo alcance, como cones, carretéis, tubos de PVC, potes de diversos tamanhos, papelão etc.;
•  Um cesto com brinquedos de encaixe já conhecidos pelos bebês;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas tranquilas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Bolinhas de massagem;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade será realizada nos espaços que possibilitem o trajeto até o pátio. Dessa forma, também será usado
o pátio ou qualquer outro espaço externo que comporte a proposta, por exemplo, o jardim. Os percursos usados
para chegar ao pátio devem propiciar a livre movimentação dos bebês e garantir sua autonomia e segurança.
Organize no espaço alguns cantos com materiais de largo alcance. Propicie que todos os bebês possam explorar
os materiais através de seus movimentos, ações e observações.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês se movimentam? Como as formas de deslocamento usadas por cada um


potencializam suas habilidades e propõem novas descobertas?
2. Quais relações e aprendizagens os bebês realizam durante os diferentes percursos? Como reagem à
experiência de sair da sala e explorar outros espaços da escola?
3. Como se envolvem na exploração do espaço externo da escola e em contato com os elementos
naturais e materiais de largo alcance?

164
Atividade: Os caminhos até o pátio

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo
participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada um. Auxilie,
por exemplo, no deslocamento dos bebês menores que não se locomovem com autonomia. Garanta espaço
seguro para todos. Fique atento às necessidades de locomoção dos bebês e os apoie na exploração dos objetos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo a respeito da proposta, que trata da ida até A
o pátio da escola através dos diversos trajetos que possibilitam chegar Possíveis falas do professor
até ele. Em pequenos grupos, convide os bebês a se locomoverem
— Vamos ver o que há lá fora?
para fora da sala. A
— Olhe, os colegas estão indo
dar uma volta, passear. Venha
2 Convide os bebês a realizarem os trajetos possíveis. Possibilite que usem conosco!
diferentes caminhos, sendo acompanhados, em pequenos grupos, por — Eu vou com você.
um professor ou um auxiliar. Observe como cada bebê explora o cami-
nho até o pátio, como age naquele espaço ao caminhar, o que vê, o que
lhe chama a atenção durante o percurso, onde para ou se vai direto ao B
pátio. Garanta a segurança necessária durante o caminho observando Possíveis ações
possíveis situações ou objetos que demonstrem perigo. Registre os mo- dos bebês
mentos por meio de fotos, vídeos e anotações. longo do caminho, o bebê
•Ao
pode parar ao encontrar
3 Até esse momento, os bebês devem explorar os diferentes caminhos, algum brinquedo no corredor.
envolvidos de formas variadas em suas explorações no percurso, o que passar em frente a uma
•Ao
já favorecerá o desenvolvimento da atividade Aprendizagens no cor- sala, um bebê poderá querer
espiar para ver o que está
redor, deste conjunto. Acompanhe os bebês individualmente em suas
acontecendo.
iniciativas motoras e descobertas. Perceba como agem ao encontrar
•Outro bebê pode voltar no
adultos ou crianças, se têm interesse em voltar para a sala ou se sen- caminho para encontrar algum
tem motivados a irem adiante. Convide cada um a continuar o percurso colega.
até o pátio. Respeite o tempo de cada bebê, apoie suas ações de forma
a descobrir e vivenciar significativamente o deslocamento. Intervenha
caso ache necessário. B C C
Possíveis falas do professor
4 Ao chegar ao pátio, viabilize que os bebês explorem livremente o es-
paço, os elementos naturais, pequenos insetos de jardim, o vento, os — O que você encontrou? Vamos
ver o que é isso. Um brinquedo!
cheiros e sons provenientes do lugar. Registre o reencontro entre os
— Quem será que está nessa
bebês que fizeram diferentes percursos, observando ações e reações. sala?
Auxilie quando necessário, assegurando que todos estejam ativos na — Que barulho será esse? O que
proposta, conforme seus ritmos, preferências e possibilidades. Disponi- será que tem lá fora? Vamos
bilize um cesto com brinquedos de encaixe já conhecidos por eles para ver?
que explorem quando desejarem. — Quem quer acompanhar os
colegas até o pátio?

165
Unidade: Conhecendo a escola

5 Proponha pequenos grupos para exploração dos materiais de largo al- D


cance organizados no espaço. Observe o envolvimento dos bebês com Possíveis ações
os materiais, as relações construídas a partir do manuseio dos objetos dos bebês
e as interações que ocorrem entre eles. Dê tempo para que comparti- bebês poderão encaixar um
•Os
lhem descobertas e vivenciem a experiência com esses recursos. Apoie cone no outro e olhar através
e valide as ações dos bebês e aproveite esses momentos para fazer do buraco descobrindo algo do
boas interações. D E outro lado.

•Com os papelões, poderão
brincar de esconder-se ou
6 Avise a todo o grupo que, em dez minutos, vão organizar os brinquedos colocar na cabeça, imitando
e objetos para retornar à sala. Passado o tempo, convide os bebês a um chapéu.
auxiliarem na organização dos materiais e do espaço. Para aqueles que
•Poderão recolher pedrinhas ou
aguardam o retorno à sala, providencie, de acordo com a disponibilida- galhos e colocar dentro dos
de escolar, um adulto para acompanhá-los no local. Além disso, podem potes, balançando e fazendo
barulho.
compartilhar momentos de trocas com outras crianças que estão no pá-
tio. Garanta que, ao chegarem, esteja preparado um ambiente acolhedor
com música tranquila, espaço aconchegante com tapete emborrachado
ou colchonetes, almofadas e bolinhas de massagem, para que possam
E
desfrutar do momento. Nesse momento, caso os bebês tenham levado
para a escola, ofereça seus objetos de apego para que descansem. Possíveis falas do professor
— O que é isso? Um buraco no
Para finalizar cone? O que dá para enxergar
Encaminhe a volta para a sala acompanhando um pequeno grupo por através dele?
— Vejam, parece um chapéu!
vez, possibilitando que escolham o caminho que querem fazer. O outro
Quem quer colocá-lo?
grupo deve ser acompanhado por um professor ou auxiliar, oportunizan- — Escutem esse barulho que faz
do a escolha de um caminho diferente do que fizeram na vinda ao pátio. com a pedrinha dentro. Agora,
Reserve um tempo para que os bebês explorem o percurso livremente, com pedrinhas e galhos.
a partir de seus interesses e desejos. Observe atentamente o que fazem,
seus gestos, expressões e iniciativas de interação com os amigos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Leve para a sala alguns elementos naturais encontrados no pátio que sejam significativos para os bebês,
com o objetivo de que realizem pesquisas exploratórias. Sugere-se também que a proposta seja realizada mais
vezes, para que eles ampliem seus conhecimentos em relação aos espaços da escola e às diferentes formas
de se locomover dentro dela. Você pode realizar a atividade possibilitando a interação com crianças maiores.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para participarem de um momento similar à proposta durante a chegada na
escola ou na despedida. Faça o convite através de bilhete ou do mural de entrada da sala. Organize pre-
viamente os cantos com os materiais de largo alcance na área externa disponível e convide os adultos a
acompanharem os bebês até o local, para brincarem juntos e vivenciarem a experiência. Registre o mo-
mento através de fotos e vídeos e coloque-os na documentação pedagógica, junto ao portfólio individual
ou no mural de entrada da sala.

166
Atividade: Corredor, um espaço de aprendizagens

 EI01EO01  EI01CG02  EI01ET03


CORREDOR, UM ESPAÇO DE
APRENDIZAGENS
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Informe aos outros professores da escola sobre a reorganização do corredor em função da proposta para que,
assim, possam orientar as crianças de outras turmas durante os momentos que passarão por ali. Solicite aos
adultos responsáveis o envio de uma foto do bebê em alguma situação significativa de seu cotidiano. Exponha
documentações pedagógicas do seu grupo nas paredes do corredor, na altura dos bebês, para que possam
explorá-las durante a proposta.

 Materiais
•  Documentações pedagógicas do seu grupo de bebês, preparadas anteriormente;
•  Fotos dos bebês em diversas situações do cotidiano (solicitadas com antecedência aos responsáveis);
•  Celofane colorido;
•  Uma bola de tamanho médio;
•  Elástico ou barbante;
•  Fita adesiva;
•  Cesto com brinquedos diversos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
O espaço a ser usado na proposta é um dos corredores da escola. Escolha um que seja acessível e seguro para
os bebês. Organize os materiais nas paredes ao longo do corredor, em altura visível a todos os bebês: coloque
as documentações pedagógicas do grupo e as fotos dos bebês; use celofane colorido pendurado no teto com
barbante; pendure, no teto, a bola por um elástico ou barbante, colado na bola com fita.

167
Unidade: Conhecendo a escola

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram os espaços do corredor? Como relacionam-se com os recursos,
objetos e as pessoas presentes ou que passam por ali?
2. Quais objetos provocam mais interações? Como o corredor convida os bebês à exploração? Quais
pesquisas ele proporciona aos bebês?
3. Quais formas de deslocamento os bebês usam no espaço do corredor? Como exploram seus movi-
mentos e desafiam-se durante a proposta?

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo par-
ticipe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada um do grupo.
Garanta condições para que todos os bebês participem da proposta. Atente para as necessidades de locomoção
dos bebês menores, principalmente, para auxiliá-los, se necessário, a explorar os objetos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Comece conversando com todo o grupo sobre a proposta de explorar o


corredor da escola. Incentive os bebês, individualmente ou em pequenos
grupos, a sair da sala de forma autônoma. A atividade Os caminhos até o
pátio, deste conjunto, favorecerá a ação dos bebês nesse momento. Convide A
e encoraje cada bebê em suas ações e movimentos de deslocamento. Incen- Possíveis ações
tive a participação de todos e auxilie-os quando necessário, conforme suas dos bebês
preferências, possibilidades e ritmos. Providencie um cesto com brinquedos bebê poderá dar tchau
•Um
diversos, já conhecidos por eles, para que os explorem quando desejarem. ao ver o professor de outra
turma, respondendo ao
gesto feito por ele.
2 Observe e registre, por meio de fotos e vídeos, como cada bebê se deslo-

•Outro poderá observar
ca para fora da sala, suas reações, o que lhe chama a atenção, a forma uma criança vindo no
como explora o espaço, o que observa, como se movimenta. Atente para corredor.
onde os bebês olham, quais sons, objetos ou imagens lhes são chamativos.
Atente às suas expressões faciais e corporais, comunicação oral e gestos.

3 Potencialize a interação dos bebês com as pessoas que passam pelo cor-
redor. Você deve ficar próximo, observando e registrando como cada um B
reage consigo e com os colegas de turma na pesquisa dos materiais. Tais Possíveis falas do professor
registros serão usados na documentação pedagógica. A — Olha o que o colega
descobriu ali daquele lado!
4 Possibilite que todo o grupo explore a proposta. Convide os bebês para Vamos lá ver que materiais
se aproximar e apresente o material ali oferecido; assim, eles irão iniciar são?
pesquisas exploratórias individualmente, em duplas ou em pequenos — E o que podemos fazer
com eles?
grupos no espaço do corredor de forma livre. Apoie as ações deles, suas — O que vocês estão vendo
iniciativas, encorajando assim os outros colegas. Potencialize as explora- nesse corredor?
ções no local por meio de diferentes deslocamentos, possibilitando que
se movimentem de forma segura e autônoma. B

168
Atividade: Corredor, um espaço de aprendizagens

C
5 Até esse momento da atividade, os bebês devem estar envolvidos de di-
ferentes formas em suas explorações. Acompanhe pequenos grupos na Possíveis falas do professor
exploração dos recursos e espaço. Observe suas ações e reações. Apoie, — Qual movimento a bola fez
a partir das ações dos bebês, evitando ao máximo dirigir iniciativas, para quando você
que possam explorar os recursos espontaneamente. C D a empurrou?
— Você conhece as pessoas
nas fotos? O que estão
Para finalizar fazendo?
Avise os bebês que em alguns minutos vão começar a guardar as coisas — Olha, um colega escondeu-
e compartilhe com eles a próxima atividade a ser realizada. Dentro das se no celofane. Achou!
possibilidades de cada um, valorize e encoraje que guardem os mate- — Vamos ver o que há deste
lado do corredor?
riais nos devidos lugares. Você pode cantar uma canção nesse momento.

D
Possíveis ações
dos bebês
bebês podem olhar
•Os
através dos celofanes,
observar ambientes
e crianças com cores
diferentes.

•Poderão ver as fotos e
olhar para os colegas,
fazendo relações.

•Poderão olhar para as
documentações, descobrir
sua imagem nelas e sorrir.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a proposta organizando no corredor outros recursos disponíveis em sua escola, ou escolha outro
corredor, próximo à sala de crianças maiores, oportunizando a interação entre as idades. Pense também na
proposta sendo realizada em outro espaço da escola, como a área externa, explorando os mesmos recursos
ou outros que achar interessantes.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para vivenciarem com os bebês um momento exploratório no corredor, junto às fotos
que enviaram para a proposta. Proponha alternativas para que todos participem, seja no final do turno, seja na
hora da entrada, de acordo com a disponibilidade deles. Aproveite os registros com fotos realizados durante a
proposta para montar uma exposição no mural da sala ou no corredor onde foi realizada a proposta. Disponha
também de espaço nesse mural para que os responsáveis registrem a experiência que tiveram com a proposta.

169
Unidade: Conhecendo a escola

 EI01EO03  EI01CG02 EI01ET03


VISITA À SECRETARIA
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Combine a realização da proposta com o responsável pela secretaria de sua escola. Disponha de mais um
professor ou auxiliar no momento da proposta para que todos os bebês possam ser atendidos em suas par-
ticularidades, visando apoiá-los em suas pesquisas exploratórias. Confeccione anteriormente os materiais a
serem utilizados. Se possível, solicite aos responsáveis o envio de celulares, telefones, notebooks ou teclados
de computadores que não são mais usados.

 Materiais
•  Objetos construídos com materiais de largo alcance. Sugestões:
-  computadores feitos com caixas diversas ou outros materiais disponíveis;
-  caixas de remédios encapadas ou pedaços de madeira simbolizando celulares;
-  telefone de mesa feito com caixinhas de tamanho médio, barbantes ou espiral;
-  bancos, cadeiras e mesas baixas feitas com caixas de leite ou semelhantes, preenchidas com
jornal e moldadas com fita;
-  eletrônicos usados, que os bebês possam usar com segurança (celular sem bateria, telefones de
mesa, teclados de computadores com botões presos etc.).
•  Folhas de papel, revistas e gizes de cera;
•  Materiais de largo alcance, como tecidos, rolos, cones e tampas diversas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Para a atividade serão utilizados dois espaços: a secretaria e depois a sala. Organize dentro da secretaria um
espaço utilizando os materiais citados anteriormente. Disponha as mesas e cadeiras/bancos no espaço disponível,
os telefones, computadores e eletrônicos usados sobre algumas mesas e as folhas de papel, revistas e os gizes de
cera em outras. Garanta segurança e conforto aos pequenos. Num segundo momento, ofereça os mesmos mate-
riais utilizados nesse contexto em cantos na sala, para que possam continuar explorando e fazendo descobertas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram os materiais disponíveis? Eles imitam os adultos e os outros
bebês? Como fazem isso?
2. Como é a relação do bebê com o responsável pela secretaria? Quais as formas de comunicação utilizadas?
3. De que maneira o espaço, assim organizado, desafia os bebês a ampliar o uso dos objetos bem como
do seu repertório de movimento?

170
Atividade: Visita à secretaria

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo par-
ticipe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada um do grupo.
Proponha apoio organizando os bebês confortavelmente próximos aos materiais disponíveis. Auxilie os bebês
menores a se locomoverem e a manusearem os objetos construídos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Ofereça a todo o grupo, na sala ou local próximo à secretaria, materiais


de largo alcance (tecidos, rolos, cones e tampas diversas) para que mani-
pulem e investiguem as várias possibilidades de brincadeiras. Em seguida, A
compartilhe com um pequeno grupo a proposta que será realizada. Diga Possíveis falas do professor
que irão visitar a secretaria, conhecer as pessoas que trabalham lá e o que
— Vamos visitar a secretaria?
fazem, com que materiais trabalham, como trabalham e avise que poderão — Quem será que está lá? O
brincar lá por um tempo e depois voltarão para a sala. Organize os bebês que será que encontraremos?
em pequenos grupos, levando em consideração possibilidades motoras — Vamos nos encontrar com o
semelhantes. Enquanto um pequeno grupo visita a secretaria, os demais diretor/secretário?
ficam na companhia de outro professor ou auxiliar. A

2 Ao chegar à secretaria, acomode os bebês de forma a garantir a participa-


ção deles na proposta. Garanta que aqueles que têm autonomia de deslo-
camento explorem o espaço livremente. Convide os bebês que estiverem
do lado de fora a participarem, por meio de olhares e sorrisos, descrevendo
o que está acontecendo dentro da secretaria, envolvendo-os e transmitindo
segurança. Ofereça sua companhia caso queiram entrar e participar. Obser-
ve atentamente as reações, gestos e expressões deles ao interagirem com
o espaço. Atente para as formas de deslocamento usadas por eles dentro
do ambiente. Durante a proposta, faça registros por meio de fotos e vídeos.

3 Reserve um tempo para interação dos bebês com o secretário, diretor da


escola ou ambos, conforme sua realidade, possibilitando que se estabele-
çam vínculos afetivos. Acompanhe os bebês individualmente ou em duplas
na interação com essas pessoas, dando oportunidade para que observem B
o que fazem, quais objetos usam e como os utilizam. Garanta que todos Possíveis falas do professor
tenham a chance de se relacionar com os responsáveis pela secretaria, se
assim desejarem, favorecendo a interação entre eles. Fazer esse incentivo — Olha o que o colega achou ali. O
que será isso?
será importante para que os bebês participem da atividade Conhecendo ou- — Um telefone.
tras salas da escola, deste conjunto, com maior autonomia e tranquilidade. Para quem será que
ele vai ligar?
4 Até esse momento, os bebês deverão estar interagindo com o espaço e — Quem quer escrever na
com os responsáveis por eles. Observe atentamente e se aproxime de agenda como o secretário? O
que podemos usar para fazer
um bebê ou de uma dupla que esteja investigando os materiais construí-
isso?
dos (computadores, telefones etc.). Possibilite que brinquem livremente — Vejam, um bebê encontrou
com os materiais, conheçam e descubram as formas de utilizar cada um. um computador. O que podemos
Amplie as pesquisas exploratórias dos bebês por meio de comentários fazer nele?
e indagações. B

171
Unidade: Conhecendo a escola

Convide o responsável pela secretaria a realizar situações simbó- C


5
licas com o telefone, celular e computador, como também ações Possíveis ações dos bebês
de escrita e leitura sobre a mesa. Observe a reação dos bebês, se bebê poderá sentar-se no
•Um
observam o que ele está fazendo e se fazem relações com os ob- banquinho em frente à caixa que
jetos dispostos. Disponibilize aos bebês papéis, revistas e gizes. imita um computador. Olhar para o
Encoraje-os individualmente a partir de ações realizadas pelos co- teclado, apertar as teclas e olhar
legas. Veja se imitam ações deles ou do responsável pela secreta- para a tela.

•Outro vê a caixinha de remédio
ria e com quais objetos fazem isso. Dê espaço para que explorem, encapada, coloca no ouvido,
brinquem, imitem gestos, expressões, posturas e se divirtam. Você fazendo balbucios.
pode realizar as mesmas ações de forma individual, em duplas ou
•Uma dupla de bebês poderá
em pequenos grupos, valorizando as interações dos bebês com compartilhar uma folha sobre a
o espaço e objetos. C mesa, fazendo seus registros com
gizes. Um faz tentativas de riscar
com o giz; o outro observa e passa
Para finalizar o dedo sobre a superfície. Ambos
Avise que em cinco minutos irão organizar o espaço e informe a descobrem as marcas produzidas
próxima atividade. Após esse tempo, convide os bebês a organizarem sobre a folha.
o espaço. Valorize e encoraje iniciativas dos pequenos no momento
da organização. Convide-os a se despedirem dos responsáveis pelo
espaço e acompanhe-os no retorno à sala.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Leve para a sala os objetos construídos com material de largo alcance e os outros utilizados na proposta.
Organize um cantinho da secretaria, para que os bebês possam continuar suas pesquisas exploratórias, intera-
ções e momentos de imitação com os colegas. Convide o responsável pela secretaria para participar, em algum
momento, da brincadeira de secretaria na sala, potencializando as interações, descobertas e aprendizagens
obtidas durante a proposta. Pense a proposta sendo realizada em outro espaço disponível na escola, como
refeitório ou biblioteca.

 Engajando as famílias
Para engajar os responsáveis, peça que eles enviem materiais eletrônicos usados (telefone, celulares, teclados
de computadores etc.). Utilize os registros fotográficos da proposta, complementados com falas e impressões
suas, para montar um móbile com as fotos legendadas de forma objetiva e clara no corredor ou parede próxima
à secretaria.

172
Atividade: Conhecendo outras salas da escola

 EI01EO02  EI01EO03  EI01ET04


CONHECENDO OUTRAS
SALAS DA ESCOLA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Combine a realização da proposta com o professor de uma das turmas de sua escola. Pense com ele o espaço
e os materiais que serão disponibilizados aos bebês e às crianças, levando em consideração as características
de cada faixa etária, seus interesses, possibilidades de experiências e interações. Peça para esse professor
conversar com o grupo de crianças dele a respeito da visita que elas irão receber. É importante a presença de
dois professores durante o momento da proposta, para que todas as crianças sejam atendidas em suas expe-
riências e potencialidades.

 Materiais
•  Brinquedos de casinha já conhecidos, como •  Materiais de largo alcance: tecidos e potes de
pia, fogão, geladeira, televisão, sofá e cama, tamanhos diferentes;
e outros não conhecidos, que sejam da sala •  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
visitada e estejam naquele espaço. Esses itens •  Um cesto com brinquedos já conhecidos
podem ser confeccionados com caixas de pelos bebês;
papelão e outros materiais de largo alcance; •  Material de encaixe;
•  Utensílios de cozinha utilizados como •  Um celular ou uma câmera fotográfica, um
brinquedos, como panelinhas, copos e jarras caderno e uma caneta para registrar a atividade.
•  Bonecas, ursos, fantasias ou outros recursos
disponíveis na escola que instiguem a
brincadeira de faz de conta;

 Espaços
Depois de realizar a atividade Visita à secretaria, deste conjunto, os bebês vão visitar a sala de outras
crianças. A sala deve ser organizada de forma atraente, que convide para a brincadeira de casinha. Cada canto
representará um espaço:
1. Cozinha: fogão, geladeira, pia e alguns utensílios já dispostos para aguçar o desejo de explorar e
brincar de cozinhar, lavar etc.
2. Sala: coloque um sofá como assento e outro como encosto na parede, ajeite um tapete na frente e a
TV. Deixe bonecas sentadas como se estivessem assistindo à televisão.
3. Quarto: disponha o colchonete com boneca dormindo coberta sob lençol/cobertor, disponibilize
paninhos no local e outras bonecas e pelúcias para que possam pegar, se desejarem, possibilitando
ações de faz de conta.

173
Unidade: Conhecendo a escola

4. Se tiver espaço disponível, faça cabanas com as mesas viradas e tecidos por cima, compondo o
ambiente de forma ainda mais convidativa.
Entre os cantos montados, deixe espaço livre para que os bebês se movimentem e circulem livremente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como se dão as interações entre as crianças de diferentes idades? Quais recursos os bebês usam
para se comunicar com as outras crianças e adultos presentes no espaço?
2. Por quais materiais os bebês demonstram mais interesse? O que mais instiga pesquisas exploratórias?
Que tipos de explorações eles fizeram?
3. De que forma o espaço possibilita desafios e diferentes formas de deslocamento aos bebês? Quais
espaços da sala são mais utilizados por eles e o que os incita a explorá-los? Como utilizam seus
corpos nessas explorações?

 Para incluir todos


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo par-
ticipe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada um do grupo.
Garanta que todos os bebês tenham as condições de participar. Auxilie os bebês menores a se locomoverem
e a manusearem os objetos disponíveis; nomeie, inclusive, os utensílios de cozinha. Organize um cesto com
brinquedos já conhecidos por eles e ofereça, se necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie conversando com todo o grupo sobre a proposta, que


será a ida até a sala de outro grupo de crianças. Explique que
irão lá para conhecer a sala, os brinquedos e brincar com as
crianças e os adultos que ali estão. Caso seu grupo de bebês A
seja grande ou o espaço da sala onde será realizada a propos- Possíveis falas do professor
ta não comporte as duas turmas, faça agrupamentos menores
para a realização. Para isso, você deverá contar com o auxílio — Vamos passear numa outra sala?
— Quem será que vamos encontrar lá?
de outro professor ou auxiliar. Convide os bebês em pequenos — O que será que tem naquela sala?
grupos a se deslocarem até a sala onde será realizada a pro- — Vamos brincar com outras crianças?
posta. Observe quais são as reações deles diante do convite. A

2 Ao chegar à sala da outra turma reserve um tempo para que todas


as crianças interajam livremente entre si e com o ambiente. Acon-
chegue as menores próximas aos cantos organizados e às crianças
da outra turma. Acompanhe como se dá esse primeiro encontro
entre todos, se os bebês buscam o contato com as outras crianças
por meio de olhares e movimentos ou se ficam só observando os
colegas interagindo entre eles. Fique atento às expressões, bal-
bucios e outras formas de comunicação presentes. Veja como vão
ocupando o espaço, o que lhes chama a atenção e o que lhes faz

174
Atividade: Conhecendo outras salas da escola

B
sorrir ou realizar alguma expressão diferente. Perceba como inte-
Possíveis ações dos bebês
ragem com os adultos, se buscam compartilhar as brincadeiras e
como se comunicam com eles. Convide aquele bebê que participa bebê poderá observar uma criança
•Um
com olhares e expressões a envolver-se na situação. Faça vídeos, maior que embala nos braços uma
boneca, cantarolando uma canção.
fotos e anotações desse primeiro encontro com as outras crianças.
Ela pode fazer um gesto de carinho
passando a mão na boneca, pode
3 Acompanhe o comportamento dos bebês individualmente e em pegar outra no seu colo. Observando
duplas durante a exploração dos espaços da sala. Veja como o colega, o bebê também passa a
usam os materiais dispostos, o que traz mais descobertas e embalar, balbuciando.
como se relacionam com aqueles recursos. Possibilite que todos criança maior senta-se no chão e
•A
esconde seu rosto com um tecido,
os bebês possam usar um dos cantos organizados em compa- enquanto o bebê que está sentado
nhia de alguma criança da outra turma. Convide todas as crian- observa e curva seu corpo à procura
ças a explorarem os materiais juntas. B dela e, ao achar, faz expressão de
admiração ou de “achou”.
Proponha a interação dos bebês a partir das ações realizadas bebê desloca-se pela sala,
•Um
4 conforme suas habilidades motoras,
por eles. Encoraje-os por meio de comentários. Evite ao máxi-
observando os objetos e móveis,
mo dirigir a proposta e proponha meios para que todos possam fazendo diferentes expressões ao
relacionar-se com os colegas da outra turma. Respeite o tempo encontrar um objeto diferente.
de cada bebê para construir vínculos com as outras crianças e
adultos, relacionando-se ativamente com eles. C
C
Para finalizar Possíveis falas do professor
Avise os bebês que em dez minutos vão voltar à sala e apro-
veite para comunicar qual será a próxima atividade do dia. Já — Veja, o colega está mexendo a
comida naquela panela com a colher.
deixe preparado um material de encaixe para receber os bebês — Que comida ele está fazendo? Você
que chegarão. Convide todos eles a organizar os materiais, res- também quer fazer com ele?
peitando suas características e possibilidades. Valorize as ações — Há dois colegas fazendo comida
dos maiores e valide as iniciativas dos menores neste momento. sobre o fogão. O que será que
Se despeça das outras crianças e adultos, convidando-os a visi- estão cozinhando?
tar sua sala em outro momento.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Convide a mesma turma para, em outro momento, vir até a sala dos bebês e compartilhar momentos de trocas,
descobertas e aprendizagens. Você pode combinar com outra turma a realização da atividade, utilizando outros
recursos disponíveis em sua escola. Proponha momentos de integração entre turmas com propostas diferentes
como musicalização, contação de história, exploração de elementos naturais, inclusive em espaços coletivos
da escola, como pátio e brinquedoteca.

 Engajando as famílias
Em uma reunião com os responsáveis, mostre os vídeos feitos durante a proposta de interação entre as turmas.
Você pode usar o registro com fotos, complementados com a descrição do percurso das turmas, para fazer um
varal nos corredores de acesso às duas salas das turmas participantes. Se possível, imprima fotos em tamanho
pequeno e cole nas agendas dos bebês no dia da proposta, junto de uma breve descrição sobre a vivência.

175
10
AP

CONJUNTO

UNIDADE

BRINCADEIRAS
E INTERAÇÕES
Quando brinca, o bebê sente-se convidado e, ao mesmo tempo, livre para se desenvol-
ver, expressar suas emoções e aprender. Para os bebês, esse momento caracteriza-se
pelo jogo de exercícios, com repetição de ações e manipulações de objetos como fonte
de satisfação e consequente formação de hábitos. É o que Jean Piaget denomina como
a atividade lúdica do período sensório-motor, que abrange os primeiros dezoitos meses
de vida. Sendo assim, é preciso incluir o brincar na rotina, organizando a seleção de obje-
tos e propondo interações entre os bebês e entre estes e os professores.

176
Unidade: Brincadeiras e interações

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Espaços, tempos,


movimentos quantidades, relações
e transformações

177
Unidade: Brincadeiras e interações

 EI01EO01  EI01EO02  EI01CG03


BRINCANDO COM TECIDOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para desenvolver a atividade, é importante selecionar, com antecedência, as músicas que você deseja usar.
Selecione também os tecidos, de forma que sejam diversos o bastante para garantir novas descobertas aos
bebês. Escolha o lugar da sala onde os varais poderão ser colocados, ao alcance dos bebês, e já os deixe
prontos para uso.

 Materiais
•  Caixas fechadas com um furo no meio por meio do qual os bebês possam inserir suas mãos e retirar
tecidos de dentro;
•  Tecidos de diversos tamanhos, cores e texturas;
•  Barbante para confecção de varais;
•  Brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os brinquedos;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções instrumentais de ritmos diversos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada na sala. Providencie varais usando fios de barbante e pendure os tecidos nos
varais. Eles podem ser pendurados em dois varais, de modo a ficarem esticados de um lado até o outro, ou
estendidos em um mesmo varal. Espalhe as caixas pelo espaço e ponha tecidos dentro delas. Deixe as canções
tocando durante a atividade. Separe um cesto com os brinquedos preferidos dos bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os tecidos? Puxam, seguram, esticam, escondem-se, viram de um lado
para o outro? Eles percebem que suas ações têm efeitos sobre os bebês e o professor? De que forma?
2. Que ações os bebês realizam utilizando os tecidos para interagir com seus pares e com o professor?
Entregam para os amigos, brincam de se esconder e aparecer, puxam das mãos dos amigos, imitam
gestos e movimentos?
3. O quanto a atividade desafia corporalmente os bebês? Quais habilidades motoras são ampliadas na
proposta? Eles esticam o corpo para alcançar algum tecido, engatinham ou se arrastam em direção
ao objeto?

178
Atividade: Brincando com tecidos

 Para incluir todos


É importante que você prenda os varais em uma altura acessível a todos os bebês. Garanta que o ambiente
esteja agradável e atenda às necessidades de locomoção deles, de acordo com seus ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Coloque as músicas instrumentais para tocar. Apresente as cai- A


xas que você preparou a todo o grupo, incentivando os bebês Possíveis ações dos bebês
a se aproximar e a tentar descobrir o que há dentro delas. Ga-
ranta que o momento seja livre e espontâneo. Convide os be- bebê poderá se aproximar da caixa,
•Um
pegá-la, levantá-la, sentir seu peso e
bês a se aproximarem também dos varais, respeitando o ritmo colocá-la no chão novamente.
de cada um. Possibilite que o grupo realize suas descobertas,
•Outro poderá perceber que há
manipulando os materiais e interagindo entre si. Essas ações um buraco nela, abaixar-se para
farão diferença quando você realizar a atividade Brincando nas olhar através dele e depois colocar
cabanas, deste conjunto, que oferecerá cantinhos com tecidos cuidadosamente suas mãos no buraco,
na expectativa de uma descoberta.
e objetos a serem explorados em grupos. Registre as diferentes
etapas da atividade em fotografias e/ou vídeos, para fins de
documentação pedagógica. A
B
2 Observe a movimentação e aproxime-se dos pequenos grupos Possíveis falas do professor
formados em volta das caixas e próximos aos varais. Observe — Ué, cadê o amigo? Será que ele
as brincadeiras e interações dos bebês e, a partir delas, pro- sumiu? Alguém viu?
ponha outras, como de esconder-se atrás do tecido e aparecer — Não estou vendo! Quem me ajuda a
novamente, de esconder a caixa, de jogar um tecido leve para encontrá-lo?
o alto e assoprá-lo, para que ele desça devagar até o chão etc.
Você pode, ainda, amarrar um tecido na sua cabeça, para fazer
de conta que é cabelo; no pescoço, para simular a capa de um C
super-herói; ou no corpo, para simular uma roupa ou fantasia. Possíveis ações dos bebês
Pergunte aos bebês se gostariam de amarrar um tecido em al-
bebê poderá esconder o rosto com
•Um
gum lugar para brincar de faz de conta e auxilie-os conforme um tecido um pouco transparente,
a demanda. Ofereça um repertório de brincadeiras e valide as enxergando tudo à sua volta e
iniciativas dos bebês com os tecidos, mostrando suas ideias a demonstrando, por meio de gestos, que
todo o grupo. Interaja intencionalmente nas brincadeiras que deseja compartilhar a sua descoberta
os bebês criam ao explorar os tecidos e esteja atento para apro- com os demais.
veitar alguma oportunidade que amplie ou aprofunde suas ex-
•Outro bebê poderá brincar de tirar
e colocar um tecido na caixa através
periências. B C do buraco.

Para finalizar
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Conforme for percebendo menos envolvimento por
parte deles, avise que, em alguns minutos, a atividade terminará. Convide-os a guardar os tecidos nas cai-
xas, incentivando a participação de todos na organização do espaço e dos materiais.

179
Unidade: Brincadeiras e interações

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade poderá ser apresentada novamente de formas diferentes. Para ampliar as brincadeiras, utilize
tecidos grandes (como um lençol, por exemplo), prendendo-os para formar tendas. Ou, então, prenda-os em um
varal encostado na parede. Você pode, também, espalhar tecidos menores e de texturas diversas pela sala, para
proporcionar deslocamentos e ampliação de movimentos, e esconder alguns brinquedos por trás dos tecidos,
para aguçar a curiosidade dos bebês e possibilitar novas interações e descobertas.

 Engajando as famílias
Após a atividade, relate aos responsáveis como foi a brincadeira e a exploração dos tecidos pelo meio usual
de comunicação da escola (como agenda, mural ou plataformas digitais). Sugira que repitam a atividade em
casa e solicite que enviem panos, lençóis e tecidos que não usam mais para reaproveitamento em brincadeiras
como essa na escola.

180
Atividade: Brincadeiras nas cabanas

 EI01EO03  EI01CG02  EI01ET06


BRINCADEIRAS NAS
CABANAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, é importante que você já tenha desenvolvido a proposta Brincando com tecidos,
deste conjunto, de modo que os bebês estejam familiarizados com os tecidos por já terem vivenciado explora-
ções com o material. Para fazer as cabanas, solicite à comunidade escolar que sejam doados panos, tecidos e
lençóis que não sejam mais usados.

 Materiais
•  Almofadas; •  Livros de literatura infantil;
•  Tecidos e panos; •  Equipamento para reprodução de áudio;
•  Lençóis; •  Playlist, pen drive ou CD com canções
•  Naninhas; adequadas para o momento de descanso;
•  Brinquedos de pelúcia e brinquedos sonoros; •  Ganchinhos ou parafusos para fixar os tecidos
•  Objetos e brinquedos de uso diário, como às paredes;
bonecas, banheiras, carrinhos etc.; •  Um celular ou uma câmera fotográfica, um
•  Caixas grandes o suficiente para que caibam caderno e uma caneta para registrar a atividade.
todos os brinquedos;

 Espaços
Realize a atividade em uma sala ampla. Pendure os tecidos, de maneira que formem cabanas de diferentes
tamanhos e alturas, pelos cantos da sala. As cabanas precisam estar bem firmes, pois os bebês poderão se
apoiar nos tecidos para se locomover. Usar ganchinhos e/ou parafusos para prender os tecidos às paredes e
ao teto do local pode facilitar a confecção das cabanas. Você pode pesquisar na internet os vários tipos de
cabanas e experimentá-las, de modo a enriquecer a ambientação da atividade. Organize três tipos de cabanas:
•  Cabana 1: coloque os brinquedos sonoros, que possibilitem a ampliação dos movimentos corporais,
instigando os bebês a dançar.
•  Cabana 2: disponibilize as caixas com os brinquedos de uso diário, de modo a proporcionar a interação
entre os bebês e os objetos.
•  Cabana 3: espalhe paninhos, almofadas, naninhas, tecidos, lençóis e brinquedos de pelúcia, para
que os bebês possam interagir com esses objetos de diversas maneiras. Faça uma abertura nessas
cabanas, como uma espécie de janela, para que, de dentro, os bebês possam ver o lado de fora.

181
Unidade: Brincadeiras e interações

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os tecidos? Puxam, seguram, esticam, se escondem? Percebem que
suas ações têm efeitos sobre os outros ali presentes?
2. Que ações realizam para interagir com seus pares e com o professor? Brincam de se esconder e
aparecer, imitam gestos e movimentos?
3. O quanto a atividade desafia corporalmente os bebês? Quais habilidades motoras foram ampliadas
na proposta?

 Para incluir todos


Com o olhar atento às demandas, auxilie principalmente os bebês menores em suas necessidades de loco-
moção incentivando a participação deles. Garanta que todos estejam em atividade conforme suas preferências,
ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Com o espaço já preparado com as cabanas e a música escolhida para o


momento de descanso tocando ao fundo, convide todo o grupo a entrar no
ambiente organizado por você e apresente as diferentes cabanas. Possibilite
que esse primeiro momento seja de livre escolha e exploração, incentivando
as primeiras descobertas dos bebês. Valide e incentive que compartilhem com
o grupo suas brincadeiras, para que vivenciem esse momento com prazer e
satisfação. Observe com atenção o que os bebês fazem e aproveite para ini-
ciar os registros com fotos e vídeos. Ao final, faça algumas anotações sobre
os principais aspectos observados.

2 Incentive os bebês a explorar as cabanas em pequenos grupos, agindo com


base em seus próprios interesses. Apresente a eles os objetos que estão nas
cabanas, incentivando que interajam com os materiais. Observe quais são os in-
teresses apresentados pelos bebês e como fazem suas explorações na cabana
e com os materiais. Procure andar pela sala e permanecer um tempo em cada
cabana, potencializando as interações dos bebês com os objetos e entre si.

3 Nas cabanas com os brinquedos sonoros, possibilite a ampliação dos movi-


mentos corporais, instigando os bebês a dançar e explorar os materiais e os
sons que emitem. Observe quais deles chamam mais a atenção dos bebês e
quais possibilidades de uso eles dão a eles. Nas cabanas com os brinquedos,
proporcione a interação entre os bebês e os objetos, chamando a atenção
deles para as possibilidades de exploração que os materiais oferecem. Con-
vide-os a tocar nos objetos, empilhá-los, sentir seus formatos e texturas. Nas
cabanas com janelas, brinque de se esconder por trás do tecido e aparecer.
Faça o mesmo com os objetos, proporcionando aos bebês grandes desco-
bertas e prazer em brincar. Outra maneira de explorar a fenda da cabana é
convidando um bebê a atravessá-la, a fim de possibilitar a ampliação dos

182
Atividade: Brincadeiras nas cabanas

movimentos corporais. Além da brincadeira com a fenda, observe como os A


bebês interagem com os tecidos, as almofadas e os lençóis, potencializando Possíveis ações
esse momento. Em todas as cabanas, com base em suas observações sobre dos bebês
os interesses e as necessidades dos bebês, favoreça que ampliem explora- bebês poderão
•Os
ções e interações usando os materiais que estão ali. A explorar os objetos
sonoros batendo um no
outro ou no chão.
Para finalizar
•Poderão escolher
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Conforme for percebendo alguns brinquedos e se
menos envolvimento, avise que em alguns minutos a atividade terminará. Con- apegar mais a um deles.
vide-os a guardar os objetos que estão dentro das cabanas nos seus devidos bebê poderá
•Um
lugares, incentivando a participação de todos na organização. Disponibilize pegar o paninho que
alguns livros de histórias já conhecidos pelos bebês para que, conforme forem utiliza para dormir e se
deitar, utilizando uma
terminando as brincadeiras e as explorações, possam ocupar-se, enquanto os almofada, olhando
demais terminam também. atento às interações dos
outros à sua volta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Um ambiente acolhedor pode trazer segurança para que o bebê o explore de forma autônoma e descubra
novos movimentos corporais. A atividade poderá ser apresentada novamente de formas diferentes e instigantes.
A partir da repetição, os bebês passam a concretizar esses movimentos e se sentem seguros para ampliá-los
em uma próxima oportunidade. Ela pode acontecer em áreas externas, onde é possível montar cabanas (por
exemplo: parque ou pátio com árvores, onde você possa amarrar panos e tecidos).

 Engajando as famílias
Sugira aos responsáveis que realizem a atividade em casa também. Proponha que montem a cabana de mesa
para brincar com os bebês. Para isso, basta que estendam um pano grande que cubra todas as laterais da mesa.
A brincadeira deverá ocorrer debaixo da mesa. Solicite que registrem a atividade por meio de fotos ou vídeos e
que enviem os registros à escola, para que possam ser compartilhados com toda a turma.

183
Unidade: Brincadeiras e interações

 EI01EO03  EI01CG02  EI01ET06


BRINCADEIRAS E
INTERAÇÕES NO TÚNEL
Tempo sugerido: 45 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antes de realizar a atividade, confeccione túneis ou separe os que já são utilizados em sua escola para fazer
a brincadeira com os bebês. Utilize túneis de variados tamanhos e tipos (por exemplo, de tecido sustentado
por bambolês ou de grandes caixas lado a lado, sendo unidas por fita adesiva larga etc.). Faça algumas
janelas nos túneis e, em algumas, feche o buraco com papel celofane colorido, possibilitando que o lado de
fora seja visto pelos bebês que estiverem dentro deles. Caso tenha dificuldade em encontrar caixas grandes,
solicite doação da comunidade escolar. Disponibilize um cesto de materiais de largo alcance, que poderá
ser usado no fim da proposta. Convide os responsáveis ou adultos com quem os bebês têm um bom vínculo
afetivo a participar desse momento de brincadeira. Realize a atividade próximo ao horário da saída, assim,
os adultos poderão ir embora com os bebês após a brincadeira.

 Materiais
•  Túneis de variados tamanhos e tipos (de tecido, de papelão etc.);
•  Bambolês;
•  Papel celofane colorido;
•  Um cesto com materiais de largo alcance (caixotes, tecidos, pedaços de madeira etc.);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade em uma área externa e ampla, como o pátio ou o parque da escola. Organize os túneis
próximos uns dos outros, para favorecer as interações.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês vivenciam as descobertas na brincadeira dentro dos túneis?


2. Como ocorre a interação com outros bebês e adultos?
3. Quais habilidades motoras foram ampliadas na proposta?

184
Atividade: Brincadeiras e interações no túnel

 Para incluir todos


Com olhar atento às demandas, auxilie os bebês, principalmente os menores, em suas necessidades de loco-
moção, incentivando a participação deles. Garanta que todos possam estar em atividade, de acordo com suas
preferências, ritmos e possibilidades. Promova a participação dos bebês que, por alguma razão, não tiverem
seu adulto responsável presente, oferecendo-se para estar mais próximo deles.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo, incluindo os responsáveis, a se encami- A


nhar à área externa onde foram colocados os túneis e possibilite Possíveis falas do professor
que a aproximação ocorra de forma livre, respeitando o interes-
— Será que você e seu pai vão
se dos bebês. Diga a eles que brincarão nos túneis uns com os conseguir entrar nesse túnel?
outros e com os adultos presentes. — Em qual túnel você acha que a
mamãe (ou o adulto que a acompanha)
2 Garanta que o momento seja de livre escolha e exploração, pos- consegue entrar?
sibilitando as primeiras descobertas dos bebês, assim como é
incentivado na atividade Brincadeiras nas cabanas, deste con- B
junto. Incentive todos a entrar nos túneis, apresentando os mais Possíveis ações dos bebês
estreitos aos bebês e os mais largos aos adultos. Chame a aten-
bebê dentro do túnel de papelão
•Um
ção para os diferentes tamanhos. Observe com atenção o que poderá espiar pela abertura.
eles fazem durante a exploração e aproveite para iniciar os re- lado de fora, outro bebê poderá
•Do
gistros com fotos e vídeos. Ao final, faça anotações sobre os as- perceber que o colega o espia e,
pectos mais importantes da proposta. A B então, chegar perto da abertura e fazer
expressão de espanto e admiração ao
ver o colega.
3 Ao perceber que um bebê explora a entrada de algum túnel, terceiro bebê poderá observar a
•Um
incentive-o a compartilhar com o grupo a descoberta e as cena e entrar no túnel, buscando a
brincadeiras que faz, instigando-o a se expressar livremente abertura para olhar para fora.
e vivenciar esse momento com prazer e satisfação. Instigue a
curiosidade dos bebês que exploram também as saídas dos C
túneis. Encoraje os que, por algum motivo, demonstram receio Possíveis falas do professor
em explorar os túneis e esteja disponível para entrar com eles,
— O que será que você vai encontrar do
oferecendo sua companhia. C
outro lado do túnel?
— O que você consegue ver pelas
4 Sugira aos responsáveis que brinquem de entrar e sair dos tú- janelas daí de dentro do túnel?
neis, de esperar o bebê do outro lado do túnel etc., a fim de — O que aconteceu, ficou tudo amarelo
proporcionar aos bebês um momento prazeroso de interação (referindo-se à janela com o celofane
com os adultos. Proponha que os bebês entrem e saiam dos amarelo, por exemplo)?
túneis de diversos modos, respeitando seus limites corporais.
Por exemplo, andando (totalmente de pé ou agachados), raste- D
jando, rolando, engatinhando, sobre quatro apoios (utilizando Possíveis falas do professor
a palma das mãos e a sola dos pés) etc. Assim, você possibili- — Observem como o amigo está
tará a aprendizagem por meio da imitação, valorizando ações passando pelo túnel: engatinhando!
individuais dos bebês. D Vamos tentar também?
— Aquele amigo está agachado! Que
tal experimentarmos essa posição?

185
Unidade: Brincadeiras e interações

5 Para os bebês que não se sentirem confortáveis para entrar no túnel, mesmo
em sua companhia ou com o adulto responsável, faça brincadeiras de contato
corporal, como a da formiguinha (“Fui ao mercado comprar café, veio a formi-
guinha e subiu no meu pé…”). Esse contato oferecerá ao bebê a oportunidade
de participar do momento de interação com o outro, de vivenciar diferentes
ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras e de experimentar
as possibilidades corporais.

Para finalizar
Atente-se ao interesse dos bebês na proposta. Quando perceber menos envolvimento por parte deles,
avise que, em alguns minutos, irão se organizar para a saída. Estimule-os a pensar em um local onde po-
dem guardar os túneis, de forma que possam utilizá-los novamente em outros momentos. Incentive a par-
ticipação de todos na organização do espaço e dos materiais. Tenha disponível o cesto com materiais de
largo alcance para que, conforme forem terminando as brincadeiras, as explorações e a arrumação, os
bebês possam ocupar-se enquanto os demais terminam também.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a atividade, dessa vez propondo que o momento seja realizado com uma turma de crianças maiores.
Combine os detalhes previamente com outro professor ou auxiliar da escola. A interação entre diferentes faixas
etárias enriquecerá a aprendizagem e o desenvolvimento de todos.

 Engajando as famílias
A atividade propõe a presença dos responsáveis no momento de brincadeiras e interações com os túneis já
confeccionados. No momento da brincadeira, incentive o contato entre eles e os bebês, estimulando-os a brin-
car, mas, também, oriente que respeitem o tempo dos pequenos, caso não queiram brincar no túnel. Mostre as
outras possibilidades de interação e brincadeiras que o espaço oferece.

186
Atividade: Exploração de caixas

 EI01EO02  EI01EO03  EO01CG03


EXPLORAÇÃO DE CAIXAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, arrecade caixas de diversos tamanhos, solicitando à comunidade escolar a doação
delas e, se possível, utilize também as caixas que foram exploradas na atividade Brincadeiras e interações no
túnel, deste conjunto. Encha algumas com jornal até ficarem bem firmes e feche-as. Se quiser deixá-las colori-
das, encape-as com papéis de diversas cores. Os bebês poderão utilizá-las para empilhamento, subir, descer,
apoiar-se para levantar etc. Disponibilize um cesto de livros conhecidos pelos bebês, para que tenham acesso
a eles quando desejarem.

 Materiais
•  Caixas de diversos tamanhos, como caixas de fogão ou de geladeira, nas quais os bebês
consigam entrar;
•  Um cesto com livros de literatura infantil;
•  Jornais antigos;
•  Papéis coloridos;
•  Fitas autoadesivas para encapar as caixas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta pode ser realizada na área externa da escola ou em uma sala ampla. Organize as caixas de forma
agrupada, para favorecer a interação dos bebês. Em um canto, coloque caixas de um mesmo tamanho juntas.
Em outro, organize caixas de tamanhos diferentes, que possibilitem encaixes (menores dentro das maiores, como
a caixa de remédio dentro da caixa de sapato), além de caixas que favoreçam o empilhamento.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais ações os bebês realizam para interagir com seus pares e com o professor?
2. Como vivenciam as descobertas na brincadeira com as caixas? Comunicam-se por meio de olhares
ou balbucios, imitam outros bebês etc.?
3. Quais habilidades motoras foram ampliadas na proposta?

187
Unidade: Brincadeiras e interações

 Para incluir todos


Com o olhar atento às demandas, auxilie os bebês menores em suas necessidades de locomoção, incenti-
vando a participação deles. Demonstre aos bebês menores, que ainda não conseguem manusear os objetos,
como empilhar as caixas.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Convide todo o grupo para explorar o espaço organizado por
você e apresente os materiais, dizendo que todos brincarão Possíveis falas do professor
com as caixas doadas pela comunidade escolar. Nesse primeiro — Que bacana! Vocês mudaram a
momento, possibilite que os bebês interajam livremente com o caixa de lugar!
espaço e com os materiais e que manifestem seus interesses — Ela estava leve ou pesada para
empurrar?
individuais. Esteja atento ao que eles fazem durante toda a ex- — Nossa, que torre grande! Mostre para
ploração e aproveite para iniciar os registros em fotos e vídeos. gente como você fez!
Ao final, faça algumas anotações sobre os aspectos mais im-
portantes da proposta.
B
2 Ao perceber pequenos grupos se formando perto de algumas
Possíveis ações dos bebês
caixas, aproxime-se de um deles e aproveite o momento para
potencializar as interações iniciadas pelos bebês e para vali- bebê poderá se aproximar de
•Um
dar suas iniciativas. Convide-os a brincar de empilhar caixas e uma caixa, usar a lateral como apoio
para ficar em pé e olhar sorrindo
observe quais estratégias utilizam na brincadeira, por exemplo, para um amigo próximo, que poderá
empilhar as caixas até a sua própria altura, empilhá-las para corresponder à interação. Eles
derrubá-las, enfileirá-las, colocar maiores na base e menores poderão se juntar para empurrar a
no topo, usá-las para se sentar, empurrá-las, escalá-las etc. caixa pelo espaço.
Intervenha a partir de suas observações sobre as explorações
•Outro poderá tentar empilhar caixas
corporais que fazem em interação com as caixas. Favoreça médias e pequenas, colocando-as uma
em cima da outra com suas próprias
que ampliem descobertas e contatos, usando os materiais de mãos. Poderá perceber que a torre cai
formas diversas, aumentando, assim, seu repertório motor e quando coloca a quarta caixa. Depois
observando seus limites corporais. A B de algumas tentativas, poderá procurar
outra caixa para substituir a quarta caixa
Ao notar um bebê explorando alguma caixa, chame a atenção e continuar sua torre, sem deixá-la cair.
3
de todo o grupo para essa ação e convide os demais a expe-
rimentar a brincadeira também, auxiliando aqueles que pre- C
cisam de ajuda para realizar alguns movimentos. Convide os Possíveis falas do professor
bebês que estiverem dentro das caixas para dar um passeio, — Senhor passageiro, por onde gostaria
arrastando-as pelo espaço. Pergunte onde gostariam de ir pas- de passear?
sear e brinque de faz de conta. Aproveite para inserir também — Vamos passear no carrinho?
os bebês que não se locomovem com autonomia, garantindo a — Gostariam de ir visitar a vovó? É pra já!
integração deles. C — Chegamos à casa da vovó! Olhe, ela
fez um bolo de laranja para a gente!

188
Atividade: Exploração de caixas

Para finalizar
Esteja atento ao interesse dos bebês. Conforme for percebendo menos envolvimento, avise que, em alguns
minutos, irão para a próxima atividade. Convide-os a organizar as caixas, colocando as menores dentro das
maiores e incentivando a participação de todos na organização do espaço e dos materiais, auxiliando-os
no que for necessário. Tenha disponível um cesto de livros infantis para que, conforme forem terminando
as brincadeiras, as explorações e arrumação, possam ocupar-se enquanto os demais terminam também.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade poderá ser apresentada novamente de formas diferentes e instigantes para os bebês. A partir da
repetição, eles passam a experimentar e se apropriar de movimentos e a se sentir seguros para ampliar suas
possibilidades corporais. Imprima as fotos que você tirou durante a atividade e cole-as nas caixas fechadas.
Deixe as caixas em um canto fixo da sala, para que sirvam de brinquedos do grupo.

 Engajando as famílias
Faça um mural com os registros feitos por você durante a atividade, de modo a compartilhar com a escola
o momento vivido pelos bebês. O mural servirá de inspiração para novas brincadeiras. Envie as caixas com as
fotos deles para casa, incentivando os responsáveis a brincar com o material com os bebês em casa. Solicite
que enviem registros e observações sobre esse momento e que, ao fim, enviem as caixas de volta para a escola,
para que outras atividades possam ser desenvolvidas com elas.

189
Unidade: Brincadeiras e interações

 EI01EO03  EI01EO06  EI01CG03


O QUE HÁ DENTRO
DA CAIXA?
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Assim como na atividade Exploração de caixas, deste conjunto, os bebês terão oportunidades de brincadeira
e exploração por meio de caixas com surpresas. Para isso, feche todas as laterais de cada caixa com fita adesiva
e confeccione um buraco com cerca de 10 cm de diâmetro em uma das laterais de cada caixa. É importante que
o buraco seja grande o suficiente para que você consiga inserir a sua mão com facilidade na caixa. Coloque os
objetos que você separou (os diversos e os que remetam às canções infantis) dentro das caixas. Disponibilize
um cesto de livros conhecidos pelos bebês para que tenham acesso a eles no final da proposta.

 Materiais
•  Caixas fechadas com um furo em uma das laterais (uma caixa para cada quatro bebês);
•  Fita adesiva;
•  Objetos diversos (bolas, cones, brinquedos de empilhar e brinquedos de encaixe e de formatos diferentes);
•  Objetos que remetam a canções do cotidiano dos bebês, como uma aranha de borracha (A dona
aranha), um pintinho de pelúcia (Pintinho amarelinho), bichos de plástico (Sítio do seu Lobato);
•  Um cesto com livros de literatura infantil;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em uma sala ampla ou na área externa. Organize as caixas em diferentes can-
tos do espaço, de modo que pequenos grupos (de no máximo quatro bebês) fiquem próximos uns dos outros.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como ocorre a interação entre os bebês? De que forma a interação é favorecida pela brincadeira
com as caixas?
2. Como exploram os objetos e as caixas na atividade? Olham pelo buraco, colocam a mão dentro da
caixa e retiram-na rapidamente, oferecem a caixa para outra pessoa, viram a caixa, identificam o
objeto encontrado, brincam com os objetos etc.?
3. Como os bebês se relacionam e compartilham suas descobertas? Imitam uns aos outros e se engajam
para descobrir o que há dentro da caixa ao ver seus pares as explorarem? De que forma?

190
Atividade: O que há dentro da caixa?

 Para incluir todos


Com o olhar atento às demandas, auxilie os bebês, principalmente os menores, em suas necessidades
de locomoção, incentivando a participação deles. Garanta que todos possam estar em atividade de acordo
com suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

Convide todo o grupo a explorar o espaço organizado com as A


1
caixas e apresente a proposta por meio de perguntas que insti- Possível fala do professor
guem a curiosidade dos bebês. Desafie-os a descobrir o que há Incentive-os a colocar a mão dentro
dentro das caixas. Esse é um momento de livre deslocamento, das caixas, cantando: — O que será,
que deve ser realizado conforme os interesses individuais dos o que será que vai aparecer? O que
bebês. Brinque junto com eles na exploração das caixas. Incen- será, o que será que (diga o nome do
tive-os a brincar com os objetos retirados. Valide as iniciativas bebê) vai tirar?
de todos. A B C
B
Após o livre deslocamento, possivelmente os bebês estarão Possíveis falas do professor
2
organizados em pequenos grupos em volta das caixas dispo- — Ih! O que será que você descobriu
nibilizadas. Se isso não ocorrer, mostre a eles que há outras aí, hein?
caixas no espaço e que podem dividir-se entre elas para des- — Veja, esta outra caixa também tem um
buraco. Vou colocar minha mão aqui.
cobri-las também. Aproxime-se de cada pequeno grupo por — O que será que vai sair? Quer colocar
vez para potencializar e acompanhar as descobertas e inte- sua mão também?
ragir com os bebês. Garanta a participação de todos. Nesse
momento, você pode iniciar a documentação pedagógica com C
fotos e vídeos. Proporcione a exploração dos objetos retira- Possíveis ações dos bebês
dos das caixas por cada bebê. Por exemplo: caso um bebê
retire uma bola da caixa, sugira que ele a arremesse para um bebês poderão se apoiar nas caixas
•Os
para se levantar, sentar-se nelas, tirá-
amigo; caso retire uma peça dos brinquedos de empilhar, pro- las do chão, sacudi-las para ouvir o
voque-o colocando outra peça em cima da dele; caso retire barulho que fazem etc.
um bicho de brinquedo, pergunte que bicho é aquele e cante
•Outros poderão olhar através do
uma música referente ao bicho. Incentive-os a explorar todas buraco, levantar a cabeça, olhar para
as caixas, fazendo um rodízio, mas garanta que brinquem li- um amigo e sorrir.
vremente com os objetos descobertos, possibilitando variadas
experimentações, como passar os objetos de uma caixa para D
outra, trocar as caixas de lugar etc. D E Possíveis falas do professor
— Esta caixa faz um barulhão!
Para finalizar — Será que há mais alguma coisa
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Confor- dentro dela ou esse barulho todo era só
me for percebendo menos envolvimento, avise que, em alguns da bola que caiu?
minutos, a atividade se encerrará. Convide-os a organizar o
espaço, guardando os objetos dentro das caixas. Incentive a E
participação de todos e auxilie-os no que for necessário. Tenha Possível ação dos bebês
disponível um cesto com livros infantis, para que, conforme fo- bebê poderá levantar a caixa e
•Um
rem terminando as brincadeiras, as explorações e a organiza- balançá-la, perceber que faz barulho e
ção, os bebês tenham algo com que se ocupar. virá-la de cabeça pra baixo, fazendo cair
algum objeto que estava em seu interior.

191
Unidade: Brincadeiras e interações

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para repetir a atividade, diversifique o conteúdo das caixas, colocando, por exemplo, tecidos de diversas
texturas, tamanhos e cores dentro delas. A partir da repetição, os bebês passam a concretizar movimentos e a
se sentir seguros para ampliar e realizar mais descobertas e interações.

 Engajando as famílias
Confeccione e apresente aos responsáveis um mural com os registros fotográficos feitos por você durante a
atividade. Organize um cronograma para que os bebês levem as caixas para casa para brincar com os respon-
sáveis. Solicite aos adultos que relatem como foi vivenciar a brincadeira com os bebês. Eles poderão fazer isso
pelo meio usual de comunicação utilizado pela escola (como a agenda).

192
11
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

PERCURSO SIMPLES
Nos primeiros meses de vida, o movimento tem grande relevância para o desenvol-
vimento: a psicogênese da motricidade se entrelaça com a psicogênese da pessoa. O
bebê se comunica por meio de gestos e olhares, expressa emoções mexendo os braços
ou balançando o tronco, por exemplo, e explora os objetos segurando-os e, por vezes,
colocando-os na boca. Nos percursos simples, eles podem explorar e experimentar
corporalmente os desafios. Tais vivências possibilitam aprender sobre limites e pos-
sibilidades do corpo.

193
Sequência: Percurso simples

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Espaços, tempos,


movimentos quantidades, relações
e transformações

194
Atividade: Percurso com tiras de papel

 EI01EO02  EI01CG01  EI01CG02


PERCURSO COM
TIRAS DE PAPEL
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Combine com o professor de uma turma de faixa etária diferente para que possam realizar a proposta de forma
integrada. Essa socialização é de suma importância, pois os bebês espelham-se nas crianças maiores, o que
favorece a imitação. É importante que já tenha sido possibilitado aos bebês uma exploração prévia com tiras
de papel: rasgando folhas de revista em um momento de exploração sensorial ou explorando tiras de diversos
tamanhos e larguras as experiências. Pense também em como propor uma exploração prévia em relação à tenda.
Solicite aos responsáveis fotos significativas ou use imagens de revistas com temas de interesse dos bebês (por
exemplo, de animais) para colar por todo o percurso. Conte com a ajuda dos adultos responsáveis ou de outro
professor ou auxiliar para desenvolver a proposta.

 Materiais
•  Papel resistente em tiras e fita adesiva para fixá-las no chão;
•  Fotos dos bebês e seus responsáveis e/ou outras imagens (de revista, por exemplo);
•  Plástico autoadesivo e papel cartão ou papelão, para que as fotos fiquem mais resistentes;
•  Tecidos;
•  Uma ou mais mesas;
•  Caixa de brinquedos;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta pode ser realizada na sala ou no corredor da escola. Organize o espaço previamente, para que,
em pequenos grupos, os bebês possam explorá-lo. Se possível, utilize um tecido (dividido ao meio, como uma
cortina) na entrada do local, para que os bebês passem por dentro. Ao preparar a tenda com os tecidos, monte
de forma que eles tenham a possibilidade de alcançar o teto dela.

195
Sequência: Percurso simples

 Perguntas para guiar suas observações

1. Que tipo de exploração os bebês fazem? Como utilizam seus corpos nessas explorações?
2. Eles se comunicam de formas diferentes por meio de expressões faciais, olhares, gestos, movimentos,
balbucios e palavras. Quais são os elementos que mais provocam interações?
3. De que forma o percurso os desafia em sua autonomia e quanto à descoberta de novas formas de
explorar, envolvendo movimentos e gestos?

 Para incluir todos


Garanta a participação de todos os bebês, principalmente os que necessitam de apoio para se locomover.
Ofereça apoio quando necessário, colocando as fotos penduradas em tiras presas em bambolês ou dispostas
ao redor deles, para que possam explorar.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo, informando que estão indo para


o local organizado previamente para a atividade. Explore com A
os bebês todo o caminho, conduzindo pequenos grupos de Possível ação dos bebês
cada vez, com auxílio de outros adultos responsáveis. Quando

•Durante o percurso, os bebês poderão
chegar, convide-os a passar pelo acesso onde estará o tecido. manifestar interesses diversos. Por
Possibilite que os bebês explorem a entrada, cada um à sua exemplo: explorar os tecidos da tenda
maneira (auxilie, se necessário, garantindo que todos partici- ou permanecer no percurso por mais
pem) e observe atentamente até que um deles avance para o tempo e explorar as imagens.
percurso em si. A

2 Esteja atento aos interesses e especificidades dos bebês. Des- B


taque suas curiosidades. Aproveite os momentos de explora- Possíveis falas do professor
ção deles para fazer boas intervenções, chamando a atenção
— Olhem! Vamos ver as fotografias
dos demais, pontuando o que encontraram no percurso e fa- no percurso?
zendo essa mediação entre as diferentes idades que ali intera- — Quem será que é essa criança? O que
gem. Registre os momentos por meio de fotos ou vídeos, para será que ela está fazendo?
documentação pedagógica. Procure estar disponível caso al- — Quem encontraremos logo à frente?
gum bebê queira dividir observações feitas ao apreciar as fo- Venham, vamos ver!
tos no decorrer do percurso. B

3 Possibilite a livre exploração dos bebês pelos tecidos da tenda.


Observe o encantamento em seus olhos ao longo das tentativas
de sentir a textura no tecido. Favoreça o envolvimento deles,
garantindo acesso às fotos dispostas pelo percurso e fazendo
com que seu corpo sirva de suporte para suas explorações.
Durante a observação da proposta, coloque em destaque as C
ações dos bebês, para que o grupo avance em suas pesquisas Possíveis falas do professor
exploratórias. Para aqueles que estão finalizando a participa- — O que será que há dentro da tenda?
ção, disponibilize uma caixa de brinquedos sobre colchonetes — O bebê está lá dentro, vamos ver juntos!
para explorarem. C

196
Atividade: Percurso com tiras de papel

Para finalizar
Próximo ao término da proposta, avise os bebês qual será o próximo acontecimento do dia. Convide-os
a participar da organização do espaço, antes de seguirem para a próxima vivência. Organize os materiais
com eles.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A vivência pode ser apresentada com outros materiais. Sugestões: colchonetes (espaçados ou unidos), caixas
de papelão (viradas para cima ou para baixo), bambolês (pendurados na altura dos bebês ou dispostos no chão)
etc. Utilize também objetos presentes no mobiliário da escola, como mesas e cadeiras, propondo outros desafios
motores que ampliam cada vez mais o repertório dos bebês.

 Engajando as famílias
Como as fotos que foram enviadas pelos responsáveis são muito significativas, convide-os para montar, com
os bebês, um grande mural ou um tapete, para ser fixado na sala ou levado para os ambientes escolares que
sejam acessíveis a todos. Posteriormente, mostre aos responsáveis qual foi a reação dos bebês ao terem contato
com o material, com a proposta e quais foram as observações feitas.

197
Sequência: Percurso simples

 EI01EO03  EI01CG05  EI01ET04


PERCURSO COM TÚNEL
E BOLINHAS COLORIDAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
É desejável que os bebês tenham tido momentos de exploração prévia com as bolinhas e com as caixas de
papelão. São exemplos de atividades dessa natureza: proposta de exploração livre para brincar com as boli-
nhas, entrar e sair das caixas, colocar e tirar brinquedos delas. Solicite a participação dos responsáveis e peça
que doem caixas de papelão já recortadas, com os buracos necessários para a proposta. Garanta buracos de
tamanhos e formas diferentes, pois neles passarão tanto as bolas quanto os bebês. Combine a parceria de outro
professor ou auxiliar, para que você possa contar com ele no momento da atividade.

 Materiais
•  Bolinhas coloridas (de piscina ou feitas com meias);
•  Caixas de papelão de vários tamanhos, por dentro das quais os bebês consigam passar;
•  Tesoura para cortar os espaços nas caixas;
•  Tubos de papelão, que podem ser de papel higiênico ou de papel cartão enrolado;
•  TNT, tecido ou barbante para unir as caixas, através de pequenos furos. Outra opção é utilizar fita
de velcro grosso nelas, para que não soltem com o movimento dos bebês;
•  Materiais de largo alcance (potes, caixas, carretéis, pedaços de cano etc.);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta pode ser realizada no corredor da escola ou em outro espaço externo compatível. Organize o local
com as caixas doadas pela comunidade escolar, formando um túnel para o percurso exploratório com a ajuda
dos colaboradores da escola. Elas devem ser exploradas pelos bebês.

198
Atividade: Percurso com túnel e bolinhas coloridas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês movimentam o corpo para viver variadas experiências, ampliando as possibilidades de


exploração de diversos objetos. Como ocorre essa exploração?
2. Eles aprendem de muitas formas; uma delas é pela exploração do espaço em que estão inseridos.
De que maneira as habilidades motoras dos bebês são potencializadas, uma vez que observamos
seus deslocamentos pelo ambiente?
3. Os bebês se relacionam conosco e com seus pares de muitas formas. Observe como esse diálogo
acontece. Como é a interação deles com os adultos que estão no ambiente? Ela acontece da mesma
forma entre os bebês?

 Para incluir todos


Encoraje todos os bebês a participar da vivência. Deixe acessível uma caixa de papelão com bolinhas coloridas
dentro. Possibilite que os bebês explorem os materiais de acordo com suas preferências, habilidades motoras e
em seu próprio tempo. Auxilie, por exemplo, o deslocamento dos bebês menores que ainda não se locomovem
com autonomia e ajude-os a explorar as bolinhas no interior das caixas.

O QUE FAZER DURANTE

1 Compartilhe com todo o grupoa proposta que será realizada no corredor ou


na área externa: brincar com as caixas que os responsáveis enviaram para a
escola e que agora estão dispostas em forma de túnel. Conte que eles pode-
rão entrar, movimentar-se e brincar com as bolinhas. Leve-os em pequenos
grupos até o espaço.

2 Enquanto o pequeno grupo explora o túnel, os outros bebês podem explorar


materiais de largo alcance com outro professor ou auxiliar. Encoraje a partici-
pação de todos, observando e atendendo individualmente cada um em suas
necessidades.
A
3 Possibilite que explorem livremente e observe como acontece essa interação
Possíveis falas
inicial, se há uma afinidade entre os bebês e de que forma acontece a inte- do professor
ração entre eles e os adultos. Incentive diversos movimentos corporais e ob-
serve como eles passam pelo percurso. Se possível, fotografe, faça pequenos — Quem está brincando
no percurso? Vamos lá
vídeos ou breves anotações durante a atividade e termine o registro escrito brincar também!
após o fim da atividade. — Como você está
brincando?
4 Continue observando atentamente os bebês em seus gestos, expressões e ini- — O que será que
ciativas de interação. Esteja disponível caso alguém queira dividir suas desco- encontraremos lá no final
do percurso?
bertas ou conquistas. Apoie as ações deles e brinque, à medida que for sendo
— Que amigo você
convidado. Nesse momento, os bebês podem explorar o percurso sozinhos, encontrou no caminho?
em duplas ou em pequenos grupos. A

199
Sequência: Percurso simples

5 No decorrer do trajeto, encoraje os bebês a percorrer toda a extensão do labi- B


rinto e a entrar e sair por todo o túnel. Convide para entrar aqueles que estive- Possíveis ações
rem olhando e sorrindo, mas que ainda permanecem do lado de fora. Descreva dos bebês
o que está acontecendo, envolva os bebês na atividade transmitindo seguran-
bebês poderão se
•Os
ça e oferecendo sua presença, caso queiram participar. Na atividade Percur- interessar por jogar
so com colchões, deste conjunto, os bebês terão novas oportunidades para as bolinhas, repetindo
explorar seus movimentos. Observe os interesses e as necessidades deles. essa ação várias vezes.

•Poderão ficar
Até esse momento da proposta, os bebês devem estar envolvidos no percurso segurando-as nas
6 mãos e observando
explorando-o de diferentes formas. Ofereça bolinhas e peça que eles as colo- suas cores.
quem nos tubos, para que outros bebês possam encontrá-las. B bebê poderá
•Um
colocar a mão
Para finalizar no tubo e olhar
Próximo ao momento de finalizar, avise aos bebês qual será a próxima ativi- pelo buraco; outro
poderá se aproximar,
dade do dia. Convide-os a organizar o espaço antes de seguirem para a nova
observando a cena com
vivência. Inicie a organização e observe quais bebês têm iniciativa. Use uma curiosidade.
música que marque o momento de arrumação com o grupo.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de repetir a atividade com os bebês, fazendo algumas alterações.
Como parte da proposta inclui conceitos como entrar e sair, dentro e fora, apresente aos bebês cestos ou novas
caixas de papelão. Dessa forma, eles podem permanecer na proposta, ampliando o repertório de brincadei-
ras. O percurso pode ser montado na sala ou na área externa da escola, próximo à natureza e às árvores, por
exemplo. Você também pode utilizar brinquedos que já existem na sala ou bolinhas feitas de jornais ou revistas.
Ao convidar os responsáveis dos bebês para montar o percurso com as caixas, sugira a confecção das bolinhas
com esses papéis.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para participar da exploração com os bebês em casa. Relembre que as caixas de
papelão, bem como os tubos, foram disponibilizados por eles. Incentive os adultos a cuidar das caixas de papelão
em casa. Peça que façam registros sobre como foi a experiência com a proposta. Os materiais enviados farão
parte de um mural no corredor da escola, onde constarão tanto o relato de observação dos professores quanto
aqueles enviados pelos responsáveis, compondo um registro com as vozes destes e da comunidade escolar.

200
Atividade: Percurso com colchões

 EI01EO03  EI01CG05  EI01ET04


PERCURSO COM COLCHÕES
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Crie situações de explorações prévias dos materiais sugeridos na proposta, bem como do local onde será
realizada a vivência (que pode ser dentro ou fora da sala). Tenha o cuidado de escolher um espaço significativo
para os bebês e combine a parceria com outro professor ou auxiliar para participar da atividade junto a você.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Materiais de largo alcance (tecidos coloridos, caixas de tamanhos diversos, rolos de papelão,
tampas, potes etc.);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Disponha os colchonetes pelo ambiente de forma a favorecer a pesquisa exploratória motora por parte dos
bebês: engatinhar, andar, escalar, descer, escorregar, passar para o outro lado, ir e vir (ações que poderão ser
aprofundadas depois da realização da atividade Percurso com túnel e bolinhas coloridas, deste conjunto).
Faça uma fileira de colchonetes com pilhas: na primeira pilha, coloque um colchonete; na segunda, dois; e na
terceira, três. Assim, você proporciona desafios que visam ampliar as habilidades motoras dos pequenos. Orga-
nize o espaço potencializando o que eles já sabem e proponha movimentos corporais que ampliem o repertório
motor deles de forma segura.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês utilizam seus próprios corpos na proposta?


2. Quais materiais despertaram mais os interesses deles, ampliando suas possibilidades motoras?
3. De que maneira ocorrem as interações durante a proposta?

201
Sequência: Percurso simples

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço com segurança aos que ainda não
se locomovem com autonomia. Esteja disponível e perto deles para que possam avançar quando bem desejarem.
Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e, também,
para acolhê-los quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo sobre a proposta. É muito importante que todas as A
ações e situações sejam explicadas a eles previamente. Comece oferecendo Possíveis ações
os materiais de largo alcance, tirando e colocando os tecidos coloridos nos dos bebês
potes, por exemplo. Possibilite que explorem livremente e que tenham inicia-
observar o colchão,
•Ao
tiva própria. Depois, retome as orientações nos pequenos grupos, conforme o bebê poderá
forem participando do percurso. expressar-se oralmente
e tentar subir e pular.
Convide um pequeno grupo para iniciar a exploração do percurso. Oportunize bebê que está
•Um
2 próximo poderá tentar
para que os bebês fiquem descalços para uma efetiva estabilidade e para uma
falar, sorrir e estender a
maior relação corpo, espaço e objeto. Esteja atento e disponível a eles. Incentive mão em uma tentativa
a participação de todos, oferecendo apoio quando necessário e conversando de ajudar o primeiro
com eles, para que sintam segurança e iniciem o percurso. Faça o percurso com bebê a passar para o
eles, observando os momentos de maior interesse. A B outro lado.

3 Reserve esse tempo para que explorem o percurso. Observe atentamente o


B
que fazem, apoie a iniciativa deles, evitando ao máximo dirigir suas ações.
Impulsione-os tomando por base as habilidades motoras já adquiridas e iden- Possíveis falas
do professor
tifique quais novas foram conquistadas. Potencialize as conquistas, incentivan-
do-os a superar os obstáculos propostos e a descobrir seus limites corporais. — Você está ajudando o
seu amigo, isso é ótimo!
Proponha uma exploração individual ou em dupla. Fotografe, faça pequenos
— Vamos! Nos
vídeos ou breves anotações durante a atividade e termine o registro escrito encontramos logo
após a finalização da proposta. Atente-se, em seguida, ao grupo de bebês que à frente!
está chegando ao final do trajeto, observando suas reações, como, por exem-
plo: o bebê que bate palma, balbucia e sorri ao passar pelo último obstáculo.

Para finalizar
Com a aproximação do fim da proposta, fale para os bebês que vão começar a organizar o espaço. Para
ajudar na localização temporal, avise-os sobre qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo uma
predição do que irá acontecer. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de seguir para a
próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas deles neste momento.

202
Atividade: Percurso com colchões

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Parte da proposta inclui engatinhar, subir, passar para o outro lado etc. Reapresente a vivência aos bebês,
fazendo algumas alterações, utilizando materiais disponíveis na sua escola como pneus, rampas, mesas, cadeiras
etc. Proponha outros desafios motores que possam ampliar cada vez mais o repertório deles. O percurso pode ser
montado na sala ou na área externa, próximo à natureza (considere sempre um local significativo para os bebês).

 Engajando as famílias
Proponha aos responsáveis uma continuação da proposta em casa, utilizando os mobiliários existentes, cada
qual em sua residência. Podem ser utilizadas mesas, cadeiras, almofadas etc. Convide os adultos para uma
exposição e mostre o mural que foi confeccionado, onde serão anexados os registros de observação que com-
põem a documentação pedagógica, como fotos, relatos e vídeos (se possível, exiba o vídeo em um computador
ou monitor ao lado do mural). Esse material pode ser compartilhado em reunião com os adultos. Assim, eles
poderão ler o que foi observado e assistir a como foi o desenvolvimento da vivência, inspirando-se para fazer
atividades como essa em casa também. Solicite que registrem esses momentos para que você possa ampliar
as formas de brincar com os pequenos.

203
Sequência: Percurso simples

 EI01EO02  EI01CG01  EI01ET03


PERCURSO INCLINADO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Em um momento anterior à proposta, peça aos responsáveis dos bebês materiais de largo alcance, tais como caixas
de diversos tamanhos, tampinhas de produtos, potes, rolos de papelão etc. Faça isso por meio de bilhete no mural de
avisos da sala (na entrada ou saída) ou utilize outros meios de comunicação comuns na sua escola. Informe que serão
utilizados na escola para a montagem de uma rampa com inclinação pequena, onde os bebês possam subir e descer,
que será o percurso inclinado para exploração. Providencie a montagem do percurso com auxílio dos adultos do berçário.
Utilize o material que escolher como base (papelão bem grosso, MDF ou similar) e forre de maneira a dar aderência aos
bebês que vão subir e descer. Conte com a parceria de outro professor ou auxiliar para realizar a atividade com você.

 Materiais
•  Materiais de largo alcance (caixas de diversos tamanhos, tampinhas de produtos de consumo, por
exemplo), que serão utilizados na montagem e exploração da rampa;
•  Cones de papelão (bobina de linha) e rolos de papelão (de fita adesiva larga, papel higiênico ou de
lençol hospitalar), que serão utilizados nos cantos;
•  Cola universal que adere a diversos materiais;
•  Madeira, MDF ou papelão bem resistente para fazer a rampa;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize o local onde acontecerá a proposta, garantindo um ambiente significativo para os bebês, com o
qual eles já tenham familiaridade. Pode ser a sala ou a área externa. Disponha nos cantos os materiais de largo
alcance, de modo que fiquem acessíveis a todo o grupo durante a vivência do percurso, para que os bebês
possam investigá-los. Em um canto, organize os cones de papelão (bobina de linha); em outro, os rolos de pa-
pelão (de fita adesiva larga ou papel higiênico ou de lençol hospitalar). Atente-se para que a organização dos
objetos oportunize locais de pesquisa, mas que não chame mais a atenção do que a proposta em si. Por isso,
a familiarização prévia é importante.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a proposta instiga os bebês a ampliarem seu repertório de movimentos corporais?


2. Que tipo de explorações eles fazem ao longo do percurso?
3. Como a movimentação corporal deles comunica suas emoções, necessidades e desejos?

204
Atividade: Percurso inclinado

 Para incluir todos


Encoraje todos os bebês a participar da vivência, assim como foi sugerido nas atividades Percurso com tiras de
papel, Percurso com túnel e bolinhas coloridas e Percurso com colchões, deste conjunto. Propicie um espaço
seguro para os bebês que ainda não se locomovem com autonomia. Esteja disponível para que possam avançar no
percurso quando desejarem. Convide individualmente cada um e narre o que está acontecendo, fazendo com que
seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e, também, para acolhê-los quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo sobre a experiência. É muito im- A


portante que todas as ações e situações sejam explicadas aos Possíveis falas do professor
bebês previamente. Comece oferecendo os materiais de largo
alcance, empilhando os cones de papelão (bobina de linha) e — Olha o que eu trouxe para vocês
brincarem! Um percurso inclinado!
os rolos de papelão (de fita adesiva larga ou papel higiênico — Vamos ver como podemos
ou de lençol hospitalar). brincar nele?

2 Após a conversa e a exploração inicial com os materiais de


largo alcance, convide os bebês, em pequenos grupos, para B
participarem do percurso inclinado. Possibilite que explorem Possíveis ações dos bebês
livremente. Atente-se à forma de exploração dos bebês no tra- bebê poderá acompanhar com o
•O
jeto. Registre as interações que aparecem e como isso se dá. olhar o adulto próximo à rampa.
Veja se algum bebê já inicia a atividade escalando a rampa ou bebê sorri, observa ao redor os
•O
se engatinha inicialmente, para depois escalar. Encoraje a par- demais bebês e se dirige ao percurso.
ticipação de todos, observando e atendendo individualmente
cada um. A B
C
3 Posteriormente à exploração livre, reorganize os bebês para ex- Possíveis ações dos bebês
plorarem toda a extensão do percurso em duplas ou individual-
mente. Apoie suas ações e esteja próximo a eles, participando bebês poderão explorar os
•Os
materiais na rampa e quando chegar
quando necessário. Registre a atividade com fotos, vídeos e no meio do trajeto poderão se engajar
pequenas anotações para reflexão posterior. C por um tempo, tentando abrir a tampa
da caixa com os dedos.
Em seguida, atente-se ao grupo de bebês que está chegando bebê poderá segurar a caixa e
•Um
4 começar a balançar. Ao perceber que
ao final do trajeto e como eles estão engajados na proposta.
uma pontinha da tampa da caixa se
Veja quais foram os pontos de maior interesse, por quais obje- levanta, retoma a exploração com os
tos eles já passaram e quais importantes incentivos você pode dedos e consegue abri-la.
proporcionar. Até esse momento, os bebês devem estar envol-
vidos no percurso de diferentes formas.

Para finalizar
Fale para os bebês que vão começar a organizar o espaço. Convide-os para participar de forma conjunta.
Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo uma
predição do que vai acontecer. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de seguirem para
a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês neste momento.

205
Sequência: Percurso simples

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Parte da proposta inclui subir, descer, engatinhar, escalar etc. Outras propostas podem ser reapresentadas
aos bebês no próprio percurso inclinado, para ampliar as experiências: fechos de lencinho com imagens ou fotos
deles, texturas diversas (saco com gel, bolinhas, aquecido, gelado etc.), trechos com tecido de textura áspera,
entre outras ideias. O percurso pode ser montado na sala, no corredor ou na área externa da escola, sempre
em um local que seja significativo para os bebês.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para participar da vivência trabalhando as habilidades motoras com os bebês no
quintal de casa, no parque da cidade, na pracinha do bairro, ou até mesmo entrando na escola, utilizando o
parque com eles. Peça aos adultos um relato contando como foram essas experiências para compor um mural
coletivo na escola, onde possam ser colocados os depoimentos enviados, os registros feitos e a reflexão reali-
zada por parte dos professores.

206
Atividade: Percurso e muitos desafios motores

 EI01EO02  EI01CG01  EI01CG03  EI01ET06


PERCURSO E MUITOS
DESAFIOS MOTORES
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Possibilite situações de pesquisa prévia dos materiais, propondo um novo a cada exploração. Instigue os limites
e possibilidades corporais dos pequenos. Garanta a exploração do local onde acontecerá a proposta. Tenha o
cuidado de escolher um espaço significativo para os bebês. Providencie a montagem do ambiente com o auxílio
dos adultos do berçário. Conte com a parceria de outro professor ou auxiliar para desenvolvimento da atividade.

 Materiais
•  Materiais que estiverem disponíveis na escola, como pneus, rampas, colchonetes, túnel, mesas,
cadeiras, caixas de papelão, bambolês, cordões ou barbantes para amarrar o que for necessário;
•  Brinquedos preferidos dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Disponha os materiais pelo ambiente escolhido propondo um percurso com vários desafios motores. Organize
os materiais de forma que os bebês possam explorar e experimentar corporalmente os desafios e assim terem
vivências significativas em relação aos limites e possibilidades do seu corpo. Forme uma fileira com três pilhas
de colchões: uma pilha com um colchão, outra com dois e outra com três (os bebês poderão subir neles). Co-
loque caixas de papelão viradas de cabeça para baixo (por cima dos quais os bebês poderão passar). Pendure
bambolês na altura dos bebês (por dentro dos quais eles poderão passar), coloque os pneus agrupados, um
atrás do outro (os bebês poderão passar por cima deles, pisar dentro deles). Mais à frente, coloque as mesas
(por baixo das quais os bebês poderão passar) e as cadeiras (por baixo ou por cima das quais os bebês poderão
passar). Perto desses objetos, coloque colchões, de modo a garantir uma segurança maior para a escalada.
Logo adiante, coloque a rampa (em que os bebês poderão escalar e escorregar), diferenciando os desafios.
Paralelo à proposta, deixe organizado um canto com bambolês dispostos no chão e, dentro de cada um deles,
coloque os brinquedos preferidos dos bebês.

207
Sequência: Percurso simples

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira acontecem as experimentações do percurso? A partir dessa percepção, existe


mais algum elemento que possa incluir, ampliando as descobertas dos bebês?
2. Como acontece a vivência dos diferentes movimentos, velocidades e deslocamentos nas interações
e brincadeiras?
3. Como os bebês expressam suas emoções, necessidades e desejos tomando por observação a movi-
mentação corporal dos outros bebês?

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Convide individualmente cada um e narre o que está
acontecendo, fazendo com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e, também, para acolhê-los
quando se fizer necessário. Auxilie os bebês menores que não se locomovem com autonomia a explorarem os
diferentes desafios.

O QUE FAZER DURANTE

1 Compartilhe com todo o grupo a proposta que será realizada: percurso e A


muitos desafios motores, relembrando os outros percursos realizados nas Possíveis ações
atividades anteriores deste conjunto. Inicie a exploração com os cantos pre- dos bebês
viamente organizados e possibilite a livre exploração nesse momento inicial. bebê poderá chegar
•Um
É muito importante que todas as ações e situações sejam conversadas com na ponta do colchão,
os bebês previamente. Registre as ações deles com fotos, vídeos e pequenas olhar ao redor e ver,
anotações para reflexão posterior. mais à frente, outro
bebê tentando subir
Convide os bebês, em pequenos grupos, para iniciar a exploração livre do no colchão.
2 primeiro bebê
•O
percurso. Oportunize que fiquem descalços para uma efetiva estabilidade e poderá sorrir e
uma maior relação entre corpo, espaço e objeto. Esteja disponível caso algum avançar engatinhando,
bebê queira dividir suas descobertas e conquistas. Registre as interações que aproximando-se do
aparecem e como isso acontece. Incentive a participação de todos, oferecendo outro que conseguiu
apoio quando necessário, conversando com eles e transmitindo segurança e subir. Ambos poderão
se olhar e gargalhar
confiança para iniciarem o percurso. Faça o percurso com eles, observando demonstrando
os momentos de maior encanto por parte dos bebês. A satisfação.

3 Garanta um momento de exploração livre de todo o percurso. Esteja atento


e disponível aos bebês. Observe aquele bebê que se aproxima das caixas de
papelão, demonstra interesse em virá-la para cima e, após alguns instantes,
faz tentativas de subir na caixa, passando para o outro lado. Veja o brilho no
seu olhar e a satisfação em conseguir essa conquista. No decorrer da explora-
ção, atente-se para os pontos de maior curiosidade dos bebês. Impulsione-os
tomando por base as habilidades motoras já adquiridas e identifique quais
novas conquistaram. Potencialize as conquistas, incentivando-os a superar os
obstáculos propostos e a descobrir seus limites corporais.

208
Atividade: Percurso e muitos desafios motores

Atente-se aos bebês engajados na proposta. Veja por quais objetos eles já B
4
passaram e quais importantes incentivos você pode proporcionar. Até esse Possíveis ações
momento, os bebês devem estar envolvidos no percurso de diferentes formas dos bebês
em suas explorações. Reorganize-os para explorarem toda a extensão do per- bebê poderá
•Um
curso em duplas ou individualmente. Observe os bebês que estão passando explorar com suas
por cima dos pneus ou pisando neles. Observe seu encantamento, os sorrisos mãos as ranhuras que o
pneu tem.
e expressões ao explorarem mais esse desafio. B C
•Outro poderá olhar
mais à frente e
5 Destaque as curiosidades dos bebês. Aproveite os momentos de exploração observar um bebê
para fazer boas intervenções, chamando a atenção dos demais para isso, engatinhando por baixo
pontuando o que encontraram no percurso e fazendo a mediação entre os da mesa.
bebês que ali interagem. Nos momentos de escalada esteja sempre ao lado, bebê poderá pisar
•Um
dentro do pneu e sair
dando a mão quando necessário, para apoiar o bebê. em direção ao próximo
obstáculo.
6 Observe os bebês chegando à rampa e como exploram o último ponto do per-
curso. Observe se eles imitam uns aos outros no escalar e escorregar. Observe C
se eles procuram algum objeto para deixar deslizar por toda a extensão da
Possíveis falas
rampa. Tome nota de todos os detalhes possíveis no momento e complemente do professor
as anotações para a documentação pedagógica ao final da vivência.
— Essa textura é
diferente, não é?
Para finalizar — Veja, há umas
Fale para os bebês que vão começar a organizar o espaço. Para ajudar na ranhuras. Conseguimos
localização temporal, conte sobre qual será o próximo acontecimento do dia, acompanhar com nossos
garantindo uma predição do que vai acontecer. Informe o quanto é importante dedos seguindo o
organizar o espaço antes de seguirem para a próxima experiência. Valorize e desenho do pneu.
encoraje as iniciativas dos bebês.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês fazendo algumas alterações.
Como parte da proposta inclui entrar/sair, explorar objetos dentro/fora, engatinhar, escalar e passar para o
outro lado, proponha outros desafios motores e apresente um material novo por vez, para que possam ampliar
o repertório. O percurso pode ser montado na área externa da escola, próximo à natureza (considere sempre
um local significativo para os bebês).

 Engajando as famílias
Deixe disponível os objetos utilizados na exploração para que os responsáveis possam explorar com os
bebês esse percurso motor. Dessa forma, é possível inspirar uma continuidade em casa. Convide os adultos
a fazerem esse percurso no quintal de suas casas, no parque da cidade, na pracinha do bairro, ou mesmo
entrando na escola ao usar a área externa com os bebês. Peça um relato dessas experiências aos adultos
para compor um mural na entrada da escola, onde também estarão as reflexões feitas pelos professores.

209
12
AP

CONJUNTO

UNIDADE

ENCONTROS E
DESPEDIDAS
Os vínculos afetivos dos bebês, dos adultos responsáveis e do professor são construí-
dos cotidianamente, em especial nos momentos de chegada e de despedida. É interessan-
te convidar os responsáveis a entrar na escola, seja diariamente, seja de vez em quando,
pois, dessa forma, constrói-se uma relação de confiança, pertencimento e corresponsa-
bilidade com o cuidado e a educação do bebê.
Ao chegar à escola, quando o bebê é bem acolhido e despede-se tranquilamente do res-
ponsável, é provável que ele se sinta bem para explorar, investigar, interagir e aprender.
Algumas reações e sentimentos podem surgir por parte dos bebês, como o choro. Nesse
caso, acolha-os por meio do diálogo e do olhar cuidadoso.
É importante, também, pensar na melhor maneira de realizar a despedida dos colegas e
do professor, para que fique claro para os bebês quando o dia na escola terminou e para
que se sintam motivados a voltar à escola, que deve ser vista como um ambiente alegre
e acolhedor.

210
Unidade: Encontros e despedidas

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas
EI01EF06
de expressão.

EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Escuta, fala, pensamento


movimentos e imaginação

211
Unidade: Encontros e despedidas

 EI01EO03  EI01CG01  EI01CG02


CANTOS DIVERSIFICADOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de leitura
Para a atividade, organize a sala criando quatro cantos temáticos. O objetivo
das estações é que os bebês possam brincar com os responsáveis no momento da • Pote da calma para
entrada e se despedir de maneira tranquila. tranquilizar os pequenos.
Blog Leiturinha, mar.
É importante que os adultos sejam informados previamente sobre a atividade, para 2016. Disponível em:
que fiquem alguns minutos a mais na hora da entrada. Além disso, para a realização https://leiturinha.com.
da proposta, é necessária a presença de mais um professor ou auxiliar, de modo br/blog/pote-da-calma-
que todos os bebês e seus responsáveis sejam acolhidos no período da entrada. para-tranquilizar-os-
pequenos/. Acesso em:
18 maio 2021.

 Materiais • Atividade para bebês


de 6 a 12 meses:
garrafas sensoriais.
•  Potes sensoriais (garrafas PET ou tubos com água, corante, azeite e glitter); Tempo Junto, set. 2014.
•  Materiais de largo alcance (potes plásticos com e sem tampa, potes de Disponível em: https://
iogurte de tamanhos diversos e carretéis de plástico); www.tempojunto.
com/2014/09/11/
•  Peças de encaixe; atividades-para-bebes-
•  Bonecas e bonecos; de-6-12-meses-garrafas-
•  Paninhos; sensoriais/. Acesso em:
•  Quatro tapetes; 18 maio 2021.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, organize os cantos temáticos, garantindo espaço para a livre circulação dos bebês. Lembre-se de
demarcar os cantos com tapetes. Deixe os objetos acessíveis aos bebês, de preferência no chão. Sugerimos a
seguinte arrumação:
•  Um canto com potes;
•  Um canto com peças de encaixe;
•  Um canto com bonecas, bonecos e paninhos;
•  Um canto com materiais de largo alcance.

212
Atividade: Cantos diversificados

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os objetos e materiais propostos nos diferentes cantos?


2. De que forma os bebês demonstram seus gostos e preferências?
3. Como os bebês interagem na brincadeira com crianças e adultos?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham a oportunidade de explorar os espaços. Aqueles que não engatinham
devem ter apoio para brincar e observar os outros colegas.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a atividade conversando com todo o grupo, informando que os respon-


sáveis pelos bebês vão entrar na sala para brincar com eles nas estações
preparadas. Explique que os adultos participarão da atividade e, depois, vão
embora.

2 Convide os responsáveis para entrar e brincar com os bebês. Comece mos-


trando os cantos temáticos e incentive os bebês a se aproximar em pequenos
grupos para brincar e explorar os materiais junto aos seus responsáveis. Ga-
ranta que aqueles que não engatinham tenham apoio para brincar e obser-
var os outros. Observe como os bebês se comunicam e exploram os objetos
e materiais nos cantos e observe também a maneira como interagem com os
adultos e com os outros colegas.
A
3 Circule pela sala e, pouco a pouco, realize intervenções nos pequenos grupos.
Possíveis falas
Oriente o outro professor ou auxiliar a fazer o mesmo. Por exemplo: no cantinho do professor
dos potes sensoriais, inicie uma conversa com os pequenos e proponha brinca-
— Viram este pote
deiras, aguçando a sua curiosidade sobre as transformações pelas quais o líquido colorido? Vamos virá-lo
de cada pote passa. Sugira que coloquem o pote no chão para rolar e chame a para ver o que acontece?
atenção para os efeitos produzidos. Proponha que sacudam os potes para tentar — Dentro do pote há
misturar os líquidos. Explore com os bebês a condição desse material, que não se um brilho, que tal você
mistura, e promova o encantamento e a curiosidade deles. Apoie ações dos peque- empurrar para ver os
brilhos se mexerem?
nos, evitando dirigir suas iniciativas. Repita ações e interações similares nas outras
estações. Verifique se todos participaram de todos os cantos e de quais gostaram
mais. Possibilite que eles brinquem e explorem livremente. Encoraje-os a descobrir B
outras formas de brincadeiras com os materiais. Por exemplo: pegue alguns po- Possível ação
dos bebês
tes e produza algum som com eles ou cante uma música. Observe se eles imitam
seus gestos. Facilite as ações, aproximando os bebês dos materiais e dos cole- bebês podem pegar
•Os
gas. Possibilite que explorem e conheçam os materiais disponíveis. Registre esses qualquer objeto e bater
nele para ouvir o som
momentos com fotos e filmagens, para fins de documentação pedagógica. A B
que emite.

213
Unidade: Encontros e despedidas

Para finalizar
Avise os bebês que eles continuarão brincando, mas que, em alguns minutos, os responsáveis vão se
despedir e retornar mais tarde para buscá-los. Acolha, por meio do diálogo ou com um olhar mais cuida-
doso, aqueles que demonstrarem insegurança por meio do choro.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É importante que esse tipo de atividade aconteça de maneira rotineira, para que seja construído o vínculo entre
os adultos responsáveis e a escola. Para isso, realize a proposta em outros ambientes da escola, combinando
com antecedência os horários em que os responsáveis poderão vir à escola para participar da atividade.

 Engajando as famílias
A presença dos adultos responsáveis na escola permite a construção de relações de confiança, pertencimento e
corresponsabilidade com o cuidado e com a educação do bebê. Envie um bilhete aos responsáveis agradecendo
a participação deles na escola e reforçando o quão importante é tê-los por perto.

214
Atividade: Cadê? Achou!

 EI01EO03  EI01CG01  EI01CG02


CADÊ? ACHOU!
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Com antecedência, informe os adultos responsáveis pelos bebês sobre a proposta da atividade, que será
realizada no momento de despedida dos bebês. Peça aos adultos para chegar alguns minutos antes da saída
no dia combinado, para que possam brincar com os pequenos. Caso algum bebê comece a chorar ao ver que
seu responsável ainda não chegou ou se assustar com a entrada de adultos que ele não conhece, acolha-o por
meio do diálogo, convidando-o para brincar com você. É importante que haja mais de um professor ou auxiliar
em sala para desenvolver a proposta, por isso, combine essa parceria antecipadamente.

 Materiais
•  Um túnel feito de caixas de papelão grandes com buracos que representem janelas;
•  Caixas pequenas com tampa;
•  Bolas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Tecidos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize o espaço da sala de maneira atrativa ao bebê. Disponha as caixas de papelão horizontalmente, de
modo a formar um túnel no centro da sala. Coloque tecidos na entrada do túnel (representando uma porta) e nas
janelas. Em volta do túnel, disponha os colchonetes e os tecidos. Coloque as bolas dentro das caixas menores
e tampe as caixas. Posicione-as também ao redor do túnel.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem entre si e com os adultos ao explorar os objetos?


2. De quais formas eles utilizam o corpo nas brincadeiras?
3. Quais movimentos são utilizados pelos bebês para exprimir desejos e emoções?

215
Unidade: Encontros e despedidas

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de explorar o espaço. Proponha apoios e adaptações
necessárias para atender a necessidades, interesses e ritmos do grupo. Por exemplo: aqueles que estiverem
sentados e que não engatinham devem ter próximos a eles caixas e tecidos para brincar e explorar.

O QUE FAZER DURANTE

1 Durante o planejamento da rotina, converse com todo o grupo, infor- A


mando que, um pouco antes da hora de ir embora, os responsáveis vão
Possível fala do professor
entrar para brincar com os bebês. Essa informação deve ser reforçada
novamente quando a hora da despedida estiver próxima. — Olhem estas caixas! O que
será que há dentro desse túnel?
Vamos entrar?
2 Convide os bebês a se aproximar do espaço organizado na sala,
incentivando-os a brincar e explorar os materiais. Essa ação já terá
sido incentivada na atividade Cantos diversificados, deste conjunto, B
fazendo com que os bebês tenham mais autonomia na exploração de Possível ação dos bebês
materiais. Divida-os em pequenos grupos, para que todos tenham
a oportunidade de brincar no túnel e nos colchonetes. Brinque com bebês podem demonstrar
•Os
interesse pela brincadeira,
eles, demonstrando as possibilidades que o ambiente oferece e va- entrando no túnel e observando
lidando suas ações. Observe os bebês e suas interações e apoie as os colegas brincarem.
ações do grupo. A B

3 Conforme os responsáveis forem chegando, convide-os a entrar C


e brincar com os bebês. Registre, se possível, esses momentos Possíveis falas do professor
com fotos e filmagens das explorações e das interações que estão
— Vamos entrar nesse túnel e
acontecendo, para fins de documentação pedagógica. Incentive os descobrir o que há dentro dele?
pequenos, aos poucos, a entrar no túnel e peça aos responsáveis — O que será que há nessa
que esperem por eles do outro lado. Quando o bebê sair do outro caixa?
lado, oriente que digam “Cadê o bebê? Achou!”, tornando a brin- — Já que você não quer entrar
cadeira mais divertida. Para os bebês que ainda não engatinham, agora, vamos observar pela
janela o colega passando?
solicite aos responsáveis que façam a brincadeira com um tecido, — Olha! Quem é? Cadê
cobrindo e descobrindo o rosto deles. Observe suas expressões e seu amigo?
como se comunicam durante a brincadeira com os adultos. Encora-
je-os a descobrir outras formas de brincadeiras com os materiais.
Por exemplo: proponha que os bebês arremessem as bolas nas D
caixas, como em uma partida de basquete, ou que escondam os Possíveis ações dos bebês
objetos para que outros bebês possam encontrá-los. Facilite suas
ações, aproximando-os dos materiais e dos outros colegas. Todos bebê pode pegar um colega
•Um
pela mão, convidando-o a
devem estar brincando ao mesmo tempo; porém, as explorações e entrar no túnel com ele.
as brincadeiras podem ser individuais. C D
•Outro bebê pode ficar parado
na frente do túnel, com receio
de entrar.

•Outro bebê pode inclinar o
corpo para frente para pegar o
tecido que caiu do seu rosto.

216
Atividade: Cadê? Achou!

Para finalizar
Informe os bebês e os responsáveis que, em alguns minutos, a atividade terminará. So-
licite a ajuda dos adultos para guardar as caixas e informe que na atividade Apresentan-
do a rotina, deste conjunto, eles conhecerão mais das atividades dos bebês na escola.
Convide todo o grupo a cantar uma música que marque a saída dos pequenos e agradeça a participação
de todos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É importante que a atividade aconteça de maneira rotineira, para que seja construído o vínculo entre os adultos
responsáveis e a escola. Realize a proposta em outros ambientes da instituição e combine, antecipadamente,
horários em que os responsáveis poderão vir à escola para participar da atividade.

 Engajando as famílias
Ao convidar os adultos responsáveis para entrar na escola, diariamente ou de vez em quando, constrói-se
uma relação de confiança e corresponsabilidade pelo cuidado e pela educação do bebê.
Envie um bilhete aos responsáveis agradecendo a participação deles na escola e reforçando o quão importante
é ter a presença deles em momentos como esse.
Organize um cartaz com as fotos tiradas durante a brincadeira e deixe um espaço para que os adultos regis-
trem suas impressões sobre a proposta.

217
Unidade: Encontros e despedidas

 EI01EO06  EI01CG02  EI01EF01  EI01EF06


APRESENTANDO A ROTINA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da proposta, prepare a sala para receber os adultos responsáveis. Fotografe previamente
os ambientes da escola frequentados pelos bebês com frequência, como o parque, o refeitório, o banheiro e a
brinquedoteca, e os objetos usados nas principais atividades desenvolvidas em sala: a parede de pintura, os
brinquedos e as peças de montar.
Imprima as fotos em tamanho grande o suficiente para que todos os bebês possam identificar o que repre-
sentam. Plastifique-as ou coloque-as em embalagens plásticas fechadas com fita adesiva, para aumentar a
durabilidade do material.
No final da atividade Cadê? Achou!, deste conjunto, você já deverá ter informado, mesmo que brevemente, os
responsáveis sobre a proposta. Com antecedência, entre em contato com eles para explicar melhor a atividade
e solicite que, no dia combinado, permaneçam por mais alguns minutos na escola após o momento de entrada.
Caso algum bebê demonstre desconforto com a entrada de um adulto que não conhece, acolha-o por meio
do diálogo, colocando-o próximo a você. É importante que haja mais de um professor ou auxiliar em sala
para a proposta.

 Materiais
•  Varal feito de barbante para pendurar as fotos da rotina;
•  Fotos impressas dos diferentes ambientes da escola;
•  Placas sinalizadoras dos objetos de sala;
•  Papel autoadesivo ou embalagens plásticas e fitas adesivas transparentes;
•  Brinquedos diversos (bolas, bambolês, bonecos e peças de encaixe);
•  Panos;
•  Almofadas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, organize um espaço amplo e aconchegante para a roda de apresentação da rotina. O local pode ser
delimitado por almofadas e colchonetes. Posicione os bebês de frente para o varal, para que possam observar
enquanto você pendura as fotos para a construção da rotina. Use placas de sinalização para identificar os am-
bientes da sala, por exemplo, o local onde são guardados os pertences pessoais dos bebês. Em um ambiente
externo, prepare cantos temáticos usando os brinquedos diversos.

218
Atividade: Apresentando a rotina

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem entre si e com os adultos ao explorar os objetos?


2. De que forma eles utilizam o corpo nas brincadeiras? Como demonstram suas preferências?
3. Quais movimentos foram utilizados pelos bebês para exprimir desejos e emoções?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham a oportunidade de explorar o espaço. Proponha apoios e adaptações
necessárias para atender às necessidades de cada um.

O QUE FAZER DURANTE

Durante a chegada dos bebês à escola, converse com cada um, in- A
1 Possíveis falas do professor
formando que o responsável dele entrará na sala para brincar um
pouco. A — Olá! Tudo bem? Que bom que
você veio acompanhado! Vamos
Convide os responsáveis e os bebês para entrar. Informe os res- brincar todos juntos nessa
2 primeira parte do dia?
ponsáveis sobre onde ficam as mochilas, os copos e as agendas.
— Quem veio com você? Vamos
Solicite que ajudem os bebês a guardar os pertences nos locais apresentar sua sala, seus
indicados. Após a chegada de todos, reúna todo o grupo de res- brinquedos e seus amigos?
ponsáveis e bebês em uma roda para iniciar a atividade. Comece
cantando uma música que marque o início da roda com os bebês. B
Observe a reação deles ao ver seus responsáveis participando da Possíveis falas do professor
atividade. Traga uma canção que promova toques, abraços e afa-
gos. Valorize as expressões dos bebês e a maneira como se co- — Que música será que o (nome
do responsável) conhece?
municam com o grupo e com seu responsável. Peça sugestões de — Qual música você cantava na
músicas de roda aos adultos e as introduza nesse momento, pro- sua infância?
movendo o acolhimento de todos. B C
C
3 Apresente a todo o grupo as imagens que você preparou dos mo- Possível ação dos bebês
mentos de rotina da escola. Entregue as fotos aos bebês, para que
bebês podem bater palmas
•Os
eles as observem junto aos responsáveis, revezando-se de modo durante a música ou olhar e
que todos consigam ver todas as imagens. Depois, convide-os a sorrir para o responsável que
organizar as fotos no varal. Explique o que vocês farão no dia e os acompanha.
pendure as fotos das atividades no varal na ordem em que acon-
tecerão. Diga que a primeira atividade do dia, após o momento D
de roda, acontecerá na área externa, então a primeira foto a ser Possíveis falas do professor
pendurada deverá ser aquela que representa brincadeiras na área — Vamos organizar a nossa
externa. D E rotina pendurando as fotos no
varal? Quem me ajuda?
Após todas as fotos terem sido penduradas no varal, convide todo — Hoje, começaremos com
4 brincadeiras na área externa.
o grupo para para a primeira atividade da rotina. Leve-os para Quem está com essa foto?
brincar na área externa, preparada com diferentes cantos temá- Vamos pendurá-la?
ticos. Convide os pequenos para escolher onde querem brincar

219
Unidade: Encontros e despedidas

acompanhados de seus familiares. Aproveite esse momento para E


realizar registros fotográficos. F G Possível ação dos bebês
bebês podem pegar
•Os
Para finalizar uma das fotos e mostrá-la
Informe os adultos e os bebês que, em alguns minutos, irão se a seu responsável, sorrindo
despedir. Explique que os responsáveis vão embora, mas que re- e movimentando o corpo,
tornarão mais tarde para buscá-los, quando o dia na escola ter- demonstrando interesse
e alegria pelo ambiente
minar. Relembre-os sobre as atividades definidas para a rotina do representado.
dia, enfatizando que realizarão muitas propostas interessantes ao
longo do dia na escola. Agradeça a participação dos responsáveis
F
e oriente-os a retornar na hora da saída. Acolha os pequenos que
demonstrarem desconforto ao ver seus responsáveis irem embora. Possíveis falas do professor
— Organizamos o espaço em
cantos temáticos. Onde você
quer brincar com (nomeie o
acompanhante do bebê)?
— Temos bolas, bonecas, peças
de encaixe. Com qual brinquedo
você quer brincar?

G
Possível ação dos bebês
bebê pode apontar para
•Um
a estação das bolas, pegando
na mão de seu responsável,
e escolher uma bola,
arremessando-a para o adulto.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Explique aos responsáveis que planejar o dia com uso de recursos visuais ajuda os pequenos a estabelecer
uma rotina, trazendo mais segurança a eles. Sempre que possível, convide os adultos a participar desse mo-
mento. Comente que também gostaria de contar com a participação deles na atividade Dia de história, deste
conjunto, que poderá acontecer na entrada ou na saída dos bebês.

 Engajando as famílias
Envie um bilhete aos responsáveis agradecendo a participação deles na escola e reforçando o quão importante
é ter a presença deles por lá. Após a realização da proposta, organize um cartaz com as fotos tiradas durante
a brincadeira e reserve um espaço para que os adultos registrem suas impressões sobre a proposta.

220
Atividade: Dia de história

 EI01EO03  EI01EF06
DIA DE HISTÓRIA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Conforme combinado com os responsáveis na atividade Apresentando a rotina, deste conjunto, a proposta
deve ser realizada no momento de entrada ou saída dos bebês. Se necessário, entre em contato com os adultos
novamente para combinar todos os detalhes.
Selecione um livro para leitura e prepare fantoches que se relacionem com a história. Além disso, disponibilize
obras de ampla difusão cultural, como contos de fadas, para facilitar a participação e o envolvimento dos adultos.
Fique atento e acolha com cuidado e diálogo os bebês que demonstrarem dificuldade em se despedir de seus
responsáveis. É importante que haja um outro professor ou auxiliar presente para a realização da atividade.

 Materiais
•  Almofadas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Livros de literatura infantil;
•  Fantoches;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize um espaço em um ambiente externo de maneira atrativa e aconchegante. Delimite o local com
tapetes e almofadas. Posicione os livros e os fantoches próximos ao local da atividade, de modo que estejam
de fácil acesso para o manuseio.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem entre si e com os adultos na chegada à escola?


2. De que forma os bebês demonstram gostos e preferências pelos livros?
3. Como os bebês se comunicam? Usam balbucios, falas ou outras formas de expressão? Ao final da
brincadeira, como se despedem dos responsáveis?

221
Unidade: Encontros e despedidas

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham a oportunidade de explorar o espaço. Proponha apoios e adaptações
necessários para atender às necessidades de cada um.
Escolha livros com imagens, para que seja possível a inclusão de adultos não alfabetizados. Atente-se para
que os livros não reforcem nenhum tipo de estereótipo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Junto ao outro professor ou auxiliar, acolha todo o grupo no período da A


entrada. Converse com cada bebê durante a chegada, explicando que o Possíveis falas
seu responsável permanecerá na escola por mais alguns minutos com a do professor
turma. Então, convide-os para vir até a sala e incentive os adultos a ajudar — Olha este livro, que
os bebês a guardar seus pertences. legal! Você quer ouvir
essa história comigo?
Comece mostrando os livros aos bebês, convidando-os a se aproximar. Pos- — Você está gostando
2 desse livro? Vamos
sibilite que escolham os livros livremente. Incentive os adultos a mostrar os
escolher outro?
livros aos bebês. Garanta que aqueles que não engatinham tenham apoio
para se sentar e observar os outros. Observe como eles se comunicam,
B
exploram os livros e interagem com os adultos e com os outros colegas.
Proponha que, em duplas ou trios, mostrem uns aos outros quais histórias Possíveis ações
dos bebês
conhecem e de quais gostam mais. Apoie as ações dos bebês, mas sem di-
rigir suas iniciativas. Procure interagir com os bebês, sentando-se próximo bebês podem pegar
•Os
a eles nos espaços. Observe atentamente os interesses e gostos deles e vários livros e folheá-los
até escolher um.
registre os momentos com fotos e filmagens das explorações e interações
•Outros bebês podem
que estão acontecendo, para fins de documentação pedagógica. A B apontar para as
imagens e sorrir aos
Para finalizar seus responsáveis,
Chame todo o grupo e faça a leitura de uma história. Utilize os fantoches expressando alegria
por estar com eles.
para a dramatização da história previamente selecionada. Após a leitura, in-
•Alguns bebês podem
forme que, em alguns minutos, os responsáveis irão se despedir. Conforte os abrir o livro e utilizar
pequenos explicando que eles retornarão mais tarde para buscá-los. Acolha palavras ou balbucios
aqueles que demonstrarem desconforto ao ver seu responsável sair. para contar a história.

222
Atividade: Dia de história

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É importante que a atividade aconteça de maneira rotineira, para que seja construído um vínculo entre os
responsáveis dos bebês e a escola. Repita a proposta em outros ambientes da escola. Convide os adultos para
fazer a leitura de histórias para toda a turma.

 Engajando as famílias
Envie um bilhete aos responsáveis agradecendo a participação deles e reforçando o quão importante é ter
a presença deles na instituição. Organize um cartaz com as fotos tiradas durante a brincadeira e reserve um
espaço para que os adultos registrem impressões sobre a proposta.

223
Unidade: Encontros e despedidas

 EI01EO03  EI01CG02  EI01EF06


BRINCADEIRAS EM
AMBIENTE EXTERNO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Com antecedência, informe os responsáveis sobre a proposta de atividade. Explique que ela deverá ocorrer
alguns minutos antes do horário da saída, para que os adultos possam se organizar para brincar um pouco com
os bebês antes de irem embora. Combine os detalhes por meio de um bilhete.
O objetivo dos cantinhos de brincadeiras é que os bebês possam brincar com os responsáveis no momento
da despedida de modo que sintam vontade de retornar à escola. É importante que haja mais de um professor
ou auxiliar para a realização da proposta; por isso, combine essa parceria com antecedência.

 Materiais
•  Areia;
•  Pás para cavar a areia;
•  Caixa de papelão ou piscina de plástico;
•  Brinquedos para brincadeiras com areia;
•  Bacias de tamanho médio com água;
•  Barcos de papel;
•  Potes de bolha de sabão, que podem ser feitas com arames fixados em argolas de tampa de garrafas PET;
•  Raquetes para bolha de sabão;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em um ambiente externo, organize um espaço de maneira atrativa e confortável. Use os tapetes para delimitar
os diferentes cantos de brincadeira ao ar livre:
•  O cantinho com areia deve ser organizado da seguinte forma: dentro de uma piscina de plástico ou de
uma caixa de papelão, coloque a areia. No caso da piscina de plástico, os pequenos poderão brincar
dentro dela. No caso da caixa de papelão, eles poderão brincar ao redor dela.
•  No cantinho da água, disponibilize as bacias e os barcos de papel.
•  O cantinho das bolhas de sabão deve ser organizado com os potes de água com sabão e com as
raquetes que podem ser feitas com arames fixados em argolas de tampa da garrafa PET.

224
Atividade: Brincadeiras em ambiente externo

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como acontece a interação dos bebês com adultos no momento de saída da escola?
2. De que forma os bebês demonstram seus gostos e preferências pelos cantos de brincadeiras?
3. Quais formas de comunicação os bebês utilizam para exprimir desejos e emoções?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham a oportunidade de explorar o espaço. Proponha apoios e adaptações
necessários para atender às necessidades do grupo. Atente-se, por exemplo, para garantir que aqueles que
ainda não engatinham ou que ainda não se sentam com autonomia consigam participar da vivência. Solicite aos
responsáveis dos bebês que ainda não engatinham que os apoiem na brincadeira, facilitando a experimentação
de cada canto.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide os bebês a se deslocar até o ambiente externo e se aproximar dos


cantos preparados. Apresente o espaço a todo o grupo, explicando o que
será feito em cada canto. A
Possíveis falas
2 Separe os bebês em pequenos grupos e encaminhe cada grupo a um canto do professor
de brincadeira. Coloque-se como um facilitador da experimentação e brinque — Olhem este cantinho
com os bebês, demonstrando as possibilidades que o ambiente oferece. Ob- com areia! Deve ser legal
serve como eles interagem e se comunicam diante das brincadeiras propostas. colocar a mão na areia.
Valide suas ações, valorizando seus gestos e formas de comunicação. Propo- — Vamos pegar uma pá
nha brincadeiras com os materiais. Circule pelos cantinhos, verificando se to- para brincar?
— Vamos pegar um barco
dos estão participando das propostas e percebendo quais delas os pequenos para colocar na água?
gostam mais, e oriente o outro professor ou auxiliar a fazer o mesmo. A B

3 Quando faltar pouco tempo para a hora da saída, explique a todo o grupo B
que os responsáveis chegarão um pouco mais cedo para brincar com eles.
Possível ação
Conforme os adultos forem chegando, convide-os para participar das brinca- dos bebês
deiras. Mostre um dos cantinhos para exemplificação e apresente as possi-
bilidades que ele oferece. Por exemplo: pegue um pote de bolha de sabão bebê pode pegar o
•Um
barco e afundá-lo
e assopre com a raquete para mostrar os diversos tamanhos de bolhas que na água.
podem ser feitos. Observe a expressão dos pequenos e como se comunicam
durante a brincadeira com os adultos. Registre os momentos com fotos e fil-
magens das explorações e interações que estão acontecendo, para fins de
documentação pedagógica.

225
Unidade: Encontros e despedidas

Para finalizar
Informe todo o grupo que, em alguns minutos, a atividade se encerrará. Solicite a ajuda dos respon-
sáveis para guardar os materiais na sala e para levar as mochilas dos bebês. Se necessário, considere
um tempo para a troca de roupa, visto que os bebês brincaram com areia e água. Na sala, convide todos
a cantar uma música que marque o horário da saída. Agradeça a participação de todos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É importante que a atividade aconteça de maneira rotineira, para que seja construído o vínculo entre os respon-
sáveis e a escola. Repita a proposta em outros ambientes e sugira novos momentos de participação dos adultos.

 Engajando as famílias
Para construir uma relação de confiança com os adultos responsáveis, procure convidá-los ao ambiente escolar
com frequência. Envie um bilhete com uma foto do bebê durante a atividade, agradecendo a participação de
todos e reforçando o quão importante é ter a presença dos responsáveis na escola.

226
13
AP

CONJUNTO

UNIDADE

CESTA SURPRESA
A cesta surpresa provoca as mais interessantes reações nos bebês: curiosidade,
entusiasmo, receio, agitação. O elemento surpresa, quando apresentado de maneira
positiva, desperta neles o olhar atento e minucioso, fazendo com que queiram co-
nhecer o objeto detalhadamente.
Não basta ver, eles querem tocar, segurar, cheirar e, por vezes, colocar na boca.
Aparentemente simples, as cestas surpresas trabalham várias competências, como ob-
servar, esperar, analisar algo por diferentes pontos de vista e perceber como o amigo in-
terage de outro modo com o objeto.

227
Unidade: Cesta surpresa

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Espaços, tempos,


movimentos quantidades, relações
e transformações

228
Atividade: Cesta de toques

 EI01CG02  EI01ET04  EI01ET05


CESTA DE TOQUES
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Selecione vários materiais de diferentes texturas (lisos, rugosos, macios e ásperos) e temperaturas (frios e
quentes). Organize-os em uma cesta de tamanho médio. Caso prefira, confeccione uma cesta com rolos de jornal.

 Materiais
•  Texturas diversas: tecidos, plástico-bolha, esponjas, escovas, objetos de metal, madeira e plástico,
caixa de ovos, caixas lisas e corrugadas, entre outros;
•  Temperaturas: sacos plásticos, zipados ou lacrados, um contendo gel de cabelo gelado e outro com
massa de modelar morna;
•  Uma cesta de tamanho médio e rasa para organizar os materiais selecionados (aproximadamente 40
cm x 40 cm de comprimento e 20 cm de altura);
•  Livros de literatura infantil;
•  Brinquedos preferidos dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize um espaço na sala para que a cesta de toque e seus elementos sejam explorados por pequenos
grupos com aproximadamente quatro bebês. Enquanto os pequenos grupos exploram, os demais se envolvem
em outras atividades do cotidiano, como exploração nos cantos de referência ou manipulação de livros de
histórias e brinquedos preferidos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem com os objetos da cesta? De que forma manipulam, experimentam e
exploram os materiais e o espaço por meio de experiências de deslocamentos de si e dos objetos?
2. Os bebês mostram-se interessados em explorar os elementos da cesta, realizando comparações
sobre as diferenças e semelhanças?
3. De que modo os materiais da cesta potencializam as descobertas quanto às possibilidades cor-
porais e sensoriais do bebê?

229
Unidade: Cesta surpresa

 Para incluir todos


Garanta o apoio necessário à participação de cada bebê. Fique atento às especificidades motoras daqueles que
precisam permanecer deitados ou sentados e planeje espaços de mobilidade para os bebês que se locomovem
com independência, seja se arrastando, engatinhando ou andando, com ou sem apoio. É importante conhecer
as singularidades de cada bebê e viabilizar a participação de todos.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Enquanto os bebês estão envolvidos em explorações e brincadeiras nos cantos
de referência da sala com livros de histórias ou brinquedos preferidos, inicie a Possíveis ações
dos bebês
proposta colocando a cesta de toques em um local previamente definido da
sala. Observe se essa ação de incluir um elemento novo no espaço desperta bebês podem pegar
•Os
o interesse de alguns bebês. Caso algum deles se aproxime, encoraje-o para uma escova de cabelo
e tocar as cerdas em
que chegue mais próximo. Se outro mostrar-se interessado, porém observando seus braços, repetindo
a distância, convide-o para se aproximar. Atente-se também aos bebês que movimentos de vai e vem.
não têm independência para se aproximar com autonomia e auxilie-os para
•Outro bebê pode pegar
que tenham uma participação efetiva. Na dinâmica, favoreça a participação um tecido leve, fino e
de quatro bebês por vez. macio e colocar sobre
suas pernas.

•Outro bebê pode se
2 Valide as iniciativas dos bebês ao pegarem os elementos dispostos na cesta interessar pelo saco
e possibilite que explorem conforme seus interesses. Apoie os bebês menores zipado contendo gel
para que possam participar manipulando e explorando os objetos. Da mesma gelado e apertá-lo
forma que se sugere nas atividades Cesta dos elementos naturais, Cesta de sentindo a textura,
tesouros, Cesta de sabores e Cesta de preferências, deste conjunto, como expressando surpresa.
dos bebês pode
•Um
forma de incentivar a participação ativa dos bebês em suas investigações. sorrir ao sentir a textura
Para isso, entregue os materiais de diferentes texturas nas mãos daqueles das penas em seus pés.
que não conseguem pegá-los sozinhos, mas que possuem destreza para se-
gurar. Favoreça a experiência aos bebês muito pequenos, passando alguns B
desses materiais por suas mãos, pés e rosto, a fim de que percebam as suas Possível fala
especificidades de textura e/ou temperatura. A do professor
— Será que este objeto
3 Em pequenos grupos junto à cesta, potencialize as descobertas dos bebês, está gelado também?
interaja com eles e sugira trocas e comparações. Ao notar que o bebê está Vamos sentir? Você
envolvido com o gel gelado, brinque com ele e diga que está frio. Observe gostaria de tocar?
se algum bebê brinca com a escova passando em seus braços, aproxime-se
C
e peça a ele para pentear seus cabelos. Questione se ele gostaria que você
penteasse os dele também. Ao longo da atividade, siga observando as ações Possíveis falas
do professor
dos bebês e interagindo com eles. B
— Olhem! O colega está
tirando vários objetos da
4 Enquanto brinca com os bebês, instigue-os a descobrir o que mais há na ces-
cesta!
ta. Identifique o bebê que realiza mais trocas e chame a atenção dos demais, — Quantas coisas há
para que, inspirados pela ação do colega, ampliem suas descobertas. C nessa cesta? Será que
é tudo igual? Vamos
Com mais materiais fora da cesta é possível que a curiosidade dos bebês te- descobrir?
5 — Quem quer ajudar a
nha sido aguçada. Desafie-os a ampliar as pesquisas, encorajando ações como
retirar mais materiais da
tocar com as mãos e com os pés a caixa de ovos, passar o corpo em diversos cesta?

230
Atividade: Cesta de toques

tecidos (veludo, lã, seda etc.), apertar esponjas sintéticas e vegetais, caixas li-
sas e corrugadas, potes lisos, plástico-bolha e papelão. É importante que esse
incentivo se dê por meio da sua ação enquanto professor ao se colocar como
participante ativo das interações.

Para finalizar
Observe o engajamento dos bebês e, conforme mostram-se interessados em participar de outras pro-
postas, sinalize que podem brincar nos outros espaços da sala. Assim, alterne os grupos considerando o
interesse dos pequenos. Identifique quem está observando a atividade a distância e quem se aproxima,
convidando-os para a proposta. Faça esse movimento de alternar os bebês até que todos participem da
atividade e peça ao último grupo para que, dentro de suas competências, o ajude a guardar os objetos
nas cestas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Combine com o professor da turma das crianças bem pequenas para vivenciar juntamente com a turma dos
bebês a proposta de exploração da cesta dos toques. É interessante que a turma convidada também organize
uma cesta para que brinquem, troquem e compartilhem os materiais.
Nesse contexto, como o número de crianças será maior, é importante prever um local mais amplo para a
realização da atividade.

 Engajando as famílias
Com os registros fotográficos da proposta, organize um cartaz, contando o objetivo da atividade. Coloque-o
próximo à sala e, juntamente com esse material, deixe a cesta exposta para que os responsáveis possam inte-
ragir com os objetos propostos nos horários de saída.

231
Unidade: Cesta surpresa

 EI01EO03  EI01ET02  EI01ET03


CESTA DOS ELEMENTOS
NATURAIS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Aproveite situações cotidianas em que realiza atividade na área externa com os bebês e solicite a ajuda deles
para recolher elementos da natureza e colocar na cesta.
Dentre os materiais recolhidos, separe aqueles que serão utilizados na proposta, tendo como critério as
variadas possibilidades exploratórias e também a segurança dos bebês. Por fim, distribua esses elementos em
quatro cestas ou mais.

 Materiais
•  Elementos da natureza, como folhas e flores secas, verdes e murchas;
•  Pedras de diferentes tamanhos, texturas e maleabilidade;
•  Gravetos finos, grossos, rígidos e flexíveis, ramos que variem a quantia de folhas e galhos;
•  Quatro a seis cestas ou caixas de tamanho médio, aproximadamente 40 cm x 40 cm de comprimento e 20
cm de altura;
•  Cestas individuais (podem ser feitas com baldinhos, potes de sorvete, latas, entre outros);
•  Uma cesta ou uma caixa grande para arrecadação coletiva dos elementos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta deve ser realizada preferencialmente na área externa com gramado. Distribua as cestas maiores
pelo local, de modo que estejam espaçadas e que haja ao menos uma cesta para cada canto. Dê preferência
para espaços em que os bebês já tenham familiaridade e, além das cestas, disponibilize alguns materiais dos
quais os pequenos costumam fazer uso nesse local.

232
Atividade: Cesta dos elementos naturais

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês experimentam as relações de causa e efeito? De quais formas demonstram-se


mais curiosos e interessados em realizar pesquisas exploratórias?
2. Como os bebês se envolvem na exploração do ambiente? Como misturam, movem e trans­bordam
os elementos disponíveis?
3. Ao interagir com seus pares, adultos, materiais e ambientes, os bebês reagem a partir das conse-
quências de suas ações? Como?

 Para incluir todos


Cuide para que as cestas sejam acessíveis à altura do bebê e que os elementos dispostos atendam às especi-
ficidades de cada um. Garanta apoio necessário aos que necessitam. Os bebês menores, por exemplo, precisam
ser posicionados considerando os agrupamentos de crianças que se formaram e os elementos mais convenientes
para elas. Se necessário, organize alguns elementos em formato de móbiles para os bebês que estão deitados.

O QUE FAZER DURANTE

1 Conte para todo o grupo que vocês irão até a área externa brincar com os
elementos naturais que recolheram. Convide os bebês para ir até o local esco-
lhido conferir. Favoreça o trajeto dos bebês menores até o local da atividade A
com participação de outros adultos da escola. Ao chegar no local, explique Possíveis ações
que em cada cesta há uma surpresa. Favoreça que aqueles que se locomo- dos bebês
vem se aproximem com autonomia da cesta, assim como foi incentivado na bebê pode
•Um
atividade Cesta de toques, deste conjunto. observar os colegas
e, encorajado pela
Cada bebê deve envolver-se na proposta conforme seus interesses. Observe ação de outro bebê,
2 tocar nos elementos
suas iniciativas de pesquisa e incentive aqueles que observam a ação dos co-
da cesta, fazer suas
legas a também participar da atividade. Para inspirá-los, solicite que os bebês escolhas, manusear e
que estão interagindo com os materiais disponíveis mostrem os elementos explorar os materiais.
que estão segurando. Convide os bebês que observam a iniciar a experiência.
•Outro bebê pode
Faça registros fotográficos que vão compor a documentação pedagógica. A passar as pétalas das
flores em seu rosto e
perceber seu perfume.
3 Instigue a curiosidade dos bebês e proponha desafios, como enfileirar grave-

•Outro bebê pode
tos, deixando esses materiais em pé sobre a terra, brincar de plantar flores, apertar as folhas secas
compor vasos etc. Inspire-os mostrando uma flor plantada no jardim ou em e espremê-las com
um vaso próximo ao local da atividade. Incentive a ação dos bebês e faça as mãos, vendo-as
junto com eles. Promova intercâmbios entre eles, valide iniciativas de trocas desintegrar.
e misturas de materiais ao longo da atividade. pequeno grupo
•Um
de bebês pode pegar
os ramos e passá-los
4 Envolva-se com todos os bebês em suas pesquisas, aproxime-se do pequeno gru- pela grama, como se
po que explora as pedras, ofereça dois baldes e combine com eles de guardarem estivesse varrendo,
as pedrinhas pequenas em um recipiente e as maiores em outro. Direcione o olhar e empurrar as folhas
dos bebês para que identifiquem as folhas verdes que estão pelo local e sugira caídas sobre o chão.

233
Unidade: Cesta surpresa

que toquem nas folhas verdes e nas secas, fomentando a percepção deles nessa B
ação. Observe a reação dos bebês ao estabelecer relação de comparação entre Possível fala
as folhas. Aproxime-se dos bebês pequenos que individualmente interagem com do professor
o móbile e apresente outros elementos, coloque uma flor em suas mãos ou passe — Olha, esse balde
suavemente as pétalas sobre seus braços e pernas. Fique atento às ações dos be- encheu bem rápido, será
bês e interaja com todos, intervindo de modo que aprofundem suas experiências. B que tem mais? Vamos
misturar?

5 Potencialize as descobertas dos bebês distribuindo cestas individuais para eles.


Diga que a cesta serve para colocarem os elementos de que mais gostaram e
que desejam brincar novamente. Os bebês devem ficar à vontade durante esse
momento para que, ao explorar o ambiente, recolham os elementos que mais
despertam-lhes a atenção. Valide suas ações e chame a atenção do grupo para
as descobertas. Observe aqueles que estão recolhendo apenas elementos si-
milares, somente pedrinhas, somente gravetos, somente flores. Sugira trocas,
chamando a atenção para a ação daqueles que têm em suas cestas maior va-
riedade de materiais. Esteja disponível para auxiliar os que necessitarem. Pro-
videncie cestas para os bebês menores; para isso, peça ajuda aos bebês que
têm maior autonomia para compartilhar com os pequenos os objetos recolhidos.

Para finalizar
Comunique que a atividade está terminando e peça ajuda para guardar os materiais. Escolha uma das
cestas e diga para guardarem ali os elementos de que mais gostaram. Informe que a cesta vai ficar na sala
para que possam dar continuidade à brincadeira, como na atividade Cestas de tesouros, deste conjunto.
Combine com eles que durante alguns dias, ao saírem para atividades externas, você trará a cesta e que
poderão recolher elementos para acrescentar a esse kit da turma. Por fim, comunique a próxima atividade
e conte com auxílio de outros adultos para conduzir os pequenos de volta à sala.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Distribua pelo espaço água, terra e areia, em recipientes de diversos tamanhos. Disponibilize esses elementos
de modo que os bebês explorem todos os recursos disponíveis na cesta de elementos naturais, junto aos novos
recursos, favorecendo novas descobertas a partir dessa mistura.

 Engajando as famílias
Imprima as fotos da atividade. Plastifique-as e deixe que os bebês as vejam e manipulem. Conte a eles que
você vai pendurar as fotos em uma árvore para que os responsáveis possam conhecer a experiência. Deixe um
cartaz próximo à entrada da sala informando e convidando os adultos a apreciarem a exposição.

234
Atividade: Cestas de tesouros

 EI01CG03  EI01ET02  EI01ET04


CESTAS DE TESOUROS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antecipe as ações que envolvam os responsáveis e compartilhe, mediante bilhete, a necessidade de serem
enviados à escola objetos de apego dos bebês. Lembre-se de ressaltar no bilhete os prazos, as quantidades,
entre outros tópicos que considerar relevantes. Providencie também alguns cestos de tamanho médio e rasos
para organizar os objetos que serão enviados e utilizados.

 Materiais
•  Objetos de apego dos bebês, de uso doméstico ou escolar, como fraldinhas de pano, pelúcias,
brinquedos, dentre outros;
•  Quatro a seis cestos médios e rasos, que podem ser de vime, de caixas de papelão e caixas organizadoras;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta pode ser realizada na sala ou em outro local com o qual os pequenos estejam familiarizados. Dis-
tribua as cestas pelo ambiente de modo que os pequenos se aproximem delas de acordo com seus interesses.
Garanta ainda espaços de mobilidade, para facilitar o deslocamento dos bebês e dos objetos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês estabelecem relações com os objetos das cestas no ambiente?


2. De que maneira eles interagem com o espaço?
3. Durante a exploração das cestas, como se dão as iniciativas dos bebês?

 Para incluir todos


Garanta ainda espaços de mobilidade, de modo que os pequenos possam deslocar a si e aos objetos no
ambiente com independência. Deixe cestas próximas aos bebês menores, para que possam manipulá-las de
acordo com seus desejos e preferências. Além disso, esteja atento aos interesses e às necessidades de todos
para auxiliá-los durante a vivência.

235
Unidade: Cesta surpresa

O QUE FAZER DURANTE

1 Enquanto todo o grupo está envolvido em brincadeiras no espaço da sala,


posicione as cestas, distribuindo-as pelos cantos do ambiente. Inicialmente A
observe se os bebês notaram a intervenção no espaço e possibilite que aque- Possíveis falas
les que perceberam se aproximem. Encoraje a participação de todos. Esteja do professor
atento para ajudar aqueles que precisam da sua mediação e posicione-os jun- — Vejam, alguns
to aos pequenos grupos que se formam a partir do interesse de cada um. A colegas encontraram
as cestas que eu acabei
Observe as ações dos bebês enquanto exploram as cestas. Deixe que reali- de distribuir pela nossa
2 sala! Vamos descobrir o
zem suas pesquisas conforme seus interesses, por meio da manipulação dos
que há dentro delas?
objetos, explorando-os e atribuindo sentido à experiência. Apoie e valide as — É um objeto que
ações dos bebês, evitando ao máximo dirigir a iniciativa. Aproveite para se vocês escolheram
aproximar e fazer boas intervenções a partir das ações deles. B juntamente com os seus
responsáveis.
Potencialize as ações dos bebês, aproxime-se daqueles que parecem ter — Nossa, você achou
3 uma fraldinha, de
identificado os objetos enviados pelos familiares. Observe o uso que dão
quem será? Será que é
a esses elementos: se cheiram, apertam, mordem, carregam, chacoalham, cheiroso? Quem gostaria
entre outros. Pergunte aos bebês de quem é o objeto, de onde ele veio, en- de cheirar?
tre outras questões que considerar pertinentes e veja se as reações deles
são de reconhecimento. Aos que não encontraram os objetos de casa, con- B
vide-os para procurar e, se necessário, ajude-os a encontrar. Para os bebês Possíveis ações
muito pequenos, apresente dois objetos (um dele e um outro desconhecido), dos bebês
fique no campo de visão dele e converse instigando a percepção do bebê bebê pode retirar
•Um
sobre seu próprio objeto. da cesta um brinquedo
de pelúcia, passar
4 Favoreça a interação de bebês e objetos. Convide os pequenos que têm suavemente suas
maior autonomia para apresentar seu objeto de apego a um colega e per- mãos sobre ele, em
movimentos de vai e
mitir que o outro toque o material. Por exemplo: um bebê brinca sozinho com
vem ininterruptos.
o objeto que identificou como seu, enquanto o colega ao lado observa-o e
•Outro bebê poderá
aponta, expressando interesse em brincar também. Faça a mediação da notar um brinquedo
situação conversando com o bebê para que empreste o objeto ao colega; emborrachado e
se ele mostrar resistência, peça ao interessado que busque um objeto para apertá-lo.
uma possível troca com o amigo.
•Uma dupla de bebês
pode encontrar alguns
copos de encaixe e
5 Desafie os bebês a explorar as diversas possibilidades de deslocamentos e bater uns nos outros.
de manuseio, apoiando-se na proposta dos materiais da cesta. Na ativida- pequeno grupo
•Um
de Cesta de sabores, deste conjunto, os bebês terão novos estímulos para pode esvaziar uma
identificar interesses e fazer novas descobertas a partir de frutas diversas. cesta e deslocar a si e
aos objetos, dirigindo-
Aproxime-se dos pequenos grupos ou das duplas e encoraje-os a encon-
se à outra cesta,
trar alguns materiais da escola. Atente-se para sugerir elementos que fazem guardando os objetos
sentido para eles, objetos sonoros, brinquedos, materiais de largo alcance. até enchê-la.
Considerando as preferências observadas nas situações de interações e
de brincadeira no cotidiano da escola, peça para que levem outros objetos
até a cesta que está no centro da sala, brinquem de encontrar os materiais
grandes ou de encher uma cesta até que ela transborde.

236
Atividade: Cestas de tesouros

Para finalizar
Comunique aos bebês que a proposta está chegando ao fim. Solicite ajuda deles para, dentro de suas
capacidades, guardar os objetos. Se algum bebê expressar descontentamento em guardar os objetos
de apego, possibilite que estenda sua interação com esse elemento até o momento em que mostrar-se
confortável para guardá-lo.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Promova a proposta novamente para que os bebês aprofundem suas experiências investigativas. A cada semana
disponibilize cestas para que componham e possam escolher o que colocar dentro delas, além de fazer trocas
com o colega e manipular os objetos conforme suas iniciativas, preferências e interesses ao longo da rotina.

 Engajando as famílias
Combine com os responsáveis um dia de devolução dos objetos de apego no horário da saída. Na oportunidade,
deixe a cesta dos tesouros ao acesso dos adultos para que, junto dos bebês, encontrem e retirem os objetos de
apego. No local onde as cestas estiverem disponíveis, coloque algumas fotos que representem a experiência
dos pequenos durante a proposta.

237
Unidade: Cesta surpresa

 EI01EO02  EI01ET01  EI01ET03


CESTA DE SABORES
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Providencie cestas individuais para os bebês, que podem ser potes de sorvete ou outro pote semelhante.
Compartilhe a proposta com os responsáveis e peça ajuda para compor as cestas. Antecipe uma lista de frutas
e distribua entre os adultos, desse modo será garantida a diversidade de alimentos.
Além desses encaminhamentos, será necessário prever a organização do refeitório para realizar a atividade.
Vale a pena combinar um horário em que o espaço não esteja sendo utilizado pelas outras crianças da escola.

 Materiais
•  Frutas de diferentes texturas, como maçã, abacaxi, laranja, kiwi, dentre outras típicas de sua região;
•  Cestas individuais para cada bebê;
•  Cesta grande para compor a cesta de frutas;
•  Recipientes diversos;
•  Toalha de cozinha;
•  Copos descartáveis;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Para a atividade, organize o ambiente de modo que os bebês possam se sentar próximos à cesta, que já
deve estar no refeitório antes da chegada deles. É fundamental que os alimentos sejam higienizados antes da
proposta; nesse sentido, peça ajuda aos responsáveis pela cozinha.

238
Atividade: Cesta de sabores

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem durante as pesquisas exploratórias envolvendo a percepção quanto ao


odor, cor, sabor e temperatura das frutas?
2. Ao participar da experiência com frutas, como os bebês reagem: participam, trocam entre si, imitam
uns aos outros?
3. Ao manusear os alimentos, de que formas os bebês descobrem novas possibilidades sensoriais
e corporais?

 Para incluir todos


Garanta apoios necessários para que cada bebê participe de modo confortável e seguro da proposta, con-
siderando altura das mobílias e recipientes adequados, compatíveis com a faixa etária do bebê. Lembre-se
de que a atividade é destinada aos bebês maiores que têm em sua dieta frutas variadas. Nesse contexto, é
importante que, enquanto isso, os menores estejam na sala envolvidos em atividades planejadas e acompa-
nhados por outro professor ou auxiliar com quem tenham vínculo estável.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide os bebês maiores para ir até o refeitório. Ao chegar no


local da atividade, relembre a atividade Cestas de tesouros,
deste conjunto, e chame a atenção deles para outra cesta que
estará coberta com uma toalha. Após a descoberta, encoraje A
os bebês a retirar o tecido e possibilite que manipulem os ali- Possíveis falas do professor
mentos da cesta conforme seus interesses. Enquanto os bebês
manipulam os alimentos, faça intervenções para que notem se- — O que será que tem embaixo desse
tecido? Quem gostaria de descobrir?
melhanças e diferenças dos alimentos quanto à textura, ao ta- — Vocês querem puxar o tecido?
manho, ao peso e à cor. A

2 Aproxime-se dos bebês individualmente e pergunte a ele se gos-


taria de ver uma das frutas por dentro. Cuidadosamente corte
um pedaço e ofereça a ele em uma cesta individual, possibilite
que manipule, experimente e explore a fruta. Incentive os bebês
a investigar, a descobrir mais sobre o tamanho, peso e textura
de cada fruta. Dê uma cesta para cada um, mostre a eles uma
fruta que esteja gelada, abra-a e coloque-a na cesta, peça para
que a toquem e incentive que ampliem suas pesquisas, desco-
brindo outras propriedades do alimento. Aproxime-se dos peque-
nos grupos que podem ter se formado e apresente, por exemplo,
um mamão, peça para que apertem, toquem e então corte-o e
coloque em cestas individuais para que cada bebê manipule,
experimente, explore o alimento de acordo com suas preferên-
cias. Observe as reações deles e, se necessário for, prove a fruta
e convide para que a degustem também, descrevendo o quanto
é saboroso.

239
Unidade: Cesta surpresa

Nesse momento, cada bebê já deve estar com uma cesta. B


3
Esse é o momento de ampliar as experiências deles. Abaste- Possíveis ações dos bebês
ça a cesta dos pequenos com outras frutas e favoreça suas bebê pode manipular as frutas que
•Um
pesquisas exploratórias. Registre a participação dos bebês estão na sua cesta e se esforçar para
por meio de fotos e vídeos. B segurar o pedaço de uma que insiste
em escorregar de suas mãos, então
Enquanto os bebês estão explorando e degustando as fru- leva a borda do recipiente à boca para
4 experimentá-la.
tas, potencialize as experiências aguçando a percepção de-
•Outro bebê pode observar que um colega
les para o tato, paladar e a visão. Aproxime-se do pequeno fez uma expressão de satisfação ao
grupo com uma cesta com potes ou cestas menores, que experimentar uma fruta, então a procura
já estão sendo utilizadas na proposta, contendo partes de em sua cesta. Como não a encontra,
frutas diferentes em cada um; providencie também potes sinaliza por meio de expressões que
também deseja essa fruta.
de diferentes tamanhos e pesos. Diga aos pequenos que as
mesmas frutas que estão sendo manuseadas e saboreadas
por eles, além de sabor, têm cheiro. Convide-os a sentir o C
aroma, cheire o alimento na frente dos bebês e expresse sua Possíveis ações dos bebês
sensação para inspirá-los. Observe aqueles que demonstram bebê pode tentar segurar um pote
•Um
interesse em participar da proposta e chame-os para sentir mais cheio, com vários pedaços de
o perfume das frutas. C fruta, empenhando-se em levantá-lo
e aproximá-lo de seu nariz. Não tendo
Para finalizar êxito, ajusta seu corpo em direção ao
pote, a fim de conseguir cheirar.
Comunique aos bebês que a atividade está chegando ao final,
•Outro bebê leva um pote em direção ao
peça ajuda para que descartem os resíduos alimentares. Conte nariz do colega, que, ao receber esse
que todos vão ter um momento de higiene e que, ao retornar à cuidado, imita-o, pega um outro pote e
sala, poderão brincar com seus objetos favoritos. oferece ao colega.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida com outros tipos de alimento, por exemplo, legumes. Além disso, apresente
um alimento por vez na cesta surpresa e possibilite que todos os bebês o explorem. Em seguida, ofereça
uma degustação.

 Engajando as famílias
Combine com os responsáveis pela cozinha que, ao preparar as atividades, separem algumas frutas e pre-
parem uma salada de frutas que será entregue aos adultos responsáveis, no momento da saída, em pequenas
porções e em copos descartáveis.

240
Atividade: Cesta de preferências

 EI01EO02  EI01ET03  EI01ET05


CESTA DE PREFERÊNCIAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Providencie uma cesta para cada bebê, que podem ser confeccionadas a partir de potes de sorvete ou baldes
de areia/praia, pois, em geral, tais baldes já têm alça, o que facilita o manuseio.
Garanta a diversidade de brinquedos e materiais de largo alcance, conhecidos e desconhecidos dos pequenos.
Caso seja necessário, estabeleça uma parceria com a comunidade escolar para arrecadá-los.

 Materiais
•  Brinquedos e materiais de largo alcance (bolinhas, carrinhos, bonecos, carretéis, cones, latas, peças de
encaixe, entre outros);
•  Cestas individuais com alças para cada bebê (podem ser potes de sorvete, baldes de lenços
umedecidos ou baldes de areia/praia);
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para o registrar a atividade.

 Espaços
Inicie a atividade na sala: disponha um tapete ou tecido no centro do ambiente e coloque sobre ele os mate-
riais relacionados à proposta.
Em um segundo momento, ela terá continuidade na área externa; para isso, certifique-se de que o local es-
colhido esteja adequado para receber os bebês de modo confortável e seguro.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais descobertas os bebês fazem por meio da observação e/ou manipulação na atividade pro-
posta com as cestas?
2. Durante a atividade, eles demonstram iniciativas para comparar diferenças e semelhanças dos
elementos manipulados?
3. Como a proposta com a cesta contribui para a percepção dos bebês quanto às possibilidades e
aos limites de seu próprio corpo?

241
Unidade: Cesta surpresa

 Para incluir todos


Organize o espaço de modo a garantir condições de participação a todos os bebês, prevendo apoios àqueles
que necessitam de recursos para sentar-se ou locomover-se.
Além disso, durante a seleção dos materiais, considere as especificidades dos pequenos, para que todos
eles possam participar. Ajude os bebês menores e posicione-os próximos aos seus pares, de modo que também
possam manipular e explorar os objetos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para aproximar-se do tapete e conte A


que você separou alguns materiais para eles brincarem. Distribua os Possível ação
materiais sobre o tapete, encoraje todos os bebês para se aproxima- dos bebês
rem, possibilite que brinquem conforme seus interesses e apoie suas bebê, que está com a
•Um
iniciativas. cesta cheia, poderá observar
o colega colocando várias
Enquanto os bebês estão envolvidos nas brincadeiras, converse com bolas de piscina em seu cesto;
2 interessado, pode se aproximar,
eles sobre a proposta de irem brincar na área externa com os materiais pegar uma e tentar colocar em
e conte que você separou algumas cestas para que cada um escolha os sua cesta, deixando-a cair.
brinquedos que gostaria de levar para o outro espaço. Distribua os reci-
pientes e incentive os pequenos a guardar os objetos de sua preferência.
Observe aqueles que estão recolhendo os materiais com autonomia e Sugestão de música
auxilie os que necessitam de apoio. Além disso, peça ajuda aos bebês • Pela estrada afora.
que já montaram suas cestas para compor a cesta dos menores. A (Chapeuzinho Vermelho),
versão do grupo Cia Era
Uma Vez. Disponível em:
3 Com as cestas montadas, organize os bebês para sair da sala. Incen- https://www.youtube.com/
tive-os a segurar a cesta pela alça e ajude aqueles que precisam de watch?v=skatdnyr0K0&ab. Acesso
auxílio para a locomoção. Cante uma música do repertório deles du- em: 11 jun. 2021.
rante o trajeto.
B
4 Chegando ao local da proposta, estenda o tapete, posicione os be- Possíveis falas do professor
bês menores e convide-os para brincar com os materiais das cestas.
— Vocês viram o que o colega
Observe as brincadeiras deles e potencialize as interações, sugerindo trouxe? E se a gente trocar de
trocas entre eles. B cesta?
— Vamos misturar os conteúdos
Para finalizar da sua cesta com a do colega?
Conte aos bebês que a brincadeira está chegando ao fim, peça para — Quem tem bolinhas? Vamos
colocar todas as bolinhas juntas
que organizem as cestas e diga que irão retornar à sala para ouvir uma e brincar de lançá-las dentro da
história. Informe a eles que todos poderão levar a cesta para casa. cesta como o colega?

242
Atividade: Cesta de preferências

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a proposta com a participação dos adultos responsáveis. A ideia é encaminhar a cesta vazia para as
residências dos bebês e solicitar que os adultos selecionem, junto ao bebê, alguns objetos para trazer para a
escola e brincar com a turma.

 Engajando as famílias
No dia seguinte ao da atividade, compartilhe a proposta com os responsáveis, enviando a cesta para a resi-
dência dos bebês; anexe ao recipiente uma foto de cada um em ação na experiência e um bilhete para orientar
a interação dos adultos com os pequenos durante a proposta no lar.

243
14
AP

CONJUNTO

UNIDADE

RODAS E CANTIGAS
As brincadeiras de rodas e cantigas são passadas de geração em geração e contribuem
para a construção de aprendizagens, além de serem prazerosas para os bebês. Sendo as-
sim, é interessante rememorá-las para que eles tenham contato frequente com esse pa-
trimônio cultural que aproxima gerações, valores e afetos.
A diversidade de ritmos, sonoridades, movimentos e coreografias das brincadeiras
de rodas e cantigas, que configuram um tipo de folclore infantil, permite aos bebês
viver experiências culturais e sociais importantes, bem como ampliar seu conheci-
mento de mundo.

244
Unidade: Rodas e cantigas

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

Corpo, gestos e Traços, sons, Escuta, fala, Espaços, tempos,


movimentos cores e formas pensamento quantidades,
e imaginação relações e
transformações

245
Unidade: Rodas e cantigas

 EI01CG03  EI01TS03  EI01EF07


SAPO CURURU
Tempo sugerido: 40 minutos

Sugestão de vídeo
O QUE FAZER ANTES
•Sapo Cururu
(Instrumental) Villa
das Crianças - Heitor
 Contextos prévios Villa-Lobos. Produtora:
Parabolé. Disponível
em: https://www.youtu-
A proposta visa utilizar o espaço da sala para brincar e interagir durante a re- be.com/watch?v=
produção da música Sapo Cururu. Ouça previamente a música e se familiarize 82Cp25kkUnM. Acesso
bem com a letra. em: 18 maio 2021

•Sapo Jururu. Versão
do Palavra Cantada.
 Materiais Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=x8JirVDqvmo.
•  Um equipamento para reprodução de áudio; Acesso em: 18 maio
•  Um equipamento para exibição de vídeo; 2021.
•  Uma caixa com instrumentos musicais disponíveis em sua escola e
•Sapo Cururu (versão
outros construídos com material reciclável (violões, violas, cavaquinhos, instrumental e choro).
Produtor: Cyro Baptista
pandeiro, clavas, barras sonoras, guizos, chocalhos, xilofones etc.); Instrumental Sesc
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Brasil. Disponível em:
•  Um cesto com livros de literatura infantil e revistas; https://www.youtube.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. com/watch?v=qF4kMs
vPjQg. Acesso em: 18
maio 2021.
 Espaços
Prepare a sala de forma que haja espaço livre suficiente no centro para possibilitar liberdade de movimentos.
Em um espaço próximo ao centro da sala, disponibilize colchonetes ou tapetes emborrachados para os bebês
menores.
Disponha a caixa com instrumentos musicais no chão, para que estejam acessíveis aos pequenos. Teste o
equipamento que reproduza som com antecedência. Deixe o cesto com livros e revistas disponível para uso dos
bebês que demonstrarem pouco interesse pela proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram as diferentes fontes sonoras para acompanhar as melodias e
canções? Como imitam gestos e movimentos dos outros bebês e do professor?
2. Como interagem com as músicas reproduzidas?
3. Como os instrumentos musicais instigam os bebês durante a proposta?

246
Atividade: Sapo Cururu

 Para incluir todos


Assegure as condições para que os pequenos participem da proposta. Garanta um espaço seguro para
aqueles que se sentam com autonomia e um espaço de mobilidade para os que engatinham e andam com ou
sem autonomia. Garanta, por exemplo, a participação dos bebês menores, pegando-os no colo e observando
suas expressões corporais e faciais. Leve alguns instrumen­tos até o grupo de bebês menores, de forma que
consigam pegá-los, se assim desejarem.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo a se acomodar de forma confortável, seja no chão,


seja nos colchonetes. Coloque a primeira versão da cantiga Sapo Cururu e
convide os bebês a cantar. Repita as palavras de forma clara, incentivando os
pequenos a fazer o mesmo. Assim que iniciarem seus movimentos ao som da
música, potencialize suas ações fazendo movimentos com as pernas e braços.
Destaque os movimentos realizados, repetindo a música várias vezes para que
todos cantem e explorem novas possibilidades corporais. Enquanto isso, crie
oportunidades para que os outros explorem o espaço, experimentando suas
próprias descobertas musicais e novos movimentos. Aproveite para fazer o
registro por meio de fotos e pequenos vídeos, que irão compor a documen-
tação pedagógica.

2 Após esse momento de primeiro contato com a cantiga, apresente a caixa de


instrumentos a todo o grupo e aguarde até que todos escolham um objeto.
Possibilite a livre exploração e a interação dos bebês com os instrumentos, A
levando-os à descoberta das propriedades de cada um. Observe qual signi- Possível fala
ficado e utilização cada um atribui ao objeto escolhido. Reproduza a outra do professor
versão da cantiga Sapo Cururu e observe as ações e reações de cada um. — Esse instrumento que
Apoie aqueles que tocam os instrumentos escolhidos, a fim de fazer com que eu tenho é igual ao que
os outros repitam a ação, se assim desejarem. Toque os instrumentos para estão tocando no vídeo.
Vamos tocar? Quem quer
os bebês que ainda não sentam ou não andam, incentivando-os a cantar e experimentar?
sentir o ritmo da música.

Apresente a versão da cantiga em vídeo ao grupo todo. Destaque as diferen- B


3 Possível ação
ças e as semelhanças entre as versões apresentadas e chame a atenção dos
dos bebês
bebês para os sons produzidos pelos instrumentos durante a apresentação. É
possível que pequenos grupos se formem. Caso isso ocorra, aproxime-se de- bebês maiores
•Os
les e brinque de experimentar novos gestos, sons e movimentos. Experimente podem imitar os seus
movimentos, enquanto
com os pequenos a possibilidade de tocar os instrumentos acompanhando a
os menores podem
música. Apoie as iniciativas deles e convide-os para brincar com você e com observar e esticar os
seus pares. Incentive-os a imitar os movimentos uns dos outros e narre suas braços em sua direção.
ações, atribuindo significado ao que fazem. A B

Para finalizar
Avise quando faltarem alguns minutos para a proposta terminar, informando qual será a próxima ativida-
de do dia. Convide os bebês a cantar uma música que marque os momentos de organização na rotina, in-
centivando-os a guardar os objetos em seus devidos lugares, de acordo com suas possibilidades corporais.

247
Unidade: Rodas e cantigas

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Uma possível variação da proposta é realizar a atividade integrando os bebês Sugestão de vídeo
com outra turma de crianças maiores. Além disso, você pode selecionar novas
•Sapo Jururu. Versão
cantigas para repetir a atividade. Se desejar, utilize as cantigas sugeridas na do Palavra Cantada.
proposta na atividade Rodas e cantigas em grupos, deste conjunto. Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=x8JirVDqvmo.
Acesso em: 18 maio
 Engajando as famílias 2021.
Sapinho da
•O
Envie a letra da canção Sapo Cururu para os responsáveis por meio da agen- Lagoa. Grupo Triii.
da ou outro meio de comunicação utilizado pela escola. Convide-os a repetir a Disponível em: https://
proposta com os bebês em casa, cantando e dançando conforme a versão da www.youtube.com/
watch?v=ltbCQkfyMrY.
cantiga que conhecem. Acesso em: 18 maio
Se possível, solicite que enviem fotos, pequenos vídeos ou áudios desse mo- 2021.
mento para a escola. Organize os registros realizados na escola e em casa e
apresente-os à turma e aos responsáveis em um encontro na escola.

248
Atividade: Rodas e cantigas em grupos

 EI01CG02  EI01TS01  EI01ET06


RODAS E CANTIGAS
EM GRUPOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A ideia da proposta é que os bebês possam brincar de roda. Selecione as cantigas
Sugestão de vídeo
que serão utilizadas com antecedência, para familiarizar-se com as letras. Também
é possível propor o aprofundamento da cantiga Sapo Cururu, iniciada na atividade
•Roda Pião.
Tiquequê. Disponível
Sapo Cururu, deste conjunto.
em: https://www.
youtube.com/watch?-
v=6N7PNgkOrjI&ab_
 Materiais channel=SoundsBrasil-
SoundsBrasil. Acesso
•  Um equipamento para reprodução de áudio; em: 18 maio 2021.
com pé. Versão
•Pé
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes; de Palavra Cantada.
•  Um cesto com livros e revistas; Disponível em: https://
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade. www.youtube.com/
watch?v=EmvwcSr_L5Q.
Acesso em: 18 maio
 Espaços 2021.
la la. Grupo Triii.
•La
Disponível em: https://
A atividade pode ser realizada na sala ou em um outro ambiente onde haja espaço www.youtube.com/
livre suficiente para a movimentação dos bebês. Em volta do centro do local esco- watch?v=i0QwhtfcMlw.
lhido, disponha os tapetes emborrachados ou colchonetes para os bebês menores. Acesso em: 18 maio 2021.
Teste o equipamento que reproduza som com antecedência. Disponibilize o cesto
com livros e revistas para os bebês que demonstrarem pouco envolvimento com
a proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês usam o próprio corpo na produção de sons?


2. De que maneira vivenciam diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras mu-
sicais durante as cantigas?
3. De que forma experimentam as possibilidades corporais enquanto cantam e dançam? Como acontecem
as interações nesse ambiente?

249
Unidade: Rodas e cantigas

 Para incluir todos


Garanta que todos possam participar da proposta. Assegure um espaço seguro para aqueles que se sentam
com autonomia e um espaço de mobilidade para os que engatinham e andam com ou sem autonomia. Possibilite
que os bebês menores fiquem nos colchonetes de maneira confortável, de forma que fiquem próximos ao grupo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Explique a todo o grupo que eles vão conhecer novas músicas e brincar de
roda com os colegas. Reproduza a primeira cantiga escolhida, que pode ser
Roda pião, apresentada por Tiquequê, e convide-os a cantar. Assim que os
pequenos iniciarem os movimentos com os corpos, potencialize suas ações
batendo as palmas das mãos e os pés no chão ao som da música. Enquanto
o grupo está envolvido em brincar com o próprio corpo ao som da música, in-
teraja com os bebês menores, incentivando-os a explorar movimentos corpo-
rais também. Destaque os movimentos realizados, repetindo a música várias
vezes para que todos cantem e experimentem novos movimentos com o cor-
po. Inicie os registros por meio de fotos e pequenos vídeos, que irão compor
a documentação pedagógica.

2 Após essa produção inicial de sons e movimentos com o corpo, aprofunde a


experiência trazendo uma nova música, como a Pé com pé, em versão do gru-
po Palavra Cantada. Dê pequenos pulos sem sair do lugar e bata as palmas
das mãos ao som da música. Convide todo o grupo a repetir os movimentos.
Repita a cantiga e acrescente o movimento de bater os pés. Dê a mão a um
dos bebês e inicie a ação de rodar com ele. Faça isso com cada um que de- A
monstrar interesse em participar, mas respeite os que preferirem observar; a
Possíveis ações
observação por si só já é uma forma de participação. Inicie um movimento dos bebês
de rodar com alguns bebês maiores, começando com um e convidando ou-
dos bebês pode
•Um
tros gradativamente. Favoreça que se agrupem a partir de seus interesses bater as mãos em suas
e afinidades, seja em pequenos grupos, seja em duplas ou trios. Pegue os pernas e perceber o
bebês menores no colo (um de cada vez), e rode com eles ao som da cantiga. som que essa ação faz.
Repita as palavras da canção devagar, para que eles possam ouvir e repetir,
•Outro pode se
falando ou balbuciando. aproximar e imitar um
dos colegas.
bebê menor pode
•Um
3 Coloque a terceira canção escolhida, que pode ser a La la la, do grupo Triii. observar a cena e
Sente-se no chão próximo aos bebês que não se locomovem com autonomia. imitar o movimento
Comece a acompanhar a música com palmas e observe a reação dos peque- também, conforme
nos. Convide-os a sentar junto ao grupo que se formou. Incentive que façam suas possibilidades
outros movimentos, como estalar a boca e dar beijos. Repita a música quantas corporais, chamando
a atenção dos outros
vezes forem necessárias, a fim de que batam palmas, estalem e movimentem a para sua descoberta
boca várias vezes. Potencialize as novas ações que surgirem e incentive cada corporal e sonora.
um em suas tentativas de produzir sons com o corpo. A

Para finalizar
Compartilhe com os bebês qual será a próxima atividade do dia e convide-os a organizar o local, valo-
rizando suas ações e iniciativas.

250
Atividade: Rodas e cantigas em grupos

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize um filme usando os vídeos e as fotos da atividade. Apresente o filme aos bebês e convide-os a cantar
e dançar enquanto assistem à apresentação. Outra variação interessante é realizar a mesma proposta com a
presença de crianças maiores, para ampliar o repertório de movimentos corporais de todos e possibilitar que
se agrupem de acordo com seus interesses e afinidades.

 Engajando as famílias
Envie os links das canções aos responsáveis e convide-os a repetir a proposta com os bebês em casa, cantando,
rodando e fazendo movimentos com a boca, com os pés e com as mãos.
Se possível, solicite a eles que enviem fotos, pequenos vídeos e/ou áudios desse momento para a escola. Use
esses registros para compor o vídeo descrito na etapa Desdobramentos.
Organize um mural da turma com as fotos dos bebês enviadas pelos responsáveis e as que foram feitas durante
a atividade na escola e convide a comunidade escolar a apreciá-lo.

251
Unidade: Rodas e cantigas

 EI01CG03  EI01TS01  EI01EF05


RODAS E CANTIGAS
USANDO VÁRIOS SONS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Depois de já ter realizado a atividade Rodas e cantigas em grupos, deste con- Sugestões de vídeo
junto, selecione novas cantigas populares para a proposta. Faça a seleção com
•Roda pião /
antecedência, para familiarizar-se com as letras. Antes da realização da atividade, Samba lelê. Tiquequê.
defina quais instrumentos serão construídos e peça aos responsáveis dos bebês Disponível em: https://
que enviem materiais para essa produção. www.youtube.com/
watch?v=6N7PNgkOrjI.
Explique que os instrumentos, construídos previamente pelo professor, serão usa-
Acesso em: 14 jun. 2021.
dos em uma atividade de exploração de cantigas e cirandas. Separe outros instrumen-
•Ciranda, cirandinha.
tos que a escola possui e que não sejam de plástico, como violão, viola, cavaquinho, Tião Camaleão.
pandeiro, clavas, barras sonoras, chocalhos, sinos, colheres de pau etc. Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=G2Oub_dq7vc.
 Materiais Acesso em:
18 maio 2021.

•Casa de farinha.
•  Um equipamento para reprodução de áudio; Bruna Souza.
•  Materiais para a construção dos instrumentos (tampas de panelas, frigideiras, Disponível em: https://
colheres de pau, CDs, garrafas PET de 200 mL, grãos de arroz, de pipoca e de www.youtube.com/
watch?v=oV7EYdAffZs.
feijão, chaves, latas de leite em pó, espumadeiras, tampas plásticas, pedaços
Acesso em: 18 maio
de bambu, tampas de garrafas PET, grades de fogão etc.); 2021.
•  Uma caixa com instrumentos musicais disponíveis na escola;
•  Um cesto com livros de literatura infantil;
•  Um cesto com brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para
registrar a atividade.

 Espaços

A atividade pode ser realizada na sala ou em um outro espaço que permita que eles se movimentem livremen-
te. Disponibilize os tapetes emborrachados ou colchonetes para os bebês menores perto do centro do espaço
escolhido.
Teste o equipamento que reproduza áudio com antecedência. Disponibilize o cesto com livros e o cesto com
brinquedos aos bebês que demonstrarem pouco envolvimento com a proposta.

252
Atividade: Rodas e cantigas usando vários sons

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês usam os instrumentos e o próprio corpo na produção de sons?


2. De que forma imitam as variações de entonação e os gestos realizados pelo professor durante as
canções apresentadas?
3. Como experimentam novos gestos e movimentos observando os colegas e o professor? Como acon-
tecem as interações nesse ambiente?

 Para incluir todos


Assegure as condições necessárias para que os pequenos participem de toda a proposta. Garanta um es-
paço seguro para aqueles que sentam-se com autonomia e um espaço de mobilidade aos que engatinham e
andam, com ou sem autonomia. Enquanto o grupo estiver envolvido fazendo gestos ao som da música, pegue
os bebês menores no colo (um de cada vez) e realize os movimentos com eles, balançando-os, indo para
frente e para trás, rodando etc. de forma a envolvê-los na proposta. Leve alguns instrumentos até o grupo de
bebês menores, de modo que também possam manuseá-los.

O QUE FAZER DURANTE

1 Acomode todo o grupo de maneira confortável (em tapetes emborrachados


ou colchonetes), de forma que estejam próximos uns dos outros. Explique
a todo o grupo que irão conhecer novas músicas e brincar de roda com
os colegas. Reproduza a primeira cantiga escolhida, que pode ser a Casa
de farinha. Comece a cantar e convide os bebês a cantar com você. Assim
que eles iniciarem os movimentos com os corpos, potencialize suas ações,
fazendo gestos que tenham relação com a música, como se deslocar para
frente e para trás. Acompanhe os pequenos individualmente, observando
os gestos que fazem. Repita esses gestos e acrescente outros, como balan-
çar os braços, chamando a atenção para os novos movimentos, de modo a
incentivar que eles imitem, se assim desejarem. Observe suas expressões
corporais e faciais. Repita a música quantas vezes forem necessárias para
que todos cantem e experimentem movimentos com o corpo. Inicie o registro
por meio de fotos, pequenos vídeos e anotações para compor a documen-
tação pedagógica.

2 Após o primeiro contato com a cantiga e a relação da música com os movi-


mentos, aprofunde a experiência: convide um dos bebês a te dar as mãos e
inicie a ação de rodar com ele. Garanta que todos façam parte dessa roda
e incentive os pequenos a repetir os movimentos feitos anteriormente, de
ir para frente e para trás e de balançar as mãos. Respeite os que não qui-
serem entrar na roda. Possibilite que eles se reúnam em pequenos grupos
a partir de seus interesses e afinidades. Traga os bebês menores no colo
para a roda (um de cada vez), rodando com eles ao som da cantiga. Cante
a música para que possam repeti-la, falando ou balbuciando.

253
Unidade: Rodas e cantigas

3 Coloque outra cantiga para tocar, que pode ser Ciranda, cirandinha, e ob-
serve as ações e as reações de cada um. Comece a cantar e convide todo A
o grupo a dar as mãos e rodar enquanto canta. Incentive-os a mudar a di-
Possíveis falas
reção da roda conforme a indicação da música. do professor
— Olhem, alguns
4 Apresente os instrumentos ao grupo de bebês, colocando a caixa no chão,
colegas acharam
no centro da roda. Possibilite a livre exploração e a interação deles com instrumentos aqui no
os instrumentos, levando-os à descoberta das propriedades de cada um. meio da sala! Quem
Observe qual significado e utilização cada um atribui ao objeto escolhido. quer experimentar tocar
Repita as cantigas, agora com o acompanhamento dos instrumentos. Os enquanto cantamos?
pequenos devem escolher livremente se querem cantar, fazer movimentos — Que interessante! Um
instrumento é diferente
com o corpo ou tocar os instrumentos. Potencialize as ações que surgirem, do outro, qual vocês
valorizando as explorações e descobertas musicais. A querem?

Para finalizar
Quando faltarem alguns minutos para a proposta acabar, avise que tocará a música pela última vez e com-
partilhe com a turma qual será a próxima atividade do dia. Então, convide-a para organizar o local, guardando
os instrumentos em seus lugares. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês no momento da arrumação.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Sugestão de leitura
• Coletânea de
cantigas de roda. Nova
A atividade poderá ser repetida com as mesmas cantigas ou com outras, se desejar Escola. Disponível em:
ampliar o repertório cultural dos bebês. https://novaescola.
Nas duas propostas, é possível variar os materiais a serem explorados, bem como org.br/conteudo/4217/
as interações propostas e os espaços. coletanea-de-cantigas-
de-roda. Acesso em:
18 maio 2021.
 Engajando as famílias
Com os instrumentos musicais utilizados na proposta, construa um mural sonoro in- Sugestão de vídeo
terativo para que toda a comunidade escolar possa explorar ao andar pelo corredor.
• DIY: como montar
Uma outra possibilidade é organizar um mural com fotos dos materiais enviados o painel Montessori
pelos responsáveis dos bebês. Ao lado de cada foto, pendure o instrumento que em casa. Produtora:
foi produzido com aquele material. Lá em Casa É Assim.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=89pd3M3ITvo.
Acesso em: 18 maio
2021.

254
Atividade: Explorando o próprio corpo

 EI01TS01  EI01EF01  EI01EF05


EXPLORANDO O
PRÓPRIO CORPO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A proposta oferece o aprendizado de uma cantiga de roda que possibilite a ex-
ploração dos sons do próprio corpo e o reconhecimento dos nomes dos bebês da
turma. Ouça a música escolhida com antecedência, para familiarizar-se com a letra.
Sugestão de vídeo
Se possível, realize a atividade com a ajuda de outro professor ou auxiliar.
• Ciranda, cirandinha.
Tião Camaleão.

 Materiais Disponível em: https://


www.youtube.com/
watch?v=G2Oub_dq7vc.
•  Um equipamento para reprodução de áudio; Acesso em: 18 maio
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes; 2021.
•  Almofadas;
•  Um cesto com brinquedos diversos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada em uma área externa onde haja espaço suficiente para que os pequenos se
movimentem livremente. Ao redor do centro do espaço escolhido, disponibilize tapetes emborrachados ou col-
chonetes e almofadas para os bebês menores. Teste o equipamento que reproduza áudio com antecedência.
Disponibilize um cesto com brinquedos para aqueles que demonstrarem pouco envolvimento com a proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram o próprio corpo na produção de sons?


2. De que maneira imitam as variações de entonação e de gestos realizados pelos adultos nas brinca-
deiras musicais durante as cantigas?
3. De que forma os bebês demonstram reconhecer quando são chamados por seu nome ou o nome de
seus colegas?

255
Unidade: Rodas e cantigas

 Para incluir todos


Assegure condições para que todos os bebês participem da proposta. Garanta um espaço seguro para
aqueles que se sentam com autonomia e um espaço de mobilidade para aqueles que engatinham e andam
com ou sem autonomia. Enquanto todos estiverem envolvidos em brincar com o próprio corpo ao som da
música, vá até o grupo de bebês menores e interaja com eles, propondo movimentos corporais de acordo
com suas possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo a ir até a área externa e diga a eles que irão conhe-
cer uma nova música e brincar de roda com os colegas. Acomode o grupo
de maneira confortável no chão ou nos tapetes emborrachados ou colcho-
netes, de forma que fiquem próximos uns dos outros. Reproduza a cantiga
escolhida, que pode ser Ciranda, cirandinha, e incentive todos a cantar. Na
atividade Rodas e cantigas com as famílias, deste conjunto, os bebês serão
convidados novamente a conhecer e explorar novas cantigas enquanto inte-
ragem com seus responsáveis. Possibilite que brinquem livremente, criando
movimentos com o corpo. Para isso, reproduza e cante a música mais de
uma vez. Inicie o registro por meio de fotos e pequenos vídeos, para compor A
a documentação pedagógica. Possíveis ações
dos bebês
2 Após esse primeiro contato com a cantiga, aprofunde a experiência convi- dos bebês pode
•Um
dando os bebês para brincar de roda. Incentive um deles a dar a mão a um apontar para o bebê
colega e inicie a ação de rodar, para incentivar os outros a repetir a ação, cujo nome você
se assim desejarem. Favoreça que eles se agrupem a partir de seus inte- chamou.
resses e afinidades, seja em pequenos grupos, seja em duplas ou trios.
•Outro bebê menor
pode olhar para você
Rode com eles ao som da cantiga. Pronuncie as palavras da canção deva- ao ser chamado,
gar, para que eles possam ouvi-las e repeti-las, falando ou balbuciando. reconhecendo o próprio
nome.
3 Cante novamente a música, fazendo gestos com o corpo e brincando de bebê que está
•Um
roda, indo em direções diferentes, conforme a letra sugere. Depois, chame próximo pode observar
tudo, bater palmas e
cada bebê pelo próprio nome para entrar no centro da roda. Incentive-o a
jogar beijos, sorrindo e
fazer gestos, como jogar beijos ou bater palmas, enquanto está no meio dando gritos.
da roda. A

Para finalizar
Avise que irá repetir a música pela última vez antes de encerrar a atividade. Compartilhe com os bebês qual
será a próxima atividade do dia. Convide-os a organizar o local. Valorize e encoraje as iniciativas dos peque-
nos durante a arrumação.

256
Atividade: Explorando o próprio corpo

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser realizada novamente, mas com algumas variações. Acrescente instrumentos musicais à
proposta de modo que os bebês possam explorá-los enquanto ouvem a cantiga.
É possível realizar também uma integração com crianças de outro grupo etário, para favorecer a ampliação
do repertório de movimentos corporais da turma, possibilitando que se agrupem conforme seus interesses e
afinidades.

 Engajando as famílias
Envie o link da canção aos responsáveis e convide-os a repetir a proposta com os bebês em casa, cantando,
rodando e fazendo gestos afetivos, como abraçar, beijar e tocar.
Solicite que, se possível, enviem fotos, pequenos vídeos ou áudios desse momento para a escola. Organize
móbiles com as fotos dos bebês durante a atividade na escola e peça aos adultos que façam o mesmo em casa.
Esses móbiles podem ser pendurados na sala ou no local de acesso dos responsáveis até a sala, para que
todos possam apreciar como ocorreu o momento de cantiga de roda na escola e em casa.

257
Unidade: Rodas e cantigas

 EI01CG02  EI01TS03  EI01EF02


RODAS E CANTIGAS COM
AS FAMÍLIAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Faça uma pesquisa, por meio de um questionário, para investigar se algum adulto que tenha um bom vínculo
afetivo com o bebê toca algum instrumento musical e quais são suas canções preferidas.
Envie um bilhete convidando essas pessoas para vir à escola tocar os instrumentos musicais e realizar uma
roda cantada com os pequenos.
Realize a proposta em um horário que antecipe o momento da saída dos bebês, para que as despedidas
sejam tranquilas. Combine, anteriormente, com os responsáveis as músicas que serão tocadas e familiarize-se
com a letra delas.

 Materiais
•  Instrumentos musicais trazidos pelos adultos responsáveis ou outros instrumentos que a escola possua;
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes;
•  Almofadas;
•  Um cesto com livros ou brinquedos preferidos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada em um espaço externo ou outro espaço amplo da escola. É importante que o
ambiente permita que os bebês se movimentem livremente ao ouvir as cantigas.
Disponibilize tapetes emborrachados ou colchonetes para acomodar os bebês. Para deixar o espaço acon-
chegante, coloque algumas almofadas no espaço.
Disponibilize um cesto com livros ou brinquedos preferidos dos bebês para que possam usá-los caso demons-
trem pouco interesse pela proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês demonstram interesse nas músicas apresentadas pelos responsáveis?


2. Como eles interagem entre si e com os adultos?
3. De que forma os bebês experimentam as possibilidades corporais na roda musical? Como demonstram
que se sentem acolhidos e desafiados?

258
Atividade: Rodas e cantigas com as famílias

 Para incluir todos


Assegure condições para que todos os bebês participem da proposta. Garanta um espaço seguro para aqueles
que sentam-se com autonomia e um espaço de mobilidade aos que engatinham e andam com ou sem auto-
nomia. Incentive os adultos a pegar os bebês menores no colo, rodando com eles ao som das cantigas, para
assim incluí-los na atividade.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo até o espaço preparado. Acomode os bebês de maneira A


confortável, de modo que fiquem próximos uns dos outros. Convide os bebês Possíveis falas
maiores a se sentar em círculo e converse com todos, apresentando os adul- do professor
tos convidados. Diga que eles vão tocar instrumentos e que, juntos, todos po- — Olhem esse
derão aprender a cantar novas músicas. Em seguida, mostre os instrumentos instrumento musical, que
musicais trazidos à turma. Possibilite que os bebês observem e manuseiem (se grande! Vamos conhecê-
possível) cada instrumento. Incentive cada convidado a produzir alguns sons lo? Que interessante!
— Como será que
enquanto mostra o instrumento musical aos pequenos. A B fazemos para que e
produza som?
2 Incentive os adultos, um de cada vez, a tocar seu instrumento musical. Con-
vide todo o grupo a cantar a música, para que os bebês possam repetir, seja
B
falando, seja balbuciando. Assim que eles começarem a movimentar o corpo,
potencialize suas ações: imitando seus gestos e acrescentando gestos que Possível ação
dos bebês
tenham relação com a música, entrando na brincadeira e colocando-se como
uma referência. Garanta que todos os convidados toquem a sua música mais dos bebês pode
•Um
estender a mão até
de uma vez. Se mais de uma pessoa do convívio dos bebês estiver presente,
o instrumento. Se o
incentive que troquem de papéis: um pode cantar enquanto o outro toca, por instrumento fizer
exemplo. Nesse momento, é importante destacar o som de cada instrumento barulho com essa ação,
separadamente. Os bebês devem ficar livres para explorar o espaço durante o bebê pode balbuciar
esse momento, circulando e dançando. Inicie os registros por meio de fotos e bater palmas,
e pequenos vídeos. satisfeito.

3 Proponha uma nova ação: dê as mãos a um dos bebês e inicie a ação de rodar
com ele. Aguarde os outros que também quiserem fazer parte dessa roda. Pos-
sibilite que eles se organizem em pequenos grupos a partir de seus próprios
interesses e afinidades. Possibilite que todos fiquem livres para escolher se
querem cantar, fazer movimentos com o corpo ou brincar de roda. Potencialize
as ações que surgirem, valorizando as explorações e as descobertas musicais.

Para finalizar
Quando faltarem alguns minutos para a atividade terminar, avise que vocês ouvirão a última música do
dia. Então, agradeça aos adultos presentes e explique que está na hora de ir embora.

259
Unidade: Rodas e cantigas

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Uma variação da atividade é fazer a roda cantada, escolhendo as músicas a partir de objetos retirados de
dentro de uma bolsa surpresa. Coloque os seguintes objetos na bolsa: pião (para cantar Roda pião), um caran-
guejo de brinquedo (para cantar Caranguejo não é peixe), uma flor de brinquedo (para cantar Florzinha do meu
jardim), um sapo de brinquedo (para cantar O sapo não lava o pé) etc.
Os objetos podem ser retirados da bolsa pelos bebês. Outra ideia interessante é realizar a construção de
instrumentos musicais com os pequenos, como chocalhos feitos com garrafas PET de 200 mL e diferentes grãos
(de arroz, de feijão, de pipoca etc.). Esses instrumentos poderão ser utilizados durante as canções.
Além disso, é possível convidar um funcionário da escola que saiba tocar um instrumento para que venha até
a sala tocar algumas cantigas populares para a turma.

 Engajando as famílias
Envie as letras das cantigas exploradas durante a proposta aos responsáveis, incentivando-os a cantar e
brincar de roda em casa. Peça a eles que, se possível, enviem fotos ou registros escritos da experiência.
Utilize os registros enviados pelos adultos e os registros feitos durante a atividade para construir um mural
para toda a comunidade escolar apreciar o resultado da proposta.

260
15
AP

CONJUNTO

UNIDADE

MASSAGEM
As interações professor-bebê e bebê-bebê são essenciais para a aprendizagem e o de-
senvolvimento. Uma opção é a massagem, que, por meio do toque, possibilita a troca de
carinho e doação ao outro tanto para quem faz quanto para quem recebe. Ela também
permite conhecer as partes do corpo e perceber as sensações que cada uma delas gera,
o que contribui para desenvolver a ideia de autoconhecimento e autocuidado. É interes-
sante propor aos responsáveis uma discussão sobre vínculos e organizar momentos de
massagem entre eles e os pequenos.

261
Unidade: Massagem

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,


EI01EO05
brincadeira e descanso.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e


movimentos

262
Atividade: Massagem durante os cuidados corporais

 EI01EO05  EI01CG01  EI01CG04


MASSAGEM DURANTE
OS CUIDADOS CORPORAIS
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de leitura
É importante que os bebês envolvidos na proposta já estejam vinculados afetiva-
Benefícios da
•7
mente com o professor e que ele seja identificado como adulto de referência. Para Shantala. Pais & Filhos,
a atividade será necessária a parceria de outro professor ou auxiliar; combine-a mar. 2015. Disponível
previamente. São várias as técnicas para massagem e é importante conhecê-las em: https://paisefilhos.
para garantir uma boa experiência ao bebê. uol.com.br/bebe/7-
beneficios-da-shantala/.
Acesso em:
3 jun. 2021.
 Materiais
•Gestos de cuidado,
gestos de amor. Autor:
•  Itens de cuidados corporais utilizados no banho e/ou troca de roupas e André Trindade. (Summus
fraldas. Alguns exemplos: fralda, pomada, sabonete, shampoo, toalha, roupas Editorial, 2020).
etc. Disponibilize os materiais de uso pessoal do bebê próximos a você;
•Shantala: massagem
para bebês. Autor:
•  Materiais de largo alcance; Frederick Leboyer.
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para (Ground, 2009).
registrar a atividade.

 Espaços
O espaço para a atividade acontecer pode ser o banheiro, o trocador ou outro lugar habitual para os cuidados
corporais dos bebês. O ambiente precisa ser aconchegante e conhecido por eles. Coloque a toalha próximo ao
local do banho, assim como os demais itens que serão utilizados durante esse momento. Lembre-se de evitar
que eles fiquem ao alcance dos bebês sem a supervisão do adulto. A bolsa com as roupas e fraldas, preferen-
cialmente, deve ficar próxima ao trocador. Conforme o bebê cresce, ele pode ser convidado a escolher, dentre
as opções apresentadas pelo professor, a roupa que prefere utilizar. Seja mediador dessa aprendizagem e apoie
os pequenos na construção de sua autonomia.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como cada bebê se expressa corporalmente durante a proposta de massagem?


2. De que forma eles se comunicam durante os momentos da proposta?
3. Como eles participam dos momentos de cuidados corporais?

263
Unidade: Massagem

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem. Esteja atento àqueles que não se sentem à vontade com o toque das
mãos para massagem. Respeite os ritmos e as escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais, corporais e
expressões orais. Possibilite que os bebês conduzam as propostas de massagem e fique atento, dialogando com
o bebê e sendo sensível a ele. Caso o bebê não goste de algum toque, respeite-o em suas escolhas.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Enquanto todo o grupo de bebês está engajado com materiais de
largo alcance, fique atento a cada um para perceber quem neces- Possível ação dos bebês
sita e/ou deseja tomar banho e/ou ser trocado. Se aproxime do dos bebês, ao ser
•Um
bebê que manifestou essa necessidade. Suavemente, abaixe-se convidado pelo professor para
até o campo de olhar dele e convide-o para trocar roupa ou tomar ser trocado, pode balbuciar e
balançar as pernas e braços
banho. Inclua os outros nessa interação, narre o que acontece e
parecendo concordar.
dê previsibilidade aos próximos momentos. Chame cada um pelo
nome. É importante ter mais de um adulto com os pequenos durante B
esse momento da atividade. A B Possível fala do professor
— Vejam! O bebê vai trocar a
2 Convide os bebês, individualmente, para o lugar de cuidados. Você roupa. Depois, será você (diga o
pode levá-los no colo ou dar a mão. Compartilhe com os demais o nome de outro bebê).
que vai acontecer. Se o ambiente for próximo ou se for o mesmo onde
o grupo está, você pode conversar com o resto da turma durante todo C
o momento de cuidados corporais e massagens. Durante a intera- Possível fala do professor
ção professor-bebê, ofereça a massagem entrando na brincadeira
— Troquei o (nome do bebê)
por meio dos movimentos corporais. É importante que o corpo do (enquanto massageia o pé do
bebê seja visto em sua totalidade. Por isso, pergunte se ele permite bebê) e logo será você!
ser tocado e, mesmo que não responda verbalmente, os códigos já
criados entre adulto-bebê (olhar, gestos, confiança etc.) conduzirão à D
resposta, contribuindo para um elo recíproco e respeitoso de cuidado Possível ação dos bebês
e conscientização do pequeno sobre seu próprio corpo. Lembre-se
dos bebês pode dar gritinhos,
•Um
de sempre utilizar o nome dos bebês. C D chamando a atenção do
professor que está em interação
3 Quando estiverem no espaço para cuidados corporais, convide o com outro bebê no trocador.
bebê para participar. Ele pode colaborar na posição do corpo, du-
rante o banho e a troca, ou levantar as pernas e os braços para tirar E
a roupa. Converse com ele e o instigue a contribuir nessa relação Possíveis falas do professor
de forma ativa. Depois do banho ou durante a troca, utilize o toque — Você esticou a perna
suave das mãos para massagear as partes do corpo, como pernas em minha direção, está
e braços. Não se preocupe em estabelecer uma sequência durante me convidando para uma
a massagem, os movimentos corporais do pequeno vão dar o norte massagem? Vou tocar na sua
perna bem devagar... vou
para construírem juntos essa relação. Dessa forma, os vínculos es- massagear a outra perna, você
táveis serão ampliados por meio da troca de afeto com o toque ca- pode me ajudar ao levantá-la.
rinhoso e a doação ao outro, que beneficia quem faz e quem recebe — Já podemos colocar a sua
a massagem. À medida que o bebê levanta os pés, interaja com os calça, por favor, você pode
dedos, braços, pernas, mãos. E levantar a sua perna, seria muito
bom fazermos isso juntos. Uma,
depois a outra.

264
Atividade: Massagem durante os cuidados corporais

F
4 À medida que os bebês participam ativamente da relação de cuidados
corporais, eles passam a ter repertório. Gradativamente, aprendem a Possível ação dos bebês
cuidar de si e dos demais. Na atividade Massagem como experiência dos bebês retorna para
•Um
corporal, deste conjunto, os pequenos terão outras oportunidades de o grupo após o momento
interação através do corpo e do toque. Dessa forma, podem reprodu- de cuidados corporais e
massagem. Em seguida,
zir gestos de cuidados e massagens com os outros. Ao receber ações percebe que há um amigo
generosas, aprendem a retribuir da mesma forma. Perceba como tais chorando porque não encontra
relações acontecem no grupo e registre esses momentos com ano- seu objeto pessoal. Então,
tações, fotos ou vídeos. O conteúdo pode ser compartilhado e gerar ele encontra o objeto e vai
novas propostas no futuro. F ao encontro do bebê para lhe
devolver, podendo oferecer,
também, um abraço.

Para finalizar
Antes do término dos cuidados corporais e massagem, sinalize o próximo acontecimento do dia, dando
uma previsibilidade e promovendo uma sensação de segurança a cada bebê envolvido na proposta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência com o
grupo. Proponha a massagem a todos durante a semana em momentos individuais, após o banho e/ou durante
as trocas de roupas e fraldas. Você pode, inclusive, escolher uma música relaxante para o momento.

 Engajando as famílias
Por meio de um bilhete ou em reuniões com os responsáveis, sensibilize-os para a reflexão sobre o corpo,
suas várias formas de expressão e o toque suave das mãos como um elo de carinho e confiança entre eles e os
bebês. Depois, convide os adultos a escreverem em um mural coletivo como são as interações durante os cui-
dados corporais dos bebês. Se houver momentos de massagens na rotina em casa, peça que incluam no relato.

265
Unidade: Massagem

 EI01EO02  EI01EO04  EI01CG01


MASSAGEM COMO
EXPERIÊNCIA CORPORAL
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de leitura
É importante que os bebês envolvidos na proposta já estejam vinculados afeti-

•Gestos de cuidado,
vamente com o professor e o identifiquem como adulto de referência. A interação gestos de amor.
cotidiana do bebê com o professor, por meio da massagem envolvendo toques de Autor: André Trindade.
afeto, a comunicação tranquila e acolhedora, além de gestos de carinho e cuidado, (Summus Editorial,
promovem o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e a comunicação. 2020).
São várias as técnicas para massagem e é importante conhecê-las para garantir
•Shantala: massagem
para bebês. Autor:
uma boa experiência ao pequeno. Conte com a ajuda de um professor ou auxiliar Frederick Leboyer.
para fazer os registros fotográficos. (Ground, 2009).

 Materiais
•  Um CD, um pen drive ou similar com músicas clássicas já previamente selecionadas e que transmitam
sensação de relaxamento, calma e tranquilidade;
•  Materiais de largo alcance, como potes com tampas, tecidos e canos de PVC. É importante que os
bebês já conheçam bem o material oferecido;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
O espaço deverá ser amplo, convidativo e confortável para o bebê deitar. Ele pode estar forrado com colcho-
netes ou tapetes emborrachados. É importante que o material seja denso para que o corpo do bebê não afunde.
Deixe a música clássica tocando como som ambiente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como cada bebê se manifesta e se expressa durante a proposta? Perceba suas emoções, desejos
e necessidades.
2. Como cada um percebe seu próprio corpo e o corpo do outro durante a massagem?
3. De que forma cada um interage com seus pares e adultos na massagem?

266
Atividade: Massagem como experiência corporal

 Para incluir todos


Garanta que todos participem. Esteja atento àqueles que não se sentem à vontade com o toque das mãos
para massagem. Respeite seus ritmos próprios e escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais, corporais
e expressões orais. Possibilite que os bebês conduzam as propostas de massagem e fique atento, dialogando
e sendo sensível a eles.

O QUE FAZER DURANTE

1 Enquanto todo o grupo está engajado com materiais de largo alcance, dirija-
-se a uma dupla de bebês (que estejam próximos um do outro e se mostrem
disponíveis para a massagem). Fique perto e entre na relação com eles. Cha-
me cada bebê pelo nome. Eles podem se sentir curiosos com seu chamado
para brincar de interagir e descobrir o corpo. É importante considerar que o
corpo do bebê precisa ser visto em sua totalidade e que está em constante
relação com o outro. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e mesmo
que não responda verbalmente, os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar,
gestos, confiança) conduzirão à resposta. Isso contribuirá para um elo recípro- A
co e respeitoso de cuidados e conscientização do pequeno sobre seu próprio Possível fala
corpo. Se houver mais de um professor ou auxiliar na turma, peça que filme do professor
toda a proposta para que posteriormente seja compartilhada com os bebês — Cadê o pé do (diga o
e comunidade escolar. As gravações também servirão de registro para novos nome do bebê)?
planejamentos e observações. A

2 Esteja disponível para quando um dos bebês oferecer os pés, pernas ou


mãos. Nesse momento, convide-o para massageá-lo com o toque suave
das mãos. Chame a atenção do bebê que está ao lado para essa interação.

3 Perceba como os bebês envolvidos entram na proposta de massagem e como


interagem com seus corpos. Essa ação será importante para o desenvolvimen-
to da atividade Meu corpo e o corpo do outro, deste conjunto. Convide-os a
ouvir e sentir a música clássica e busque um momento de silêncio entre vo-
cês, deixando que prevaleça o toque suave das mãos que se alternam entre
os dois bebês engajados com o professor.

4 Observe como cada bebê envolvido se expressa por meio de gestos, balbucios B
e palavras. Eles podem dizer o que sentem oralmente ou por gestos corporais Possível fala
e/ou expressões. Podem demonstrar qual parte do corpo gostam ou não de re- do professor
ceber a massagem e se gostam ou não de massagear um colega quando con- — Você está sentindo
vidados pelo adulto ou por iniciativa própria. Podem também não concordar que estou massageando
com a interação por meio do toque das mãos para a massagem. É importante os seus braços? Gosta
que o professor esteja atento e respeite o ritmo, tempo e desejo de cada um disso? Agora também
ao mesmo tempo que demonstra estar receptivo em acolher a manifestação, vou massagear as
sinalizando que está disponível para quando o pequeno se sentir à vontade pernas do bebê que
está ao seu lado, você
em participar da experiência. Quando engajados, incentive que continuem a gostaria de me ajudar?
narrar a experiência de massagem e apoie-os a interagir entre si. B

267
Unidade: Massagem

Para finalizar
Quando o término da atividade estiver se aproximando, conte sobre o próximo acontecimento do dia,
atribuindo uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções
de tempo e espaço. Incentive os bebês a guardar os materiais de largo alcance com os quais brincavam,
realizando a ação junto com eles.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, o professor pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência
da massagem com todos os bebês. Outra sugestão é utilizar garrafas PET como rolinhos na hora da massagem
ou bolas pequenas (aproximadamente 10 cm) de meia ou borracha para deslizar sobre o corpo.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para irem em um final de dia na escola, para que juntos com os bebês, em
roda, façam a massagem neles. Durante essa proposta, utilize a música clássica já conhecida pelo grupo e
garanta que seja um momento tranquilo e confortável, num ambiente calmo e que valorize a relação entre os
responsáveis e seus bebês. Enfatize o toque suave das mãos, a relação olho no olho, os gestos carinhosos e
generosos, a calma para realizar os movimentos e a valorização do corpo e das múltiplas formas de se mani-
festar. Perto do término, diga que podem finalizar aos poucos, cada um em seu ritmo com o bebê. Antes de irem
embora, peça a eles que, individualmente, escrevam ou desenhem num mural o que esse momento significou.

268
Atividade: Meu corpo e o corpo do outro

 EI01EO02  EI01EO04  EI01CG02


MEU CORPO E O CORPO
DO OUTRO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, é interessante que os bebês já tenham se apropriado previamente de práticas com massa-
gem. Mostre vídeos de documentação pedagógica do grupo realizando massagem entre eles. Dialogue sobre
esses momentos, resgatando a memória e convidando os pequenos a entrarem na proposta que será realizada.
Caso esteja realizando pela primeira vez, mantenha seu olhar sensível e atento ao introduzir a prática ao grupo.

 Materiais
•  Cestos e bacias com bolas de meia e/ou pano, com aproximadamente 10 cm de diâmetro;
•  Playlist, pen drive ou CD com música calma e convidativa à massagem;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados e almofadas;
•  Uma caixa com diversos materiais de largo alcance;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Deve ser realizada num ambiente calmo e favorável à interação dos bebês por meio da massagem. É impor-
tante que não haja muitos fatores externos que atrapalhem o engajamento dos pequenos na relação entre si,
com o adulto e com os objetos propostos. Organize colchonetes e almofadas, garantindo conforto e, ao mesmo
tempo, espaço para locomoção. Deixe disponível uma caixa com materiais de largo alcance.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como o bebê percebe seu próprio corpo e o corpo do outro durante a massagem? Quais possibili-
dades corporais ele experimenta?
2. Como cada um se comunica durante a proposta? Sorri ao receber a massagem, balbucia, fala o que
sente, faz expressão de agrado ou desagrado etc.?
3. De que forma acontecem as interações entre os bebês e seus pares? Como cada um procura o outro
para interagir?

269
Unidade: Massagem

 Para incluir todos


Garanta que todos participem. Chame os bebês para participarem desse momento, dando ênfase ao cui-
dado e carinho. Esteja atento àqueles que não se sentem à vontade com o toque das mãos para massagem.
Por isso, respeite seus ritmos próprios e as escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais, corporais e
expressões orais.

O QUE FAZER DURANTE

Disponibilize cestos com bolas de pano e/ou meia para pequenos A


1 Possível fala do professor
grupos de bebês. Coloque-os num ambiente previamente organiza-
do com uma música convidativa para a massagem, colchonetes e al- — Essa bolinha é tão macia,
mofadas, enquanto outros bebês do grupo poderão estar engajados vamos experimentar? Posso
com demais materiais de largo alcance. Possibilite que manuseiem passar nos seus braços, mãos,
as bolas, os cestos e bacias, brincando conforme desejarem. Pegue pés… o que acha melhor?
uma das bolas e sente-se próximo a um dos pequenos. Entre na brin-
cadeira com ele e pergunte se deseja deslizar a bola em seu corpo. B
Convide-o a indicar qual parte do corpo gostaria de ser massageado Possível ação dos bebês
com a bolinha. A B
bebê pode sinalizar
•O
através da fala, gestos, olhar,
2 Perceba como o bebê interage na proposta da massagem com as balbuciar etc.
bolas e como os que estão ao entorno observam essa relação. Con-
vide os demais do pequeno grupo a se engajarem na massagem,
incentivando que a façam em si e nos demais, o que favorecerá o C
desenvolvimento da atividade Massagem na construção de vín- Possível fala do professor
culos, deste conjunto. Considere que o corpo do bebê precisa ser
visto em sua totalidade e que ele está em constante relação com — Você também deseja realizar
a massagem ou receber a
o outro. Pergunte se ele permite ser tocado e, mesmo que não res- massagem? Sente-se aqui ao
ponda verbalmente, os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar, nosso lado. Enquanto continuo
gestos, confiança) conduzirão a essa resposta, contribuindo para a massagem em (diga o nome
um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscientização sobre do bebê), o que acha de me
o próprio corpo. Sempre utilize o nome dos bebês. C D ajudar? Assim, poderei realizar a
massagem em você também.

D
Possível ação dos bebês
dos bebês poderá observar
•Um
o professor realizando uma
massagem em outro bebê por
meio da bolinha. Poderá se
locomover até uma bola de
pano que está no chão, pegá-la
e se dirigir até o professor,
entregando o objeto para ele
como se estivesse fazendo um
convite para a massagem.

270
Atividade: Meu corpo e o corpo do outro

Observe como os bebês se apropriam dos movimentos já conheci- E


3
dos, como utilizam os objetos e procuram uns aos outros. Incentive Possível fala do professor
que continuem com liberdade a realizarem a massagem por meio — Olhem como a bola desliza
das bolinhas, mediando com conversa as ações deles sempre que nas pernas de (diga o nome do
necessário. Chame a atenção para que os bebês observem a boli- bebê), uma bola bem macia
nha deslizando em cada parte do próprio corpo, assim como no cor- que desliza bem devagar e com
po do outro. Dê ênfase aos gestos carinhosos e cuidadosos consigo carinho para não machucar.
O (diga o nome do bebê) está
e com os demais por meio de falas. Garanta que todos participem, sorrindo porque você está
respeitando seus tempos e ritmos. Registre em vídeos ou fotos para passando a bola com carinho em
posteriormente servir de instrumento de reflexão e documentação. E sua barriga.

Para finalizar
Próximo ao término, diga aos bebês sobre o próximo acontecimento do dia, atribuindo uma previsibi-
lidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço.
Incentive-os a guardar os objetos com os quais brincavam e as bolinhas dentro dos cestos e bacias.
Realize a ação junto com eles.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência da
massagem com cada dupla de bebês. Uma proposta interessante é que crianças de outros agrupamentos, mas
que já sejam conhecidas dos bebês, também participem com eles da massagem com as bolinhas.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para que, em casa, junto com seus bebês, realizem esse momento de massagem.
Oriente-os para que seja um momento tranquilo e confortável, num ambiente calmo e que valorize a relação entre
o adulto e seu bebê. Enfatize o toque suave das mãos, a relação olho no olho, os gestos carinhosos e generosos, a
calma para realizar os movimentos, a valorização do corpo e das suas múltiplas formas de se manifestar. Combine
com eles para que levem um relato desse momento para ser compartilhado no mural da escola.

271
Unidade: Massagem

 EI01EO05  EI01CG01  EI01CG04


MASSAGEM NA
CONSTRUÇÃO DE
VÍNCULOS
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, é interessante que os bebês tenham vivenciado, anteriormente, práticas com massagens.
Também é possível realizá-la, se for a primeira vez. Para isso, mantenha seu olhar sensível e atento. Por exem-
plo: caso eles estranhem, possibilite a participação por meio da observação e, em uma próxima oportunidade,
ofereça a massagem novamente. Conte com a ajuda de outro professor ou auxiliar para desenvolver a proposta.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados.

 Espaços
A atividade deve ser realizada nos espaços do sono, sobre colchonetes e almofadas. É importante que seja
um local calmo e tranquilo, que favoreça a interação adulto-bebê. Prepare também outros espaços e outras
atividades para engajar o grupo enquanto as massagens são feitas individualmente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como o bebê responde e reage ao convite do adulto durante a proposta?


2. Como eles podem participar e atuar durante os cuidados pessoais (como troca de fralda/roupa, banho,
sono etc.)?
3. Eles podem comunicar de muitas formas seus desejos: falar, balbuciar, indicar com o corpo e os gestos.
Quais expressões corporais, verbais e gestuais cada um realiza durante a massagem?

272
Atividade: Massagem na construção de vínculos

 Para incluir todos


Fique atento aos bebês que não se sentem à vontade com o toque das mãos para massagem. Por isso,
respeite os ritmos próprios de cada um e as escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais, corporais e
expressões orais.

O QUE FAZER DURANTE

1 Enquanto todo o grupo está engajado em outras atividades, convide indi-


vidualmente um dos bebês para o local onde será realizada a massagem
corporal. Faça o convite no momento antes do sono ou dos cuidados pes-
soais. Observe a disponibilidade do bebê para essa interação e realize a
A
proposta em um momento de rotina deles. Considere que o corpo do bebê
precisa ser visto em sua totalidade e que está em constante relação com o Possíveis falas
do professor
outro. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e, mesmo que não res-
ponda verbalmente, os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar, gestos, — Antes do seu sono
chegar, posso fazer uma
confiança) conduzirão a essa resposta, contribuindo para um elo recíproco e
massagem nos seus pés?
respeitoso de cuidados e conscientização do bebê sobre seu próprio corpo. — Enquanto troco a sua
É importante que o professor chame o pequeno pelo nome e que haja outro roupa, posso massagear
professor ou auxiliar na sala para estar próximo enquanto o grupo brinca seus braços?
nos cantos previamente organizados. A

2 Durante a massagem individual, observe como o bebê reage a cada toque


em seu corpo (pés, mãos e braços) e como corresponde a essa interação.
Relembre, por meio do contato corporal, dialogando sobre os momentos em
que estiveram juntos, adulto e bebê.

3 Continue a massagem nos pés, pernas e braços. Mantenha as mãos suaves


e o olhar atento. Esteja disponível aos gestos, olhares, balbucios e falas
do bebê. Mantenha um diálogo carinhoso com ele. Relembre os momen-
tos que estiveram juntos durante o dia. Perceba como ele irá responder a
essa memória. Invista na troca de olhares e chame sempre o pequeno pelo
nome. Respeite seus desejos e maneiras de se manifestar. Seja sensível e
compreenda caso ele não deseje participar da proposta; convide-o nova-
mente em um outro momento ou dia.

Para finalizar
Ao retornar com um bebê da massagem, enquanto os demais estão brincando, diga a todos o próximo
acontecimento do dia, atribuindo uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na
compreensão das noções de tempo e espaço.

273
Unidade: Massagem

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência da
massagem individualmente em cada bebê. É necessário respeitar o ritmo e o tempo de cada um.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para registrar em um caderno, a ser compartilhado entre eles, a proposta
da troca de experiências sobre como acontecem os momentos de sono e cuidados pessoais com os bebês. Eles
também podem compartilhar em uma roda de conversa no início do ano letivo. Assim, escola e responsáveis
podem conhecer, nas suas experiências e narrativas, valiosas informações. Fale da importância da construção
dos vínculos durante a relação adulto-bebê.

274
Atividade: Massagem com música instrumental

 EI01EO02  EI01CG01  EI01CG02


MASSAGEM COM MÚSICA
INSTRUMENTAL
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, é importante que os bebês já tenham vivenciado experiências com massagem,
de modo que possam compreender que agora ela acontecerá no próprio corpo.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Playlist, pen drive ou CD com música instrumental, idealmente uma melodia calma;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser desenvolvida na sala, com colchonetes organizados no chão e música instrumental
ambiente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais movimentos o bebê realiza com seu corpo durante a proposta?


2. Como cada bebê se relaciona com outro bebê e com o adulto?
3. Quais expressões e/ou falas o bebê utiliza para se comunicar?

 Para incluir todos


Garanta que todos possam se expressar por meio de seus movimentos corporais. Para isso, crie condições
para sua autonomia e bem-estar. Além disso, esteja atento àqueles que não se sentem à vontade com o toque
das mãos para massagem. Respeite seus ritmos próprios e escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais,
corporais e expressões orais.

275
Unidade: Massagem

O QUE FAZER DURANTE

Convide todo o grupo de bebês a se locomover até o local escolhido, A


1
organizado previamente e com a música instrumental tocando. Colo- Possível ação dos bebês
que-se na altura deles e diga que podem fazer movimentos livres com dos bebês observa o
•Um
o corpo. Faça alguns movimentos e encoraje-os. A B movimento do professor e o
imita, levantando uma das
Incentive o grupo a realizar os movimentos de forma autônoma en- pernas enquanto está sentado e
2 apoiando-se com as duas mãos
quanto escutam, sentem a música, exploram os espaços, interagem
no chão.
com seus corpos e com a proposta. A atividade Massagem na cons-
trução de vínculos, deste conjunto, será importante para a explora-
ção do corpo com toques. Nesse momento, faça registros com fotos B
e anotações para posterior documentação pedagógica. Em seguida, Possíveis falas do professor
convide os bebês para automassagem. C — Olhem como (diga nome do
bebê) mexe as suas pernas.
3 Enquanto o grupo está engajado na exploração do próprio corpo, apro- — (Diga o nome de outro bebê)
xime-se de duplas de bebês e ofereça a massagem, entrando na brin- está rolando no chão.
— Olhem como estico as minhas
cadeira por meio dos movimentos corporais. Considere que o corpo
pernas e como movimento meus
do bebê precisa ser visto em sua totalidade e que está em constante braços. Vocês podem fazer
relação com o outro. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e, também!
mesmo que não responda verbalmente, os códigos já criados entre
adulto-bebê (olhar, gestos, confiança) conduzirão a essa resposta, con- C
tribuindo para um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscien-
Possível fala do professor
tização do pequeno sobre seu próprio corpo. Sempre utilize os nomes
dos bebês. Respeite o tempo de cada um mesmo que ele não deseje — Como é bom massagear as
participar nesse momento. Chame a atenção deles para o som da mú- minhas pernas! Você também
podem fazer massagem em
sica instrumental enquanto encoraja as interações entre eles durante vocês, tocar as pernas, pés,
a massagem. Fique próximo, disponível e atento ao grupo. mãos e cabeça.

Para finalizar
Perto do término, diga aos bebês o próximo acontecimento do dia, atribuindo previsibilidade à expe-
riência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Reduza aos
poucos o som da música.

276
Atividade: Massagem com música instrumental

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência com
outras duplas de bebês. É necessário respeitar o ritmo e o tempo de cada um engajado na proposta. Outro
momento importante é oferecer a massagem antes do sono, em duplas ou de forma mais individualizada.

 Engajando as famílias
Por meio de um bilhete ou em reunião/encontros com os responsáveis, sensibilize-os para pensar a respeito
do corpo, suas várias formas de expressão e o toque suave das mãos como um elo de carinho e confiança.
Depois, convide-os a deixar registrado, de forma escrita em um mural coletivo, como são as interações durante
os cuidados corporais dos bebês e se há momentos de massagens entre eles na rotina de casa.

277
16
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

MELECAS COM TINTA


Os bebês apreciam as diversas maneiras de expressar seus pensamentos e emoções. O
uso de tintas pode ser uma maneira de marcar uma ideia ou um desejo por meio do movi-
mento do corpo. Além dos traços e das marcas deixados pelas tintas, a proposta permite
aos pequenos experimentar diversos acessórios, como rolos, pincéis grossos e finos e,
em especial, descobrir a riqueza do uso das mãos. É possível também oferecer variados
tipos de tintas e trabalhar percepções sobre consistências, cores e os efeitos delas nas
superfícies ofertadas (papelão, caixas etc.). Os planos compõem uma sequência de ativi-
dades envolvendo vários tipos de experiências sensoriais que exploram diversos tipos
de melecas.

278
Sequência: Melecas com tinta

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

 Campos de experiências

Corpo, gestos e Traços, sons, cores e Espaços, tempos,


movimentos formas quantidades, relações
e transformações

279
Sequência: Melecas com tinta

 EI01CG02  EI01ET02  EI01ET03


MELECA COM
AMIDO COLORIDO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antes de realizar a atividade, organize um cesto ou uma caixa com objetos que os bebês gostam de brincar
para levar à área externa. A atividade foi elaborada para os bebês maiores. A proposta envolve um trabalho
com pequenos grupos. Sendo assim, conte com a ajuda de outro professor ou auxiliar.

 Materiais
•  Amido de milho; 10 cm (aproximadamente);
•  Recipiente para colocar o amido; •  Colher para misturar;
•  Água; •  Jornal ou plástico grande e grosso;
•  Corante comestível; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Recipiente com largura suficiente para os registrar a atividade;
bebês colocarem seus pés e com altura de •  Cesto de brinquedos preferidos dos bebês.

 Espaços
Escolha um espaço externo da escola. Pode ser jardim ou pátio, para que os bebês brinquem livremente enquanto
você estiver com pequenos grupos. Leve um cesto de objetos escolhidos pelo grupo. Forre o chão com jornal ou um
plástico grande e grosso. Leve o material organizado em seus recipientes e coloque em cima do forro.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem quando os materiais são apresentados? Observam? Se permitem experimentar
os materiais? Que descobertas fazem?
2. Como eles exploram a transformação da mistura com amido, água e corante (misturam, movem,
transbordam)?
3. Como a proposta desafia corporalmente os bebês e como eles utilizam o corpo para essa exploração
(apertam, amassam, afundam partes do corpo nos recipientes, exploram com diferentes partes do corpo)?

 Para incluir todos


Com olhar atento às demandas, auxilie nos deslocamentos dos bebês. Garanta que todos possam estar em
atividade de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades. Disponibilize um cesto de objetos preferidos
para que tenham acesso quando desejarem.

280
Atividade: Meleca com amido colorido

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para ir à área externa onde foi organizada a proposta.
Chame um pequeno grupo de três ou quatro bebês e os ajude a se sentarem
próximos uns dos outros para que você possa apresentar a vivência. Conver-
se sobre os materiais ali dispostos separadamente nos recipientes dizendo o A
nome de cada um. Mostre o recipiente com amido de milho e convide o pe- Possível ação
queno grupo a experimentar seu toque seco e aveludado. Brinque de bater dos bebês
palmas com as mãos cheias do pó do amido de milho, aponte a cor branca soprar um montinho
•Ao
que fica na mão, a textura etc. Facilite a exploração livre, assim como deverá de amido de milho, o
acontecer na atividade Exploração de massinha caseira, deste conjunto, e bebê pode fazer uma
peça a ajuda de outro professor ou auxiliar para iniciar o registro com fotos. cara de surpresa e sorrir.

Encoraje todos a experimentar a textura e a temperatura do amido de milho. B


2
Valide as iniciativas dos pequenos, como afundar as mãos e encostar o ma- Possível fala
terial com o dedo. Brinque de soprar o amido de milho, coloque um montinho do professor
nas mãos dos bebês e os convide para soprar também. Repita os movimen- — Ué, cadê o montinho
tos e as brincadeiras que eles fizerem e possibilite que explorem o amido de que estava na sua mão?
milho das diferentes maneiras que surgirem no grupo. É possível que alguns Onde foi parar depois
bebês não se interessem ou ainda se mostrem desgostosos em manipular o que você soprou? Ih, se
espalhou pelo ar! Vamos
amido. Esteja atento às manifestações e respeite o desejo de cada um, crian- pegar mais?
do possibilidade para aqueles que preferem observar. A B

3 Apresente o recipiente com água e convide um bebê maior do pequeno grupo


para pingar o corante e tingir o líquido. Possibilite que brinquem com a água ba-
tendo a palma das mãos, fazendo-a escorrer pelos dedos e outras ações iniciadas
pelos próprios bebês. Explore a mistura do meio seco com a água e deixe que os C
bebês coloquem aos poucos para irem sentindo a transformação. Chame a aten-
Possível fala
ção para a transformação: antes era o pó do amido e a água que depois viraram do professor
massa. Convide-os a explorar o manuseio da massa dando ênfase às sensações
— O que será que
experimentadas: ao apertar e fechar a mão, forma-se um bolo duro; quando abre,
acontece se misturarem
amolece escorrendo entre os dedos. Faça esses movimentos de abrir e fechar a o amido de milho com
mão sendo modelo dessa ação para que eles possam se inspirar e imitar. Após a água?
a dissolução, chame a atenção dos bebês para a nova textura e cor. C

4 Brinque com pequenos grupos explorando essa nova mistura, que é rica em
possibilidades e desperta os sentidos ao tocar porque tem uma textura dife-
rente. Continue interagindo de acordo com o interesse deles, fazendo boas
intervenções para que avancem em suas pesquisas exploratórias. Repita a
proposta com todos os pequenos grupos até se certificar de que todos te-
nham realizado a experiência sensorial, caso desejem. Para a limpeza, utilize
um pano úmido ou enxágue com água.

Para finalizar
À medida que os bebês forem terminando, inicie a limpeza com um pano úmido ou um banho, se neces-
sário. Diga que após a limpeza eles irão para a próxima proposta. Solicite a ajuda deles para a limpeza e
organização do espaço, guardando os brinquedos que levaram e alguns materiais utilizados, respeitando
o tempo e possibilidades de cada um.

281
Sequência: Melecas com tinta

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Apresente a atividade novamente aos bebês. A partir da repetição, eles experimentam e se apropriam de
movimentos e se sentem seguros para ampliar e realizar mais descobertas e interações numa próxima oportu-
nidade. Em novas explorações, despeje a massa num recipiente com largura suficiente para os bebês colocarem
seus pés, com altura de aproximadamente 10 cm. Utilize também alguns instrumentos para explorar as massas,
como palitos de sorvete, ferramentas de brinquedos, potes e colheres.

 Engajando as famílias
Imprima a receita em papéis. Confeccione um mural de fotos com legendas descritivas da atividade. Disponi-
bilize as receitas por meio do mural (podem ser grampeadas no mural, para que os responsáveis destaquem,
ou colocadas em uma caixa etc.), de um bilhete ou utilizando outros meios de comunicação comuns em sua
escola. Convide os adultos a realizar a atividade em casa com os pequenos e a compartilhar com a escola por
meio de fotos e relatos, para complementar o mural.

282
Atividade: Exploração de massinha caseira

 EI01CG02  EI01ET01  EI01ET03


EXPLORAÇÃO DE
MASSINHA CASEIRA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize o espaço com os ingredientes e os utensílios a serem utilizados no preparo da receita da massinha
caseira antecipadamente, de modo que os bebês se surpreendam com o ambiente.

 Materiais  Espaços
•  Ingredientes para a massinha: 1 xícara de sal, Na sala ou no ateliê (caso tenha na sua escola),
4 xícaras de farinha de trigo, 1 xícara e meia de organize recipientes com os ingredientes dispostos
água, 3 colheres de sopa de óleo; em cima da mesa e uma caixa ou cesto com utensílios
•  Outros materiais (pense em quantidades (palitos de sorvete, potes, colheres), para distribuir
suficientes para o número de bebês da turma): para os bebês durante a atividade, caso desejem.
colheres, palitos de sorvete, potes ou panelas de
brinquedo, disponibilizados em um cesto ou caixa;
•  Uma caixa com material sucata;
•  Mesas e cadeiras adequadas à altura dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um
caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem às descobertas em relação aos materiais e objetos (cheiro, cor, sabor, textura)?
2. Como e quais descobertas fazem durante a mistura (misturam com as mãos ou com os utensílios,
observam a cor diferente, levam os ingredientes à boca, pedem para lavar as mãos etc.)?
3. Como ocorre a exploração da massa depois de pronta (manuseiam livremente, brincam de amassar,
usam dedos para furar, dão forma à massa, fazem bolinhas ou minhocas etc.)?

 Para incluir todos


Garanta que todos possam estar em atividade de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades. Se
for o caso, auxilie o deslocamento de todos. Ajude os que necessitarem de auxílio para se organizar na mesa,
que deve ser adequada ao tamanho dos bebês. Disponibilize uma caixa com sucata para que possam brincar
de forma que tenham acesso quando desejarem.

283
Sequência: Melecas com tinta

O QUE FAZER DURANTE

Convide todo o grupo para estar na sala organizada para a proposta. Dispo- A
1
nibilize uma caixa com sucata para que possam brincar, de forma que tenham Possível ação
acesso quando desejarem. Apresente a proposta dizendo que irão fazer mas- dos bebês
sinha caseira para brincar. bebê poderá
•Um
colocar a mão no
Converse com os bebês perguntando o nome de cada ingrediente já separado bolo da mistura, que
2 fica grudenta com
nos potes. Valide suas respostas e complemente com o que for necessário. a massa, e esfregar
Incentive-os a experimentar os ingredientes com as mãos e a sentir o cheiro. uma na outra, ficando
Pegue um recipiente grande e solicite a ajuda deles para misturá-los. De forma agora com a massa
aleatória e organizada, pergunte quem gostaria de colocar primeiro a farinha. nas duas mãos. Bater
Permita que explorem esse elemento seco e depois o sal, para verem que fica palmas, perceber que
da mesma cor e textura. Em seguida, dê água e destaque a diferença entre o espalha pedaços pelo
ar e logo em seguida
elemento seco e o molhado. Convide um bebê para misturar o óleo na água levar sua mão à boca,
e diga para observarem a transformação. Dê oportunidade para que todos experimentando o
possam participar desse momento. sabor da massinha.

3 Inicie a mistura dos ingredientes com suas mãos e depois convide os bebês B
para misturar também, chamando a atenção quanto à textura da preparação
Possível fala
durante o processo. Se ficar muito mole, adicione mais farinha. Se ainda estiver do professor
seca e quebradiça, adicione mais água. Nesse momento em que os bebês es-
— Ih, como ficou a sua
tarão, literalmente, com a mão na massa, inicie os registros fotográficos para mão? Vamos colocar mais
documentação pedagógica e, ao final da experiência, faça registros escritos farinha para ver o que
para complementar as fotos. A B acontece? Mexe mais um
pouco… o que aconteceu?
Continue misturando, junto aos bebês, a massinha, até ficar num ponto ideal Ih, ficou dura!
4
(nem tão grudenta, nem tão seca). Depois, peça para cada um retirar um pe-
daço da massinha do recipiente grande, para poder brincar. Auxilie-os, nesse C
momento, dividindo a massa entre todo o grupo. Possível fala
do professor
5 Agora é o momento da exploração e brincadeira com a massinha. Valide as — O que será que você
iniciativas dos bebês e brinque com eles. Eles podem colocar a massa na boca fez aí? Um furo? Vamos
para experimentar o sabor, usar os dedos para fazer furos, a palma das mãos fazer uma bolinha para
para amassar, enrolar, fazer cobrinhas etc. Mostre quais são os movimentos colocar dentro desse
para fazer bolas e minhocas. Cante: “Enrola, enrola, vamos fazer uma bola?”. buraco?
Jogue para eles, deslizando as bolas de massinha pela mesa etc. C D
D
6 Ofereça os utensílios separados por você, para que os bebês possam ampliar Possível ação
suas explorações cortando, picando e fazendo marcas na massa. Brinque de dos bebês
faz de conta cortando a massa como “comidinha”, coloque os pedaços na bolo de massinha,
•No
panela de brinquedo, finja que está comendo, peça a um deles para oferecer um bebê poderá usar
a “comidinha” para um amigo. Esconda a massinha com um pote e brinque seus dedos para
de sumir e aparecer, encha um pote de massinha até transbordar etc. Explo- fazer furos e moldá-la
re a massa das diversas maneiras que surgirem com o seu grupo de bebês. conforme deseja.

284
Atividade: Exploração de massinha caseira

Para finalizar
À medida que os bebês forem terminando, inicie a limpeza com um pano úmido, se necessário, e diga
que em seguida eles irão para a próxima proposta. Solicite a ajuda deles para a limpeza e organização do
espaço. Perceba quem apresenta iniciativa para a arrumação e valide suas ações. Peça a eles para que
guardem os utensílios que utilizaram e reúnam os pedaços de massinha num pote, respeitando o tempo
e possibilidades de cada um. Avise que guardará a massinha na geladeira para fazê-la durar mais um pouco.
Lembre-se de que esse material é perecível e, depois de um tempo, a massa pode mudar de aspecto. Nes-
se caso, descarte-a.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Utilize a massinha caseira para brincar com os bebês em outros espaços da escola. Incentive-os a brincar
outras vezes, pois a partir da repetição eles passam a experimentar e se apropriar de movimentos, sentindo-se
seguros para ampliar e realizar mais descobertas e interações numa próxima oportunidade. Você também pode
colorir a massinha utilizando corante comestível na mistura.

 Engajando as famílias
Organize, em potes ou em saquinhos, pedaços de massinha para que os bebês possam levar para casa, para
brincar com seus responsáveis. Solicite aos adultos que façam algum registro escrito (pela agenda, cartaz ou
em folha avulsa) contando como foi a brincadeira. Envie pela agenda ou outra forma de comunicação a receita
da massinha caseira, caso os responsáveis queiram repetir o procedimento em casa junto com os pequenos.

285
Sequência: Melecas com tinta

 EI01CG05  EI01TS02  EI01ET01


TINTAS CASEIRAS
NAS MASSAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Prepare o ambiente de forma convidativa para os bebês explorarem as melecas. Separe uma caixa com
material de largo alcance para ser utilizado quando eles desejarem. Conte com a ajuda de outro professor ou
auxiliar para desenvolver a atividade.

 Materiais
•  Opções de tintas naturais (preparadas •  Papel pardo (ou outro papel que tiver
previamente): disponível em sua escola) para pintura coletiva;
1) Pó de gelatina com um pouco de água (a cor •  Plástico grande ou folhas de jornal;
produzida depende do sabor. Para variar, •  Um celular ou uma câmera fotográfica, um
pode ser tutti frutti para produzir a cor azul); caderno e uma caneta para registrar a atividade.
2) Água e pedaços de beterraba para fazer
suco de beterraba e depois misturar com
com farinha branca (produz cor rosada);  Espaços
3) Água e folhas de espinafre para fazer suco
de espinafre com farinha branca (produz Forre o espaço escolhido com um plástico grande
cor verde). ou folhas de jornal. Escolha um espaço externo para
•  Três recipientes para armazenar as tintas; realizar a atividade, que acontecerá em dois momentos:
•  Um liquidificador; o primeiro, com pequenos grupos para tingir a mas-
•  Uma caixa com material de largo alcance; sinha; o segundo, de forma livre com o todo o grupo,
•  Massinha caseira produzida na atividade para pintura coletiva, com o chão forrado com papel
Exploração de massinha caseira, deste pardo, que será o suporte sobre o qual se desenvolverá
conjunto; a atividade em si.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem às descobertas em relação aos materiais e objetos (cheiro, cor, sabor,
textura etc.)?
2. Como ocorre a exploração das tintas e massas depois de prontas (manuseiam livremente, brincam
de amassar, usam dedos para furar, dão forma à massa, fazem bolinhas ou minhocas, pintam o corpo,
pintam o papel etc.)?
3. Que movimentos realizam para a exploração das massas e tintas (preensão, encaixe e lançamento etc.)?

286
Atividade: Tintas caseiras nas massas

 Para incluir todos


Garanta que todos possam estar em atividade de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades. Disponi-
bilize uma caixa com material de largo alcance para que possam brincar. Deixe-a acessível para quando desejarem.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo e converse brevemente sobre a atividade que vai A


ser realizada. Ofereça as tintas preparadas para que experimentem o sa- Possível ação dos bebês
bor, sintam o cheiro e a textura. Compare alguns critérios da tinta, como

•Com as mãos, um bebê
suas cores, sabores adocicado ou amargo, textura molhada ou áspera poderá apertar a massinha e
etc. Explore bastante essas características com todo o grupo. Disponibi- perceber que, aos poucos, a
lize num canto uma caixa com material de largo alcance para os bebês cor vai se tornando uniforme,
explorarem quando desejarem. Nesse momento, peça ao professor ou deixando de ser bege.
auxiliar que fotografe as experiências para a documentação pedagógica. Demonstra um olhar curioso,
leva a massinha à boca
Ao final da proposta, registre por escrito suas observações. e depois coloca no chão,
fazendo furos nela com seus
2 Após explorar bem as tintas, divida a turma em pequenos grupos. Convide dedos.
de quatro a cinco bebês por vez para tingir a massinha. O restante do grupo
poderá brincar com a massinha (ainda sem cor) produzida na atividade Ex- B
ploração de massinha caseira, deste conjunto. Distribua um pouco de mas-
Possível fala do professor
sinha para cada um e peça a eles que escolham uma cor para tingi-la: azul,
rosa ou verde. Após a escolha, ajude-os a misturar o meio molhado (tinta) — Olhe que bacana o que você
descobriu aí, hein! Sua massa
com o meio seco (massinha). Valide suas iniciativas e chame a atenção para
está mudando de cor conforme
as transformações ocorridas durante o tingimento. Utilizando a massinha, você aperta e mistura com a
brinque junto com eles de picar e juntar pedaços, fazer cobrinhas, minho- tinta que escolheu! Que tal
cas, bolinhas etc. Repita a atividade até se certificar de que todos tenham mostrar para um amigo o que
experimentado o tingimento das massinhas. A B aconteceu?!

3 Separe as tintas em diversos recipientes e as distribua no chão forrado com C


papel pardo (pode ser também com algum papel grande e branco que tiver Possível ação dos bebês
na sua escola). Bons recipientes para esse momento são fôrmas para gelo
bebê poderá pintar o
•Um
e bandejas (de plástico) de ovo. No tingimento das massinhas, incentive próprio pé com os dedos das
os bebês a experimentar as tintas em seus corpos, no jornal e/ou no pa- mãos, passar tinta em outras
pel grande forrado no chão. A partir da iniciativa de algum bebê, convide partes do corpo, levantar e
todo o grupo para uma pintura livre e espontânea. Incentive a exploração andar. Percebe que a marca
da tinta com as várias partes do corpo, como pintura com os dedos das de seus pés ficou no papel
e abaixa para observar mais
mãos, com os pés, deixar a marca das mãos e dos pés no papel etc. C D de perto.

Para finalizar
Solicite a ajuda dos pequenos para a limpeza e organização do espa- D
ço. Perceba quem apresenta iniciativa para a arrumação do espaço e Possível fala do professor
valide suas ações. Peça a eles que guardem os utensílios que utilizaram — Olhem, um amigo conseguiu
e reúnam os pedaços de massinha em um pote, respeitando o tempo e marcar o papel com o formato
as possibilidades de cada um. Avise a eles que guardará a massinha e a do seu pé. Muito legal! O que
tinta na geladeira para durar mais tempo. Lembre-se de que esse material mais podemos fazer?
é perecível e, depois de um tempo, pode mudar de aspecto. Nesse caso,
descarte a massinha e a tinta.

287
Sequência: Melecas com tinta

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Utilize a tinta natural para exploração em diversos tipos de papéis, como A3, A4, folhas brancas, folhas
coloridas etc. e também em outros objetos, como garrafas, rolos de papel higiênico e papel toalha, caixas de
tamanhos variados (que possibilitem que os bebês entrem e pintem) e panos. Nesse momento, você pode realizar
exploração individual e fazer um mural com todas as produções.

 Engajando as famílias
Proponha uma exposição interativa com o material (tintas, massinhas e papel) em um local acessível aos
adultos responsáveis. Sugira que eles interajam com os bebês na entrada ou na saída da escola. Envie pela
agenda ou outra forma de comunicação a receita das tintas naturais utilizadas para tingir as massinhas para o
caso de os adultos quererem repetir o procedimento em casa junto com os bebês.

288
Atividade: Tintas caseiras em suportes para deixar marcas

 EI01CG01  EI01CG04  EI01TS02


TINTAS CASEIRAS
EM SUPORTES PARA
DEIXAR MARCAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a proposta, é importante que o grupo de bebês já tenha explorado previamente as tintas naturais.

 Materiais
•  Tintas naturais feitas com beterraba, espinafre •  Um celular ou uma câmera fotográfica, um
e pó de gelatina na cor azul, disponibilizadas caderno e uma caneta para registrar a atividade.
em formas de gelo ou potes com fundo raso,
por exemplo;
•  Utensílios para pintura, como rolo de papel  Espaços
higiênico, brochas e rolos de pintura;
•  Suportes para deixar marcas, como papel Em uma área externa, organize pelo espaço amplo
kraft e caixas de diversos tamanhos dispostas diversos tipos de suporte em diferentes tipos de papel e
vertical e horizontalmente. Pegue um pedaço formatos, de forma que os bebês possam se agrupar em
bem grande de papelão e faça um furo no volta, para deixar suas marcas a partir da pintura livre
meio. Organize os bebês em volta do papelão e espontânea. Próximo aos papéis, deixe utensílios que
e no buraco, possibilitando a interação entre poderão ser utilizados para a pintura. Deixe também
eles durante a pintura; potes com as tintas produzidas na atividade Tintas ca-
•  Uma caixa com brinquedos de plástico ou seiras nas massas, deste conjunto. Disponibilize uma
borracha; caixa com brinquedos de plástico ou borracha para que
possam brincar e tenham acesso quando desejarem.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês expressam seus desejos, emoções e necessidades durante a pintura (pintam
calmamente, os corpos ficam agitados, demonstram curiosidade, portam-se como pesquisadores,
receptivos etc.)?
2. Como registram suas marcas nos suportes (utilizam os utensílios, pintam com as mãos, testam dife-
rentes suportes para comparar marcas etc.)?
3. Como a proposta garante participação dos pequenos no cuidado com seus próprios corpos e promoção
do seu bem-estar?

289
Sequência: Melecas com tinta

 Para incluir todos


Garanta que todos possam estar em atividade de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades. Auxilie
no deslocamento daqueles que necessitarem. Disponibilize uma caixa com brinquedos de plástico ou borracha
(que dê para lavar facilmente, caso sujem de tinta) para que possam brincar e tenham acesso quando desejarem.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para ir ao espaço organizado e converse com os bebês. A


Diga a eles que farão pintura com as tintas que já conhecem, feitas de beterraba,
Possível ação
espinafre e pó de gelatina na cor azul. Ao chegar lá, apresente todos os ma- dos bebês
teriais organizados previamente (utensílios, suportes e potes de tinta) e con-
bebê poderá se
•Um
vide-os a utilizar o material que mais interessar. encaminhar para o
papel que está no
2 Nesse momento, cada um estará próximo ao suporte que escolheu para co- chão, molhar o dedo
meçar a deixar suas marcas. Valide suas iniciativas e nomeie suas ações, atri- na tinta e passar no
buindo sentido e incentivando novas descobertas. Incentive-os a explorar o papel. Depois, molha
novamente na tinta e
máximo de combinações possíveis entre suportes, utensílios e tintas. Inicie a agora passa na caixa.
documentação pedagógica com fotografias e vídeos. Ao final da experiência, Com o olhar curioso,
registre com trechos descritivos as situações mais relevantes. A B olha para o dedo sujo
de tinta e as marcas
Incentive o uso do corpo para deixar marcas, como pintura com os dedos, com realizadas nos dois
3 suportes.
as mãos e com os pés. Pinte seus pés também e ande pelos suportes chaman-
do a atenção para as marcas realizadas. Convide as crianças para fazerem
o mesmo. Brinque com elas de deixar caminhos pelos papéis, cantando uma B
música, como a Pé com pé. Possível fala
do professor

4 Aproxime-se dos bebês que fizerem o uso dos utensílios e potencialize suas — O que você descobriu
ações perguntando como ficam as marcas diferentes. Por exemplo: fale sobre aí? Que tal mostrar para
o uso do rolo de papel higiênico carimbado, depois sobre o rolo de pintura, a gente!?
e, por fim, compare-os. Analise também utensílios diferentes em um mesmo
papel como, por exemplo, traçados de brocha e rolo no papel kraft.

Para finalizar
À medida que os bebês forem terminando, inicie a limpeza com um pano
úmido, se necessário. Diga que após a limpeza, vocês irão para a próxima pro-
posta. Solicite a ajuda dos pequenos para a limpeza e organização do espaço. Sugestão de música
Convide todos a fazerem um “tour” pelas marcas produzidas, apreciando tudo com pé. Palavra
•Pé
que experimentaram na atividade. Essa ação os inspirará para realizar a ativi- cantada para ficar
dade Arte com tintas caseiras, massas e melecas, deste conjunto. Pergunte a com você [CD]. Artista:
Palavra Cantada.
eles se gostariam de expor os suportes. Escolha junto com eles um local para (Rimo, 2016).
a exposição dos diferentes papéis marcados pelo grupo.

290
Atividade: Tintas caseiras em suportes para deixar marcas

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Com as tintas produzidas, organize um momento para pintura corporal. Inspire-se em gravuras onde bebês e
adultos tenham seus corpos pintados, como em comunidades indígenas e grupos que utilizam a pintura corporal
em suas culturas. Desenvolva a proposta diante de um espelho, colocado na altura dos bebês, possibilitando
que eles se vejam ao pintarem seus corpos.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis a apreciar a exposição mandando um bilhete pela agenda ou por outra forma
de comunicação dos pequenos. Próximo à exposição, faça um mural com fotos e escritos da documentação
pedagógica feitos por você no momento da proposta. Deixe papel e caneta para que os adultos registrem suas
impressões sobre a experiência.

291
Sequência: Melecas com tinta

 EI01CG05  EI01TS02  EI01ET02


ARTE COM TINTAS CASEIRAS,
MASSAS E MELECAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a proposta com os bebês, é necessário que eles já tenham vivenciado a exploração de tintas
naturais, de massinha caseira e de meleca com amido colorido nas atividades anteriores deste conjunto. Conte
com a ajuda de outro professor ou auxiliar.

 Materiais
•  Potes com a meleca de amido colorido;
•  Potes com as tintas naturais;
•  Potes com a massinha caseira;
•  Potes;
•  Utensílios para pintura, como rolos de pintura, brochas e rolo de papel higiênico;
•  Suportes para deixar marcas, como caixas diversas dispostas vertical e horizontalmente;
•  Papel pardo ou outro que tiver disponível em sua escola e que seja grande, para pintura coletiva;
•  Uma caixa com materiais de largo alcance;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Escolha um local externo à sala e que seja amplo. Pode ser no pátio, no jardim ou em algum lugar semelhante.
Espalhe os suportes para pintura coletiva pelo espaço, deixando-os próximos, a fim de promover a interação
entre os pares durante a proposta. Em cima dos suportes, coloque os potes com tinta perto dos utensílios para
pintura, os potes com a massinha caseira e a meleca com amido colorido.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês demonstram estar desafiados a traçar marcas gráficas diante da variedade de
materiais oferecidos na proposta ao final da sequência de atividades?
2. Como ocorre a interação deles com as tintas, as melecas e as massas (transbordam, misturam, movem)?
3. Quais descobertas fazem e que movimentos são ampliados com a proposta?

292
Atividade: Arte com tintas caseiras, massas e melecas

 Para incluir todos


Garanta que todos possam estar em atividade, de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades.
Disponibilize uma caixa com materiais de largo alcance para que possam brincar.

O QUE FAZER DURANTE

1 Para a atividade, é necessário contar com a ajuda de outros adultos da escola. A


Convide todo o grupo de bebês para se encaminhar para o espaço organiza-
Possível ação
do previamente por você e explique qual é a proposta. Ao chegar no espaço, dos bebês
convide-os a se aproximar conforme seus desejos e escolhas e lembre-os de
bebê poderá se
•Um
que eles conhecem todo aquele material disponível.
encaminhar para a
exploração da tinta,
2 Diga a eles que poderão escolher o que querem explorar, havendo possibi- manchar as próprias
lidade de troca de materiais. Garanta que as escolhas sejam livres e espon- mãos e passar no
tâneas e passe a intervir com base nas ações dos bebês, porém sem dirigir a suporte, deixando
atividade. Após as primeiras escolhas, inicie sua documentação pedagógica marcas. Depois, brincar
com a massinha caseira
com registros escritos, vídeos e fotos. A B sobre o suporte,
percebendo que deixa
3 Esteja sempre por perto observando as ações dos bebês e interagindo quando marcas nele também.
necessário. Aproxime-se de pequenos grupos para potencializar ações; por
exemplo: em um grupo que estiver usando os dedos como utensílio riscante, B
seja modelo e amplie possibilidades com o uso desse recurso. Nos grupos que Possível fala
estiverem trabalhando com amido colorido, explore a textura que endurece e do professor
escorre pelos dedos das mãos, convidando os pequenos a colocar os dedos
— O que você descobriu
com amido colorido no suporte e observar as marcas que deixam, descobrindo aí? Mostre para a gente!
o contorno das próprias mãos. Nos grupos com tintas naturais, elogie as mar-
cas e riscos feitos nos suportes e tente fazer suas marcas como as dos bebês.

Para finalizar
Perceba o tempo de interesse dos bebês e avise que em alguns minutos todos irão para a próxima pro-
posta. Solicite a ajuda da turma para a limpeza e a organização do espaço. Valorize e encoraje a iniciativa
deles nesse momento.

293
Sequência: Melecas com tinta

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Convide crianças de idades diferentes para participar dessa experiência junto com o grupo de bebês maiores.
Uma turma de faixa etária diferente amplia conhecimentos e vivências. Procure variar os locais dos suportes,
por exemplo, encapando troncos de árvore com papel.

 Engajando as famílias
Envie um bilhete na agenda ou no canal de comunicação entre escola e responsáveis, convidando-os para
uma exposição interativa no corredor ou no pátio da escola. Assim, ao entrarem e saírem, eles poderão intera-
gir com os bebês até mais de uma vez, se desejarem. Exponha a documentação pedagógica para que possam
compreender o que foi feito.

294
17
AP

CONJUNTO

UNIDADE

BRINCANDO
COM HISTÓRIAS
As histórias fazem parte da vida das pessoas; todos temos uma história escrita, falada,
contada da qual nos lembramos com carinho. Os bebês, aos poucos, conforme os profes-
sores leem livros e contam histórias para eles, vão se afeiçoando a determinadas perso-
nagens, ações e sequências narrativas. É interessante que o professor desperte cada vez
mais o interesse do bebê pelas histórias. Isso pode acontecer por meio da encenação, do
teatro, da projeção, da confecção de personagens. É significativo, também, trazer aos
pequenos a dramatização de histórias, isto é, convidá-los a narrar por meio de gestos,
movimentos de seu próprio corpo, como forma de expressão, de reinterpretação e de
criação das histórias. Ouvir a mesma história de diversos modos convida o bebê a conhe-
cer outros pontos de vista e diversas linguagens (oral, teatral, fotográfica, corporal etc.)
que podem representar uma ideia.

295
Unidade: Brincando com histórias

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos


EI01EF03
de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).

EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos e Escuta, fala, Espaços, tempos,


e o nós movimentos pensamento quantidades, relações
e imaginação e transformações

296
Atividade: Brincar com narrativas

 EI01EO03  EI01CG02  EI01CG03


BRINCAR COM NARRATIVAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Selecione um livro do repertório próprio, da cultura regional ou outro de ampla difusão, que seja de apre-
ciação do grupo. Como exemplo, utilizaremos a história dos três porquinhos. A sugestão é utilizar uma caixa
de papelão, com as dimensões: 31 cm (largura) x 25 cm (altura) x 42 cm (comprimento), para confeccionar uma
caixa de histórias. Coloque dentro da caixa de histórias todos os elementos representativos a serem utilizados
na brincadeira: chumaço de palha, pedaço pequeno de madeira e tijolo para representar as casas, celofane ou
outro material vermelho para o fogo, dedoches dos três porquinhos e do Lobo Mau e folhas de árvores verdes
e secas para a caracterização da floresta. Esses materiais poderão ser substituídos por outros, de acordo com
a história selecionada, com os materiais disponibilizados na creche ou com a facilidade do acesso a eles.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; •  Um celular ou câmera fotográfica para
•  Uma lanterna com celofane verde sobre a luz registrar a atividade.
para simbolizar a floresta;
•  Uma caixa de histórias e, dentro dela, os
elementos representativos sugeridos e  Espaços
diversos livros do título selecionado, no
caso Os três porquinhos. Podendo ser: livro Escolha um local da área externa, como solário ou
de banho, de pano, sonoros e interativos varanda, e o organize com o tapete, as almofadas, a
ou outros disponíveis na creche, que sejam lanterna com celofane verde na luz, os livros e a caixa de
correspondentes à temática da brincadeira; histórias com os elementos representativos. Desenvolva
•  Um cesto de brinquedos favoritos da turma; a atividade com todo o grupo em um mesmo momento.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram o ambiente da brincadeira? De que maneira comunicam suas descobertas
em relação ao material e ao ambiente?
2. Como os bebês interagem com os outros colegas? E com o professor?
3. Quais são as reações deles ao se envolverem nas narrativas da história? Como ocorre o processo de
imitação?

297
Unidade: Brincando com histórias

 Para incluir todos


Garanta que todos participem da proposta sendo motivados a exercitar a imaginação nas brincadeiras com
histórias. Favoreça a exploração dos livros e de elementos representativos por meio da manipulação e da
descrição, principalmente durante a narrativa. Auxilie os bebês menores, posicionando-os de modo confortável
para apreciar a história; inclusive, nomeie os objetos e ajude os pequenos a manuseá-los.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o espaço em que a atividade será desenvolvida, de modo que


oportunize situações exploratórias por todo o grupo. Leve para o espaço
da brincadeira fantoches, caixas de encaixes sólidos e um cesto de brin- A
quedos favoritos da turma, a fim de possibilitar outras atividades àqueles Possíveis ações dos bebês
que, porventura, deixem de participar da proposta, concedendo autono- bebês poderão ir em
•Os
mia para suas escolhas. Em sala, conte aos bebês sobre a ideia de brincar direção à caixa e retirar alguns
com histórias e crie expectativas sobre as descobertas que poderão fazer elementos de dentro dela.
no ambiente e por meio dos materiais. Convide-os para se deslocarem
•Podem interagir com os
dedoches e mostrá-los aos
até o local selecionado e auxilie todos no encaminhamento da proposta.
colegas, sorrindo.

•Algum bebê pode permanecer
2 Possibilite a exploração espontânea e apoie as iniciativas de inves- observando as ações dos colegas
tigação em relação aos objetos disponibilizados (tapete, almofadas, para depois se dirigir à exploração
lanterna com celofane verde e livros). Essa ação também será impor- dos materiais.
tante para o desenvolvimento da atividade Motivar a interação com
histórias, deste conjunto. Desperte a curiosidade dos bebês pela cai- B
xa de histórias, de modo que eles demonstrem interesse em utilizá-la. Possível fala do professor
Incentive-os a descobrir os elementos representativos da história ao
explorar o interior da caixa. Possibilite que encontrem os objetos e — Olhe pessoal, (diga o nome do
bebê) está com o dedoche do Lobo
interajam com eles. Lembre-se de que os pequenos devem ser os pro- Mau no dedo e está soprando o
tagonistas da brincadeira, então, faça o mínimo de direcionamentos. pedaço de madeira para derrubar a
Observe quais descobertas eles fazem, como se expressam e quais casa do porquinho! Vamos ajudá-lo
interações realizam com os objetos e entre si. A a soprar? Experimentem!
(O professor coloca um dedoche de
porquinho no dedo e o sopra).
3 Aproxime-se do grupo para participar da brincadeira e apresente as des-
cobertas feitas por seus pares. Demonstre as ações realizadas e incentive
o jogo de imitação. Promova momentos de interação e de exploração do C
contexto. Perceba como os bebês se expressam e se comunicam diante Possíveis ações dos bebês
da proposta. Faça a descrição de alguns elementos representativos, in- bebês podem se alegrar
•Os
centivando a brincadeira e o envolvimento na narrativa. B C com a proposta e, por estarem
envolvidos, demonstrar maior
Encoraje a manipulação dos livros utilizados na atividade e incentive interesse em explorar os
4 elementos da brincadeira.
os bebês a brincar com eles. Faça a narração de empolgantes partes

•Eles podem olhar com atenção,
da história utilizando os elementos da caixa, diferentes entonações sorrir, balbuciar e imitar a ação
de voz e expressões faciais, a fim de representar características do do professor.
contexto abordado. Convide os bebês para participar dos momentos
de narrativas, por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos e
brincadeiras de imitação. Reconheça e valorize toda e qualquer forma
de comunicação, expressão e participação.

298
Atividade: Brincar com narrativas

Para finalizar
Informe a todo o grupo que a atividade será encerrada em breve e indique o que será feito no momento
seguinte. A previsibilidade contribui para uma organização interna dos acontecimentos, preparando para
a transição de momentos e etapas subsequentes. Incentive os bebês a ajudar na organização do espaço,
guardando os materiais na caixa de histórias. Valorize as iniciativas e esforços que possam surgir como for-
ma de participação. Cante uma música que marque os momentos de arrumação para finalizar a atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A caixa de histórias poderá ficar disponível na sala para que os bebês possam dar continuidade à brincadeira
proposta. Realize a atividade diversas vezes ao longo do ano, variando o contexto. Para isso, selecione outra
história, troque os livros e os elementos de caracterização.

 Engajando as famílias
Para que os responsáveis se envolvam e valorizem as brincadeiras com histórias, prepare um varal de fotos,
utilizando barbante ou corda de nylon, e coloque-o próximo à sala. Prenda algumas fotografias que fazem parte
dos registros pedagógicos, intercalando-as com breves relatos feitos pelo professor sobre o desenvolvimento da
proposta. Dessa forma, responsáveis, funcionários e bebês poderão se envolver nas brincadeiras com histórias.

299
Unidade: Brincando com histórias

 EI01EO04  EI01CG01  EI01EF05


MOTIVAR A INTERAÇÃO
COM HISTÓRIAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Utilize uma caixa de papelão nas dimensões: 31 cm (largura) x 25 cm (altura) x 42 cm (comprimento). Decore-a
com artes de histórias infantis e coloque todo o material que será utilizado dentro dela. Selecione diversifi-
cados portadores de textos e elementos que possam caracterizar o contexto escolhido. Na primeira infância,
os bebês se fascinam principalmente por temas relacionados à natureza, como os animais. Desse modo, para
exemplificação do plano de atividade, a opção será pela classe dos pássaros. Utilizaremos o livro Tô indo!, para
relacionar as brincadeiras com uma história de pássaros ou outro título que conhecer e preferir. As sugestões
de materiais e brincadeiras poderão ser substituídas conforme a temática selecionada.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; pássaros ou gravações de cantos encontradas
•  Almofadas; em CDs e vídeos na internet;
•  Lanterna com celofane azul, para representar •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
o céu; registrar a atividade.
•  Uma caixa de histórias;
•  Portadores de textos sobre pássaros, como
cartas tipo supertrunfo e/ou imagens reais,  Espaços
revistas, livros (de fantoches, táteis, sonoros,
banho e pano ou outros); Selecione um local da área externa, como solário ou
•  Elementos de caracterização do contexto, varanda, e organize com o tapete, as almofadas, a lan-
como pássaros (fantoches, plástico, tecido ou terna com celofane azul, a caixa de histórias com os por-
sucata), gravetos, penas, manta acrílica ou de tadores de textos e com os elementos de caracterização.
algodão para representar de algumas nuvens Pendure a manta acrílica e os pássaros com os gravetos
e apitos de madeira que imitam sons de a uma altura que compreenda o campo visual dos bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês comunicam seus desejos e emoções nas brincadeiras?


2. Como demonstram interesse pela temática das histórias? Como vivenciam as interações e as brinca-
deiras com histórias?
3. Quais descobertas fazem com os materiais disponibilizados? Como eles observam e interagem com
a leitura que o adulto faz dos portadores de texto?

300
Atividade: Motivar a interação com histórias

 Para incluir todos


Envolva todos os bebês nos momentos de exploração, promovendo a interação deles com os colegas, os es-
paços e os materiais. Apoie as descobertas e incentive a imitação dos movimentos e sons dos animais. Garanta
que todos manipulem os portadores de textos, de modo que vivenciem seu uso social; nesse momento, auxilie os
bebês menores que ainda não conseguem manipular os objetos com autonomia. Além disso, pendure a manta
acrílica e os pássaros com os gravetos a uma altura que compreenda o campo visual dos bebês. Se no grupo
houver alguém que necessite de ajuda para se locomover, auxilie-o no deslocamento.

O QUE FAZER DURANTE

1 Na sala, convide todo o grupo de bebês para brincar com histórias, explicitando
onde acontecerá a atividade e quais materiais poderão ser encontrados nela.
Convide-os para se dirigirem até o local. Na proposta, é necessário mais de um
professor ou auxiliar na turma para garantir que todos os pequenos disponham
do apoio necessário. Na área externa preparada para a atividade, favoreça ex-
periências de investigação e de descobertas, possibilitando que o grupo de be-
bês fique livre em suas iniciativas de interação com o que compõe o ambiente da A
brincadeira (tapete, almofadas, lanterna com celofane azul, caixa de histórias, Possíveis falas
manta acrílica, pássaros e gravetos). Perceba como eles se comunicam nesses do professor
momentos. Assim como na atividade Brincar com narrativas, deste conjunto, — Vejam esses apitos,
instigue a curiosidade pela caixa de histórias e os incentive a brincar com ela, o que fazem? Imitam os
de modo que encontrem os elementos da temática (portadores de textos: cartas sons dos pássaros!
— É só assoprar assim!
tipo supertrunfo e/ou imagens reais, revistas, livros diversos e o livro Tô indo! ou
— Vamos brincar?
outro de sua preferência que traga a temática dos pássaros; penas, fantoches Experimentem!
e apitos que imitam sons de pássaros). Retire, com os bebês, os elementos de
dentro da caixa e coloque-os pelo espaço externo, para que os bebês possam
B
explorá-los. Promova momentos exploratórios e inventivos quanto ao uso desses
objetos, criando novas formas de brincar e de construir o próprio aprendizado. Possíveis ações dos
bebês

Destaque a presença dos apitos de madeira e mostre como são utilizados, bebês podem se
•Os
2 encantar ou se assustar
incentivando a manipulação e a brincadeira de imitação em relação ao uso com o material.
desses objetos, interferindo o menos possível no brincar dos pequenos. Obser-
•Eles podem olhar
ve como eles comunicam suas emoções e como interagem com os elementos com atenção, sorrir,
da caixa de histórias. O professor poderá substituir os apitos pelas gravações balbuciar e pegar
de cantos de pássaros encontradas em CDs e vídeos na internet. Do mesmo algum apito para imitar
modo, instigue a brincadeira de imitação pelos bebês em relação aos sons e a ação do professor.
aos movimentos dos animais. A B
C
3 Enquanto o grupo estiver engajado nas situações exploratórias, instigue a curio- Possível fala
sidade de um trio de bebês pelos portadores de textos. Promova o interesse por do professor
esses materiais, destacando as características deles e evidenciando as diferenças — Vocês perceberam
de cada um. Incentive a manipulação e faça a apresentação necessária para que como esses livros são
eles vivenciem o objetivo e o uso desses materiais. Esteja atento e seja flexível diferentes uns dos
para continuar ou interromper a exploração dos portadores de textos com o trio, outros? Olhem! Esse
daqui possui texturas e
enquanto o restante do grupo continua envolvido na interação com os outros ele- cores diferentes em cada
mentos disponibilizados. Esteja atento aos bebês e, se o trio demonstrar interesse um dos pássaros.
por algum portador de texto, leia algumas partes, incentivando-os a participar por

301
Unidade: Brincando com histórias

meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos e brincadeiras de imitação do ato D


de ler. Repita a intervenção com outros trios até que todos os bebês sejam convi- Possíveis ações dos
dados a participar desse momento de exploração dos portadores de texto. C D bebês
bebês podem
•Os
4 Após esse momento, convide todos os bebês do grupo para se acomodarem se alegrar com a
confortavelmente em um canto do espaço, explicitando que apresentará o livro novidade e, por estarem
envolvidos na proposta,
Tô indo! ou outro de sua preferência. Auxilie-os a se organizar, utilizando as
demonstram maior
almofadas como suporte corporal e acomodando-as bem perto de você. Inicie interesse em explorar os
a leitura do livro explorando a capa e apresentando o personagem. Durante a diferentes tipos de livros.
leitura, traga os pequenos para o centro da história, apoiando suas ações e sig-
•Eles podem manusear
nificando seus gestos e movimentos acerca das imagens observadas. Valorize o algum e, logo após,
momento da narrativa trazendo questionamentos sobre o enredo apresentado e colocar sobre o amigo
a fim de mostrar suas
potencializando formas de expressão e de comunicação. Gesticule, use diferen- descobertas.
tes entonações e pronuncie lentamente as palavras para que eles compreendam
melhor a narrativa. Faça as pausas necessárias para que possam interagir com
o momento. Finalize a leitura relacionando a história e as imagens do livro com Sugestão de leitura
os elementos disponibilizados no contexto da brincadeira.
• Tô indo! Autor:
Matthieu Maudet.
Para finalizar Tradução: Lígia Azevedo.
Comunique aos bebês que em breve a atividade será encerrada e explique (Edições SM, 2015).
qual será o próximo momento da rotina. Assim, eles estarão mais preparados
para as situações de transição. O professor poderá levar para o espaço da
atividade um cesto de brinquedos favoritos pertencentes à sala, por exemplo, Sugestão de música
a fim de viabilizar uma atividade diferente para um bebê que porventura se • Ciranda dos Bichos.
interesse por outra proposta, respeitando as necessidades dele. Promova si- Palavra Cantada para
ficar com você [CD].
tuações colaborativas ao convidar o grupo para auxiliar na organização dos
Artista: Palavra Cantada.
materiais. Encoraje os esforços e tentativas de participação. Cante uma música (Rimo, 2016).
para finalizar a atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser realizada ao longo de todo o ano com outro grupo de animais, como os aquáticos. Você
pode planejar o uso de uma bacia com água para compor os materiais de caracterização do contexto. Para os
terrestres, pode utilizar um cesto de vime com folhas secas de árvores ou desenvolver a atividade no parque
de areia. Além da temática sobre animais, é possível realizar a proposta com outros assuntos que sejam de
apreciação do grupo ou da cultural local, alterando somente portadores de textos, elementos de caracterização
e espaços da brincadeira.

 Engajando as famílias
Para que os adultos responsáveis se envolvam e valorizem as brincadeiras com histórias e portadores de tex-
to, faça um mural de fotos próximo à sala, utilizando cartolinas e algumas fotos que fazem parte dos registros
pedagógicos. Acrescente breves relatos do professor sobre o desenvolvimento da proposta, de modo que sen-
sibilize os adultos a promoverem momentos de brincadeiras com histórias e diversificados portadores de texto.

302
Atividade: Brincar em um cenário divertido

 EI01EO06  EI01CG02  EI01EF05


BRINCAR EM UM
CENÁRIO DIVERTIDO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Selecione um livro do repertório próprio, da cultura regional ou outro de ampla difusão, que seja ou que
possa vir a ser de apreciação do grupo. Para exemplificação do plano de atividade, a opção será pela história
da Chapeuzinho Vermelho. Separe um pedaço de tecido, como malha, TNT ou outro que lhe for acessível, para
fazer uma cabana. Dentro dela, prepare um cenário para a brincadeira de encenação. Utilize outro tecido, como
feltro, para fazer a representação das personagens e da floresta (grama, árvores e casa da vovó). Fixe alguns
pedaços de velcro no cenário e na parte de trás das personagens. Os materiais sugeridos podem ser substituídos
por outros, de acordo com a história selecionada ou conforme a disponibilidade da creche. O professor deve
conhecer previamente a história selecionada, para que possa conduzir a atividade com tranquilidade e favorecer
as interações dos bebês com o enredo. Ensaie a contação de histórias, experimentando tons de voz, gestos e
movimentos que poderão ser utilizados.

 Materiais  Espaços
•  Almofadas variadas (para dar suporte aos bebês); Selecione um canto da sala e coloque o tecido nele,
•  Um pedaço de tecido para cabana; de modo que se assemelhe a uma cabana. Fixe os ele-
•  Uma cesta de vime com frutas de plástico e frutas mentos do cenário dentro da cabana a uma altura que
naturais, como banana, maçã, manga, laranja ou compreenda o campo visual dos bebês. Coloque as
outras que estiverem disponíveis na creche; personagens junto com a cesta de vime com as frutas
•  Elementos do cenário: grama, árvores e casa naturais e as de plástico próximas ao cenário.
da vovó;
•  Personagens: Chapeuzinho Vermelho, Lobo Mau,
Vovó e Caçador;
•  Um celular ou câmera fotográfica para
registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Diante de um ambiente inovador para realizar a brincadeira, como ocorrem as descobertas e


as experimentações dos bebês em relação aos materiais?
2. Uma vez que os bebês estejam envolvidos na proposta, como se efetua o processo de imitação da história?
3. Como eles comunicam desejos e emoções no contexto da brincadeira? E como acontecem as intera-
ções com seus pares e com o professor?

303
Unidade: Brincando com histórias

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham oportunidades de verificar e vivenciar diversas possibilidades corporais
durante a brincadeira ao favorecer situações exploratórias e divertidas. Apoie as descobertas e incentive a imita-
ção de gestos e movimentos da encenação em relação à narrativa. Além disso, é importante fixar os elementos
do cenário dentro da cabana a uma altura que compreenda o campo visual dos bebês.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o espaço em que a atividade será desenvolvida, proporcio-


nando um ambiente acolhedor e desafiador para os bebês. Apresente
a proposta de brincar com histórias e crie expectativas sobre possíveis A
descobertas que eles poderão fazer, ao citar alguns elementos dispo- Possíveis falas do professor
nibilizados. Convide todo o grupo a se encaminhar para o espaço da
— Pessoal, vamos brincar com uma
proposta. Lembre-se de registrar alguns momentos da atividade. A empolgante história. Vocês acham
que será divertido? Então, olhem,
2 Oportunize situações exploratórias pelo grupo de bebês, apoiando temos uma cabana em nossa sala!
as iniciativas de investigação e de interação com tudo o que envolve — O que será que tem lá dentro?
o espaço da brincadeira, como a cabana, os elementos do cenário, a Vamos descobrir?
cesta de vime com frutas, os colegas e os adultos. Desperte a curiosi-
dade deles pela história a ser encenada e garanta que todos estejam B
acomodados de forma confortável dentro da cabana. Aproxime-se
Possíveis ações dos bebês
do cenário com as personagens em mãos para iniciar o momento de
encenação do tema escolhido. Enquanto o grupo estiver engajado bebês podem se animar com
•Os
a ideia da brincadeira e, por
em experienciar diversas possibilidades corporais nas interações e estarem cativados com a proposta,
nas brincadeiras que realizam com o ambiente proposto, pergun- demonstrar maior interesse na
te se alguém reconhece os elementos da brincadeira, instigando exploração dos elementos.
os bebês a pensar sobre qual história será abordada. Aguarde um
•Eles podem olhar com atenção,
instante e, em seguida, diga ao grupo que apresentará a história sorrir, balbuciar, bater palmas e
Chapeuzinho Vermelho. B imitar a ação do professor e dos
colegas.

3 Encene a história empregando diferentes entonações de voz e varia-


das expressões faciais para representar as características do contex- C
to abordado ou das personagens. Faça as pausas necessárias para Possíveis ações dos bebês
que os bebês possam interagir com a narrativa e com suas perso- bebês poderão se aproximar
•Os
nagens. Encoraje o envolvimento do grupo na brincadeira, de modo do professor, pegar algum
que todos vivenciem a encenação da história por meio da ação de personagem e tentar fixá-la no
fixar e/ou retirar as personagens do cenário conforme a sequência cenário.

•Poderão interagir com os
da narrativa. Contemple todo o grupo de bebês; desse modo, con-
materiais, mostrando-os aos
vide-os a participar por meio de balbucios, palavras, movimentos e colegas, sorrindo.
brincadeiras de imitação dos gestos e das vozes realizados por você
•Algum bebê poderá permanecer
durante a contação. Esteja atento e seja flexível para continuar ou observando com atenção a
interromper a atividade de acordo com as necessidades e desejos encenação da história e as ações
da turma. Ao finalizar a narrativa, pegue a cesta de vime com as dos colegas para depois se
envolver na atividade e explorar o
frutas e cante a clássica música: “Pela estrada afora, eu vou bem ambiente.
sozinha, levar esses doces para vovozinha…”. Todo o contexto dessa
•Eles podem bater palmas e sorrir
atividade será importante para desenvolver a atividade Despertar com a música.
o prazer pelas histórias lidas, deste conjunto. C

304
Atividade: Brincar em um cenário divertido

Para finalizar
Incentive os bebês a se sentirem livres em suas iniciativas e brincadeiras após a encenação da história,
ou seja, a permanecerem explorando os elementos ou a partirem para outra brincadeira. Antecipe a fina-
lização da atividade e indique o que será feito posteriormente. A previsibilidade prepara para a transição
de momentos e etapas subsequentes. Respeite os desejos daquele que eventualmente tenha interesse
por explorar outros materiais. Convide o grupo a colaborar com a organização dos materiais, encoraje os
esforços e reconheça as tentativas de participação. Cante uma música que marque os momentos de arru-
mação e a finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Deixe o espaço da atividade organizado para que os bebês possam brincar no local quando desejarem. Rea-
lize a proposta diversas vezes ao longo do ano, usando a mesma história ou outras que sejam de apreciação
do grupo ou da cultural local. Para variações, troque o cenário, os personagens e diversifique os espaços da
brincadeira. Além de tecido, a cabana poderá ser feita com papel pardo. O cenário pode ser feito como desenho
em papel camurça ou confeccionado em uma caixa de papelão. Do mesmo modo, as personagens podem ser
produzidas como fantoches e dedoches, a partir de imagens impressas e plastificadas ou de desenhos colados
em palitos tipo de sorvete.

 Engajando as famílias
Utilize algumas fotos que fazem parte dos registros pedagógicos para elaborar um convite-proposta aos adultos
responsáveis. Selecione duas imagens em que o grupo de bebês esteja envolvido na brincadeira. Imprima-as e
cole-as em uma metade de um papel A3 (sulfite, reciclado, pardo, vergé ou couché). Ao lado das fotos, escreva
um breve texto relatando sobre a atividade desenvolvida, de modo que os adultos sejam motivados a vivenciar
momentos de brincadeiras com histórias junto a seus bebês. Você poderá fazer o convite-proposta como desejar
ou lhe for possível, utilizando somente a parte do texto de incentivo, por exemplo.

305
Unidade: Brincando com histórias

 EI01EO01  EI01CG03  EI01EF03


DESPERTAR O PRAZER
PELAS HISTÓRIAS LIDAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES


Sugestões de leitura

 Contextos prévios • Gildo e os amigos do


jardim. Autora: Silvana
Rando. (Brinque-Book,
Com a finalidade de demonstrar possibilidades quanto ao desenvolvimento da 2014).
proposta, sugere-se o livro Gildo e os amigos no jardim. Providencie objetos e aces- • Macaco danado.
sórios para representar outros personagens, ambientes e contextos da história sele- Autora: Julia Donaldson.
cionada. É muito importante que você se prepare, ensaiando previamente a história. Tradutor: Gilda de
Aquino. Ilustrações: Axel
Além desse livro, selecione com antecedência outros livros de literatura infantil, que
Scheffler. (Brinque-Book,
tenham narrativas interessantes, que causem surpresa, encantamento, espanto, 2000).
descoberta e curiosidade nas crianças. Realize a atividade em parceria com outro • Uma lagarta muito
professor ou auxiliar. comilona. Autor: Eric
Carle. (Callis, 2014).

 Materiais
•  O livro Gildo e os amigos no jardim ou outro de •  Um cesto com elementos da natureza;
sua escolha; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Recursos de caracterização: uma meia de cano registrar a atividade.
alto com elástico para representar a tromba do
elefante e um cesto com flores;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;  Espaços
•  Almofadas;
•  Um cesto com livros de literatura infantil; Organize um espaço aconchegante de leitura na
•  Cortina sensorial (fitas ou cordões pendurados sala com os colchonetes ou tapetes emborrachados
em um varal com objetos para exploração, com e as almofadas. Disponha o cesto com os livros e os
diferentes formatos e texturas, amarrados na recursos de caracterização no ambiente preparado.
ponta das fitas, na altura dos bebês); Distribua pela sala, de modo espaçado, a cortina sen-
•  Blocos de encaixe; sorial, os blocos de encaixe, os fantoches e o cesto
•  Fantoches; com os elementos da natureza.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês participam do momento de leitura? Como são as brincadeiras deles com a história?
2. De que forma eles reagem às ações de seus colegas e do adulto durante o momento de leitura?
3. Quais são as reações deles ao reconhecerem as imagens da história? Como acontece o processo
de imitação?

306
Atividade: Despertar o prazer pelas histórias lidas

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês possam participar da proposta, estimulando-os a exercitar sua imaginação nas
brincadeiras com histórias. Favoreça a exploração dos livros e do recurso de caracterização por meio da ma-
nipulação e da descrição desses materiais. Perceba se há algum bebê que necessita de ajuda na locomoção
e, caso necessário, auxilie-o. Apoie as descobertas e incentive a brincadeira de imitação do ato de ler, de
modo que os bebês vivenciem a função social dos livros. Coloque a cortina sensorial a uma altura adequada
aos bebês. Além disso, é importante acomodar os menores de forma que eles possam apreciar a leitura.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para uma roda de conversa e conte


A
sobre a proposta de brincar por meio da leitura de livros de histórias,
despertando a curiosidade deles sobre esse assunto. Proponha um Possível fala do professor
momento de livre exploração dos materiais. Então explique que, em — Olhem só o que eu trouxe para
duplas, eles irão participar do momento de leitura. Dessa forma, o mo- vocês, pessoal! É o livro do Gildo
mento de leitura será tranquilo e íntimo, reforçando o vínculo afetivo e os amigos no jardim. O que será
que acontece nessa história, hein?
entre bebês e professor. Explicite ao grupo que, enquanto uma dupla Quem será que é Gildo? E quem
participa da leitura do livro, as outras permanecerão brincando com são os amigos no jardim? O que
os materiais diversos da sala com o outro professor ou auxiliar. Con- vocês imaginam? Vamos descobrir
vide uma dupla por vez para ir ao espaço preparado com o cesto de e nos divertir com essa história?
livros. Lembre-se de deixar o celular ou a câmera fotográfica próximos
para registro da atividade. A B B
Possíveis ações dos bebês
2 No espaço delimitado para a atividade, possibilite que a dupla se fami-
bebês poderão sorrir e bater
•Os
liarize com os elementos que compõem o ambiente (colchonetes ou ta-
palmas, demonstrando, assim,
petes emborrachados, almofadas e cesto com livros). Acomode os dois encantamento pela proposta.
bebês bem próximos de você, acolhendo-os de modo que eles possam
•Poderão, também, demonstrar
segurar o livro e virar as páginas (quando já conseguem realizar essa curiosidade e interesse em
ação), ou deite-se junto a eles, segurando o livro de forma que consigam pegar nos livros.
visualizar e tocar o objeto. Inicie a leitura do livro explorando a capa e
apresentando o personagem. Participe da narrativa utilizando o elemento C
de caracterização (no caso desse livro, a meia representando a tromba Possíveis ações dos bebês
do elefante). Você pode incentivar os bebês a vestir o acessório tam-
bebês poderão demonstrar
•Os
bém, ampliando o envolvimento deles na proposta e contribuindo para interesse pela leitura ao
o desenvolvimento das brincadeiras imaginárias. Favoreça a interação pegar o livro e interagir com o
deles com a tromba do elefante enquanto você faz a leitura da história. acessório.
Essas ações contribuirão para o desenvolvimento da atividade Instigar
•Poderão vestir a meia ou colocá-
o interesse pelas ilustrações, deste conjunto. C la no amigo ou no professor
e sorrir, reconhecendo-se ou
reconhecendo o outro como
3 Mantenha-se próximo aos bebês durante a leitura, olhando nos olhos parte da narrativa.
deles e tocando em suas mãos, por exemplo. Use diferentes entona-
•Poderão pegar e entregar
ções de voz e variadas expressões faciais, de acordo com as caracte- flores para os colegas,
rísticas do enredo ou dos personagens. Gesticule e faça movimentos afirmando o envolvimento no
com os recursos de caracterização (a tromba feita de meia e as flores contexto da história.
do cesto) a fim de contextualizar e envolver os bebês na história. Pro-
nuncie lentamente as palavras para melhor compreensão da narra-
tiva pelos bebês e faça as pausas necessárias para que eles possam

307
Unidade: Brincando com histórias

interagir com o momento da leitura. Motive os bebês a apontar e no- D


mear os elementos figurativos das histórias. Incentive-os a participar Possíveis falas do professor
da leitura por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos e brin- — Olha, pessoal, o que há neste
cadeiras de imitação do ato de ler. D E jardim? Quantas flores lindas! De
que cores elas são?
Possibilite que os bebês explorem o contexto da leitura de modo que — Cadê o elefante Gildo?
4
possam protagonizar as brincadeiras com histórias. Faça observações
e seja flexível para continuar ou interromper o momento da leitura com E
cada dupla. Oriente o outro professor ou auxiliar a incentivar que os Possível ação dos bebês
outros bebês se engajem em brincadeiras e interações com os mate-
riais diversos organizados na sala (como cortina sensorial, encaixe de estarem encantados com a
•Por
proposta, os pequenos podem
sólidos, fantoches e cesto de elementos da natureza). Caso um dos apontar e gesticular de acordo
bebês da dupla demonstre interesse por algum outro livro do cesto, com os questionamentos do
faça a leitura dele também. Reconheça e valorize toda e qualquer professor ou podem permanecer
forma de comunicação e expressão. Repita a atividade com as outras observando com atenção a
duplas até que todos tenham participado desse momento de brincar leitura da história para depois
interagir.
com leitura de histórias. Ao finalizar a atividade, todo o grupo pode
ficar livre para se divertir nas brincadeiras espontâneas, fazendo uso
dos recursos de caracterização e dos livros, como também dos objetos
e brinquedos disponíveis na sala.

Para finalizar
Sinalize o encerramento da atividade aos bebês e indique o que será feito posteriormente. A previsibili-
dade prepara os pequenos para a transição de momentos e etapas subsequentes. Convide-os a colaborar
com a organização dos materiais e reconheça as tentativas de participação. Cante uma música que marque
os momentos de arrumação e finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias e assimilar os conteúdos
abordados. Desse modo, a atividade pode ser realizada diversas vezes durante o ano. Troque o livro principal e
os recursos de caracterização para desenvolver a proposta com outra temática. Faça a brincadeira com leitura
de histórias em momentos diferenciados da rotina da escola: conforme os bebês acordam do momento do sono
ou terminam a refeição, na ocasião da acolhida ou espera da saída, por exemplo.

 Engajando as famílias
Confeccione um bilhete (escrito ou impresso) aos adultos responsáveis para contar sobre o desenvolvimento
da brincadeira com leitura. Explique como ocorreram as ações e as reações dos bebês na proposta. Escreva de
modo a impulsionar o desejo dos adultos em promover e participar de situações do brincar por meio de leitura
de histórias junto a seus bebês. Em outro momento, envie um novo bilhete aos responsáveis perguntando se há
livros para bebês em casa. Se a maioria das respostas for positiva, solicite que emprestem uma obra à escola
por um período determinado, utilizando os livros enviados pelos responsáveis para a repetição da atividade.

308
Atividade: Instigar o interesse pelas ilustrações

 EI01EO04  EI01EF04  EI01ET06


INSTIGAR O INTERESSE
PELAS ILUSTRAÇÕES
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES


Sugestões de leitura
 Contextos prévios • Farra no quintal.
Autora: Edith Chacon.
Com a finalidade de demonstrar possibilidades quanto ao desenvolvimento da Ilustrações: Fran
proposta, utilizaremos o livro Farra no quintal. No entanto, caso você não tenha Junqueira. (Biruta, 2018).
• Rápido como um
acesso a esse livro, poderá usar um outro. Considere usar um livro que estimule uma gafanhoto. Autora:
narrativa interessante que cause surpresa, encantamento, espanto, descoberta e Audrey Wood. Tradução:
curiosidade. É importante, também, que o livro escolhido amplie o repertório esté- Gilda de Aquino.
tico dos bebês, trazendo elementos como os de repetição, de histórias rimadas, de Ilustrações: Don Wood.
contos de acumulação etc. Os materiais e as brincadeiras poderão ser substituídos (Brinque-Book, 2007).
• Uma aranha muito
de acordo com a história selecionada. Na atividade Despertar o prazer pelas his-
ocupada. Autor: Eric
tórias lidas, deste conjunto, os bebês já terão explorado uma outra história, o que Carle. (Callis, 2018).
favorecerá o desenvolvimento das ações da nova atividade.

 Materiais  Espaços
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Selecione um local da área externa, como o solário
•  Almofadas; ou a varanda, para realizar a atividade. Espalhe os
•  O livro Farra no quintal ou outro à sua escolha; colchonetes ou tapetes emborrachados e as almo-
•  Diversos animais de brinquedo (principalmente fadas de modo que os bebês possam ficar confortá-
os que representam os personagens da veis. Disponha o livro no centro do espaço, tornando-o
história: gato, pato e rato); convidativo aos pequenos (ele pode estar aberto no
•  Um par de sapatos; chão ou pendurado em um varal, por exemplo). Or-
•  Objetos representativos de um quintal ganize animais de brinquedo, os objetos representa-
(cadeira, banco ou balanço apropriados para tivos do quintal e elementos da natureza em cantos
bebês e um varal com materiais pendurados, diferentes, oportunizando os movimentos corporais
como tecidos e brinquedos de jardim); pelo deslocamento. Separe alguns desses recursos de
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, caracterização do contexto da narrativa para serem
pedras, vasos de plantas e de flores etc.); pendurados no varal.
•  Um celular ou câmera fotográfica para
registrar a atividade.

309
Unidade: Brincando com histórias

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês comunicam descobertas e desejos no contexto da brincadeira?


2. Quais são as reações das brincadeiras ao reconhecerem as ilustrações da história? Como observam
e interagem com a leitura que o adulto faz?
3. Como os bebês vivenciam os diversos ritmos das interações e das brincadeiras no momento da pro-
posta com histórias?

 Para incluir todos


Um ambiente convidativo promove o interesse dos bebês pela proposta. Organize o espaço em que a atividade
será desenvolvida a fim de oportunizar situações exploratórias pelo grupo. O ambiente deve permitir movimento,
propiciar situações de escolhas e favorecer as experiências de exploração, provocando divertidas aprendizagens
durante o brincar. Garanta que todos possam se envolver na proposta por meio da interação com a história,
da exploração dos objetos representativos e dos elementos da natureza. Lembre-se de que o varal deverá ser
fixado a uma altura apropriada para que os bebês possam fazer suas interações com os objetos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em sala, conte a todo o grupo sobre a proposta de brincar com A


histórias, criando uma expectativa sobre as descobertas que os Possível fala do professor
bebês poderão fazer no ambiente e com os materiais disponibili- — Organizei um ambiente na área
zados. Convide-os a se deslocarem até o local preparado e auxilie externa com vários materiais que
todos no deslocamento. A B representam o livro Farra no quintal.
Vamos nos divertir com essa história?
2 Ao chegar ao espaço organizado para a brincadeira, apoie as ini-
ciativas de investigação dos materiais pelos bebês, instigando a B
curiosidade deles pela história a ser apresentada. Eles podem se Possível ação dos bebês
locomover no ambiente a fim de descobrir os elementos que o com-
bebês poderão sorrir e bater
•Os
põem, interagindo e percebendo novas possibilidades de brincar.
palmas, demonstrando interesse
Nesse contexto, incentive todo o grupo a interagir com os recursos pela proposta.
de caracterização que compõem o enredo da história espalhados
pelo espaço e no varal. Lembre-se de fazer registros fotográficos C
desses momentos. C D
Possível fala do professor

Observe como todo o grupo reage às descobertas que faz. Veri- — Olhem, quantos objetos diferentes!
3 Será que tudo isso faz parte da história
fique se os bebês balbuciam, gesticulam ou se movimentam em do livro Farra no quintal? Como será
direção aos colegas a fim de comunicar descobertas. Esteja atento que podemos brincar com eles? Vejam
aos bebês, auxiliando-os em sua busca pelo objeto de interesse, esses objetos pendurados!
quando necessário. Enquanto o grupo estiver engajado nas situa-
ções exploratórias, acomode-se de modo que todos possam ver D
você já com o livro nas mãos. Convide todo o grupo a se reunir Possível ação dos bebês
e diga que fará a leitura da história Farra no quintal. Possibilite

•Eles poderão pegar, chacoalhar,
que eles explorem a capa, conheçam os personagens e identifi-
colocar na boca e brincar com os
quem o contexto por meio da relação com os recursos de caracte- objetos a fim de explorá-los.
rização presentes na brincadeira. Incentive o desenvolvimento de

310
Atividade: Instigar o interesse pelas ilustrações

situações imaginárias e possibilite o protagonismo dos pequenos E


nas brincadeiras ao respeitar suas formas de interação e comuni- Possíveis ações dos bebês
cação com a narrativa. E bebês poderão se movimentar
•Os
ou gesticular na tentativa de buscar
4 Realize a leitura empregando diferentes entonações de voz e va- um objeto de interesse.
riadas expressões faciais para representar as personagens ou as estarem envolvidos no contexto
•Por
características do contexto. Elabore gestos e emita sons para re- da brincadeira, poderão sorrir
e balbuciar, mostrando suas
presentar a narrativa, incentivando os bebês a participar dessa descobertas ou desejos.
brincadeira de imitação. Posteriormente, estimule o grupo a iden-
•Algum bebê poderá pegar e folhear
tificar o que as ilustrações apresentam. o livro e entregá-lo a um amigo,
incentivando-o a fazer o mesmo.
Para finalizar
Após a leitura do livro, possibilite aos pequenos que fiquem livres para brincar e explorar os cantos da
sala. Explique que, em breve, a atividade se encerrará, indicando o que será feito posteriormente. Convi-
de o grupo a colaborar com a organização dos materiais. Cante uma música que marque os momentos de
arrumação e finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita a proposta diversas vezes ao longo do ano, usando o mesmo ou um novo livro que seja de apreciação
do grupo ou da cultura local. Para variações, diversifique os espaços da brincadeira e troque os elementos re-
presentativos de acordo com a história selecionada. A atividade também pode ser desenvolvida com recursos
tecnológicos, como o computador, o projetor ou o quadro interativo digital, de modo a apresentar a história
de outra forma, como por meio de um vídeo. Além disso, você pode apresentar os diversos sons presentes no
enredo que podem ser encontrados na internet, como os sons da natureza ou os barulhos que os animais fazem.

 Engajando as famílias
Envie uma carta aos adultos responsáveis contando sobre a atividade a ser desenvolvida. Pergunte a opinião
deles a respeito da proposta e como imaginam que serão as reações dos bebês. Depois da realização da ativi-
dade, imprima as fotos que você tirou e prepare uma colagem para cada responsável, usando as fotos e trechos
impressos do que os responsáveis disseram antes da realização da proposta. Encaminhe a colagem a eles para
que possam apreciá-la, envolvendo, assim, os adultos nas brincadeiras com histórias.

311
18
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

LUZ E SOMBRA
Os bebês, quando trabalham com luz e sombra, realizam diversos gestos em busca do
desejo de tocar, de capturar e de transformar tais fenômenos. O contato com a som-
bra é uma oportunidade para o bebê se conhecer por meio de sua imagem projetada,
que, por vezes, é privada de informações figurativas. Também é uma forma de conhecer
o outro e suas diversidades – sombra maior, menor, desfocada, inclinada, entre outras
perspectivas.
Os planos compõem uma sequência de atividades envolvendo vários tipos de investi-
gações, por meio de luz e sombra, que variam conforme os materiais explorados.

312
Sequência: Luz e sombra

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos e Espaços, tempos,


e o nós movimentos quantidades, relações e
transformações

313
Sequência: Luz e sombra

 EI01CG03  EI01ET03  EI01ET04


BRINCADEIRAS
COM LANTERNA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Separe os materiais antecipadamente e prepare o espaço com cabanas.

 Materiais
•  Lanternas;
•  Tecidos escuros para a montagem de cabanas;
•  Tecidos para cortinas;
•  Mesas;
•  Brinquedos conhecidos dos bebês;
•  Um celular ou câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Prepare a sala e deixe-a com as luzes apagadas e com as cortinas fechadas. Monte duas cabanas com tecidos
colocados em cima das mesas. Os tecidos devem cobrir toda a mesa, para garantir um espaço escuro dentro.
Fora das cabanas, deixe duas ou três lanternas apagadas. Coloque mais duas lanternas dentro de cada cabana,
uma acesa e outra apagada. Fora delas, deixe disponível também outros cantinhos de atividades, com brinquedos já
conhecidos pelos bebês, para que tenham acesso quando necessário. Deixe espaço livre entre as cabanas para
que os bebês circulem (sozinhos, com os pares ou com a ajuda do professor). Fique com uma lanterna para usá-la
com os pequenos que preferirem não entrar nas cabanas e que precisarão de sua companhia nesse momento
para fazer exploração por aproximação gradativa, de acordo com a aceitação.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Qual foi a reação inicial dos bebês diante da proposta? O que mais provocou interações?
2. Como eles se relacionam com a luz? E com as sombras? Que tipo de explorações fizeram?
3. Como a proposta motivou os bebês a entreterem-se com novas pesquisas exploratórias?

314
Atividade: Brincadeiras com lanterna

 Para incluir todos


Convide todos para entrar nas cabanas, brincar com a luz e a sombra, acompanhando-os. Auxilie os bebês, se
necessário, a segurar a lanterna, garantindo que todos possam estar em atividade, de acordo com preferências,
ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Reúna todo o grupo de bebês e fale sobre a atividade. Convide-os para entrar A
na sala e distribua as lanternas para que façam uma pesquisa exploratória Possível fala
com esse objeto. Possibilite que os pequenos explorem as lanternas e ten- do professor
tem acionar o botão para acendê-la; caso não consigam, acenda e apague a — Olhe seu amigo, como
lanterna para que possam ver como é e repitam a ação. está diferente! Vamos ver
o que é isso no rosto dele?
2 Nesse momento, todo o grupo estará envolvido em diferentes explorações.
Preste atenção e assim que um bebê se aproximar da cabana, narre a ação B
para os demais, chamando a atenção da turma para isso. Assim, possivelmen- Possível ação
te, mais bebês entrarão na cabana; é importante que você os observe e narre dos bebês
as descobertas a partir das explorações deles. Se possível, faça registros da
•Outros bebês poderão
atividade por meio de fotos, vídeos e anotações. Há um grande interesse por se aproximar para ver,
parte dos bebês pela luz, sendo importante a exploração desse objeto (lan- tentando pegar a luz. E
um deles dirige o foco
terna) em diversos ângulos e direções, dentro e fora da cabana. É possível de luz da lanterna, que
que um deles ache divertido direcionar a lanterna para um colega ou para o está em sua mão, para
professor. Aproveite para destacar essa ação, com a intenção de que outros o rosto do professor.
façam o mesmo. A B C
C
3 Ofereça outras formas de exploração com luz e sombra, de forma individual Possível fala
e/ou ao pequeno grupo que se encontra do lado de fora, você pode mostrar do professor
a lanterna individualmente, fora da cabana, acendendo e apagando a luz. — Nossa, o que é isso em
Recorte uma janela no tecido da cabana, para que o bebê observe e participe mim? Quem quer pegar
do lado de fora: você pode pegá-lo no colo e incentivá-lo a olhar pelo vão, a luz? Também fiquei
direcionando a luz por meio dele, nos objetos e nos outros colegas. Outra su- diferente, venham ver!
gestão é que você incentive um bebê a observar os outros. D
D
Para finalizar Possíveis falas
Com dez minutos de antecedência, informe qual será a próxima proposta e do professor
chame todos para a organização dos materiais. Você pode cantar uma canção — Veja que lindo! Que
nesse momento, como Nós vamos guardar, de Fabiana Goddoy. Convide-os mágico! Vamos entrar
para que saiam da cabana, instigando a curiosidade deles para o que está fora na cabana? Quer que eu
entre com você?
da cabana e questionando quem irá ajudar a organizar o espaço. — Olhe, seu amigo está
brilhando!

315
Sequência: Luz e sombra

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Em um novo momento da proposta, pendure objetos no teto da cabana, como animais de pelúcia, bichos
emborrachados, bonecas, carrinhos ou elementos da natureza, como folhas, galhos ou pinhas. Inclua objetos
dentro das cabanas montadas na área externa como, por exemplo, papel alumínio ou celofanes coloridos
pendurados no teto delas, para que, com a luz do sol, apareçam sombras interessantes.

 Engajando as famílias
Registre as atividades por meio de fotos e vídeos e, posteriormente, divulgue no mural da turma ou em reuniões
com os adultos responsáveis, incluindo suas impressões sobre a proposta. Após a realização das atividades,
sugira aos adultos brincar de sombras com os bebês e peça que enviem para a escola relatos sobre como foi
a experiência.

316
Atividade: Brincadeiras com celofane

 EI01CG03  EI01ET03  EI01ET04


BRINCADEIRAS
COM CELOFANE
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Separe os materiais antecipadamente (binóculos e varais) e prepare as cabanas para receber os bebês no
espaço externo. Deixe figuras de celofane grandes e pequenas, de cores variadas, já recortadas.

 Materiais
•  Tecido claro e leve para montagem das cabanas; •  Uma folha grande de plástico liso, que tenha o
•  Tiras de celofane de diversas cores para dobro do tamanho de uma mesa infantil, para
pendurar nos varais; cobri-la;
•  Cordas para montagem dos varais; •  Pedaços largos de plástico autoadesivo
•  Folhas inteiras de celofane coloridas; transparente grudados no plástico, com o lado
•  Figuras grandes e pequenas, também em da cola virado para cima, para que os bebês
celofane, em diversos formatos (retângulos, grudem e desgrudem as figuras encapadas
quadrados, estrelas etc.) e cores variadas. Para com celofane;
montar essas figuras, desenhe em papel-cartão •  Cestas para as figuras de celofane;
ou papelão, deixando apenas a moldura (figura •  Almofadas, colchonetes ou tapetes
vazada) e cole celofane em volta; emborrachados;
•  Fitas dupla-face ou transparente; •  Uma caixa com brinquedos conhecidos pelos
•  Binóculos feitos com rolos de papel higiênico e bebês;
celofane colorido. O binóculo pode ser feito com •  Um celular ou câmera fotográfica, um caderno
mais de uma cor de celofane; e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada no espaço externo, de preferência em um dia de sol. O espaço estará preparado
com cabanas de tecidos leves. Forre com almofadas, colchonetes ou tapetes emborrachados, para que fique bem
confortável para os bebês. Vire uma das mesas infantis de pernas para cima e cubra com plástico transparente,
bem esticado. Grude tiras largas de plástico autoadesivo nas paredes de plástico, com a cola virada para fora,
onde os bebês poderão grudar e desgrudar as figuras em celofane. Utilize fita dupla-face ou outra fita adesiva
transparente para fixar o papel autoadesivo no plástico. Forre o fundo da mesa com um tapete emborrachado, para
maior conforto dos bebês. Deixe cestas com as figuras em celofane na cabana. Fora das cabanas, monte varais
com tiras de papel celofane de diferentes cores, que serão amarradas nas cordas e estarão balançando. Coloque
algumas folhas inteiras penduradas nos varais. Os binóculos estarão dispostos em pontos estratégicos: perto do
tapete e próximos da cabana. Próximo aos binóculos, deixe também folhas de celofane inteiras e de cores variadas.

317
Sequência: Luz e sombra

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as descobertas que os bebês fizeram por meio da exploração desse ambiente na área externa?
2. Quais as experimentações dos bebês em relação à luz e à sombra? E quanto ao deslocamento de
objetos?
3. Como você percebeu a relação de um bebê com o outro quanto à imitação de gestos e movimentos?

 Para incluir todos


Assegure condições para que todos participem no momento da realização da proposta. Garanta um espaço
seguro para aqueles que se sentam com autonomia e um espaço de mobilidade para aqueles que engatinham
ou andam. Disponibilize uma caixa com brinquedos conhecidos pelos pequenos. Auxilie os bebês que não se
locomovem, aproxi­mando objetos ou levando-os até outro lugar, e garanta que estejam próximos ao grupo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo para o espaço externo. Explique a proposta e apoie a explo- A
ração livre dos materiais dispostos ali. Acomode o grupo de bebês de maneira Possível fala
confortável, nos tapetes emborrachados, de forma que possam fazer tentativas do professor
de locomoção até os objetos de interesse. Observe e atenda individualmente a — Olhem, o amigo está
todos, para que tenham oportunidade de se aproximar, caso desejem. Leve para colocando a folha no
o local da atividade um cesto com objetos preferidos dos pequenos e os ofereça, varal, ele ficou mais
quando necessário. Registre a atividade por meio de fotos, vídeos e anotações. colorido agora! Será
que cabem mais folhas
ali? A luz do sol também
2 Todo o grupo está envolvido na pesquisa exploratória de diferentes formas. está colorida, que linda!
Nos varais estão as diversas tiras de celofane coloridas amarradas e uma Venham ver!
folha de celofane inteira pendurada. Disponibilize algumas folhas inteiras de
celofane no chão, próximas ao varal. Assim que um dos bebês a levar até o
B
varal, destaque esse movimento, incentivando os outros a fazer o mesmo. A
Possível ação
dos bebês
3 Vá até a cabana e observe o pequeno grupo em sua exploração, assim como
foi incentivado na atividade Brincadeiras com lanterna, deste conjunto. Per- bebê poderá se
•Um
ceba suas ações, expressões e interações nesse momento. Apoie e valide suas concentrar por um
tempo, tentando grudar
iniciativas, evitando conduzir a atividade. Se ainda não explorarem as figuras de uma das figuras no
celofane na superfície colante, instigue a curiosidade deles. Dessa forma, esteja plástico. Ela cai, ele
atento para destacar positivamente as descobertas por meio da ação de grudar observa o movimento
e desgrudar as figuras no papel colante. Incentive os bebês a fazerem sobreposi- e repete sua ação.
ções e testes com a aderência das figuras no plástico e na superfície colante, per- Ele pode ousar mudar
e adere a figura à
cebendo as diferenças. Em suas pesquisas, caso os bebês encontrem elementos superfície colante.
naturais, como pedrinhas ou pedaços de grama, e queiram tentar grudar e des- Nesse momento, sorri
grudar para testar a superfície, apoie essa iniciativa e valide sua experiência. B e balbucia. Ao retirar,
sente sua mão grudar
Acompanhe a pesquisa exploratória que acontece na cabana de tecidos. e passa a explorar
4 também com seu corpo.
Observe como os bebês, em pequenos grupos, interagem com os binóculos
sobre as almofadas. É importante que eles tenham liberdade de ir, vir, tocar
e experimentar. C

318
Atividade: Brincadeiras com celofane

Convide todos para se envolverem na pesquisa exploratória nas cabanas. Para C


5
isso, ofereça diversas possibilidades, como: sentar-se junto ao bebê e mostrar Possível ação
o binóculo; oferecer sua mão a ele para explorar o espaço, ir até o varal ou dos bebês
entrar na cabana; pegar o bebê no colo, abraçá-lo e comentar sobre as ações
•Deitado sobre as
dos colegas, perguntar se ele também quer participar etc. almofadas, um bebê
poderá olhar através
Segure a folha de celofane em frente ao rosto do bebê e brinque de esconder do binóculo, apontar
6 seu dedo para o teto
e achar. Pegue-o no colo e observem juntos a estrutura da cabana. Leve-o
e balbuciar como se
até os varais coloridos e, juntos, balancem as folhas de celofane. Enquanto estivesse dialogando
você realiza essa ação individual ou em pequenos grupos, oportunize que os com a imagem colorida
outros explorem o espaço entre a cabana e os varais, criando suas próprias ali refletida.
brincadeiras com as luzes coloridas.

Para finalizar
Com dez minutos de antecedência, convide todo o grupo de bebês para que saiam da cabana e cantem
o trecho de uma música, para ajudar na organização dos materiais. Pesquise na internet músicas para esse
momento. Comunique que, a seguir, vocês retornarão para sala. Deixe a sala organizada para o retorno,
com material de largo alcance.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Variações possíveis para a brincadeira:
1) Em vez de binóculos, faça móbiles com bandejas de isopor ou outro material e cole celofane no meio. Essa
moldura também poderá ser grudada no chão da sala;
2) Leve caixas de papelão grandes e pequenas, com diversos buracos onde haverá celofane colorido colado.
O papel celofane pode ser substituído por papel manteiga ou papel vegetal. Dessa forma, será possível opor-
tunizar um contexto de diferentes tonalidades de brancos que perpassam a luz. Leve pelo menos uma caixa
bem grande, onde os bebês poderão deitar e observar as janelas iluminadas no teto. Esses móbiles e caixas
poderão fazer parte do espaço físico da sala, dando continuidade à atividade;
3) Outra opção interessante é revestir as janelas ou espelho da sala com papel celofane de diversas cores.

 Engajando as famílias
Divulgue, no mural da turma ou em reuniões com os adultos responsáveis, as fotos e os vídeos registrados
durante a atividade. Acrescente suas considerações, evidenciando as ações e conquistas dos pequenos e
elaborando uma documentação pedagógica. Após a realização das atividades, convide os responsáveis para
continuarem a brincadeira em suas casas. Explique a intencionalidade da proposta e proponha uma parceria
na brincadeira. Envie kits de figuras recortadas em celofane (sem a moldura) com formato de círculo, coração,
estrela e quadrado, em tamanhos e cores diversas. Sugira que, se possível, os adultos enviem fotos e relatos
para a escola; dessa forma, fortalece-se o vínculo responsáveis e escola.

319
Sequência: Luz e sombra

 EI01CG02  EI01CG03  EI01ET06


BRINCADEIRAS COM LENÇOL
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, é interessante que o grupo de bebês tenha explorado brincadeiras com os
fantoches e os elementos naturais. Separe os objetos antecipadamente e prepare o espaço da sala, penduran-
do um lençol de cor clara no teto, com um fio, fazendo uma parede até o chão. Conte com a parceria de outro
professor ou auxiliar para atuar na atividade com você.

 Materiais
•  Lâmpada de abajur (bocal com lâmpada, ou •  Playlist, pen drive ou CD com música sobre
ainda a lanterna do celular); animais;
•  Fantoches de animais e pessoas, soldadinhos, •  Lençol claro grande;
dinossauros, carrinhos; •  Uma caixa com brinquedos já conhecidos
•  Folhas grandes (tipo bananeira, palmeira ou pelos bebês;
coqueiro); •  Um celular ou câmera fotográfica, um caderno
•  Um equipamento para reprodução de áudio; e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Prepare o espaço de forma confortável para que todo o grupo de bebês possa se sentar de frente para o lençol.
Garanta um espaço para circulação dos pequenos, caso queiram levantar e interagir com as sombras. Apague as
luzes e feche as cortinas. Caso seja necessário, pendure cobertores nas janelas, para que a sala fique mais escura.
Coloque a lâmpada perto da parede, atrás do lençol. Fique atrás do lençol e de frente para a lâmpada.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram a questão da luz e sombra nessa brincadeira? Quais descobertas eles fazem?
2. De que forma a exploração de luzes e sombras propicia aos bebês novas formas de explorar gestos
e movimentos, interações e expressões?
3. Como ocorre a imitação de gestos e movimentos dos pequenos? Qual repertório ou experiências o
bebê traz?

320
Atividade: Brincadeiras com lençol

 Para incluir todos


Incentive a participação de todos. Auxilie, quando necessário, para garantir que todos possam estar em
atividade, de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades. Disponibilize uma caixa com brinquedos
já conhecidos pelos bebês, para que tenham acesso quando desejarem. É importante que um adulto acomode
e apoie os pequenos, garantindo que os que não andam nem en­gatinham estejam próximos, enquanto outro
adulto realiza os movimentos atrás do lençol.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para se sentar de maneira confortável e


se posicionar atrás do lençol. Outro professor ou auxiliar deve acomodar e
apoiar os pequenos nesse momento, garantindo que os que não andam nem
engatinham estejam próximos, enquanto o professor realiza os movimentos
atrás do lençol. A realização das atividades Brincadeiras com lanterna e
Brincadeiras com celofane, deste conjunto, irá favorecer o envolvimento Sugestão de música
dos bebês com a atividade. Pegue os objetos e seja um facilitador para a ex- • Ciranda dos Bichos.
ploração visual deles. Organize os objetos em sequência e os apresente de Palavra Cantada para
forma convidativa, variando o tom de voz e fazendo surpresa. Por exemplo: ficar com você [CD].
esconda os objetos atrás da folha grande (bananeira, palmeira, coqueiro) Artista: Palavra Cantada.
(Rimo, 2016).
e faça uma brincadeira de esconder e achar atrás da folha, sobrepondo as
sombras. Depois coloque a folha deitada para simular a lagoa e os animais
em cima ou embaixo dela. A
Possível fala
2 Continue a exploração com os objetos, agora ao som da música, fazendo os do professor
movimentos sugeridos por ela, como abrir a boca, esticar o pescoço, balan- — O que está acontecendo
çar o rabo, subir, descer e dar a mão. É bem provável que um dos bebês se atrás do lençol? Como
aproxime do lençol, e, quando isso ocorrer, interaja com ele, aproximando podemos brincar? Venham
um fantoche e fazendo movimentos. Aproveite esse momento para registrar brincar junto!
a atividade por meio de fotos, vídeos e anotações. A B
B
3 Após a exploração visual e sonora mediadas por você, convide os bebês a Possível ação
ampliar suas explorações por meio do manuseio dos objetos que estavam dos bebês
atrás do lençol, em pequenos grupos. Traga os objetos para frente do lençol bebê pode observar
•Um
e possibilite que os bebês escolham, apoie suas iniciativas. Há um grande sentado o movimento
interesse por parte dos pequenos na existência de luz e sombras, sendo im- de alguns colegas
portante que eles possam explorar cada objeto, comparando como são atrás que interagem com o
professor e inclinar seu
do lençol e em suas mãos. Valorize e encoraje as iniciativas deles nesse
corpo para frente em
momento. É bastante provável que eles explorem os objetos com curiosi- direção a eles, sorrindo
dade, tentando relacionar cada um com o personagem apresentado atrás e balbuciando.
do lençol. Alguns podem interagir com esses objetos por meio da fala. C D
C
4 Após o contato com todos esses objetos, o bebê pode pegar um deles e levá-
Possível fala
-lo para trás do lençol, tentando imitar o que assistiu. Apoie essa ação, sem do professor
dirigi-la, favorecendo a livre expressão do bebê. Vá com ele, brinque de es-
conder e achar, encoraje-o nesse sentido, a fim de que possa expandir suas — O que você pegou?
Que objeto é esse?
descobertas. Outros bebês podem se sentir animados em ir para trás do lençol Vamos brincar?
também, formando um pequeno grupo. Deixe os objetos ao alcance deles,

321
Sequência: Luz e sombra

como as folhas da palmeira, os fantoches e os brinquedos. É uma excelente D


oportunidade dos bebês aprofundarem seus conhecimentos sobre sombras, Possíveis ações dos
aumentarem suas explorações corporais e descobrirem novas formas de ex- bebês
ploração dos objetos. bebês menores
•Os
podem interagir
Quanto ao grupo dos bebês menores, brinque com os fantoches próximo a batendo palmas ou
5 estendendo as mãos.
eles. Pegue o bebê no colo e observem juntos a estrutura do lençol, enquanto bebês maiores
•Os
outro bebê brinca lá atrás. Leve-o até a lâmpada e faça comentários sobre a podem fazer
luz e os animais. Enquanto você realiza essa ação individual ou em peque- movimentos imitando
nos grupos, oportunize que os outros explorem o espaço. É importante que o que o professor fez
eles tenham liberdade de ir, vir, tocar e experimentar, criando suas próprias atrás do lençol.
hipóteses sobre luzes e sombras.

Para finalizar
Com dez minutos de antecedência, convide o grupo de bebês para que ajudem na organização da sala e
indique a próxima atividade da rotina. Peça ajuda para que, dentro de suas possibilidades, cada um possa
guardar os objetos em seus lugares. Valorize e encoraje suas iniciativas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Variações possíveis para a atividade: recorte figuras em papel cartaz preto e cole em palito de churrasco,
cortando a ponta. Use para montar uma história ou dançar. Você também pode fazer sombras de animais com
as mãos. Há muitas sugestões interessantes na internet.

 Engajando as famílias
Essa é uma ideia interessante para momentos de integração com os adultos responsáveis na escola. Prepare
o ambiente com o lençol e os objetos e convide os responsáveis para que brinquem juntos, quando chegarem à
escola ou no horário de saída dos bebês. Monte uma exposição de fotos e crie um vídeo dos melhores momentos
da atividade. Para tanto, durante as atividades, faça o registro por meio de fotos, vídeos e anotações.

322
Atividade: Vamos fugir ou pegar?

 EI01CG01  EI01CG03  EI01ET04


VAMOS FUGIR OU PEGAR?
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, é interessante que o grupo de bebês tenha vivenciado outras brincadeiras
exploratórias com luzes e sombras em sala e já conheça o espaço externo. É importante também que tenham
um repertório musical de brincadeiras com roda.

 Materiais
•  Giz de quadro (branco e colorido);
•  Varinhas, gravetos, galhos;
•  Pedaços de madeira quadrados e redondos;
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas de roda;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Almofadas, colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Uma caixa de brinquedos conhecidos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade deve ser realizada no espaço externo (pátio ou parque de areia), em um dia de sol. Prepare o
espaço, disponibilizando os materiais no chão para receber todo o grupo de bebês. Prepare um cantinho com
os elementos da natureza e outro com giz de quadro. Entre cada cantinho, deixe espaço para circulação dos
bebês. Prepare almofadas, tapetes emborrachados ou colchonetes, para que o grupo de bebês menores possa
se sentar confortavelmente. Garanta espaço seguro para aqueles que se sentam, engatinham e caminham. Deixe
disponível uma caixa com brinquedos já conhecidos pelos pequenos para que tenham acesso quando necessário.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês movimentam partes do corpo para exprimir emoções, necessidades e desejos?
2. Como você percebe as experiências de manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por
meio de experiências de deslocamentos de si e dos objetos?
3. Como se dá a imitação de gestos e movimentos pelos bebês?

323
Sequência: Luz e sombra

 Para incluir todos


Organize para que todos tenham asseguradas as condições de participar. Auxilie, quando necessário, para
garantir que os bebês estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades. Quanto aos
bebês menores, que ficam sentados com apoio ou não, sente-se ao lado deles e converse sobre o que está
acon­tecendo ao seu redor. Ajude-os a explorar as sombras.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo de bebês ao espaço externo já preparado, explique a A


proposta e favoreça a exploração livre dos materiais dispostos ali, assim Possível ação dos bebês
como foi feito na atividade Brincadeiras com celofane, deste conjunto.
bebês podem dar tchau
•Os
Acomode o grupo de bebês menores de maneira confortável (nos tapetes
para sua sombra ou jogar
ou colchonetes, com o auxílio de almofadas), de forma que façam tenta- beijos, correr ou olhar para
tivas de locomoção até os objetos de interesse. Assim que um bebê per- trás e chamar a atenção do
ceber sua sombra no piso ou na areia, aponte para essa ação e fale para professor.
os demais, chamando a atenção para que os outros repitam essa desco-
berta. Há uma grande curiosidade por parte dos bebês na existência da B
sombra, sendo que alguns podem tentar pegar e outros fugir dela. Ob-
Possível fala do professor
serve e registre a atividade por meio de fotos, vídeos e anotações. A B
— O que é isso atrás de você?
Será que é outro bebê? Olhe,
2 É provável que logo os bebês percebam a presença da sombra do amigo.
parece que ele quer te dar um
Um deles pode apontar a sombra no chão e dar pequenos gritos; outro abraço! Você vai abraçá-lo
pode acompanhar com os olhos quando o amigo andar e a sombra mudar também?
de lugar. Acompanhe individualmente e/ou em pequenos grupos a ini-
ciação dessa exploração. Incentive quando o bebê correr e olhar para
C
trás, a fim de que outros repitam essa ação. Esteja atento na interação
deles com seus próprios corpos, bem como na relação com as sombras Possível fala do professor
geradas por eles. Esteja disponível para que os pequenos compartilhem — Vejam que interessante
suas pesquisas, hipóteses e descobertas. C essa sombra. De onde ela
vem? Vamos ver juntos? Vou
fugir dela… opa, ela está
3 Convide os bebês para uma brincadeira de roda, a fim de facilitar a percep- vindo comigo!
ção dos corpos e das sombras em movimento. Cante músicas conhecidas e
incentive-os a fazer gestos, observando seu próprio corpo e o dos amigos,
seja na parede e/ou no chão. Destaque as sombras se movimentando na
roda, indo e voltando. Quanto aos bebês menores, que ficam sentados
com apoio ou não, sente-se ao lado deles e converse sobre o que está
acontecendo. Destaque as ações dos amigos, chame a atenção para sua
própria sombra, inclua individualmente esse bebê na atividade. Cante e Sugestões de música
brinque de esconder e achar com um lenço para que movimente seu cor-
po, rosto e membros, fazendo sombra também. Pegue-o no colo, circule Na roda, cante músicas
conhecidas, como Roda cotia, O
pelos cantos com ele, abaixe-se e alcance objetos, pergunte o que ele quer sapo não lava o pé, A barata diz
pegar e garanta a interação dele com os amigos. Enquanto você realiza que tem ou A canoa virou.
essa ação individual ou em pequenos grupos, oportunize que os outros
explorem o espaço, criando suas próprias brincadeiras e descobertas.

4 Após as descobertas com sua própria sombra, dos colegas e do profes-


sor, proponha a possibilidade do registro por meio do desenho. Para isso,

324
Atividade: Vamos fugir ou pegar?

convide um grupo de bebês para fazerem desenhos com giz de quadro, se D


vocês estiverem na calçada; se estiverem no parque, eles poderão usar Possíveis ações dos bebês
as varinhas para desenharem na areia. Pegue esses riscantes e seja um bebê estica o braço
•Um
facilitador para essa pesquisa exploratória. O professor pode pegar a em direção ao professor,
varinha e contornar a sombra, chamando a atenção das crianças para o quando este termina de
registro feito por ele. O bebê pode perceber a possibilidade de desenhar registrar a sombra. Pega
sua própria sombra, a sombra do amigo ou a do professor. Se isso ocorrer, a varinha e passa a mexer
na areia com ela, fazendo
interaja com ele, incentivando-o a conti­nuar essa ação. D círculos ou ondas.

•Outro bebê pode riscar
Para finalizar o chão com o giz e sorrir,
Com dez minutos de antecedência, cante uma música para ajudar na compartilhando sua
organização dos materiais. Ofereça caixas para que os bebês ajudem a descoberta com o professor.
guardar os materiais. Fale aos bebês a próxima rotina. Valorize e encoraje
todas as iniciativas nesse momento, para que, dentro de suas possibilida-
des, cada bebê possa guardar os objetos em seus lugares.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Variações possíveis para a atividade de “pegar ou fugir” da sombra: você pode acrescentar um cantinho com
luzes coloridas na sala, basta usar lâmpadas coloridas ou colocar celofane colorido em frente às luminárias ou
em frente aos abajures com luz branca. Faça transparências com fotos dos bebês e projete nas paredes, com
uso do retroprojetor. Eles ficarão bem instigados com suas imagens projetadas e também com as sombras dos
seus corpos contra a luz. Pesquise na internet como construir luminárias com latas de leite ou latas de chocolate
em pó. Fure as latas antes, para que a luz passe pelos buracos.

 Engajando as famílias
Divulgue, no mural da turma ou em reuniões com os responsáveis, as fotos e os vídeos registrados durante
as atividades. Acrescente às fotos suas impressões sobre a proposta por meio de documentação pedagógica.
Faça móbiles com as melhores fotos e pendure no caminho que os adultos fazem até a sala. É uma excelente
forma de divulgar esse trabalho não só para os responsáveis, mas para toda a comunidade escolar.

325
Sequência: Luz e sombra

 EI01EO02  EI01CG03  EI01ET04


BRINCANDO COM
OBJETOS LUMINOSOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A proposta é fazer atividades com objetos luminosos que envolvem luz/sombra. Para isso, você pode usar recursos
como retroprojetor, datashow, abajur, lâmpada spot ou outro que tenha disponível em sua escola. Selecione as
músicas que serão utilizadas enquanto as sombras “dançam” na parede. É possível colocar fotos impressas em
transparências no retroprojetor ou colá-las na parede e direcionar as luzes nelas. Monte o espaço antecipadamente,
organizando as transparências com fotos dos bebês, bem como os demais materiais e recursos necessários. Conte
com a parceria de outro professor ou auxiliar para acompanhá-lo na atividade.

 Materiais  Espaços
•  Retroprojetor (datashow ou algum tipo de Prepare um local aconchegante para que todo o grupo
lâmpada para obter os objetos luminosos); possa se sentar na sala, se assim desejarem, de frente
•  Um equipamento para reprodução de áudio; para o recurso que irá reproduzir os objetos luminosos. Use
•  Transparências com fotos dos bebês almofadas, tapetes emborrachados, colchonetes ou outro
impressas; material disponível para acomodar os bebês. Apague as
•  Objetos diversos (talheres, pratos, copos, luzes e feche as cortinas. Se achar necessário, coloque
bolas, bambolês, tecidos e elementos da cobertores nas janelas para ficar mais escuro. Direcione a
natureza, como galhos, gravetos, pinhas, luz para a parede e posicione-se ao lado do retroprojetor
folhas, pedras etc.); ou da lâmpada, para que você possa mudar as transparên-
•  Almofadas, colchonetes ou tapetes cias e objetos. Organize de um jeito atraente os cantinhos
emborrachados; de atividades, um com bolas, bambolês e tecidos e outro
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, com elementos da natureza. Esses cantinhos ficarão dis-
um caderno e uma caneta para registrar a poníveis para que os pequenos tenham acesso quando
atividade. desejarem. Deixe espaço livre entre os cantos, para eles
circularem sozinhos, com os pares ou com a sua ajuda.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês percebem e/ou ampliam a percepção das possibilidades e limites de seu
corpo nas brincadeiras com objetos luminosos?
2. Que tipos de explorações eles fazem durante a atividade (manipulação, experimentação,
arrumação e deslocamentos de si e dos objetos etc.)?
3. Como interagem durante a atividade: os bebês imitam uns aos outros? Imitam os adultos?

326
Atividade: Brincando com objetos luminosos

 Para incluir todos


Organize para que todos tenham asseguradas as condições de participar. Incentive a participação de todos.
Auxilie-os quando necessário, garantindo que todos estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos
e possibilidades. O professor ou auxiliar que está no tapete com os bebês deve incentivar os que não se loco-
movem com autonomia a dançar, cantar a música e bater palmas.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para se aproximar e apresente o material.


A
Explique a proposta e facilite a livre exploração. Posicione-se ao lado do
retroprojetor ou lâmpada. Garanta que os bebês estejam acomodados de Possível fala
do professor
forma confortável, de maneira que possam fazer tentativas de locomoção
até os objetos de interesse. É importante que outro professor ou auxiliar os — Olhem, quem é este
aqui? Vocês conhecem?
acompanhe nesse momento, enquanto outro realiza os movimentos com a
Será que é ele mesmo?
lâmpada nas transparências. Apresente as fotos dos pequenos de forma atra- Como está grandão! E
tiva, chamando a atenção com variações na entonação de voz e gestos de agora, quem é? Parece
surpresa. Seja um mediador para suas descobertas. Possibilite que explorem que todos cresceram.
os materiais por um tempo e observe atentamente seus gestos, expressões e
iniciativas de interação. A B B
Possíveis ações dos
2 Interaja com os bebês que se aproximarem do projetor de luz, incentivando bebês
pequenos grupos a dançar e interagir com as sombras na parede. A realiza-
ver sua imagem
•Ao
ção da atividade Vamos fugir ou pegar?, deste conjunto, será importante para refletida na parede, um
os incentivos em relação à exploração das sombras. Coloque uma seleção dos bebês pode bater
de músicas para tocar. Oportunize que cada bebê movimente o corpo, seja palmas, demonstrando
balançando os braços ou batendo palmas, para que percebam e relacionem se reconhecer.
seus movimentos com os das sombras. Faça movimentos de balanço com o
•Outro bebê poderá
apontar o dedo em
corpo em frente à luz, instigando a observação, bem como a imitação em re-
direção ao amigo,
lação às sombras na parede. Registre por meio de fotos, vídeos ou escrita de fazendo a associação
palavras-chave, o que facilitará a continuidade da documentação pedagógica entre ele e a imagem.
após o término da atividade. C
C
3 Após esse momento de descobertas e explorações iniciais, chame um dos be-
Possível fala
bês que esteja envolvido na exploração dos cantinhos e peça a ele para trazer do professor
um dos objetos para pesquisa no suporte de luz (retroprojetor ou o que esti-
ver sendo usado). É provável que, observando essa ação, mais bebês tragam — Olhem minha sombra
que interessante,
objetos e tentem colocá-los no mesmo lugar. Facilite essas ações de forma venham ver! E a sombra
que todos tenham chance de explorar, interagindo com os objetos luminosos. de vocês? Onde ela
Convide um deles para trazer algum elemento da natureza que esteja explo- está? Sumiu? Achou?
rando e colocá-lo próximo a lâmpada ou em cima do retroprojetor. Chame a Olhem, minha sombra
atenção para a sombra refletida. Com outros bebês, proponha que coloquem está parada agora.
Eu me mexo e ela se
o objeto no chão, perto da parede e mais distante da lâmpada, levantando
mexe também, está me
comparações que instiguem hipóteses e novas explorações para verificação. imitando!
Possibilite a livre expressão dos pequenos e facilite suas descobertas. Chame
a atenção de todo o grupo para essas ações e vivências, com a intenção de
que façam o mesmo.

327
Sequência: Luz e sombra

Para finalizar
Com dez minutos de antecedência, avise qual será a próxima proposta. Convide o grupo de bebês para
ajudar na organização da sala. Acenda as luzes e abra as cortinas. Leve as caixas até os bebês para que
guardem os brinquedos, bem como os elementos da natureza. Valorize e encoraje todas as iniciativas nes-
se sentido.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Variações possíveis para a atividade:
1) Uma ideia interessante é a construção de caixas de luz. Você pode utilizar caixas de sapato, substituindo o
retângulo da tampa de cima por papel celofane colorido. Dentro da caixa, você pode colocar uma lanterna ou
até mesmo o celular com a lanterna ligada. É só direcionar a luz, como se fosse uma lanterna colorida.
2) Para aqueles que não possuem datashow, é possível a construção de um pintando uma caixa de sapato com
tinta preta e recortando um círculo na parede lateral da caixa. Nesse círculo, cole uma lupa. Você poderá passar
imagens ou vídeos colocando o celular ligado com a imagem de ponta cabeça dentro da caixa, em direção à
lente da lupa. Direcione a lupa na parede, assim como fez com o retroprojetor.
3) Para quem entende um pouco de instalação elétrica, é possível fazer um canhão de luz usando um cone de
trânsito. Forre dentro dele com papel alumínio e encaixe uma lâmpada branca, deixando que o fio da lâmpada
saia pela outra extremidade e seja ligado na tomada.

 Engajando as famílias
Registre a atividade por meio de fotos, vídeos e anotações e divulgue em reuniões iniciais com os adultos
responsáveis. Monte uma exposição com esse material. A atividade também pode fazer parte dos portfólios,
jornais informativos, álbum do bebê ou outras formas de registro utilizadas pela escola. Solicite aos responsáveis
fotos dos bebês com as pessoas com quem mais convivem. Passe essas fotos para as transparências e utilize
no lugar das fotos só dos bebês. Se possível, exponha no dia da reunião para que todos possam apreciar suas
imagens sendo refletidas na parede.

328
19
AP

CONJUNTO

UNIDADE

SONS DO CORPO E
DO AMBIENTE
Os bebês adoram ouvir músicas, cantos de pássaros e cigarras, latidos de cachorro etc.
A convivência com diferentes sons e ruídos traz descobertas, conhecimentos e curio-
sidade acerca do novo. A primeira fonte de exploração é o som do próprio corpo e do
ambiente que nos cerca. Assim, levar os bebês a se atentarem aos sons da natureza ou
da escola é ajudá-los a desenvolver competências relevantes para o processo de apren-
dizagem, como a escuta, a atenção e a distinção. Ao convidá-los para realizar sons com o
próprio corpo, oferecemos a eles a oportunidade de construir autoria de pensamentos
e ações.

329
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de


EI01CG05
manuseio de diferentes materiais e objetos.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

Corpo, gestos Traços, sons, Escuta, fala, Espaços, tempos,


e movimentos cores e formas pensamento quantidades, relações
e imaginação e transformações

330
Atividade: Meu corpo tem som

 EI01CG03  EI01TS01  EI01EF05


MEU CORPO TEM SOM
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, antecipe algumas canções que possam potencializar a escuta dos sons do corpo. Uma su-
gestão é a obra do Barbatuques, grupo brasileiro de percussão corporal. Outra opção são as músicas do grupo
Triii, baseadas em percussão corporal e acompanhadas de instrumentos musicais de percussão.

 Materiais
•  Um equipamento para reprodução de áudio; •  Fórmica de 1 m (pode ser mural, forro,
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas que madeira compensada, ou outro que tiver na
inspiram descobrir os sons do corpo, tais sua escola);
como: Samba Lelê, Peixinhos do Mar (grupo •  Furadeira para furar o painel (ou outra
Barbatuques) e Tamborês (grupo Triii); ferramenta que dê conta de perfurá-lo);
•  Objetos sonoros, como pulseiras ou •  Arame, presilhas e ganchos para prender os
tornozeleiras com pequenos guizos, sinos, objetos;
tampas de latas de alumínio ou plástico, •  Materiais de largo alcance (tampas, rolos de
garrafas PET com grãos etc.; papelão, potes, canos, carretéis);
•  Um celular ou câmera fotográfica para •  Brinquedos diversos;
registrar a atividade; •  Tecidos para forrar o chão.
•  Fita crepe;

 Espaços
Inicialmente, prefira realizar a proposta na sala do grupo ou em um ambiente cuja acústica possa favorecer
a percepção dos bebês com relação aos sons emitidos pelo próprio corpo. Sendo assim, evite desenvolver a
atividade em ambientes muito abertos e com interferências sonoras.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês comunicam suas descobertas a partir dos sons produzidos com o próprio corpo?
E com os objetos do ambiente?
2. De que modo eles demonstram a percepção da relação de seus movimentos aos sons produzidos?
Manifestam preferência por algum material para acompanhar as propostas?
3. De que modo os bebês interagem? Imitam gestos e movimentos?

331
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

 Para incluir todos


Antecipe as condições necessárias para os bebês que não se sentam nem se locomovem com autonomia,
seja durante a interação com os colegas ou com materiais. Garanta espaços de mobilidade para aqueles que
engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a atividade enquanto os bebês estão explorando materiais e recursos


disponíveis na sala. Apresente a proposta chamando a atenção deles por A
meio da canção Peixinhos do Mar, do grupo Barbatuques. Para isso, utilize as Possíveis ações dos
bebês
palmas. Observe como os pequenos reagem a essa alteração sonora do am-
biente. Incentive aqueles que de forma espontânea dançam e batem palmas. bebê ouve a música
•Um
Encoraje os que observam a se movimentar e dançar. A e poderá começar a
balançar os braços.

•Outro, ao escutar o
2 Terminada a canção, pause a música ou diminua o volume do som. Note se os ritmo, pode sacudir
bebês tiverem percepção da ruptura do som nesse momento e, na sequência, o objeto que está em
diga a eles que vocês irão dançar e brincar. Incentive-os a escutar e explo- suas mãos.
rar os movimentos do próprio corpo. Sensibilizá-los quanto ao som também bebê poderá vir
•Um
será importante para o desenvolvimento da atividade Os diferentes sons até você e começar a
balançar o corpo.
do ambiente, deste conjunto. Aproxime-se deles, nos pequenos grupos ou
•Outro poderá bater
individualmente, interaja com eles, valide seus movimentos e inspire outros palmas e sorrir
novos partindo do que apresentam e do que a música propõe, como: palmas animado.
ritmadas, passos de samba, estalos e assobios. Nesse momento, inicie os re-
gistros das ações dos pequenos com fotos e filmagens.
Sugestão de vídeo

3 Disponha um tecido no centro da sala e convide os bebês para se aproxima- • Samba Lelê. Versão
rem para ouvirem a próxima música (Tamborês, do grupo Triii). Priorize o re- do Barbatuques.
curso da percussão corporal provocado na música. Valorize as iniciativas dos Disponível em: https://
www.youtube.com/
pequenos, brinque junto deles fazendo sons com o corpo, com a boca, com watch?v=_Tz7KROhuAw.
as mãos e com os pés. Possibilite a construção da autoria de pensamentos e Acesso em: 16 jun. 2021.
ações dos bebês, favorecendo o processo de criação deles.

4 Acrescente ao tecido alguns objetos sonoros, como pulseiras ou tornozeleiras com


pequenos guizos, sinos, tampas de latas de alumínio ou plástico. Possibilite que os Sugestões de música
bebês explorem livremente esses materiais, para que façam suas próprias desco- • Impulsione a
bertas. Acompanhe-os de perto nessa exploração, registre a interação deles com os proposta cantando com
objetos e com o novo, veja se eles atribuem uma função sonora a essas peças, pois as crianças músicas
a convivência com diferentes sons traz descobertas, conhecimento e curiosidade. tradicionais da cultura
infantil, como Roda,
roda, roda, pé, pé,
5 Familiarizados com os objetos, descubra com os bebês outras possibilidades pé, pé (Caranguejo)
de uso para eles, de modo que possam ser ajustados ao corpo deles. Inicie ou dando sequência
colocando uma peça no seu próprio tornozelo. Mostre-a, faça sons com ela com o repertório do
e ofereça aos pequenos. Pergunte quem gostou da ideia e quem quer usá-la. grupo Triii, ouvindo a
música e fazendo a
Faça isso com os demais objetos e deixe que eles explorem os sons de suas
brincadeira proposta de
palmas ou marchas potencializadas por meio desses objetos sonoros. Observe "Tamborês", entre outras
o interesse dos bebês e favoreça as trocas de objetos entre eles. possibilidades.

332
Atividade: Meu corpo tem som

Para finalizar
Avise aos bebês que vocês irão ouvir uma última música. A sugestão seria repetir aquela com a qual eles
mais se envolveram. Nesse contexto, compartilhe com eles o motivo da sua escolha e comente que depois
irão começar a guardar os objetos para seguirem para a próxima proposta. Quando a música terminar, con-
forme combinado anteriormente, solicite ajuda dos bebês e disponibilize um organizador para que, dentro
das possibilidades deles, colaborem guardando os objetos. Tranquilize-os deixando esse material em local
acessível, para que possam brincar novamente com eles em outra oportunidade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para promover novas experiências e ampliar o repertório dos bebês, combine com o professor das crianças
bem pequenas ou pequenas para vivenciar esse momento de exploração sonora junto a eles. Para realizar
a atividade com segurança e conforto a todos, opte por um espaço mais amplo, leve a seleção de músicas
trabalhadas, bem como o organizador contendo os objetos sonoros; sugira ao professor da outra turma que
também leve os objetos sonoros deles. Possibilite que todos explorem os sons do corpo e do que é oferecido
no ambiente por meio da interação.

 Engajando as famílias
Construa um painel sonoro com os objetos utilizados na atividade. Quando ele estiver pronto, acrescente o
registro com fotos legendadas por você, contando brevemente as experiências vivenciadas. Uma outra opção
é privilegiar a participação dos bebês na montagem do painel; para isso, distribua imagens aos pequenos,
mostrando a possibilidade de grudá-las no suporte. Antecipe a ação dos pequenos fixando um elemento de
ligação no painel, que podem ser rolos de fita adesiva ou de fita crepe, plástico adesivo virado com a cola para
cima, ou ainda fita dupla-face. Valide a ação deles e possibilite que o façam, ainda que a imagem fique torta,
pois o mais importante é a participação. Entretanto, se as imagens estiverem plastificadas, poderão, inclusive,
ser grudadas e desgrudadas, favorecendo a exploração. Quando estiver pronto, deixe-o exposto para que os
adultos responsáveis possam prestigiar esse momento tão especial.

333
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

 EI01CG03  EI01TS01  EI01ET02


OS DIFERENTES
SONS DO AMBIENTE
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Faça um levantamento sobre os espaços da escola e verifique quais são as possibilidades de exploração sonora
que os locais oferecem como, por exemplo: pisos, mobílias ou objetos da escola de diferentes características (metais,
plásticos, madeira, cerâmica etc.). Conte com a ajuda de outro professor ou auxiliar para desenvolver a proposta.

 Materiais  Espaços
•  Materiais de largo alcance, como pedaços de Organize os materiais, dispondo-os em um local da
madeira, colheres, panelas, potes e garrafas; escola à sua escolha, considerando como critério aque-
•  Recipientes diversos: organizadores, lixeiras, le que mais propicie condições de exploração sonora
pás, baldes, entre outros, previamente aos bebês.
higienizados;
•  Livros de imagens;
•  Um celular ou câmera fotográfica para
registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês usaram o corpo para produzir sons e reagiram à observação dos eventos
sonoros produzidos no ambiente?
2. Diante das diferentes fontes sonoras, como se deram as iniciativas dos bebês para acompanhar as
brincadeiras? Fizeram uso de imitação, de gestos repetidos ou diferentes?
3. Quais foram os objetos e elementos que mais provocaram a pesquisa exploratória dos bebês na
descoberta de possibilidades sonoras do ambiente?

 Para incluir todos


Assegure condições para favorecer a participação de todos os bebês, de modo que estejam inseridos, com
segurança, nos processos de interação com colegas e materiais. Além disso, esteja atento e auxilie-os em suas
iniciativas de locomoção. Auxilie os menores a se deslocar, pegando-os no colo (é importante ter outro adulto
ou auxiliar presente durante a realização da proposta). Garanta também espaços de mobilidade para aqueles
que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

334
Atividade: Os diferentes sons do ambiente

O QUE FAZER DURANTE

1 Conte aos bebês que vocês irão a um local da escola para explorar os diferen-
tes sons do ambiente e de seus elementos. Pelo caminho, explore as possibi-
lidades sonoras, chamando atenção deles para os ruídos, o que também será
importante para o desenvolvimento da atividade Movimento sonoro, deste
conjunto. Combine para que todos saiam em silêncio para ouvir os sons da
escola. Fique atento e, ao notar alguns sons distintos (como crianças brincan-
do ou cantando, barulho da cozinha, som de telefone etc.), ajude os bebês a
perceber esses eventos sonoros que a escola apresenta. Pare próximo a esses
barulhos, aponte em direção ao som, pergunte se estão ouvindo, observe se os
bebês fazem suas próprias paradas e converse com eles sobre o que escutam.
A
2 Combine previamente com um adulto ou auxiliar a produção de sons que
atraiam a atenção dos bebês (passar um objeto em uma grade, dar leves to- Possível fala
do professor
ques em uma porta, arrastar um objeto no chão etc.) quando você e sua tur-
ma estiverem mais próximos do local da atividade. Nesse momento, os bebês — Vocês ouviram esse
devem estar mais perceptíveis aos eventos sonoros. Observe se demonstram som? De onde será
que está vindo? Vamos
atenção ao som, curiosidade e se aqueles que têm autonomia quanto à mo- descobrir?
bilidade vão em direção à fonte sonora. A

3 Possibilite que os bebês explorem o local e façam suas descobertas sonoras,


que brinquem com todos os objetos ali presentes e que atribuam significado
a estes, conforme experimentam as diversidades dos materiais ali dispostos.
Esse é um momento oportuno para que você registre, por meio de foto ou ví-
deo, o envolvimento dos pequenos no cenário sonoro.

4 Aproveite o contexto de exploração, direcione o seu olhar para as iniciativas


dos pequenos e valide suas ações. Aproxime-se daquele que individualmente
descobre o som que se produz ao rolar um objeto de metal no chão. Observe
outras possibilidades encontradas por um pequeno grupo, no qual os bebês
batucam potes de plásticos inspirados pela iniciativa individual de um colega,
batem uma tampa com a outra, arrastam os caixotes no chão, entre tantas
outras possibilidades de ações. Em interação com esses grupos, encoraje-os
a experimentar novas possibilidades a partir das iniciativas dos colegas.

5 Após esse momento de exploração, incentive os bebês a se posicionarem intencio-


nalmente frente a um dos elementos do espaço. Auxilie aqueles que não possuem
independência para favorecer a participação de todos. Inspire os pequenos por
meio do significado que você dá aos elementos que manipula, acompanhando o
ritmo e marcando os tempos de uma canção conhecida e apreciada pelo grupo.

Para finalizar
Diga aos bebês que a brincadeira está chegando ao fim e que vocês vão cantar a última música. Comente
que antes de voltar para a sala eles precisarão guardar os objetos. Quando a música terminar, conforme
combinado anteriormente, solicite ajuda dos bebês e disponibilize um organizador para que colaborem
guardando os materiais. Retorne à sala e disponibilize livros de imagens para manuseio ou outros mate-
riais de interesse dos bebês.

335
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Construa estações sonoras na escola, aproveite os recursos que o ambiente oferece e acrescente outros
materiais que aguçam a percepção auditiva de todos os bebês ou crianças da escola. Esses objetos precisam
estar ao alcance deles e podem ser dispostos no formato de painéis sonoros, móbiles e instalações.

 Engajando as famílias
Elabore um convite para os adultos responsáveis, com o objetivo de que apreciem, nos horários de entrada
ou saída, os materiais registrados durante a atividade, dando visibilidade à ação dos bebês naquele espaço.
Em caso de área externa, plastifique as fotos ou use saquinhos para garantir a conservação delas durante o
período de exposição.

336
Atividade: Movimento sonoro

 EI01CG05  EI01TS01  EI01ET06


MOVIMENTO SONORO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, providencia para cada bebê:
1) Uma tornozeleira de cetim na medida de 3 cm x 20 cm e oito lacres de latas de refrigerante (arrecade-os pre-
viamente mediante parceria com a comunidade escolar). Passe a fita entre os lacres e dê um nó firme para garantir
a segurança dos bebês.
2) Um porta-tornozeleira (confeccionado com uma lata de leite em pó) que será utilizado para despertar a
curiosidade dos bebês.
Selecione algumas canções da cultura infantil interpretadas pelo grupo Barbatuques.

 Materiais
Sugestões de vídeo
•  Uma pulseira ou tornozeleira sonora e uma lata de leite em pó vazia, limpa • Samba Lelê. Versão
e com tampa para cada um; do Barbatuques.
•  Um equipamento para reprodução de áudio; Disponível em: https://
www.youtube.com/
•  Playlist, pen drive ou CD com músicas que inspiram descobrir o som do watch?v=_Tz7KROhuAw.
corpo; Acesso em: 16 jun. 2021.
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade; • Peixinho do Mar.
•  Uma caixa ou um cesto com os materiais a serem utilizados; Barbatuques.
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados. Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=xV1KB1iQsWM.
Acesso em: 16 jun. 2021.
 Espaços • Escravos de Jó. Versão
do Tião Camaleão.
Organize previamente a sala ou outro ambiente com o qual os bebês estejam fami- Disponível em: https://
liarizados para favorecer o envolvimento deles na atividade. Disponha de um cesto www.youtube.com/
watch?v=KHcjrCvy3ak.
ou caixa com os materiais a serem utilizados sobre tapete ou tecido, despertando Acesso em: 16 jun. 2021.
curiosidade e, assim, potencializando os interesses dos pequenos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as iniciativas dos bebês ao explorar os sons produzidos com os objetos?


2. Durante a pesquisa sobre novas possibilidades sonoras, quais as ações mais comuns dos bebês:
movem, removem ou misturam os objetos?
3. De que modo os pequenos percebem que seus movimentos potencializam as experiências sonoras
propostas?

337
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

 Para incluir todos


Favoreça a participação de cada bebê atendendo às suas especificidades motoras, que nesse subgrupo etário
são muito distintas. Nesse contexto, organize o espaço atendendo os bebês que já possuem independência ao
se locomover e aqueles que ainda não têm autonomia nesse sentido. Por exemplo: auxilie os bebês menores,
assistindo-os em suas especificidades. Se necessário, pegue a lata e aproxime-se do bebê, fazendo movimentos,
a fim de que participe e perceba o som emitido por esse objeto.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a proposta disponibilizando a todo o grupo um cesto com as latas so- A


noras. Possibilite que explorem esses materiais e observe o interesse de cada Possíveis ações dos
um. Aproxime-se dos pequenos. Valide as iniciativas deles. Aguce a percepção bebês
sonora de todos, convidando-os a observar o resultado de suas ações. Essa bebê poderá
•Um
ação será importante para familiarizar os sentidos auditivos dos bebês quanto sacudir a lata.
aos diversos tipos de sons, os quais serão explorados também na atividade
•Outro poderá bater
Mala de surpresas sonoras, deste conjunto. Inicie os registros por meio de uma lata na outra,
atraindo a atenção
fotos e vídeos. A
dos colegas pelo som
produzido nessa ação.
2 Coloque a canção Peixinho do mar e continue a interação com os bebês. Note
•Outro pode preferir
se a canção os inspira a realizar novos movimentos. Continue sua interação rolar a lata e observar
com os pequenos e, ao passar entre eles, tente auxiliar a percepção sonora a atentamente o som
partir da ação de cada um sobre a lata. Note aqueles que sacodem, batem e emitido por esse
movimento, ou tentar
rolam as latas e convide os demais que estão próximos a fazer isso também. É abrir a lata.
importante auxiliar os bebês menores, assistindo-os em suas especificidades.
Se necessário, pegue a lata e aproxime-se do bebê, fazendo movimentos, a
fim de que ele participe e perceba o som emitido por esse objeto.

3 Continue ouvindo as músicas do grupo Barbatuques e aproxime-se dos bebês


que demonstram estar mais familiarizados com as possibilidades da proposta.
Para envolvê-los, pegue uma das latas, sacuda-a e pergunte se estão ouvindo
os sons. Convide os pequenos para sacudir suas latas e peça para que notem
que os objetos que seguram também fazem som. Converse com os bebês e
conte a eles que você colocou uma surpresa na lata e peça a ajuda deles para
tirar a tampa dela. Quando abrir a lata, faça expressão de surpresa e compar-
tilhe com eles que encontraram uma pulseira sonora. Amarre em seu braço
e faça movimentos que favoreçam a emissão sonora do objeto. Alguns deles
vão se aproximar curiosos: pergunte a eles se também querem uma pulseira.
Caso demonstrem interesse, ajude-os a abrir as latas e amarre as pulseiras de
modo confortável nos pulsos deles. Faça isso de forma gradativa, aos poucos,
conforme perceba interesse por parte deles.

4 Quando grande parte do grupo já estiver com as pulseiras, observe se os be-


bês percebem que, conforme movimentam os braços, o objeto faz barulho.
Aproxime-se novamente deles nos formatos em que se encontram, nos peque-
nos grupos, duplas ou individualmente. Ao interagir com eles, ofereça tor-
nozeleiras para os que desejarem uma. Encoraje aqueles que se locomovem
com autonomia a marcharem, batendo o pé no chão e aqueles que ainda não

338
Atividade: Movimento sonoro

andam a balançar as pernas. Escolha uma música bem animada para tocar
e possibilite aos bebês explorar livremente os movimentos de seus corpos,
atrelando ao uso desses materiais, para que façam suas próprias descobertas
em relação às evidências sonoras, pois, ao realizar sons com o próprio corpo,
os bebês estão construindo e sendo autores de suas ações e pensamentos,
expressando todo um processo de criação.

5 Enquanto se envolvem com a atividade, dançando livremente, proponha uma


brincadeira dirigida a partir da música “Peixinhos do mar” e incentive todos a
dançar e realizar alguns gestos comuns. Para isso, escolha alguns marcos da
canção para inspirar movimentos repetitivos, como: todas as vezes que ouvirem Sugestões de música
a palavra “peixinho”, convide os bebês a balançar as tornozeleiras batendo
os pés. Ao ouvirem “como poderei viver”, peça que sacudam os braços, para
•Samba lelê,
Peixinhos do mar e
que a pulseira possa emitir som, entre outras intervenções que considerar in- Escravos de Jó.
teressante compartilhar e que sejam possíveis de serem feitas pelos bebês.

Para finalizar
Avise aos bebês que a proposta está chegando ao fim e que vocês irão dançar ao som da última música.
Encoraje-os a balançar ainda mais os braços e as pernas para potencializar os sons emitidos por esses
objetos. Quando a música terminar, relembre-os do combinado e ofereça os brinquedos de predileção da
turma. Avise-os que, enquanto brincam, você irá retirar as pulseiras e as tornozeleiras deles. Conforme for
retirando, peça a eles ajuda para guardar esses materiais nas latas. Tranquilize-os informando que os mate-
riais serão enviados para a casa de cada um, para que possam brincar de fazer sons com os responsáveis.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Estabeleça uma parceria com o professor da turma das crianças pequenas. Peça para que confeccione as
pulseiras ou outros objetos sonoros para brincar com os bebês em uma atividade de interação, se possível,
em um ambiente conhecido pelos pequenos e que atenda às especificidades etárias deles. Na oportunidade,
combine com o professor da outra turma para que as crianças convidadas possam escolher o repertório musical
para cantar junto com os bebês.

 Engajando as famílias
No momento da saída, entregue a lata com a pulseira para o responsável do bebê e, por meio de um bilhete,
conte que esse objeto fez parte de uma experiência sonora que a turma vivenciou. Na oportunidade, sugira que
os adultos façam uso desse elemento em casa, em momentos de interação com o bebê. No bilhete, oriente-os
que, depois de brincarem com os bebês, retornem a lata para a escola para que ela possa ser explorada em
outras atividades.

339
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

 EI01CG03  EI01TS03  EI01EF05


MALA DE SURPRESAS
SONORAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antecipe uma mala grande para armazenar as surpresas sonoras; você pode decorá-la e atrair ainda mais a
atenção dos bebês. Selecione imagens dos ambientes da escola e, se possível, alguns objetos com possibilidades
de produzir sons que os compõem. Antecipe também a gravação dos sons desses locais representados na imagem.
Além desses materiais, combine com os responsáveis por cada espaço a visitação da turma, contextualizando a
proposta e engajando esses parceiros na organização sem descaracterizá-lo, garantindo a participação de todos de
forma segura. Combine a parceria de outro professor ou auxiliar para atuar com você na atividade.

 Materiais
•  Mala ou sacola para armazenar as surpresas sonoras;
•  Fotos ou imagens plastificadas de alguns ambientes e objetos da unidade escolar. Sugestões: secretaria,
cozinha, parque, área verde;
•  Alguns elementos dos ambientes selecionados que emitam sons, como: caixas com clipes lacradas,
furadores, teclados de computadores, telefone, colheres, canecas, bacias, panelas, pote com areia,
saquinho com folhas secas, garrafa com pedras etc.;
•  Playlist, pen drive ou CD com gravação dos ruídos sonoros dos ambientes, como toque de telefone,
batedeira, liquidificador, vozes e ruídos de crianças, som de pássaros etc.;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Despertador, de preferência analógico;
•  Fitas, objetos sonoros e fotos plastificadas para engajamento dos responsáveis, mediante confecção
da cortina sonora.

 Espaços
Inicialmente, a atividade será realizada na sala, de modo que o espaço favoreça a mobilidade, ou seja, que
permita um passeio seu com a mala entre os bebês e viabilize as experiências deles a partir das surpresas
sonoras. Depois, deve ocorrer na cozinha da escola. Combine antes com os responsáveis pelo local e organize
um ambiente seguro.

340
Atividade: Mala de surpresas sonoras

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como as surpresas contidas na mala instigaram os bebês?


2. Como eles expressam sua reação diante da escuta dos sons: ficam surpresos, eufóricos, rejeitam
algum objeto, demonstram preferência por algum material?
3. Eles imitam adultos ou colegas para vivenciar as atividades propostas? Como?

 Para incluir todos


Considere as singularidades de cada bebê, garanta que todos participem da situação proposta, de modo que pos-
sam interagir com os pares e com os materiais disponíveis. Para isso, antecipe os recursos necessários para aqueles
que estão na condição de permanecer deitados e para os que se sentam. Distribua al­guns objetos para aqueles que
não possuem autonomia possam buscá-los Também propicie espaços de mobilidade para os que se locomovem
com independência.

O QUE FAZER DURANTE

1 Inicie a proposta passeando com a mala entre todos os bebês, despertan-


do a atenção de todos. Se sua mala for de roda, o próprio som emitido por
ela irá atrair a percepção dos pequenos. Caso sua mala seja de alças, a
sugestão é sacudi-la. Observe a reação deles. Aproxime-se dos que ainda
não andam e também convide aqueles que têm independência motora para
chegarem mais perto de você. Possibilite que aqueles que demonstrarem
interesse toquem na mala, façam tentativas de abri-la, sintam sua textura,
observem a cor e o formato dela etc. Conte para os bebês que você separou
algumas surpresas para brincar com eles e pergunte quem quer ver o que
tem na mala. É importante que sua expressão comunique aos pequenos no-
vidade, expectativa e surpresa.

2 Abra a mala e retire somente as imagens e os objetos que compõem o espaço


escolar. Distribua-os sobre um tapete, para que os bebês peguem e explorem
os objetos. Reserve um tempo para a livre exploração, assim como deve ser
incentivado na atividade Produzindo som, deste conjunto. Enquanto realizam
suas experiências, aproxime-se dos pequenos grupos ou das duplas que se
formaram a partir dos interesses comuns e acrescente mais um elemento às
investigações dos pequenos: o som. Sendo assim, observe quem está manu-
seando a imagem da batedeira e pergunte qual é o som dela. Para elucidar
ainda mais o momento, toque em alguma parte da imagem e, a partir dessa
ação, coloque o toque da batedeira. Continue observando e aproxime-se de
um pequeno grupo que explora as imagens do parque e chame a atenção
dos pequenos para as crianças brincando a fim de que ouçam as muitas vo-
zes e os ruídos de um momento no parque. Inicie os registros das ações da
turma com fotos e vídeos. Outros estarão encantados com as imagens da área
verde da unidade escolar: propicie a eles o som dos pássaros. Realize essas
intervenções ao longo da proposta, favorecendo a escuta, a curiosidade e a
representação do pensamento.

341
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

3 Passado algum tempo dessas descobertas sonoras, peça ajuda dos bebês
para abrir toda a mala, incentivando que peguem os elementos que deseja-
rem. Nesse momento, você deve favorecer a participação de todos. Favoreça
que cada um realize ações exploratórias. Você, ou outro professor ou auxiliar
presente, pode potencializar as descobertas dos bebês, mediando as ações
individuais e em pequenos grupos, atribuindo significado às suas iniciativas,
fazendo referência aos lugares desses utensílios e resgatando sons e imagens
da etapa anterior.

4 Continue a proposta de observação sonora do ambiente; escolha um dos locais


apresentados e leve os pequenos para observar os sons de seus elementos in
loco. Combine tudo anteriormente com os responsáveis pelo local a ser visita-
do pelos bebês e pense em uma organização segura e que favoreça a ação de
todos. Uma sugestão é organizar suas idas de modo escalonado, em pequenos
grupos. Nesse contexto, pergunte aos pequenos quem gostaria de ir até a
cozinha para ouvir de perto os sons observados nas imagens. Observados os
interesses, leve (com auxílio de outro professor ou auxiliar da unidade escolar)
os bebês que desejam ir até a cozinha, enquanto os bebês muito pequenos
e os demais continuam na exploração dos objetos sob os cuidados de outro
professor ou auxiliar. Na cozinha, combine com responsáveis para que liguem
a batedeira ou que ativem outro objeto sonoro enquanto os bebês exploram o
ambiente. Aguce a percepção deles diante dos diversos sons do local.

Para finalizar
Quando todos já estiverem de volta à sala, avise aos bebês que a atividade está chegando ao final. Diga
que a mala ficará disponível durante toda a semana, para que em outro momento possam interagir com os
objetos. Em seguida, peça a eles ajuda para que, dentro de suas competências, guardem os objetos na mala.
Enquanto os bebês realizam a ação, conte a eles qual será a próxima atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Planeje outras investigações sonoras nos diversos ambientes da escola propostos na atividade realizada,
visitando a secretaria, a área verde, o parque, entre outros, lembrando de realizar intervenções que agucem a
percepção sonora dos bebês. Para viabilizar a realização da proposta, é indicado que se explore esses lugares
em dias diferentes.

 Engajando as famílias
Para compartilhar os momentos mais significativos da atividade, confeccione uma cortina sonora e instale-a
na janela ou na porta da cozinha onde foi realizada a proposta. Caso não seja possível, faça a instalação na
sala. Para isso, utilize os registros fotográficos e intercale as fotos com copos e garrafas PET pequenas contendo
grãos ou outros elementos leves utilizados na vivência e que possam emitir sons. Convide os responsáveis para
apreciar o objeto compartilhado e para brincar com os bebês nos horários de entrada e de saída.

342
Atividade: Produzindo som

 EI01CG05  EI01TS03  EI01ET06


PRODUZINDO SOM
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antecipe diferentes materiais de largo alcance, como tecidos, rolos de diferentes tamanhos e espessuras,
canos, caixas, bacias, blocos de espuma, conduítes de plástico, latas de leite, tocos de madeira, entre outros. É
importante estabelecer com antecedência a parceria com os adultos responsáveis, compartilhando a proposta
mediante um bilhete e solicitando colaboração para arrecadação desses materiais. Vale ressaltar que é impor-
tante a presença de outros adultos para apoiar os bebês, por isso combine a parceria com outro professor ou
auxiliar. É importante que seja construído um instrumento por bebê.

 Materiais
•  Materiais de largo alcance organizados em estações e agrupados por similaridades sonoras, conforme
sugestões abaixo:
1ª Estação: objetos de metal (latas, colheres, tampas de panelas, entre outros);
2ª Estação: objetos de madeira (tocos de madeira, caixotes, pilão, entre outros);
3ª Estação: objetos de plástico (potes de sorvete, tampas, garrafas PET etc.);
4ª Estação: objetos silenciosos (espumas, plumas, tecidos, manta acrílica, algodão etc.).
•  Quatro tecidos de aproximadamente 1 m x 2 m (podem ser colchas, lençóis, toalhas, cangas ou
tapetes), o importante é garantir um para cada estação;
•  Um caderno para registro por parte dos responsáveis;
•  Um cesto para atividade de itinerância;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade na área externa em um ambiente conhecido pelos bebês. Selecione os materiais e agrupe-os
por similaridade sonora. Organize estações de pesquisa e investigação sonora com um conjunto de elementos de
metal, outro de madeira, um com plásticos e mais um com materiais leves e silenciosos. Você pode organizá-los
sobre tapetes ou tecidos. Essa organização irá contribuir para potencializar a percepção dos bebês diante dos
diferentes timbres sonoros produzidos a partir desses objetos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Durante as brincadeiras propostas, de que modo os bebês exploraram os materiais de largo


alcance disponíveis para produzir sons?
2. Como se deram as vivências dos bebês durante a experiência sonora: trocaram objetos entre si,
imitaram as ações dos colegas ou moveram-se em direção a outros materiais?
3. Ao observar a interação dos bebês com os materiais de largo alcance, é possível elencar aqueles
que mais despertaram o interesse dos bebês?

343
Unidade: Sons do corpo e do ambiente

 Para incluir todos


Considere as singularidades de cada bebê durante as situações de interações e brincadeiras. Viabilize a
participação de todos mediante antecipação dos recursos necessários para aqueles que estão na condição de
permanecer deitados e para os que já se sentam, de forma que todos ampliem as possibilidades de manuseio
dos diferentes materiais. Propicie espaços de mobilidade para aqueles que já se locomovem com independência.
Garanta a participação de todos aproximando aqueles que necessitam de auxílio para locomoção e manipulação
dos materiais dispostos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Conte para todo o grupo que você separou alguns materiais sonoros para brin-
car com eles na área externa. Instigue-os falando sobre as características des-
ses objetos ao balançar uma lata de leite com um objeto dentro (antecipando
um dos sons que irão explorar). Pergunte quem gostaria de sair com você para
participar. É desejável que sua expressão comunique aos bebês novidade, ex-
pectativa e surpresa. O desenvolvimento das atividades Movimento sonoro,
Mala de surpresas sonoras, Meu corpo tem som e Os diferentes sons do
ambiente, deste conjunto, será muito importante para que os bebês se sintam
mais tranquilos para explorar diversos tipos de sons propostos na atividade. Ao
chegar ao local da proposta, encoraje os bebês a se aproximarem dos mate-
riais. Favoreça a locomoção daqueles que se deslocam com autonomia, a fim
de ex­plorarem as estações de acordo com seus interesses. Fique atento às ex-
pressões, favorecendo seus interesses quanto à troca de local e/ou de objetos.
A
2 Enquanto os bebês vivenciam as pesquisas sonoras nos pequenos grupos, du- Possíveis falas
plas ou individualmente, observe como se relacionam com os objetos e inicie do professor
os registros de suas ações com fotos e vídeos. Note suas descobertas e poten-
— Aqui nós temos a
cialize as iniciativas mediante a brincadeira com o som. Aproxime-se do bebê estação de metal,
que brinca individualmente com conduíte e brinque com ele. Passe um objeto ouçam o som dos
pela textura corrugada desse elemento para que o pequeno note o novo som metais, é mais agudo.
produzido a partir da sua ação. Observe o grupo que deu significado sonoro às — Já nesta estação temos
colheres de pau, toque com eles, alterne gestos pausados e acelerados, fortes objetos de madeira e,
geralmente, os sons
e fracos, inspirando as ações dos bebês. Veja a dupla que empilha latas, apoie emitidos por esses
suas iniciativas e, quando a “torre” cair, destaque o som. Realize essas inter- materiais são mais graves.
venções ao longo da proposta, favorecendo a escuta, curiosidade e descoberta.

Ainda na proposta de atribuição de significado sonoro aos materiais de lar- B


3
go alcance mediante a exploração dos bebês, observe os que trocaram de Possível fala
estações e incentive os pequenos a realizar a troca de espaço a partir da do professor
ação dos colegas. Nesse momento, passe de estação em estação e converse — Olhe, o colega levou
com eles. Entre na brincadeira, mostrando os timbres dos diferentes instru- a colher de pau para a
mentos e ampliando as possibilidades sonoras já exploradas por eles até estação do metal, que
som será que vai fazer?
o momento. Faça isso em todos os espaços e convide os bebês a visitarem
Será que é diferente?
as outras estações. Esteja atento e ajude aqueles que não possuem inde- Vamos misturar os
pendência para andar ou engatinhar a terem garantido o direito de escolha. materiais?
Nesse contexto, auxilie os pequenos em suas necessidades de locomoção
e valide seus interesses. A

344
Atividade: Produzindo som

Observe os bebês que, ao trocarem de estação, levam consigo os objetos com C


4
os quais estavam interagindo anteriormente, misturando-os. Potencialize suas Possíveis ações dos
ações encorajando e negociando trocas ou junção entre eles. Destaque essa bebês
ação para o todo o grupo. Estenda um tapete ou tecido grande próximo ao bebê poderá ver
•Um
centro do ambiente onde a proposta está sendo realizada e solicite a cola- que quando o colega
boração dos bebês para trazer os objetos ao “centro”. Explique que agora o passa os dedos sobre
a textura corrugada do
desafio da brincadeira é produzir som com os objetos misturados. B conduíte é emitido um
som suave e imita-o.
5 Agora que os bebês avançaram nas suas pesquisas, faça intervenções para
•Outro encaixa suas
que percebam como o movimento de seus corpos sobre os materiais de largo mãos na alça de duas
alcance estão intrínsecos à produção sonora. Encoraje-os a produzir novos tampas de panelas e as
sons inspirados pelos movimentos corpóreos dos colegas. C bate simultaneamente.

Para finalizar
Explique aos bebês que a proposta está chegando ao final, mas que na sala haverá um cesto com um
pouco de cada material utilizado que será enviado para a casa, a fim de que possam brincar com seus
responsáveis. Explique que outra parte ficará acessível a eles na sala. Solicite ajuda para organizar o am-
biente e comunique a próxima atividade. Dê preferência para algo mais silencioso, como a leitura de uma
história e manipulação de livros.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Sugestões de vídeo
Disponibilize os materiais de largo alcance em outras situações do cotidiano
da escola, como parque ou brincadeiras na área externa. Deixe esses objetos • Painel sonoro e
como uma possibilidade a mais de descobertas e experiências, considerando sensorial, musicalização
e educação ambiental,
o princípio da livre escolha dos bebês. Confeccione um tapete ou painel sonoro
parque sonoro. Reciclaí
(papelão grosso) com esses elementos fixados, propiciando experiências sonoras Arte Educação Ambiental.
por meio do contato do corpo ao tocar, bater, apertar, pisar e arranhar os objetos. Disponível em: https://
Esses materiais podem ser levados a diversos locais. www.youtube.com/
watch?v=QJhUEdvMBpA.
Acesso em: 16 jun. 2021.
 Engajando as famílias • Painel sonoro Reciclaí,
Musica e Educação
Ambiental, Parque
Ofereça aos adultos responsáveis a oportunidade de vivenciarem junto aos Sonoro, Musicalização,
bebês as pesquisas sonoras com os materiais de largo alcance. Providencie um Educação Infantil. Reciclaí
caderno e envie com o material para que faça parte da documentação pedagó- Arte Educação Ambiental.
Disponível em: https://www.
gica. Nele, os adultos devem registrar, por meio da escrita, fotos ou ilustrações,
youtube.com/watch?v=gl_
como foi essa experiência em casa. Aproveite a primeira parte do caderno para U1NYbdZQ. Acesso em: 16
contextualizar a proposta. jun. 2021.

345
20
SA

SEQUÊNCIA

BRINCAR COM BICHOS


Os bebês sentem prazer e curiosidade quando imersos em jardins, parques, bosques e
praças. Brincar com os animais é uma proposta de sensibilização em relação à natureza
e tem muito sentido para os bebês. Observar formigas, minhocas, peixes ou pássaros,
por exemplo, é uma rica fonte de aprendizagem sobre cores, movimentos, formas, sons
e relações entre os bichos e o meio ambiente. Brincar de imitar animais também é um
convite que gera prazer aos bebês, envolve suas habilidades motoras e favorece a repre-
sentação do pensamento. A proposta poderá ser realizada em vários períodos do ano,
envolvendo diversos espaços e modos de interação.

346
Sequência: Brincar com bichos

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Traços, sons, cores Espaços, tempos,


e o nós e movimentos e formas quantidades, relações
e transformações

347
Sequência: Brincar com bichos

 EI01EO01  EI01TS01  EI01ET03


SOM E IMAGEM
DE PÁSSAROS
Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Pesquise previamente espécies de pássaros mais comuns que compõem a fauna local. Imprima fotos em
tamanho A3 e cole-as em papel-cartão. Plastifique-as usando plástico adesivo ou encape-as com saquinhos
fechados e fita adesiva, para que fiquem mais resistentes e seguras para a exploração dos bebês. Imprima as
mesmas imagens dos pássaros em tamanho 13 cm x 18 cm e cole-as dentro de caixas de sapato com tampa.
Cole também imagens nas tampas de cada caixa. Garanta pelo menos uma caixa para cada dupla de bebês.
Grave o som do canto de cada espécie. Faça um mural na parede usando um pedaço de plástico adesivo com
o lado colante virado para cima, para que eles possam colar e descolar as fotos nessa superfície várias vezes.
Conte com a ajuda de outro professor ou auxiliar para desenvolver a atividade.

 Materiais
•  Papel-cartão;
•  Imagens de pássaros da região, impressas em papel A3 e encapadas com plástico resistente;
•  Plástico adesivo;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Caixas de sapato com tampa;
•  Playlist, pen drive ou CD com a gravação do som do canto dos pássaros;
•  Um cesto com objetos preferidos dos bebês;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Imagens dos mesmos pássaros da região (em tamanho 13 cm x 18 cm);
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em ambiente interno, organize tapetes ou colchonetes, onde os bebês possam ser acomodados. Ao seu
redor, organize de forma atraente as caixas com as imagens dos pássaros dentro. Prepare o equipamento que
reproduza som. Disponha o ambiente de modo que os bebês possam brincar em dois pequenos grupos, em
segurança, com espaço para circular livremente.

348
Atividade: Som e imagem de pássaros

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem diante das imagens apresentadas? Que expressões são percebidas?
2. Como exploram o som do canto no ambiente preparado? Imitam com produção de sons a partir do próprio
corpo? Que descobertas eles fazem?
3. Como é a interação entre os bebês e entre adultos participantes?

 Para incluir todos


Garanta que todos possam visualizar e tocar as imagens apresentadas, assim como vivenciar a exploração dos
sons. Organize para que todos tenham asseguradas as condições de participar. Nesse contexto, cuide para que os
bebês muito pequenos e que não se sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam dispostos com
todo o grupo. Garanta um espaço seguro para aqueles que se sentam com autonomia e espaço de mobilidade
para aqueles que engatinham e andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em roda ou de maneira que os bebês fiquem confortáveis e visualizem o processo,


apresente a todo o grupo uma das imagens selecionadas. Com entusiasmo, con-
te o nome da espécie e destaque detalhes que possam ser percebidos, como as
cores das penas, o tamanho (grande/pequeno) do bico, onde mora e sua espécie.
Os bebês, nesse momento, vão tocar na imagem e aproximá-la do corpo. Garanta
que esse contato aconteça, convidando-os a explorar as imagens e as caixas espa-
lhadas pelo ambiente. Chame a atenção do grupo para o som que o pássaro em
referência faz, ligando o equipamento de reprodução de som. Instigue-os a ouvir
e imitar o canto, use o corpo para imitar também o voo dos pássaros. Em seguida,
apresente a próxima imagem, nomeie a espécie e introduza o próximo som. Provo-
que os bebês, trazendo as diferenças de cada canto dos pássaros, buscando imi-
tá-los. Possibilite que engatinhem livremente pela sala, a fim de explorar as caixas
e as imagens espalhadas pelo ambiente. A cada novo pássaro apresentado, use
o corpo e o som da voz para trazer ao contexto a espécie e o som reproduzi-
do por ela. Essa performance irá inspirar os pequenos nas atividades Brincar
com bichos de brinquedo e Imitar bichos, deste conjunto.

2 Organize a turma em pequenos grupos de bebês. Em cada grupo, disponibilize


as imagens apresentadas anteriormente, assim como as caixas com as imagens
em seu interior, fechadas com a tampa. Os bebês vão explorá-las livremente
observando cada detalhe. Ficarão curiosos e tentarão abrir as caixas, vão se-
gurá-las, levá-las à boca, sacudi-las, abri-las e fechá-las. Aos poucos poderão
ir percebendo as imagens dentro da caixa e associá-las às imagens maiores
anteriormente apresentadas para todo o grupo. Garanta que o som dos pás-
saros esteja tocando para que eles possam percebê-lo, mesmo envolvidos com
as imagens. Os bebês vão tocar, observar as cores, as formas, os traços, assim
como o som e sua relação com as imagens. Balbuciarão tentando imitar o som
percebido, se encantarão com as imagens, se expressarão com gritos e palmas
e engatinharão sobre as imagens. Provoque-os a imitar as aves, apresentando

349
Sequência: Brincar com bichos

movimentos que expressem o voo dos pássaros. Registre com vídeos cada nova A
descoberta dos bebês e suas expressões para que, posteriormente, possa Possível fala
refletir e suscitar novos desafios com o uso da voz aos bebês. A do professor
— Além das imagens,
3 Circule pelos pequenos grupos convidando os bebês para ouvir os sons e como os pássaros
imitar com gestos e movimentos o voo dos pássaros. Assegure que durante a cantam? Vamos fazer o
realização da proposta tenha outro professor ou auxiliar que possa auxiliá-los canto do pássaro? Tente
a todo momento. Enquanto um dos grupos de bebês está envolvido com a ex- abrir os braços, tente
mexê-los! Sinta o vento!
ploração das caixas, oriente o outro grupo a mexer no painel de colar/descolar Os pássaros também
imagens. Convide-os para experimentar o novo desafio proposto e instigue-os sentem o vento quando
colando e descolando algumas vezes. Garanta que todos possam se aproximar voam! O que está
do painel que participem da brincadeira. Os bebês querem colar e descolar a sentindo?
imagem por diversas vezes, pois a ação é desafiadora e traz uma nova des-
coberta. Participe com falas motivadoras, incentivando-os. Garanta que haja
troca entre o pequeno grupo de bebês que explora o painel e o grupo que mani-
pula caixas e imagens, a fim de que participem de todas as propostas. Tenha um
cesto com objetos preferidos dos pequenos, oferecendo-o quando necessário.

Para finalizar
Comunique aos bebês que em alguns minutos vocês irão começar a guardar as imagens e compartilhe
com eles a próxima proposta. Peça a eles ajuda para que, dentro de suas possibilidades, cada qual possa
colocar as imagens em seus devidos lugares.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize uma exploração livre no jardim a fim de que os bebês possam sentir o vento e observar livremente a apro-
ximação dos pássaros. Pendure casas de cabaça ou casca de coco, assim como um bebedouro de aves em um local
onde os bebês possam visualizar a aproximação dos pássaros. Garanta que as casas fiquem expostas a uma altura em
que os bebês possam visualizá-las com exatidão. Convide-os para observar o movimento das casas pela atuação do
vento e fale sobre a possibilidade de logo chegarem os pássaros moradores. A observação cotidiana fará com que os
pássaros se tornem familiares aos bebês, garantindo assim a cada observação uma nova descoberta.

 Engajando as famílias
Monte um painel próximo à sala, numa altura em que bebês e adultos consigam enxergar. Selecione as imagens
em sequência de fatos, desde a apresentação até a imitação dos sons, a fim de que os adultos responsáveis possam
acompanhar o processo vivido pelos pequenos. Crie legendas, com o texto escrito logo abaixo das fotos, de modo que
os adultos possam sentir como foi importante e desafiador cada momento do bebê, seus sentimentos e descobertas
vivenciados, revelando o percurso do grupo em suas pesquisas exploratórias sobre os bichos e o meio ambiente,
desenvolvendo habilidades motoras e favorecendo a representação do pensamento.

350
Atividade: Brincar com bichos de brinquedo

 EI01EO04  EI01CG03  EI01ET01


BRINCAR COM
BICHOS DE BRINQUEDO
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de vídeo
Converse previamente com os responsáveis dos bebês e peça que enviem para • O Leãozinho. Palavra
a escola animais de brinquedos de diversos tamanhos, cores e texturas. Oriente-os Cantada. Disponível em:
para que os pequenos participem da escolha dos seus bichos preferidos e que https://www.youtube.com/
watch?v=zt93UvnesEc&t=36s.
identifiquem o brinquedo do bebê colocando o nome dele. Acesso em: 6 jun. 2021.
• Tartaruga e o Lobo. Palavra
Cantada. Disponível em:
 Materiais https://www.youtube.com/
watch?v=e7l0ADonP78.
Acesso em: 6 jun. 2021.
•  Duas caixas organizadoras (de papelão, encapadas com plástico ou
• Um bem-te-vi. Crianceiras.
papel, para que fiquem mais resistentes, ou ainda, caixas de madeira); Disponível em: https://
•  Animais de brinquedo em pelúcia, madeira, plástico ou tecido, de www.youtube.com/
variados tamanhos, cores e texturas; watch?v=u6ylAkCK7RU.
•  Dois tapetes para acomodar os bebês; Acesso em: 6 jun. 2021.
•  Pedaços grandes de tecidos (cangas, lençol ou toalha de mesa) para • Caranguejo. Versão do
Tiquequê. Disponível em:
cobrir as caixas; https://www.youtube.com/
•  Um equipamento para reproduzir áudio; watch?v=a4izReb5fk0.
•  Playlist, pen drive ou CD com a lista de músicas com a temática de Acesso em: 6 jun. 2021.
bichos e sons de animais; • Bota ovo. Tiquequê.
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade. Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=x9Cktp86tyY.
Acesso em: 6 jun. 2021.
 Espaços
Em ambiente interno, organize espaços com tapetes, nos quais os bebês possam se acomodar em pequenos
grupos. Perto deles, disponibilize as caixas preparadas, contendo em seu interior animais de brinquedo, variando-os
em tamanho, cor e textura. Prepare o som com músicas cuja temática seja bichos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram os bichos de brinquedo apresentados? Conseguem diferenciar os


animais presentes na brincadeira?
2. Como imitam os gestos e os movimentos dos colegas e adultos durante as brincadeiras com os bichos?
3. Como é a interação entre bebês e adultos? Observe como comunicam suas necessidades, desejos
e emoções.

351
Sequência: Brincar com bichos

 Para incluir todos


Organize para que todos tenham condições de participar. Nesse contexto, cuide para que os bebês muito
pequenos e que não se sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam dispostos com todo
o grupo. Garanta um espaço seguro para aqueles que se sentam com autonomia e espaço de mobilidade
para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em roda, ou da maneira em que os bebês fiquem confortáveis e visualizem o


processo, comunique a todo o grupo a proposta de atividade. Cubra as caixas
com tecidos e instigue-os a se voltar para o que está escondido sob os panos.
Garanta que o momento tenha encantamento, propondo ao grupo curiosidade,
empolgação e imaginação. Com entusiasmo, identifique os bichos representa-
dos pelos brinquedos, relembrando também as aves exploradas na atividade
Som e imagem de pássaros, deste conjunto. Divida a turma em dois pequenos
grupos e disponibilize uma caixa ao centro de cada grupo. Os bebês poderão
querer se aproximar da caixa e se expressar com gestos, balbucios e gritos. Po-
derão engatinhar até a caixa e se apoiar para visualizar o que nela contém. Re-
petem por diversas vezes o movimento de tirar e colocar os brinquedos de dentro
da caixa e se apoiam para tirar o brinquedo do seu interior. Desafiam-se ficando
em pé para conseguir alcançar o objetivo de segurar o brinquedo e explorá-lo
com propriedade. Esteja sempre presente nos pequenos grupos, apoiando-os
com gestos, movimentos, falas e expressões. Garanta que todos se aproximem
da caixa e selecionem o brinquedo que desejam manipular.

2 Possibilite que os bebês explorem os bichos de brinquedo livremente. Sin-


tam as diferentes texturas e formas. Levem-nos à boca, observem-nos e jo-
guem-nos no chão. Provoque os pequenos a identificar os bichos de brinquedo,
traçando novas descobertas e brincadeiras ao grupo de bebês. Participe da brin-
cadeira pedindo que eles lhe tragam alguns animais, como o cachorro, o gato,
o leão, para que assim possam identificar e diferenciar os bichos ali represen-
tados por brinquedos. Convide-os a interagir com os colegas e com os adultos
presentes, propondo trocas. Brinque junto com a turma, propondo brincadeiras
de faz de conta como, por exemplo, casinha para os bichos.

3 Chame a atenção do grupo de bebês, provocando-os para perceber ainda mais


as diferenças e semelhanças entre os bichos que estão ali à disposição para
pesquisa exploratória. Fale sobre a cor, textura, se têm pelos, diferenças de
tamanho, habitat natural de cada bicho ali representado e use o corpo para
dançar ao som das músicas selecionadas e que remetem ao tema. Os bebês
balbuciam, batem palmas e buscam interagir. Amplie a atenção periférica de-
les, chamando a atenção do grupo para o som presente no ambiente. A cada
nova música, provoque-os a ouvir o som e a identificar os bichos que a canção
propõe. A cada troca de canção, incentive-os a identificar o bicho trazido pela
composição. Use a lista de sons selecionada para instigar os bebês no jogo
imitativo. Registre com vídeos cada balbucio e expressão, garantindo assim
uma ação reflexiva posterior, com a análise das ações dos bebês.

352
Atividade: Brincar com bichos de brinquedo

Para finalizar
Comunique aos bebês que em alguns minutos irão começar a guardar os brinquedos e compartilhe com
eles a próxima proposta. Peça a eles ajuda para que, dentro de suas possibilidades, cada qual possa colocar
os brinquedos dentro das caixas e organizá-las em seus devidos lugares. Cante uma canção que costuma
determinar o momento de arrumação com sua turma.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize uma brincadeira de esconder e procurar os bichos com todo o grupo. Para isso, esconda os animais de
brinquedo em diversos cantos da sala e provoque os bebês para a brincadeira de esconder e achar. Essa proposta
amplia o repertório deles e oportuniza novas descobertas. Você também pode desenvolver a atividade utilizando
espelhos, para que os bebês possam visualizar seus próprios movimentos e os dos outros bebês.

 Engajando as famílias
Monte um painel próximo à sala, em uma altura que facilite a visualização de bebês e adultos. Selecione as
imagens em sequência de fatos. Crie legendas, de modo que os adultos responsáveis possam entender como
foi importante e desafiador cada momento vivenciado pelo bebê. Escolha registros que expressem sentimentos e
descobertas vivenciados, revelando o percurso do grupo em suas pesquisas exploratórias sobre os bichos, seus
movimentos e sons ao brincar de forma prazerosa, envolvendo habilidades motoras e favorecendo a represen-
tação do pensamento.

353
Sequência: Brincar com bichos

 EI01EO01  EI01CG03  EI01TS01


IMITAR BICHOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Pesquise previamente imagens reais que representam os bichos citados na canção Ciranda dos Bichos, do grupo
Palavra Cantada, que são: jacaré, cascavel, caranguejo, peixe-boi e tuiuiú, todos encontrados na fauna brasileira.
Imprima as fotos em tamanho A3 e plastifique-as, usando plástico adesivo, ou encape-as com saquinhos de plástico
fechados e fita adesiva, para que fiquem mais resistentes e seguras para a exploração dos bebês. Cole fita adesiva,
com o lado colante virado para cima, para que os bebês possam colar/descolar no painel da sala várias vezes. Pre-
pare um tecido escuro que possa colaborar para escurecer as janelas do ambiente, para a brincadeira de imitar com
sombras. Separe uma lanterna ou um projetor que auxilie a apontar a luz na parede e formar sombras.

 Materiais
•  Papel-cartão; •  Painel de MDF ou papelão encapado com
•  Imagens dos bichos: jacaré, cascavel, superfície lisa para o colar/descolar da fita
caranguejo, peixe-boi e tuiuiú (impressas em adesiva;
papel A3 e encapadas com plástico resistente); •  Lanterna ou projetor;
•  Plástico adesivo; •  Tecidos ou cortinas escuras;
•  Um equipamento para reprodução de áudio; •  Um celular ou câmera fotográfica para
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes; registrar a atividade.

 Espaços
Em ambiente interno, organize, próximo ao painel da sala, tapetes ou colchonetes, nos quais os bebês possam ser
acomodados. Ao seu redor, organize de forma atraente as imagens dos bichos que farão parte da brincadeira. Prepare
o equipamento para reproduzir a canção “Ciranda dos Bichos”, do grupo Palavra Cantada. Disponha o ambiente de
modo que os bebês possam brincar em segurança, com espaço para circularem livremente. Escureça o ambiente
com tecidos nas janelas, para que o efeito das sombras seja mais aparente e atrativo aos bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês reagem ao ver e explorar as imagens dos bichos?


2. Os bebês imitam gestos e movimentos de outros bebês e adultos? Como interagem com as sombras
produzidas pelos seus movimentos, dos bebês e adultos participantes?
3. Os bebês exploram os sons (música) produzidos pelo ambiente com o próprio corpo? Que descobertas
eles fazem?

354
Atividade: Imitar bichos

 Para incluir todos


Garanta que todos possam visualizar e tocar as imagens apresentadas, assim como vivenciar a exploração
dos sons. Organize para que todos tenham asseguradas as condições de participar. Nesse contexto, cuide para
que os bebês muito pequenos e que não se sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam
dispostos com todo o grupo. Nos momentos em que os maiores estão explorando as imagens, pegue os me-
nores no colo e propor­cione a eles a experiência, como se estivessem eles mesmos se aproximando, para que
possam fazer também suas pesquisas exploratórias. Garanta um espaço seguro para aqueles que se sentam
com autonomia e espaço de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Próximo ao painel, em roda, ou da maneira que os bebês fiquem confortá-


veis e visualizem o processo, relembre a atividade Brincar com bichos de
brinquedo, e apresente a todo o grupo as imagens dos bichos da vivên-
cia: jacaré, cascavel, caranguejo, peixe-boi e tuiuiú. Convide os bebês para
colarem/descolarem as imagens no painel e, com entusiasmo, fale para a
turma características das espécies selecionadas: onde vivem, o que comem,
suas cores, tamanho e em qual região do país mais se encontram. Os bebês, Sugestão de vídeo
nesse momento, possivelmente irão querer tocar as fotos, levá-las à boca,
•Ciranda dos Bichos.
tentar amassá-las, engatinhar sobre as imagens e até colá-las nas superfí- Palavra Cantada.
cies do painel, como também no chão. Participe ativamente da brincadeira, Disponível em: https://
colando e descolando as fotos, para que eles percebam os movimentos e www.youtube.com/
watch?v=H9fXoZmMHK8.
possam imitá-los. Movimente seu corpo, fale com eles, mostre e indique os Acesso em: 6 jun. 2021.
materiais. Registre com vídeos as reações dos pequenos, suas descobertas
e sensações.
A
2 Ligue o som com a música Ciranda dos Bichos, destaque as imagens, conforme Possíveis ações
os animais forem citados na canção, para que os bebês possam relacionar a dos bebês
ação ao nome, à foto e ao som. Enquanto alguns colam/descolam as imagens, som da música e
•Ao
chame a atenção do grupo para gestos e movimentos que a coreografia da movimento rítmico
música propõe. Se houver espelhos na sala, utilize esse recurso para que o dos adultos, os
jogo de imitar se torne ainda mais instigante. Os bebês exploram livremen- bebês poderão bater
palmas, tentar se
te, investigam a capacidade do próprio corpo e tentam imitar os gestos dos
levantar ou, mesmo
adultos e de outros colegas. Pause a música em cada bicho citado e, com en- sentados, movimentar
tusiasmo, faça por diversas vezes os gestos referentes ao animal em desta- o tronco conforme suas
que. Esteja próximo, acompanhe de perto e interaja com expressões faciais, possibilidades.
sorrisos, falas positivas, gestos (como palmas) e faça coreografia própria da que ainda ficam
•Os
canção selecionada. Provoque os pequenos a sentir todas as emoções que deitados, movimentam
as pernas e os braços
a canção desperta. A com rapidez. Balbuciam
e gritam manifestando
3 Comunique aos bebês que o ambiente se transformará com uma nova pro- suas emoções e
jeção de luz. Assegure que a lanterna ou o projetor esteja ligado antes de descobertas ao som da
apagar as luzes do ambiente. Ao som da música, apague as luzes da sala e música. Tentam imitar
gestos e expressões
provoque-os para brincar com suas próprias sombras, com as dos outros be-
dos adultos e outros
bês e com as dos adultos participantes. Convide-os para imitar seus gestos, bebês participantes.
reproduzindo os movimentos dos bichos propostos pela canção. Os bebês
poderão perceber que seus movimentos causam transformações no ambien-
te com pouca luz, por meio das sombras. Ao mesmo tempo, percebem que

355
Sequência: Brincar com bichos

as mãos do professor se transformam em jacaré, peixe, cobra, ave. Aos pou-


cos, verificam a relação de causa e efeito que suas ações, dos colegas e dos
adultos participantes provocam no ambiente. Participe com falas motivadoras,
incentivando-os e desafiando-os. Registre com fotos as expressões de cada
bebê e suas reações diante de cada nova ação realizada por ele.

Para finalizar
Comunique aos bebês que em alguns minutos vocês irão começar a acender a luz e compartilhe com eles
a próxima proposta. Peça a eles ajuda para que, dentro de suas possibilidades, cada qual possa colocar
as imagens em seus devidos lugares. Cante uma canção que costuma determinar o momento de arrumação
com sua turma.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Garanta que a atividade se repita em outros momentos do cotidiano dos bebês, trazendo para o grupo outros
bichos, imagens deles e contando movimentos que fazem, para que assim a familiaridade com a proposta
contribua para novas descobertas.

 Engajando as famílias
Conte para os responsáveis como foi a experiência de cada bebê com o jogo imitativo e com a brincadeira
com sombras. Depois, exponha em um painel uma sequência de acontecimentos com as fotos dos momentos
da exploração. Faça com que essas imagens captem as diversas expressões dos pequenos nos mais variados
momentos propostos pela atividade. Convide os adultos para reproduzir a brincadeira com sombras no ambiente
familiar, trazendo posteriormente fotos e vídeos para a instituição.

356
Atividade: Explorar bichos no jardim

 EI01CG04  EI01ET01  EI01ET03


EXPLORAR BICHOS
DO JARDIM
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Combine antecipadamente a parceria com outro professor ou auxiliar para que ele possa atuar junto com você
na atividade. Escolha previamente um espaço externo com gramado, terra, árvores e flores onde os bebês possam
explorar com segurança os bichos que por ali se encontrem. Selecione alguns poemas para serem recitados ao
grupo no decorrer da exploração. Peça aos responsáveis o empréstimo de lupas, tubos de papel-toalha ou PVC
e lanternas para que os pequenos as utilizem como recurso de exploração.

Sugestões de poema
 Materiais
•Leilão de jardim. In: Ou
isto ou aquilo. Autora:
•  Lupas; Cecília Meireles. (Global
•  Tubos de papel-toalha ou PVC; Editora, 2020).
borboletas. In: A arca
•As
•  Lanternas;
de Noé. Autor: Vinicius de
•  Um cesto com materiais de largo alcance e elementos naturais, como: Moraes. (Companhia das
pinha seca, cabaça, blocos de madeira e pedras grandes; Letrinhas, 2019).
•  Poemas previamente selecionados e impressos; • O apanhador de desperdícios.
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade. In: Memórias inventadas:
as infâncias de Manoel de
Barros. de Manoel de Barros.
(Editora Planeta, 2012).
 Espaços
Em ambiente externo, organize em um local com sombra um espaço seguro, onde os bebês possam ser aco-
modados e convidados para uma exploração. Leve para lá um cesto com materiais de largo alcance e elementos
naturais, como: pinha seca, cabaça, blocos de madeira e pedras grandes que possam ser utilizados, caso sejam
necessários, durante ou ao final da proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês observam e reagem ao estarem imersos em espaço externo no contato com os
bichos? Como a proposta os instiga a avançar em suas pesquisas exploratórias, descobrindo mais
a respeito das propriedades dos bichos, como odor, cor e temperatura?
2. Como os bebês exploram o ambiente? Quais descobertas fazem por meio da ação e da observação,
da manipulação e experimentação com os bichos de jardim?
3. Como a participação na proposta contribui para o cuidado corporal dos bebês, gerando prazer e
curiosidade pelos temas ligados ao meio ambiente?

357
Sequência: Brincar com bichos

 Para incluir todos


Nesse contexto, cuide para que os bebês muito pequenos e que não sentam com autonomia tenham o apoio
necessário e estejam dispostos com todo o grupo, de modo que possam explorar os bichos do jardim. Garanta
um espaço seguro para aqueles que se sentam com autonomia e espaço de mobilidade para aqueles que en-
gatinham e andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Em espaço externo, convide todo o grupo de bebês para contemplar
a natureza ao redor. Chame a atenção do grupo para o que há no Possíveis falas do professor
entorno: árvores, gramado, terra, sol, nuvens, vento, flores, cheiro — Sintam o vento! Percebam,
as folhas se movimentam quando
e tudo que o ambiente proporcionar. Sensibilize o grupo a se voltar
o vento sopra? Será que os
completamente à natureza e ao que ela oferece. Incentive os bebês pássaros sentem o vento
a circular pelo ambiente, sentir o vento, tocar a grama e segurar a quando batem as asas?
terra. Garanta que eles explorem o que a natureza proporciona no — Existem bichos que moram
espaço, livremente. Convide a turma para procurar bichos no jardim. neste jardim! Vamos procurá-los?
Provoque entusiasmo no grupo toda vez que alguém encontrar um O que podemos encontrar?
Formigas, minhocas, besouros,
bicho habitante do espaço. Registre com vídeos as reações, desco- joaninhas, aranhas?
bertas e sensações. A

2 Incentive os bebês a explorar com curiosidade o que encontram pelo


jardim, investigando os movimentos dos bichos e observando os pás-
saros e as borboletas que se aproximam. Possibilite que toquem nos
bichos e se expressem com o corpo e sons. Divida-os em pequenos
grupos e conte com o auxílio de outro professor ou auxiliar para pro-
curar pelo espaço externo espécies de bichos. Medeie as descobertas
e ofereça outras novas. Observe atentamente e intervenha a partir das B
ações deles, favorecendo que ampliem suas pesquisas exploratórias Possíveis ações dos bebês
e interações. Apoie e valide iniciativas. Acompanhe-os de perto e inte- bebê menor e que não anda
•Um
raja com expressões faciais, sorrisos, falas e gestos. Chame a atenção visualiza uma joaninha sobre a
para semelhanças e diferenças entre os bichos, como os que cami- folha. Aponta o dedo em direção
nham rápido ou devagar, que têm poucas patas, muitas patas, patas a ela e balbucia como que
chamando a atenção para sua
curtas ou longas, os que voam, se arrastam, que têm asas pequenas,
descoberta.
transparentes, que saltam, se deixam marcas etc.
•Outro bebê se aproxima
engatinhando, senta para
3 Enquanto os bebês investigam os bichos encontrados e se divertem ex- observar e sorri. Nesse
plorando o que a natureza proporciona, traga para o contexto da explo- momento, o bicho é tocado e
ração as poesias selecionadas. Recite-as com entusiasmo e propriedade abre as asas para alçar voo.
bebês gritam, balbuciam
•Os
nas palavras, provoque-os a sentir a essência que a literatura propor- e apontam para o bicho ao
ciona e instigue-os a perceber como os poetas se inspiram na natureza. observar essa reação diante
Registre com fotos as expressões dos pequenos diante das sensações de seus olhos. Continuam
e dos sentimentos provocados pela natureza e pela literatura. Atue na acompanhando o bicho, que
brincadeira, inserindo os objetos para a ampliação da investigação como sai voando rumo às plantas do
jardim. Acompanham curiosos
lupas, tubos de papel-toalha ou PVC e lanternas. Provoque-os a deixarem
esse percurso, vivenciando cada
a exploração ainda mais desafiadora e divertida. Oriente-os exemplifi- descoberta.
cando as possibilidades de uso que cada recurso dispõe. B

358
Atividade: Explorar bichos do jardim

Para finalizar
Comunique aos bebês que em alguns minutos vocês irão retornar à sala para iniciar a próxima proposta
e que em outro dia eles vão conhecer outros bichos, os de estimação, na atividade Conhecer bichos de
estimação, deste conjunto. Cante uma canção que costuma determinar o momento de retorno dos passeios
com sua turma. Apoie e encoraje as iniciativas dos pequenos nesse momento.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Garanta que a atividade se repita em outros momentos do cotidiano dos bebês, trazendo para o grupo maior
vivência com a natureza cotidianamente. Medeie passeios externos que contemplem a fauna e a flora local e
momentos exploratórios no jardim ou no parque da escola, para que a familiaridade com a proposta contribua
com novas descobertas.

 Engajando as famílias
Conte para os adultos responsáveis como foi a experiência de cada bebê. Exponha, em um painel, uma sequência
de acontecimentos, com fotografias dos momentos de exploração. Faça com que essas imagens captem as diversas
expressões deles nas mais variadas propostas da atividade. Convide-os para visitar parques e jardins e peça a eles
que tragam registros dessas interações dos bebês com os espaços naturais.

359
Sequência: Brincar com bichos

 EI01EO01  EI01CG03  EI01ET03


CONHECER BICHOS
DE ESTIMAÇÃO
Tempo sugerido: 30 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
É interessante que você conheça e tenha realizado as atividades Som e imagem de pássaros, Brincar com
bichos de brinquedo, Imitar bichos, Explorar bichos do jardim deste conjunto, pois elas favorecem um melhor
desenvolvimento da atividade.
Para a atividade, você vai precisar organizar previamente uma agenda com os adultos responsáveis do grupo de
bebês que tenham bichos de estimação e possam apresentá-los na escola. A ideia é que, ao longo de um período a
ser estipulado por você, os animais possam visitar a escola, um por vez. Busque organizar essa agenda já trazendo
uma periodicidade para as visitas; por exemplo: uma vez por semana ou uma vez a cada quinze dias. Oriente sobre
a importância de os bichos estarem higienizados e serem dóceis, evitando qualquer tipo de perigo aos bebês.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Uma caixa de bichos de pelúcia de diferentes tamanhos e texturas;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize um espaço amplo e arejado, onde os bebês possam circular livremente e conhecer os bichos de estima-
ção de outros bebês. Disponibilize colchonetes ou tapetes onde os bebês possam ser acomodados e convidados
à descoberta do bicho de estimação. Leve ao espaço uma caixa com bichos de pelúcia de diferentes tamanhos
e texturas que possam ser utilizados, caso necessário, durante ou ao final da proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram o ambiente? Que descobertas fazem por meio das ações de manipular,
fazer contato e investigar os bichos de estimação?
2. Como eles imitam gestos e movimentos de outros bebês, adultos e animais?
3. Como os bebês interagem com os pares e os adultos durante a observação dos bichos de estimação?

360
Atividade: Conhecer bichos de estimação

 Para incluir todos


Nesse contexto, cuide para que os bebês muito pequenos e que não se sentam com autonomia tenham o apoio
necessário e estejam dispostos junto a todo o grupo. Garanta um espaço seguro para aqueles que se sentam
com autonomia e um espaço de mobilidade para os que engatinham e andam com ou sem autonomia. Organize
de forma que todos possam estar em atividade de acordo com suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo de bebês para uma conversa em roda. Com entusias- A
mo, comece falando sobre o adulto responsável do bebê visitante. Peça que
Possível fala
eles contem sobre o bicho de estimação de forma instigante e o apresente aos do professor
bebês. Oriente-os a contar para os colegas sobre as características do bicho:
como é chamado, o que gosta de comer, como gosta de brincar e quais cari- — Vamos descobrir
juntos como é esse
nhos gosta de receber. Convide os bebês a observar os movimentos, forma, bicho? Que som ele faz?
som e cor do bicho em destaque. Se possível, faça pequenos vídeos de suas Vamos tocá-lo?
reações. Você também pode solicitar que um adulto faça esse registro para
você nesse momento. A
B
2 Incentive os bebês a explorar com curiosidade o bicho em destaque, investigar
Possível ação
os movimentos, observar o modo como faz para se locomover, assim como o dos bebês
som que emite. Possibilite que toquem e que expressem seus interesses com o bebê poderá se
•O
corpo, gestos e olhares. Observe atentamente e intervenha a partir de suas ações, aproximar do bicho.
favorecendo a ampliação de suas pesquisas exploratórias e interações. Apoie e Tentar tocá-lo, mas o
valide suas iniciativas. Acompanhe de perto e interaja com expressões faciais, bicho se move. O bebê
sorrisos, falas e gestos. Registre as novas descobertas e incentive-os a se apro- fica curioso e aos poucos
se aproxima novamente.
ximarem cada vez mais do bicho de estimação, para se relacionar com ele. B
Acaricia o bicho,
balbucia, se expressa
3 Proponha a todo o grupo de bebês a brincadeira de imitar o bicho em des- com sorrisos e palmas e
taque. Convide-os a imitar gestos e movimentos do bicho com o corpo, assim observa cada detalhe.
como fizeram nas outras atividades, levando-os a engatinhar, se arrastar e pu-
lar pelo espaço, de acordo com os movimentos percebidos na observação do
grupo. Imite o som do bicho e proponha a imitação do som de sua voz. Registre
a descoberta com pequenos vídeos a fim de rever a atividade posteriormente.

Para finalizar
Comunique aos bebês que em alguns minutos o bicho de estimação retornará para casa e vocês preci-
sarão se despedir. Cante uma canção que costuma determinar o momento de transição de uma atividade
para outra. Utilize o cesto de brinquedos até que organize a próxima proposta e garanta que todos estejam
em atividade de acordo com suas preferências.

361
Sequência: Brincar com bichos

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Garanta que a atividade se repita de acordo com a periodicidade possível de ser aplicada e programada.
Dessa forma, os adultos responsáveis dos bebês que possuem bichos de estimação poderão participar por
meio dessa vivência repleta de descobertas ao se relacionarem na escola. Aos poucos, organize um varal de fotos
na própria sala com as imagens dos bichos de estimação que visitaram a turma. O varal seria um elemento de
lembrança e memória, relacionando as vivências e mantendo contato com os bichos de casa. Caso seja possível
na sua escola, você pode propor aos bebês de terem um animal de estimação para cuidarem, como um peixe ou
um porquinho da índia, ou qualquer outro animal de seu contexto regional.

 Engajando as famílias
Organize um painel na altura dos bebês com fotos das interações e conte para os adultos responsáveis como
foi a experiência de cada um com o bicho de estimação. Exponha no painel uma sequência de acontecimentos
com as fotos dos momentos de exploração. Faça com que essas imagens captem as diversas expressões dos
bebês nos mais variados momentos propostos pela atividade.

362
21
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

PLANTAÇÃO DE
SEMENTES DE CHÁ
O acompanhamento de uma plantação e do cultivo de sementes de chá (preparar a ter-
ra, afofá-la, regá-la, cuidar diariamente, esperar e ver crescer) é uma maneira dos bebês
relacionarem o que observam com o seu próprio processo de crescimento e desenvolvi-
mento. Há também o trabalho sensorial – cheiro, gosto, cor – envolvido na elaboração e
na degustação do chá. Nesta sequência, ações como tocar, cuidar, esperar e acompanhar
são habilidades que contribuem para a aprendizagem dos bebês, incluindo a interação
com os pares.

363
Sequência: Plantação de sementes de chá

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.

EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Espaços, tempos,


e o nós e movimentos quantidades, relações
e transformações

364
Atividade: Potencializando o tato

 EI01EO06  EI01CG03  EI01ET03


POTENCIALIZANDO O TATO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Planeje a estrutura física do jardim de chás da creche. Escolha um local que receba sol e sombra em momentos
alternados do dia e que tenha uma torneira próxima para facilitar as regas. Defina onde serão plantadas as se-
mentes e as mudas das plantas para chás, o que poderá ser feito no solo ou em vasos de barro, plástico ou metal,
por exemplo. Adube a terra que será utilizada e escolha as ervas que serão plantadas. Verifique outras informações
sobre hortas e algumas sugestões de música para a atividade nas sugestões. Para o desenvolvimento seguro e
agradável da proposta, é essencial que haja mais de um professor ou auxiliar presente para garantir que todos os
bebês disponham do apoio necessário.

 Materiais
•  Um balde e materiais de jardinagem: pá de mão, garfo de mão, tesoura de poda e alguns regadores;
•  Sementes e/ou mudas de ervas para chás;
•  Vasos de barro, plástico ou metal, se decidir plantar nesses objetos;
•  Uma bacia com areia, uma com água e outra com terra;
•  Materiais de largo alcance, como: potes pequenos e médios, de plástico ou de alumínio;
•  Brinquedos de jardinagem ou de praia;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Escolhido o local para fazer o jardim de chás, deixe a terra preparada para o plantio. Coloque os materiais de jardinagem
dentro do balde e disponha as sementes e as mudas em um canto da horta que tenha sombra. Em outro canto, deixe os
regadores vazios. Organize as bacias, os materiais de largo alcance e os brinquedos na lateral do espaço destinado à
horta; assim, enquanto um bebê planta, os outros aguardam o convite brincando. Posicione o equipamento de reprodu-
ção de som um pouco distante da horta para evitar que caia água, mas de forma que fique de fácil alcance para você.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como acontece a imitação de gestos e movimentos pelos bebês? Qual diferença da imitação espontâ-
nea e da incentivada pelo professor ou colega?
2. Quais são as explorações que eles fazem no cenário da atividade proposta? De que forma acontecem
as descobertas?
3. Como eles interagem com seus pares e com o adulto nessas vivências de contato com elementos naturais?

365
Sequência: Plantação de sementes de chá

 Para incluir todos


Favoreça a exploração dos materiais de jardinagem e dos elementos naturais por meio da manipulação e da
descrição, para que os bebês possam se apropriar desses recursos. Narre as ações dos momentos do plantio das
ervas, descrevendo os acontecimentos; assim, você consegue incluir os bebês menores e que não conseguem
manusear os materiais. Incentive a brincadeira de imitação dos movimentos de plantio e cuidados com a natureza.
Propicie momentos de interação do grupo durante a vivência. Convide-os a tocar na terra, nas plantas, na areia e
a sentir a água durante as brincadeiras, mas respeite se o bebê preferir observar. Auxilie todos no deslocamento,
principal­mente os bebês menores que necessitam de ajuda para locomoção.

O QUE FAZER DURANTE

1 Prepare o espaço destinado à realização do jardim de ervas. Em sala, diga a


todo o grupo que preparou uma atividade diferente na área externa. Conte
aos pequenos sobre os objetos que estarão disponibilizados e pergunte quais
as brincadeiras eles imaginam que poderão fazer. Em seguida, explique mais
sobre a proposta, dizendo ao grupo que planejou uma atividade na qual eles
irão fazer e cuidar de uma horta. Mostre uma muda e uma semente para con-
textualizar o assunto e despertar a curiosidade dos bebês sobre o ambiente
da brincadeira. Convide-os a se deslocar até a área preparada para o jardim
de ervas. Lembre-se de pegar a câmera fotográfica para registrar esses mo-
mentos, quando possível.

Possibilite que o grupo se familiarize com os materiais estabelecidos e com os A


2
elementos naturais presentes no ambiente da atividade. Contribua com os mo- Possíveis ações
mentos exploratórios, permanecendo atento às ações e aos gestos de cada um. dos bebês
momento do plantio,
•No
Colabore para que os bebês participem da brincadeira oferecendo suporte cor-
o bebê pode demonstrar
poral e auxiliando a busca pelo objeto de interesse. Torne-se um mediador de encantamento pela
suas descobertas, favorecendo as diversas formas de interação e comunicação proposta ao tocar na
com os colegas, professores, materiais e ambiente. Em seguida, oriente-os a se terra para prepará-la e
organizar em círculo. Converse com todo o grupo, demonstrando quais são as ao afofá-la com cuidado.
etapas necessárias para plantar: abrir um pequeno buraco na terra, colocar a
•Nas brincadeiras, eles
podem utilizar os potes
semente ou muda, tampar afofando a terra e regar. Diga a eles que todos serão para pegar água e
convidados para plantar e que você irá organizá-los para isso. Conduza o grupo molhar a areia e/ou a
para o próximo momento. Organize-os no ambiente de modo que permaneçam terra das bacias.
brincando com os elementos ofertados nas bacias (areia, água e terra), com os
•Podem, ainda, repetir as
materiais de largo alcance (potes pequenos e médios, de plástico ou de alumínio) ações do plantio com os
materiais e brinquedos
e com os brinquedos de jardinagem ou de praia, enquanto aguardam o convite
disponibilizados.
para realizar o plantio, respeitando o ritmo e o interesse do grupo. A
B
3 Para iniciar o plantio, ligue o equipamento de reprodução de som e coloque
Possível fala
a música Para Germinar, do grupo Palavra Cantada, enfatizando a relação do professor
da música com a proposta. Convide os bebês para irem em duplas ou trios. — Venha, (diga nome
Possibilite que cada bebê possa pegar um instrumento como a pá ou o garfo do bebê)! Vamos deixar
de mão (com ou sem a sua ajuda), incentivando-os a contribuir com a aber- esse jardim bem bonito?
Então… Vamos começar?
tura de um pequeno buraco na terra. Auxilie-os a acomodar a semente ou
Escolha aqui qual erva
a muda e, em seguida, tampar o que foi plantado. Converse com eles para você quer plantar!
que retornem à brincadeira com os elementos das bacias e convide outros

366
Atividade: Potencializando o tato

colegas para plantar. Repita essa etapa até que todos os bebês tenham par- C
ticipado desse momento de plantio. B C Possíveis ações
dos bebês
bebê pode demonstrar
•O
4 Finalizado o plantio, convide todo o grupo a contribuir com o momento da
encantamento pela
rega, indicando que é preciso encher de água os regadores. Ajude os bebês proposta ao manipular os
que se interessarem para realizar a ação nesse processo. Encoraje-os a toca- materiais de jardinagem,
rem nas mudas e a sentirem os cheiros delas. Apoie suas ações e iniciativas afofar a terra, acariciar
em manipular a terra, a água e as plantas. Favoreça as múltiplas situações sementes e mudas.
afetivas com a natureza ao propiciar o brincar livre, divertido e prazeroso com
•Pode sorrir e se
movimentar em tentativas
o ambiente proposto. Possibilite aos pequenos o encantamento e o envolvi- de plantio ou preferir ficar
mento em circunstâncias investigativas dos elementos materiais e naturais. observando o movimento
Garanta momentos de compartilhamento das descobertas feitas no jardim de dos colegas.
ervas com o grupo, incentivando a comunicação dos pequenos.
Sugestões de música
Para finalizar
•Lavar as Mãos.
Anuncie que a atividade será encerrada em breve e indique o que será feito Bafafá [CD]. Artista:
posteriormente. Troque a música por uma que marque a finalização da ativi- Palavra Cantada.
dade. Após um momento, comunique novamente o término da brincadeira e (Rimo, 2017).
convide o grupo a colaborar com a organização dos materiais, reconhecendo
•Para Germinar.
Palavra Cantada.
as tentativas de participação. Ao som da música Lavar as mãos, encaminhe o Disponível em: https://
grupo para um momento de higiene pessoal realizando as intervenções ne- www.youtube.com/
cessárias para o bem-estar dos bebês. watch?v=Dql6t8sozsk.
Acesso em: 18 maio 2021.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Selecione algumas fotos que fazem parte dos registros pedagógicos para serem fixadas em um varal de fotos
para acompanhamento do desenvolvimento do jardim de chás e o deixe dentro da sala. Assim, os bebês podem
observar as fotos e lembrar do jardim de chás nos momentos das atividades internas. Com esse recurso, você
tem a possibilidade de trocar as imagens conforme o crescimento das plantas.
Combine com o grupo que será necessário que todo dia a horta seja regada e organize uma tabela que indique
quais as duplas ou trios irão fazer essa tarefa a cada dia da semana, como será oportunizado na atividade
Despertando o olhar, deste conjunto. Deixe a tabela fixada próxima ao varal, na altura dos bebês, de forma que
possam acompanhar quem são os responsáveis a cada dia. Também próximo ao varal, coloque um mural feito
de cartolina ou papel-pardo com algumas informações sobre a horta, como o dia do plantio e quais sementes
e mudas foram utilizadas.

 Engajando as famílias
Escreva um bilhete aos responsáveis contando sobre a atividade do jardim de chás e peça que enviem receitas
de chás que lhes são conhecidas para serem compartilhadas com o grupo. Aproveite a situação para incentivar
os adultos a participar das atividades do jardim de ervas, observando a horta da creche e vivenciando esse con-
texto com os bebês nos momentos de entrada ou saída da instituição. Nessas ocasiões, ressalte a importância
de brincadeiras e situações como essa, que proporcionam a interação entre os pares e o desenvolvimento de
experiências afetivas com os elementos da natureza.
367
Sequência: Plantação de sementes de chá

 EI01EO04  EI01CG03  EI01ET03


DESPERTANDO O OLHAR
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade a atividade Potencializando o tato, deste conjunto, empregando os cuidados necessários
para manutenção e crescimento da horta. Adube a terra com elementos naturais, regue as mudas com frequên-
cia e retire ervas daninhas. Sempre que possível, leve todo o grupo para observar e regar o jardim de chás, para
que possam acompanhar o desenvolvimento das plantas e contribuir com os cuidados. Para o desenvolvimento da
atividade, é essencial ter a presença de mais de um professor ou auxiliar contribuindo com a turma para garantir que
todos os bebês disponham do apoio necessário. Verifique outras informações sobre hortas e algumas sugestões de
música para a atividade nas sugestões.

 Materiais
•  Um balde e materiais de jardinagem: pá de mão, garfo de mão, tesoura de poda e alguns regadores;
•  Duas bacias de plástico ou alumínio, sendo uma vazia e outra com água;
•  Lupas de brinquedo;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Coloque os materiais de jardinagem dentro do balde e deixe em um dos cantos do jardim de chás. Em outro
canto, disponha os regadores vazios, organize as duas bacias e as lupas na lateral da horta para os bebês
brincarem. Posicione o equipamento de reprodução de som um pouco distante do local para evitar que caia
água, mas deixe-o de fácil acesso para você.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como acontece a brincadeira de imitação pelos bebês? Qual diferença da imitação espontânea e
da incentivada pelo professor ou colega?
2. Que explorações os bebês fazem no cenário da atividade? De que forma eles observam e interagem
com o ambiente?
3. Como eles comunicam suas descobertas e desejos no contexto da brincadeira?

368
Atividade: Despertando o olhar

 Para incluir todos


Possibilite a exploração dos materiais de jardinagem e dos elementos naturais por meio de sua manipulação
e descrição, para que os pequenos possam se apropriar desses recursos. Incentive os cuidados com a natu-
reza, propiciando momentos de interação do grupo com essa vivência. Garanta que todos possam, cada um
a seu modo, observar o ambiente e sentir sua dinâmica. Ofereça suporte corporal, auxilie a busca pelo objeto
de interesse e favoreça o deslocamento dos bebês, contribuindo para que eles participem de forma dinâmica
da brin­cadeira. Ajude os bebês menores a vivenciarem esses momentos de observação e de contato com os
elementos da natureza, aproximando­-os do jardim de chás.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o espaço do jardim de ervas conforme indicado. Em sala, reúna o grupo


Sugestão de vídeo
em um círculo para mostrar a eles o varal de fotos e o mural de informações do
jardim de chás da turma (elaborado na atividade Potencializando o tato e posto
•Para Germinar.
na sala para apreciação e acompanhamento). Com esse material em mãos, faça Palavra Cantada.
Disponível em: https://
algumas perguntas para o grupo sobre a atividade na horta: se gostaram de plan- www.youtube.com/
tar, como imaginam que as mudas estão, se acham que elas cresceram bastante, watch?v=Dql6t8sozsk.
se gostam de cuidar do jardim, se lembram da música da atividade etc. Desperte Acesso em: 18 maio
o interesse e a curiosidade do grupo pelo assunto e, então, pergunte se gostariam 2021.
de ir até a horta para cuidar dela e verificar o crescimento das plantas.

2 Favoreça a interação do grupo com os elementos naturais presentes no ambiente


e coloque a música Para Germinar, do grupo Palavra Cantada. Viabilize situações A
exploratórias em que os bebês possam se envolver na atividade, como, por exem-
Possíveis falas
plo, acariciar e cheirar uma planta ou afofar a terra. Incentive a observação do do professor
jardim de chás e faça indagações sobre diferenças perceptíveis em relação ao
dia do plantio. Instigue o grupo a reconhecer o quanto as ervas cresceram e a — Vejam, turma! Como
nosso jardim de ervas
explorar o ambiente, cada um a seu modo. Desperte a curiosidade dos pequenos cresceu! Está lindo, não
pelas modificações da horta, intensificando os momentos de observação atenta acham? Observem essa
e cuidadosa. Caso o bebê se interesse por outra brincadeira, possibilite que fique planta aqui, vejam como
livre em suas escolhas. Dessa forma, leve outras possibilidades para a atividade, ela é bem diferente dessa
como brinquedos de jardinagem ou cesto de brinquedos favoritos. outra aqui. O que mais
está diferente na horta?
— Olhem só, (diga o nome
3 Oriente os bebês para que se organizem em um círculo e apresente as lupas, do bebê) percebeu que
explicando suas possibilidades. Faça a demonstração de como elas devem tem uma folha da (diga o
ser usadas e as ofereça para brincarem, principalmente aos bebês maiores, nome da planta) mordida!
ficando atento para o uso desse objeto. Faça as mediações necessárias para Será que tem algum inseto
que o grupo comunique suas descobertas, inspirando outras observações. In- se alimentando das ervas
do nosso jardim? Talvez
centive-os a brincar com os elementos naturais dispersos no ambiente, com as uma lagarta? O que vocês
bacias disponibilizadas (com e sem água) e com os materiais de jardinagem imaginam? E, vejam, (diga
(exceto a tesoura de poda, visto que essa deve ser de uso exclusivo do pro- o nome de outro bebê)
fessor). Apoie as diversas situações investigativas, fazendo os devidos ques- verificou algumas partes
tionamentos para que os pequenos continuem a se envolver na proposta. amareladas na (diga o
nome da planta). Será
Convide o grupo a contribuir com a rega, indicando que é preciso encher os
que o sol está queimando
regadores de água. Colabore para esse processo e possibilite que os bebês ela? Vamos investigar o
aguem a horta como preferirem. Continue incentivando-os a tocar nas mudas que aconteceu?
e a sentir os cheiros delas. A B

369
Sequência: Plantação de sementes de chá

Para finalizar
B
Informe ao grupo que a atividade será encerrada em breve e indique o que
será feito no momento seguinte. O planejamento contribui para uma organi- Possíveis ações
dos bebês
zação interna dos acontecimentos, preparando para a transição de momentos
e etapas subsequentes. Coloque a música escolhida que marca o término da bebês podem apontar
•Os
alguns elementos,
atividade. Após um momento, comunique novamente o término da brincadeira
balbuciar e falar para
e incentive os bebês a ajudar na organização do espaço e dos materiais. Va- comunicar descobertas.
lorize as iniciativas e os esforços que possam surgir como forma de partici-
•Alguns deles
pação. Encaminhe o grupo para um momento de higiene pessoal, realizando podem demonstrar
as intervenções necessárias para o bem-estar dos pequenos. encantamento pela
proposta ao cuidar de
uma planta, analisando
as características
físicas dela.

•Outros podem se
movimentar no
espaço em busca de
uma observação de
diferentes ângulos e
de interação com os
elementos presentes.

Sugestão de música

•Lavar as Mãos.
Bafafá [CD]. Artista:
Palavra Cantada.
(Rimo, 2017).

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Escolha algumas fotos que contemplam os registros pedagógicos e acrescente ao varal de fotos do jardim de
chás – permanente na sala. Desse modo, os bebês continuarão vivenciando e acompanhando o desenvolvimento
da horta ao observar as fotos. No mural, feito de cartolina ou papel-pardo, inclua novas, diferentes e importantes
informações sobre a horta: como as mudas estão crescendo, se alguma cresce mais rápido do que outra e se alguma
delas já apresenta aroma.

 Engajando as famílias
Exponha o varal de fotos e o mural de informações do jardim de chás na parede lateral externa da sala da
turma ou em algum outro lugar que julgar interessante. Assim, responsáveis, funcionários e outras crianças da
creche poderão apreciar e acompanhar a sequência de atividades e brincadeiras envolvendo uma horta. Depois
de alguns dias de exposição do material, coloque-o na sala.

370
Atividade: Sensibilizando o olfato

 EI01EO04  EI01ET01  EI01ET05


SENSIBILIZANDO O OLFATO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Despertando o olhar empregando os cuidados necessários para a manutenção
e o crescimento da horta. Adube a terra com elementos naturais, regue as mudas com frequência e retire ervas
daninhas. Sempre que possível, leve todo o grupo para observar e regar o jardim de chás, para que possam acom-
panhar o desenvolvimento das plantas e contribuir com os cuidados. Para o desenvolvimento seguro e agradável
da proposta, é essencial mais de um professor ou auxiliar para garantir que todos disponham do apoio necessário.
Verifique outras informações sobre hortas e algumas sugestões de música para a atividade nas sugestões.

 Materiais
•  Pequenos cestos de palha, alumínio ou plástico para coleta das ervas;
•  De dois a três sachês de tule ou voal para cada erva aromática plantada;
•  Um balde e materiais de jardinagem: pá de mão, garfo de mão, tesoura de poda e alguns regadores;
•  Duas bacias, de plástico ou alumínio, sendo uma vazia e outra com água;
•  Materiais de largo alcance, como: potes pequenos e médios, de plástico ou de alumínio;
•  Brinquedos de jardinagem ou de praia;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Coloque os materiais de jardinagem dentro do balde e deixe-o em um dos cantos do jardim de chás. Em outro
canto, disponha os regadores vazios e pequenos cestos. Organize as duas bacias (com e sem água), os materiais
de largo alcance e os brinquedos na lateral da horta. Assim, enquanto trios de bebês colhem algumas ervas,
outros aguardam o convite brincando. Posicione o equipamento de reprodução de som um pouco distante do
local para evitar que caia água nele, mas deixe-o de fácil acesso para você.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram o jardim de ervas? Quais maneiras encontram para identificar os aromas
das ervas?
2. Como eles se sentiram ao explorar o jardim? Quais foram as reações durante a exploração?
3. De quais diferentes modos eles comunicam suas descobertas e seus desejos no contexto da brincadeira?

371
Sequência: Plantação de sementes de chá

 Para incluir todos


Favoreça a exploração dos materiais de jardinagem e dos elementos naturais por meio da manipulação e da
descrição deles, para que os bebês possam se apropriar dos recursos. Narre os momentos de colheita das ervas
e garanta que todos possam se envolver nas descobertas das fragrâncias das ervas aromáticas. Colabore para
que todos participem da brincadeira, ofe­recendo suporte corporal e auxiliando na busca pelo objeto de interes­se.

O QUE FAZER DURANTE

1 Prepare o espaço destinado à realização do jardim de ervas neste


conjunto. Reúna todo o grupo próximo ao varal de fotos e ao mural
Sugestão de vídeo
de informações do jardim de chás, presentes na sala conforme indi-
cado na atividade Despertando o olhar, deste conjunto. Desperte a
•Para Germinar. Palavra
Cantada. Disponível em:
curiosidade do grupo sobre a situação da horta, fazendo alguns ques-
https://www.youtube.com/
tionamentos: como imaginam que as mudas estão, se acham que elas watch?v=Dql6t8sozsk.
cresceram bastante, se acreditam que algumas ervas tenham cheiro, Acesso em: 18 maio 2021.
se gostam de cuidar do jardim, se lembram da música da atividade etc.
Incitado o interesse pelo assunto, convide os pequenos a se deslocar A
até o jardim de ervas, auxiliando-os em sua locomoção. Possíveis falas do professor

Possibilite que o grupo reconheça os materiais disponibilizados e os — Pessoal, vocês estão sentindo
2 esses cheiros? Será que é do
elementos naturais presentes no ambiente. Coloque uma música que nosso jardim de ervas?
contemple o contexto da atividade proposta. Contribua com os momen- — Nossa! Que delícia de cheiro!
tos exploratórios, permanecendo atento às ações e aos gestos de cada E aquela ali (aponte para
um. Torne-se um mediador das descobertas dos bebês, favorecendo as outra erva), será que também
diversas formas de interação com os colegas, professores, materiais é cheirosa? Como podemos
descobrir?
e ambiente. Encoraje as relações afetivas com a natureza, em que os
bebês acariciam e cheiram uma planta ou afofam a terra. Desperte a
curiosidade do grupo sobre as fragrâncias que as ervas exalam. Ins-
tigue os pequenos a escolher algumas plantas para segurá-las com
carinho e cheirá-las, descobrindo diferentes odores. A B B
Possível ação dos bebês
3 Enquanto os bebês estiverem envolvidos nas ações de mexer na ter-
ra, tocar nas plantas e cheirar as ervas aromáticas, pergunte a todo o bebês podem permanecer
•Os
observando o professor ou
grupo se eles gostariam de sentir essa fragrância em outros lugares
podem escolher algumas ervas
da creche. Então sugira a colheita de alguns ramos e demonstre como para cheirar e, em seguida,
isso poderá ser feito: escolha uma erva, corte um galho com a tesoura compartilhar suas descobertas
de poda e coloque-a em um dos pequenos cestos. Converse com os be- com os colegas e professores por
bês, dizendo que será convidado um trio por vez para fazer a colheita meio de gestos, balbucios e falas.
das ervas e encaminhe o grupo, para que os outros colegas permane-
çam brincando com os elementos ofertados nas bacias (areia, água e C
terra), com os materiais de largo alcance (potes pequenos e médios,
Possível ação dos bebês
de plástico ou de alumínio) e com os brinquedos de jardinagem ou de
praia, enquanto aguardam o convite para realizar a colheita, respei- bebês podem demonstrar
•Os
interesse pela proposta ao repetir
tando, assim, o ritmo e o interesse de todos. Registre o momento por as ações de colheita feitas pelo
meio de fotos ou vídeos. C professor durante as brincadeiras.

372
Atividade: Sensibilizando o olfato

4 Convide um primeiro trio para fazer a colheita das ervas. Incentive-os a pegar D
os materiais de jardinagem, pá e garfo de mão, para se envolver no momento
Possíveis ações
da poda e incentive-os a sentir as fragrâncias das plantas. Chame um bebê do dos bebês
trio para iniciar enquanto os outros continuam cheirando as plantas para deci- bebês podem se
•Os
dir qual querem colher. Pergunte ao bebê qual foi a erva aromática escolhida movimentar pelo jardim
e o convide para acompanhar, por meio da observação, o momento do corte de ervas, cheirando as
do ramo que será feito por você utilizando a tesoura de poda. Peça ao bebê plantas e apreciando
para guardar o ramo colhido em um dos pequenos cestos e repita a ação com o momento de contato
com a natureza.
os outros integrantes do trio. Finalizada a poda, encaminhe os pequenos para
•Eles podem indicar,
a brincadeira com os elementos das bacias e convide outro trio para a colhei- por meio de gestos,
ta. Repita essa etapa até que todos tenham participado desse momento. D balbucios e falas, que
gostaram de alguma
Para finalizar erva específica e
sugerir que o colega
Recolha e guarde todos os pequenos cestos com os ramos de ervas aromá-
ou o professor também
ticas colhidas para, posteriormente, em sala, colocá-las separadamente nos sinta a fragrância.
sachês e disponibilizá-las para a exploração do grupo. Incentive os bebês a
continuar livres em suas situações exploratórias e anuncie que a atividade será
encerrada em breve, indicando o que será feito posteriormente. Troque a músi-
Sugestão de música
ca por uma que marque a finalização da atividade. Após um momento, comu-
nique novamente o término da brincadeira e convide o grupo para colaborar
•Lavar as Mãos.
Bafafá [CD]. Artista:
com a organização dos materiais, reconhecendo as tentativas de participação.
Palavra Cantada.
Ao som da música sugerida, encaminhe a turma para um momento de higiene (Rimo, 2017).
pessoal, realizando as intervenções necessárias para o bem-estar dos bebês.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Selecione algumas fotos que fazem parte dos registros pedagógicos para serem acrescentadas ao varal de fotos
do jardim de chás e amarre alguns sachês de variadas ervas aromáticas. Assim, os bebês continuarão observando
e apreciando o percurso de suas vivências. No mural, feito de cartolina ou papel-pardo, inclua novidades sobre a
horta: o quanto as mudas cresceram, qual cresceu mais rápido e quais foram as fragrâncias descobertas pelo grupo.
Aponte também quais das ervas os pequenos gostaram mais de cheirar.

 Engajando as famílias
Espalhe alguns sachês de ervas aromáticas pela escola, criando um percurso que leve as pessoas até a sala
desse grupo de bebês. Exponha o varal de fotos e o mural de informações do jardim de chás na parede lateral
externa à sala ou em algum outro lugar que julgar interessante. Assim, responsáveis, funcionários e outras
crianças da creche poderão apreciar e acompanhar a sequência de atividades e brincadeiras envolvendo uma
horta. Depois de alguns dias de exposição do material, coloque-o na sala.

373
Sequência: Plantação de sementes de chá

 EI01EO06  EI01CG04  EI01ET01


EXPERIMENTANDO SABORES
Tempo sugerido: 60 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Sensibilizando o olfato, deste conjunto, empregando os cuidados necessários para a
manutenção e o crescimento da horta. Adube a terra com elementos naturais, regue as mudas com frequência e retire
ervas daninhas. Sempre que possível, leve todo o grupo para observar e regar o jardim de chás, para que possam
acompanhar o desenvolvimento das plantas e contribuir com os cuidados. Para o desenvolvimento da atividade, é
essencial mais de um professor ou auxiliar, para garantir que todos os bebês disponham do apoio necessário.

 Materiais  Espaços
•  Balde e materiais de jardinagem: pá de mão, garfo Deixe os regadores vazios na sala, perto do varal de
de mão, tesoura de poda e alguns regadores; fotos e do mural de informações sobre a horta, conforme
•  Brinquedos de jardinagem ou de praia, para indicado na atividade Sensibilizando o olfato, deste
exploração do jardim de ervas; conjunto. Coloque os materiais de jardinagem dentro
•  Pequenos cestos de palha, alumínio ou plástico do balde e deixe-o em um dos cantos do jardim de chás.
para coleta das ervas; Organize os brinquedos em uma lateral da horta e, em
•  Toalha de mesa para piquenique, bules, outra, disponha os pequenos cestos para colheita das
xícaras e pires apropriados para os bebês ou ervas. Assim, enquanto uma dupla de bebês colhe algu-
copos e mamadeiras; mas ervas, as outras aguardam o convite brincando. Em
•  Livros, fantoches ou cesto de brinquedos um local próximo ao jardim de chás, arrume a toalha de
favoritos dos pequenos; mesa no chão, com os utensílios para a degustação dos
•  Um equipamento para reprodução de áudio; chás pelos bebês. Posicione o equipamento de reprodu-
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para ção de som um pouco distante do local para evitar que
registrar a atividade. caia água nele, mas deixe-o de fácil acesso para você.

 Perguntas para guiar suas observações


1. Como os bebês exploram as propriedades das ervas do jardim? Como descobrem os cheiros e as
texturas das plantas?
2. Eles demonstram preferência por algum dos chás durante a degustação? Como reagem ao perceber
os sabores, as diferenças de temperaturas e as colorações?
3. Como eles interagem com seus colegas e com o adulto nessas vivências de contato com elementos
naturais? De que modo eles comunicam suas descobertas e seus prazeres na atividade?

 Para incluir todos


Favoreça a exploração dos elementos naturais do jardim de ervas por meio da manipulação e da descrição deles. Narre
os momentos de colheita das ervas e de preparo dos chás, garantindo que todos possam se envolver nas descobertas das
fragrâncias e sabores das ervas aromáticas. A atividade prevê a degustação de chá. Por esse motivo, é preciso considerar
a faixa etária dos bebês, pois não devem ser ofertados chás aos bebês antes dos 6 meses. Ofereça suporte corporal e favo-
reça o deslo­camento dos bebês menores, contribuindo assim para que eles par­ticipem de forma dinâmica da brincadeira.
374
Atividade: Experimentando sabores

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o espaço do jardim de ervas conforme indicado. Em sala, reúna Sugestão de vídeo
todo o grupo próximo ao varal de fotos e ao mural de informações sobre

•Para Germinar. Palavra
o jardim de ervas da turma. Apontando para as fotos, pergunte ao grupo Cantada. Disponível em:
como imaginam que as ervas estão, se acham que elas cresceram mais, https://www.youtube.com/
se gostam de cuidar do jardim, se lembram-se do cheiro de algumas ervas watch?v=Dql6t8sozsk.
etc. Após esse diálogo, desperte o interesse dos bebês pelos regadores Acesso em: 18 maio 2021.
que estarão ao lado desses registros das atividades, questionando se eles
se lembram da utilidade daquele objeto. Pergunte se gostariam de ir até a
horta para fazer a rega e colher algumas ervas para fazer diversos chás. A
Incite a curiosidade em relação aos sabores que poderão descobrir ao de- Possíveis falas do professor
gustar os chás provenientes das ervas do jardim. Convide-os para pegar os — Vejam, turma! Vocês
regadores que serão enchidos com uma pequena quantidade de água no percebem como as plantas
caminho da sala para o jardim de ervas. Incentive-os a carregar e ofereça cresceram?
ajuda, se necessário. Diante do jardim, complete os regadores com água — Gostariam de brincar por aqui?
para que eles possam regar as plantas. Temos baldes, regadores, garfos
e pás. Vamos brincar!?

2 Ao chegar ao jardim de ervas, peça aos bebês para organizar os rega-


dores em um canto e coloque a música sugerida. O grupo deve ficar B
livre para reconhecer o espaço e interagir com os elementos naturais Possíveis ações dos bebês
presentes no ambiente, viabilizando situações exploratórias em que bebês podem apontar
•Os
possam acariciar e cheirar uma planta ou afofar e aguar a terra. In- alguns elementos, balbuciar
centive a observação e o cuidado do jardim de chás, fazendo questio- e falar para comunicar suas
namentos sobre diferenças perceptíveis em relação ao dia do plantio, descobertas e interesses.

•Podem, ainda, observar alguns
por exemplo. Torne-se parte da brincadeira ao incentivar os bebês a
elementos naturais com atenção,
utilizar os brinquedos de jardinagem ou de praia, nas explorações dos de acordo com suas curiosidades.
elementos naturais. Pegue uma pá, abra um buraco na terra e coloque
água dentro dele utilizando o regador desse modo, estará motivando
C
e participando dos momentos exploratórios com os pequenos. A B
Possível fala do professor

3 Observe atentamente as explorações e as interações dos bebês com os — Que cheiro gostoso do
materiais e com o ambiente. Após um momento, pergunte ao grupo se nosso jardim! O que acham de
alguém se lembra do motivo pelo qual estão no jardim de ervas. Então colhermos algumas ervas para
fazermos chás? Será que eles
diga que farão a colheita de algumas ervas para fazer chás e oriente-os terão essas mesmas fragrâncias?
para que continuem com as investigações e com as brincadeiras enquan- O que vocês acham?
to você convida duplas de bebês para realizar a poda. Enquanto realiza
a poda dos ramos, peça a outro professor ou auxiliar para colocar água D
para ferver para o preparo dos chás. Chame uma dupla para iniciar a co-
Possíveis ações dos bebês
lheita e pergunte aos integrantes de qual erva aromática gostariam de
acompanhar a poda, por meio da observação, pois o momento do corte bebês podem sentir o vento,
•Os
acariciar as plantas, manipular
do ramo será feito por você, utilizando a tesoura de poda. Corte o ramo e aguar a terra, cheirar as ervas
da erva, sinta o aroma, dê o ramo para os bebês que formam a dupla, aromáticas preferidas e até
incentive os gestos de imitação da ação de cheirar e peça para que o permanecer segurando os ramos,
guardem em um dos pequenos cestos. C D demonstrando afeição e cuidado
por esses elementos naturais.

•Podem, ainda, dar um ramo
4 Incentive os bebês a tocar, pegar, acariciar, observar e cheirar as ervas
da erva preferida a um colega,
aromáticas para fazer desse um rico momento de experimentação e de comunicando suas descobertas ou
contato mais próximo com a natureza. Após explorar os elementos da hor- atestando um gesto de carinho.
ta e realizar a colheita de algumas ervas, convide o grupo para preparar

375
Sequência: Plantação de sementes de chá

o chá. Acomode os pequenos em torno da toalha de mesa, deixando al- E


gumas ervas aromáticas espalhadas pela toalha. Peça ao outro adulto
Possíveis falas do professor
para higienizar as ervas e buscar a água que ele colocou para ferver. Per-
maneça um pouco distante dos bebês para o preparo dos chás, evitando — Que cheiro gostoso dessa erva!
qualquer acidente. Demonstre e narre para o grupo suas ações de colocar — Acredito que o chá preparado
a partir dela ficará uma delícia!
um tipo de erva aromática dentro de um bule e acrescentar a água fervida.
Vamos provar?!
Faça assim com as outras ervas colhidas, descrevendo as características
de cada uma delas e incentivando o interesse do grupo pelos chás. Ob-
F
serve como eles interagem no momento do preparo e como percebem o
cheiro a partir da infusão de cada uma das ervas. E Possíveis ações dos bebês

•Alguns bebês podem permanecer
atentos às ações e às falas do
5 Após a infusão das ervas, você deve adequar as temperaturas dos chás
professor; outros podem ficar
acrescentando um pouco de água fria para deixá-los mornos. Assim que empolgados com a proposta,
os chás estiverem mornos, convide primeiramente os bebês maiores para sorrindo e batendo palmas.
iniciar a degustação em formato de rodízio, percebendo se eles demons- degustar os chás, eles podem
•Ao
tram preferência por algum. Alguns bebês podem permanecer brincando fazer caretas, demonstrando se
com os brinquedos de jardim e praia; sendo assim, ofereça outras possi- gostaram ou não do sabor.
bilidades, como livros, fantoches ou cesto de brinquedos favoritos. Após
os maiores finalizarem a degustação, inverta os momentos dos grupos e
ofereça os chás aos menores, se eles já puderem ingerir esse alimento. Sugestão de música
Fique atento para verificar as reações dos bebês diante dos cheiros, da
•Lavar as Mãos. Bafafá [CD].
coloração e dos sabores dos chás. Se necessário, instigue situações in- Artista: Palavra Cantada.
vestigativas para que eles possam experienciar tais percepções, cheire e (Rimo, 2017).
deguste os chás na frente dos pequenos e ressalte o aroma e o sabor que
possuem. Realizada a degustação, os bebês devem ficar livres para suas
explorações e brincadeiras. F

Para finalizar
Informe que a atividade será encerrada em breve e indique o que será feito posteriormente. Coloque a
música que sinaliza o término da atividade e incentive os bebês a ajudar na organização do espaço e os
encaminhe para um momento de higiene pessoal.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Selecione algumas fotos que fazem parte dos registros pedagógicos para serem acrescentadas ao varal de
fotos do jardim de chás. Assim, os bebês continuarão observando o percurso de suas vivências e descobertas. No
mural, feito de cartolina ou de papel-pardo, inclua novidades sobre as duas atividades de colheita: identificação
e apreciação das fragrâncias e dos sabores das ervas aromáticas, provenientes da horta da creche.

 Engajando as famílias
Espalhe alguns sachês de ervas aromáticas pela creche, criando um percurso que leve as pessoas até o refeitório.
Exponha o varal de fotos e o mural de informações do jardim de chás em uma parede externa desse local. Próximo
a esse material, coloque uma bandeja com alguns bules contendo diversos chás preparados a partir das ervas
aromáticas da horta. Convide os responsáveis, funcionários e outras crianças para um momento de degustação.
376
Atividade: Brincadeiras com as famílias

 EI01EO01  EI01CG04  EI01ET05


BRINCADEIRAS COM
AS FAMÍLIAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Continue empregando os cuidados necessários para a manutenção do jardim de chás. Adube a terra, regue
as mudas e retire ervas daninhas. Utilize pasta-ofício, pasta-fichário, pasta grampo trilho, caderno ou qualquer
outro material que julgar adequado para fazer um livro de receitas de chás. Para isso, reúna as receitas de chás
enviadas pelos responsáveis, conforme indicado na atividade Potencializando o tato, deste conjunto.
Organize-as no livro de receitas, acrescente algumas fotos dos momentos de exploração e de interação dos
pequenos no jardim de chás e fixe um sachê de erva, feito de tule ou voal, para cada uma das espécies presentes
na horta. É essencial mais de um professor ou auxiliar contribuindo durante a atividade para garantir que toda a
turma disponha de apoio necessário. Verifique, no material de apoio, outras informações sobre hortas e algumas
sugestões de música para a atividade.

 Materiais
•  Livro de receitas de chás da turma e outros livros de receitas que contemplem o tema ervas aromáticas,
se possível;
•  Varal de fotos e o mural de informações produzidos nas atividades anteriores;
•  Sachês aromáticos e bules com variados chás, preparados com as ervas da horta;
•  Uma mesa;
•  Uma cesta de vime;
•  Copos e mamadeiras para os bebês, xícaras e pires para os adultos;
•  Regadores e brinquedos de jardinagem ou de praia;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a proposta no jardim de chás. Pendure o varal de fotos e coloque o mural de informações em uma
altura que compreenda o campo visual dos bebês. Distribua os sachês aromáticos pelo ambiente. Organize uma
mesa com os diversos chás para degustação, disponibilizando bules, xícaras, copos e mamadeiras. Coloque o
livro de receitas de chás em uma cesta de vime e deixe-a centralizada no espaço. Disponha os regadores com
água e brinquedos de jardinagem ou de praia em um dos cantos da horta. Posicione o equipamento de reprodução
de som um pouco distante do local para evitar que caia água nele, mas deixe-o de fácil acesso para você.

377
Sequência: Plantação de sementes de chá

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais explorações os bebês fazem durante a proposta? De que forma observam e interagem com
o ambiente? Como realizam suas descobertas?
2. Como acontece a manipulação dos materiais e dos elementos naturais presentes na atividade? Como
os bebês percebem as diferenças e semelhanças entre eles?
3. Quais ações realizadas pelos bebês que refletem diretamente nos colegas e nos adultos? Como eles
percebem essas reações?

 Para incluir todos


Garanta a livre exploração dos recursos materiais disponíveis no espaço preparado. Favoreça situações em que os bebês
possam, cada um ao seu modo, observar a dinâmica do ambiente, fazer suas descobertas e experienciar o contato com
elementos da natureza. Garanta que todos possam se envolver nas brincadeiras ao serem incentivados a tocar na terra,
nas plantas, na água e ao experienciar os cincos sentidos por meio da proposta. Pendure o varal de fotos e coloque o mural
de informações em uma altura que compreenda o campo visual dos bebês. Além disso, auxilie o deslocamento dos bebês
menores que não se movimentam com autonomia, oferecendo suporte corporal para que busquem o objeto de interesse.

O QUE FAZER DURANTE

1 Aproveite o momento da saída dos bebês da escola para convidar os adultos A


responsáveis para participar e apreciar as atividades realizadas no jardim de
Possível ação
chás. Deixe organizado o espaço da horta conforme indicado e inicie a pro- dos bebês
posta pouco antes de todos chegarem. Na sala, converse com o grupo sobre bebês podem
•Os
as brincadeiras que vivenciaram e as experiências que tiveram no jardim de permanecer observando
chás. Diga a todos que você preparou uma surpresa e informe que hoje eles ou querer interagir
poderão brincar com os responsáveis. Desperte a curiosidade do grupo pela novamente com o
atividade explicitando que os bebês poderão encontrar um livro de receitas, jardim de chás por meio
de gestos, sorrisos,
sachês aromáticos e chás na área externa, além de brincar com os elementos
balbucios e falas.
naturais presentes no local. Convide-os para se deslocar até o jardim de ervas,
auxiliando os que necessitam de ajuda para locomoção. A

Chegando ao jardim de ervas, convide os bebês para se acomodar confortavel- B


2
mente em volta da cesta de vime, explicitando que mostrará para eles o livro Possível fala
de receita de chás da turma. Auxilie-os na organização, de modo que formem do professor
um círculo. Ao apresentar o livro, diga que as receitas foram enviadas pelos res- — Escutem, pessoal, estou
ponsáveis e mostre as fotos deles que estão presentes no material. Em seguida, ouvindo um som que vem
instigue os bebês a perceber os sons provenientes da natureza. Peça a eles para das ervas aromáticas,
que fiquem em silêncio e, ao escutar um som, compartilhe a percepção com o o que pode ser? Ah!
Será que é o barulho do
grupo a fim de incentivá-los a fazer o mesmo. Após algumas situações de des- vento passando por
cobertas dos sons da natureza, ligue o equipamento de reprodução de som e nossas plantas?
coloque músicas que possam representar o contexto da proposta. B

3 Incentive a exploração espontânea dos pequenos e apoie as iniciativas de


investigação do grupo em relação aos materiais disponibilizados e aos ele-
mentos naturais. Propicie situações em que eles possam manipular a cesta

378
Atividade: Brincadeiras com as famílias

de vime, folhear o livro de receitas, observar o varal de fotos e o mural de C


informações, sentir as fragrâncias dos sachês aromáticos, degustar os chás Possível ação
dos bebês
conforme interesse, brincar com os brinquedos de jardinagem ou de praia,
regar as plantas, tocar e acariciar a terra etc. enquanto se divertem ao som bebês podem se
•Os
movimentar por todo
das canções. Incentive a observação e a escuta atenta em contato respeitoso com o espaço, apreciando
elementos da natureza. C o momento de contato
com a natureza ao som
4 Nesse momento, os responsáveis já estarão chegando à creche para buscar de músicas.
os bebês. Convide-os para se envolverem no ambiente do jardim de ervas e
apreciarem as atividades desenvolvidas. Possibilite a exploração conjunta
entre adultos e bebês, ampliando os laços afetivos deles com a natureza. In-
centive as brincadeiras e as interações com os elementos disponíveis, como
a manipulação dos materiais e dos recursos naturais, a sensibilização pelos
sachês aromáticos e a degustação dos chás.

Para finalizar
Sugestão de música
Organize uma roda com bebês e adultos para agradecer a participação de
todos nas atividades propostas. Informe que em breve o evento será encerrado,
•Lavar as Mãos.
Bafafá [CD]. Artista:
mas diga que, enquanto isso, poderão permanecer interagindo com o ambiente.
Palavra Cantada.
Após um momento, comunique novamente o término da brincadeira e coloque (Rimo, 2017).
a música que marca a finalização da atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Deixe o livro de receitas de chás da turma, o varal de fotos, o mural de informações e os sachês aromáticos por
alguns dias na sala para que os bebês possam se apropriar de suas vivências. Além disso, sempre que possível,
leve o grupo para observar, regar e explorar o jardim de chás, contribuindo para o desenvolvimento e o forta-
lecimento dos laços afetivos com a natureza.

 Engajando as famílias
Faça um mural de recados utilizando um pedaço de cortiça, algumas tachinhas, canetas e pedaços de papel
sulfite ou use um pedaço de papel-pardo e canetinhas coloridas. Convide os responsáveis para deixar comentários
a respeito desta e das outras propostas pertencentes à sequência de atividades.

379
22
AP

CONJUNTO

UNIDADE

BRINCADEIRAS
NA ÁREA EXTERNA
O parque é um laboratório de pesquisa de cores, luzes, sombras, texturas e formas, onde
os bebês podem viver experiências extraordinárias. Nesse espaço, eles têm a chance de
explorar tanto os organismos vivos (gramas, árvores, folhas) quanto os materiais artifi-
ciais (objetos e brinquedos). Também podem exercitar gestos e movimentos que possibi-
litam ampliar a construção polissensorial (ver, sentir, cheirar e ouvir). É um espaço para os
bebês circularem livremente ou com o apoio dos adultos.

380
Unidade: Brincadeiras na área externa

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Espaços, tempos,


e o nós e movimentos quantidades, relações
e transformações

381
Unidade: Brincadeiras na área externa

 EI01ET01  EI01ET02  EI01ET04


BRINCANDO COM ÁGUA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Oportunize vivências prévias no parque para uma maior familiarização do local por parte dos bebês. Podem
ser feitas diversas propostas com a água, de forma isolada ou com os materiais e brinquedos preferidos dos
pequenos. Desenvolva a proposta em um dia quente e com sol. Para o desenvolvimento da atividade, você
precisará da parceria de outro professor ou auxiliar para atuar com você.

 Materiais
•  Água nos estados líquido e sólido (gelo);
•  Corantes de diversas cores;
•  Brinquedos preferidos dos bebês, que possam ser banhados;
•  Recipientes de diversos tamanhos (bacias ou potes) para colocar a água;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize os materiais em três cantinhos em um espaço com: águas coloridas, em temperaturas diferentes e
apresentadas em estados diversos, como na forma de gelo, brinquedos que possam ser banhados e bacias ou
potes para colocar e tirar a água, a fim de ajudar os bebês a serem pesquisadores por meio da exploração dos ma-
teriais. É preciso que os potes ou bacias estejam acessíveis aos bebês e que exista pelo menos um desses objetos
para cada um.
Cantinho 1: água gelada de cor vermelha com alguns brinquedos e potes;
Cantinho 2: água de cor verde e na temperatura ambiente com brinquedos e potes;
Cantinho 3: água de cor azul morna e exposta ao sol (para manter a temperatura) com brinquedos e potes também.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as explorações feitas pelos bebês? De que forma esse processo acontece? Quais descober-
tas eles realizam com a água?
2. Como os bebês experimentam a exploração das relações de causa e efeito, ou seja, o transbordar,
misturar, mover e remover etc.?
3. Como se dá a interação no parque? Como ocorre a exploração do espaço e dos objetos?

382
Atividade: Brincando com água

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço com segurança para aqueles que
ainda não se locomovem com autonomia. Esteja disponível perto deles para que possam avançar quando bem
desejarem. Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles
e também para acolhê-los quando necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Compartilhe com os bebês de todo o grupo a proposta que será realizada: A


brincadeira com água. Convide-os para a exploração nos cantos previamen- Possíveis ações
te organizados e possibilite a investigação livre para que vivenciem e façam dos bebês
suas próprias descobertas a partir dos seus interesses. É relevante que to- bebê poderá chegar
•O
das as ações e situações sejam conversadas com os pequenos previamente. In- próximo às bacias com
centive-os a caminhar até os cantos próximos às bacias ou aos potes, para que água nas temperaturas
quente e fria (água com
eles possam fazer as explorações iniciais, potencializando descobertas, a fim de gelo), colocar suas mãos,
ampliar seu repertório. Incentive-os a ficar descalços e com roupas confortáveis uma em cada bacia, e as
para uma efetiva estabilidade e uma melhor relação entre corpo, espaço e objeto; retirar observando seus
essas ações também irão favorecer o desenvolvimento das próximas atividades. dedos atentamente.
Registre esses momentos de exploração por meio de fotos, vídeos e anotações. bebê pode movimentar
•O
as mãos na água, por
vezes alternando entre
21 Nesse momento, os bebês estarão engajados de diferentes formas em suas ex- as bacias, e pegar o
plorações nos cantos e em pequenos grupos. Esteja disponível caso alguém gelo na mão.
queira dividir descobertas e conquistas; você deve proceder da mesma forma
na atividade Brincando com areia, deste conjunto. Registre as interações que B
aparecem e de que maneira isso acontece. Incentive a participação de todos,
Possíveis falas
oferecendo apoio quando necessário e conversando com os bebês, transmitindo do professor
segurança e confiança para iniciarem suas pesquisas. A B
— Como está a água?
Sinta o quanto está
31 Observe atentamente como todo o grupo interage e experimenta as sen- quente a água desta
sações, manipulando a água, explorando e vivenciando esse momento. bacia.
Por exemplo: aquele bebê que se aproxima das bacias dos brinquedos e — Sim! Isso é gelo, é
demonstra interesse em banhá-los ou escondê-los debaixo do pote. Veja diferente, não é?
o brilho no olhar dele e a satisfação ao perceber que reencontrou o brin-
quedo até então escondido. Veja quais importantes incentivos você pode C
proporcionar. Proponha situações que envolvam relações de causa/efei- Possível ação
to: encher/esvaziar/transbordar, mover/remover, esconder/achar e afundar/ dos bebês
boiar. Instigue a curiosidade dos pequenos. bebê poderá chegar
•Um
próximo à bacia de água
Observe-os em duplas ou sozinhos, principalmente quanto aos deslocamentos azul, colocar os pés
4 dentro dela e os debater
de si e dos objetos no ambiente (parque), exercitando gestos e movimentos para
repetidamente. Ele olha
ampliação da percepção sensorial (ver, sentir, cheirar e ouvir, circulando livre- para cima ao mesmo
mente ou com o apoio dos adultos). Além disso, esteja atento às interações, por tempo que agita os
exemplo, dos bebês que estão brincando juntos, gargalhando e jogando água seus pés e observa
morna um no outro. Destaque as curiosidades deles aproveite os momentos de as gotas de água que
exploração para fazer boas intervenções. C sobem, espirram em sua
roupa e pernas e vão
para todo lado.

383
Unidade: Brincadeiras na área externa

Para finalizar
Fale aos pequenos que a brincadeira está chegando ao fim e convide-os para começar a organizar o
espaço. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o próximo acontecimento do dia, ga-
rantindo uma predição do que irá acontecer. Informe o quanto é importante organizar o local antes de
seguirem para a próxima experiência.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações.
Como parte da proposta inclui manusear, transbordar/esvaziar, banhar os brinquedos e se banhar, mover/remover,
oportunize, por exemplo, acrescentar elementos naturais (areia, terra, pedrinhas, folhas e gravetos) para misturar
com a água. Isso visa ampliar ainda mais vivências e descobertas sensoriais na interação com o mundo físico.
Para dar continuidade às vivências com água na escola, você pode também construir um chuveiro ecológico
com garrafa PET.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para viver uma rica experiência com os bebês. Existem muitas formas: uma
delas é por meio da montagem de um mural interativo no qual poderão ser colocados os registros feitos pelos
professores e, posteriormente, acrescentados os relatos dos adultos, compondo uma documentação pedagógica
ainda mais preciosa. Proponha ainda aos responsáveis que brinquem com os bebês usando bacias ou potes
com água e brinquedos em casa.

384
Atividade: Brincando com areia

 EI01EO03  EI01ET02  EI01ET04


BRINCANDO COM AREIA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Desenvolva a atividade em um dia que o clima esteja propício (sem chuva). Podem ou não ser feitas propostas
com a areia de forma isolada ou com um outro elemento, a água, por exemplo, com os materiais e/ou brinquedos
preferidos dos bebês.

 Materiais
•  Pás, colheres, baldinhos, peneiras, bacias ou potes recicláveis;
•  Brinquedos preferidos dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize os materiais no parque de uma forma atraente. Deixe disponíveis pás, colheres, baldinhos, bacias ou
potes recicláveis e brinquedos que possam ser escondidos e encontrados, bacias ou potes para colocar e tirar areia,
a fim de ajudar os bebês a serem pesquisadores, por meio da exploração dos materiais. É preciso que os objetos
estejam acessíveis a eles e é importante que existam em quantidade suficiente para o número de bebês, de forma
que todos tenham algo para manipular e explorar ao mesmo tempo. Use a criatividade; como sugestão você pode:
•  Dispor alguns brinquedos escondidos dentro de montinhos de areia, outros em cima dos montinhos;
•  Deixar em um outro ponto um conjunto de potes e pás;
•  Oferecer baldinhos com colheres;
•  Montar um pequeno castelo e colocar brinquedos como se fossem os habitantes;
•  Deixar peneiras e colheres próximas aos potes.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram a areia com os objetos oferecidos, como os baldes (transbordam, en-
chem, esvaziam, enterram, removem, movem)?
2. Como se realiza a interação entre os bebês e entre eles e os adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos e brinquedos?
3. De que forma exploram o parque por meio do movimento de seu próprio corpo pelo espaço (como
experimentam, arrumam, manipulam etc.)?

385
Unidade: Brincadeiras na área externa

 Para incluir todos


Convide os bebês para a exploração e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para que
possam se locomover com autonomia. Esteja disponível perto deles, para que possam avançar quando bem
desejarem. Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles
e também, para acolhê-los quando isso for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Reúna todo o grupo e compartilhe a proposta que será realizada.


Vá com eles ao local onde será feita a atividade e convide-os para a
exploração dos materiais previamente organizados por você, assim
como foi feito na atividade Brincando com água, deste conjunto.
Possibilite que os bebês investiguem livremente, para que viven-
ciem e façam suas próprias descobertas, a partir de seus próprios
interesses. Sugira que fiquem descalços (se assim desejarem) e com
roupas confortáveis para uma efetiva estabilidade e uma maior re- A
lação entre corpo, espaço e objeto. Em momentos oportunos, ofe- Possível ação dos bebês
reça alguns modelos de brincadeiras, tais como: cavar buracos, bebê poderá chegar perto da
•O
encher o balde e depois virá-lo, colocar velinhas de gravetos no areia, colocar suas mãos nela,
bolo e cantar parabéns, enterrar os pés e as mãos etc. Esteja dispo- pegar um pouco do material e
nível para caso algum bebê queira dividir descobertas e conquistas. observar que ele se esvai entre
seus dedos. Ele repete a ação
É relevante que todas as ações e situações sejam conversadas com algumas vezes e olha ao redor.
eles previamente. Registre o momento com fotos e vídeos e faça Após alguns minutos, retoma
pequenas anotações, para uma reflexão posterior. a atenção e explora a areia
com os pés. Arrasta-os de um
lado para o outro e se atenta à
2 Nesse momento, todos os bebês poderão estar brincando ao mesmo
marca que está deixando. Com
tempo, envolvidos de diversas formas em suas explorações indivi- os dedos, explora os primeiros
duais, em duplas ou em pequenos grupos. Incentive a participação traços ali e percebe que, ao
de todos, oferecendo apoio quando necessário e conversando com fazer isso, suas mãos também
eles, transmitindo segurança e confiança para avançarem em suas deixam marcas. Sorri e levanta
o olhar, fazendo tentativas de
pesquisas. No decorrer da exploração, atente-se para os pontos de compartilhar as descobertas.
maior curiosidade deles. A

3 Atente-se a como os pequenos grupos interagem, experimentam,


manipulam os materiais, exploram-nos e vivem esse momento. Veja
quais incentivos relevantes você pode propiciar. Por exemplo: o bebê
pega a peneira em suas mãos, primeiro a explora e olha em seu en-
torno por meio desse objeto. Após alguns instantes, pega areia com
as mãos e a coloca dentro da peneira. Levanta e observa que a areia
colocada sai pelos pequenos buracos do objeto. Repete a ação al-
gumas vezes, depois volta a explorar a peneira com os dedos, mas
se interessa em passá-los na aspereza da trama do objeto. Interve-
nha, a partir de suas observações, sobre interesses e necessidades
dos pequenos, favorecendo que ampliem explorações e interações

386
Atividade: Brincando com areia

usando os novos materiais ofertados. Proponha situações que en- B


volvam relações de causa e efeito: encher/esvaziar/transbordar, mo­
Possíveis ações dos bebês
ver/remover e esconder/achar. Instigue a curiosidade dos pequenos.

•Dois bebês brincam juntos com
os montes, descobrindo os
4 Observe-os, em duplas ou sozinhos, quanto aos deslocamentos de brinquedos escondidos.
si e dos objetos no ambiente, exercitando gestos e movimentos para terceiro poderá chegar e
•Um
ampliação da percepção sensorial ao ver, sentir, cheirar e ouvir os virar o baldinho, que está cheio
de areia, fazendo tentativas
materiais, circulando livremente pelo parque. Além disso, esteja aten- de formar um montinho. Esse
to às interações. B C mesmo bebê pega um brinquedo,
coloca-o em cima do monte e
Para finalizar direciona seu olhar para o local
em que existem mais montes
Converse com os bebês e convide-os para começar a organizar o dispostos da mesma forma.
espaço. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o bebês que ali estão observam
•Os
próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que irá a ação dele e o imitam. Ambos
acontecer. Informe o quanto é importante organizar o local antes de se olham e sorriem.
outro bebê vem e retorna ao
•O
seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciati-
grupo com mais brinquedos.
vas dos pequenos nesse momento. Pode ser usada uma música que
marque o momento de arrumação com o grupo. C
Possível fala do professor
— Você fez igual aos montes
que estão logo ali. Que tal
fazermos um grande castelo?
Vamos fazê-lo juntos?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações. Como
parte da proposta, inclua as ações de manusear, transbordar e esvaziar, esconder e encontrar os brinquedos,
mover e remover etc. Oportunize, por exemplo, a apresentação da areia com algum elemento adicional, como a
água ou outros elementos da natureza (pedrinhas, folhas, flores, gravetos etc.) e materiais de largo alcance
na área externa.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para viver uma experiência com os bebês. Existem muitas formas; por exem-
plo, utilizar bacias ou potes com pás, colheres, peneiras e brinquedos, tal qual na proposta vivenciada pelos
pequenos, para que as façam em casa. Posteriormente, acrescente os relatos dos adultos aos seus, compondo
uma documentação pedagógica ainda mais valiosa para ser exposta em um mural. Você também pode enviar
os registros para a casa dos bebês, como informativos, ou colocá-los no portfólio. Faça isso de acordo com a
forma que costuma compartilhar as novidades com os responsáveis dos bebês em sua escola.

387
Unidade: Brincadeiras na área externa

 EI01EO03  EI01CG01  EI01ET03


BRINCANDO COM
ELEMENTOS DA NATUREZA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Convide os bebês para ir ao parque procurar, explorar e recolher elementos da natureza (gravetos, folhas,
pedras, vasos de plantas e de flores etc.) de tamanhos, formas e pesos diferentes.

 Materiais
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, pedras, vasos de plantas e de flores etc.);
•  Potes com e sem tampa, caixas de vários tamanhos, caixotes de madeira ou cestas;
•  Retalhos de tecido;
•  Celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize o parque de forma instigante e que aguce a curiosidade dos pequenos. Agrupe esses recursos em
montinhos por todo o ambiente, assim como foi sugerido na atividade Brincando com areia, deste conjunto, ou
disponibilize em potes com e sem tampa, caixas de vários tamanhos, envoltos em tecidos coloridos, caixotes de
madeira (tipo de fruta) ou cestas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como se dá a relação de bebês e adultos ao explorar o parque e os elementos naturais?


2. De que maneira ocorrem as descobertas, ou seja, a ação, a observação, a manipulação e a experi-
mentação dos elementos ali presentes?
3. Como ocorre a movimentação corporal dos bebês e de que forma eles expressam por meio dela
emoções, necessidades e desejos?

 Para incluir todos


Propicie um espaço seguro para que os bebês possam se locomover com autonomia. Esteja disponível, perto
deles, para que possam avançar quando bem desejarem. Narre o que está acontecendo e faça com que seu
corpo sirva de suporte para os movimentos deles e também para acolhê-los quando necessário.

388
Atividade: Brincando com elementos da natureza

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo acerca da proposta que será realizada. Siga com A
eles para o parque onde será oportunizada a vivência com os elementos naturais Possíveis ações
e convide-os para a exploração do espaço. Essa exploração e reconhecimento dos bebês
do espaço também irá favorecer o desenvolvimento da atividade Brincando bebê pode explorar
•O
com corpo, luz e sombra, deste conjunto. Incentive os pequenos a encontrar, com muita atenção as
recolher e experimentar os elementos da natureza, utilizando potes, caixas, suas marcas, feitas
caixotes ou cestas e fazendo suas próprias descobertas a partir dos seus inte- com um galho: ora o
arrasta de um lado
resses. É relevante que todas as ações e situações sejam conversadas com para o outro, ora bate
eles previamente. Registre os momentos com fotos, vídeos e faça pequenas algumas vezes nas
anotações para uma reflexão posterior. pedras que estão ali
próximas; após algum
Nesse momento, todos os bebês poderão estar pesquisando ao mesmo tempo, tempo, ele se aproxima
2 e pega as pedras, faz
envolvidos de diversas formas em suas explorações individuais, em duplas ou
o movimento para
em pequenos grupos. Incentive a participação de todos, oferecendo apoio sustentá-las na palma
quando necessário e conversando com eles, transmitindo segurança e con- da mão, para observá-
fiança para avançarem em suas pesquisas. Esteja disponível caso algum bebê las e possivelmente
queira dividir descobertas e conquistas. medir o peso delas.

•Posteriormente, o bebê
segue em direção ao
3 Note como se dão as interações, a experimentação, a manipulação e a ex- colega que passa por
ploração dos bebês em pequenos grupos. Veja quais instigações você pode ali, manifestando um
propiciar. Intervenha a partir de suas observações sobre os interesses e as desejo de mostrar sua
necessidades dos pequenos, favorecendo a ampliação de suas explorações conquista.
e interações usando os novos materiais ofertados. Atente-se à forma de per- seguida, faz o mesmo
•Em
cepção do espaço, como é feita a ocupação do ambiente e quais relações são em relação ao professor.
estabelecidas entre os bebês ao interagir com o grupo. Proponha situações
que envolvam relações entre eles, os elementos naturais que ali se encontram B
e suas pesquisas. Instigue a curiosidade dos pequenos. Possível fala
do professor
4 Atente-se às duplas ou aos bebês individualmente quanto aos deslocamentos — Veja! São diferentes,
de si e dos objetos no ambiente, exercitando gestos e movimentos para a não é? Será que lá na
ampliação da percepção sensorial ao ver, sentir, cheirar e ouvir. Além disso, frente encontramos
continue sempre atento às interações. A B mais elementos?
Vamos buscar?

Para finalizar
Converse com os bebês e convide-os para começar a organizar o espaço. Para ajudar na localização
temporal, avise-os qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que irá acon-
tecer. Informe o quanto é importante organizar o local antes de seguirem para a próxima experiência. Valo-
rize e encoraje as iniciativas dos bebês nesse momento. Toque uma música que marque o momento de
arrumação com o grupo.

389
Unidade: Brincadeiras na área externa

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações.
Inclua esses elementos naturais tão significativos nas diversas propostas da sala, para que possam explorá-los
mais vezes e, assim, ampliar o contato com cada um deles no dia a dia. Por exemplo: na caixa surpresa, diante
do espelho, na exploração com tecidos, com luzes e sombras etc.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para viver uma experiência com os bebês. Existem muitas formas: uma
delas é por meio da montagem de um mural interativo, no qual poderão ser colocados os registros feitos
pelos professores e, posteriormente, acrescentados relatos dos responsáveis, compondo uma documentação
pedagógica ainda mais valiosa para ser exposta em um mural. Pode-se também sugerir uma busca por elementos
da natureza, assim como na proposta vivenciada pelos pequenos, para que façam junto com eles em casa, no
parque, na praça ou onde desejarem.

390
Atividade: Brincando com corpo, luz e sombra

 EI01EO02  EI01CG01  EI01ET03


BRINCANDO COM CORPO,
LUZ E SOMBRA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Convide os bebês para explorar o parque em um dia ensolarado. Envolva os bambolês com o celofane, ou seja,
coloque o bambolê em uma superfície e, em cima, o celofane, prendendo-o com fita adesiva.

 Materiais
•  Bambolês;
•  Varal;
•  Barbante (cordão ou elástico);
•  Celofanes coloridos;
•  Bolas;
•  Celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize o parque de forma instigante e que aguce a curiosidade dos pequenos, com bambolês suspensos
e pendurados num varal, ou amarrados em uma das árvores (use cordão, barbante ou elástico) na altura dos
bebês. Coloque alguns encapados com celofane, para explorar as luzes coloridas refletidas pelos raios solares,
e outros abertos pelos quais os pequenos poderão entrar e sair, passando por dentro. Deixe à disposição bam-
bolês e bolas no chão (de forma separada), para que façam também a exploração da brincadeira livremente
na área externa.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a proposta instiga os bebês a ampliar e perceber os limites do seu repertório de movimentos
corporais?
2. Como acontecem as descobertas, ou seja, a ação, a observação, a manipulação e a experimentação
dos elementos presentes no parque?
3. Observe atentamente e perceba: como a movimentação corporal dos bebês comunica emoções,
necessidades e desejos?

391
Unidade: Brincadeiras na área externa

 Para incluir todos


Incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para que todos os bebês possam se locomover
com autonomia. Esteja disponível perto deles, para que possam avançar quando bem desejarem. Narre o que
está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e também para acolhê-los
quando necessário. Pendure os bambolês em alturas acessíveis aos bebês.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo sobre a proposta que será realizada. A


Dirija-se com eles ao parque. Possibilite uma investigação livre, para
Possíveis ações dos bebês
que vivenciem e façam suas próprias descobertas, a partir dos seus
bebê poderá observar uma
•Um
interesses, assim como foi sugerido nas atividades Brincando com água,
sombra próximo a uma árvore;
Brincando com areia e Brincando com elementos da natureza, deste ele se movimenta e percebe
conjunto. Aproxime os bambolês dos bebês (eles estarão pendurados que a sombra faz o mesmo;
em alturas diferentes, para atender às necessidades de cada um) para mexe um braço e repara que a
que eles possam fazer as explorações dentro de suas possibilidades sombra também o faz.
motoras, a fim de ampliar seu repertório. É relevante que todas as bebê sorri ao mexer o pé e faz
•O
o movimento de bater pé.
ações e situações sejam conversadas com os bebês previamente.
Registre a atividade com fotos, vídeos e anotações.
B
2 Nesse momento, todos os bebês poderão estar pesquisando ao mesmo Possível fala do professor
tempo, envolvidos de diversas formas em suas explorações individuais, — Veja! O que será isso?
em duplas ou em pequenos grupos. Incentive a participação de todos, Ela está se mexendo junto com
oferecendo apoio quando necessário e conversando com eles, trans- você, está te imitando! Comigo
mitindo segurança e confiança para que avancem em suas pesquisas. também acontece, essas são as
nossas sombras.

3 Repare como ocorrem a interação, a experimentação, a manipulação


e a exploração dos bebês em pequenos grupos nesse momento. C
Intervenha com base em suas observações sobre os interesses e as Possíveis ações dos bebês
iniciativas deles, favorecendo que ampliem descobertas e interações bebê poderá seguir em
•Um
usando os materiais oferecidos; por exemplo, atente-se à forma de direção ao bambolê com celofane
pesquisa exploratória dos pequenos, como acontece a percepção do colorido que está pendurado
espaço, como é feita a ocupação e quais relações são estabelecidas em uma árvore. Toca o objeto e,
após a exploração dele, volta
ao interagir com o grupo. A B a sua atenção para o espaço e
para os outros. Ele observa todo
4 Observe os bebês em duplas ou individualmente quanto aos desloca- o ambiente por meio do bambolê
mentos de si e dos objetos no ambiente, exercitando gestos e movimentos e atenta-se às ações dos outros
para ampliação da percepção sensorial ao ver, sentir e ouvir, circulando colegas: um que entra e sai pelo
bambolê suspenso e outro que
livremente no parque. Além disso, esteja atento às interações. C
senta dentro do bambolê que
está no chão.
Para finalizar
•Outro bebê pode desviar a sua
Converse com os bebês e convide-os para começar a organizar o atenção e se voltar para a luz
espaço. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o colorida que se forma com a
próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que irá incidência do sol no celofane,
ele sorri e faz diversas tentativas
acontecer. Informe o quanto é importante organizar o local antes de de pegar essa luz que se formou.
vocês seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as ini-
ciativas dos pequenos nesse momento.

392
Atividade: Brincando com corpo, luz e sombra

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações.
Inclua bambolês, luz e sombra em diversas propostas da sala para que os pequenos possam explorá-los mais
vezes e, assim, ir ampliando o contato com cada um dos objetos no dia a dia. Você pode utilizar o bambolê para
fazer uma grande cabana, apagar as luzes da sala e disponibilizar lanternas para que todos brinquem com as
luzes ou utilizar a luz do sol que incide pela janela da sala para brincar com suas sombras; pendurar bambolês
com figuras que são de interesse dos pequenos, unir vários bambolês um no outro, pendurar e amarrar nos
bambolês pedaços de tecidos etc.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para viver uma experiência com os bebês. Existem muitas formas: uma delas
é por meio da montagem de um mural interativo, no qual poderão ser colocados os registros feitos pelos profes-
sores. Posteriormente, podem ser acrescentados relatos dos adultos, compondo uma documentação pedagógica
ainda mais valiosa para ser exposta em um mural. Outra forma é fazer um convite prévio aos responsáveis para
virem à escola participar com os pequenos de um momento de exploração dos bambolês no parque. Pode ser
sugerido a eles também uma continuação da proposta em casa, por meio da realização de brincadeiras com
sombras com os bebês, para estreitar os laços e ampliar a vivência deles com esse rico conteúdo.

393
Unidade: Brincadeiras na área externa

 EI01CG01  EI01CG02  EI01ET06


BRINCANDO COM
SONS DA NATUREZA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize o ambiente antecipadamente e de forma bem aconchegante. Para a atividade, é importante que os
bebês já tenham realizado as propostas anteriores que sugerem a exploração livre do espaço externo.

 Materiais
•  Tapetes emborrachados ou colchonetes;
•  Tecidos para delimitação da área a ser utilizada;
•  Um cesto com livros e brinquedos de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Você pode utilizar tecidos em volta do local (área externa) para delimitar a área que será utilizada para o
relaxamento. Deixe disponíveis os tapetes emborrachados ou colchonetes para que os pequenos se sintam à
vontade para deitar ou se sentar, caso desejem.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a proposta instiga os bebês a experimentar as suas possibilidades corporais a partir da


interação com a natureza?
2. Como os bebês reagem aos ritmos dos sons da natureza e dos movimentos do próprio corpo?
3. Como a movimentação corporal dos bebês comunica suas emoções, necessidades e desejos?

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para que todos possam
se locomover com autonomia. Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para
os movimentos deles e para acolhê-los. Converse com os be­bês e ofereça um cesto com livros ou brinque-
dos preferidos até que os demais terminem suas pesquisas exploratórias, garantindo que todos estejam em
atividade e tenham seus interesses e tempos respeitados.

394
Atividade: Brincando com sons da natureza

O QUE FAZER DURANTE

1 Reúna todo o grupo de bebês e conte sobre a proposta que será realizada. A
Siga com eles ao parque onde será oportunizada a vivência com os elementos
Possível ação
presentes na natureza, assim como aconteceu na atividade Brincando com dos bebês
corpo, luz e sombra, deste conjunto. Chame a atenção dos bebês para o que há passarinho pia no
•Um
no entorno, ou seja, convide-os a sentir o vento, ouvir o balançar das folhas das topo da árvore. Logo
árvores, ver os pássaros, sentir o aroma das flores, apreciar as nuvens (o dissolver em seguida, um bebê
e o juntar), bem como seu movimento. Sensibilize o grupo para poder ver as som- chega próximo à árvore
bras, formas e sons desses elementos e como a natureza se mostra. É relevante e olha para cima,
como se buscasse
que todas as ações e situações sejam conversadas com os pequenos previamente. algo; o passarinho pia
Registre a atividade com fotos, vídeos e anotações. novamente e o bebê
se volta para a direção
2 Nesse momento, todos estão observando a natureza ali presente ao mesmo da qual buscava. Ao
tempo, envolvidos de diversas formas em suas explorações, individualmente, ouvir novamente o som,
sorri e olha ao redor,
em duplas ou em pequenos grupos. Incentive a participação de todos, ofereça
aponta para a direção
apoio quando necessário, converse com eles e transmita segurança e confiança do som ao ver que seu
para avançarem em suas pesquisas. Deite no colchonete e narre sua vivência professor o observa.
para que eles se sintam à vontade para deitar e experimentar com você a brin- Logo depois vai em
cadeira. Possibilite aos bebês acompanhar com o corpo os movimentos obser- direção ao professor e
vados com seus pares. A balbucia, contando o
que havia descoberto.

3 Note como acontece a interação dos pequenos com a natureza, ou seja, observe
aquele que passa suas mãos na casca da árvore e, em seguida, observa suas mãos B
e retoma o movimento feito anteriormente. Passe sua mão também e convide os Possíveis falas
do professor
outros a entrar em contato com os elementos, possibilitando novas descobertas.
Intervenha a partir de suas observações sobre os interesses e necessidades dos — Você está pisando
bebês, favorecendo que ampliem suas explorações e interações usando os no- nessas folhas aqui no
chão, vamos escutar o
vos materiais ofertados. Atente-se à forma de exploração deles, como acontece
som que faz ao pisar
a percepção do espaço e da natureza, como é feita a ocupação e quais relações sobre elas?
são estabelecidas ao interagir com o grupo e como é a reação deles. — Ali está a sombra da
árvore de onde caíram
Atente-se aos deslocamentos por todo o ambiente que podem acontecer em essas folhas. Venham ver
4 que grande é a sombra!
duplas ou individualmente. Exercite gestos e movimentos para ampliação da
— Onde estão as
percepção sensorial ao ver, sentir, cheirar e ouvir, circulando livremente no sombras das folhas da
parque. Além disso, esteja atento às interações. Eles investigam o que encon- árvore que não caíram
tram com curiosidade; aproveite as oportunidades e chame a atenção para as ainda e estão lá em cima?
diferenças e semelhanças, a fim de ampliar seu repertório. Provoque-os a ob- Fazem essa sombra aqui,
servar as sombras e formas que os diferentes elementos da natureza fazem, menor no chão.
— Quando pisamos
como a árvore, uma flor ou uma folha. B
sobre a sombra, faz
algum barulho?

Para finalizar
Esteja atento ao interesse do grupo na proposta para determinar o momento de encerrá-la. Para ajudar
na localização temporal, avise qual será o próximo acontecimento do dia, informando o que irá acontecer.
Prepare o espaço antes de seguirem para a próxima experiência para que os bebês sejam levados para lá.

395
Unidade: Brincadeiras na área externa

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações. Inclua
esses elementos naturais e tão significativos nas diversas propostas na sala, para que possam explorar mais vezes
e irem ampliando o contato com cada um deles no dia a dia. Por exemplo: em um dia chuvoso, pode ser colocado
sons da natureza e tecidos no chão para proporcionar um momento de relaxamento também em outro ambiente.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis para viver uma experiência junto aos bebês. Proponha uma observação dos
elementos da natureza vistos pelos pequenos, ou seja, as nuvens, os pássaros, sentir o vento, sentir a casca
das árvores, entre outros, em casa, no parque, na praça ou onde desejarem. Peça aos adultos que registrem e
enviem para a escola. Com esse material, existem muitas formas interessantes de compartilhamento: uma delas é
por meio da montagem de um mural interativo onde os registros feitos pelos professores e responsáveis poderão
ser anexados. Esses registros também poderão ser enviados para casa, como informativo, ou colocados no
portfólio dos alunos.

396
23
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

FAMÍLIAS E OBJETOS
DE APEGO
Os objetos de apego costumam acompanhar o bebê nos primeiros meses de vida.
Organizar propostas que os convidem a compartilhar esses objetos é uma manei-
ra de compreender os interesses, as necessidades e as especificidades de cada um.
Quando o bebê traz o próprio objeto, ele apresenta um pouco de sua história, da ma-
neira como se acalma e se prepara para dormir. Ademais, essa partilha é uma ótima
oportunidade de os bebês se conhecerem melhor. Atividades desse tipo possibilitam
ao professor aprender sobre os aspectos emocionais do grupo e estreitam a relação
entre os responsáveis e a escola.

397
Sequência: Famílias e objetos de apego

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas
EI01EF06
de expressão.

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Escuta, fala,


e o nós e movimentos pensamento
e imaginação

398
Atividade: Conhecendo os objetos de apego

 EI01EO06  EI01CG01  EI01EF06


CONHECENDO OS
OBJETOS DE APEGO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Converse com os responsáveis previamente, explicando a importância dos objetos de apego e qual é a sua
proposta para trabalhar com esses objetos. Colete relatos ou peça que lhe enviem depoimentos sobre o objeto
de apego do bebê. Essa informação será muito importante para o desenvolvimento das atividades deste conjunto.
Solicite que enviem, antes do dia da atividade, o objeto de apego do bebê e, se possível, uma foto em que
ele apareça com o objeto. Esclareça aos responsáveis que os bebês brincarão com os objetos na sala no dia da
atividade. Caso a foto não possa ser enviada, fotografe os bebês com os objetos na escola antes do dia em que
a atividade será realizada. Plastifique todas as fotos com plástico autoadesivo ou fita transparente adesiva, para
garantir a durabilidade do material. Organize um painel de fotos na sala, no qual serão fixadas as fotos enviadas ou
produzidas na escola. Além disso, imprima, com antecedência, trechos dos relatos que os responsáveis lhe deram
nas conversas que vocês tiveram e fixe-os no painel antes da realização da atividade. Se possível, conte com a
presença de outro professor ou auxiliar para ajudá-lo a realizar a proposta. Ao final da atividade, é importante que
você mantenha os objetos de apego pessoais dos bebês na escola, pois eles serão usados ainda neste conjunto.

 Materiais
•  Plástico autoadesivo ou fita adesiva transparente;
•  Painel;
•  Objetos de apego dos bebês (solicitados com antecedência);
•  Fotos dos bebês com seus objetos de apego (solicitadas com antecedência);
•  Brinquedos diversos (como bonecas, bonecos, carrinhos, peças de encaixe e brinquedos de pelúcia
e de borracha);
•  Almofadas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, prepare um espaço para a roda de conversa e para a apresentação dos objetos de apego. O local
pode ser delimitado por colchonetes e almofadas. Posicione o painel que você vai preparar perto de onde estarão
os bebês durante a atividade. Para a brincadeira, deixe o espaço livre para circulação, mas garanta que haja apoios
para que os bebês possam se locomover com facilidade.

399
Sequência: Famílias e objetos de apego

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as reações dos bebês no momento em que o professor lê o relato e apresenta a foto do
objeto de apego?
2. Como demonstram suas emoções ao partilhar os objetos? Quais formas de comunicação os bebês
estabelecem?
3. De que maneira os bebês interagem entre si e com os adultos no momento da brincadeira?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de participar, interagir e brincar. Deixe os objetos de apego
acessíveis a todos e perceba quem necessita de maior ajuda para pegá-los e manuseá-los. Apoie os bebês no
deslocamento pelo espaço, incentivando sua livre movimentação e auxiliando-os, quando houver necessidade.

O QUE FAZER DURANTE

1 Faça uma roda com todo o grupo e explique para os bebês o que A
será feito. Entregue as fotos enviadas pelos responsáveis para que
Possíveis falas do professor
eles possam apreciá-las. Garanta tempo para que possam explorar
as fotos. Observe como eles reagem ao vê-las, se reconhecem os — Você conhece este brinquedo?
— Olha, parece com esse da sua
registros e de que maneira comunicam suas descobertas. Individual-
foto!
mente, convide-os para mostrar-lhes a foto e pergunte sobre seu objeto — Olhe o brinquedo do seu amigo!
de apego. Em seguida, traga os objetos de apego, garantindo que os — Vamos brincar juntos?
bebês observem e interajam com eles.
B
21 Incentive a brincadeira com os objetos de apego. Disponibilize também Possível ação dos bebês
brinquedos diversos para todo o grupo, de modo que todos os bebês bebê poderá pegar seu objeto
•O
tenham um objeto com o qual brincar. Observe se eles compartilham os e não querer compartilhá-lo;
brinquedos uns com os outros e como se expressam durante a proposta. incentive-o a brincar até se
Atente-se para a forma de interação entre os bebês com os outros brin- interessar por outro objeto. Ele
quedos e com os objetos de apego. Convide-os a brincar em pequenos também poderá querer pegar o
objeto de algum amigo.
grupos para conhecer o brinquedo dos colegas. Brinque com eles nesse
momento, propondo situações e descobertas. A B
C
Enquanto os bebês brincam com seus objetos de apego, convide um pe- Possíveis falas do professor
31
queno grupo a ir até o painel para fixar suas fotos. Leia para eles os rela- — Vejam como nosso painel
tos que estão expostos no painel e explique quem os escreveu. Observe ficou bonito!
como se expressam enquanto você lê os relatos. Depois que os bebês — Está cheio de fotos agora!
tiverem pendurado suas fotos no painel, convide-os para observar como
ele ficou. Mostre a eles onde está a foto de cada um. Repare se os bebês D
reconhecem seus objetos ou os dos colegas nas fotos e como reagem ao Possível ação dos bebês
reconhecê-los. Observe como os bebês que ainda não se expressam pela bebê pode continuar
•O
fala fazem para comunicar suas ideias (se por meio de balbucios, movi- querendo se aproximar do painel,
mentos ou gestos). Se houver outro professor ou auxiliar com você, solicite apontando e/ou tocando nas
fotos, mostrando-as aos colegas
a ele que registre os momentos com fotos e filmagens das explorações, e professores.
interações e expressões que estão acontecendo. C D

400
Atividade: Conhecendo os objetos de apego

Para finalizar
Avise aos bebês que a brincadeira está chegando ao fim. Explique que os objetos de apego e os brinque-
dos serão guardados, mas que eles poderão escolher um dos brinquedos da escola para levar para casa.
Auxilie-os a guardar os brinquedos em suas mochilas e a deixar os objetos de apego na escola, pois eles
serão usados ainda em outras atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Combine com os responsáveis que a proposta será repetida durante algum tempo, organizando “dias do ob-
jeto de apego”, para que os bebês possam, aos poucos, aprender a brincar e a compartilhar os objetos entre si.
É importante lembrar que o bebê pode não querer compartilhar o objeto de apego, então procure conhecer a relação
que ele tem com o objeto, de modo a evitar conflitos. Sempre que possível, explore o painel de fotos com os bebês.

 Engajando as famílias
Faça um painel do lado de fora da sala, próximo à porta de entrada, com as fotos da atividade, e convide
os adultos responsáveis para que as apreciem. Enquanto o fazem, faça um breve relato de como foi aquele
momento para os bebês.

401
Sequência: Famílias e objetos de apego

 EI01EO04 EI01EO06 EI01CG04


OBJETOS DE APEGO NA
HORA DO DESCANSO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Conhecendo os objetos de apego, deste conjunto, Sugestão de leitura
utilizando os objetos já trazidos pelos bebês e explorados previamente.
•Meu
paninho.
Vocês vão usá-los para tornar o momento do descanso dos bebês ainda mais agra- Autora: Leslie Patricelli.
dável. Para isso, organize os objetos de apego em uma caixa e prepare o ambiente de (Panda Books, 2015).
maneira acolhedora e aconchegante. Ao final da atividade, é importante que você man- Faça a leitura do livro
tenha os objetos de apego pessoais dos bebês na escola, pois eles serão usados ainda antecipadamente para
neste conjunto. Para a realização da proposta, é importante que haja mais de um pro- se apropriar da história a
ser contada.
fessor ou auxiliar em sala, de modo que as necessidades dos bebês sejam respeitadas.

 Materiais
•  Objetos de apego dos bebês (já solicitados deste conjunto (dos bebês em seu momento de
para a primeira atividade deste conjunto); descanso na escola com os objetos de apego);
•  Almofadas; •  Uma caixa grande o suficiente para que
•  Cobertores; caibam todos os objetos de apego dos bebês;
•  Brinquedos de pano; •  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Impressões das fotos que você tirou na •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
atividade Conhecendo os objetos de apego, registrar a atividade.

 Espaços
Prepare a sala para o momento de descanso de maneira aconchegante, distribuindo colchonetes, almofadas
e cobertores. Reduza a luminosidade do ambiente, de modo a torná-lo mais aconchegante.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira os bebês se comunicam durante a brincadeira? Como demonstram suas emoções
no momento do descanso junto do objeto de apego?
2. Como os bebês interagem com seus pares e com o professor durante a leitura da história?
3. Como acontece a participação dos bebês no cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar
no momento do sono? De que forma se aconchegam no espaço para descansar?

402
Atividade: Objetos de apego na hora do descanso

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham apoio para descansar junto a seu objeto de apego e respeite o ritmo de
sono de cada um. Fique atento para evitar que os bebês que permaneceram acordados despertem os outros.
Se necessário, disponibilize brinquedos que não emitam barulho com os quais eles poderão brincar, como brin-
quedos de pano. Mantenha-se próximo a esses bebês, garantindo um ambiente calmo e tranquilo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Com a sala preparada para o descanso, convide todo o grupo para se sen-
A
tar nos colchonetes. Explique que, na proposta do dia, vocês vão brincar
Possíveis ações
novamente com os objetos de apego trazidos de casa. Entregue os objetos dos bebês
a cada bebê, nomeando-os e dizendo a quem pertencem. Garanta que seja
bebê poderá pegar
•Um
feita espontaneamente a exploração de cada objeto. Observe a reação dos seu objeto e abraçá-lo,
bebês durante a entrega e a maneira como realizam suas explorações. Pos- sorrir ou deitar com ele de
sibilite que fiquem livres para brincar com os objetos e com outros bebês, se maneira aconchegante.
assim desejarem; esse momento será importante para desenvolver a ativi-
•Outro poderá se levantar
dade O meu objeto de apego e o do meu amigo, deste conjunto, na qual para mostrar seu objeto a
um colega.
os bebês compartilharão objetos diversos. A

2 Convide todo o grupo para ouvir uma história. Diminua o tom da sua voz e
comece a explorar o livro. Exiba a capa e as ilustrações. Leia a história com
entusiasmo e lembre-se de que, ao fazer a leitura para um bebê, você deve
tentar passar a emoção e o encantamento da história. Procure interpretar
a história de forma expressiva e emita sons que combinem com a narrativa.
Acolha os comentários, gestos e balbucios dos bebês. Enquanto você lê, o B
outro professor ou auxiliar pode observar se algum deles precisa de ajuda. Possíveis falas
do professor
3 Ao terminar a leitura, observe se algum bebê dormiu. Ainda com o tom de voz — Gostaria de descansar
baixo, converse sobre a história com os bebês que se mantiveram acordados. um pouco?
Pergunte se precisam de auxílio para se deitar, de ajuda para retirar os calçados — Você consegue tirar
os sapatos?
e se gostariam de um cobertor. Apoie os bebês até que eles se sintam confor-
— Você gosta de dormir
táveis. Observe de que maneira interagem com você. Faça carinho neles, fale com o seu objeto?
suavemente e incentive-os a abraçar os objetos de apego. B

4 Acomode os bebês de maneira aconchegante em seus colchonetes. Apoie aque-


les que desejam ficar acordados e possibilite que brinquem com seus objetos de
apego de maneira tranquila. Disponibilize almofadas em que possam se apoiar
e relaxar. Realize registros fotográficos de cada bebê com seu objeto de apego.

Para finalizar
Conforme os bebês começam a despertar, mostre a eles a caixa onde deverão ser guardados os objetos
de apego. Possibilite que acordem e guardem seus objetos em seu próprio ritmo, respeitando as necessi-
dades de cada um. Diga a eles que os objetos de apego deverão ficar guardados para serem usados pos-
teriormente em uma outra atividade. Por fim, organize a sala com a ajuda de outro professor ou auxiliar e,
se possível, dos bebês.

403
Sequência: Famílias e objetos de apego

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida outras vezes. Para isso, você pode propor variações, como sugerir que os bebês
escolham um brinquedo da escola para o momento do descanso. É importante mostrar aos bebês que você
se importa com o desejo deles de ficarem próximos ao seu objeto, para que se estabeleça uma relação de
confiança entre vocês. Outra possível variação é convidar os responsáveis para produzir uma fronha para ser
usada no travesseiro ou almofada do bebê, deixando uma marca pessoal e compondo o espaço de descanso.

 Engajando as famílias
Imprima as fotos que você tirou de cada bebê com seu objeto de apego. Em uma folha de papel, cole a foto
impressa e escreva um relato sobre cada um, comentando a sua participação na atividade. Descreva qual foi a
reação dele ao descansar com o objeto de apego e quais foram os sentimentos demonstrados. Então, entregue
os registros aos responsáveis, para que eles possam conferir a proposta realizada.

404
Atividade: O meu objeto de apego e o do meu amigo

 EI01EO06  EI01CG01  EI01EF06


O MEU OBJETO DE APEGO
E O DO MEU AMIGO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Na proposta, você dará continuidade à atividade Objetos de apego na hora do descanso, deste conjunto.
Playlist,que
Para que ela aconteça, é importante pen drive
você ou CD
já esteja familiarizado com as preferências de brincar dos bebês.
Organize a sala em três estações. O objetivo das estações é que os bebês possam brincar com os colegas e
compartilhar seus objetos, fazendo escolhas ao brincar. Ao final da atividade, é importante que você mantenha
os objetos de apego pessoais dos bebês na escola, pois eles serão usados ainda neste conjunto. Para a rea-
lização da atividade, é importante que haja mais de um professor ou auxiliar em sala, de modo que todos os
bebês sejam apoiados em suas ações.
Para a realização da proposta, é importante que os bebês estejam bem adaptados para que possam
vivenciar a atividade com maior envolvimento e tranquilidade. Ela pode ser repetida outras vezes e com diversos
objetos dos bebês.

 Materiais
•  Objetos de apego dos bebês (já solicitados para a primeira atividade deste conjunto);
•  Brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Peças de encaixe;
•  Livros de literatura infantil;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Na sala, organize os cantinhos de maneira que haja espaço suficiente para a livre circulação dos bebês.
Posicione os objetos de modo que estejam de fácil acesso a eles. Organize três ambientes:
•  Cantinho dos objetos de apego (os bebês poderão permanecer com seus objetos de apego durante toda
a atividade, mas, nessa estação, brincarão com eles diretamente).
•  Cantinho dos brinquedos preferidos.
•  Cantinho dos livros.

405
Sequência: Famílias e objetos de apego

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira os objetos de apego foram compartilhados entre os bebês? Como os pequenos
se comunicaram durante a proposta?
2. Como os bebês interagem entre si e com os adultos durante as brincadeiras?
3. De que forma os bebês movimentam partes do corpo para expressar corporalmente emoções,
necessidades e desejos?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de explorar os espaços. Aqueles que não demonstrarem
estar à vontade em buscar o grupo devem ter apoio para brincar e observar os outros colegas. Posicione os
objetos de modo que estejam de fácil acesso aos bebês, de preferência no chão.

O QUE FAZER DURANTE

1 Reúna todo o grupo e, por meio de uma conversa, desperte a curiosidade da


turma sobre a proposta a ser realizada, explicando que há três cantinho or-
ganizados na sala (um para os objetos de apego, um para os brinquedos pre-
feridos dos bebês e um para os livros). Explique aos bebês que, na atividade
do dia, eles vão brincar nessas três estações.

Convide os bebês a explorar os cantinhos. Incentive-os a se aproximar, brincar A


2
e descobrir os materiais de cada canto em pequenos grupos (um em cada Possíveis falas
estação). Observe a forma como se comunicam e lidam com os objetos e os do professor
materiais nos cantos e como interagem com você, com o outro professor ou — Olha este boneco,
auxiliar e com os outros colegas. Coloque-se como um mediador nesse mo- que bacana! Ele pertence
ao seu amigo! Como
mento de reconhecimento das estações e dos objetos selecionados. Apoie as podemos brincar juntos?
escolhas e as brincadeiras feitas pelos bebês. — Vamos brincar em
outro espaço? Pegue o
Durante a atividade, é importante que você e o outro professor ou auxiliar seu objeto e venha ver
3 como aquele outro canto
presente circulem pela sala e que, pouco a pouco, realizem intervenções nos
também é bacana.
pequenos grupos que estão explorando as estações. Ao se aproximar da es-
tação dos brinquedos, converse com os bebês e brinque junto deles. Observe
se fazem brincadeiras coletivas ou se preferem brincar sozinhos. Apoie as B
ações dos bebês. No cantinho dos objetos de apego, proponha que os bebês Possível ação
troquem os objetos entre si. Se algum bebê preferir não realizar a troca, res- dos bebês
peite-o. No cantinho dos livros, convide os bebês a se acomodar confortavel- bebês poderão não
•Os
mente com o seu objeto de apego e leia uma história para eles, enquanto os querer compartilhar seu
demais são apoiados pelo outro professor ou auxiliar em suas explorações. objeto ou demonstrar
Observe de quais estações os bebês que participaram mais gostaram. Registre vontade de ficar no
canto onde está o seu
os momentos de exploração com fotos e filmagens, para fins de documenta-
objeto.
ção pedagógica. A B

406
Atividade: O meu objeto de apego e o do meu amigo

Para finalizar
Informe aos bebês que a brincadeira vai terminar em alguns minutos. Explique que eles deverão dei-
xar os objetos de apego na escola, pois serão utilizados em outra atividade deste conjunto. Diga tam-
bém que poderão escolher um brinquedo da escola para levar para casa. Ajude os bebês a guardarem
os brinquedos na mochila e organize a sala com o outro professor ou auxiliar para a próxima atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida mais vezes e de formas diferentes. Uma possível variação é combinar com um outro
professor ou auxiliar uma data em que os bebês poderão brincar com os objetos de apego dos colegas da outra
turma, proporcionando um momento de integração entre os grupos.

 Engajando as famílias
Com as fotos e as filmagens que você registrou, crie um vídeo e convide os responsáveis para que venham
assistir à produção. Para isso, sugerimos o uso de um aplicativo que permita a unificação de fotos e vídeos,
como o FilmoraGo ou o VideoShow. Conte a eles como foi a atividade e como os bebês interagiram entre si e
participaram do momento. Combine um dia para que os bebês tragam os brinquedos da escola de volta e solicite
que os incentivem a se divertir com os brinquedos em casa.

407
Sequência: Famílias e objetos de apego

 EI01EO06  EI01CG04  EI01EF06


BRINCANDO COM OBJETO
DE APEGO DA ESCOLA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Na atividade, você dará continuidade à proposta O meu objeto de apego e o do meu amigo, deste conjunto.
Organize os brinquedos da escola pelos quais os bebês demonstram grande apego em uma caixa grande, que
comporte todos os itens. Prepare o ambiente externo de maneira acolhedora e aconchegante, com colchonetes
e almofadas. Convide os responsáveis para participar da última etapa da atividade, combinando um horário que
funcione para todos ou para a maioria. Aos responsáveis que não puderem comparecer, peça que providenciem
alguma pessoa que tenha um bom vínculo afetivo com o bebê para participar desse momento. Para a realização
da proposta, é importante que haja mais de um professor ou auxiliar em sala, para que todas as necessidades
dos bebês possam ser atendidas.
A atividade pode acontecer com frequência, de modo que os bebês tenham mais oportunidades de brincar
no espaço externo da escola e de estar em contato com a natureza. Você pode promover variações, como a
troca dos objetos a serem explorados.

 Materiais
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Almofadas;
•  Tapetes;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis e músicas instrumentais;
•  Brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os objetos de apego dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em um ambiente externo do qual os bebês gostam muito, organize os colchonetes no chão, de modo que
haja um intervalo entre eles, e coloque almofadas em cima de cada um. Coloque os tapetes no chão, entre os
colchonetes. Posicione a caixa com os objetos próximo aos colchonetes.

408
Atividade: Brincando com objeto de apego da escola

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira os bebês se comunicam durante a brincadeira com os objetos de apego?


2. Como interagem no momento da brincadeira entre si e com o professor, ao compartilhar, mostrar
e apreciar o objeto do colega e ao brincar com o seu brinquedo?
3. Como acontece a promoção do seu bem-estar no momento do acalanto com o seu objeto de apego?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham apoio e se sintam confortáveis no ambiente externo para a atividade.
Perceba as necessidades e interesses de cada um e os acolha.

O QUE FAZER DURANTE

1 Reúna todo o grupo na sala e explique aos pequenos que todos vão brincar A
em um ambiente externo com os objetos da escola de que mais gostam. Or- Possível fala
ganize o grupo para que todos se desloquem até o local preparado, apoian- do professor
do-os em suas necessidades. Durante o percurso, converse com os bebês, — Este espaço é bem
nomeando os lugares por onde passam. Observe como eles exploram o ca- gostoso na escola! Tem
minho, atentando-se a suas falas e gestos. A B árvores, flores e grama.

Coloque as músicas instrumentais para tocar. Garanta que os bebês se aco- B


2 Possíveis ações
modem no espaço, de forma que fiquem à vontade. Então, converse com eles
dos bebês
e diga que, dentro da caixa, há objetos com os quais eles gostam de brincar
e que devem procurar o seu brinquedo de apego da escola nela. Incentive-os bebês poderão
•Os
apontar ou se dirigir a
a se aproximar da caixa para realizar a busca. Observe os bebês nesse mo- um lugar de que gostam.
mento e como reagem ao encontrar seus brinquedos. C D
•Poderão, também, pegar
na sua mão e levá-lo
Depois de os bebês terem encontrado seus brinquedos, proponha que acalen- para algum lugar que
3 queiram ver de perto.
tem os objetos de apego. Caso seja necessário, mostre a eles como fazer isso:
pegue um objeto, abrace-o e faça demonstrações de carinho. Então garanta
que os bebês interajam entre si e com os objetos. Cante alguns acalantos e C
incentive os bebês a brincarem no ritmo das canções. Instigue-os a imitar os Possível fala
movimentos feitos por você enquanto canta. Acompanhe como o bebê acari- do professor
nha o brinquedo e como se relaciona com os demais bebês durante a brinca- — Vamos brincar com os
deira. Faça registros fotográficos dos bebês brincando com seus objetos para objetos de que gostamos
da escola?
fins de documentação pedagógica.
D
Para finalizar
Faça uma surpresa para os bebês, chamando os responsáveis (que já deve- Possível ação
dos bebês
rão estar na escola aguardando) para se juntar e participar desse momento de
bebê poderá sorrir
•O
brincadeira e acalanto. Depois da atividade, solicite que o ajudem a organizar
ao ver o objeto ou,
o ambiente e a encaminhar os bebês de volta à sala. Já na sala, agradeça a ainda, abraçar
participação dos presentes, comentando sobre o momento, e se despeça dos o brinquedo.
bebês e de seus responsáveis.

409
Sequência: Famílias e objetos de apego

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida mais vezes e de formas diferentes. Varie os espaços utilizados, dando aos be-
bês a oportunidade de explorar diferentes ambientes. Não há necessidade de convidar os responsáveis para as
próximas vezes em que você realizar a atividade, mas, se você quiser, pode convidar outros adultos da escola
para vivenciarem esse momento com os bebês.

 Engajando as famílias
Faça um bilhete para os responsáveis agradecendo a presença na atividade e envie junto dele uma foto do
momento da brincadeira. Incentive-os a realizar a mesma proposta com os bebês em casa.

410
Atividade: Compartilhando objeto de apego com novos amigos

 EI01EO06  EI01CG01  EI01EF06


COMPARTILHANDO
OBJETO DE APEGO
COM NOVOS AMIGOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Na atividade, você dará continuidade à proposta Brincando com objeto de apego
Sugestão de leitura
da escola, deste conjunto.
Para desenvolver a proposta, é importante contar com o apoio do auxiliar de um bebê que sabia
•O
outro grupo de bebês e que vocês dois saibam como a atividade será realizada. brincar. Autor: Ziraldo.
(Melhoramentos,
Combine com ele um momento da rotina em que os bebês das duas turmas possam 2020).
interagir. Peça que tragam alguns objetos da escola de que gostam para brincar e Faça a leitura do livro
partilhar. Organize os objetos em uma caixa grande que comporte todos os itens, antecipadamente, de
deixando-a no chão. Prepare um local com espaço amplo e confortável para as modo a apropriar-se da
duas turmas. história a ser contada.
A atividade poderá acontecer várias vezes, de modo a dar aos bebês a oportu-
nidade de construir vínculos por meio do compartilhamento de materiais.

 Materiais
•  Objetos de apego dos bebês (já solicitados para a primeira atividade deste conjunto);
•  Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os objetos de apego dos bebês;
•  Brinquedos diversos (como bonecas, bonecos, carrinhos, peças de encaixe e brinquedos de pelúcia e
de borracha);
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em um espaço amplo, como a sala, disponha os colchonetes no chão e organize os objetos de apego e os
brinquedos da escola em uma caixa, posicionando-a no chão, de modo que fique acessível aos bebês e garanta
que possam brincar e circular pelo local.

411
Sequência: Famílias e objetos de apego

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem entre si durante a brincadeira?


2. De que forma os bebês se comunicam nos momentos de interação? De que maneira compartilham
seus objetos de apego?
3. Quais gestos e movimentos utilizam para expressar suas emoções, suas necessidades e seus
desejos?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês tenham apoio e se sintam confortáveis no espaço escolhido para a brincadeira.

O QUE FAZER DURANTE

1 Na sala, converse com todo o grupo, informando que, na atividade do dia, os


A
amigos de outra sala virão brincar com eles. Explique que os colegas trarão
alguns objetos para compartilhar com eles no momento da brincadeira. A B Possível fala
do professor
— Hoje nós teremos uma
2 Convide todo o grupo de bebês para sentar-se perto de você. Apresente os visita muito especial.
objetos de apego (que já estarão na escola) e peça que cada um pegue o Os amigos de uma outra
seu. Diga, com entusiasmo, que você fará a leitura de uma história. Antes da turma virão aqui na nossa
leitura, mostre a capa do livro e as ilustrações contidas nele. Leia a obra de sala para brincar. Vamos
forma entusiasmada e lembre-se de que, ao fazer a leitura para um bebê, você brincar muito juntos!
deve passar o encantamento da história. Acolha os comentários, os gestos e
as expressões orais dos bebês. Ao terminar a leitura, converse sobre a história B
com eles. Se possível, registre esse momento com fotos e filmagens, para fins
Possível ação
de documentação pedagógica. dos bebês
bebês poderão
•Os
3 Depois da leitura do livro, convide os bebês do outro grupo para virem brincar bater palmas em sinal
juntos. Incentive-os a formar pequenos grupos para que possam se conhecer, de entusiasmo.
interagir e conhecer os objetos de apego uns dos outros. Observe como se
expressam durante a proposta. Atente-se para a forma de interação entre os
bebês e os objetos. Medeie situações de conflitos ou disputa por algum espaço C
ou objeto. Circule pelo lugar, observando os bebês e, pouco a pouco, realize Possíveis falas
intervenções nos pequenos grupos. Proponha a troca dos brinquedos e brin- do professor
que com eles. Pergunte de quem é cada objeto e instigue a comunicação do — Seus novos amigos
grupo. Atente-se à forma como os bebês estão interagindo entre si e com você. trouxeram alguns
brinquedos dos quais
Apoie as ações dos bebês. C eles também gostam
bastante. Vamos
Para finalizar conhecer os brinquedos?
Diga aos pequenos que todos devem guardar os objetos na caixa. Agradeça a — Você pode apresentar
participação dos colegas da outra turma e incentive os bebês a se despedirem o seu brinquedo? Como
você brinca com ele?
uns dos outros. Depois da saída dos amigos, auxilie os bebês a guardarem seus
— Vamos brincar juntos?
objetos na mochila.

412
Atividade: Compartilhando objeto de apego com novos amigos

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser repetida diversas vezes e de diferentes formas. Uma possível variação é realizar a
proposta em outra sala ou com crianças de uma faixa etária diferente daquela da sua turma.

 Engajando as famílias
Faça um relato aos responsáveis sobre a atividade realizada e descreva qual foi a reação dos bebês com seus
próprios objetos de apego e quais foram os sentimentos demonstrados por eles. Agradeça a eles pelo envio dos
objetos de apego à escola. Incentive-os a propor que os pequenos compartilhem seus brinquedos ou objetos
de apego com os bebês de seu convívio.

413
24
AP

CONJUNTO

UNIDADE

EXPLORANDO
SUPERFÍCIES
Os bebês passam boa parte do tempo sobre ou muito próximos de superfícies variadas
(sentados, engatinhando, andando). Para os bebês, explorar essas áreas é uma oportuni-
dade para descobrir texturas, cores, composições e temperaturas e para aprender mais
sobre o próprio corpo, por meio do contato de pés, mãos e braços com essas superfícies.
É interessante observar como eles interagem com uma superfície inédita, como a areia.
Pode-se também ampliar suas descobertas, acrescentando um elemento novo a uma área
já conhecida por eles.

414
Unidade: Explorando superfícies

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.
Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de deslocamentos


EI01ET04
de si e dos objetos.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos Espaços, tempos,


e movimentos quantidades, relações
e transformações

415
Unidade: Explorando superfícies

 EI01CG03  EI01ET01  EI01ET04


OBTENDO NOVAS
SENSAÇÕES NA AREIA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para o desenvolvimento da atividade, é importante que haja mais de um professor ou auxiliar em sala, para
todos os bebês terem apoio durante as explorações. Por isso, combine essa parceria com antecedência. É
indicado que, antes da realização da proposta, os bebês já tenham tido contato com a superfície de areia
em outros momentos da sua vivência escolar ou familiar. Ainda que a atividade parta da vivência dos bebês
nessa superfície, proponha novas explorações, acrescentando recursos para que eles interajam de forma
integral com todo o corpo.
A atividade pode acontecer em diversos momentos do ano, com novas variações, como a exploração da
textura da areia seca e molhada e a presença de outros bebês, crianças e adultos para interagir com a turma.

 Materiais
•  Pequenos brinquedos emborrachados ou de plástico;
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, pedras, vasos de plantas e de flores etc.);
•  Canos de PVC de espessuras diversas;
•  Potes de diversos tamanhos com água;
•  Materiais de largo alcance (como caixotes, rolinhos de papelão, tampas de diversos tamanhos,
carretéis de linha, pedaços de madeira e tecidos);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade na área onde há um tanque de •  Um cantinho com os potes de água;
areia na sua escola. Caso a escola não tenha um, pro- •  Um cantinho com os canos de PVC.
videncie uma quantidade grande de areia, disponibili-
zando-a em um local onde seja possível a realização Os materiais de largo alcance serão disponibiliza-
da proposta. Organize os materiais em cantinhos, con- dos no início da proposta, então separe-os de modo
forme descrito a seguir: que os bebês possam usá-los assim que chegarem ao
•  Um cantinho com os brinquedos lugar. Deixe uma parte do tanque sem materiais para
emborrachados ou de plástico; que os bebês possam brincar, explorar e manipular a
•  Um cantinho com os elementos naturais; superfície em si.

416
Atividade: Obtendo novas sensações na areia

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês manipulam e experimentam a superfície de areia? Quais descobertas sobre as pro-
priedades eles fazem (temperatura, odor, cor)?
2. De que forma os materiais disponibilizados desafiam os bebês na exploração dessa superfície? Quais
descobertas fazem?
3. Qual a importância da exploração da superfície de areia para ampliar as experiências, as pesquisas
exploratórias e o desenvolvimento corporal e sensorial dos bebês?

 Para incluir todos


Assegure acomodação para aqueles que se locomovem com autonomia e providencie apoio para quem ainda
precisa de ajuda. Certifique-se de que a participação de todos está garantida, respeitando individualidades,
interesses e desejos de cada bebê.

O QUE FAZER DURANTE

1 Antes de dar início à atividade, explique aos bebês que eles


vão explorar a superfície de areia usando diferentes materiais.
Convide todo o grupo a se dirigir até o espaço externo, onde
os materiais estão organizados. Disponibilize materiais de lar-
go alcance, para que todos brinquem, realizem construções e
façam pesquisas exploratórias livremente.

2 Convide, então, pequenos grupos a se aproximarem do local


com areia. Enquanto isso, o outro professor ou auxiliar pode
acompanhar os demais. Retire seus calçados e garanta que
os bebês também tirem seus próprios calçados, se assim de- A
sejarem, experimentando a sensação de encostar os pés na Possíveis ações dos bebês
superfície. Observe a forma como se dá o primeiro contato do
bebê poderá segurar um pouco
•Um
bebê com a superfície: suas expressões corporais e faciais, se
de areia com a mão, apertando-a e
expressa algo oralmente, sorri ou realiza alguma outra expres- observando a areia escorregando pelos
são além dessas. Considere as formas de participação de cada dedos. Enquanto isso, outros bebês
bebê, seja entrando para brincar, seja observando os colegas poderão caminhar, pisando fortemente
do lado de fora. Garanta que todos os pequenos grupos (um sobre a superfície, percebendo que seus
por vez) explorem livremente a superfície a partir de seus inte- pés afundam nela.

•Outro bebê poderá participar da
resses e possibilidades corporais. Essa ação também favorecerá proposta observando de fora os colegas
o desenvolvimento das próximas atividades deste conjunto. Re- no tanque, olhando para eles
gistre os momentos da proposta por meio de fotos e vídeos. A e sorrindo.

3 Enquanto você acompanha cada pequeno grupo, procure dar


uma atenção maior e mais individualizada a cada bebê. Obser-
ve suas explorações sobre a superfície e encoraje-os a partir
de seus próprios interesses e de ações realizadas pelos cole-
gas para fazer novas descobertas. Medeie o que descobrem,

417
Unidade: Explorando superfícies

mas evite ao máximo dirigir as ações dos pequenos. Sugira que B


realizem algumas brincadeiras, como a de esconder e achar Possíveis falas do professor
membros do corpo e a de colocar areia sobre algumas partes — Olha ali, o amigo se sentou e está
do corpo ou a de fazer montes de areia. Auxilie os que ainda colocando areia sobre as pernas. Você
não conseguem se sentar, de modo que vivenciem essa expe- quer experimentar isso também?
riência corporal com a areia. Garanta que os bebês brinquem, — O amigo deitou sobre a areia. Vamos
experimentem diferentes possibilidades corporais, imitem uns sentir a temperatura: ela está quente
ou fria?
aos outros e se divirtam. B — Onde está a mão do colega? Será que
ele a escondeu debaixo da areia? Vamos
4 Proponha experimentações com os recursos organizados nos esconder a sua também?
cantinhos. Embora os grupos estejam brincando ao mesmo tem-
po, a ideia é que você se atente a como cada bebê ou cada dupla
se desloca até os cantinhos, como fazem suas escolhas, quais C
movimentos realizam e como a superfície os desafia durante esse Possíveis ações dos bebês
momento. Observe como interagem com a superfície já conhecida bebês poderão se sentar sozinhos
•Os
e com os novos elementos. Veja se conseguem se movimentar e envolver-se em derramar a água
facilmente sobre ela, se sentem alguma dificuldade e quais estra- sobre a areia. Manipulando o material
tégias usam para alcançar os recursos que lhes despertam curio- molhado, poderão perceber que este
sidade. Possibilite que manipulem os recursos de cada espaço em ganha um aspecto diferente.
interações com a superfície, descobrindo suas propriedades. C
•Poderão formar um “bolinho” de areia,
segurando-o em suas mãos, apertá-lo
e perceber que, ao abrir as mãos, o
Para finalizar bolinho permanecerá lá (diferentemente
Depois de todos os pequenos grupos terem explorado o tan- da areia seca). Ao perceber a
que de areia, avise que, em alguns minutos, todos vão organi- consistência, a cor e a textura, poderão
zar os materiais para o encerramento da atividade. Passado o fazer expressão de admiração e
sorrir para os colegas, demonstrando
tempo, encoraje cada bebê a guardar os materiais nos devidos satisfação com a descoberta.
lugares, respeitando as possibilidades de cada um. Convide-os a
•Outros bebês poderão caminhar para
calçar os sapatos, auxiliando-os no que for necessário, e acom- pegar um dos canos de PVC e apoiá-lo
panhe-os no deslocamento de volta à sala. no chão, colocando areia dentro dele.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a proposta mais vezes, com outras superfícies que sua escola tenha, como terra, grama e pedras. Faça
essa escolha considerando as especificidades do seu grupo. Ao interagir com as várias superfícies, os bebês des-
cobrem muito sobre todo o ambiente, pela ação e pela observação ao manipular, experimentar e agir sobre ele.

 Engajando as famílias
Envie aos responsáveis uma foto do bebê durante a proposta, com uma breve descrição de sua participação.
Use os registros fotográficos para compor o mural da turma. Sugira que façam explorações da superfície de
areia em outros locais, como parquinhos ou praças do bairro. Solicite que registrem esses momentos com fotos
ou textos e que lhe enviem esses registros para que você possa usá-los para complementar o mural da turma.

418
Atividade: Nas superfícies com pedras

 EI01EO02  EI01CG03  EI01ET04


NAS SUPERFÍCIES
COM PEDRAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da proposta, é indicado que dois professores ou auxiliares estejam com a turma, garantindo
apoio a todos os bebês. Para isso, combine antecipadamente essa parceria. A atividade propõe experimentar
uma superfície já conhecida pelos bebês e também ampliar as explorações sobre ela por meio dos elementos que
desafiam a curiosidade e a percepção (no caso, as pedras já existentes no local ou que serão disponibilizadas
para exploração). Monte, previamente, duas trilhas com pedras coladas com cola quente nos pedaços de papelão.
A atividade pode acontecer em diversos momentos do ano, com variações nas superfícies e nos ambientes.

 Materiais
•  Caso não haja um espaço em sua escola com uma superfície de pedras, providencie pedras médias
e grandes em quantidade suficiente para forrar uma parte do chão, de modo que um pequeno grupo
consiga se posicionar no espaço para fazer suas pesquisas exploratórias;
•  Uma trilha feita de pedaço de papelão grosso e grande e pedras arredondadas;
•  Uma trilha feita de pedaço de papelão grosso e grande e pedras variadas agrupadas por semelhança;
•  Potes de tamanhos diversos;
•  Colheres;
•  Conchas;
•  Pás;
•  Retalhos de tecidos;
•  Um cesto;
•  Brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Livros de literatura infantil;
•  Almofadas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Depois de realizar a proposta Obtendo novas sensações na areia, deste conjunto, os bebês se sentirão
mais familiarizados com as características dos espaços externos e, assim, estarão mais à vontade para ex-
plorar a superfície com pedras. A ideia é que a proposta seja realizada em um espaço externo da escola que
tenha pedras. Caso isso não seja possível, providencie com a comunidade escolar uma quantidade grande
de pedras arredondadas e disponibilize-as sobre a superfície de um espaço já conhecido pelos bebês. O
espaço deve ser amplo o suficiente para que os bebês possam usar seu corpo de forma integral nas diversas

419
Unidade: Explorando superfícies

explorações que o local inspira. Em uma das partes do espaço, fora da superfície onde estão as pedras, fixe
a trilha preparada com o papelão e as pedras de diferentes características, de modo a possibilitar que os
bebês realizem diferentes experiências em um mesmo espaço, de acordo com suas iniciativas e seus interes-
ses próprios. Na sala, prepare um espaço aconchegante com almofadas e com o cesto com seus brinquedos
preferidos e alguns livros de literatura infantil.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês manipulam e experimentam a superfície? Quais descobertas realizam a partir da


exploração das suas propriedades (cor, textura, temperatura)?
2. Que experiências corporais e sensoriais dos bebês são ampliadas pela exploração da superfície de
pedras?
3. De que forma utilizam a imitação na proposta? Como os bebês interagem com os colegas e os adultos?

 Para incluir todos


Proporcione condições para que todos os bebês participem da proposta. Auxilie-os na exploração da superfície
e dos objetos e a se locomoverem. Garanta que os espaços estejam seguros para todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo a explorar a superfície de pedras. Incentive-os


a usar o corpo, a fim de perceber suas características. Coloque sua
mão, depois o pé e observe a reação deles. Convide-os a sentirem a
superfície com você. Garanta que circulem livremente no espaço e
evite dirigir as iniciativas. Reserve esse tempo inicial para que todos A
os bebês experimentem a superfície de forma autônoma, conforme Possíveis falas do professor
seus interesses e seus desejos. Atente-se às formas que usam para se — Veja! O colega está colocando
locomover sobre as pedras, quais expressões realizam ao entrar em pedrinhas sobre seu braço. Qual
contato com elas e quais desafios essa superfície propõe. Aproveite será a sensação? Você quer
experimentar também?
para iniciar os registros com fotos e vídeos. Fique atento às ações de
— O colega encontrou uma pedra
imitação que possivelmente ocorram entre os bebês. Chame a aten- grande! Qual delas será mais
ção deles para ações que um dos bebês esteja fazendo e convide os pesada?
outros a realizá-las também. A B

2 Enquanto o professor ou auxiliar acompanha os bebês na superfície


de pedras, convide os outros, individualmente ou em duplas, para
uma exploração sobre a trilha de pedras variadas. Dialogue com os
bebês sobre os diferentes tipos de textura, temperatura e cor que há
nessa passarela, perguntando quais são as sensações e as dificulda-
des que eles têm ao encostar nas pedras. Observe como se expres-
sam, como usam o seu corpo durante a passagem pela trilha e como
reagem ao perceberem as diferentes pedras sobre ela. Respeite o
interesse dos bebês e encoraje-os a sentir as pedras pelas diferentes
vias sensoriais, passando a mão, cheirando, olhando, fazendo barulho

420
Atividade: Nas superfícies com pedras

e sentando-se sobre ela. Proponha que façam uma exploração in- B


tegral com seu corpo, colocando braços, pernas e outras partes do Possíveis ações dos bebês
corpo sobre as pedras.
bebês poderão engatinhar
•Os
sobre as pedras e, ao sentirem
3 Em um dos cantinhos, ofereça os potes, as colheres, as conchas, as suas mãos sobre elas, poderão
pás e os pedaços de tecidos para os bebês brincarem na superfície. sentar, pegar uma pedra,
Possibilite que fiquem livres para continuar suas iniciativas de explo- observá-la e sentir suas
ração e interação. Acompanhe suas pesquisas individualmente, em propriedades, como textura e
duplas ou em pequenos grupos. Perceba as relações criadas entre temperatura. Poderão caminhar,
dar passos curtos e equilibrar-se
a superfície e os recursos e quais descobertas eles fazem ao brincar sobre as pedras, explorando,
com esses elementos. assim, toda a superfície, e
ampliando sua percepção
Para finalizar a respeito dos limites e das
Ao perceber que o interesse dos bebês está diminuindo, informe a possibilidades corporais.
eles que, em alguns minutos, vão organizar os materiais para o en-
•Poderão pegar uma pedra
em cada mão, observá-las e
cerramento da atividade. Passado esse tempo, incentive-os a guardar experimentar bater uma na
os materiais nos lugares propostos, encorajando-os para que, dentro outra. Ao perceberem que a
de suas possibilidades, cada qual contribua de sua maneira. Auxilie ação provoca barulho, poderão
os bebês a calçar seus sapatos e encoraje os que preferem fazê-lo repetir o movimento por várias
sozinhos. Leve-os de volta para sala e incentive-os, conforme forem vezes. Poderão observar a ação,
pegar duas pedrinhas e imitar o
chegando, a se aconchegar no espaço preparado com almofadas e colega, sorrindo para ele.
com o cesto com livros e brinquedos.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A proposta poderá ser realizada em outras superfícies, como o tanque de areia ou a terra, usando os mesmos
recursos ou outros de que você dispuser em sua escola e que sejam de interesse dos bebês. Com a repetição da
proposta, os bebês vão ampliar e enriquecer as relações com a superfície sugerida, descobrir novas sensações,
adquirir mais autonomia e ampliar suas habilidades motoras.

 Engajando as famílias
Organize um quadro com algumas fotos tiradas com uma descrição breve do que foi vivenciado. Possibilite que
os responsáveis venham apreciar o mural, para acompanhar um pouco mais o cotidiano dos bebês. Ao lado do
quadro, deixe papéis e caneta pendurados, para que possam contribuir com comentários, impressões e suges-
tões, valorizando, assim, sua participação. Fixe esse quadro na porta ou na parede lateral da sala, tornando-o
visível a toda a comunidade escolar.

421
Unidade: Explorando superfícies

 EI01CG03  EI01ET03  EI01ET04


EXPLORAÇÕES DIVERSAS
NO GRAMADO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antes de realizar a proposta, verifique se sua escola tem um gramado ou um espaço com parte da superfície
com grama. Confira se esse ambiente oferece segurança e conforto aos bebês. É importante que haja outro
professor ou auxiliar presente para a realização da atividade, que pode acontecer em diversos momentos do
ano, com variações nas superfícies e nos materiais oferecidos.

 Materiais
•  Bolas de tamanhos variados;
•  Bambolês;
•  Cadeiras pequenas;
•  Cadeiras maiores do que as que os bebês normalmente usam em sala;
•  Tecidos;
•  Cabo de vassoura ou outro objeto similar;
•  Garrafas PET limpas com água ou areia dentro;
•  Um cesto com os brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a proposta em um espaço externo da escola, sobre a superfície do gramado. Organize nele um percurso
que convide os bebês a caminhar, rolar, sentar etc. Sugerimos a seguinte organização:
•  Três bambolês no chão, um ao lado do outro, possibilitando que os bebês caminhem entre eles.
•  Duas cadeiras, distantes uma da outra, com um cabo de vassoura apoiado entre elas, para que se
arrastem por baixo dele.
•  Um corredor com cadeiras grandes cobertas por tecidos, simulando um túnel, para que passem
debaixo dele engatinhando ou se arrastando.
•  Garrafas PET enfileiradas uma ao lado da outra, deixando um espaço entre as fileiras para que os
bebês passem rastejando ou engatinhando.

422
Atividade: Explorações diversas no gramado

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês experimentam a superfície proposta? Quais são suas descobertas em contato
com a superfície de gramado?
2. De que forma seus movimentos e formas de deslocamento ampliam as pesquisas exploratórias cor-
porais e sensoriais no gramado? E durante o circuito? E como as bolas e os bambolês enriqueceram
a experiência?
3. Como os bebês utilizam-se da imitação durante a proposta? Qual a importância da imitação para eles?

 Para incluir todos


Proponha apoios para garantir a participação dos bebês que não conseguem se sentar sozinhos e garanta
um espaço seguro para aqueles que se sentam com autonomia, além de um espaço de mobilidade para os que
se locomovem com autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para o acompanhar até o gramado da escola e expli-


que que vão brincar sobre a superfície com materiais diversos. Reserve um
tempo para que explorem livremente o espaço, possibilitando que interajam
com a superfície usando todo o corpo e descobrindo movimentos. O desen-
volvimento das atividades Obtendo novas sensações na areia e Nas super-
fícies com pedras, deste conjunto, terá ajudado na construção da autonomia
dos bebês em explorar livremente uma nova superfície. Retire seus calçados,
demonstrando prazer ao experimentar o gramado em seus pés, e sugira que
os bebês façam o mesmo, se assim desejarem. Assim, eles podem ampliar
sua percepção e investigar, ao entrar em contato com as características do
gramado, elementos como textura, consistência e temperatura. Registre es-
ses momentos por meio de fotos e vídeos, que serão usados posteriormente.
Fique atento às expressões feitas pelos bebês ao entrarem em contato com a
superfície; observe quais são suas primeiras ações em relação a ela e como
comunicam essas descobertas aos outros bebês e a você. Caso note algum
bebê observando os colegas de fora da brincadeira, convide-o para vir até o
gramado, encorajando-o a conhecer a superfície e o acompanhando na ação
de pisar a grama, de passar a mão, de se sentar ou se deitar, sempre respei-
tando seu tempo, caso ele não queira.

2 Acompanhe os bebês individualmente ou em duplas em suas descobertas mo-


toras sobre o gramado: como se locomovem sobre a grama e quais sensações
e desafios essa superfície propõe a eles todos? Ofereça sua ajuda, deitando-os
sobre o gramado, possibilitando que observem a grama de perto e sintam a
superfície por meio das pernas, dos braços e da cabeça e que percebam suas
características, como cor, textura e temperatura.

423
Unidade: Explorando superfícies

Divida os bebês em duplas e apresente o circuito já organizado, possibilitando A


3
a eles usar diferentes movimentos e posturas corporais para aprimorar suas Possíveis ações
descobertas na superfície. Assim, eles poderão realizar trocas entre si: um dos bebês
imitando o outro, comunicando descobertas e compartilhando as experiên- bebê poderá
•Um
cias. Dê liberdade para que brinquem, imitem, desafiem-se e se divirtam no se aproximar do
espaço e em relação aos recursos, interagindo e compartilhando o que cada desafio com o cabo
de vassoura, observar
um tem a aprender com o outro. Acompanhe os bebês e auxilie-os, se neces- o espaço disponível
sário, a passar pelos desafios. Encoraje aqueles que demonstram interesse abaixo dele, deitar-se
em passar pelo circuito de forma autônoma. Observe de que forma o circuito de bruços e se arrastar
e os movimentos proporcionados por ele ampliam descobertas e sensações por baixo do cabo.
obtidas até aqui. A
•Outro poderá caminhar
descalço, passando
entre as garrafas
4 Enquanto você acompanha a brincadeira no circuito, o outro professor ou dispostas, rolando e
auxiliar deverá ficar junto dos bebês que ainda não começaram ou que já sentindo o corpo todo
terminaram o percurso. Peça a ele que disponibilize as bolas e os bambolês na superfície gramada,
para a livre exploração dos bebês, possibilitando que realizem movimentos atentando-se para não
e ações conforme seus próprios interesses e desejos. as derrubar. Os bebês
poderão movimentar-
-se devagar, ora
Para finalizar olhando para a
Informe a eles que, em alguns minutos, todos vão organizar os brinquedos, grama, ora para o céu,
voltar para a sala e realizar a próxima atividade do dia. Convide os bebês a realizando expressões
colocarem os calçados, oferecendo sua ajuda aos menores e encorajando de admiração,
aqueles que tentam colocá-los sozinhos. Solicite que organizem o espaço, res- estranhamento
ou alegria.
peitando as possibilidades de cada um e guardando os materiais nos devidos
lugares. Você pode cantar uma música que marque esse momento. Na sala,
disponibilize o cesto com os brinquedos favoritos dos bebês para que eles os
explorem conforme a turma for chegando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Proponha, em outro momento, uma exploração semelhante à da proposta, mas com outras superfícies presentes
em sua escola, como o tanque de areia, a superfície de pedras arredondadas ou de terra. Outra possível variação
é organizar um piquenique ou uma brincadeira com materiais de largo alcance, como tecidos, canos de PVC e
tocos de madeira, sobre o gramado, potencializando as experiências dos bebês em contato com essa superfície.

 Engajando as famílias
Imprima algumas fotos que você tirou durante a proposta e, junto dos bebês, monte um painel. Respeite a
forma como cada um fixa as imagens, mesmo que fiquem tortas. Descreva brevemente a proposta em um relato
escrito e coloque o relato no painel. Disponibilize o mural próximo à porta da sala, garantindo, assim, que os
responsáveis e outras pessoas da escola tenham conhecimento do cotidiano dos bebês. Esse painel poderá ser
reutilizado para outras exposições de atividades. Para isso, encape as fotos com plástico; assim, poderão ser
facilmente descoladas para que outras sejam colocadas no lugar delas.

424
Atividade: Exploração de superfície com terra

 EI01CG03  EI01ET01  EI01ET03


EXPLORAÇÃO DE
SUPERFÍCIE COM TERRA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Se possível, antes da realização da proposta, programe a ida do grupo ou de parte dele ao pátio ou a outra
área externa, com a missão de recolher elementos naturais, como pedras, folhas, galhos e sementes. Esses
elementos serão usados na proposta.
A atividade pode acontecer em diversos momentos do ano, com variações nas superfícies e na diversidade
de materiais.

 Materiais
•  Potes pequenos com água;
•  Potes pequenos e médios vazios;
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, pedras, vasos de plantas e de flores etc.);
•  Funis;
•  Peneiras;
•  Colheres;
•  Uma caixa com brinquedos de encaixe;
•  Um celular ou câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta deve ser realizada no espaço externo, sobre uma superfície de terra. O espaço deve ser amplo o
suficiente para que todo o grupo possa se deslocar livremente. Caso o espaço disponível seja muito pequeno,
organize a turma em pequenos grupos (de quatro a seis bebês). Caso não haja esse espaço na sua escola, pro-
videncie uma grande quantidade de terra e espalhe em um espaço externo da escola. Organize dois cantinhos:
um deles com os elementos naturais e os potes de água e o outro com os potes vazios, os funis, as peneiras e
as colheres. Disponibilize uma caixa com brinquedos de encaixe para os bebês utilizarem ao final da proposta,
se necessário.

425
Unidade: Explorando superfícies

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram a superfície de terra? Usam o corpo, observam a superfície, utilizam os
materiais?
2. Quais as descobertas realizadas por eles ao explorarem as características da superfície (temperatura,
textura, consistência)?
3. Os bebês imitam uns aos outros e o professor? De que forma a imitação amplia as descobertas feitas
na superfície de terra?

 Para incluir todos


Garanta condições para que todos os bebês possam participar da exploração da superfície. Sente-se próximo
deles e os auxilie, se necessário, a utilizar os materiais e a entrar em contato com a superfície. Proponha apoio
para quem já consegue se sentar, organizando confortavelmente esses bebês próximos da superfície e dos
materiais disponíveis. Garanta espaço livre e seguro para todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo para o espaço externo e compartilhe a experiência a ser


realizada com os bebês, convidando-os para a exploração inicial. O proce-
dimento deve ser parecido com o que foi proposto no início das atividades
Obtendo novas sensações na areia, Nas superfícies com pedras e Explo-
rações diversas no gramado, deste conjunto. Caso seja um dia muito quente,
você pode propor aos bebês que retirem suas roupas, ficando só de fralda.
Auxilie quem precisa de ajuda para alguma ação, possibilitando maior contato
com a superfície de terra. Primeiramente, possibilite que os bebês explorem
o espaço de forma livre, a partir de seus interesses. Aproveite para iniciar os
registros fotográficos e em vídeo, narrando para os bebês as ações realiza-
das por seus colegas de turma, encorajando-os a imitá-los ou a sentir-se à
vontade para investigar ainda mais.

2 Retire seus calçados e convide os bebês a fazer o mesmo, se assim deseja- A


rem, para que possam sentir a superfície de forma ampla, enriquecendo ain- Possível fala
da mais esse momento. Se eles ficarem à vontade, possibilite que se deitem do professor
ou fiquem de bruços, garantindo que possam perceber as características do — Olha! Isso é terra!
espaço. Possibilite que se desloquem por ele livremente, de acordo com suas Você quer colocar a mão
possibilidades motoras. Acompanhe esse primeiro contato colocando sua mão nela? Que textura ela
junto a do bebê sobre a terra, apoiando-o. Observe como os bebês, individual- tem? Qual é temperatura
mente ou em pequenos grupos, agem ao entrar em contato com a superfície: dela? Está quente ou
se realizam ações como pegar a terra na mão e deixar que escorra por entre fria? Como podemos
brincar com a terra?
os dedos e se tentam se sentar ou se deitar sobre a superfície, usando dife- Vamos descobrir?
rentes posições corporais para senti-la. A

426
Atividade: Exploração de superfície com terra

Depois que já tiverem explorado bem a superfície, incentive os bebês a explo- B


3
rar, em pequenos grupos, os objetos nos dois espaços que você organizou. Possível ação
Acompanhe-os em suas pesquisas e descobertas com os materiais ofereci- dos bebês
dos. Perceba como relacionam-se com os elementos naturais disponibilizados: bebê poderá pegar
•Um
por quais materiais se interessam, de que forma esses materiais aprimoram um pote, colocar terra
suas descobertas e suas investigações sobre a superfície e como os objetos nele e, logo depois,
derramá-la para fora.
ampliam as experiências sensoriais e corporais deles e instigam mais ainda Poderá repetir essa
as pesquisas. Os bebês poderão, por exemplo, cavar buracos, colocar terra ação algumas vezes
no funil, observando-a descer pelo orifício, ou colocar terra na peneira e sa- e, então, colocar
cudi-la. Brinque junto deles, abrindo mais possibilidades: ajude-os a colocar seus pés sob a terra,
terra nos potes e auxilie os menores a sentirem a superfície, colocando terra escondendo-os. Um
em seus braços e pernas. Esconda suas mãos e pés sob a terra e encoraje os colega poderá observar
tudo atentamente e ir
pequenos a brincarem de esconde-esconde de partes do corpo com você. B até ele para retirar a
terra de cima de seus
Para finalizar pés. Eles poderão se
Diga aos bebês que, em alguns minutos, vocês vão iniciar a organização do olhar com admiração,
espaço para encerrar a atividade. Passado o tempo, convide-os a organizarem expressando alegria
pela descoberta.
o ambiente conforme suas possibilidades, encorajando cada um a recolocar
seus calçados e auxiliando-os, se necessário. Acompanhe a organização, va-
lorizando cada ação dos bebês e encorajando-os em suas iniciativas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Proponha situações similares a essa em outras superfícies existentes em sua escola, como no tanque de areia,
no gramado ou em uma superfície de pedras. Escolha outros elementos que enriqueçam as descobertas senso-
riais sobre a superfície. Convide os bebês a realizarem movimentos diversos nessas explorações, como rolar e
arrastar-se. Você pode, ainda, montar um pequeno circuito sobre uma das superfícies, de forma a proporcionar
novas possibilidades de exploração aos bebês.

 Engajando as famílias
Faça a impressão de algumas fotos tiradas durante a proposta e cole-as nas agendas dos bebês ou entre-
gue-as aos responsáveis, com uma breve descrição do momento. Você pode, também, fazer um móbile com
as melhores fotos, com legendas claras e objetivas. Caso você opte pelo móbile, pendure-o em alguma parte
da escola pela qual os responsáveis passam para chegar até o berçário. Dessa forma, você dá visibilidade às
ações dos bebês no cotidiano da escola junto da comunidade escolar.

427
Unidade: Explorando superfícies

 EI01EO03  EI01CG02  EI01ET04


TAPETES SENSORIAIS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a proposta serão utilizados dois tapetes. Com antecedência, solicite aos responsáveis que enviem ma-
teriais de diferentes texturas, como peças emborrachadas, lixas, esponjas, plásticos e telas. Para a confecção
do primeiro tapete, cole os materiais listados no item “Materiais” um ao lado do outro no pedaço quadrado de
papelão. Faça alguns buracos, de modo que o tapete tenha fendas que exponham a superfície do piso. Para a
confecção do segundo tapete, use os tecidos. Faça algumas aberturas em diferentes formas (redonda, quadrada,
oval etc.). Nelas, prenda, costure ou cole com fita adesiva materiais como celofanes e plásticos coloridos, tecidos
finos e leves (como o voal ou a seda), que possibilitem observar a superfície do espaço sob outras perspectivas.
Para a proposta, é indicado que dois professores ou auxiliares estejam presentes.
A atividade pode acontecer em diversos momentos do ano, com variações nos materiais que vão compor o tapete.

 Materiais
•  Livros de literatura infantil;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

Para a confecção do primeiro tapete:


•  Um pedaço grande e quadrado de papelão (cerca de 1,5 m × 1,5 m);
•  Superfícies emborrachadas, de corino ou vinílico;
•  Lixas;
•  Telas ou outros materiais que tenham texturas diferenciadas;
•  Esponjas;
•  Cola quente ou outro tipo forte o suficiente para colar os materiais;
•  Tesoura ou estilete.

Para a confecção do segundo tapete:


•  Tecidos de diferentes texturas, cores e espessuras;
•  Celofanes coloridos;
•  Plásticos transparentes e texturizados (plástico bolha, plástico de presente etc.);
•  Fita adesiva ou agulha e linha;
•  Tesoura ou estilete.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em espaços internos ou externos da escola, com os quais os bebês já tenham
tido contato em propostas anteriores. Coloque os tapetes estendidos sobre o chão, distantes um do outro,
mantendo espaço suficiente entre eles para que os bebês se locomovam com autonomia.

428
Atividade: Tapetes sensoriais

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram as diferentes possibilidades corporais sobre os tapetes? Observam,
colocam a mão, engatinham por cima, andam, deitam?
2. A interação dos bebês entre si e entre os adultos presentes possibilita novas descobertas? Quais são elas?
3. Como os contatos com superfícies diferentes ampliam as descobertas sensoriais e corporais dos bebês?

 Para incluir todos


Assegure-se de que todos possam estar em atividade de acordo com suas preferências, seus ritmos e suas
possibilidades. Fique atento aos bebês mais dependentes para auxiliá-los, se necessário, a explorarem o espaço,
a se locomoverem e a se sentarem próximos ao grupo e aos tapetes.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo, explicando as orientações e as su-


gestões de exploração dos tapetes sensoriais. Divida os bebês
em pequenos grupos e convide-os a se aproximar dos tapetes,
propondo a exploração e o brincar. Posicione os que não se
locomovem com autonomia próximos aos tapetes e possibilite
que os que têm autonomia que explorem o espaço à vontade.
Incentive-os a escolher onde querem se aconchegar e qual das
superfícies dos tapetes querem explorar. Garanta que esse pri-
meiro momento seja de livre escolha e observe-os atentamente.

2 Acompanhe um grupo enquanto o outro professor ou auxiliar


acompanha o outro. Possibilite que todos os bebês tenham
acesso aos tapetes, observando atentamente as necessidades
que partem deles, acompanhando e oferecendo o apoio neces-
sário. Observe como reagem ao tapete e aos materiais e como
exploram as diferentes texturas.

3 Participe da brincadeira exploratória: sente-se ao lado do ta-


pete, coloque a sua mão nele e convide os bebês a colocarem A
suas mãos também. Levante, pise descalço no tapete e instigue Possíveis falas do professor
os bebês a sentirem as superfícies com seus pés também. Apro-
— Como é essa superfície? Sim, é
veite e dialogue com eles sobre as características dos materiais,
emborrachada e diferente dessa outra
destacando semelhanças e diferenças. Indique os mais macios que é de tecido.
e compare-os com os ásperos. Convide-os a brincar e esteja — E essa aqui? Com o que se parece?
próximo, disponível e atento para intervir quando necessário. Você já sentiu uma superfície assim? Ah,
parece com o piso da nossa sala, não é?
Proponha que utilizem partes diferentes do corpo para sentirem — Olhe, o chão está colorido. Que cor é
4 essa?
as diversas superfícies proporcionadas pelo tapete. Encoste seu — Ouça! Se você passa a mão por ele,
rosto sobre o tapete, narrando a ação. Faça registros por meio ele produz um som.
de fotos e vídeos, que poderão ser usados posteriormente para

429
Unidade: Explorando superfícies

fins de documentação pedagógica. Apoie os bebês para que


avancem em suas pesquisas exploratórias: compare as novas B
descobertas que estão realizando com os tapetes sensoriais às
Possíveis ações dos bebês
anteriores, feitas sobre superfícies já conhecidas. É importante
que o grupo se relacione entre si, observando, imitando, se di- bebê poderá deitar-se de bruços
•Um
vertindo e ampliando as aprendizagens a partir das próprias ini- sobre o tapete de papelão e passar a
mão e o braço sobre um tecido bem
ciativas e dos próprios desejos e interesses. O desenvolvimento fininho e macio, demonstrando prazer e
das atividades anteriores deste conjunto, combinado com essa sorrindo. Poderá perceber que, ao lado,
nova proposta, será muito importante para que os bebês am- há uma superfície diferente e arrastar-
pliem suas aprendizagens, interagindo e expressando suas per- se até ela, passando a mão sobre o
cepções sobre o que exploram em cada superfície. piso, sentindo suas características e
comparando semelhanças e diferenças
entre as superfícies.
5 Encoraje os bebês a explorarem as fendas dos tapetes, passan-
•Outro poderá caminhar pelo tapete,
do a sua mão sobre o piso e incentivando-os a fazer o mesmo. olhando com atenção para as cores dos
Fale sobre a diferença que essa superfície tem em relação a materiais presentes nele. Ele poderá se
outras. Ao ver que um deles se aproxima dos vazados de celo- sentar, levantar parte do tapete com o
fane, coloque-se à disposição para brincar junto. Atente-se para celofane e colocá-lo na frente do seu
rosto, olhando para o colega através
o que instiga o bebê a querer descobrir mais formas de usar o do papel e demonstrando alegria
tapete, o que ele faz quando olha pelo celofane, pelo tecido e pela descoberta.
pelo plástico. A B

Para finalizar
Explique aos bebês que, em alguns minutos, vão finalizar a atividade. Passado o tempo, convide-os a
ajudar a guardar os tapetes. Dobre os tapetes com o auxílio dos pequenos e do outro professor ou auxiliar.
Caso estejam em outro ambiente da escola, convide os bebês a voltarem para a sala. Na sala, disponibilize
o cesto com livros para que o manuseiem conforme vão chegando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode repetir a atividade convidando os bebês a explorar os tapetes em diferentes espaços com superfícies
diversas (piso, terra, grama, concreto etc.). Você pode, também, dispor os tapetes na sala, para que possam
ampliar seu campo exploratório no cotidiano.

 Engajando as famílias
Organize um cronograma para que os bebês levem os tapetes para brincar. Alerte os responsáveis sobre os
cuidados com os tapetes, garantindo que todos tenham a chance de levá-los para casa. Peça aos responsáveis
que tragam suas observações e sugestões sobre a brincadeira. Você pode fazer isso por meio de um bilhete,
do mural de recados ou de outro meio de comunicação usado na sua escola. Compartilhe as informações com
a comunidade escolar no painel de entrada da sala, reunindo seus registros com os relatos dos responsáveis.

430
25
AP

CONJUNTO

UNIDADE

BRINCADEIRAS
COM A LINGUAGEM
O desenvolvimento da oralidade ocorre nos dois primeiros anos de vida, em tempos e
maneiras variadas para cada bebê. Nesse sentido, é muito importante respeitar a indivi-
dualidade, a necessidade e o interesse de cada um para que a linguagem oral e as brinca-
deiras com som se desenvolvam. Palavras e nomes são imprescindíveis: elas convidam os
bebês a participarem desse processo de linguagem que comunica e organiza a maneira
de pensar de um povo.

431
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos


EI01EF03
de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).

EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
EI01EF06
expressão.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

 Campos de experiências

Corpo, gestos Traços, sons, cores Escuta, fala,


e movimentos e formas pensamento
e imaginação

432
Atividade: Chamada musical

 EI01CG03  EI01EF01  EI01EF06


CHAMADA MUSICAL
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Deixe preparado um varal, que pode ser feito de barbante, corda, linha ou tecido, com os pregadores. Orga-
nize um canto próximo ao varal na sala com um tapete bem colorido, que pode ser feito de retalhos de tecidos
costurados um ao lado do outro, com um tecido estampado ou com tecido liso sem estampa. No meio, coloque
o saquinho onde estarão as fotos dos bebês. Plastifique-as para uma maior durabilidade e guarde-as dentro do
saquinho de tecido, que pode ser uma sacolinha plástica ou uma caixa de papelão encapada.
A atividade poderá acontecer em diversos momentos do ano, variando as formas de realizar a chamada.

 Materiais
•  Playlist, pen drive ou CD com canção selecionada previamente por você, que traga a possibilidade de
citar nomes em seu contexto;
•  Fotos dos bebês plastificadas de modo que fiquem resistentes para que eles as manuseiem. Coloque
sua foto junto das fotos dos bebês. As fotografias podem ser produzidas e reveladas na escola ou
pedidas aos responsáveis;
•  Saquinho de tecido para colocar as fotos, tapete colorido, pregador e um varal, que pode ser feito de
barbante, corda, linha ou tecido;
•  Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os objetos de apego dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
O varal onde serão colocadas as fotos penduradas depois do manuseio pelos bebês deverá ser montado em
um momento anterior à proposta e em local estratégico próximo às paredes. A localização deve possibilitar que
os bebês circulem livremente e tenham fácil acesso a ele. Coloque um tapete bem colorido para deixar o espaço
mais convidativo para a vivência no canto próximo ao varal na sala. Em cima e no meio do tapete, coloque o
saquinho de tecidos, onde estão guardadas as fotos dos bebês.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira os bebês imitam os gestos e os movimentos de seus pares e dos adultos presentes?
2. Durante a proposta, de que maneira a comunicação dos bebês acontece? Eles usam movimentos,
gestos, balbucios, fala ou outras formas de expressão?
3. De que forma os bebês demonstram reconhecer quando são chamados pelos nomes e reconhecem
os nomes de pessoas com quem convivem?

433
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para eles. Esteja disponível
próximo a eles garantindo que tenham acesso ao varal. O varal deve ser colocado em uma altura acessível
para que os bebês possam alcançá-lo com autonomia. Narre o que está acontecendo e faça de seu corpo um
suporte para os movimentos deles, acolhendo-os quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com os bebês de todo o grupo acerca da proposta que será reali-
zada, ou seja, um momento de chamada musical. Inicie fazendo uma roda e
cantando a canção. É relevante que as ações e as situações sejam conver- A
sadas com os bebês previamente e, assim, também devem ser apresentadas Possível fala
as próximas atividades deste conjunto. Registre a atividade, se possível, com do professor
fotos, vídeos e pequenas anotações para reflexão posterior. Durante a canção, ao
falar o nome do bebê,
2 Inclua o nome de cada bebê na canção e, ao mesmo tempo, retire do saquinho faça perguntas como:
uma foto e pergunte a todo o grupo quem é. Nesses momentos, os bebês es- — Onde está o bebê
desta foto? Será que ele
tarão próximos de você: entre na brincadeira com eles. Possibilite que fiquem
está na minha frente ou
livres para continuar suas iniciativas de exploração e interações. Intervenha ao meu lado?
a partir de seus interesses, de suas observações e suas necessidades. A B
B
3 Note como acontece a interação dos bebês, cada qual com sua foto. Em um
Possível ação
momento posterior, atente-se à troca das fotografias entre eles. Garanta que dos bebês
os bebês se reconheçam e que outros do grupo digam quem é o bebê da foto.
bebê poderá bater as
•O
Pergunte se determinado bebê veio hoje à escola e onde ele está na roda.
pernas freneticamente
Observe como acontece a exploração e quais os pontos de maior interesse. e estender seus braços
Continue a brincadeira com eles, retire sua foto do saquinho e faça boas in- para pegar a foto
tervenções a partir da ação dos bebês. C que está na mão do
professor.
Depois da exploração das fotografias de forma livre, observe se algum bebê Converse com os bebês,
4 sendo recíproco às suas
está próximo do varal mexendo no barbante com os dedos. Valide sua ini- ações e nomeie o que
ciativa e descoberta, convidando os demais bebês, em pequenos grupos, acontece.
duplas ou individualmente, a acompanharem você até o varal para prender
as fotos. Nesse momento, observe o bebê que oferece a você sua fotografia C
para prender no varal, mas se interessa pelo pregador. Atente-se como ocorre Possível fala
esta exploração. do professor
— Onde está a pessoa
Para finalizar desta foto? (mostre a
Converse com os bebês e convide-os para começarem a organizar o espa- foto do professor que foi
ço. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o próximo acon- retirada) Vocês sabem o
tecimento do dia. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de nome dela?
seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas deles
nesse momento. Pode ser usada uma música que marque o momento de ar-
rumação com o grupo. Para quem já finalizou sua participação na vivência,
deixe disponível uma caixa com brinquedos preferidos.

434
Atividade: Chamada musical

O QUE FAZER DEPOIS


Sugestão de vídeo
 Desdobramentos canoa virou.
•A
Versão do Palavra
Reapresente a vivência aos bebês. Trazer a proposta de chamada diariamente é Cantada. Disponível em:
muito importante para a construção da identidade individual e coletiva. Você pode, por https://www.youtube.com/
watch?v=_vmxj-adiPo.
exemplo, projetar na parede ou em um tecido branco pendurado, como se fosse uma
Acesso em: 5 jun. 2021.
tela, a foto de cada bebê no decorrer da música. Pesquise boas canções na internet.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para acompanhar, por meio da observação, os relatos das experiências vividas pelos bebês
de forma conjunta. Por meio da montagem de um mural interativo, apresente os registros feitos pelos professores e
os envie para casa dos bebês como informativos ou até mesmo colocando-os em um portfólio. Faça isso de acordo
com a forma que costumam compartilhar em sua escola.

435
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

 EI01CG01  EI01EF03  EI01EF05


LEITURA DE HISTÓRIA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Antes da proposta, tenha conhecimento da história utilizada. Treine a leitura antes para ler com ritmo e ento-
nação instigantes, despertando o interesse e a curiosidade nos bebês.
A atividade pode e deve ser realizada diversas vezes ao longo do ano, pois trata-se de leitura de história, um
importante recurso para incentivar o contato dos bebês com a linguagem oral e visual.

 Materiais Sugestão de leitura



•Bruxa, bruxa,
•  História que traga em seu enredo imagens atrativas para os bebês; venha à minha festa.
•  Um equipamento para reprodução de áudio, caso queira sonorizar o Autor: Arden Druce.
ambiente com uma música instrumental; (Brinque Book, 2002).
•  Tule para a tenda;
•  Acessórios para a montagem da tenda, como um gancho, por exemplo;
•  Almofadas ou travesseiros para tematizar;
•  Caixa de brinquedos de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Prepare o ambiente previamente de forma atrativa para os bebês. Se desejar, sonorize o ambiente. Coloque
no canto da sala uma grande tenda de tule e almofadas, para ficar mais aconchegante. Deixe as gravuras
disponíveis para instigar o interesse dos bebês, num cesto ou varal, de acordo com a disponibilidade do local.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como o livro desperta o interesse dos bebês pela história? De que maneira os bebês demonstram
interesse ao ouvir a história? Acompanham atentamente com o olhar, observando as ilustrações?
2. Como acontece a imitação entre eles e o adulto presente? Que tipo de repertório é ampliado, variações
de entonação, gestos realizados pelos adultos ao recontar a história, modo de segurar o livro, virar
as páginas etc.?
3. Durante a brincadeira cantada, que emoções, necessidades e desejos são expressados corporalmente?
Que movimentos os bebês fazem? Quais partes do corpo mais usam?

436
Atividade: Leitura de história

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para eles. Esteja disponí-
vel em local próximo, garantindo que todos tenham acesso à tenda e aos itens ali dispostos. Narre o que está
acontecendo e faça de seu corpo um suporte para os movimentos deles e os acolha quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

Converse com os bebês de todo o grupo acerca da proposta que será A


1
realizada, ou seja, a leitura de uma história. Provoque encantamento e Possível fala do professor
se expresse corporalmente. Observe as reações iniciais dos bebês. É — Vejam... O que será que
relevante que todas as ações e as situações sejam conversadas com acontecerá aqui hoje? Vamos ver
os bebês previamente. Registre, se possível, o momento com fotos, o que temos dentro da tenda?
vídeos e pequenas anotações para reflexão posterior. A
B
2 Durante a leitura da história, os bebês estarão próximos de você. Ob-
Possível fala do professor
serve aqueles que se expressam corporalmente, batendo as pernas
ou estendendo seus braços para pegar o livro que está na mão do — Veja! Olha como faz esse
professor. Leia exatamente como está no livro, sem trocar palavras. personagem! Vamos fazer igual?
Ofereça o livro e encoraje-os a contar a história também. Converse com
eles, sendo recíproco às suas ações e nomeie tudo o que acontece. C
Note como ocorre a interação dos bebês com o professor e quais suas Possível ação dos bebês
reações no decorrer da história acerca dos acontecimentos narrados.
bebê poderá explorar o
•O
Observe a exploração, a expressão corporal, a imitação das falas, os
livro, passar suas mãos pelas
gestos e quais os pontos de maior interesse do grupo. Na atividade páginas, acariciando e sentindo
Leitura de história, deste conjunto, os bebês terão novas oportunida- as imagens que estão ali.
des para aprofundar experiências com o corpo. Nesse momento, ele observa
os outros bebês que exploram
Mostre o livro onde a história está escrita e possibilite que os bebês as gravuras, vai em direção
3 a um deles e retorna ao livro.
explorem esse portador de texto. Chame a atenção para as imagens O bebê pode virar as páginas
dos personagens e convide os bebês a imitá-las. Valide suas iniciati- como viu o professor fazendo
vas e descobertas. B C anteriormente.

Para finalizar
Converse com os bebês e convide-os para começarem a organizar
o espaço. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será o Sugestão de vídeo
próximo acontecimento do dia, garantindo uma antecipação do que irá
•Arrumar a bagunceira.
acontecer. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de Artista: Palavra Cantada.
seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas Disponível em: https://
www.youtube.com/
dos bebês nesse momento. Pode ser usada uma música que marque o watch?v=Rq6gyrXAG5g.
momento de arrumação com o grupo. Para quem já finalizou a partici- Acesso em: 5 jun. 2021.
pação na vivência, disponibilize uma caixa com brinquedos preferidos.

437
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos Sugestões de vídeo



•Tartaruga e o lobo. Artista: Palavra
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a Cantada. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=e7l0ADonP78.
vivência aos bebês, se possível, em outros ambientes e com Acesso em: 5 jun. 2021.
outras histórias. A contação de história desenvolve a criatividade
•Rato. Artista: Palavra Cantada.
e a imaginação e estimula a expressão corpórea e dos senti- Disponível em: https://www.youtube.com/
mentos. watch?v=MeDBP8OU6q4. Acesso em:
5 jun. 2021.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para acompanhar os relatos das experiências vividas pelos bebês de forma conjun-
ta. Monte um mural interativo, apresente os registros feitos pelos professores e envie para casa no formato de
informativos ou coloque em um portfólio. Faça isso conforme costumam compartilhar em sua escola.
Se possível, faça o envio de uma caixa com o livro utilizado na atividade para casa, já com o registro desse
trabalho. Destaque a importância da história contada para os bebês. Incentive os responsáveis a registrarem a
vivência com suas observações e sugestões. Todo esse material poderá ser compartilhado com a comunidade
escolar em um rico acervo na escola.

438
Atividade: Caixa surpresa musical

 EI01CG03  EI01TS01  EI01TS03


CAIXA SURPRESA MUSICAL
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Proponha um momento para cantarolar com os bebês no qual será utilizada uma caixa grande com objetos
ou figuras que lembrem as músicas. Deixe preparado um varal, que pode ser feito de barbante, corda, linha
ou tecido, com os pregadores. Construa-o de forma gradativa, ou seja, a cada nova música cantada com os
bebês: fixe uma figura que a represente. Organize um canto próximo ao varal na área externa com um tapete
bem colorido, que pode ser feito de retalhos de tecidos costurados um ao lado do outro, com um tecido estam-
pado ou com tecido liso. No centro, deixe a caixa surpresa em que estarão as figuras e/ou os objetos que serão
utilizados na vivência.
A atividade poderá ser repetida outras vezes ao longo do ano, variando os objetos e as canções que serão
exploradas, bem como incluindo a participação dos responsáveis, de outros bebês e de adultos da escola.

 Materiais
•  Playslist, pen drive ou CD com canções que os bebês já Sugestões de vídeo
conheçam;

•Borboletinha. Versão da Galinha
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
Pintadinha. Disponível em: https://www.
•  Figuras ou objetos que lembrem as canções, por youtube.com/watch?v=28iW_O5qWfU. Acesso
exemplo: aranha, borboleta e formiga; em: 5 jun. 2021.
•  Pregador e um varal, que pode ser feito de barbante,
•Dona Aranha. Versão da Galinha Pintadinha.
corda, linha ou tecido; Disponível em: https://www.youtube.com/
•  Tapetes coloridos; watch?v=MuBgIfBR1kA. Acesso em: 5 jun. 2021.

•Formiguinha. Versão da Galinha Pintadinha.
•  Uma cesta de brinquedos de que os bebês mais gostem; Disponível em: https://www.youtube.com/
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e watch?v=78xEaW5GJ0g. Acesso em: 5 jun. 2021.
uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
O varal no qual serão penduradas as figuras depois de seu manuseio pelos bebês deverá ser montado em um
momento anterior à proposta e em um local estratégico, próximo às árvores, garantindo que os bebês circulem
livremente e tenham fácil acesso a ele. O mesmo vale para o canto próximo ao varal na área externa com o
tapete bem colorido. Assim você deixa o espaço mais convidativo para a vivência. Em cima dele, coloque a caixa
musical, como surpresa, onde estão guardadas as figuras ou os objetos das canções.

439
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que maneira os bebês imitam gestos e movimentos de seus pares, dos adultos e dos animais ao
cantarem as canções? Eles acompanham com o olhar e depois movimentam que partes do corpo?
2. Durante a proposta, de que forma os bebês exploram os sons produzidos com o próprio corpo e com
objetos do ambiente? Eles balbuciam, batem palmas e/ou os pés?
3. Como os bebês exploram as diferentes fontes sonoras e materiais que acompanham a proposta? Eles
golpeiam os objetos, os sacodem ou os levam à boca?

 Para incluir todos


Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro e esteja disponível perto
deles para que tenham acesso ao varal. É preciso que ele esteja em uma altura acessível para os que ainda
não se locomovem com autonomia. Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte
para os movimentos deles e também para acolhê-los quando necessário.

O QUE FAZER DURANTE

Converse com os bebês de todo o grupo acerca da proposta A


1
que será realizada, ou seja, um momento de cantarolar com a Possíveis falas do professor
caixa surpresa musical. Inicie fazendo uma roda e cantarolan- — Vejam o que encontramos dentro da
do uma das canções para envolver o grupo na proposta. Ques- nossa caixa! (faça cara de espanto).
tione a turma sobre o que tem dentro daquela caixa. Chame a — É uma? (possibilite que os bebês
atenção deles balançando a caixa e convidando-os para senta- respondam livremente) Quem sabe o que é?
rem-se próximos dela. Instigue a curiosidade deles ao retirar a
primeira figura ou objeto que lembre a canção já conhecida pe- B
los bebês. Tenha um cesto de brinquedos preferidos dos bebês Possível ação dos bebês
disponível para que eles possam usar, caso necessário. A B
bebê poderá bater as pernas
•O
freneticamente e estender seus braços
2 Nesse momento, os bebês estarão próximos de você, cantando para pegar o objeto que está na mão do
a canção. Entre na brincadeira com eles. Possibilite que fiquem professor.
livres para continuar suas iniciativas de exploração e intera- Converse com os bebês, sendo recíproco
ções, intervenha a partir de suas observações, necessidades às suas ações e nomeie o que acontece.
e de seus interesses. É relevante que as ações e as situações
sejam conversadas com os pequenos previamente. Registre os C
momentos, se possível, com fotos, vídeos e pequenas anota- Possível fala do professor
ções. C D
— Quem conhece alguma música que
fale de aranha? Vamos cantá-la?
3 Note como acontece a exploração das figuras ou dos objetos
que gradativamente estão sendo retirados da caixa musical.
D
Atente-se aos pontos de maior interesse. Continue a brincadei-
ra: retire você também um objeto e faça boas intervenções a Possível ação dos bebês
partir da ação dos bebês. Explore os gestos da música e imite os bebê retira uma aranha da caixa
•O
bebês, aprofundando as experiências com as expressões corpo- musical surpresa. Ele a observa, a
rais iniciadas na atividade Leitura de história, deste conjunto. manuseia e explora com a ponta de seus
dedos a textura do objeto.

440
Atividade: Caixa surpresa musical

4 Depois da exploração dos objetos e das figuras de forma livre,


verifique se algum bebê está próximo do varal mexendo no E
barbante com os dedos. Valide sua iniciativa e sua descoberta, Possíveis falas do professor
convidando os demais, em pequenos grupos, duplas ou indi-
— Você quer pendurar esse objeto no
vidualmente, para acompanhar você até o varal e prender as varal? (nomeie-o).
fotos. Nesse momento, observe o bebê que oferece a você o ob- — Se o pegarmos pela ponta, será que
jeto que se encontra em suas mãos para prendê-lo no varal. Ele conseguimos? Vamos tentar?
pode tentar diversas vezes e buscar, com o olhar, seu auxílio. E

Para finalizar
Converse com os bebês e convide-os para começar a organizar o espaço. Para ajudar na localização tem-
poral, avise-os qual será o próximo acontecimento do dia. Informe o quão importante é organizar o espaço
antes de seguir para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês nesse momento.
Use uma música que marque o momento de arrumação com o grupo. Para quem já finalizou sua participa-
ção na vivência, deixe disponível uma caixa com os brinquedos preferidos da turma.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, se possível, em outros ambientes.
Organize uma caça ao tesouro com os objetos que lembrem as canções. Conforme forem sendo encontrados,
inicia-se a canção.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para acompanhar o desenvolvimento dos bebês por meio dos relatos das experiências
vividas por eles de forma conjunta. Monte um mural interativo e apresente os registros feitos pelos professores. Se
preferir, envie os relatos para os responsáveis como informativos e até por meio de um portfólio (on-line ou físico).

441
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

 EI01CG03  EI01TS01  EI01TS03


MÚSICAS DE
TRADIÇÃO ORAL
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Faça uma pesquisa sobre os trabalhos dos grupos Barbatuques, Tiquequê ou Grupo Triii ou utilize músicas
conhecidas que apresentem ritmo para as batucadas. Organize o espaço em cantinhos juntando os materiais
de largo alcance, como, por exemplo, colheres de pau e panelas, latas de alumínio, varetas, potes ou bacias.
Podem ser feitos também diferentes chocalhos com garrafas PET cheias de arroz, feijão, milho ou miçangas.
Delimite o espaço pendurando tecidos em um varal com pregadores.
A atividade poderá ser realizada diversas vezes no ano, em ambientes variados e com instrumentos diferentes,
ampliando o repertório cultural e as condições de exploração dos bebês.

 Materiais
•  Materiais de largo alcance, como latas de alumínio, colheres de madeira, panelas, potes e bacias, para
os bebês experimentarem a produção de sons, cada um ao seu modo, dos objetos apresentados a eles;
•  Tecidos;
•  Pregador de roupa;
•  Corda para delimitar o espaço previamente (use barbante ou fios de tecido caso não tenha corda);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a área externa de forma atrativa, primeiramente delimitando o espaço com os tecidos pendurados
com cordas (barbante, fios de tecido etc.). Pendure os tecidos como se fosse estender o lençol em um varal.
Posteriormente, organize os cantinhos de forma a combinar os materiais de largo alcance, como latas de
alumínio, colheres de madeira, panelas, potes, bacias etc.
Sugestões:
•  Cantinho 1 com panelas e colheres de madeira.
•  Cantinho 2 com potes, bacias e colheres.
•  Cantinho 3 com latas de alumínio.

442
Atividade: Músicas de tradição oral

 Perguntas para guiar suas observações

1. Durante a proposta, de que forma os bebês exploram os sons produzidos com o próprio corpo e
com os objetos disponíveis? Eles batem palmas e/ou pés e balbuciam?
2. Como os bebês imitam os gestos e os movimentos de outros bebês e de adultos presentes na
proposta? Eles movimentam que partes do corpo a partir do olhar observador?
3. Como os bebês exploram as diferentes fontes sonoras e os materiais que acompanham essa
proposta? Eles batem os objetos, os sacodem, os levam à boca?

 Para incluir todos


Convide os bebês para realizar a proposta e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro e
esteja disponível perto deles para garantir o acesso aos cantinhos organizados. Narre o que está acontecendo
e faça de seu corpo um suporte para os movimentos deles, acolhendo-os quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

Converse com os bebês de todo o grupo acerca da proposta A


1
que será realizada, ou seja, um momento de cantar músicas Possíveis falas do professor
de tradição oral. Inicie fazendo uma roda e cantarolando uma — Vejam o que encontramos neste lado!
das canções para envolver o grupo na atividade. O contato com (cara de espanto).
elas já favorecerá o desenvolvimento da atividade Leitura de — Que som será que faz?
rimas, deste conjunto. Chame a atenção deles para os cantos — Quem quer batucar também?
e os materiais ali organizados. Instigue a curiosidade da turma
ao bater a colher em uma panela e convide todo o grupo a ob-
servar os cantinhos. Converse com os bebês, sendo recíproco
às suas ações e nomeie o que acontece. A
B
Possível fala do professor
2 Nesse momento, os bebês exploram cantos de forma livre. In-
centive-os a continuar suas iniciativas de descobertas e inte- — É diferente, não é? Veja esta colher:
rações; intervenha a partir das observações, dos interesses e é feita de madeira igual os troncos das
árvores.
das necessidades deles. Registre os momentos, se possível,
com fotos ou vídeos e pequenas anotações para reflexão pos-
terior. B C C
Possível ação dos bebês
3 Note como acontece a exploração dos objetos que gradativa- bebê poderá bater as pernas
•O
mente estão sendo descobertos pelos bebês. Atente-se aos freneticamente e estender os braços
pontos de maior interesse. Continue na brincadeira com eles, para pegar a colher que está na mão
sente-se com uma dupla que esteja no canto com os chocalhos do professor. O pequeno pode pegar
e cante nesse momento, utilizando os objetos para fazer os e explorar com os dedos a colher de
ritmos. Interaja também com os bebês usando o próprio corpo madeira, passando-os nas ranhuras e
permanecendo nessa exploração por
como brinquedo, por meio, por exemplo, de recursos da tradi- um longo período.
ção oral. Atente-se aos balbucios e aos sons que os pequenos

443
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

fazem nesse momento e como usam o corpo para fazer sons. Em D


seguida, inicie movimentos para que eles possam imitá-los. D Possível fala do professor
O professor aponta o dedo para a palma
4 Depois da exploração dos objetos e dos materiais de forma li- da mão do bebê e pergunta:
vre, observe se algum bebê faz tentativas de trocá-los com os — Cadê o toucinho que estava aqui? O
colegas. Valide suas iniciativas e suas descobertas e atente-se gato comeu.
aos pequenos grupos, às duplas ou aos bebês que exploram
os cantinhos individualmente. Nesse momento, observe o bebê
que oferece a você o objeto que se encontra nas mãos dele,
logo após ter explorado o material de diversas formas. Observe
a maneira como essa exploração acontece, cante com os bebês
e valorize os sons produzidos, traga as canções usadas e ob-
serve como os pequenos podem vir a cantá-las e balbuciá-las.
Por exemplo: você pode cantar e fazer o ritmo de uma canção
com os objetos. Sugestão: “um, dois, três indiozinhos” – cada
vez que dizemos oralmente os números batemos nos objetos,
acompanhando o ritmo.

Para finalizar
Converse com os bebês e convide-os para organizar o espaço. Para ajudar na localização temporal deles,
avise-os qual será o próximo acontecimento do dia. Informe o quão importante é organizar o local antes
de seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês nesse momento. Use
uma música que marque o momento de arrumação com o grupo. Para quem já finalizou a participação na
vivência, deixe disponível uma caixa com os brinquedos preferidos da turma.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos pequenos, se possível, em outros
ambientes. Una os batuques às músicas que já são de conhecimento dos bebês da sua região e pesquise outras
para ampliar o repertório deles. Utilize-as na reapresentação da vivência.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para acompanhar o mural interativo, que poderá ser manuseado por eles nos horários
de entrada e saída. Ao brincar, os responsáveis podem deixar relatos sobre as experiências vividas pelos bebês
de forma conjunta. Em complemento ao mural, apresente os registros feitos pelos professores ou envie-os para
casa dos bebês como informativos e até mesmo organizados em um portfólio.

444
Atividade: Leitura de rimas

 EI01CG01  EI01EF05  EI01EF07


LEITURA DE RIMAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Utilize um livro de rimas para a proposta. É possível fazer uma pesquisa na bi- Sugestões de leitura
blioteca local ou na internet para verificar o que há disponível.

•Rima ou combina?
Organize o ambiente da proposta com alguns objetos ou figuras presentes na Autora: Marta Lagarta.
história. Faça um mural para colar as figuras, com velcro ou plastificadas, ou as (Ática, 2010).
pendure com prendedor de roupa.
•Você troca? Autora: Eva
A atividade poderá ser realizada em diversos momentos do ano, variando as obras Furnari. (Moderna, 2002).
a serem exploradas e o modo como será apresentada aos bebês.

 Materiais
•  Objetos presentes na história;
•  Livro da história a ser explorada;
•  Um mural ou barbante e prendedores de roupa para fixar as figuras;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Figuras impressas que remetem à história, com velcro atrás (podem também ser plastificadas), para
que possam ser coladas e descoladas do mural previamente montado ou penduradas em um varal com
prendedores de roupas;
•  Uma caixa de brinquedos de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Organize os materiais de forma atrativa na sala. Coloque uma sonorização no ambiente, se desejar. Escolha
um local seguro para montar o mural e delimite seu tamanho de forma que fique na altura dos bebês e que eles
possam ter autonomia para colocar as figuras nele e depois retirá-las.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Durante a proposta, de que forma os bebês exploram e interagem com a atividade? Usam os
materiais impressos e o livro?
2. Como os bebês imitam as variações de entonação e os gestos realizados pelos adultos ao lerem
histórias e ao cantar?
3. Como os bebês movimentam as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades
e desejos?

445
Unidade: Brincadeiras com a linguagem

 Para incluir todos


Convide os bebês para realizarem a proposta e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro
e esteja disponível perto deles para que tenham acesso ao local organizado. Narre o que está acontecendo e
faça de seu corpo um suporte para os movimentos deles, acolhendo-os quando for necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com os bebês de todo o grupo acerca da proposta


que será realizada, ou seja, um momento de leitura com rimas.
Inicie fazendo uma roda e cantarolando uma canção para en-
volver o grupo na proposta, relembrando algumas canções uti- A
lizadas na atividade Músicas de tradição oral, deste conjunto. Possíveis falas do professor
Instigue a curiosidade deles apresentando o livro que será utili-
— Veja! (cara de espanto).
zado e o que vocês vão encontrar ao lê-lo. Converse com os be- — Que imagem é essa? Quem a reconhece?
bês, sendo recíproco às suas ações e nomeie o que acontece. A

2 Nesse momento, os bebês estarão próximos de você. Procure B


variar a entonação de sua voz sempre que contar uma rima. Possível fala do professor
Isso chamará a atenção deles. Observe as reações e as pos-
— Veja! Sim! Temos uma parecida aqui
síveis imitações que poderão surgir. É relevante que as ações (objeto de pelúcia ou confeccionado de
e as situações sejam conversadas com os bebês previamente. forma não estruturada ou algo presente
Registre a atividade, se possível, com fotos, vídeos e pequenas no cotidiano do bebê relacionado com a
anotações. B C rima). Você troca (mude seu tom de voz
para grave) por esse objeto (nomeie e
Note como acontece a expressão corporal dos bebês ao faze- mude seu tom de voz para agudo).
3
rem tentativas de pegar as figuras impressas ou ao manusear o
mural de imagens. Atente-se aos pontos de maior interesse e a
quais intervenções podem ser feitas, tais como brincar de querer C
trocar algo, imitar o som do personagem presente no livro etc. Possível ação dos bebês
bebê explora o livro, passa as mãos
•O
4 Depois da exploração, possibilite que os bebês manuseiem o pelas páginas, acariciando-as, sentindo
livro no qual está a história rimada. Observe se algum deles faz as imagens que estão ali. Nesse
tentativas de pegar as figuras também no livro e se imita a sua momento, pode encontrar algo familiar
ação ao manuseá-lo, como, por exemplo, a forma de virar as e voltar seu olhar para o entorno,
fazendo tentativas de dividir sua
páginas, ou se passa os dedos em cima das frases da história. descoberta.
Valide iniciativas e descobertas.

Para finalizar
Converse com os bebês e convide-os para organizar o espaço. Para ajudar na localização temporal, avi-
se-os qual será o próximo acontecimento do dia. Informe o quão importante é organizar o local antes de
seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês nesse momento. Use
uma música que marque o momento de arrumação com o grupo. Para quem já finalizou a participação na
vivência, deixe disponível uma caixa com os brinquedos preferidos da turma.

446
Atividade: Leitura de rimas

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar a vivência aos bebês, Sugestão de leitura
se possível, em outros ambientes. Una os batuques com materiais de largo

•Assim assado. Autora:
alcance às músicas rimadas que já são de conhecimento dos bebês da sua
Eva Furnari. (Moderna, 1991).
região e também pesquise outras para ampliar o repertório deles.

 Engajando as famílias Sugestão de vídeo



•Assim assado. Palavra
Convide os responsáveis para acompanhar o mural que foi montado com as Cantada. Disponível em:
https://www.youtube.com/
observações feitas pelos professores na proposta com os bebês. Apresente
watch?v=6O_cgx_IXPs.
os registros feitos de forma atrativa e estética para aguçar a imaginação de Acesso em: 5 jun. 2021.
todos, ou envie os relatos para casa como informativos.

447
26
AP

CONJUNTO

UNIDADE

DANÇA
A dança é uma manifestação cultural tão antiga quanto a história da civilização huma-
na. Ao planejar espaços e tempos para a prática, é importante garantir uma diversidade
de danças, ritmos e instrumentos, considerando opções regionais, populares, clássicas
etc. Afinal, ampliar o repertório ajuda na construção de um olhar atento e respeitoso
quanto às diferenças. Além de aprendizado, dançar provoca prazer. É interessante convi-
dar os bebês para dançar entre eles, com os adultos ou mesmo com objetos. Aos poucos,
eles percebem a relação do corpo com a música e a potência dos seus gestos e dos seus
movimentos.

448
Unidade: Dança

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.
Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
EI01EO05
brincadeira e descanso.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
EI01ET06
balanços, escorregadores etc.).

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Traços, sons, Espaços, tempos,


e o nós e movimentos cores e formas quantidades, relações
e transformações

449
Unidade: Dança

 EI01EO05  EI01CG01  EI01TS03


DANÇAS, BALANÇOS
E ACALANTOS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
É importante realizar uma pesquisa junto dos responsáveis pelos bebês sobre os acalantos que os embalam
nos diversos momentos do cotidiano. Para isso, elabore um impresso compartilhando a ideia da proposta que,
nesse caso, é propiciar, no contexto escolar, momentos prazerosos com a dança e com a música que remetam
à vivência cultural familiar.
A atividade pode acontecer em outros momentos do ano, variando os desafios dos movimentos conforme os
bebês ampliam suas condições motoras.

 Materiais
•  Impressos da pesquisa enviados aos responsáveis;
•  Algum instrumento de percussão ou objeto sonoro para marcar os tempos e os ritmos dos acalantos,
como potes ou garrafinhas com grãos e outros elementos, tambores, latas de diversos tamanhos, com
ou sem tampa, bexigas e tecidos;
•  Tapetes;
•  Almofadas;
•  Mantas;
•  Cobertores;
•  Fraldinhas de pano;
•  Um cesto com objetos de escolha dos bebês;
•  Materiais de largo alcance e conhecidos pelos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Crie um cenário de acalanto com os materiais listados no ambiente da sala ou no espaço externo, como
embaixo de uma árvore frondosa ou em outro espaço acolhedor e aconchegante.

450
Atividade: Danças, balanços e acalantos

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as impressões e as reações dos bebês ao ouvir uma música familiar?
2. Os bebês procuram imitar o movimento do adulto ou dos colegas durante as danças promovidas pelos
balanços dos acalantos?
3. Os bebês demonstraram preferência ou satisfação em alguma situação pontual da atividade de dança?

 Para incluir todos


Garanta que todos tenham condições para participar. Nesse contexto, cuide para que todos os bebês tenham
o apoio necessário. Garanta um espaço seguro para quem consegue se sentar com autonomia e um espaço de
mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Compartilhe com os bebês a atividade que será realizada, dizendo que vocês
irão até a área externa para cantar músicas que os adultos que convivem com
eles em casa cantam. Chame a atenção tocando suavemente um pandeirinho,
chocalho ou outro objeto sonoro que lembre percussão. Priorize falar baixo
e suave, mas animadamente, convidando os bebês. Estimule a participação
de todos e antecipe algumas situações para atender aos interesses deles, de
forma que tenham seus tempos e espaços respeitados. Como sugestão, leve
para o local da atividade um cesto com objetos de escolha dos bebês.

2 Inicie o trajeto com um acalanto previamente selecionado dentre as contribui-


ções dos responsáveis, caminhe cantando e dançando com os bebês, condu-
A
zindo-os, preferencialmente, em pequenos grupos, ao local onde a atividade
será realizada. Na atividade Dançando em dose dupla, deste conjunto, os Possível fala
do professor
bebês terão a oportunidade de interagir com seus pares de maneira mais pró-
xima. É imprescindível que o ambiente esteja organizado conforme sugerido — Olhem o paninho que
anteriormente. Possibilite que os bebês escolham onde querem se aconchegar, o colega pegou! Que
cheiro gostoso! Hum,
quais objetos querem e com quem preferem interagir. Cante um nana-neném, dá vontade de “nanar”.
inicialmente com o recurso da voz. Caso você não conheça essa cantiga, faça Quem quer um paninho
uma pesquisa na internet. Observe atentamente quem se aproxima dos paninhos para nanar?
e chame a atenção dos demais bebês, partindo dessa exploração. A

3 Agora que os bebês já estão familiarizados com o ambiente e já estão inse-


ridos em uma proposta musical, é interessante que você siga cantando o na-
na-neném e introduza elementos que favoreçam os embalos da canção. Para
isso, improvise com um paninho um “saquinho de bebê”, fazendo de conta que
tem um nenê ali dentro, embalando-o. A ideia é que, por meio desse gesto
de balançar, os bebês sejam sutilmente convidados para embalar e balan-
çar-se, fazendo uso do recurso da imitação. Embale os bebês, iniciando pelos

451
Unidade: Dança

menores, para que se sintam acolhidos e desfrutem do balanço dos acalantos. B


Você pode fazer isso, assim como os demais adultos presentes, se houver. No Possível fala
decorrer dessa etapa, uma sugestão é que você troque o cantar por cantaro- do professor
lar respeitando o ritmo e balanço do acalanto: “mmmmmm” ou “lalalalá”. B — Vejam, nosso bebê
está balançando! Vamos
Nessa etapa, agregue mais um elemento à atividade. Para isso, utilize os obje- balançar, sentir nosso
4 corpo balançar junto
tos sonoros presentes no ambiente para marcar os ritmos e os tempos da can- com o bebê? Como
ção, atribuindo significado a esses objetos junto dos bebês. Use, por exemplo, balançamos nosso
chocalhos, como potes ou garrafinhas com grãos e outros elementos, tambores, corpo?
como latas de diversos tamanhos, com ou sem tampa, com bexiga e tecido,
entre outros, de diversos tamanhos e timbres. Apresente os objetos aos bebês
e convide-os para explorar os materiais, balançando-os, enquanto cantam e C
tocam. Instigue os bebês a se movimentarem em diferentes ritmos, lentos ou Possíveis falas
do professor
rápidos, e a cantar em timbres variados, como agudos e graves. É relevante
que você utilize os objetos de forma ritmada e que seus gestos acompanhem o — Agora vamos cantar
andamento das canções para que inspire os bebês a fazerem o mesmo. Assim, forte! (cante grave)
— Agora bem fininho.
eles vão adquirir experiências com diferentes balanços e ritmos. C (cante agudo)
— Gente, o nenê está
5 Agora que os bebês estão familiarizados com as propostas, apresente os ou- com pressa, vamos
tros acalantos trazidos pelos responsáveis, replicando as estratégias anterio- acompanhar? (cante
res. Compartilhe com os bebês quem enviou a música. Sinalize que vão cantar rápido)
uma música que um adulto canta na hora do banho, na hora de dormir, dentre — Como podemos
dançar quando
outros momentos. Dessa maneira, você vai encadeando as canções enviadas cantamos
pelos responsáveis até a finalização da atividade. aceleradamente?
— Ufa! Cansei, vamos
Para finalizar descansar? (cante lento)
Avise os bebês que em dez minutos vocês vão começar a guardar as coisas — E agora, que
movimentos podemos
e compartilhe com eles a próxima proposta. Diga o quanto foi bom dançar e fazer quando cantamos
cantar com eles. Peça ajuda para que, dentro de suas competências, cada um assim, mais lento?
possa organizar os objetos no lugar – cestos ou caixas, se for o caso – e que
voltem para a sala cantando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Atividade pode ser realizada em contexto de interação com outras faixas etárias, uma vez que os bebês um
pouco maiores tendem a se considerar grandes e demonstram prazer em cuidar e interagir com os menores.
Seria uma boa oportunidade para todos os bebês se sentirem embalados, acalentados e, acima de tudo, inte-
ragirem com o outro.

 Engajando as famílias
Envie um convite antecipado aos responsáveis para que participem da atividade, explicando que, na oportuni-
dade, vão cantar e embalar todos os bebês, ampliando suas experiências e contribuindo para o desenvolvimento
e a aprendizagem de todos.

452
Atividade: Dançando em dose dupla

 EI01CG02  EI01CG03  EI01ET06


DANÇANDO EM DOSE DUPLA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade, busque a participação dos responsáveis. Para isso, envie um bilhete solicitando que colabo-
rem com a proposta, enviando imagens ou fotos em contextos em que estejam dançando.
A atividade pode acontecer em outros momentos do ano, variando os desafios dos movimentos conforme os
bebês ampliam suas condições motoras.

 Materiais
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis;
•  Imagens ou fotos de pessoas ou dos responsáveis pelos bebês dançando;
•  Uma mala ou uma caixa com adereços diversos;
•  Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver sua imagem refletida ao mesmo
tempo;
•  Brinquedos de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada no espaço da sala. É importante que o ambiente seja preparado e que a proposta
seja feita perto do horário de saída dos bebês. Realize a atividade em uma área próxima a um local com espelho
grande, preferencialmente, e fixado na horizontal. Utilize as imagens e as fotos na composição do ambiente. Uma
dica é fazer uso de varal e móbiles, dentre outros. Lembre-se de priorizar a locomoção dos bebês de modo seguro.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês demonstram percepção de seus movimentos ao se verem no espelho e ao vivenciarem


diferentes ritmos?
2. De que forma os bebês exploram suas condições motoras durante a proposta? Eles se arriscam
em novos movimentos, mexem o corpo de forma global ou partes dele?
3. Os bebês dão indícios de que estão ampliando seus movimentos por meio da imitação de adultos
e de outros bebês? Como tentam reproduzir esses movimentos? Seguem a interação temporal ou
fazem uso de imagens e de fotos disponíveis?

453
Unidade: Dança

 Para incluir todos


Nesse contexto, auxilie os bebês que necessitam de apoio para se locomover e se acomodar. Garanta um
espaço seguro para aqueles que se sentam e também para os que andam com autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 No momento que antecede a saída dos bebês, conte que a turma receberá
a visita de alguns adultos que vão dançar e brincar com eles. Coloque uma A
música ambiente e receba os visitantes para participarem da proposta com Possível fala
do professor
os bebês. Possibilite que todo o grupo e seus responsáveis explorem o am-
biente, assim como na atividade Danças, balanços e acalantos, deste con- — Hoje nossa sala está
junto. Incentive a participação de todos, mas antecipe algumas situações que diferente. Olhem nossa
sala, que linda! Vamos
possam atender a outros interesses dos bebês. Dessa forma, eles terão seus dançar juntos? Vem
tempos e espaços respeitados. Como sugestão, deixe disponíveis alguns ma- dançar com a gente!
teriais preferidos deles. A

2 Concluído o momento de entrada, troque a música ambiente por canções mais


animadas e que contemplem alguns indicadores de movimento, como Cabeça,
ombro, joelho e pé, Pop, pop e Chinês, que podem ser facilmente encontradas B
na internet. A seleção vai favorecer, quase espontaneamente, a participação
Possível ação
dos adultos presentes e, assim, vai potencializar a participação dos bebês. dos bebês
Fique atento para que os bebês cujos responsáveis não puderem estar pre-
sentes possam participar da mesma forma que os demais. Acompanhe-os na bebê poderá
•Um
inclinar seu corpo para
composição dos gestos. Convide todos para dançarem e dê liberdade para frente, buscando pegar
que dancem seguindo seus próprios ritmos. um dos objetos e o
chapéu disponível. Em
Enquanto todos dançam, observe os bebês que mostrarem-se mais interes- seguida, pode querer
3 movimentar o objeto
sados e curiosos com o espelho. Participe com eles, seja individualmente ou
em direção à cabeça,
em pequenos grupos. Valide suas ações e os faça notar que os movimentos cobrindo o rosto. Ele
e as interações que estabelecem na dança também são refletidos nos espe- para por um momento,
lhos. Dê aos bebês diversas possibilidades de se olharem diante das diferen- volta a se movimentar,
tes perspectivas refletidas nos espelhos. Comunique para os demais a ação agora encaixando o
de um deles quando se olha. A ideia é que os bebês se percebam e tenham chapéu em sua própria
uma visão mais ampla dos colegas e dos adultos ali presentes, favorecendo cabeça. Balbucia,
buscando chamar
os jogos de imitação. a atenção de outro
bebê, que vem ao seu
4 Surpreenda os presentes. Pause a música e dê umas batidinhas ritmadas, encontro. Ele retira o
apresentando a caixa com os adereços para os bebês e os adultos. Observe chapéu da cabeça e
os bebês que demonstram interesse, garanta que escolham e peguem os ob- coloca na do colega;
ambos se olham no
jetos que desejarem. Ligue o som, dessa vez com músicas menos direciona- espelho da sala e
das para as partes do corpo, e possibilite que todos fiquem à vontade para sorriem com a situação.
explorarem os objetos que estão na mala. B

454
Atividade: Dançando em dose dupla

5 Por fim, coloque músicas mais tranquilas e calmas, como Ciranda da bai-
Sugestões de vídeo
larina, Gatinha manhosa e Lindo lago do amor, interpretadas por Adriana
Partimpim. As músicas devem convidar os bebês a dançarem em um
•Ciranda da bailairina.
ritmo mais lento e introspectivo. Assim, todos vão diminuir o ritmo na- Compositores: Chico Buarque
e Edu Lobo. Intérprete:
turalmente. Sinalize que a brincadeira está terminando, comunicando
Adriana Partimpim. Disponível
a eles a próxima atividade que, preferencialmente, deve ser realizada em: https://www.youtube.
na área externa. com/watch?v=huyhO3IPRtk.
Acesso em: 14 jun. 2021.
Para finalizar
•Gatinha Manhosa.
Compartilhe com os bebês que a atividade está se aproximando do Compositor: Erasmo
Carlos. Intérprete: Adriana
fim e convide-os para guardarem os adereços dentro de um cesto. Co- Partimpim. Disponível em:
munique que os objetos ficarão disponíveis junto dos demais objetos de https://www.youtube.com/
manipulação. Conte com a ajuda dos adultos presentes e solicite que, watch?v=PF5funV0ZJU.
se possível, auxiliem na organização dos mobiliários. Essa organização é Acesso em: 14 jun. 2021.
importante para que sejam viabilizadas condições de definição do espaço
•Lindo lago do amor.
Compositor: Gonzaguinha.
que não comprometam os encaminhamentos das atividades cotidianas.
Intérprete: Adriana
Contudo, deixe disponíveis por mais alguns dias os móbiles e os outros Partimpim. Disponível em:
materiais que não interfiram na rotina e que remetam à proposta reali- https://www.youtube.com/
zada. O objetivo é que a interação possa ser repetida ao longo dos dias, watch?v=Mp6uXexDyaQ.
uma vez que, agora, esses materiais estão carregados de significado Acesso em: 14 jun. 2021.
para os bebês. Por fim, agradeça a participação de todos e se despeça
dos bebês e seus responsáveis.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Filme a atividade e projete a vivência realizada em local com espaço adequado para mobilidade, onde seja
possível que os bebês, ao assistirem a si mesmos, sintam motivação para dançar ainda mais. Para esse momento,
disponibilize os adereços e convide outras turmas da escola para participarem, ampliando as possibilidades de
interação e, consequentemente, situações de aprendizagem dos bebês.

 Engajando as famílias
Envie um convite antecipado aos responsáveis para que, aqueles que desejarem, possam participar da ativi-
dade. Explique que a proposta será realizada no final do período, viabilizando a participação de todos. Deixe
claro que, na oportunidade, eles dançarão em dose dupla com os bebês. Dessa forma, serão estreitados os
vínculos estáveis que geram segurança e proporcionam a ampliação de experiências que contribuem para o
desenvolvimento e a aprendizagem.

455
Unidade: Dança

 EI01CG02  EI01TS01  EI01TS03


DANÇA DO BARULHO
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, você precisa antecipar e/ou confeccionar os objetos sonoros a serem utilizados, como
latas, potes, tocos de madeira, pandeiros, chocalhos de madeira, de plástico e de metal, cascas de cocos, fundos
de garrafas PET, molho de chaves, paus de chuva, cabaças, guizos, pandeiros, tambores, tréculas, chincalhos,
reque-reques, tam-tans e maracas. Pesquise na internet bons tutoriais para confeccioná-los, de acordo com os
materiais que estiverem disponíveis em sua escola.
A atividade pode acontecer em outros momentos do ano, variando os desafios dos movimentos conforme os
bebês ampliam suas condições motoras. Conte com a ajuda de outro professor ou auxiliar para desenvolver a
proposta.

 Materiais
•  Objetos sonoros diversos de madeira, metal e plástico, como latas, potes, tocos de madeira, pandeiros,
chocalhos de madeira, de plástico e de metal, cascas de cocos, fundos de garrafas PET, molho de
chaves, paus de chuva, cabaças, guizos, pandeiros, tambores, tréculas, chincalhos, reque-reques, tam-
tans e maracas;
•  Um cesto com os objetos de que os bebês mais gostam;
•  Cestos para disponibilizar os diversos tipos de objetos sonoros;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Priorize realizar a atividade em ambiente externo; dessa forma, o som não ficará concentrado em um único
ambiente, minimizando o impacto dos ruídos emitidos pela exploração dos objetos. Distribua os objetos em
cestos espalhados pelo ambiente e tente agrupá-los por características similares. Nesse contexto, todos os
objetos de metais ficam em um organizador; em outro ficam os de madeira; e, num terceiro, os objetos de
plástico. Essa organização auxilia a percepção dos bebês quanto a diferenças e a semelhanças dos objetos
disponíveis e visa a potencializar o interesse pela exploração, ao perceberem que cada um desses instrumentos
tem especificidades distintas quanto a características como som, peso, textura, temperatura, cor e tamanho,
dentre outras.

456
Atividade: Dança do barulho

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como cada bebê reage à proposta? Eles têm interesse em trocar os objetos, permanecem com o
mesmo durante toda a atividade ou ainda manuseiam mais que um objeto por vez? Quais objetos
mais provocam interações?
2. Ao explorarem os objetos, você observa que os bebês tiveram percepção de que seus movimentos
têm ações diretas nos sons emitidos? Como?
3. Ao brincar com os objetos sonoros o bebê demonstra realizar movimentos de danças a partir da
emissão sonora ou parece dançar para criar sons? Os bebês imitam uns aos outros?

 Para incluir todos


Assegure que todos os bebês tenham condições de participar. Nesse contexto, cuide para auxiliar os bebês
em suas necessidades de locomoção. Garanta um espaço seguro para todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 Comece escolhendo um dos objetos sonoros; coloque-o em uma caixinha e


faça uma surpresa para os bebês. Movimente-a para chamar a atenção dos
pequenos. Ao perceber que os bebês estão atentos a você, abra a caixinha e
mostre o objeto, manuseando-o de forma a emitir sons. Na sequência, cante
uma música familiar ao grupo, tentando marcar o ritmo, fazendo uso desse
objeto. Compartilhe com os bebês que você preparou um lugar com muitos
desses e que eles irão até lá brincar. Incentive a participação de todos. Na
atividade Clássico para dançar, ouvir e tocar, deste conjunto, os bebês po-
derão explorar outros objetos para sentir a música clássica. Esteja atento aos
interesses e aos ritmos dos bebês, auxiliando-os nos pequenos grupos, mas
também em manifestações individuais, garantindo que cada um tenha seu
tempo e espaço respeitados. Deixe de fácil acesso um cesto com os objetos
preferidos dos bebês para que façam uso quando desejarem.

2 Ao chegar no local da atividade, possibilite que os bebês explorem o espaço


e os cestos a fim de que descubram suas preferências, escolhendo o tempo
de permanência de acordo com os próprios interesses. Favoreça a exploração
dos bebês que necessitam de auxílio para se aproximar dos cestos ou mesmo
para tocar, segurar e explorar os objetos sonoros. Nesse momento, aprovei-
te para fazer registros das ações dos bebês. Nessa etapa, é importante que
haja mais de um professor ou auxiliar, de modo que todos os bebês tenham o
apoio necessário durante a exploração nos pequenos grupos.

3 Agora que os bebês estão mais familiarizados com os objetos, observe-os


atentamente, verificando os que estão produzindo sons com o próprio cor-
po em interação com os objetos do ambiente e convide os demais para fa-
zerem o mesmo. Nesse momento, a brincadeira vai estar bem divertida e,

457
Unidade: Dança

provavelmente, a atenção do grupo deve estar nas surpresas dos resultados A


de cada movimento. Continue observando e veja que alguns bebês estão ar- Possíveis falas
riscando novos movimentos e convide-os a dançar. Imite-os, valorizando suas do professor
ações, e chame-os para dançar, pedindo que observem como a ação deles — Olha! O amigo está
interfere diretamente no som e nos ritmos experimentados. A B sacudindo os braços!
Vamos ouvir que barulho
isso faz?
4 Cante canções conhecidas pelos bebês e tente marcar os tempos e a duração — E se eu chacoalhar
delas com objetos sonoros de diferentes timbres. Convide os bebês para tocar os meus bem rapidinho?
e dançar a partir dessa sinfonia. As músicas do grupo Barbatuques, facilmente Como podemos fazer?
encontradas na internet, podem ser excelentes aliadas nesse momento, com — Vamos todos balançar
seus diferentes ritmos. bem rápido! Agora bem
devagar.
Para finalizar
Depois de brincar muito, esteja atento ao interesse dos bebês. Quando ele B
começar a diminuir, antecipe a eles a próxima atividade e inicie o convite para Possível ação
voltar à sala tocando os instrumentos. Acompanhe-os cantando uma música dos bebês
enquanto retornam. Ao chegarem, solicite que guardem os objetos. Escolha bebê sentado
•Um
um espaço na sala onde esses objetos fiquem à disposição dos bebês, a fim poderá balançar os
de que os manipulem quando quiserem de forma autônoma. braços e agitar o
chocalho com força,
olhando para o
professor e sorrindo.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode firmar uma parceria com o professor e outras crianças da escola, sugerindo que confeccionem
objetos sonoros para serem compartilhados. Proponha ainda que, na ocasião da entrega, os bebês aproveitem
a oportunidade para tocar e dançar juntos, fazendo uso dos instrumentos. Dessa forma, o repertório dos bebês
será ampliado na interação com as crianças.

 Engajando as famílias
Providencie a caixa itinerante da atividade Dança do barulho. A proposta é que você selecione alguns objetos
sonoros e empreste-os aos responsáveis para que, em casa, eles brinquem, toquem e dancem com os bebês.
Junto da caixa, envie um caderno para que eles possam registrar a atividade por meio de texto, foto, imagem ou
desenhos, anotando como foi essa experiência sonora e lúdica. Na primeira página do caderno, contextualize
o objetivo da proposta. Possibilite que acrescentem objetos à caixa, caso desejem.

458
Atividade: Clássico para dançar, ouvir e tocar

 EI01EO05  EI01TS03  EI01ET06


CLÁSSICO PARA DANÇAR,
OUVIR E TOCAR
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Selecione algumas músicas clássicas. Use a internet para fazer essa Sugestões de música
seleção e/ou converse com um professor de música para escolher o
canoa virou. A prole do bebê.
•A
repertório. Priorize músicas que contemplam tempos, ritmos e dura-
no.2 / Cirandinhas [CD]. Artista: Heitor
ções diferenciados. Dessa forma, serão ampliadas as possibilidades Villa Lobos. (Naxos, 2001).
de experiências dos bebês. Além de selecionar as músicas, combine
•Clair de Lune. Debussy: Clair de
com um adulto da escola e peça para que, em horário previamente de- Lune and other piano favourites
finido, bata na porta e sinalize que está deixando no local a caixa com [CD]. Intérprete: Martin Jones.
objetos sonoros. A atividade pode acontecer em outros momentos do (Nimbus, 1994).

•Saiba. Adriana Partimpim [CD].
ano, variando os desafios dos movimentos conforme os bebês ampliam Artista: Adriana Calcanhotto. (BMG
suas condições motoras. Brasil, 2004).

 Materiais
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções clássicas ou MPB;
•  Caixa com diversos objetos sonoros confeccionados previamente, como chocalhos com grãos finos,
molhos de chaves, saquinhos com moedas lacrados, bastões de metal, paus de chuva, latas etc.;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Realize a atividade dentro da sala, previamente organizada. Considere as especificidades dos bebês e priorize
um espaço amplo que favoreça a mobilidade deles.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Durante a proposta, os bebês exploram os objetos sonoros? Demonstram autonomia para explorar
esses materiais ou precisam ser encorajados? Trocam objetos entre si?
2. Como demonstram interesse em experimentar diferentes ritmos e fluxos promovidos durante a atividade?
3. De que modo as situações de interação que a atividade promove contribuem para que os bebês
ampliem as possibilidades corporais? Por imitação? Por livre expressão? Por exploração?

459
Unidade: Dança

 Para incluir todos


Organize um espaço adequado para a mobilidade dos bebês, de modo que possam ir e vir com autonomia, seja
se apoiando, engatinhando ou se arrastando. Assegure um espaço para que os bebês que não têm autonomia
de locomoção participem das atividades propostas, seja observando os colegas, imitando seus movimentos ou
estando próximos ao grupo.

O QUE FAZER DURANTE

Inicie a atividade com sutileza enquanto os bebês estão envolvidos nos cantos A
1
fixos da sala ou explorando objetos e brinquedos. Coloque uma das músicas pre- Possíveis falas
viamente selecionadas e observe atentamente as ações e reações conforme o do professor
andamento da música. Perceba seus interesses e entusiasmo, note se interrom- — Olha, você está
pem o que estão fazendo para dar atenção ao que ouvem. Trata-se de um convite dançando!
sensorial para entrar na atividade. Aproveite o momento de dança para registrar Convide para dançar
cada um que esteja
a etapa por meio de filmagens, para que posteriormente possa analisar o quan- próximo ou incentive,
to essa alteração sonora no ambiente afeta os movimentos dos pequenos. A dizendo:
— Olha quem veio
2 Ao terminar a primeira canção, deixe o som do silêncio invadir o ambiente. Ob- dançar no meio da sala!
serve a reação dos bebês: se percebem o silêncio e se demonstram expectativa Dirija-se a todos,
perguntando:
de escutar mais uma canção. Faça perguntas que encorajem os bebês a parti-
— Quem mais vai querer
ciparem da atividade. Nesse momento, provavelmente você terá a atenção de dançar?
grande parte do grupo; aqueles que se locomovem já estarão até mais próximos
de você, e os que não o fazem, podem acompanhá-lo pelo olhar. Esteja atento à
expressão dos bebês que revelem desejo de ouvir mais músicas e registre-as. B B
Possíveis falas
Explique a proposta aos bebês e convide-os para dançar uma música mais do professor
3
animada. Coloque outra música e dance com os bebês. Observe as expressões — Ih! Acabou a música...
deles por meio de seus gestos e de como se movimentam, tentando ajustar o Será que tem outra?
corpo ao ritmo. Valorize suas ações e encoraje todos a ampliarem suas pos- — Hum... Quem quer
ouvir mais música?
sibilidades. Aproveite para fazer registros. Atue, não apenas no coletivo, mas Vamos?
também nos pequenos grupos e, se necessário, individualmente. Dance com
os bebês, segure suas mãos, pegue-os no colo e favoreça a participação de
todos. Promova situações em que se ampliem as possibilidades de dança dos
bebês, repertoriando por meio dos movimentos dos colegas. Teça comentários
relacionados a algum bebê que esteja balançando os braços, batendo os pés
ou outro movimento que possa inspirar os demais e faça um convite à imitação.

4 Em horário previamente combinado com um adulto, desligue a música, escu- C


te a batida na porta e veja se os bebês percebem essa interferência sonora.
Possível fala
Chame a atenção deles e convide-os a irem até a porta com você. Ao abri-la, do professor
pegue a caixa e faça uma expressão de surpresa. Veja se estão curiosos e ins-
— O que será que tem na
tigue-os, dizendo que tem uma surpresa na caixa. Abra uma pequena fenda, caixa? Olha, é grande!
incentive-os a se aproximar e encoraje-os a “espiar” seu conteúdo. Possibilite Quem quer vir aqui ver?
que façam tentativas de abri-la e, caso não consigam de forma autônoma, Vamos abrir juntos?
ofereça ajuda. C

460
Atividade: Clássico para dançar, ouvir e tocar

Aberta a caixa, encoraje os bebês a pegarem os objetos. Deixe os materiais D


5
acessíveis a todos, colocando-os sobre um tapete na sala para que, caso Possível fala
tenham interesse, peguem e troquem os objetos, assim como você fez nas do professor
atividades Dança do barulho e Clássico para dançar, ouvir e tocar, deste — Olha o que tem
conjunto. Zele para que os bebês menores também tenham acesso aos ob- aqui objetos sonoros!
jetos. Se necessário, confeccione acessórios, como pulseirinhas com guizos, Vamos ver como
podemos brincar
para favorecer a participação deles na proposta. D com eles? Que legal,
faz barulho quando
6 Ligue novamente a música. Utilize objetos sonoros para aguçar a percepção sacudimos! Alguém quer
das alterações rítmicas da música, fazendo movimentos que se ajustem à me- experimentar fazer esse
lodia. Dance e movimente-se fazendo uso desse elemento. Observe como os barulho? Olha, o colega
bebês gesticulam e fazem uso desse material durante a proposta. Encoraje- está com um que faz um
som bem forte!
-os a experimentar novas possibilidades, por exemplo, chamando a atenção
para o ritmo da música. E
E
Para finalizar Possível fala
do professor
Coloque uma música tranquila e avise os bebês que, quando ela terminar,
todos poderão colaborar na organização do espaço. Ao término da música, — Agora a música
solicite que, dentro de suas competências, guardem os objetos sonoros em mudou. Vamos tocar
mais rápido com nossos
uma caixa previamente preparada para isso. Combine com os bebês que essa objetos sonoros! E
caixa ficará ao alcance deles para usarem em outros momentos e anuncie a agora, como poderíamos
próxima atividade. dançar?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Faça uma pesquisa junto dos responsáveis dos bebês para saber se alguém toca instrumentos musicais de
corda ou sopro e se teria disponibilidade de vir tocar para os bebês. Não se trata de um evento com sequên-
cias de apresentações; ao contrário, a sugestão é que a participação dos responsáveis seja tão sutil quanto a
atividade realizada.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para uma roda de socialização no momento de acolhida ou despedida. Compartilhe
o que foi filmado da atividade em um espaço com uma TV ou um telão. Se não tiver um projetor, você pode
organizar um mural. Durante esse momento, explique aos responsáveis o quanto as alterações nos sons do
ambiente afetam as reações dos bebês e enfatize o quão importante é promover momentos harmoniosos e
divertidos junto dos bebês. Por fim, encaminhe-os até a sala onde estão os bebês e aperte mais uma vez o play
para que possam dançar ao ritmo de músicas clássicas com os pequenos.

461
Unidade: Dança

 EI01EO02  EI01CG01  EI01ET06


PANINHO QUE UNE
E FAZ DANÇAR
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, antecipe uma pesquisa junto dos responsáveis dos bebês solicitando que rela-
tem se eles têm o hábito de dançar com seus filhos. Se sim, peça para que contem qual a música mais cantada
e dançada em casa. Na oportunidade, compartilhe com eles a intenção da proposta de dançar em conjunto.
Depois de levantar os dados, defina uma data e oficialize o convite. Solicite que tragam tecidos de diferentes
texturas, formatos e tamanhos: lenços, lençóis e até cachecóis. Você também deve providenciar alguns tecidos
para, assim, garantir a participação de todos os presentes.
A atividade pode acontecer em outros momentos do ano, variando os objetos a serem explorados e os desafios
dos movimentos conforme os bebês ampliam suas condições motoras.

 Materiais
•  Tecidos de diferentes cores, texturas e tamanhos; •  Vários papéis com o nome das músicas que
•  Uma caixa ou um cesto para organizar os tecidos; os responsáveis enviaram na pesquisa (para o
•  Um equipamento para reprodução de áudio; sorteio);
•  Playlist, pen drive ou CD com algumas músicas de •  Um saquinho ou uma caixa para sorteio;
escolha do professor e todas as músicas que os •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
responsáveis mencionaram na pesquisa; registrar a atividade.

 Espaços
Defina uma área ampla para a realização da atividade, preferencialmente em ambientes externos, como
praças, jardins e pátio, dentre outros que, se possível, já sejam conhecidos pelos bebês. Isso vai potencializar
a participação deles na proposta.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês demonstram explorar suas possibilidades e seus limites motores durante
a proposta: arriscam-se em novos movimentos com autonomia ou procuram imitar o movimento
do adulto ou dos colegas durante as danças?
2. Durante as propostas de danças, em quais momentos os bebês expressaram mais envolvimento:
na exploração dos tecidos, na interação com pessoas conhecidas, na experimentação de gestos
e movimentos ou na escuta das músicas?
3. Como eles exploram os tecidos disponíveis? De que modo esse recurso potencializa novas formas
de gestos e movimentos?

462
Atividade: Paninho que une e faz dançar

 Para incluir todos


Na proposta, a ideia é que todos os bebês estejam acompanhados de seus responsáveis. Entretanto, caso
algum não esteja acompanhado, antecipe-se quanto ao número de adultos para viabilizar sua participação. No
convite, solicite que aqueles que forem participar confirmem a presença.

O QUE FAZER DURANTE

1 Para acolher todo o grupo e seus responsáveis no lugar previamente combinado,


coloque uma música tradicional da cultura brasileira ou regional. Deixe disponí-
veis cestos com diversos tecidos, preferencialmente com características mais leves,
como tule, lenços, lycra e viscose, dentre outros que você tiver disponível. Inicial-
mente, incentive os conhecidos e os bebês a explorarem os tecidos. Aproveite esse
momento para iniciar os registros por meio de fotos e vídeos.

2 Depois do momento da acolhida, convide os responsáveis a pegarem o tecido


que trouxeram de casa e/ou foi disponibilizado pela escola e questione se estão
animados para dançar. Retome com os conhecidos o propósito da atividade, que,
além dos objetivos expostos no convite, almeja promover um precioso e divertido
momento de trocas entre responsável e bebê, resgatando o vínculo que existia
antes mesmo de seu nascimento. Peça aos adultos que, se possível, coloquem-se
na altura dos bebês, agachando-se, sentando-se ou se ajoelhando, para ficar ao
alcance dos olhos deles. Sugira algumas ações que façam do tecido um ponto de
contato e um elemento de ligação entre adulto e bebê, como oferecer a ponta do
tecido; passar o pano na altura da cintura do bebê; ficar com o rosto embaixo do
tecido com o filho, dentre outras com que o bebê se sinta à vontade. Coloque uma
canção e convide todos para dançar, atentando-se à letra e ao ritmo.

3 Ao término da música, peça para os adultos deixarem os bebês bem à vontade


explorando os tecidos, assim como aconteceu na atividade Clássico para dan-
çar, ouvir e tocar, deste conjunto. Apresente a caixa para sorteio da música dos
responsáveis. Compartilhe que dentro da caixinha tem o nome da música que eles
encaminharam durante a pesquisa e que as canções sorteadas serão tocadas para
embalar a proposta. Explique que o responsável sorteado é convidado a criar a
coreografia que será seguida pelos demais, fazendo uso do tecido. Ressalte que,
Sugestão de música
assim como o bebê se movimentava na barriga da mamãe experimentando sons,
ritmos, fluxos e emoções, a proposta da atividade é que experimentem todas essas umbigo a
•De
sensações sendo inspirados pelos movimentos de seus conhecidos. Caso a pessoa umbiguinho. Canção
de todas as crianças
não se sinta à vontade, você pode encorajar todos a dançar livremente. A ideia é que [CD]. Artista: Toquinho.
essa etapa seja repetida de acordo com o número de músicas sorteadas. Sugere- (Polygram, 1987).
-se até três canções, mas isso pode variar conforme o envolvimento dos presentes.

4 Garanta que os bebês brinquem livremente com os tecidos e/ou outros mate-
riais com que possam interagir de modo autônomo. Peça aos adultos que es-
colham o tecido que mais lhe chama a atenção. Conte que esse é o momento
da surpresa dos bebês e que precisam pensar em um modo de construir uma
colcha de retalhos. A ideia é que os adultos percebam que, para fazer uma
colcha, será necessário amarrar as pontas dos tecidos umas às outras. Você

463
Unidade: Dança

pode dar dicas de como fazer, caso tenham dificuldades. Com a colcha pronta,
convide os adultos a se espalharem em torno dela e a erguerem em altura su-
ficiente para os bebês entrarem embaixo. Peça para que dancem e até rodem
suavemente. Observe as iniciativas dos bebês que estão debaixo da colcha e
encoraje os demais a participarem. Caso algum bebê mostre interesse, mas
não tenha autonomia de locomoção para participar do momento, sugira que
outro adulto de referência o conduza e, sentado ou agachado, dance com ele
embaixo do suporte.

5 Na última etapa, peça aos presentes que soltem o tecido sobre o chão e se
Sugestão de música
sentem em torno dele, se possível, com seus filhos no colo. Disponibilize a cai-
xa com tecidos e sugira aos participantes que escolham um tecido bem fininho,
•Acalanto.
que pode ser, inclusive, a fraldinha de pano do bebê. Peça para deslizarem Partimpim Tlês
[CD]. Artista: Adriana
esse paninho ao som de uma música tranquila, sobre o corpo do seu filho. Calcanhotto.
Comunique que será a última etapa da atividade e que, em seguida, todos (Polysom, 2012).
serão convidados para auxiliarem na organização do espaço e na despedida.

Para finalizar
Como já havia sido combinado, esse momento está destinado à organização do espaço. Disponibilize uma
caixa ou um cesto para que os responsáveis e os bebês guardem os tecidos oferecidos pela unidade escolar.
Combine com eles que esse material ficará disponível em um espaço da sala para que possam usá-lo quando
desejarem. O ideal é que a atividade seja realizada na despedida, para que diminuam as situações de descon-
forto dos bebês, que podem sentir a despedida depois de uma atividade tão vinculada aos seus responsáveis.
Caso sua atividade seja ao longo da rotina, certifique-se de que a próxima proposta esteja entre as preferidas
dos bebês e comunique-a, de forma animada, motivando os pequenos a vivenciarem a próxima experiência.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Providencie alguns tecidos firmes, porém maleáveis, com aproximadamente 5 m de comprimento por 70 cm de
comprimento para uma proposta de dança com wrap-sling, tecido utilizado como um suporte para carregar bebês
junto do corpo, tipo “canguru”. Pergunte aos responsáveis se eles têm o hábito de usar o wrap-sling. Se a resposta
for afirmativa, pergunte se alguém gostaria de ajudá-lo a mostrar aos demais interessados como usar esse recurso.
Provavelmente haverá alguém que o saiba; entretanto, você deve estar preparado para ensinar a todos. Auxilie
aqueles que demonstram maior dificuldade e garanta que dancem à vontade com seus bebês aconchegados por
meio do wrap-sling. Mostre que, com esse recurso, os bebês dependem dos movimentos de seus responsáveis
para experimentarem todas as sensações que a dança pode promover e que nós, enquanto adultos, devemos estar
atentos às expressões do bebê para respeitar seu interesse de permanência na atividade.

 Engajando as famílias
Confeccione um varal de despedida com os responsáveis. Para isso, distribua alguns retalhos e algumas canetas
de marcador permanente. Peça que escrevam ou desenhem como foi participar da atividade. Peça que pendurem
seus registros no varal, que ficará exposto em memória a esse momento vivenciado na escola junto de seu bebê.

464
27
AP

CONJUNTO

UNIDADE

MASSAS E ARGILA
As massas e as argilas são materiais interessantes para os bebês tocarem, explora-
rem, mexerem, amassarem, dividirem, juntarem, enrolarem etc. É muito significativo que
os bebês brinquem com materiais que se transformam por meio de sua manipulação,
observando a própria capacidade de atuação sobre as coisas.
Ademais, as propostas com massas e argilas possibilitam que os bebês experimentem
e brinquem com as noções de forma, volume e peso. As habilidades motoras, como me-
xer, amassar e juntar, dentre outras, vivenciadas corporalmente, podem contribuir para
o desenvolvimento de atos mentais, como agrupar, seriar, associar etc.

465
Unidade: Massas e argila

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.
Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
EI01EO05
brincadeira e descanso.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de de outras crianças, adultos e animais.

EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação
EI01ET02
com o mundo físico.

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos Traços, sons, Espaços, tempos,


e o nós e movimentos cores e formas quantidades, relações
e transformações

466
Atividade: Manipulação de massas de pães

 EI01EO05  EI01CG03  EI01ET01


MANIPULAÇÃO DE
MASSAS DE PÃES
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Prepare, em um espaço interno, um ambiente limpo e higienizado para que a manipulação e a exploração dos
ingredientes sejam realizadas com segurança pelos bebês. Cozinhe batata-doce e descasque-a previamente.
Coloque, em diversos vasilhames rasos, polvilho doce, polvilho azedo e batatabatata-doce cozida e sem casca.
Deixe, em local de fácil acesso, uma xícara de azeite e um litro de água potável, uma vez que esses ingredientes
serão necessários para a finalização da massa de pães. É necessário que outro professor ou auxiliar ajude-o
no desenvolvimento da atividade.
A atividade poderá acontecer em outros momentos do ano variando os tipos de massa a serem explorados.

 Materiais
•  Vasilhames rasos de plástico ou alumínio, de preferência grandes;
•  Uma cesta com vários saquinhos de algodão cru, contendo polvilho, que estejam bem amarrados;
•  Batatas-doces cozidas e descascadas;
•  Polvilho doce;
•  Polvilho azedo;
•  Uma xícara de azeite ou óleo;
•  Um litro de água;
•  Plástico ou toalha para forrar o chão;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Um ambiente interno, limpo e higienizado. No chão, sobre um plástico ou toalha, coloque vasilhames rasos,
de preferência grandes, contendo separadamente batata-doce cozida e descascada, polvilho doce e polvilho
azedo. Garanta que os ingredientes sejam suficientes para a exploração e a manipulação de todos os bebês.
Para facilitar a manipulação, organize a turma em pequenos grupos. Assegure que cada grupo tenha acesso a
todos os ingredientes necessários para a atividade. Disponibilize os ingredientes pelo espaço de maneira que
os bebês possam manuseá-los livremente. Deixe para você, em lugar de fácil acesso, a água e o azeite ou óleo
para a transformação dos ingredientes em massa homogênea.

467
Unidade: Massas e argila

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês atuam diante dos ingredientes apresentados e, posteriormente, transformados? Que
expressões são perceptíveis ao explorarem e manipularem os ingredientes?
2. Os bebês imitam uns aos outros e a ação dos adultos? Usam ações do colega como referências para
suas próprias ações?
3. Que experimentações vivenciadas corporalmente se consegue elencar diante da exploração e da
manipulação dos ingredientes, massas e pães transformados com os bebês?

 Para incluir todos


Se, por algum motivo específico, um bebê não se sentir seguro ou confortável para a exploração, sente-se perto
dele e o convide a observar um colega. Quando ele se sentir seguro, incentive-o a pegar a massa. Garanta que todos
os bebês tenham acesso aos ingredientes e à massa na posição em que se sentirem mais confortáveis para explo-
rá-la, seja deitado, seja de bruços. Lembre-se de que alguns bebês poderão ainda não estar em fase de introdução
alimentar, ou seja, alguns não poderão provar o pão. Para estes, ofereça outras explorações sensoriais com a massa.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em roda, ou da maneira mais confortável para os bebês, dialogue com todo o


grupo sobre a proposta de atividade do dia. Apresente os ingredientes um a
um e fale com precisão a respeito dos elementos que farão parte da brincadei-
ra e das descobertas que a turma fará. No ambiente preparado, garanta que
os bebês percebam os materiais disponibilizados, convidando-os a explorar os
ingredientes apresentados por meio de falas, gestos, atitudes e expressões.

2 Incentive-os a tocar, cheirar, manipular e amassar os materiais, respeitando


sempre o tempo individual de cada bebê. Essa ação também será importante A
para o desenvolvimento da atividade Exploração de argila, deste conjunto.
Possíveis falas
Caso a turma seja numerosa, busque dividi-la em pequenos grupos de explo- do professor
ração. Observe atentamente as manifestações dos bebês no contato com os
— Vamos juntar nossos
ingredientes e busque registrar com fotos e vídeos as expressões deles. Pre- ingredientes e ver o que
pare uma cesta com vários saquinhos de algodão cru, contendo polvilho, que acontece?
estejam bem amarrados para os bebês que não quiserem mais explorar dire- — E agora, com as mãos
tamente os ingredientes propostos. Dessa forma eles poderão ter uma nova na massa, teremos
possibilidade de manipulação de objetos. Dialogue com os bebês sobre o nome deliciosos pães!
dos ingredientes que estão sendo manipulados e diga que os ingredientes,
juntos, podem se transformar em pães. Caso eles queiram explorá-los com a
boca, certifique-se de que apenas os provem. Sugestão de vídeo
Cante com os bebês a
Para que a brincadeira se torne ainda mais divertida e desafiadora, participe seguinte música:
3
da exploração. Proponha, por meio de falas, gestos e movimentos, a possi-
•Pão, pão, pão. Grupo
bilidade de mistura dos ingredientes que se encontram separados em vasi- Triii. Disponível em:
lhames individuais. Nesse momento, é importante participar junto dos bebês, https://www.youtube.
misturando o polvilho doce, o polvilho azedo e a batata-doce a fim de que com/watch?v=utWPg_
RHnno. Acesso em: 6
essa mistura se transforme em massa. Assegure-se de que a turma também jun. 2021.
participe dessa manipulação com o uso do corpo. A

468
Atividade: Manipulação de massas de pães

Acrescente a essa mistura um pouco de água e azeite, previamente separados, B


4
para que a massa se torne homogênea. Garanta que os bebês estejam atentos Possíveis falas
e envolvidos no processo, especialmente nos momentos em que você estiver do professor
transformando os ingredientes. Garanta que eles visualizem sua participação — O que acontece se
no processo de transformação da massa. Com a massa pronta, convide-os a misturarmos essa farinha
explorar a nova textura, cheirando-a, amassando-a, manipulando-a, tocando- à massa?
— Vamos fazer isso
-a e a sentindo. Certifique-se de que suas expressões estão sendo percebidas juntos? O que estamos
pelos bebês. Busque comunicar-se por gestos, olhares, sorrisos e expressões, fazendo? (aguarde as
ao amassar a massa. Garanta que eles sintam a importância da transformação reações dos bebês).
dos ingredientes, antes separados, em algo único e homogêneo. B Estamos transformando
farinha com batata-doce
Com a mistura pronta, garanta aos bebês a oportunidade de brincar com ela, em massa!
5 — Agora temos uma
manipulando-a, amassando-a, sentindo seu peso, seu volume e suas formas. nova textura para brincar,
Caminhe pelos grupos e observe gestos e ações. Atente-se para os detalhes sentir, cheirar e segurar.
de exploração e de manipulação de cada bebê. Grave vídeos de curta dura- Logo, essa massa se
ção e faça fotos sequenciadas desse momento. Conforme perceber o interesse transformará em pães
dos bebês por outros objetos, recolha as formas produzidas no decorrer da deliciosos! Só falta a
levarmos ao forno.
brincadeira e leve-as para o espaço da cozinha, onde a massa será assada.
Garanta que a massa seja levada ao forno da maneira que foi retirada da
brincadeira, priorizando as formas produzidas pelos bebês.

Para finalizar
Asse a massa retirada da brincadeira em forno de 180 a 220 graus. Você pode contar com a parceria das
cozinheiras e preparar os pães de batata-doce para degustação de todos os bebês da instituição. É uma
receita fácil e indicada pelos nutricionistas. Apresente o pão assado para os bebês e provoque a explo-
ração da nova textura apresentada. Garanta que isso ocorra de maneira livre, de forma que eles possam
perceber o cheiro, o gosto, a textura, o peso e o volume do alimento. Saboreie o pão com os bebês. Ga-
ranta que eles vivenciem as sensações gustativas, assim como o olfato, a visão e o tato e que escolham o
modo como o experimentarão.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Convide crianças de outra turma para uma partilha do pão em um espaço externo. Uma dica é colocar os pães
assados em cestos e distribuí-los entre os bebês e as crianças. Para que o momento se torne ainda mais significati-
vo, conte ao grupo quais ingredientes foram utilizados e sobre a participação dos bebês na preparação da massa.
Garanta que bebês e crianças compartilhem esse momento, saboreando os alimentos e trocando experiências.

 Engajando as famílias
Conte aos responsáveis, em uma roda de conversa, como foi a experiência de cada bebê na exploração, na
preparação e na transformação da massa. Convide os responsáveis para saborearem o pão assado junto deles.
Exponha, na sequência dos acontecimentos, as fotos dos momentos de exploração dos bebês. Pergunte se existe
alguma receita feita em casa das quais os bebês possam participar e incentive essa ação. Peça aos responsáveis
que compartilhem experiências de culinária com os bebês, trazendo fotos e vídeos para a instituição.

469
Unidade: Massas e argila

 EI01EO02  EI01ET02
EXPLORAÇÃO DE ARGILA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Opte, se possível, por uma argila mais macia, para facilitar a manipulação dos bebês – de preferência por
uma à base de água. Esse tipo de argila é o mais apropriado para modelagem. Você pode optar também por
hidratá-la previamente com água e envolvê-la em plásticos para que assim fique mais acessível à modelagem.
Separe a argila em pedaços de vários tamanhos, pesos e volumes, e coloque-a no interior dos vasilhames para
o início da realização da atividade.
A atividade poderá acontecer em outros momentos do ano repetindo a proposta ou oferecendo materiais de
largo alcance para os bebês explorarem a argila.

 Materiais
•  Tapete, plástico ou colchonete;
•  Vasilhames rasos de alumínio;
•  Argila;
•  Um pouco de água;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em ambiente externo, no chão, sobre um colchonete, tapete ou plástico, coloque vasilhames rasos contendo
dez ou mais pedaços de argila de vários tamanhos, peso e volume. Garanta que os ingredientes sejam suficientes
para a exploração e manipulação de todos os bebês. Para facilitar a manipulação, organize o ambiente externo
em pequenos grupos, disponibilizando vários vasilhames com argila para que os bebês possam manuseá-los
livremente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês manipulam a argila? Que expressões surgem dessa manipulação?


2. Como atuam e exploram os diversos formatos de argila disponibilizados?
3. Como ocorre a interação entre os bebês e os adultos participantes?

470
Atividade: Exploração de argila

 Para incluir todos


Se, por algum motivo específico, um bebê não se sentir seguro ou confortável para a exploração da argila,
garanta que o seu tempo seja respeitado. Convide-o a mexer na argila junto do adulto. Toque no material, pegue
um pedaço menor, apresente para ele a argila, aproximando-o aos poucos da proposta.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em ambiente externo, proponha uma roda com todo o grupo e


fale sobre o elemento que será explorado, incentivando-os à di-
versão. Garanta que os bebês percebam o material preparado.
Caso a turma seja numerosa, divida-a em pequenos grupos de
exploração. Convide os bebês, com falas, gestos, atitudes e ex-
pressões, a participarem e a manipularem a argila do recipiente. A
Dialogue com os bebês sobre a argila como um elemento da na-
Possíveis falas do professor
tureza, que ao ser manipulado pode ser transformado de várias
formas. Garanta que os bebês sintam o cheiro, a textura e a tem- — Vamos brincar com argila?
— O que podemos fazer com ela?
peratura da argila.Provoque-os a tocar, cheirar, amassar, juntar — Sintam como é diferente.
e enrolar, respeitando sempre o tempo individual de cada um. A

2 Observe atentamente as manifestações e as explorações dos


bebês no contato com a argila e busque registrar com fotos e
vídeos. Registre individualmente cada ação deles. As imagens
e os vídeos contribuirão significativamente para a sua reflexão
diante da proposta exposta ao grupo de bebês. Disponha col- B
chonetes para que os bebês possam manipular, de maneira Possíveis falas do professor
confortável, o material disposto.
— O que podemos criar com a argila?
Como podemos transformá-la? Vejam
3 Para que a brincadeira se torne ainda mais divertida e desafiado- quantas coisas podemos construir! Olhe
ra, participe da exploração junto dos bebês manipulando, criando o que acabei de fazer, uma bolinha
formas, fazendo bolas, juntando e separando argilas. Convide-os pequena! Que divertido! Podemos fazer
a reproduzir seus gestos, a fim de que possam criar suas próprias outras! Vamos?
formas. Na atividade Marcas gráficas em argila, deste conjunto, — Que tal criarmos formas de bichos,
ou ainda flores? Veja! Fiz um cachorro e
os bebês terão oportunidade de aprofundar suas experiências
agora uma cobra.
com a argila, explorando-a junto de outros materiais. Em alguns — O que vocês podem construir com
momentos, deixe que seus movimentos dialoguem com o bebê a argila? Gostaria de ver… Você me
por meio de gestos e, em outros momentos, proponha ações pela mostra?
fala com a manipulação da argila. Garanta que suas expressões — O que você está fazendo de
sejam convidativas aos bebês e que eles percebam, pelos seus interessante?
— Quantas esculturas vocês produziram
gestos, como pode ser divertido e diferente brincar com a argila. nessa brincadeira!
Esteja em contato com os pequenos grupos a todo momento. B

Para finalizar
Ao perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o material proposto, recolha com cuidado
as formas produzidas pela brincadeira e coloque-as em um lugar disponível para secar. Quando estiverem
secas, escolha um ambiente e prepare uma exposição das formas que se transformam em esculturas. No-
meie cada escultura com o nome do bebê artista e convide toda a instituição para apreciar.

471
Unidade: Massas e argila

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos 
Para que o momento da exposição se torne ainda mais significativo, prepare anteriormente convites com
pinturas produzidas pelos próprios bebês. Em um passeio com os bebês pela instituição, convide as demais
crianças entregando os convites produzidos. Organize um espaço de exposição agradável, com imagens foto-
gráficas sequenciadas do dia da produção e exponha-as junto das esculturas. Possibilite que os bebês e seus
responsáveis apreciem esse momento juntos, destacando a importância do processo de exploração dos gestos
e dos movimentos dos bebês com a argila.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para a exposição das esculturas produzidas pelos bebês. Se tiver disponível um data
show em sua instituição, utilize-o para apresentar os vídeos e as fotografias do momento em que a brincadeira
proposta com argila se transformou. Exponha, também, de maneira sequenciada, as imagens produzidas pelo
registro fotográfico e busque acrescentar legendas descrevendo a importância da exploração desse material.
Garanta que essas imagens captem as diversas expressões dos bebês nos mais variados momentos de explora-
ção propostos pela atividade. Converse com os responsáveis sobre as impressões ao visualizar a exposição de
esculturas e convide-os a escrever uma palavra, deixando-a exposta em um cartaz ou mural junto da exposição.

472
Atividade: Marcas gráficas em argila

 EI01EO02  EI01TS02  EI01ET02


MARCAS GRÁFICAS
EM ARGILA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Garanta que os bebês já tenham vivenciado outros momentos de manipulação e exploração de argilas. Separe,
previamente, pedras (preferencialmente maiores), gravetos grossos e resistentes e pedaços de raiz de gengibre.
Use argila à base de água, a mais apropriada para a modelagem. Isso facilitará a manipulação do material pelos
bebês. Higienize pedras, gravetos e a raiz de gengibre antes da exploração. Para o desenvolvimento da atividade
será necessária a parceria com outros professores ou auxiliares que possam atuar com os bebês junto de você.
A atividade poderá acontecer em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou variando os materiais
para os bebês deixarem suas marcas na argila ou em outra superfície.

 Materiais
•  Vasilhames rasos ou cestos contendo pedras, gravetos grossos, pedaços de raiz de gengibre, pedaços
de argila;
•  Um pouco de água;
•  Plástico, no qual os bebês possam se acomodar para a exploração;
•  Argila (se possível da mais macia, à base de água, para facilitar a manipulação dos bebês);
•  Livros de literatura infantil para os bebês explorarem;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em um ambiente externo, no chão, coloque vários pedaços de argila sobre o plástico no qual ocorrerá a sessão
de exploração. Para um segundo momento da proposta, deixe em local de fácil acesso o cesto ou o vasilhame
raso com pedras, gravetos e pedaços de raiz de gengibre, também em tamanho grande.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês manipulam a argila? Que expressões surgem dessa manipulação? Que reações
são perceptíveis ao tocarem na argila?
2. Como os bebês atuam sobre os instrumentos (pedras, gravetos e raiz) em contato com a argila?
Percebem as marcas gráficas deixadas? De que forma?
3. Como ocorre a interação entre os bebês e os adultos participantes?

473
Unidade: Massas e argila

 Para incluir todos


Se, por algum motivo específico, um bebê não se sentir seguro ou confortável para a exploração da argila,
garanta que o tempo dele seja respeitado. Convide-o a mexer na argila junto de adulto. Toque no material,
pegue um pedaço menor, apresente-o para o bebê, aproximando-o aos poucos da proposta.

O QUE FAZER DURANTE

Em roda, ou da maneira que considerar mais confortável para os bebês, dia- A


1
logue com todo o grupo sobre a proposta de atividade. Fale com precisão Possíveis falas
a respeito dos elementos que farão parte da brincadeira e das descobertas do professor
da turma. Para facilitar a observação e o registro, assim como garantir que — Olha o que eu trouxe
todos os bebês participem ativamente da proposta, organize as sessões em para vocês brincarem! O
pequenos grupos exploradores. A que será que é?
— O que podemos fazer
com ela?
2 As sessões de exploração não precisam ser realizadas necessariamente no — E mais! Vejam, o que
mesmo dia com todos os pequenos grupos. Assim, você pode acompanhar e tenho aqui? Pedras, raiz
registrar as especificidades de cada grupo mais precisamente. Se a explora- de gengibre e gravetos!
ção ocorrer para todos os pequenos grupos no mesmo dia, organize, em um — Que tal juntá-los
ambiente interno, um espaço com sons da natureza e contação de histórias. à argila e ver o que
acontece?
Divida o grupo de professores ou auxiliares: um ficará responsável por acom-
panhar o grupo de bebês no ambiente interno e outro, do externo. Assim, você
pode se envolver na organização e na observação do momento de manipu-
lação e marcação em argila.

3 Em cada sessão, garanta que o espaço esteja organizado com pedaços gran-
des de argila macia. Apresente aos bebês o local preparado e incentive-os a
explorar livremente a argila disponibilizada sobre o plástico. Assim também
deverá acontecer na atividade Tingir e misturar massas, deste conjunto.
Distancie-se, de maneira que os bebês sintam a segurança de sua presença,
mas dê liberdade para que possam se sentir confortáveis em explorar livre-
mente o espaço com argila preparado para eles. Garanta que esse momento
seja de ação dos bebês. Observe atentamente os gestos, os movimentos e as
explorações deles. Registre com vídeos e imagens cada interação deles com
a argila. Instigue-os a tocar, manipular e amassar o material.

4 Observe atentamente as manifestações dos bebês no contato com a argila e


busque registrar com fotos e vídeos essas expressões. Depois de um tempo
de exploração da argila, disponha no pequeno grupo de bebês o cesto com
as pedras, gravetos e raiz de gengibre. Observe as novas atuações dos bebês
diante dos instrumentos apresentados em contato com a argila. Quando per-
ceber que o grupo se dispersou da exploração, conduza-o ao ambiente interno
e reorganize os materiais e o espaço para que a próxima sessão com o novo
grupo de bebês seja realizada. Registre as distinções percebidas no modo
de exploração de cada grupo, assim como as interações e as descobertas

474
Atividade: Marcas gráficas em argila

decorrentes do momento. Faça com que o cesto com pedras, raiz e gravetos B
seja percebido pelos bebês exploradores. Registre com vídeos e fotos cada Possíveis falas
atuação dos bebês sobre a argila e sobre os novos instrumentos apresenta- do professor
dos para o contato com eles. Posteriormente, faça reflexões plausíveis sobre — Olha, há alguns
a exploração da turma e o fazer pedagógico. B materiais aqui dentro
do cesto. O que será
que tem dentro dele?
Para finalizar — Vamos observar os
Ao perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o material materiais que temos
proposto, recolha com cuidado as formas produzidas por eles durante a brin- aqui? Vamos pegar? O
cadeira e coloque-as para secar. Quando as formas estiverem secas, escolha que podemos fazer com
um ambiente e prepare uma exposição das formas que se transformaram em esses materiais junto
marcas gráficas. da argila?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize para que a exploração de argila e sua marcação com elementos da natureza se repita em outros
momentos com o grupo de bebês exploradores. Essa possibilidade trará cada vez mais familiaridade com os
elementos, além de novas descobertas.

 Engajando as famílias
Proponha um piquenique aos responsáveis dos bebês. Organize uma roda de conversa e conte a eles sobre
a proposta de manipulação e marcação gráfica em argila. Traga para a roda o que foi possível observar em
cada exploração, de acordo com a individualidade de cada bebê. Exponha algumas de suas reflexões a partir
da proposta de atividade.

475
Unidade: Massas e argila

 EI01EO02  EI01ET01  EI01ET02


TINGIR E MISTURAR MASSAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Prepare corantes orgânicos, triturando-os separadamente em um processador ou liquidificador – beterraba
(roxa), espinafre (verde), açafrão (amarelo) e amora (vermelho). Fique à vontade para substituir os elementos
por outros mais acessíveis em sua região e que também sejam naturais. Utilize farinha de trigo, água, sal e
óleo para o preparo de uma massa caseira homogênea e deixe-a separada em um vasilhame, coberta com um
plástico para que se mantenha macia e de fácil manipulação.
A atividade poderá ser realizada outras vezes no ano, repetindo a proposta e variando os desafios para os bebês.

 Materiais
•  Para o corante alimentício: beterraba, espinafre, açafrão e amora (elementos de coloração forte e
diversa), liquidificador ou triturador;
•  Para a massa caseira: 2 copos de farinha de trigo, 1/2 copo de sal, 1 copo de água, 1 colher de chá de
óleo (você precisará de massa suficiente para atender ao número de bebês da turma);
•  Dois plásticos ou toalhas para forrar o chão, em tamanho suficiente que acomode todos os bebês;
•  Dois vasilhames rasos para a massa;
•  Oito potes transparentes para as quatro pigmentações do corante, sendo quatro potes para cada
pequeno grupo de bebês; é importante lembrar que, para cada grupo de cinco bebês, você precisará
de uma receita de massa, quatro potes de pigmento alimentício e um plástico ou toalha;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em ambiente externo, organize espaços conforme a quantidade de pequenos grupos (cerca de cinco bebês
por grupo). Em cada um deles, forre o chão com o plástico ou a toalha, de modo que os bebês fiquem aco-
modados sobre a proteção. Coloque próximo dos bebês um vasilhame raso contendo a massa e quatro potes
transparentes com os pigmentos orgânicos preparados anteriormente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês manipulam massa e corante? Quais relações de causa e efeito conseguem
perceber ao misturar e tingir a massa?
2. Como os bebês descobrem as propriedades como textura, cor, cheiro e temperatura dos elementos
oferecidos para exploração?
3. Como ocorre a interação entre os bebês e os adultos participantes?

476
Atividade: Tingir e misturar massas

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês se sintam seguros e confortáveis para a exploração da massa e para o contato
com a textura. Respeite o tempo, o interesse e a necessidade de cada um para a exploração com a massa.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em roda, ou da maneira mais confortável aos bebês, dialogue A


com todo o grupo sobre a proposta de atividade. Assegure-se Possível fala do professor
de que eles tenham contato com os potes contendo corante
— O que será que tem nesse pote? Vamos
para que vejam e sintam o cheiro de cada pigmento. Converse
descobrir? Que tal brincarmos agora
com os bebês explicando como esses elementos farão parte de mesmo? Hum, que cheiro é esse? Cheiro
uma divertida brincadeira de massas que, a partir do contato de beterraba! Quais cores temos aqui?
com os pigmentos, se tornarão coloridas. Se a turma for nume-
rosa, organize-a em pequenos grupos de até cinco bebês. A B B
Possíveis ações dos bebês
2 Primeiramente, disponibilize os vasilhames contendo a massa

•Podem ficar inquietos querendo tocar nos
para cada pequeno grupo de bebês. Assegure-se de que todos pigmentos a fim de que possam sentir o
estejam em posições confortáveis e de que participem ativamente mais rápido possível as novas sensações.
da atividade. Instigue-os a atuarem sobre a massa. Esteja presen-
•Podem mexer as mãos, balbuciar, gritar
te nos pequenos grupos observando e mediando a manipulação e até mesmo tentar pegar os potes.
e a exploração da massa. Aproxime vagarosamente os bebês que
apresentarem certo receio de manipular a massa. Na atividade C
Exploração de massas coloridas, deste conjunto, os bebês te- Possível fala do professor
rão novas oportunidades para aprofundar suas experiências com — Como podemos enrolar a massa? O
outro tipo de massa. Convide-os a explorar junto do adulto. Toque que fazer com ela? Como deixar a massa
no material, apresente a massa vagarosamente, em pequenas colorida e ainda mais divertida?
quantidades, aproximando-os da proposta. C D
D
Sugira, aos poucos, o acréscimo dos elementos de tintura à brin- Possível ação dos bebês
3
cadeira com massas. Convide-os a tocar no corante, a sentir sua bebê poderá estar envolvido e curioso
•O
textura, sua temperatura e seu cheiro. Garanta que descubram para ver o que acontece diante de sua
a possibilidade de tingir a massa, colorindo-a. Assegure-se de manipulação. Se expressa com sorrisos e
que os bebês possam amassar, sentir, cheirar, tocar e misturar balbucia. Ao sentir a nova textura, tenta
amassar, soltar e segurar novamente a
com segurança e liberdade os elementos propostos. Distancie- massa, desafiando-se. Impressiona-se
-se de maneira que os bebês sintam a segurança de sua pre- ao perceber sua pele tingida e busca
sença, mas de tal modo que possam se sentir confortáveis em marcar com as mãos tudo o que está a
explorar livremente o espaço preparado para eles. Garanta que sua volta. Comunica-se corporalmente
esse momento seja da ação dos bebês. Instigue-os a pegarem com o professor, convidando-o a brincar.
a massa, cheirarem-na, sentirem-na e a tingirem com o coran-
te orgânico. O contato com a nova textura causará sensações
diversas nos bebês e, em alguns, pode causar estranhamento
em razão da diferente textura que está sendo proposta. Possi-
bilite, com falas, gestos e expressões afirmativas, que os bebês
sintam segurança em vivenciar livremente a exploração dessa
nova mistura.

477
Unidade: Massas e argila

4 Observe atentamente os gestos, os movimentos e as explora-


ções. Registre com vídeos e imagens cada atuação dos bebês.
Atue junto deles amassando e misturando a massa ao corante,
para que, assim, possam perceber sua atuação e usar do jogo
imitativo diante da ação do adulto. Garanta sua presença sem-
pre que possível nos pequenos grupos que se formaram. Inte- E
raja com olhares, gestos e movimentos e convide-os a atuarem
Possível fala do professor
com o corpo sobre a massa e o corante. Possibilite que se envol-
vam totalmente na manipulação, criando formas e atuando com — Veja, o que aconteceu com a massa?
Ela ficou colorida! Como ficou a textura da
o corpo todo em uma brincadeira livre com a massa tingida por
massa com essa cor? Vamos sentir? O que
eles. Garanta que os bebês brinquem livremente amassando, podemos criar com essa massa colorida?
criando formas e misturando cores. E

Para finalizar
Ao perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o material proposto, recolha e oriente-
-os, dando continuidade à rotina diária. Procure respeitar cada bebê em sua individualidade. Disponibilize
brinquedos da turma para os bebês que forem finalizando a exploração.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize-se para que a exploração de massas caseira com tintura orgânica se repita em outros momentos
com o grupo de bebês. Essa possibilidade trará a eles cada vez mais familiaridade com os elementos e as novas
descobertas. Use elementos orgânicos de cores diferentes em cada exploração. Pode-se variar entre beterraba,
urucum, mirtilo, espinafre, amora, açafrão, jamelão, manga e café, entre outros elementos naturais disponíveis
na sua região.

 Engajando as famílias
Monte uma pasta, um álbum ou um portfólio com as fotos do registro de imagem da atividade e a legenda
explicativa de cada momento. Organize para que todos os dias alguém que o bebê conhece leve a pasta para
casa, leia com os bebês e a traga de volta para que outro conhecido também tenha a mesma oportunidade.

478
Atividade: Exploração de massas coloridas

 EI01EO05  EI01ET01  EI01ET02


EXPLORAÇÃO DE
MASSAS COLORIDAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestão de vídeo
Prepare massinhas caseiras utilizando farinha de trigo, água, sal e óleo. Em
uma panela pequena, misture todos os ingredientes. Evite grãos na massa. Para
•Coloridos. Artista:
Palavra Cantada. Disponível
garantir a homogeneidade na textura, você pode optar por usar uma batedeira
em: https://www.youtube.
para a mistura. Cozinhe todos os ingredientes em fogo médio até que a massa com/watch?v=x8VNNyobJRo.
comece a formar. Mexa para que nada fique grudado no fundo da panela. Uma Acesso em 5 jun. 2021.
vez que a massa estiver cozida, coloque-a sobre uma superfície coberta de
farinha de trigo e deixe-a esfriar. Depois de esfriar, comece a amassar, adicio-
nando um pouco de farinha de trigo. Amasse até que a massinha deixe de grudar nas mãos. Dê preferência às
cores primárias – azul, amarelo e vermelho –, pois, com as misturas dessas cores, novas cores poderão surgir.
Use gelatina ou suco de cores primárias para que a massa fique colorida. Encha vários potes transparentes com
a massa colorida. Esses potes podem ser embalagens reutilizáveis transparentes.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou oferecendo outros
tipos de massa e inserindo objetos de marcação gráfica como raiz, gravetos, palitos de picolé e potes pequenos
para incrementar a brincadeira.

 Materiais
•  Massa colorida. Para cada cor de massinha, você precisará de: 1 xícara de farinha de trigo; 1 xícara de
água quente; 2 colherinhas de sal; 2 colherinhas de creme tártaro; 2 colherinhas de óleo; e 1 pacote de
gelatina de 85 gramas;
•  Potes transparentes (recipientes reutilizáveis de maionese, requeijão, doces etc.), um para cada bebê,
de vários tamanhos e que varie em textura, peso e volume;
•  Uma caixa de brinquedos da turma;
•  Plástico ou toalha para forrar o chão;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis, como a música Coloridos;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Em ambiente interno, forre o chão com plástico ou toalha a fim de que os bebês possam se acomodar nesse
espaço. Coloque próximo ao plástico ou à toalha os potes transparentes contendo a massa colorida. Organize
de maneira atrativa aos olhos dos bebês. Coloque uma música ambiente para o momento da exploração.

479
Unidade: Massas e argila

 Perguntas para guiar suas observações

1. Que gestos e olhares os bebês expressam ao descobrir e explorar as propriedades da massa


colorida, como odor, cor, sabor, temperatura?
2. Como os bebês reconhecem seu corpo e expressam suas sensações diante do desafio de tirar e
colocar a massa nos potes?
3. Como ocorre a exploração das relações de causa e efeito, como transbordar, tingir, misturar, mover
e remover, durante a brincadeira com a massinha colorida?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês se sintam seguros e confortáveis para a exploração da massa e para o contato
com a textura. Respeite o tempo, o interesse e a necessidade de cada bebê para a exploração com a massa.

O QUE FAZER DURANTE

Em roda, ou da maneira que entender ser mais confortável aos A


1
bebês, dialogue com todo o grupo sobre a proposta de ativida- Possível ação dos bebês
de. Chame a atenção dos bebês para os potes com massas co- bebês podem se aproximar e tocar
•Os
loridas. Pegue os potes individualmente e fale com entusiasmo nos potes. Observam suas cores e seus
o nome das cores contempladas. Para garantir que todos par- formatos. Selecionam o que querem
ticipem ativamente da proposta, assim como meio de facilitar explorar. Seguram com firmeza, batem
no chão, tentam retirar a massa do
a observação e o registro, organize a turma em pequenos gru- interior do pote.
pos de cinco bebês e garanta um pote de massinha para cada
um. Convide-os a se aproximarem para tocarem nos potes. A

Assegure -se de que os bebês tenham o direito de escolher a cor B


2
do pote que querem manipular primeiro. Fale para que iniciem Possíveis falas do professor
a exploração da massinha tirando-a dos potes, sentindo sua — Nossa, o que temos aqui? Que massa
textura, seu cheiro, sua temperatura e até mesmo seu sabor. linda!
Eles podem apertar, tentar tirar da mão, amassar sobre a toa- — O que sentimos quando tocamos
lha ou plástico e investigar cada nova sensação experimentada — nela?
— Vejam, tem várias cores.
pela exploração, a fim de novas descobertas. Busque auxiliar
os bebês que se sentem desconfortáveis com a nova textura
ficando próximo e, vagarosamente, aproximando-os da massa C
para poder explorá-la, assim como você fez na atividade Tingir Possível ação dos bebês
e misturar massas, deste conjunto. Toque no material e brin- perceberem a massa colorida,
•Ao
que com a massa provocando o jogo imitativo. Facilite a ação poderão ficar curiosos para tocá-la,
quando necessário e conduza os bebês para que possam fazer se expressando sorrindo, balbuciando
descobertas diante da proposta de atividade. B C e pegando no pote. Ao tocarem na
massa, podem descobrir a textura e o
cheiro, começando a explorá-la ainda
3 Os bebês brincam com a massinha colorida e os potes, colocan-
dentro do pote.
do-os e os retirando, criando impressões com a parte externa,
misturando as cores, trocando de potes. Nos pequenos grupos,
brinque com eles de retirar e colocar a massa no pote para que
os bebês possam observar seus movimentos e imitá-los. Pode

480
Atividade: Exploração de massas coloridas

ser que o ato de tirar e colocar a massa nos potes seja o foco D
principal da brincadeira, então possibilite o tempo necessário Possíveis falas do professor
para que eles explorem essa ação. Converse com os bebês so- — O que podemos criar com essa massa
bre evitar levar a massa à boca. Mesmo comestível, a massa colorida? Que tal usarmos as mãos para
pode causar desconforto aos bebês se ingerida. D E manipulá-la?
— Veja, posso fazer o formato do meu pé
Os bebês misturam a massa e novas cores começam a surgir. se pressioná-la com ele. Que tal usarmos
4 o corpo todo para fazer novos formatos?
Chame a atenção deles para essa nova possibilidade de des- — O gosto pode ser desagradável, então
coberta. Registre com imagens e vídeos. Capture as diversas é melhor não comer essa massinha.
expressões dos bebês nos mais variados momentos de explora-
ção propostos pela atividade. Provoque-os a manipular a mas- E
sa colorida livremente. Nesse momento, os bebês amassam, Possível ação dos bebês
cheiram, tocam, enrolam e misturam as cores e exploram a
massa, expressando-se com gestos, gritos e balbucios. Partici- bebê leva a massa colorida à boca.
•O
Quer experimentar.
pe ativamente do momento brincando com eles e garanta que
suas ações sejam percebidas e imitadas.

Para finalizar
Procure respeitar cada bebê em sua individualidade. Ao perceber que eles se dispersaram no envolvi-
mento com a atividade, proponha aos que tiverem acabado a brincadeira que explorem uma caixa com
brinquedos da própria turma. Diga para brincarem com autonomia enquanto os demais estão envolvidos
com a exploração.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize para que a exploração de massas aconteça em outros momentos com o grupo de bebês. Utilize
objetos de marcação gráfica, como raiz, pedras, galhos, palitos e outros materiais de largo alcance, para que
a brincadeira com a massa se torne ainda mais desafiadora e divertida. Essa possibilidade trará cada vez mais
familiaridade com os elementos e novas descobertas.

 Engajando as famílias
Monte um painel próximo da sala em uma altura que possibilite a visualização tanto pelos bebês quanto pelos
adultos. Selecione as imagens em sequência de fatos, desde a roda de conversa à manipulação e à exploração
das massas coloridas, a fim de que os responsáveis possam acompanhar todo o processo do momento vivido
pelos bebês. Crie legendas com texto escrito e explicativo logo abaixo das fotos e de cada registro de imagem,
de modo que os responsáveis possam sentir como foi importante e desafiador cada contato do bebê com o novo
experimento, bem como os sentimentos e as descobertas vivenciados.

481
28
AP

CONJUNTO

UNIDADE

POSSIBILIDADES
TRANSFORMADORAS
Transformar farinha em massinha, fruta em suco e uma cor em outra são ações que
despertam a curiosidade dos bebês para o inédito, algo que é diferente do que eles co-
nhecem. Por meio dessa experiência, os bebês vivenciam o conceito de mudança. É muito
significativo que eles participem ativamente das propostas de transformação, mani-
pulando os objetos, mexendo neles, amassando-os e os juntando. Essas são ações que
trabalham habilidades motoras e que podem contribuir para o desenvolvimento de atos
mentais como agrupar, seriar e associar.

482
Unidade: Possibilidades transformadoras

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outros bebês da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

 Campos de experiências

O eu, o outro Corpo, gestos e Traços, sons, Espaços, tempos,


e o nós movimentos cores e formas quantidades, relações
e transformações

483
Unidade: Possibilidades transformadoras

 EI01EO02  EI01ET01  EI01ET03


BRINCAR COM MASSINHA
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Separe os materiais antecipadamente, planeje o que acontecerá depois da atividade, considerando se pre-
cisará do apoio de outro professor ou auxiliar na limpeza do espaço e dos bebês. É importante que os bebês já
tenham participado de atividades externas no espaço onde será realizada a proposta.
A atividade pode ser realizada diversas vezes ao ano, promovendo o contato dos bebês com o mesmo tipo
de textura e outras diferentes.

 Materiais
•  Corantes diversos, que você pode escolher de acordo com a disponibilidade em sua região. Por
exemplo: colorau, cúrcuma, açafrão, cores variadas de anilina comestível ou suco em pó; cravo, canela,
sementes de erva doce ou girassol, erva mate e chá mate torrado;
•  Recipientes grandes como piscinas, bacias grandes ou banheiras;
•  Potes plásticos, latas, talheres grandes e pequenos (de alumínio, plástico e madeira), cortadores de
biscoitos;
•  Rolinhos plásticos para esticar a massa;
•  Peças de brinquedos tipo encaixe;
•  Palitos de sorvete;
•  Farinha de trigo, água, óleo, sal ou outro ingrediente, de acordo com a receita de massinha que você
escolher;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
Esta atividade deve ser realizada no espaço externo, como jardim, solário ou pátio. Coloque tapetes emborra-
chados ou colchonetes para que os bebês fiquem confortáveis. Disponibilize três cantos de atividades, deixando
espaço livre entre eles, a fim de que os bebês possam circular sozinhos ou com os pares.
•  Canto 1: Recipiente grande com ingredientes para a receita da massinha. Deixe próximo, porém não ao
alcance dos bebês no momento inicial: óleo de cozinha, água morna, colorau, cúrcuma, açafrão, cravo,
canela, embalagens de anilina comestível de várias cores ou suco em pó. Em uma cesta, deixe um saco
de erva mate e um pacote de chá mate torrado. Este canto pode conter, ainda, cortadores de biscoitos
e rolinhos plásticos ou de madeira para massa.
•  Canto 2: Potes plásticos de diversos tamanhos e formas, latas de achocolatado ou de leite em pó,
palitos de sorvete, talheres grandes e pequenos, de alumínio, plástico e madeira.
•  Canto 3: Peças de brinquedos tipo encaixe (grandes) de formas e cores diferentes, organizadas de
forma atrativa, em tapetes, deixando espaço de circulação entre eles.

484
Atividade: Brincar com massinha

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais descobertas sobre as propriedades dos materiais os bebês fizeram por meio da exploração
na atividade? Diferenciaram tipos de sabores, cores, cheiros, temperaturas e consistências?
2. Quais percepções os bebês tiveram em relação aos limites do seu corpo nas brincadeiras? O que mais
provocou interações?
3. Quais explorações mais instigaram os bebês? Por meio de quais gestos e movimentos demonstraram isso?

 Para incluir todos


Assegure condições para que todos os bebês participem do momento da realização da proposta. Fique atento
para auxiliar os bebês, se necessário, a explorarem os objetos, a se locomover e a sentar-se próximo ao grupo.
Garanta espaço seguro para que se sentem, engatinhem e caminhem.

O QUE FAZER DURANTE

Apresente a proposta ainda na sala e repita essas orientações depois nos A


1 pequenos grupos, na área externa. Acompanhe um grupo de cada vez, Possíveis falas do professor
da sala ao local. Conforme forem chegando, é necessário que haja outro — E se nós colocarmos óleo
professor ou auxiliar para recebê-los nos tapetes, de forma confortável. Os na água?
bebês podem escolher o canto que mais chamar a sua atenção. Esteja dis- — E jogarmos essa mistura na
ponível para ajudá-los, interferindo o menos possível, pois esse momento farinha de trigo com o mate?
O que será que acontece?
é de livre exploração e será importante para o desenvolvimento da ativi- Olhem, ficou diferente!
dade Deixando marcas, deste conjunto. Incentive-os a explorar a farinha — Quem quer me ajudar?
de trigo, bem como os cantos 2 e 3. Deixe os demais ingredientes do canto — Agora me ajudem a colocar
1 próximos, para a receita da massinha, mas não disponíveis. essa gotinha aqui… Mudou de
cor, que legal!
— E esse cheirinho, que
2 Nesse momento, todo o grupo estará envolvido em diferentes explora- gostoso!
ções. Observe o que está acontecendo, aponte para a ação de um bebê
que esteja manipulando a farinha, chamando positivamente a atenção dos
demais para isso. Instigue ainda mais a curiosidade, o interesse e o apro- B
fundamento em suas explorações, perceba as novas descobertas. Dispo- Possíveis ações dos bebês
nibilize uma cesta com um saco de erva mate e um pacote de chá mate
dos bebês pode colocar
•Um
torrado, propondo a manipulação desses elementos e, depois, a mistura a mão na massa que ainda
dos mates com a farinha de trigo, iniciando o primeiro processo de trans- não está pronta e trazer à
formação com elementos secos. Registre a atividade com fotos, vídeos e boca.
pequenas anotações.
•Outro pode fixar o olhar nos
dedos lambuzados e sorrir.

•Outro pode sacudir as mãos,
3 Convide o grupo para fazer a mistura dos líquidos: água com óleo. Incen- tentando se livrar do grude.
tive-os a observar e interagir, descobrindo mais a respeito das proprieda- dos bebês poderá
•Um
des de cada material. Em seguida, proponha a mistura dos ingredientes empurrar o dedo na massa
secos com os líquidos. Esteja junto, valide e apoie as iniciativas. Garan- colorida, fazendo um buraco,
ta que participem ativamente e possibilite aos que desejarem amassar e estender a massa para
o amigo ver; o outro pode
bem para depois separar a massa em bolinhas, colocando o colorau, o
chegar mais perto para sentir
açafrão, a anilina ou o suco em pó de cores diferentes em cada bola de o cheiro diferente.
massa. A B

485
Unidade: Possibilidades transformadoras

Acompanhe os bebês em suas descobertas e auxilie-os sempre que necessário.


4 Sente-se ao lado do grupo de bebês e converse sobre o que está acontecendo ao
seu redor. Destaque as ações dos amigos, chame a atenção para o que eles têm
na mão. Para isso, brinque de esconder e achar a massinha com um pote, junto
a eles. Enquanto você realiza essa ação individual ou em um pequeno grupo,
garanta que os outros bebês explorem o espaço, criando suas próprias brinca-
deiras e descobertas. É importante que eles tenham liberdade de ir e vir, tocar
e experimentar, fazendo descobertas acerca de suas ações sobre a massinha.

Depois de os bebês circularem pelos diversos cantos, convide todo o grupo para
5 continuar as explorações com a massa de farinha de trigo. Chame cada um para C
pegar uma bolinha de massa colorida e acrescentar alguns cravos ou canela em
Possível fala
pó nas bolinhas de massa. Incentive-os a aprofundar suas descobertas, conhe- do professor
cendo novos materiais, cheiros, cores e formas. Quando um dos deels misturar
duas ou mais bolinhas de cores e essências diferentes, valorize essa ação, des- — Onde será que foi
parar o brinquedo que
tacando aos demais a mudança de cor que ocorreu com a mistura das massas. estava aqui? Olhem!
Faça uma brincadeira de esconder e achar objetos no meio da massinha. C Apareceu!

6 Depois de um tempo na brincadeira, ofereça rolinhos de massa e utensílios como


formas de biscoito, peças de encaixe e talheres. Disponibilize as bolinhas de
massa dentro dos potes, incentivando que os bebês brinquem de encher e esva-
ziar os potes com a massa, sendo autores das transformações deles, podendo
separar, juntar, fazer bolinhas, picar, amassar e esticar, aprofundando suas pes-
quisas e descobertas a respeito das manipulações que fazem sobre os materiais.

Para finalizar
Avise com dez minutos de antecedência e explique aos bebês qual será a próxima atividade. Convide-os
para cantar um trecho de uma música durante a organização dos materiais. Peça ajuda para que, dentro
de suas possibilidades, cada um possa guardar os objetos em seus devidos lugares.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser realizada com crianças de outras faixas etárias, trabalhando a integração/interação
entre as turmas. As crianças têm um repertório maior de brincadeiras, assim poderão realizar a receita com os
menores. Substitua a farinha por amido de milho, primeiro sozinho, depois misturado com água, depois com
anilina ou suco em pó; ou então por gelatina (em estado pastoso) ou meleca de sagu (feito um dia antes e depois
colorido com suco de sabores diferentes).

 Engajando as famílias
Divulgue no mural da turma, ou em reuniões com os responsáveis, as fotos e os pequenos vídeos registrados. Comente
suas impressões sobre a proposta, por meio de documentação pedagógica. Convide os responsáveis para continuar
a brincadeira em casa. Faça um bilhete explicando a intencionalidade da proposta e propondo uma parceria na brin-
cadeira. Envie as receitas de diferentes massinhas e sugira que, se possível, enviem fotos e relatos para divulgação.

486
Atividade: Deixando marcas

 EI01EO02  EI01TS02  EI01ET01


DEIXANDO MARCAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade foi planejada para ser realizada fora da sala, e é recomendado que os bebês tenham vivenciado
outras vivências neste local anteriormente, assim como também é importante que tenham tido contato prévio
com alguns dos suportes e riscantes apresentados. Recorte os suportes no tamanho indicado e prepare os ris-
cantes. Coloque tinta de beterraba, cenoura e/ou espinafre nas formas de gelo ou de picolé um dia antes. Para
fazer a tinta, é só bater o legume escolhido no liquidificador com um pouco de água. Organize como acontecerá
a limpeza dos bebês depois da atividade.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, ampliando as condições exploratórias dos bebês.

 Materiais
•  Suportes grandes: tecido sem estampas em cores claras (pedaços de 1 m);
•  Caixas grandes de papelão;
•  Riscantes: gelo colorido, penas, pedras, gravetos, folhas ou ramos de árvores;
•  Fita crepe ou outro material para fixar o tecido na parede;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A ideia é que a atividade seja realizada em pequenos grupos, na área externa, como solário, pátio, corredo-
res ou calçadas. É importante que o espaço seja amplo o suficiente para caber os cantos, possibilitando a livre
circulação entre um canto e outro. Em um dos cantos, coloque tecidos colados em plano inclinado, que pode
ser a própria parede ou outro suporte que a escola tenha. Disponibilize os gelos coloridos em potes abertos no
chão e deixe-os próximos a penas, pedras e folhas. No outro canto, coloque duas caixas de papelão grandes.
Disponibilize mais alguns potes abertos, com tintas de beterraba, espinafre e cenoura. Ao lado, deixe vários
ramos e gravetos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são os suportes preferidos pelos bebês para traçar marcas gráficas? E quais riscantes ofere-
ceram mais possibilidades de registros dessas marcas?
2. Como os bebês utilizaram os objetos e os materiais ofertados em suas explorações e descobertas?
O que descobriram sobre suas propriedades, como odor, cor, sabor e temperatura?
3. De que forma a atividade desafiou corporalmente os bebês ao deixarem marcas?

487
Unidade: Possibilidades transformadoras

 Para incluir todos


Organize e incentive para que todos os bebês tenham condições de participação. Auxilie-os quando necessário,
garantindo que estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para se aproximar, apresente o material e explique a


proposta. Aos poucos se formarão, a partir dos interesses deles, pequenos A
grupos. As orientações iniciais para deixar marcas podem ser faladas para Possível fala
todo o grupo; depois, é importante que sejam repetidas para os pequenos do professor
grupos. Esteja disponível para ajudá-los, interferindo o menos possível, pois — Olhem… Tem cores
esse momento é de livre exploração. Possibilite que brinquem com os ma- diferentes, que bonito!
teriais por um tempo e observe atentamente seus gestos, expressões e ini- Como podemos brincar
ciativas de interação. Apoie a ação deles, evitando ao máximo dirigir suas com elas?
pesquisas exploratórias. Pegue os bebês pela mão, circule pelos cantos com
eles, abaixe-se e alcance objetos, pergunte o que eles querem pegar, incentive B
a interação deles com os amigos. Enquanto você realiza essa ação individual Possível ação
dos bebês
ou em pequenos grupos, garanta que os outros bebês explorem o espaço,
criando suas próprias brincadeiras, hipóteses sobre as transformações que dos bebês poderá
•Um
ali acontecem e descobertas. Esse momento também será importante para pegar a tinta em forma
de cubo de gelo, olhar,
o desenvolvimento da atividade, Brincadeiras com espuma colorida, deste sentir sua temperatura
conjunto. em contato com a
pele e, quando a tinta
2 Enquanto os bebês estão explorando os materiais em vários tipos de agrupa- começar a escorrer,
mentos, a partir de seus próprios interesses, aproxime-se do pequeno grupo admirar sua mão
colorida e esfregar
que está no canto com os tecidos em plano inclinado. Pare e observe-os em
a tinta no tecido,
suas iniciativas e intervenha a partir de suas observações sobre os interesses e percebendo que o pano
necessidades dos bebês, favorecendo que ampliem descobertas e interações, mudou de cor.
usando os materiais ali ofertados. Conforme o gelo for derretendo e virando
tinta, destaque o uso dos ramos e gravetos como suporte para deixar marcas. C
Instigue a curiosidade dos pequenos para o processo de transformação que
Possíveis ações
estão vivenciando. Esteja atento à interação dos bebês com seu próprio corpo dos bebês
e com esses suportes e riscantes. Destaque positivamente cada ação deles,
dos bebês pode
•Um
convidando outros para novas descobertas e desafios. Esteja disponível para fazer marcas de tinta
que compartilhem pesquisas e hipóteses. A B com os dedos ou as
mãos, fazendo a volta
Circule pelo canto das caixas, realizando comentários para o pequeno grupo na caixa, percebendo
3 que estiver ali que os instigue a novas possibilidades de registro de marcas, que ainda há espaço
para seus registros.
a partir dos diferentes riscantes, e que os faça observar as transformações

•Outro pode tentar se
geradas. A caixa de papelão pode ser grande o suficiente para que os bebês equilibrar com uma
possam entrar e deixar marcas dentro dela, seja sentado, seja em pé e, tam- mão na caixa e, na
bém de fora, ampliando as possibilidades corporais. Encoraje-os para realizar outra, segurar um ramo
ações nesse sentido, evitando dirigi-los. Incentive a livre expressão dos bebês, mergulhado em tinta,
facilite descobertas e destaque o processo de transformação em curso. Chame virando a cabeça para
acompanhar as marcas
a atenção de todo o grupo para essas ações e vivências, com a intenção de deixadas no papelão.
que, se os bebês assim desejarem, possam fazer o mesmo. C

488
Atividade: Deixando marcas

Para finalizar
Para o encerramento da atividade, com dez minutos de antecedência, cante uma música para ajudar
na organização dos materiais e ofereça caixas para que os bebês ajudem a guardar os riscantes. Informe
qual será a próxima atividade e retire os suportes com cuidado, contando que o compartilharão com a co-
munidade escolar. Convide os bebês para, juntos, escolherem o local onde farão a exposição das marcas.
Valorize e encoraje todas as iniciativas nesse momento.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Para ampliar o repertório e inspirar que deixem marcas, tenha um varal com desenhos de crianças maiores
como inspiração e faça boas intervenções ao apreciá-lo com elas. Proponha outras explorações com riscantes
e suportes diversos, como:
•  Várias folhas grandes de papel manteiga, sem fixar, e trouxinhas (feitas com barbante ou elástico) de
lápis de cor (mais largo) de cores diferentes;
•  Folhas de papel cartão coladas embaixo de mesas infantis, para os bebês desenharem deitados no
chão, embaixo e olhando para cima. Disponibilize gizões de cera ou canetinhas de ponta grossa.
Apresente a mesma atividade em pequenos grupos, integrando os bebês com as crianças maiores.

 Engajando as famílias
Faça móbiles com bambolês para expor as fotos e produções dos bebês e pendure no caminho que os res-
ponsáveis fazem até a sala. É uma excelente forma de divulgar esse trabalho, não só para os responsáveis,
mas para toda a comunidade escolar.
Escolha o local com os bebês, de acordo com a disponibilidade da escola, e organize uma exposição nos
murais, dentro e fora de sala, para apreciação dos próprios bebês e dos responsáveis.

489
Unidade: Possibilidades transformadoras

 EI01EO03  EI01CG02  EI01ET03


BRINCADEIRAS COM
ESPUMA COLORIDA
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
A atividade foi planejada para que todos brinquem juntos. Como a proposta envolve espuma, é importante que
haja mais de um professor ou auxiliar, de modo que todos os bebês tenham apoio e explorem as possibilidades
com segurança. Se o chão for escorregadio, forre-o com tapetes. A ideia é a transformação da água em várias
cores e espumas, em temperaturas fria e morna. O professor deve preparar os sacos de espuma antecipada-
mente, misturando água, xampu ou sabonete para bebês e corantes de cores diferentes para cada saco. Em
alguns saquinhos, coloque pequenos objetos, glitter ou purpurina.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano para que os bebês aprofundem suas ações
exploratórias sobre o material.

 Materiais
•  Baldes com água em temperaturas fria e •  Purpurina ou glitter;
morna; •  Objetos pequenos, como pedrinhas ou folhas;
•  Anilina ou corante colorido; •  Caixa de isopor com gelos coloridos;
•  Xampu ou sabonete líquido neutro para bebês; •  Batedor tipo fuê;
•  Sacos plásticos grossos e que possibilitem •  Mix elétrico ou outro utensílio para fazer
vedação; espuma;
•  Fita adesiva larga transparente; •  Uma cesta de elementos da natureza;
•  Corda para varal; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Grampos para roupa; registrar a atividade.
•  Recipientes grandes e baixos, para facilitar
o acesso dos bebês (caixas plásticas, bacias,
piscinas pequenas infláveis redondas);

 Espaços
Organize o espaço externo da seguinte forma: estique um varal e nele coloque saquinhos plásticos transpa-
rentes com espuma dentro (pendure-os com pregadores de roupa). É interessante que cada saco tenha uma
espuma de cor diferente e que a consistência da espuma seja fina, para que, quando parada, pareça água, e,
quando agitada, a espuma se forme, tornando evidente a transformação pela ação. Além da vedação própria
do saco, reforce-o com fita adesiva larga transparente. Perto deles, disponibilize baldes com água morna e fria.
Deixe próximo também, mas não disponível, anilina de várias cores e o xampu ou sabonete líquido. Na hora da
atividade, traga cubos de gelo coloridos dentro de uma caixa de isopor, feitos um dia antes com água e anilina.

490
Atividade: Brincadeiras com espuma colorida

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a proposta desafia os bebês na interação entre si e com outros adultos, ao explorar as espu-
mas coloridas em suas diversas formas?
2. Como o bebê observa, manipula e experimenta os sacos de espumas pendurados no varal? Como
ele posiciona seu corpo nessa brincadeira? Quais são suas descobertas?
3. Que tipos de experimentações corporais o bebê desenvolve, transformando a água de cores e tem-
peraturas diferentes em espuma? Como interage com os outros bebês nesse ambiente?

 Para incluir todos


Organize-se para que todos tenham asseguradas as condições de participação. Nesse contexto, cuide para que
os bebês tenham o apoio necessário para as suas necessidades de exploração de acordo com seus interesses.
Garanta um espaço seguro e que facilite a mobilidade de todos.

O QUE FAZER DURANTE

1 À medida que o grupo de bebês for chegando, converse com eles e convide- A
-os para que explorem os materiais dispostos no espaço, possibilitando que Possíveis ações
escolham onde querem ficar, com quais objetos e com quem querem interagir. dos bebês
Possibilite que haja um tempo para exploração e experimentação dos elemen- dos bebês pode
•Um
tos e evidencie as ações dos bebês para os demais. Observe e faça registros balançar os sacos
com fotos e/ou pequenos vídeos. A pendurados no
varal, notando a
Assim que um pequeno grupo de bebês iniciar suas explorações com os bal- transformação da água
2 em espuma.
des de água, direcione-se para esse mesmo canto a fim de potencializar suas
•Outro pode virar o
ações. Destaque as diferenças de temperatura entre a água de um balde e saco de um lado para
outro, incentivando os bebês a tirarem a mão de um e colocarem no outro. o outro, procurando as
Ofereça os cubos de gelo coloridos para que os bebês os despejem na água pedrinhas escondidas
morna para que todos possam levantar as próprias hipóteses. Se for neces- em meio à espuma e ao
glitter.
sário, acrescente mais água morna no balde. B

Convide todo o grupo de bebês para a experiência da transformação da água B


3 Possíveis falas
em espuma (fora dos sacos no varal). Peça que um dos pequenos auxilie-o na
do professor
colocação da água em um dos recipientes e do corante na água. Destaque a
mudança de cor; incentive os bebês a explorar a proposta e, só depois, cha- — Olha o que temos
me um deles para a colocação do xampu na mistura de água com o coran- aqui, cubos de gelo
coloridos. O que será
te. Batam bem com um utensílio para misturar, até que a espuma se forme. que acontece se os
Disponibilize outros recipientes com a espuma já preparada anteriormente. colocarmos na água
Incentive os bebês a usar seu corpo para tocar na espuma, explorando suas morna? Nossa! O gelo
características, como textura, cheiro e temperatura. Incentive os bebês a es- está sumindo, por que
colher a cor da espuma que querem manipular e, assim que um deles misturar será?
— E se os colocarmos
espumas de cores diferentes, destaque essa ação, a fim de que outros bebês
nesse balde de água
a repitam, se assim desejarem. C fria?

491
Unidade: Possibilidades transformadoras

Para finalizar C
Com dez minutos de antecedência, informe qual será a próxima proposta e Possíveis ações
convide todos para a organização dos materiais. Você pode cantar uma canção dos bebês
nesse momento. Diga que, a seguir, vocês retornarão à sala. Deixe-a organi- perceberem a
•Ao
zada para o retorno, com uma cesta de elementos da natureza (como pedras, espuma colorida,
gravetos, folhas), disponível para aqueles que retornarem. os bebês podem ter
curiosidade em tocá-la,
esticando os braços,
balbuciando e sorrindo.
dos bebês pode
•Um
pegar espuma e
passar pelo corpo,
olhando admirado a
perna mudar de cor
e depois as bolinhas
estourarem e a espuma
desaparecer devagar.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Uma variação para a proposta é encher garrafas PET transparentes de 200 ml ou 600 ml ou potes transparentes
de plástico (tipo de maionese) com a espuma colorida. Essas garrafas e potes bem fechados poderão compor
diversos momentos de atividades, como um novo canto na sala, propiciando a continuidade das pesquisas
exploratórias com as transformações desses elementos.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para repetirem a brincadeira em casa, enviando relatos sobre como foi a experiên-
cia ou fotos que serão expostas no mural da escola. Conte uma história da proposta no mural, selecionando
as imagens em sequência, desde a saída da sala até o novo canto montado, passando por todas as etapas
(é importante que existam fotos de todos os bebês em pelo menos um momento da atividade). Compartilhe
com toda a comunidade escolar o percurso de descobertas dos processos de transformação que a atividade
proporcionou aos pequenos.

492
Atividade: Transformação da cesta de frutas

 EI01EO03  EI01EO06  EI01ET01


TRANSFORMAÇÃO DA
CESTA DE FRUTAS
Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Solicite aos responsáveis que, se possível, enviem uma fruta diferente daquelas que estão disponíveis no
cardápio para realização da atividade. Coloque as frutas, higienizadas, mas ainda com casca, dentro da cesta e
prepare o espaço de forma confortável. É importante uma boa higienização das mãos dos professores e dos bebês.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, ampliando as possibilidades de participação
dos bebês.

 Materiais
•  Cesta de piquenique;
•  Toalha de piquenique;
•  Frutas da época (que os bebês possam consumir);
•  Talheres;
•  Pote grande;
•  Potes de sobremesa;
•  Caixa com brinquedos conhecidos dos bebês;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade poderá ser realizada em sala ou em outro local apropriado, de acordo com a disponibilidade
da escola, onde os bebês possam trabalhar a transformação das frutas em salada de frutas. Estenda a toalha
grande de piquenique no chão e prepare um espaço confortável em volta dela (use tapetes ou colchonetes).
Os pequenos vão se sentar em rodas, de modo que todos possam visualizar e participar das transformações
que ocorrerão. Coloque a cesta de piquenique no meio do círculo, já com as frutas dentro e com os talheres
próximos, mas não ao alcance deles.

493
Unidade: Possibilidades transformadoras

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram as propriedades das frutas, como odor, cor, sabor e temperatura?
2. De que forma a atividade de transformação de frutas em salada de frutas possibilitou novas desco-
bertas e experimentações, ampliando o repertório sensorial dos bebês?
3. Como a organização da proposta interferiu na forma de interação dos bebês entre si e com os adultos?

 Para incluir todos


Organize e incentive que todos os bebês tenham asseguradas as condições de participação. Auxilie quando
necessário, garantindo que eles estejam em atividade, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.
Garanta espaço seguro para todos. Como a atividade prevê o consumo de frutas, é preciso se atentar a possíveis
alergias e intolerâncias alimentares. Lembre-se, inclusive, de que alguns bebês podem ainda não ter iniciado
a introdução alimentar, o que inviabiliza o consumo das frutas.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Reúna todo o grupo e explique a proposta. Convide o grupo de bebês para
se aproximar da toalha de piquenique. Mostre a cesta de frutas, instigando a Possíveis falas do
professor
curiosidade deles para o que tem dentro dela. Esteja disponível para ajudá-
-los, interferindo o menos possível, pois esse momento é de livre exploração. — O que será que tem
Assim também deverá ser na atividade Brincadeiras com areia, deste con- aqui dentro?
— Nossa, a cesta está
junto. Incentive-os a pegar as frutas por um tempo, sentir o cheiro e a forma pesada!
delas e perceber diferenças e semelhanças. Observe atentamente gestos, ex- — Estou sentindo um
pressões e iniciativas de interação. Apoie a ação deles, evitando ao máximo cheiro gostoso. O
dirigir suas pesquisas exploratórias. Registre o resultado dessas investigações que deve ser? Vocês
por meio de fotos, pequenos vídeos e anotações. Disponibilize também uma conhecem esta fruta?
Esta é fruta se chama
caixa com brinquedos conhecidos pelos bebês para que tenham acesso a ela (nome da fruta).
quando desejarem. A Entregue a fruta na mão
deles para que possam
2 Após o período de exploração, convide os bebês para que, juntos, descasquem manipulá-la.
as frutas, uma a uma, iniciando o primeiro processo de transformação. Come-
ce convidando um pequeno grupo de bebês para descascar as bananas. Se B
necessário, abra as pontas das cascas e entregue-as ao grupo de bebês maio- Possíveis ações
res, para eles continuarem. Depois, descasque as demais frutas e disponibilize dos bebês
as cascas para que todos as manipulem, assim como fizeram com as frutas dos bebês poderá
•Um
inteiras. Instigue ainda mais a curiosidade, o interesse e o aprofundamento mostrar uma casca
das explorações e perceba as novas descobertas. Observe o que está acon- de fruta para outro,
tecendo, destaque as ações dos bebês, para que outros possam repeti-las, sorrindo e balbuciando.

•Outro pode explorar o
se assim desejarem. Pique cada fruta e coloque-as em um pote transparente, pote com os pedaços
no centro do círculo, destacando a transformação das frutas sem casca em de algumas frutas e
frutas picadas. Distribua potes com pedaços pequenos de algumas frutas que estender a mão em
podem ser novidade para o grupo, a fim de que todos possam experimentá- sua direção, pegando
-las, se assim desejarem, antes de serem misturadas. B a casca, lambendo-a e
fazendo careta.

494
Atividade: Transformação da cesta de frutas

3 Chame todo o grupo para fazer a mistura das frutas já picadas. Garanta que C
observem e interajam, descobrindo mais a respeito das propriedades de cada Possíveis falas
uma, se soltam líquido, qual cor e textura possuem. Esteja junto deles, valide do professor
e apoie as iniciativas. Garanta que participem ativamente e possibilite que — E se nós colocarmos
mexam as frutas com colheres, se desejarem. C uma fruta junto com a
outra, o que será que
4 Com o auxílio de alguns bebês, sirva a salada de frutas nos potes e convide acontece?
todo o grupo para, juntos, experimentarem esse novo visual de tudo mistu- — Vamos colocar tudo
rado, o sabor, a textura, manipulando e conhecendo novas possibilidades. em uma bacia grande?
Quem quer fazer isso?
Auxilie o grupo de bebês menores a comer a salada de frutas. — O que aconteceu
quando misturamos?
Para finalizar Ficou diferente, bem
Com dez minutos de antecedência, informe qual será a próxima vivência. colorido! Agora vamos
Convide os bebês para realizar a higiene das mãos e, juntos, arrumarem o colocar nesses potinhos
aqui e servir! Que cheiro
local. Valorize e encoraje as iniciativas nesse momento, para que, dentro de gostoso! Quem quer
suas possibilidades, cada bebê possa guardar os objetos em seus lugares. experimentar?

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Faça outras receitas com os bebês, transformando frutas em sucos; leite e amido de milho em mingau; leite
e flocos de cereais em papinhas; farinha de trigo, leite e ovos em bolo ou bolachas.

 Engajando as famílias
Divulgue no mural da turma ou em reuniões com os responsáveis as fotos e os vídeos registrados durante as
atividades, acrescentando suas considerações, elaborando uma documentação pedagógica.
Envie um bilhete aos responsáveis explicando a proposta e convidando-os para continuar a brincadeira em
casa, fazendo outras receitas culinárias com seus bebês. Sugira que, se possível, enviem fotos e relatos para
contribuir com a escola e fortalecer ainda mais o vínculo entre responsáveis e escola.

495
Unidade: Possibilidades transformadoras

 EI01EO02  EI01EO03  EI01ET03


BRINCADEIRAS COM AREIA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize a área externa com o material sugerido. Os elementos naturais podem ser recolhidos anteriormente
com os próprios bebês. Prepare as garrafinhas de água usando corantes de várias cores. Faça furinhos nas
tampas das garrafas em proporções diferentes: um furo grande, vários furos pequenos.
A atividade deve acontecer repetidas vezes, garantindo que os bebês tenham contato com a textura da areia.

 Materiais
•  Elementos da natureza (gravetos, folhas, •  Peneiras;
pedras, areia etc.); dispostos em cestos e/ou •  Potes de diversos tipos e tamanhos;
caixas abertas; •  Baldinhos;
•  Três cestos e/ou caixas abertas; •  Caminhões tipo caçamba;
•  Balde com água; •  Livros de literatura infantil ou brinquedos da
•  Garrafinhas de 200 ml com água colorida e preferência dos bebês;
incolor; •  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Utensílios como colheres de diferentes •  Um celular ou uma câmera fotográfica,
tamanhos; um caderno e uma caneta para registrar a
•  Funis; atividade.

 Espaços
Na área externa, disponha os três cestos com folhas, gravetos e pedras. Ao lado, organize uma bacia ou uma
caixa de areia com os utensílios, potes, baldinhos e caçambas. A areia pode ser disponibilizada em um monte,
se preferir. Próximo, deixe um balde com água e as garrafinhas com a água colorida, sem disponibilizá-lo em
um primeiro momento.

 Perguntas para guiar suas observações

1. O quanto as interações entre os bebês e com os adultos ampliaram suas percepções em relação
às transformações propostas com a areia?
2. Como acontecem as descobertas e as vivências dos bebês na área externa, ou seja, a ação, a obser-
vação, a anipulação e a experimentação dos elementos naturais misturados com a areia?
3. Como a proposta instiga os bebês a ampliarem e perceberem as limitações do seu repertório de
movimentos corporais?

496
Atividade: Brincadeiras com areia

 Para incluir todos


Assegure condições para que os bebês participem no momento da realização da proposta. Garanta um espaço
seguro para que eles se movimentem à vontade.

O QUE FAZER DURANTE

1 Leve todo o grupo para o espaço externo, explique a proposta e convide para A
a exploração livre e experimentação dos elementos dispostos ali. Acomode Possível ação
o grupo de bebês menores de maneira confortável (nos tapetes emborracha- dos bebês
dos ou colchonetes) de forma que possam fazer tentativas de locomoção até bebê se concentra
•Um
os objetos de interesse. Deixe alguns objetos próximos dos tapetes para que por um tempo tentando
eles consigam realizar suas pesquisas exploratórias. Observe e atenda indi- encher um pote com
vidualmente os bebês, para que tenham oportunidade de se aproximar, caso areia. Cada vez que
desejem. Fotografe, faça pequenos vídeos ou breves anotações durante a a areia cai para fora do
pote, ele pode tentar
atividade, fazendo um registro escrito depois da conclusão. pegar os grãos com os
dedos. Ele pode repetir
2 Enquanto todo o grupo está envolvido na pesquisa exploratória dos elemen- essa ação diversas
tos da natureza utilizando os corpos e diferentes utensílios, observe o que está vezes, até observar
acontecendo, chamando positivamente a atenção dos demais bebês quando outro bebê usando uma
colher para encher seu
um deles misturar mais de um elemento. Incentive os bebês a aprofundarem
pote. Nesse momento,
seus experimentos, participando ativamente da brincadeira com eles. Apoie e pode sorrir e balbuciar,
valide as iniciativas deles evitando ao máximo conduzir a atividade. A caminhando a procura
de uma colher para ele.
3 Depois das diferentes misturas com meios secos (folha e areia, areia e graveto,
graveto e folhas, pedras e folhas etc.), convide o grupo para fazer a mistura deles
com o líquido. Mostre as garrafas de água colorida e ofereça-as para o pequeno
grupo que está brincando com os utensílios e elementos naturais. Assim que um
dos bebês derramar água nos elementos secos, chame a atenção deles para a
mistura que está acontecendo e convide para observarem a transformação. Des-
taque diferenças e semelhanças da água colorida e sem cor, quantidade de água
derramada de acordo com o tamanho do buraco na garrafa etc. Chame a atenção B
para o fato de a areia mudar de cor em contato com a água colorida. Incentive- Possíveis falas
-os a observar e interagir, descobrindo mais a respeito das propriedades de cada do professor
elemento. Esteja junto, brinque de experimentar a água colorida em contato com — Venham ver o que
sua mão e proponha mãos coloridas para os bebês que desejarem. Sugira que acontece quando
observem juntos a transformação da cor de suas mãos a partir do contato com a jogamos água nas
água colorida. Experimente com os bebês outras possibilidades a partir de suas pedras!
ações, promova novas experiências e apoie as iniciativas, assim como você fez — E agora? E se
jogarmos as pedras
nas atividades anteriores, deste conjunto. Garanta que participem ativamente e na água? (pause e se
possibilite, aos que desejarem, misturar os elementos nos potes, mexendo com aproxime para observar).
gravetos/colheres ou transportando água nos baldinhos ou caçamba. Opa… Fez barulho…
— Será que as folhas
Aproxime um balde com água do pequeno grupo que está envolvido na pes- fazem barulho quando
4 caem na água? Quem
quisa com as folhas, gravetos e pedras. Observe suas iniciativas e, através quer experimentar fazer
delas, instigue os bebês a aprofundarem suas descobertas. Derrame um pouco para ver?
de água em cima das pedras. B

497
Unidade: Possibilidades transformadoras

Enquanto você realiza essa ação individual ou em pequenos grupos, garanta C


5
que os outros bebês explorem o espaço, criando suas próprias brincadeiras Possíveis ações dos
e descobertas. É importante que eles tenham liberdade de ir e vir, tocar e ex- bebês
perimentar. C bebê pode virar a
•Um
cabeça, tentando ouvir
Para finalizar o barulho da pedra
caindo na água. Pode
Com dez minutos de antecedência cante o trecho de uma das músicas que pegar um graveto
costumam cantar para organizar o espaço. Convide todo o grupo de bebês e jogá-lo dentro do
para ajudar na organização dos materiais. Pesquise na internet músicas para balde, esticando o
este momento. Comunique que, a seguir, vocês retornarão para a sala. Deixe pescoço para ver o que
a sala organizada para o retorno, disponibilizando livros ou outros brinquedos aconteceu.
da preferência dos bebês para aqueles que retornaram brincarem enquanto
•Outro bebê pode
colocar várias pedras,
aguardam a volta dos colegas. folhas e gravetos
dentro da caçamba
do caminhão e tentar
levá-lo para mais perto
do balde.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Uma variação da atividade é realizar essas transformações integrando os bebês com outra turma de crianças
maiores. Você pode encher garrafinhas de 200 ml com areia colorida e outros elementos, como água e óleo,
possibilitando que os bebês observem outras formas de transformações. A areia colorida pode ser feita junto
com os bebês, acrescentando corante de várias cores.

 Engajando as famílias
Convide os adultos responsáveis a enviarem fotos com os bebês brincando na natureza. Organize um mural
com essas fotos e com os registros do percurso do grupo ao fazer a pesquisa exploratória das variadas trans-
formações na areia com elementos naturais. Esse mural pode ser exposto para toda a comunidade escolar, de
modo que comunique as aprendizagens realizadas.

498
29
AP

CONJUNTO

UNIDADE

NOME PRÓPRIO
O tema da identidade pode ter sua gênese no trabalho com os bebês: da descoberta
e conhecimento de si ao reconhecimento de suas características e potencialidades. As
propostas que envolvem o nome próprio são fundamentais nesse processo. Imersos em
um novo ambiente, os bebês aprendem a se reconhecer, a conhecer os amigos e aque-
les que os cercam por meio dos nomes, que identificam e legitimam cada um como uma
pessoa, com direitos, necessidades e vontades próprias. Assim, as atividades com nome
próprio configuram ações de cidadania e respeito à singularidade de cada bebê.

499
Unidade: Nome próprio

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções,
EI01TS03
músicas e melodias.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas
EI01EF06
de expressão.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Traços, sons, cores Escuta, fala, pensamento


e formas e imaginação

500
Atividade: Cantigas com nomes

 EI01EO03  EI01TS03  EI01EF01


CANTIGAS COM NOMES
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestões de música
Para que a atividade seja realizada, é necessária a rotina de cantar músicas que
canoa virou.
•A
envolvam nomes próprios. Galinha Pintadinha
A atividade poderá ser realizada diversas vezes no ano, variando as estratégias vol. 2 [CD]. Artista:
para chamar os nomes dos bebês. Galinha Pintadinha.
(Bromélia, 2010).

•Bom dia, amiguinho,
como vai? Turminha
 Materiais da Bebê. Disponível
em: https://www.
youtube.com/
•  Fontes sonoras variadas: chocalhos, pandeiros, tambores, sinos etc.; watch?v=5R6P8A1QKzw.
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados; Acesso em: 15 jun. 2021.
•  Cadeirinhas;
•  Uma caixa grande o suficiente para colocar os instrumentos;
•  Materiais construídos anteriormente pelos próprios bebês. Por exemplo:
latas, pedaços de madeira, garrafas, panelas, colheres de pau e potes;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Identifique se o espaço é tranquilo e silencioso, de modo que as canções com nomes próprios sejam ouvidas.
Organize a sala e garanta que os bebês possam se movimentar livremente pelo espaço e manusear as diferentes
fontes sonoras disponibilizadas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem com a proposta? Apontam novas possibilidades de brincadeiras com as
cantigas? Quais? Eles se expressam de que forma?
2. No convite ao manuseio das fontes sonoras os bebês demonstram interesse, procuram acompanhar
as músicas? Como fazem isso?
3. Por meio de quais ações os bebês indicam que estão reconhecendo a si mesmos quando chamados
pelos nomes próprios?

501
Unidade: Nome próprio

 Para incluir todos


Participe e promova a interação e a ajuda mútua. Contemple diferentes alternativas para que todos os bebês
escutem claramente as músicas. Mude de lugar, aproxime as fontes sonoras do corpo do bebê e observe as
diferentes formas de expressão de cada um. Assegure-se de que os bebês que necessitam de auxílio para se
locomover estejam inseridos na roda ou no centro dela.

O QUE FAZER DURANTE

Convide todo o grupo a se sentar com você em roda e explique a proposta da


1 atividade. Garanta que todos estejam confortáveis e inseridos na roda ou no
centro dela, em cadeirinhas, em cima de um colchonete ou no colo. Pergunte
quem quer iniciar alguma música em que você possa colocar o nome deles.
Faça, quando possível, registros em vídeo e/ou fotos.

2 Comece a atividade cantando a música que os bebês sugerirem. Cante cada


música proposta por eles e aproveite esse momento para ampliar o repertório
dos bebês, incluindo novas canções. Não havendo sugestão dos bebês, pro-
ponha você as músicas. Vá introduzindo o nome dos bebês nelas e observe
como a turma se movimenta com os ritmos. Na atividade Retratos das famí-
lias, deste conjunto, os bebês terão outra oportunidade de explorar os seus
nomes e os de seus responsáveis, associados às fotos.

3 Convide os bebês para se levantar e andar pelo espaço e para manusear as


fontes sonoras oferecidas. Enquanto isso, nomeie os instrumentos. Garanta
que os bebês manifestem interesses e promova a interação deles. Caso al-
gum balbucie ou bata palma, lembre-se de que ele também está produzindo
uma fonte sonora.

4 Convide todos de volta à roda. Inicie uma música utilizando os nomes deles
e os objetos sonoros.

Para finalizar
Diga aos bebês, antes da última música, que a proposta está chegando ao fim. O professor vai falar o nome
do bebê e ele, quando solicitado, vai pegar seu objeto e colocar dentro da caixa que está no centro da roda.
Conforme eles guardam, podem andar pela sala em direção a um cantinho de leitura ou a outro espaço com
brinquedos. Peça ajuda dos bebês para que guardem instrumentos e perceba como todos reagem.

502
Atividade: Cantigas com nomes

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repita ou acrescente músicas em outras oportunidades. Outra sugestão é fazer a variante da atividade com
brincadeiras cantadas e sem fontes sonoras, apenas usando gestos ou o próprio corpo para produzir sons (bater
palmas, bater o pé, bater com as mãos na perna, na barriga). Convide outro grupo de crianças para participar
dessa brincadeira.

 Engajando as famílias
Faça um mural com as letras das músicas no qual seja possível colocar também os nomes dos bebês. Viabilize
o vídeo realizado durante a atividade e convide os responsáveis para visitar a sala. Sugira a eles que realizem a
atividade em casa, cantando os nomes das pessoas que moram com o bebê. Elabore, se possível, um CD, pen
drive ou playlist com os registros sonoros e visuais da atividade e presenteie pais e responsáveis.

503
Unidade: Nome próprio

 EI01EO06  EI01EF01  EI01EF06


RETRATOS DAS FAMÍLIAS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, será necessário pedir fotos no tamanho 10 × 15 cm aos responsáveis: deles, dos
bebês, dos irmãos e, se houver mais pessoas morando na mesma casa, inclua-os, escrevendo o nome de
cada um, para que o professor possa saber e interagir com os bebês. As fotos deverão ser plastificadas com
adesivo transparente ou com sacos plásticos fechados com fita adesiva, visando à durabilidade do material a
ser explorado pelos bebês. Coloque velcro atrás das fotos antes de realizar a atividade. Monte previamente
dois painéis: um com as fotos dos bebês e outro com as dos responsáveis. Na sala, providencie um local
para a fixação dos dois painéis na altura dos bebês, possibilitando a autonomia de cada um para acessar
as fotos. Se possível, o painel pode estar perto de um espelho; assim, eles podem se reconhecer em ambos
os materiais. Organize os painéis com antecedência, cobrindo-os com feltro. Combine a parceria com outro
professor ou auxiliar. Deve existir também espaço livre para que todos tenham acesso aos painéis.
A atividade poderá ser realizada em diversos momentos do ano, variando os contextos e os tipos das fotos
para exploração.

 Materiais
•  Fotos enviadas pelos responsáveis, que serão plastificadas pelo professor;
•  Feltro para forrar os painéis;
•  Fotos com velcro, para que possam ser colocadas e retiradas com facilidade;
•  Espelho de parede;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize dois espaços nas paredes da sala de referência dos bebês para a montagem de dois painéis na
altura deles. Deve existir, também, espaço livre para que todos tenham acesso a eles.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês demonstram curiosidade pelas fotos expostas e pelas possibilidades que elas trazem?
2. Quais são as primeiras reações demonstradas quando se deparam com as imagens? Interagem uns
com os outros? De que forma?
3. Como demonstram reconhecer quem está na foto? Como a atividade contribui para a construção da
identidade?

504
Atividade: Retratos das famílias

 Para incluir todos


Perceba se o espaço está adequado para a atividade e se contempla movimentação individual ou do grupo.
Garanta que todos possam acessar os painéis e se aproximar deles. Facilite a aproximação e descreva as ima-
gens contidas nas fotos. Observe as diferentes formas de expressão de todo o grupo.

O QUE FAZER DURANTE

Comece a atividade entrando na sala com pequenos grupos. A


1 Observe como notam os painéis de feltro na parede e possibili- Possíveis falas do professor
te que fiquem livres para se expressarem. É importante que na
— Olha só, quem está aqui nesta foto?
sala tenha mais de um professor ou auxiliar. Facilite a aproxi- — Quem conhece (cite o parentesco do
mação de todos e, se necessário, pegue os bebês no colo, vá responsável pelo bebê) do (fale o nome
conversando e apontando o espaço que será organizado com do bebê)?
as fotos. Observe como reagem quando se deparam com as — Pegue a foto de seu responsável e
imagens, como interagem com o espaço e entre si. mostre para os amigos.

B
2 Garanta que interajam com os painéis e as fotos. Convide os
bebês, levando-os a perceber as imagens das fotos. No painel Possíveis falas do professor
com as fotos dos responsáveis, convide-os para visualizá-las — Olha só o que tem aqui. Vejam, são
e vá nomeando as pessoas que estão nelas. Observe reações fotos!
e manifestações. Convide os bebês para colocar as fotos nos — Vocês sabem quem são essas
pessoas?
painéis de feltro. Registre esses momentos e as expressões dos — Quem sabe me dizer quem é?
bebês. A
C
3 Possibilite que os bebês, cada um em seu próprio tempo, per-
Possíveis ações dos bebês
cebam o que está exposto. Após a percepção da etapa anterior,
encoraje a interação dos bebês com o material, mostrando que
•Algum bebê pode reconhecer a foto de
um colega e levá-la até ele.
as fotos podem ser destacadas dos painéis e observe como isso

•Outro pode apontar para o colega
ocorre. Veja se eles se reconhecem e reconhecem os amigos. representado na foto.
Neste momento, chame todos pelo nome, relembrando a ativi-
•Entre os bebês, pode se iniciar um
dade Cantigas com nomes, deste conjunto. Questione sobre movimento de troca, no qual eles vão
cada foto individual e dos responsáveis: pergunte quem são, o comparar a foto com o colega que está
que estão fazendo e valorize a ação de cada bebê, encorajan- ao seu lado.

•Alguns bebês se aproximarão de
do-os. Registre de que forma fazem isso. B C imediato e irão explorar as fotos, usando
o tato, e outros apreciarão de longe.
4 Converse com o pequeno grupo, fazendo perguntas e chaman-
•Outros poderão sorrir e demonstrar
do a atenção para detalhes das fotos dos responsáveis, falan- alegria ao vê-las, ou se expressar por
do o nome de cada um. Observe se eles tentam falar o nome, meio de olhares e balbucios.
quais sons que emitem e como expressam o reconhecimento
de si e de seus pares. D D
Possíveis falas do professor
Para finalizar — Quem quer falar ou me mostrar
Pergunte onde está a foto do bebê ou a de outro alguém, citan- alguma foto?
do o nome. Convide o bebê a tirá-la do painel. Garanta que todos — Quem está vendo o (nomeie o
possam expressar, à sua maneira. Finalize a atividade reorgani- parentesco do responsável para o qual
você aponta).
zando os painéis com a turma. — O que eles estão fazendo?

505
Unidade: Nome próprio

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Você pode usar as fotos para serem manuseadas pelos bebês, cada um à sua própria maneira. Para isso,
cole todas em papel grosso e plastifique-as. Esconda-as pela sala ou em suportes semelhantes a janelas ou
caixas-surpresa para que os bebês descubram os conteúdos e propicie a participação de todos. Outra alterna-
tiva pode ser montar os painéis próximos a espelhos e garantir que os bebês se reconheçam por meio de sua
imagem refletida.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para visitarem a sala e mostre os painéis e os registros realizados. Sugira que,
em casa, deixem fotos expostas, para que os bebês possam observá-las e as manusear.

506
Atividade: Produções artísticas como marcas de identidade

 EI01EO03  EI01EO06  EI01TS02


PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
COMO MARCAS DE
IDENTIDADE
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize o espaço da sala ou área externa com diferentes cantos forrados com papel e coloque as bacias de
tintas comestíveis, pincéis, rolos e esponjas. Imprima fotos 10 × 15 cm dos bebês ou revele. Organize os espaços
para pequenos grupos, com três membros, no máximo.
A atividade poderá ser realizada em diversas vezes ao longo do ano, em vários contextos em que seja neces-
sário, por exemplo, identificar objetos e/ou produções dos bebês.

 Materiais
•  Tintas comestíveis de cores e texturas variadas;
•  Bacias na quantidade suficiente para que cada pequeno grupo tenha acesso às diferentes cores;
•  Pincéis grossos, rolinhos e esponjas;
•  Fotos 10 × 15cm dos bebês já coladas em papel cartão duplo, para que fiquem em pé em formato de
“V” invertido, criando um plano inclinado;
•  Colchonetes ou cadeirinhas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade pode ser realizada em sala ou área externa, usando o chão. O espaço deve prever a mobili-
dade dos bebês. Os pequenos grupos devem ser formados para garantir que os bebês possam realizar as
explorações dos materiais. Organize as fotos, de forma que fiquem visíveis para todos.

507
Unidade: Nome próprio

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quando convidados a participar da atividade, como os bebês se organizaram? Reconheceram os


amigos? Nomearam as fotos de que maneira?
2. Quais expressões são utilizadas pelos bebês ao visualizarem o espaço das atividades? Perceberam
a presença de suas fotos? O que fizeram?
3. Experimentaram as tintas? De quais maneiras? Exploraram os materiais disponibilizados com quais
possibilidades? Deixaram suas marcas de que forma?

 Para incluir todos


Ajude na dinâmica para que o bebê sente-se no espaço onde está sua respectiva foto. Propicie que todos os
bebês possam estar inseridos na atividade no chão, colchonetes ou em cadeirinhas. Se necessário, leve-o no
colo. Proponha que se organizem e que se ajudem. Garanta que todos os bebês sejam atendidos e inseridos
em seu pequeno grupo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para o ambiente onde será realizada a atividade de A


pintura; o espaço de cada bebê estará identificado com sua respectiva foto. Possível fala
O uso da imagem é um incentivo para que cada bebê se reconheça e encon- do professor
tre o local onde sentará. A atividade Retratos das famílias, deste conjunto, — Olhem! Quanta cor e
colabora muito para o autorreconhecimento dos bebês. Durante o convite, quantas coisas temos
nomeie as fotos. Promova as interações com os materiais e entre os bebês. aqui para usar. Quem
Possibilite que fiquem livres para se expressarem. Registre as reações e como quer experimentar?
os bebês se comunicam neste momento.
B
2 Apresente os materiais para a pintura. Auxilie na locomoção dos bebês até Possíveis ações
os locais com suas fotos e fique atento às suas reações para perceber se eles dos bebês
se reconhecem. Propicie que possam manusear e explorar as imagens. Sen-
•Alguns bebês se
te-se com os pequenos grupos e estabeleça uma conversa, questionando aproximarão dos
sobre o que estão vendo. Promova as experiências sensoriais com as tintas, materiais e das fotos
pincéis, esponjas e rolos. Observe a interação dos bebês entre si e com os rapidamente.
materiais. A B
•Outros levarão mais
tempo para manusear
os materiais e iniciar as
3 Garanta que todos tenham oportunidade de se manifestar por meio da pintura explorações.
e observe como o fazem: se expressam algo por meio de gestos, balbucios ou
fala. Propicie a interação entre eles, para que mostrem as pinturas uns aos
outros. Registre cada momento desta interação.

Para finalizar
Avise quando a atividade estiver chegando ao final. Fique atento ao envolvimento e ao ritmo de produção
dos bebês. Converse com os bebês sobre o que fizeram e pergunte qual é sua pintura. Depois, recolha com
eles as produções, apresente a pintura, escreva os nomes e coloque no mural da sala ou corredor, para que
fiquem expostas. Peça ajuda para os bebês para levar as produções.

508
Atividade: Produções artísticas como marcas de identidade

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao realizar a atividade pela segunda vez, ofereça diferentes materiais (rolhas, gravetos, folhas secas e flores).
O objetivo é que os bebês explorem as tintas, mudem as cores e texturas e realizem a atividade em mesas com
os materiais arrumados no meio, com as fotos no encosto das cadeirinhas, de forma que eles as encontrem.

 Engajando as famílias
Sugira aos responsáveis que, em casa, usem fotos dos bebês para identificar os lugares em que a o bebê deve
guardar seus brinquedos. Pode ser na porta do quarto ou onde acharem interessante, mas sempre se dirigindo
ao bebê e o chamando pelo nome. Convide-os para que vejam as atividades de pintura no mural; escreva como
se deu a atividade e anexe os registros realizados.

509
Unidade: Nome próprio

 EI01EO06  EI01EF01  EI01EF06


USANDO FOTOS PARA
IDENTIFICAR PERTENCES
PESSOAIS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a realização da atividade, será necessária a impressão de ao menos três fotos do rosto de cada bebê
(sugestão de tamanho: 10 × 15 cm). Cole as fotos em papel de gramatura mais grossa, que servirão como
etiquetas de identificação. Plastifique-as com fita adesiva, papel contact ou as coloque em sacos plásticos
fechados com fita, aumentando a durabilidade do material. Prepare um canto com almofadas e tapete para
proporcionar aconchego e acomode as fotos no chão. Combine a parceria com outro professor ou auxiliar para
atuar na atividade junto com você.
A atividade poderá ser realizada diversas vezes ao longo do ano, em vários contextos em que seja necessário,
por exemplo, identificar objetos e/ou produções dos bebês.

 Materiais  Espaços
•  Fotos 10 × 15 cm do rosto dos bebês impressas, Em um canto da sala, coloque um tapete, as almo-
coladas em papel de gramatura grossa fadas e as fotos dispostas de modo que eles sintam-se
e plastificadas (com plástico ou contact atraídos para se locomoverem até elas. A atividade
transparente); deve ocorrer em pequenos grupos para que seja pos-
•  Tapete e almofadas; sível propiciar momentos de exploração significativa e
•  Um cesto de livros de literatura infantil; para que você possa observar se os bebês interagem
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para entre si e com as fotos expostas.
registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês interagem quando se dirigem ao tapete? Gesticulam, balbuciam para se
comunicar uns com os outros e com o professor? De que maneira iniciam a exploração?
2. Como se reconhecem, se nomeiam nas fotos e como demonstram isso?
3. Como ocorre a interação entre eles e o professor depois da descoberta das fotos e que novas possi-
bilidades trazem?

510
Atividade: Usando fotos para identificar pertences pessoais

 Para incluir todos


Apoie os bebês, garantindo um ambiente em que todos possam se comunicar, explorar, interagir e reconhecer a
si e aos colegas por meio da manipulação das fotos, segundo suas próprias preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Para a atividade, será preciso mais de um professor ou auxiliar A


em sala para que possa ser realizada em pequenos grupos e ga-
Possível fala do professor
rantir que todos tenham apoio. Convide os bebês para irem até o
tapete. Reserve o tempo necessário para que as explorações das — Vejam, encontrei uma foto! De quem
fotos sejam realizadas de forma atrativa e que as descobertas será que é? Alguém sabe? Querem me
contar?
aconteçam. As atividades Retratos das famílias e Produções
artísticas, deste conjunto, serão importantes para o desenvol-
vimento da proposta, já que também envolvem a exploração de B
fotos. Enquanto um grupo realiza a atividade, os outros podem Possível ação dos bebês
manusear/explorar um cesto de livros em outro canto da sala. bebê pode observar sentado nas
•Um
Comece o registro da atividade com fotos ou vídeos. almofadas os outros bebês que estão
perto dele e balbuciar alguma coisa
Pegue uma foto e a manuseie. Observe se os bebês se mostram quando olha a foto que está com o
2 professor. Ele pode olhar como se
curiosos, se se aproximam das fotos, se reconhecem a si mes-
estivesse procurando e esperando a
mos e os colegas e como ocorre a interação entre eles. Apoie resposta do bebê que está nela.
suas ações. Garanta que todos os bebês estejam posicionados
e tenham tempo para explorar e se comunicar sobre as fotos
espontaneamente, com falas, gestos ou balbucios. A B C
Possível fala do professor

3 Convide o pequeno grupo para fazer a brincadeira de “escon- — Eu tenho em minhas mãos a foto de
deu-achou” e oriente como ela acontece. Escolha uma foto e a uma menina. Ela tem cabelos pretos,
esconda embaixo de uma almofada. Ache-a e nomeie o bebê olhos castanhos e hoje está usando um
encontrado. Fale o nome de cada um e convide-os para que vestido rosa. Adivinha quem é? É a (diga
o nome do bebê).
brinquem uns com os outros. Varie o tom e a entonação da sua
voz. Observe se começam a tentar esconder as fotos que es-
colhem, como se dão as interações e comunicação entre eles D
e se trazem outras brincadeiras ou explorações. Amplie a brin- Possível ação dos bebês
cadeira e proponha aos bebês uma variação, embaralhando bebês poderão olhar uns para os
•Os
as fotos. Pegue uma foto, descreva o que vê e perceba se eles outros à procura do colega que está
identificam o colega através da descrição. Promova a ação dos sendo descrito. Ao ser revelada a
bebês solicitando que cada um pegue uma foto e aponte o co- identidade da foto e nomeado pelo
professor, o bebê poderá apontar o
lega sorteado. C D colega ou a si mesmo, comparando com
a foto mostrada.
4 Proponha que juntos peguem suas fotos e levem até o local
onde são guardadas as mochilas. Identifique com os bebês o E
local e mantenha as fotos no espaço para compor a organiza- Possíveis falas do professor
ção. Garanta que haja espaço suficiente para a locomoção de
todos. É importante que os bebês realizem toda a movimenta- — Onde será que estão guardadas as
mochilas?
ção com autonomia, que fiquem envolvidos e interajam. Avise — Quem quer ir guardar sua foto lá?
que a atividade está chegando ao fim. E

511
Unidade: Nome próprio

Para finalizar
Avise que a atividade está chegando ao fim. Quando todos os bebês tiverem guardado suas fotos identifi-
cando o local dos seus pertences, finalize a atividade convidando todos a escolher outra brincadeira na sala
e promova a troca do grupo.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Repetir atividades como essas, nas quais os bebês usam suas fotos para se nomearem ou para reconhecerem
seus pertences, é muito importante no cotidiano, pois ajudam na construção da identidade. Quando os locais já
estiverem identificados com fotos, convide os bebês a ajudarem na identificação de seus casacos e sapatos, e
a guardá-los no local certo. Outra sugestão é o professor identificar com fotos a capa da agenda, com auxílio
dos bebês.

 Engajando as famílias
Promova o movimento dos responsáveis para que acompanhem os bebês na entrada ou na saída até o local
de seus pertences na sala, procurando sua própria foto, ouvindo/falando seu nome e deixando ali sua mochila.
Converse com eles, explicando a importância do reconhecimento através da foto e sugira que façam isso dia-
riamente, pelo menos em um dos momentos da rotina.

512
Atividade: Apreciando a si mesmo e aos colegas em registros fotográficos

 EI01EO06  EI01EF01  EI01EF06


APRECIANDO A SI MESMO
E AOS COLEGAS EM
REGISTROS FOTOGRÁFICOS
Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a atividade será necessário imprimir fotos dos bebês na escola, tanto individuais quanto registros em grupo,
em tamanho 13 × 18 cm. Nas fotos individuais, coloque abaixo o nome de cada bebê. Cole as fotos em papel de
gramatura grossa e as plastifique, reforçando o material. Separe três caixas para as fotos individuais e três para
as fotos em grupo. Organize na sala um espaço confortável e amplo no qual você montará um varal na altura
dos bebês. Deixe no local alguns prendedores à disposição, que serão utilizados para fixar as fotos no varal.
A atividade poderá ser realizada diversas vezes ao longo do ano, em vários contextos em que seja necessário,
por exemplo, explorar as fotos dos bebês como forma de colaborar com a construção da sua identidade.

 Materiais
•  Fotos dos bebês;
•  Papel de gramatura grossa contact e/ou plástico;
•  Cordão de nylon ou barbante;
•  Pregadores;
•  Seis caixas para colocar as fotos;
•  Um tapete;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A atividade será realizada na sala. Organize, no centro da sala, em um tapete confortável, as três caixas
com as fotos individuais, de modo que o ambiente fique atrativo para os bebês se locomoverem e realizarem
as explorações.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês exploram as caixas e o espaço oferecido? Quais descobertas realizam?


2. De que modo se comunicam ao reconhecer-se e ao reconhecer os outros bebês nas fotos?
3. Como se dá a interação uns com os outros e com o professor durante a atividade?

513
Unidade: Nome próprio

 Para incluir todos


Propicie para que todos os bebês tenham condições de participação no espaço e na exploração dos materiais
oferecidos. Incentive a forma de expressão de todos, conforme suas preferências, ritmos e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para se aproximar do espaço organizado.


Em pequenos grupos, apresente as caixas com as fotos indi-
viduais e incentive a livre exploração do material por eles. As
atividades Retratos das famílias, Produções artísticas como
marcas de identidade e Usando fotos para identificar perten-
ces pessoais, deste conjunto, serão importantes para o desen-
volvimento da atividade, já que os bebês terão oportunidades
de se familiarizar com as fotos deles, dos amigos e dos res- A
ponsáveis. Observe como eles exploram as caixas e o espaço.
Possíveis falas do professor
Medeie a ação dos bebês, promovendo o manuseio das fotos.
Garanta que todo o grupo interaja e que todos se expressem — O que é isso no chão?
— O que será que tem dentro? Querem
de forma livre através de gestos, olhares, palavras e balbucios.
descobrir?
Assegure a documentação pedagógica durante a exploração — Uma surpresa! Vamos ver o que
dos materiais com anotações e/ou fotos/vídeos. A B podemos fazer?

2 Depois do momento de livre exploração das fotos individuais, B


aproxime-se dos pequenos grupos e nomeie as fotos que es-
Possíveis ações dos bebês
tão em suas mãos. Observe se eles reconhecem quem está
nas fotos e de que forma nomeiam a si próprios e aos colegas.
•Alguns bebês podem vir engatinhando
ou andando até as caixas e começar a
Apoie suas expressões e incentive a comunicação entre os be-
pegá-las e as abrir.
bês. Valorize seus gestos, incentivando-os a nomear as fotos ou
•Outros podem ficar de longe
a apontar o bebê que aparece nela. Interaja com eles e fique observando, aproximando-se
atento para perceber e aproveitar as novas possibilidades no lentamente.
manuseio das fotos, potencializando esse momento e garantin-
do novas descobertas. C
Possível fala do professor
3 Até esse momento, os bebês devem estar envolvidos de diferen-
tes formas na exploração das fotos individuais. Apresente as no- — Olhem, eu trouxe novas caixas! Alguém
aqui gostaria de me ajudar a abri-las?
vas caixas com as fotos para eles, onde aparecem interagindo Você quer? Vamos descobrir o que tem
em atividades em grupo. Possibilite que fiquem livres para uma dentro? Mais fotos?
nova exploração. Observe com atenção como se comunicam
sobre o que estão vendo e quais expressões utilizam. Conver- D
se com eles sobre as imagens. Depois da livre exploração das
Possíveis ações dos bebês
fotos, convide um dos bebês para pegar uma e mostrar ao gru-
po. Pergunte quem está na foto. Nomeie junto deles as pessoas bebês podem começar a balbuciar
•Os
que aparecem no registro, o que estão fazendo e onde estão. e a bater palmas, com intenção de se
comunicar e interagir com a fala do
Faça as intervenções necessárias para promover as interações
professor e dos outros.
e descobertas dos bebês. Repita o convite para outros bebês,
•Algum bebê pode ficar observando.
prestando atenção para o interesse do grupo. C D

514
Atividade: Apreciando a si mesmo e aos colegas em registros fotográficos

4 Depois de explorar e nomear as fotos, convide todos para que juntos sigam
para o varal onde irão pendurar as fotos. Organize pequenos grupos e tenha
na sala a presença de mais um professor ou auxiliar. Observe que novas pos-
sibilidades estão trazendo e como manifestam isso. Fique atento à interação
e ao interesse de todos.

Para finalizar
Ao final da montagem do varal, fale para os bebês que as fotos ficarão expostas no corredor, ao lado da
sala. Ao final do dia, transfira as fotos do varal da sala para o do corredor, para que os responsáveis e de-
mais pessoas da escola possam ver.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Variações para a atividade:
•  Chamada em sala, nomeando os próprios nomes e os dos colegas, utilizando as fotos.
•  Brincadeira de procurar onde as fotos serão escondidas pela sala, em que os bebês terão que procurar
e nomear quem acharem ou o que estão fazendo.
•  Responsáveis poderão ser convidados a enviar fotos de brincadeiras realizadas em casa com os bebês
e, em sala, além do reconhecimento e da nomeação, pode-se reproduzir as brincadeiras registradas
nas fotos.

 Engajando as famílias
Os responsáveis apreciarão o varal colocado no corredor. Mostre a eles, em uma reunião, os registros realizados
(fotos e vídeos) durante a atividade. Incentive que parem diariamente diante do varal com os bebês, valorizando
o que produziram e ajudando na identificação do bebê. Sugira que, em casa, exponham fotos no ambiente para
que o bebê possa se reconhecer e reconhecer seus responsáveis. Converse com eles, reforçando a importância
de propiciar a identificação e o reconhecimento dos bebês por meio de imagens.

515
30
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

ÁLBUM DOS BEBÊS


O álbum é uma proposta que reconhece a delicadeza de ser um bebê e, ao mesmo tem-
po, sua capacidade extraordinária de interagir e aprender com os objetos, com os profes-
sores e com seus pares. Ele registra o processo de desenvolvimento e de aprendizagem
do grupo, traz aspectos individuais de cada criança, ou gerais, do grupo inteiro, e pode
ser visto e revisto com os pequenos, como uma forma de rememorar. A memória dos
bebês é construída aos poucos e os materiais concretos, como fotografias, desenhos ou
imagens auxiliam nesse desenvolvimento.
O álbum é, ainda, fundamental para o professor registrar e observar o processo de
aprendizagem, o interesse e a necessidade de cada bebê. Ele ajuda a avaliar as atividades
realizadas. Portanto, é também um instrumento pedagógico para o professor reorgani-
zar propostas. Para os adultos responsáveis, que podem apreciar o álbum nos momentos
de entrada e saída dos bebês, ou recebê-lo em casa e contribuir com algum registro, seja
escrito, fotográfico ou desenho, ele possibilita conhecer o cotidiano pedagógico: as brin-
cadeiras, as interações, a rotina, o trabalho docente e, em especial, o conceito de infância
privilegiado na escola.

516
Sequência: Álbum dos bebês

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,


EI01EO05
brincadeira e descanso.

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
EI01EF01
convive.

Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas
EI01EF06
de expressão.

EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Escuta, fala, Espaços, tempos,


pensamento quantidades, relações
e imaginação e transformações

517
Sequência: Álbum dos bebês

 EI01EO03  EI01EO04
PREPARAÇÃO DO ÁLBUM
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Planeje a estrutura física do álbum, que poderá ser feita, por exemplo, usando o tecido algodão cru com fotos
plastificadas ou uma pasta do tipo fichário com envelopes plásticos de gramatura grossa. Escreva um bilhete
aos responsáveis contando sobre a atividade a ser realizada. Peça que enviem fotos dos bebês com breves
comentários e sugira o envio de pequenos brinquedos e objetos afetivos dos bebês. Além desses materiais, o
professor deverá fotografar os bebês ao longo das atividades diárias na creche, como nas brincadeiras, durante
a alimentação e o banho, para que esses registros também sejam usados posteriormente na produção do álbum.

 Materiais
•  Papel sulfite para a elaboração do bilhete aos responsáveis;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
•  Materiais da sala disponíveis para exploração e brincadeira dos bebês.

 Espaços
A atividade deverá ser desenvolvida em diversos ambientes, como na sala, no refeitório, no banheiro, no
parque etc. Procure contemplar nas fotografias todos os locais do cotidiano dos bebês na creche, tais como a
sala, o banheiro, o refeitório, o solário e ambientes externos, como jardim e parque de areia.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem entre si e com o professor? De que forma eles exploram os espaços e
os materiais disponíveis?
2. Como os bebês exploram a câmera fotográfica? Eles observam, pegam, apertam e chacoalham de
modo a descobrirem suas possibilidades?
3. Os bebês se reconhecem nas imagens? Identificam as ações contidas nas fotos?

 Para incluir todos


Envolva todos os bebês nos momentos de registro fotográfico, promovendo a interação deles com os outros
bebês, os espaços, os materiais e com a câmera fotográfica, garantindo que todos explorem o contexto da ativi-
dade. Auxilie os bebês menores, que ainda não conseguem manusear os objetos, a explorar os itens da proposta.

518
Atividade: Preparação do álbum

O QUE FAZER DURANTE

Organize um momento de exploração dos materiais da sala, utilizando, por A


1
exemplo, cortina sensorial, livros, fantoches, ou outros brinquedos. Garanta Possível fala
que todo o grupo de bebês esteja acomodado de forma confortável e que to- do professor
dos possam fazer suas tentativas de locomoção até os objetos de preferência. — Olhe, (diga o nome do
Incentive-os a se envolverem nos momentos exploratórios, deixando-os livres bebê)! Quem é que está
em suas iniciativas de interação com o que compõe o ambiente e, então, faça nessa foto? É você? O
que você está fazendo?
os registros com fotos.
B
2 Sem que os bebês percebam que estão sendo fotografados, faça registros in-
dividuais e em grupos. Na sequência, considere um conjunto de fotos e mostre Possível ação
dos bebês
para eles, fazendo uma descrição das imagens captadas em duplas ou trios.
Nessa configuração, a proximidade física amplia as oportunidades de intera- bebê pode se
•O
ção com as imagens obtidas no objeto e com o professor. Incentive os bebês expressar de diferentes
maneiras, utilizando
a fazerem o reconhecimento de si e de seus colegas, como também a identi- gestos, sorrindo,
ficação das ações que podem ser observadas nos registros e compreendidas fazendo caretas e
por meio das narrativas do professor. Essa ação favorecerá o desenvolvimento emitindo sons. Pode
da atividade Investigação das fotos do álbum, deste conjunto. Reconheça chamar a atenção do
e valorize toda e qualquer forma de comunicação, expressão e participação amigo como forma de
dizer: “Olha! É você
diante da proposta. A B
aqui!”.

Para que o álbum inclua fotos diversificadas, promova momentos de interação


3 com os bebês: converse, gesticule, brinque e cante enquanto os fotografa. Es- C
clareça ao grupo que somente o professor irá manusear a câmera fotográfica, Possíveis falas
do professor
mas instigue-o a se envolver na proposta por meio da brincadeira de imitação
da ação de fotografar. Promova situações em que eles possam escolher onde — Pegue a câmera,
e como querem ser fotografados, fazendo pose ou não. Do mesmo modo rea- (cite o nome do bebê)!
Tire algumas fotos de
lizado anteriormente, mostre e descreva um conjunto de fotos para duplas
seus amigos! E dos
ou trios, de modo a promover o reconhecimento de si e de seus pares, como brinquedos?
também a ação da imagem registrada. Apresente as fotos utilizando variadas — Qual você gostaria de
entonações de voz e gestos de surpresa. Faça as mediações necessárias para fotografar?
favorecer as descobertas dos bebês. — Você quer que eu
te ajude a tirar fotos?
Vamos lá!
4 Depois que o grupo estiver familiarizado com a câmera fotográfica, promova
momentos em que os bebês, com o apoio do professor, possam se envolver
em uma brincadeira de simulação de registro fotográfico. Portanto, convide- D
-os a fazerem alguns registros a partir de suas perspectivas. Com a câmera Possível ação
em suas mãos, mostre a eles como faz para tirar fotos. Diga onde devem dos bebês
olhar para focalizar a imagem desejada e qual botão precisam apertar para bebê poderá
•Um
fazer os registros. Faça os gestos enquanto explica o mecanismo de uso do ir em direção ao
objeto. O professor é o responsável pela câmera fotográfica e, portanto, de- professor para pegar
verá permanecer com o objeto em suas mãos, evitando acidentes. Entretan- a câmera e olhar no
visor procurando uma
to, possibilite que os bebês a manipulem como se fossem tirar uma foto e, se imagem. Ele pode
possível, ajude-os a fazerem alguns registros. Esteja sempre atento para que sorrir, fazer caretas,
nenhum bebê pegue a câmera sozinho: essa ação deve ser em conjunto com bater palmas e querer
o professor. C D apertar botões da
câmera.

519
Sequência: Álbum dos bebês

Para finalizar
Faça registros diversificados de todos os bebês do grupo, abrangendo ao menos uma foto de cada momen-
to da rotina. Fotografe o convívio em diferentes configurações de agrupamentos entre os bebês e adultos.
Verifique as fotos e, se preciso, finalize os registros em outro dia, a fim de contemplar tudo o que foi propos-
to. Sinalize para os bebês que a atividade está chegando ao fim e indique qual será a próxima atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Se considerar significativo, utilize pequenos objetos de memória afetiva dos bebês para compor o álbum,
além de inserir músicas escritas e histórias que eles apreciem. Inclua nos registros fotográficos os momentos
de acolhida, brincadeiras, exploração de ambiente e materiais, alimentação, banho, sono e despedidas.

 Engajando as famílias
Aproveite os momentos de orientação, de envio e de recebimento dos materiais, para incentivar a participação
e o envolvimento dos responsáveis na confecção do álbum. Explique a eles que o álbum é um instrumento que
contribui para a construção da identidade dos bebês.

520
Atividade: Investigação das fotos do álbum

 EI01EO05  EI01EF01  EI01EF06


INVESTIGAÇÃO DAS FOTOS
DO ÁLBUM
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Preparação do álbum, deste conjunto; selecione e imprima fotos que foram
tiradas na creche, pelo professor, nos momentos de alimentação, de higiene, de brincadeira e de descanso.
Considere também os registros enviados pelos responsáveis, de situações agradáveis para os bebês. Além
disso, comece a fazer a estrutura física do álbum, que poderá ser de pano, com fotos plastificadas, ou uma pasta
fichário, com envelopes plásticos de gramatura grossa e páginas de papel cartão colorido, em um tamanho
proporcional ao álbum.

 Materiais
•  Caixa de papelão ou de plástico para •  Almofadas;
acondicionar as fotos enviadas pelos •  Cortina sensorial, fantoches ou outros
responsáveis e outra para as fotos tiradas na brinquedos;
creche; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Fotos dos bebês impressas; registrar a atividade.
•  Tapete confortável;

 Espaços
Organize um canto da sala com um tapete confortável, almofadas e caixas, de modo que o ambiente fique
atrativo para os bebês se deslocarem. Realize a atividade em pequenos grupos para que consiga propiciar
momentos de intensa exploração e observe se os bebês interagem entre si e com as fotografias. Em caso de
levarem alguma foto à boca ou a rasgarem, mantenha a atenção para que nenhuma das partes seja engolida.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês se reconhecem nas fotos? Quais são suas expressões ao se perceberem? Eles con-
seguem discernir os momentos da rotina fotografada?
2. Como os bebês interagem quando identificam os amigos e as ações contidas nas fotos? Como indicam
isso? Eles apontam ou vão em direção aos amigos? Imitam os movimentos ou os gestos que verificam
nas fotos?
3. Os bebês gesticulam ou balbuciam como forma de comunicar o interesse e a participação na atividade?
Quais são as principais iniciativas de comunicação utilizadas por eles?

521
Sequência: Álbum dos bebês

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês possam explorar e identificar as imagens por meio do toque e da descrição das
fotos, propiciando momentos de interação com o grupo e com os materiais.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Convide os bebês, em pequenos grupos, a se deslocarem até
o canto preparado para desenvolver a atividade e mostre as Possíveis falas do professor
caixas, questionando primeiramente se há algo dentro delas — Olhem o que eu trouxe para vocês!
e o que poderá ser, instigando o interesse deles pelo material. São caixas!
No local da atividade, chacoalhe a caixa que contém as fotos — Vejam, turma! Essa caixa faz barulho!
— O que vocês imaginam que tem dentro?
enviadas pelos responsáveis para despertar a curiosidade dos
bebês. Nessa ação, indique que há algo dentro dela e pergunte B
a eles o que pensam que pode haver no interior da caixa. Res-
Possíveis ações dos bebês
peite o tempo de participação de cada um dos bebês e abra a
caixa, mostrando que há fotos. Gesticule, demonstrando sur- bebês podem caminhar até as caixas,
•Os
presa e encantamento, para encorajar o envolvimento deles querer pegá-las e as abrir.

•Outros podem observar atentamente
na proposta. A B antes de se aproximar.

2 Possibilite a exploração espontânea e apoie as iniciativas de C


investigação em relação ao material apresentado. Observe as
Possível fala do professor
reações dos bebês diante das fotografias que analisam. Perce-
ba se balbuciam, se gesticulam (apontando algo ou alguém), — Alguém gostaria de pegar uma foto da
caixa? (Diga o nome do bebê), pegue uma
se mostram a foto para o colega etc. Depois desse momento de para vermos. Olhem! Quem é nessa foto?
livre exploração das imagens enviadas por responsáveis, convi- Onde será que ela está? E o que parece
de um bebê para pegar uma primeira foto de dentro da caixa e estar fazendo?
a mostre ao grupo, perguntando qual bebê está na foto, onde
ele está e o que está fazendo. Incentive e valorize as diversas D
formas de comunicação, respeitando o tempo de interação de Possível ação dos bebês
cada um. Faça as mediações necessárias para que o grupo
bebês podem gesticular e balbuciar a
•Os
consiga compreender o contexto da foto. C D fim de interagir com as indagações. Eles
podem fazer movimentos, apontando o
3 Repita a etapa anterior de apresentação e exploração das ima- amigo da foto, ou permanecer atentos
gens com uma foto de cada bebê desse pequeno grupo, promo- ao professor.
vendo o reconhecimento de si e dos amigos, além de propiciar
momentos de interação entre os bebês, entre eles e os adultos E
e deles com as fotos. Instigue a comunicação deles e dê apoio Possível fala do professor
quando necessário para que todos tenham condições de com- — Muito bom, pessoal. Essas foram as fotos
preender as imagens. Ao finalizar as fotos dessa caixa, deixe-a que seus responsáveis enviaram. Mas e
fechada sobre o tapete e faça indagações sobre a outra caixa essa outra caixa aqui (aponte), o que será
que ainda não foi aberta, ativando novamente a curiosidade dos que tem dentro? Vamos descobrir?
bebês. Refaça a atividade, utilizando agora as fotos que foram
tiradas na creche, pelo professor. E F F
Possível ação dos bebês

4 Abra a caixa e mostre que também há fotos dentro. Instigue o bebês podem permanecer atentos
•Os
interesse dos bebês pelo material, questionando se são as mes- às falas e às ações do professor ou
mas imagens e possibilite a investigação espontânea. Observe podem ir em direção à caixa para abri-la.

522
Atividade: Investigação das fotos do álbum

a interação deles ao explorarem e identificarem as imagens G


deles na creche. Encoraje a participação na atividade, incenti-
Possível fala do professor
vando um bebê a pegar uma foto para ser apresentada. G H
— Olha, turma! Aqui também tem fotos?
Selecionada a foto, possibilite que todos os bebês a vejam e per- Será que são fotos repetidas? Alguém
5 poderia pegar uma foto para vermos?
gunte a eles quem está na foto, em que local, o que está fazendo
e como está se expressando. Incentive o reconhecimento de si e
H
dos pares e contribua para que eles identifiquem atividades coti-
dianas nas fotos. Reconheça e valorize toda e qualquer forma de Possível ação dos bebês
comunicação, expressão e participação, ressaltando o protago- bebês podem se movimentar e
•Os
nismo deles na construção do álbum. Repita a atuação até que gesticular como forma de participação
tenha apresentado ao menos uma foto de cada bebê do grupo ou podem observar ações e falas do
professor e de amigos para depois se
na creche. I J posicionarem.

Para finalizar I
Antecipe o encerramento da atividade usando uma música
Possível fala do professor
cantada ou o som de algum instrumento, marcando a transi-
ção de momentos; possibilite que os bebês fiquem livres para — Que gostoso poder observar essas
fotos! Vocês gostaram de descobrir quem
continuarem com as fotos ou seguirem com outra brincadeira.
era o amigo da foto e o que ele estava
Sinalize que a atividade terminará em breve e propicie a explora- fazendo? Se quiserem, podem pegar
ção espontânea das imagens. Se alguém sair do local durante o outras fotos das caixas para ver!
desenvolvimento da atividade, sugira outra opção, como brincar
com fantoches em uma cortina sensorial ou outra possibilidade, J
concedendo autonomia para suas escolhas. Possível ação dos bebês
bebês podem sorrir, ir em direção às
•Os
caixas, pegar as fotos e mostrá-las para
os amigos, ou podem sair do local da
atividade.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
As caixas de fotos poderão ficar disponíveis na sala para livre exploração dos bebês antes que você dê con-
tinuidade às atividades de construção do álbum. Fique atento para que eles não se machuquem ou engulam
algum pedaço das imagens.

 Engajando as famílias
Utilize um papel A3 para fazer um breve relato sobre como foi a atividade, descrevendo como os bebês rea-
giram ao observar as fotos, quais interações tiveram ao reconhecerem a si mesmos e como se expressaram ao
identificar os amigos nas imagens. Deixe um espaço livre e prenda uma caneta ao papel para que os responsáveis
possam fazer comentários. Coloque-o na porta ou na parede lateral da sala para que fique disponível às outras
turmas, funcionários e pais, possibilitando o acompanhamento da construção do álbum.

523
Sequência: Álbum dos bebês

 EI01EO03  EI01ET05
PRODUÇÃO DO ÁLBUM
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Investigação das fotos do álbum, deste conjunto, e apresente a proposta da
atividade, mostrando que agora irão colar as fotos escolhidas.
Depois de finalizar a estrutura física do álbum, pasta fichário ou de pano, organize o conteúdo interno sis-
tematizando as imagens de acordo com a sequência dos momentos diários na creche. Fixe as fotos enviadas
pelos responsáveis ao lado do bebê correspondente, criando uma página para cada um e deixando um espaço
vazio para ser preenchido posteriormente com curiosidades e pequenos objetos individuais. Titule as páginas
de acordo com as imagens e selecione algumas fotos que foram tiradas pelos próprios bebês para serem fixa-
das junto do grupo durante a atividade. Reserve algumas páginas ao longo do álbum para acrescentar outros
elementos significativos, como cantigas e histórias.

 Materiais
•  Álbum dos bebês, com fotos e espaços livres nas páginas;
•  Fotos com fita dupla face;
•  Um tapete confortável e almofadas;
•  Duas caixas para organizar; em uma, o álbum, e, em outra, pequenos objetos;
•  Brinquedos e objetos de cantos permanentes da sala;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Uma vez que a proposta de construção do álbum dos bebês ocorre de modo sequenciado, organize o mesmo
canto da sala com o tapete confortável e com as almofadas para que o ambiente se torne atrativo para o des-
locamento e para a acomodação dos bebês. Para melhor aproveitamento, a atividade deve ser desenvolvida
em pequenos grupos, garantindo significativos momentos de interação e maior envolvimento na exploração
das fotos e materiais propostos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Os bebês se reconhecem nas fotos? Quais são suas expressões ao se perceberem? Eles conseguem
discernir os momentos da rotina fotografada?
2. Como os bebês interagem quando identificam os amigos e as ações contidas nas fotos? Eles apontam
ou vão em direção aos amigos? Imitam os movimentos ou gestos que verificam nas fotos?
3. Os bebês gesticulam ou balbuciam, como forma de comunicar o interesse e a participação na ativi-
dade? Quais são as principais iniciativas de comunicação utilizadas por eles?

524
Atividade: Produção do álbum

 Para incluir todos


Assegure-se de que todos participem da proposta, apoiando a descoberta do material e o reconhecimento das
imagens por meio do toque e da comunicação, além de auxiliar, se necessário, na fixação das fotos no álbum,
de modo que todos sejam envolvidos na vivência.

O QUE FAZER DURANTE

Organize o espaço em que a atividade será de- A


1 senvolvida de modo que promova situações ex- Possível fala do professor
ploratórias para o grupo. Desperte a curiosidade — Vejam, pessoal, o espaço da atividade com fotos está
dos bebês sinalizando que o canto da atividade na sala novamente! O que será que tem aqui dessa vez?
de construção do álbum está na sala novamen- Qual será a novidade das caixas? Vocês gostariam de
te. Encoraje o deslocamento de um pequeno brincar com fotos novamente?
grupo até o local e destaque a presença das B
caixas, fazendo indagações sobre o que pode
Possível ação dos bebês
haver dentro delas. A B
bebês podem ir até o espaço e querer manipular as
•Os
Crie expectativas em relação ao que pode estar caixas ou apenas observar atentamente.
2
dentro das caixas, relembrando que na atividade C
anterior havia fotos. Favoreça as experiências
Possíveis falas do professor
de investigação e descobertas, possibilitando
que o pequeno grupo de bebês fique livre em — Será que tem fotos nessas caixas? O que vocês
imaginam que tem dentro? Vamos descobrir?
suas iniciativas de interação com o que compõe
— Você está curioso para saber o que vamos encontrar?
o ambiente da brincadeira. Em seguida, convide — Olhe dentro da caixa! O que tem?
um bebê para abrir a caixa que contém o álbum — Olhem! É um álbum com aquelas fotografias da turma!
e convide outro bebê para pegá-lo. C D
D
Apresente o álbum ao pequeno grupo, promo-
3 vendo a interação entre os bebês e entre o ma-
Possível ação dos bebês
• Os bebês podem se alegrar com a novidade e, por estarem
terial. Convide os bebês a pegarem, tocarem e envolvidos na proposta, demonstram maior interesse em
observarem todo o álbum externa e internamen- explorar o álbum. Podem se movimentar para manipular as
te, possibilitando a exploração espontânea e a caixas e explorar as fotos, ou podem observar com atenção
identificação das imagens. Observe como os be- as ações do professor e o movimento dos outros bebês.
bês se expressam enquanto fazem a descoberta
E
do álbum e de suas ações contidas nele. Depois
de certo tempo, sinalize para o grupo os locais Possíveis falas do professor
em que ainda não há fotos. Faça indagações do — Olhem esse álbum! Venham apreciar as fotos! Quem
porquê não estar preenchido, estimulando a in- são essas pessoas nas fotos?
vestigação e a busca por soluções. E F — Vocês perceberam que em alguns espaços do álbum
não tem fotos? O que pode ter acontecido?

4 Perceba como os bebês se movimentam e se co- F


municam diante do sugerido. Indique a presen-
Possível ação dos bebês
ça da segunda caixa no canto da atividade, de
modo que fiquem curiosos para saber o que há bebês podem gesticular e balbuciar diante das
•Os
indagações do professor. Eles podem apontar para o amigo
dentro. Encoraje um bebê a abri-la e desvende
quando o reconhecerem, mostrar a imagem para um colega
que na caixa há fotografias soltas e pequenos ou adulto ou permanecerem atentos às ações do grupo.

525
Sequência: Álbum dos bebês

objetos que pertencem a eles. Garanta a livre G


exploração, prestando atenção às expressões Possível fala do professor
deles ao interagirem com esse material espe-
— E nessa caixa, o que será que tem dentro? Vamos abrir?
cífico. G H Vejam! Tem fotos e pequenos objetos! Vocês querem ver?

5 Convide o grupo a observar os espaços vazios H


do álbum, bem como as fotografias que ain- Possível ação dos bebês
da não foram utilizadas, e proponha o preen-
chimento das páginas. Incentive os bebês a
•Eles podem sorrir, pegar as fotos e objetos, mostrar para os
colegas o que têm nas mãos ou podem apenas observar.
ajudarem na organização e na fixação das foto-
grafias, possibilitando que peguem a imagem I
que desejarem. Retire a película da fita dupla
Possíveis falas do professor
face que está na foto e auxilie cada bebê a
fixá-la. Perceba quais são as reações dos be- — Pessoal, temos aqui algumas fotos e um álbum a ser
bês ao organizarem as fotos no álbum. Repita completado. Vamos completá-lo?
— Vocês gostariam de colocar as fotos que foram tiradas
esse processo contemplando todos os bebês por vocês? Se precisar, eu ajudo.
e, depois, evidencie a presença dos pequenos — Onde podemos fixá-las?
objetos na caixa. Encoraje-os a organizar esses
materiais no álbum, possibilitando a interação J
deles com os objetos, e deixe para fixá-los em Possível ação dos bebês
outro momento, depois que a atividade estiver
bebês podem sorrir e bater palmas. Podem pegar as
•Os
encerrada. I J fotos para fixá-las e fazer o movimento de colagem no
álbum.

Para finalizar
Antecipe o encerramento da atividade usando uma música cantada, ou o som de algum instrumento,
marcando a transição de momentos; possibilite que os bebês fiquem livres para continuarem com as fotos
ou seguirem com outra brincadeira. Se alguém sair do local durante o desenvolvimento da atividade, su-
gira outra opção para ele, como brincar com fantoches em uma cortina sensorial ou outra possibilidade,
concedendo autonomia para suas escolhas.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É possível organizar o álbum de modo diferente. Por exemplo: fazer duas capas frente e verso da pasta fichá-
rio, em que uma parte seria para as fotos da creche, ordenadas conforme a rotina, e a outra parte para as fotos
enviadas pelos responsáveis. Além disso, a estrutura física do álbum pode ser feita de pano, com uma costura
bem reforçada e com fotos plastificadas.

 Engajando as famílias
Faça, em papel A3, um breve relato sobre como foi a atividade, descrevendo como os bebês se expressaram
ao fixar algumas fotos no álbum e como foram as interações ao se reconhecerem e identificarem os amigos nas
fotos. Deixe um espaço livre e prenda uma caneta ao papel para que os responsáveis possam fazer comentários
e sugestões. Coloque o cartaz na porta ou na parede lateral da sala para que a comunidade escolar possa
acompanhar a construção do álbum.

526
Atividade: Finalização do álbum

 EI01EO04  EI01EF06
FINALIZAÇÃO DO ÁLBUM
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Produção do álbum, deste conjunto, e, no álbum, finalize a colagem das foto-
grafias e a fixação dos pequenos objetos.
Nas imagens correspondentes a cada bebê, escreva comentários em relação às expressões verificadas e às
curiosidades que foram relatadas pelos responsáveis. Nas páginas que foram reservadas, escreva uma cantiga
e uma história que sejam de apreciação do grupo. Selecione figuras impressas que caracterizem esses textos
para que os bebês possam fixá-las no álbum e, assim, participar da finalização deste material do grupo.

 Materiais
•  Álbum dos bebês;
•  Figuras impressas com fita dupla face;
•  Elementos que representem a cantiga e a história presentes no álbum (pedaços de tecido, objetos de
madeira, instrumentos musicais);
•  Caixa de papelão ou plástico para acomodar esses materiais;
•  Tapete confortável;
•  Almofadas;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Para que os bebês tenham oportunidades significativas de exploração e de interação, a atividade deve ser
desenvolvida em trios, fazendo um rodízio entre eles para que todos participem da finalização do álbum. Utilize
o mesmo espaço da sala, como sugerido nas atividades anteriores, ou organize um local na área externa da
creche, como solário, varanda ou jardim. Coloque o tapete de maneira que fique confortável, com as almofadas
e a caixa com os materiais da atividade por perto, criando um ambiente atrativo para os bebês.

527
Sequência: Álbum dos bebês

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês se comunicam ao explorarem o álbum? Como acontecem as interações com seus
pares e com o adulto?
2. Os bebês identificaram a cantiga e a história no álbum? Quais foram as reações?
3. De que maneira os bebês interagem perante o conteúdo diferenciado do álbum?

 Para incluir todos


Favoreça a exploração do material para que todos os bebês possam fazer, a seu modo, por meio de palavras,
gestos ou movimentos, a identificação dos sujeitos e dos lugares observados nas fotografias. Assegure-se de
que todos os integrantes do grupo participem da proposta e identifiquem os diferentes elementos do álbum.

O QUE FAZER DURANTE

Convide os bebês a retomarem a exploração do álbum do grupo A


1
e perceba quais são suas reações diante do sugerido: se bal- Possível fala do professor
buciam, gesticulam, movimentam o corpo ou objetos. Em trios, — Vocês perceberam que tem uma
proponha que se dirijam até o espaço da atividade, criando ex- caixa aqui? Será que tem algo dentro? O
pectativas do que pode haver no local. Auxilie o trio a se acomo- que acham de abrir para descobrirmos
dar e garanta que explore espontaneamente o ambiente com o que é?
tapete, almofadas e a caixa ainda fechada. Observe como se
expressam em diferentes configurações de grupo e atividades. B
Possível ação dos bebês

2 Realizada uma breve familiarização com os materiais disponi- bebês podem se deslocar até a caixa
•Os
bilizados, destaque a presença da caixa, despertando a curiosi- para abri-la ou aguardar a ação do
dade desses bebês sobre o que pode haver ali dentro. Insti- professor.
gue-os a abrirem e a encontrarem o álbum. Neste momento,
cuide para que o restante do material, figuras e elementos de C
representação, permaneça na caixa. Garanta que o trio faça Possíveis falas do professor
a apreciação do álbum ao manipulá-lo e ao fazer o reconhe- — Vejam esse trecho, pessoal! Vamos
cimento das fotos (pessoas e lugares) e dos pequenos objetos descobrir o que está escrito aqui ao lado
presentes nele. A B da foto do(a) (cite o nome do bebê)?
— (faça uma leitura e continue) O que
Incentive o trio a investigar toda a diversidade de informações vocês perceberam? É um comentário
3 sobre o momento em que a foto foi tirada
contida no álbum, potencializando as descobertas dos textos do (cite o nome do bebê)!
que o compõem. Leia alguns comentários escritos nas fotogra- — E agora? Vamos saber qual é o
fias sobre as curiosidades e as expressões dos bebês. Faça comentário sobre a sua foto, (cite nome
essa leitura concebendo, principalmente, as imagens dos be- do bebê)?
bês participantes do momento e observe como reagem ao se
reconhecerem. C D D
Possível ação dos bebês

4 Conduza a atividade de modo que o trio possa verificar a pre- trio pode observar e escutar com
•O
sença da história e da cantiga no álbum. Leia e cante utilizando atenção o professor e pode se expressar
os elementos de representação (pedaços de tecido, objetos de sorrindo, balbuciando ou gesticulando.
madeira, instrumentos musicais) que estão na caixa para

528
Atividade: Finalização do álbum

instigar o envolvimento dos bebês na proposta. Perceba como E


eles se expressam e se comunicam ao identificarem os elemen- Possíveis falas do professor
tos afetivos empregados. Incentive o trio a pegar as figuras que — Olhem, turma! Estes textos são
estão na caixa e faça indagações sobre elas como: quais ima- diferentes dos outros. Vamos ler para
gens correspondem à história e quais correspondem à cantiga. saber do que se trata?
Encoraje os bebês a escolherem uma figura e retire a película — Vejam estas figuras que estão na caixa!
Quais vocês acham que correspondem
da fita dupla face para que eles possam fixá-la no espaço ain-
à história e à cantiga que está escrita no
da livre correspondente a cada texto. Repita esse momento da álbum?
atividade até que todos os trios participem desse processo de — Vocês gostariam de fixá-las? Escolham
interação com a finalização do álbum do grupo de bebês. E F alguma.

Para finalizar
Encerrado o revezamento dos trios, anuncie a finalização da F
atividade para todo o grupo. Utilize a mesma música cantada Possível ação dos bebês
ou o som de algum instrumento que marque a transição de mo- bebês podem pegar as figuras e
•Os
mentos, garantindo que os bebês fiquem livres em suas inicia- querer fixá-las no álbum, sorrir e gesticular
tivas, que pode ser permanecendo explorando os elementos por serem participantes da ação.
ou partindo para outra brincadeira. Possibilite outra atividade
ao bebê que porventura deixe de participar da proposta, como
brincar com fantoches, em uma cortina sensorial ou outra alter-
nativa que a configuração da sala permita, respeitando suas
necessidades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
O álbum poderá ficar disponível na sala, de modo que todos os bebês tenham acesso e possam explorá-lo
como e quando desejarem.

 Engajando as famílias
Prepare um cartaz no papel A3 e escreva um relato da atividade, contando sobre as reações e as expressões
dos bebês ao participarem da construção do álbum. Reserve um espaço nessa folha para que os responsáveis
possam escrever suas opiniões e impressões sobre o desenvolvimento da proposta. Deixe-o disponível na
porta ou na parede lateral da sala, junto de uma caneta. Deste modo, todos da instituição podem continuar
acompanhando as atividades.

529
Sequência: Álbum dos bebês

 EI01EO03  EI01EF06  EI01ET05


EXPLORAÇÃO DO ÁLBUM
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Finalização do álbum, deste conjunto, e garanta que, além das fotografias,
possam ser explorados pequenos objetos, textos e figuras que já compõem o álbum.
Utilize tinta relevo 3D, comercial ou caseira, para contornar as fotografias por cima dos envelopes plásticos,
deixando-as perceptíveis ao toque. Acrescente alguns sachês de voal ou tule contendo ervas aromáticas ou
algodão com gotas de óleos essenciais, que promovam aconchego através do olfato. Para a proposta, é ne-
cessário mais de um professor ou auxiliar na turma para garantir que todos os bebês disponham de apoio no
deslocamento.

 Materiais
•  Álbum dos bebês;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com canções infantis;
•  Cartazes com os relatos produzidos nas atividades Investigação das fotos do álbum, Produção do
álbum e Finalização do álbum;
•  Almofadas;
•  Colchonetes ou tapetes emborrachados;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Defina um local da área externa da creche: solário, varanda, pátio, parque, praça ou jardim. Organize-o com o
tapete, as almofadas e o álbum do grupo, de modo que todos os bebês possam fazer suas explorações. Fixe
os cartazes de relatos das atividades anteriores em uma altura que abranja o campo visual dos bebês. Prepare
o equipamento de áudio com as cantigas.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como os bebês interagem com o ambiente diferente da sala? Quais descobertas eles fazem?
2. Quais são as reações dos bebês ao explorarem os elementos presentes no álbum?
3. De que forma os bebês se comunicam na proposta? Como acontece a interação com os outros bebês
e com o professor?

530
Atividade: Exploração do álbum

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês possam reconhecer as imagens por meio do toque e da descrição das fotos em
momentos de exploração do material. Fixe os cartazes de relatos das atividades anteriores em uma altura que
abranja o campo visual dos bebês.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em sala, apresente a atividade para todo o grupo, explicitando onde ela


acontecerá e quais materiais estarão disponíveis. Provoque o interesse deles
em descobrir se há novidades no álbum e, somente então, convide-os a se
dirigirem até a área externa preparada para a atividade. A
Possível fala
No espaço da atividade, aguarde um tempo para que os bebês possam se do professor
2
familiarizar com o ambiente e fazer explorações espontâneas dos materiais — Pessoal, olhem os
(tapete, almofadas, equipamento para reproduzir áudio, cartazes e álbum). cartazes que ficaram
Observe as iniciativas de interação com os colegas e as descobertas em re- na parede lateral da
sala. O que será que
lação à proposta. Desperte a curiosidade pelos cartazes e, em seguida, leia está escrito? Vamos
alguns dos comentários feitos pelos professores e pelos responsáveis. Veja descobrir?
com atenção como eles se expressam perante a leitura. A B
B
Ligue o equipamento de reprodução de áudio e perceba quais são as ações e
3 as reações dos bebês ao escutarem as cantigas de roda. Incentive a turma a
Possíveis ações
dos bebês
explorar e apreciar livremente os elementos que compõem o ambiente (tapete,
bebês podem
•Os
almofadas, cantigas, cartazes e álbum). Organize-os em duplas e convide-
se alegrar com
-as, uma de cada vez, para explorar o álbum em sua configuração completa. a novidade,
demonstrando
4 Evidencie o relevo nas fotografias, potencializando a identificação das ima- interesse em explorar
gens. Dialogue sobre os pequenos objetos e os comentários das fotos, dando os cartazes.
oportunidades para momentos de comunicação. Destaque a novidade dos • Podem fazer caretas,
sorrir e balbuciar,
sachês de cheiros, promovendo o desenvolvimento de sensações. Se a du- a fim de comunicar
pla demonstrar interesse, leia a história e cante a cantiga presente no álbum. seus desejos ou
Esteja atento e seja flexível para continuar ou para interromper a exploração descobertas.
do álbum com cada dupla, enquanto o restante do grupo continua com suas
iniciativas de exploração e interação. Perceba quais são as ações, os gestos
e as expressões dos bebês na proposta, na qual diversos sentidos são con-
templados.

Para finalizar
Preceda o término da atividade utilizando a mesma música cantada ou o som Sugestão de vídeo
de algum instrumento que marque a transição de momentos. Garanta que a • A canoa virou. Versão
turma fique livre em suas iniciativas de exploração e viabilize outra atividade do Palavra Cantada.
aos bebês que, porventura, se interessem por outra proposta, respeitando Disponível em: https://
www.youtube.com/
suas necessidades. Anuncie que em breve retornarão para sala e, de acordo watch?v=_vmxj-adiPo.
com o que os bebês demonstrarem, aguarde ou inicie o deslocamento entre Acesso em: 6 jun. 2021.
os espaços.

531
Sequência: Álbum dos bebês

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Considerando a finalização do álbum, o professor pode fazer um convite às outras turmas, aos funcionários
e a todos os responsáveis que integram a comunidade da creche para apreciarem a atividade desenvolvida
através da visitação do espaço de exploração do álbum.

 Engajando as famílias
Mantenha o espaço da atividade de exploração do álbum organizado por uma semana e convide as pessoas
que convivem com○ M os bebês para apreciarem a proposta desenvolvida. Depois, encaminhe o álbum ao lar
de cada um dos bebês para que eles possam contemplá-lo junto dos responsáveis.

532
31
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

BRINCADEIRAS
COM O ESPELHO
Os espelhos de diversos tamanhos e formas são extraordinárias e sedutoras possibi-
lidades para os bebês se conhecerem e reconhecerem o outro, o grupo e o ambiente em
que estão. Os espelhos tornam visível e concreto o que se encontra, o que pode ser um
elemento que ajuda os bebês a se conhecerem. Diante desses objetos, os bebês conse-
guem perceber pontos de vista diversos sobre si e o grupo, aprender noções de perspec-
tivas, como profundidade, altura e horizontalidade, e desenvolver um olhar para si, para
seu corpo e para os movimentos que fazem.

533
Sequência: Brincadeiras com o espelho

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01EO06 Interagir com outros bebês da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores


EI01CG02
e desafiantes.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Espaços, tempos,


movimentos quantidades, relações
e transformações

534
Atividade: Brincadeiras no espelho

 EI01EO02  EI01EO06  EI01CG02


BRINCADEIRAS NO ESPELHO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para realizar a atividade, serão utilizados espelhos, previamente fixados na parede da sala e/ou na área
externa. Cuide para que os espelhos tenham medidas próximas ao tamanho dos bebês, de forma que tenham a
experiência da imagem do corpo todo refletida. É importante que os espelhos utilizados sejam de material que
ofereça segurança a todos os bebês.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, variando os tipos das experiências dos bebês
de frente ao espelho.

 Materiais
•  Espelho acrílico (ou de material inquebrável) previamente fixado no espaço externo ou interno da sala
e que tenha medidas próximas ao tamanho dos bebês do grupo;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
O espaço poderá ser interno ou externo e deverá estar organizado previamente, com o espelho fixado na parede.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Ao ver a sua imagem refletida no espelho, cada bebê pode reagir ou se expressar de uma forma,
despertando sua curiosidade. Como cada um reage ao ver a sua imagem refletida no espelho?
2. Cada bebê pode reagir com surpresa, fugir da imagem refletida ou querer agarrá-la, sorrir, balbuciar
e falar sobre o que está observando. Quais boas intervenções o professor pode usar diante de reações
tão diversas no espelho?
3. Mantenha atenção em como cada bebê percebe o movimento do próprio corpo ao ver a imagem
refletida. Quais pesquisas os bebês fazem em frente ao espelho?

535
Sequência: Brincadeiras com o espelho

 Para incluir todos


Auxilie os bebês que ainda não conseguem se locomover com autonomia, convidando-os a participar da pro-
posta do espelho. Dialogue com os bebês, pois isso os ajuda a compreender seus próprios corpos e contribui
para a construção de suas identidades.

O QUE FAZER DURANTE

1 Todo o grupo se encontra na sala em atividade exploratória com brinquedos


conhecidos por eles. Convide pequenos grupos para se aproximarem e apre-
sente a proposta. Peça para se olharem no espelho, garantindo que todos
participem. Os bebês ficam curiosos com a imagem refletida. Mesmo os que
não se comunicam verbalmente se expressam com gestos, balbucios e rea-
ções. Fique próximo e atento para observar e registrar com fotos e vídeos as
expressões deles. Esse primeiro momento é de descoberta dos bebês. Fique A
entre eles, em frente ao espelho, e faça observações, pois elas também serão Possíveis falas
importantes para o desenvolvimento da atividade O que eu vejo quando me do professor
olho no espelho?, deste conjunto.
— Quem está aí?
— Qual o nome desse
2 Continue dando sentido ao conduzir as observações atentas de cada bebê, amigo?
individualmente, ao olhar a imagem refletida no espelho. A partir das reações — De quem é a mão
deles, proponha um diálogo sobre o que estão vendo e sobre as partes do que está mexendo ali? E
corpo. Procure sempre se referir a cada bebê pelo nome, por exemplo. aquela boca aberta?

Esteja atento às outras observações que cada bebê faz em frente ao espelho, B
3
pois ele pode perceber a imagem refletida, que pode ser dele, de outros be- Possível ação
bês, de objetos e do professor. A B dos bebês
bebê pode se
•Um
4 Depois da exploração livre em frente ao espelho, mediada por meio do diá- aproximar, inclinar o
logo com o adulto da sala, convide todo o grupo, ainda diante do espelho, corpo em direção a sua
para brincadeiras com o corpo, ao som de uma música. Pesquise músicas que imagem refletida no
espelho, observar suas
possibilitem que os bebês interajam e brinquem. Incentive que eles se perce- próprias mãos e abrir
bam ao mexer e brincar com o corpo. Os bebês costumam ficar encantados a boca.
com as várias formas e possibilidades de mexer e de brincar com o corpo.

Para finalizar
Próximo ao término da atividade, peça aos bebês para se apreciarem no espelho e sinalize a eles qual
será o próximo momento do dia, atribuindo uma previsibilidade às próximas atividades do cotidiano e aju-
dando-os na compreensão das noções de tempo e espaço.

536
Atividade: Brincadeiras no espelho

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
O professor também pode disponibilizar espelhos, de material inquebrável, no chão, para que os bebês tenham
uma visão do seu corpo sobre o objeto. Assim, poderá observar como cada um interage com o espelho, propor
brincadeiras conhecidas, ou criar novas, com possibilidades de interação a partir do que observa. Outro exemplo
seria a brincadeira de esconder com lenço ou tecido em frente ao espelho. Uma dica é que o professor repita a
proposta de atividade ao longo da semana, possibilitando a continuidade da experiência.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para, junto dos bebês, virem assistir aos vídeos sobre as reações deles na proposta com
o espelho. Peça para que cada pessoa próxima ao bebê se expresse verbalmente diante do que foi observado.
Dê sequência à conversa e fale sobre como o corpo pode ser um potente meio de comunicação e expressão do
bebê. Após esse momento, convide todos à brincadeira de interação entre bebês e seus responsáveis com as
músicas pesquisadas. Ao final, peça para que eles deixem um recado no mural, contando como foi a experiência
desse momento interativo.

537
Sequência: Brincadeiras com o espelho

 EI01EO01  EI01EO02  EI01EO03  EI01CG03


O QUE EU VEJO QUANDO
ME OLHO NO ESPELHO?
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize a proposta previamente. Para isso, utilize espelhos de tamanhos variados, onde o bebê possa ver
somente os olhos, por exemplo, e também um maior, onde possa ver o corpo em sua amplitude total. Disponha-os
em diferentes alturas, mas ainda ao alcance dos bebês. Eles podem ficar curiosos com outras possibilidades
de observação das suas imagens refletidas. No mesmo ambiente, deve haver cartões com fotografias deles. É
recomendável que já tenham confeccionado e tido vivências com os materiais ao produzir os cartões feitos com
papéis mais grossos e resistentes com fotografias dos rostos e dos corpos dos bebês.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, variando os tipos das experiências dos bebês
de frente ao espelho.

 Materiais
•  Espelhos de tamanhos variados (desde tamanhos nos quais os bebês possam ver somente partes do
rosto, como os olhos, até espelhos maiores);
•  Cartões com as fotografias dos bebês, já produzidas anteriormente, as quais registrem expressões
faciais e corporais. Durante o manuseio dos cartões, cada bebê, dentro da sua descoberta, também
pode experienciar as diferentes texturas de papéis que compõem esses suportes;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Os espelhos devem estar fixados na parede do espaço interno ou externo da sala de forma estratégica, em
alturas e posições diferentes, garantindo que os bebês consigam observar a si mesmos e uns aos outros. As
fotografias deles podem ser disponibilizadas próximo aos espelhos, coladas dentro de cartões feitos de papelão
ou outro material, para fácil manuseio e acesso de todos.

 Perguntas para guiar suas observações


1. Quais as partes do corpo refletidas no espelho chamam mais a atenção de cada bebê?
2. Como os bebês se expressam diante do que estão vendo no espelho? Demonstram reconhecer o seu
corpo e nomeiam o que estão vendo?
3. Quais outras observações podem ser feitas a partir das iniciativas dos bebês para que avancem ainda
mais sobre as descobertas sobre si mesmos? Eles imitam uns aos outros? Imitam o professor?

538
Atividade: O que eu vejo quando me olho no espelho?

 Para incluir todos


Auxilie os bebês que não se locomovem com autonomia para que cheguem perto dos espelhos e, junto deles,
dialogue sobre o que observam. Narre para o bebê cada gesto que ele produz diante do espelho. O toque suave
das mãos no corpo do bebê enquanto interage com ele também torna-se um potente meio de comunicação e
percepção sobre seu próprio corpo.

O QUE FAZER DURANTE

1 Os bebês de todo o grupo estarão em atividade exploratória,


com materiais de largo alcance e brinquedos da sala. Convide
pequenos grupos para se aproximarem e apresente a proposta
de observação nos espelhos fixados na sala e/ou no espaço ex-
terno. O professor deve estar próximo, observar e registrar para
A
documentação pedagógica, como cada bebê reage consigo e com
os demais na pesquisa com as imagens refletidas nos espelhos Possível fala do professor
previamente organizados em tamanhos e posições diversificadas. — Eu vi... Piscou seus olhos… O
Esse primeiro momento é de investigação do bebê, que pode ficar colega ao seu lado também piscou os
curioso ao observar partes do seu corpo refletidas nos espelhos olhos dele…
menores.
B
2 Dê sequência às interações já observadas, chamando a atenção
Possível ação
dos bebês individualmente ou em duplas para os seus reflexos dos bebês
próprios e de outros bebês. A B
bebê poderá chegar, aproximar
•Um
o rosto do espelho e ficar muito
3 Permaneça com o olhar atento durante as pesquisas dos bebês curioso com a observação da
diante do espelho. É provável que eles já tenham percebido as imagem dos seus olhos refletida.
fotografias previamente organizadas próximo aos espelhos e que Ele pode piscar e olhar para o bebê
estejam curiosos com elas e com a forma que estão disponibiliza- que está ao seu lado, como que
das. Eles podem ficar surpresos ao abrir os cartões e encontrar convidando-o para compartilhar
essa descoberta.
as fotografias, podem rir, imitar, apontar, balbuciar, falar e querer
compartilhar essa descoberta com outros bebês e com o professor.
Aproveite esse encantamento para continuar dialogando com eles C
em duplas, e/ou com pequenos grupos a respeito, ampliando as Possível fala do professor
possibilidades de descoberta sobre seu corpo e o corpo do outro.
Na atividade Exploração com espelhos e caixas, deste conjunto, Você observa e pode se aproximar
fazendo comentários como:
os bebês terão a oportunidade de experienciar novas formas de — Isso mesmo, você conhece esse
encantamento. C colega da fotografia… quem é?

4 Continue com os bebês em pequenos grupos e proponha uma


brincadeira de identificar as fotografias e imitar os gestos conti- D
dos nelas. Aproveite esse momento para continuar promovendo Possíveis falas do professor
a interação dos bebês. Observe as imitações já realizadas entre — Vejam... O colega está mostrando
eles e proponha novas brincadeiras de imitação das expressões a língua na fotografia! Vamos mostrar
corporais e gestos faciais entre os bebês e você. D também?
— O amigo está com os braços
Utilize os espelhos para ampliar as observações dos bebês duran- levantados… Vamos fazer igual?
5
te as brincadeiras de imitação e expressões faciais já iniciadas no

539
Sequência: Brincadeiras com o espelho

pequeno grupo. Inclua cantigas populares, tocadas e/ou canta- Sugestão de música
das, que convidem os bebês, entre eles e com o adulto, a interagir conheço um jacaré. Entrei na
•Eu
e brincar com diversas partes do corpo. Pesquise previamente e, roda [CD]. Artista: Márcio Coelho e
também, utilize cantigas conhecidas pelo grupo. Garanta que os Ana Favaretto. (Tratore, 2013).
bebês continuem essa experiência, ampliando suas descobertas A canção explora o conceito de
através dos espaços e dos materiais propostos. permanência por meio da brincadeira de
esconder e achar (nesse caso, o corpo
Para finalizar dos bebês e do professor que estarão
Sinalize aos bebês qual será o próximo momento do dia, atri- em interação em frente aos espelhos).
buindo uma previsibilidade às próximas atividades do cotidiano e
ajudando-os na compreensão das noções de tempo e espaço. É
interessante incentivar os bebês para que colaborem na organi-
zação dos materiais antes de seguirem para a próxima proposta.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Coloque espelhos pequenos, de material inquebrável, disponíveis em diferentes superfícies para manuseio dos
bebês, que podem estar fixados dentro de caixinhas de sapato para que possam abrir e fechar. Eles podem ficar
curiosos ao manusear e explorar o objeto com mais autonomia, podendo deslocá-los pelo ambiente e interagir
com seus pares, dando continuidade à ideia de visualizar partes do corpo.

 Engajando as famílias
Os responsáveis podem ser convidados a assistir ao vídeo da atividade realizada e, posteriormente, a partici-
par de um momento de massagem em grupo em frente ao espelho, no qual os responsáveis sejam orientados
a conversar com seus bebês enquanto massageiam sutilmente seus corpos, atribuindo a essa troca afetiva um
potente encontro, sustentado pelo diálogo e pelo tempo para observar as reações e gestos dos bebês na inte-
ração. Por meio do contato corporal com os bebês, da relação olho no olho e da conversa, os adultos podem
contribuir na construção da identidade do bebê, na oralidade e na noção de corporeidade. Posteriormente, os
responsáveis poderão registrar num cartaz suas experiências sobre o encontro.

540
Atividade: Exploração com espelhos e caixas

 EI01EO03  EI01EO04  EI01ET03


EXPLORAÇÃO COM
ESPELHOS E CAIXAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Os bebês costumam ser curiosos por natureza e sempre buscam novas possibilidades de pesquisa e compartilhamento
de suas descobertas. Assim, para desenvolver a atividade, o professor deve organizar previamente o espaço, na área
interna e/ou externa da sala, caixas de sapatos de tamanhos diferentes com espelhos fixados no interior delas, dispostas
no chão e na parede. Na organização, deve haver, também, conjuntos de bolas pequenas (cerca de 10 cm de diâmetro).
Peça para que aqueles que convivem com o bebê colaborem com as caixas, explicando a eles a proposta. É importante
que tanto os espelhos quanto as caixas na parede estejam fixados com segurança para o manuseio dos bebês.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, variando os tipos das experiências dos bebês
em frente ao espelho.

 Materiais  Espaços
•  Caixas de sapatos de tamanhos diversos com A atividade pode ser realizada nas áreas internas ou
tampas e espelho fixado ao fundo; externas, de acordo com a disponibilidade de espaço
•  Fita dupla face ou cola quente para fixar os na escola. O ambiente deve estar organizado antes dos
espelhos dentro das caixas e fita adesiva para bebês chegarem, com as caixas e os espelhos fixados
fixar as caixas na parede; dentro delas, disponibilizadas estrategicamente no chão
•  Conjuntos de bolas pequenas (cerca de e na parede, próximas umas das outras, para que eles
10 cm de diâmetro), de material plástico possam se reunir em pequenos grupos, assim como na
firme, bola de meia, bola de tênis e/ou bola atividade O que eu vejo quando me olho no espelho?,
de espuma revestida de panos com texturas deste conjunto.
diferentes; Devem estar tampadas, para que os bebês se sintam
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para convidados a abrir e fechar com autonomia, explorando
registrar a atividade. as possibilidades do material. Coloque uma ou duas
bolas dentro de cada uma; as demais bolas, disponibi-
lize agrupadas ao lado, fora dos cestos (ou das caixas).

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como cada bebê reage ao entrar no ambiente e encontrar os materiais disponibilizados? Como
eles os exploram?
2. O bebê percebe a sua imagem refletida no espelho no interior da caixa? Qual a reação dele diante
do espelho?
3. Como cada bebê compartilha com os demais pares e com o professor as suas descobertas?

541
Sequência: Brincadeiras com o espelho

 Para incluir todos


Considere as especificidades de cada bebê ao propor a atividade. Auxilie na locomoção daqueles que ne-
cessitarem. Para os que não se locomovem com autonomia, organize um ambiente que favoreça o contato com
os demais bebês e com as caixas e as bolas, de maneira que estejam posicionados próximos a elas e, assim,
possam manusear e investigar os objetos de acordo com seus interesses. Incentive a participação de todos, mas
respeite o tempo de cada bebê em seu engajamento com a proposta.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para se locomover até o ambiente previa-


mente organizado com as caixas e as bolas e explique a brinca-
deira. Possibilite que todos os bebês tenham acesso a esse local e A
observe como cada um escolhe e atua diante dos materiais e do es- Possível ação dos bebês
paço. Perceba como eles se agrupam, fazem escolhas e interagem bebê pode segurar a caixa e
•Um
com os objetos e entre si. Registre a atividade com fotos e vídeos. olhar para si. Pode abrir e fechar
É importante que os bebês tenham tempo para essa observação numa brincadeira de esconder/achar
inicial, para o manuseio e para as descobertas das possibilidades e parecer se divertir por um tempo
nessa pesquisa exploratória. Depois,
com as caixas com espelhos e bolas. Esteja recíproco a eles, res- pode virar para o amigo e descobrir
pondendo às falas, aos gestos e às expressões. o reflexo diferente ali dentro. Pode
movimentar-se e acompanhar, com os
2 Os bebês podem ficar curiosos com as várias possibilidades ex- olhos atentos, as mudanças a partir de
ploratórias dos materiais, como abrir e fechar as caixas, colocar seus gestos.
e retirar a bola de dentro delas repetidas vezes e com o reflexo
da bola no espelho, assim como sua própria imagem refletida no B
fundo delas. Fique próximo a um dos pequenos grupos e dê sen- Possível fala do professor
tido às descobertas e às hipóteses levantadas pelos bebês. A B
— Olha, você descobriu a bola dentro
da caixa? O amigo está se vendo
3 Enquanto os bebês estão engajados em suas descobertas, interaja no fundo da caixa, vamos nos ver
individualmente ou em duplas. Apresente uma das caixas com a também?
tampa e brinque de adivinhar o que há dentro: a bola ou a ima-
gem de cada um. Ao virar a caixa com o espelho para os bebês,
instigue-os a criar hipóteses. É possível que reajam com gestos e C
expressões, na tentativa de descobrirem o conteúdo. Em um ges- Possível fala do professor
to de surpresa, mas, com muita sensibilidade, abra a caixa lenta- — Quem é que aparece na caixa?
mente para o bebê e mostre o espelho. Utilize o nome do bebê ao
falar com ele. Garanta que todos participem segundo as próprias
D
preferências, ritmos e possibilidades. C D
Possíveis ações dos bebês

4 Dê tempo para a continuidade da exploração dos materiais no gru- bebê pode estar envolvido e
•O
po. Os bebês podem utilizar as caixas com os espelhos para brincar curioso para ver o que há dentro
de colecionar e transportar as bolas, como outras possibilidades da caixa, se expressar sorrindo e
balbuciando. Ao ver sua própria
de experimentação. Por exemplo: além de colocar mais bolas na imagem, pode apontar, bater palmas
caixa e as observar, eles podem ser instigados por você a comparar e olhar para o professor.
imagens de uma ou mais bolinhas. Os espelhos contribuem para
•Outro bebê pode abrir a caixa e
uma noção tridimensional dos objetos e potencializa a atividade perceber a sua própria imagem,
exploratória dos bebês, que ficam encantados com a imagem re- reagir com expressão de surpresa e
compartilhar com os demais.
fletida no interior da caixa. Esteja atento às descobertas deles e
as registre em fotos e/ou vídeos para documentação pedagógica.

542
Atividade: Exploração com espelhos e caixas

Para finalizar Sugestão de vídeo


Sinalize aos bebês qual será o próximo momento do dia, atribuin- • Arrumar a bagunça.
do uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso Palavra Cantada. Disponível
ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Convide-os em: https://www.youtube.com/
para guardar as bolas dentro das caixas/cestos antes de iniciar a watch?v=Rq6gyrXAG5g&t=47s. Acesso
próxima atividade, utilizando uma música dedicada ao momento em: 6 jun. 2021.
de arrumação.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Disponibilize outros brinquedos e objetos já conhecidos pelos bebês dentro das caixas, ou até mesmo ele-
mentos naturais, como folhas diversas. Eles vão ficar curiosos com a observação dos reflexos desses materiais
no espelho e com a brincadeira de selecionar, colecionar, esconder e achar. Repita a atividade ao longo da
semana. Uma boa proposta, em um momento posterior, é mostrar aos bebês os vídeos e as fotos dos registros
das atividades e dialogar sobre o que estão vendo.

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis para uma roda de conversa junto dos bebês. Peça aos responsáveis que fiquem com
eles no colo e proponha uma brincadeira de adivinhar o que há dentro da caixa. Deve haver mais de uma caixa
para que não haja uma longa espera. Outra possibilidade é organizar a proposta em pequenos grupos, com
três a quatro responsáveis e seus bebês. A caixa deve estar vazia para que o bebê veja o seu reflexo, junto do
responsável. Combine com os responsáveis para que deem sentido a gestos, ações e falas dos bebês, dialo-
gando com eles sobre o que estão vendo. Ao final, cada pessoa que convive com o bebê registra uma palavra
que descreva o momento em um cartaz coletivo.

543
Sequência: Brincadeiras com o espelho

 EI01EO01  EI01CG02  EI01ET03


QUEM ESTÁ AÍ? BRINCANDO
COM PANOS E ESPELHOS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Organize previamente um varal com panos (podem ser de lenços, tecidos e/ou TNT) por cima de um espelho
grande já fixado na parede. A ideia é uma brincadeira de revelar e esconder a imagem do bebê refletida no
espelho para que, a partir dessa observação, ele possa realizar descobertas sobre si e os demais, o que favore-
cerá o desenvolvimento da atividade O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho, deste conjunto.
No espelho também serão fixadas imagens de bebês e crianças se abraçando, pessoas sorrindo, dançando,
entre outros gestos e manifestações corporais, recortadas de revistas ou fotos de crianças dos demais agrupa-
mentos da escola. Para isso, combine de fazer parceria com o professor das demais turmas. Em relação às ima-
gens, caso sejam retiradas de revistas, vale ressaltar a importância de usar fotos de pessoas de diversas etnias.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, variando os tipos das experiências dos bebês
em frente ao espelho.

 Materiais  Espaços
•  Varal; A proposta pode ser realizada no espaço interno ou
•  Tecidos, lenços ou TNT para cobrir o espelho; externo da sala, desde que o local tenha um espelho
•  Recortes de revistas ou fotografias de crianças dos fixado com segurança. É importante que o varal esteja
demais agrupamentos da escola se abraçando, numa altura em que a corda ou o barbante fique aci-
sorrindo, entre outros gestos e expressões; ma do tamanho dos bebês, de forma que não possam
•  Fita dupla face ou fita adesiva para fixar os alcançá-la.
recortes de imagem no espelho;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para
registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Um ambiente bem organizado pode potencializar as descobertas dos bebês. Como essa organização
favorece as explorações e as interações?
2. O espelho pode ser um promotor de descobertas sobre si e sobre o outro, num processo de identifi-
cação e diferenciação gradual. Como cada bebê reage diante de sua imagem refletida no espelho?
3. Os bebês expressam suas descobertas de diferentes formas e tendem a interagir com outros que
partilham os mesmos interesses. Eles podem se comunicar através de gestos e falas. Como cada
bebê compartilha suas descobertas?

544
Atividade: Quem está aí? Brincando com panos e espelhos

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem. Para os que necessitem de auxílio na locomoção, convide cada um
a ficar em seu colo na experiência do espelho, junto dos demais bebês engajados na atividade. Converse com
eles sobre o que estão vendo no espelho. Fique próximo aos pequenos grupos e os convide para brincadeiras
de imitação, de esconder e achar. Chame a todos pelos nomes e convide-os a irem juntos até o espelho e con-
tinuar a brincadeira.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o ambiente antes da chegada dos bebês. Enquanto todo o A


grupo realiza uma pesquisa exploratória em materiais de largo alcance,
Possível fala do professor
convide um pequeno grupo a se engajar na proposta, aproximando-se
com eles do espelho. Os lenços e panos devem estar num varal sobre o — Olha lá o que o colega
achou… Vamos ver o que mais
espelho, com os recortes fixados nele. podemos encontrar.

2 Reserve um tempo para que os bebês explorem o espelho e seus panos


(tecidos, lenços ou TNT). Dê sentido e apoie as ações deles, sendo re- B
cíproco às suas ações e falas. Todos precisam ter a chance de se rela- Possível ação dos bebês
cionar com os pares, observar, imitar e se divertir. Cada bebê pode ficar bebê pode ficar curioso
•O
surpreso ao descobrir sua imagem no espelho ao levantar os panos. com os panos no varal sobre
Observe as descobertas dos pequenos grupos em frente ao espelho o espelho e em um gesto
por meio de suas ações e reações, como sorrisos, balbucios, gestos, investigativo e exploratório,
expressões faciais. Entre na relação com o bebê e proponha que se levantar o lenço e descobrir
sua imagem. Pode levantar
escondam com os panos, como na brincadeira clássica “Cadê o bebê? e abaixar os panos com
Achou!". A B as mãos por diversas
vezes, sorrir e olhar para o
3 Aproxime-se de uma dupla que já esteja diante do espelho. Observe a professor.
interação entre eles e dê tempo para que os bebês sigam na exploração
dessa experiência. Registre em fotos seus gestos e expressões. Descreva C
as descobertas e interações deles para documentação pedagógica. C
Possíveis falas do professor

Nesse momento da atividade, os bebês podem ter descoberto os re- — Vamos descobrir o que há por
4 trás dos panos?
cortes ou fotos. Se não perceberam, chame a atenção deles imitando a
— Veja, você sabe quem é…
expressão diante do espelho. Se perceberam, observe como cada um Está sorrindo e olhando para
reage diante dessa descoberta. Dê sequência a essa observação e con- quem está ao seu lado.
vide um pequeno grupo para uma brincadeira de imitação das imagens
visualizadas nos recortes. D
D
Para finalizar Possíveis falas do professor
Próximo ao término da experiência, sinalize os próximos acontecimen- — Viram o que encontramos?
tos do dia, atribuindo uma previsibilidade das próximas atividades do co- — São crian­ças de outra sala?
tidiano e ajudando-os na compreensão das noções de tempo e espaço. — Como elas aparecem na foto?
Incentive que os bebês ajudem na organização dos objetos. Cante uma
música que seja conhecida pelo grupo, encorajando que todos, dentro
das suas possibilidades, participem desse momento.

545
Sequência: Brincadeiras com o espelho

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, o professor pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência.
Também pode propor um cesto ou caixa com panos e convidar os bebês para brincar de esconder e achar em
frente ao espelho. É interessante disponibilizar panos com texturas diversas (furadinhos, mais claros, escuros,
transparentes, rendados, estampados etc.).

 Engajando as famílias
Convide os responsáveis com os bebês a participarem de um momento coletivo da brincadeira de esconder e
achar por meio dos panos em frente a um mural de espelhos. Incentive os responsáveis a utilizarem as seguintes
falas: “O que tem atrás do pano? Achou o bebê!”. Ao término, peça para cada adulto fazer uma expressão facial
em frente ao espelho, junto do bebê.

546
Atividade: O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho

 EI01EO03  EI01EO06  EI01CG02


O QUE HÁ NA CAIXA?
BRINCANDO COM
ADEREÇOS NO ESPELHO
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Para a proposta, organize caixas de papelão vazias, alternando caixas contendo chapéus diversos e outros adere-
ços, como óculos sem lentes (aqueles usados em festa). É importante que os bebês já tenham tido vivências com os
materiais apresentados. Durante a atividade, o professor deve estar atento às interações e brincadeiras dos bebês,
dialogando com eles, chamando a atenção para sua imagem no espelho e sempre utilizando seu nome, assim como
nas atividades anteriores deste conjunto. Uma dica é utilizar cantigas populares nas quais possam incluir e enfatizar
o nome dos bebês.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, variando os tipos das experiências dos bebês
em frente ao espelho.

 Materiais
•  Um espelho previamente fixado na parede;
•  Caixas de tamanhos diferentes, contendo chapéus diversos e óculos de festas (sem lentes);
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Uma das caixas com os objetos deve ser disponibilizada próxima ao espelho do espaço interno ou externo da
escola. As demais devem ser organizadas em pequenos grupos para que os bebês possam fazer suas escolhas
e pesquisas de acordo com seus interesses. As caixas podem ser excelentes suportes para experiências de
construção e para novas conquistas motoras.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como cada bebê interage com os objetos encontrados? Quais provocam mais interações?
2. Que tipo de exploração os bebês fazem? Como cada um utiliza os objetos em suas pesquisas, ações
e interações?
3. Como cada bebê compartilha suas descobertas com os demais e percebe a si mesmo?

547
Sequência: Brincadeiras com o espelho

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem. Converse com eles sobre o que estão vendo em frente ao espelho.
Encoraje os bebês a descobrirem os adereços dentro das caixas, respeitando suas especificidades, e disponha
os objetos ao alcance de todos. Auxilie no deslocamento daqueles que não andam com autonomia.

O QUE FAZER DURANTE

1 Organize o ambiente antes da chegada dos bebês. Convide-os a se locomo- A


verem até o local escolhido e crie expectativas sobre o que podem encontrar, Possível ação
dando uma breve explicação sobre a proposta. Garanta que todos tenham dos bebês
acesso aos materiais disponíveis ali. Instigue a curiosidade dos bebês desper-
bebê pode escolher
•Um
tada pela presença das caixas. Algumas delas estarão vazias e outras com os um dos chapéus e
adereços. Possibilite que todos as explorem e encontrem, ou não, os materiais se engajar por um
dentro delas. Tanto as caixas quanto os adereços podem ser ricos objetos de tempo na observação
brincadeiras e interações. Registre em fotos e vídeos as pesquisas dos bebês e nas possibilidades
para documentação pedagógica. Esse primeiro momento é de descobertas, de utilização do item.
Pode colocar no rosto
evite ao máximo dirigir as iniciativas e apoie as ações deles. e tentar se esconder.
Em sequência, pode
2 Observe como os bebês realizam suas pesquisas exploratórias a partir das colocar o chapéu na
caixas e dos adereços oferecidos. Eles podem pegar os chapéus, colocar na cabeça e se locomover
cabeça, engajar-se em atividades exploratórias com as caixas, dentre outras para a frente do
espelho, observando
hipóteses investigadas. Dialogue com cada pequeno grupo sendo o menos
a si mesmo e sorrindo
diretivo possível e enfatize as descobertas entre os pares. A B para os demais,
parecendo desejar
3 Observe se os bebês utilizam o espelho como objeto de observação de si compartilhar sua
mesmos e dos demais. Se não perceberem, aproxime-se e convide duplas observação com o
ou pequenos grupos para se observarem no espelho com os adereços e po- grupo.
tencialize as suas experiências.
B
4 A partir da exploração dos bebês com os adereços, proponha uma brinca- Possível fala
deira com todos utilizando uma cantiga já conhecida pelo grupo e que inclua do professor
uma brincadeira com os adereços. Inclua o nome dos bebês ao convidá-los — Olhem, o colega
para brincar e cantar. Entre na relação com os bebês e brinque de retirar e colocou o chapéu na
colocar o chapéu na cabeça, esconder o rosto etc. Eles ficarão mais insti- cabeça... O outro entrou
na caixa e está se
gados a manipular o chapéu com a brincadeira e a perceber a si e ao outro
olhando no espelho.
durante a canção.

Para finalizar Sugestão de música


Sinalize aos bebês qual será o próximo momento do dia, atribuindo uma pre- • O meu chapéu tem
visibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão três pontas. Cantigas
das noções de tempo e espaço. Convide-os para guardar os acessórios dentro de roda [CD]. Artista: Os
das caixas antes de dar continuidade à próxima atividade, utilizando a música Pequerruchos. (Tratore,
2011).
já conhecida pelo grupo no decorrer da arrumação.

548
Atividade: O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, o professor pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade da experiência.
Também pode propor outros objetos e adereços dentro das caixas e potencializar novas descobertas, como es-
pelhos fixados no interior delas. Outra proposta é a utilização de espelhos de tamanhos diferentes, previamente
fixados na parede do espaço escolhido para realizar a atividade.

 Engajando as famílias
Explique previamente a proposta aos responsáveis e peça que enviem um acessório ou uma muda de roupa
dos responsáveis pelos bebês. Com todos na sala, disponibilize com antecedência tais objetos selecionados
dentro das caixas e incentive que os bebês encontrem e reconheçam os pertences de seus conhecidos. Eles
poderão vestir as peças com o auxílio de algum adulto, além de interagir e brincar na frente do espelho. Cada
membro do ciclo de convivência pode perguntar ao bebê de quem é a peça que ele está vestindo e criar potentes
vínculos afetivos. O bebê que não se expressa verbalmente poderá ser envolvido na proposta através do colo
afetuoso e da utilização de um objeto já conhecido por ele . Ao final, os responsáveis podem registrar no mural
um desenho ou algumas palavras sobre sua experiência nessa proposta.

549
32
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

POEMAS E PARLENDAS
As poesias e as parlendas representam valores culturais, históricos e sociais. Apresentá-
-las aos bebês é valorizar essa herança e proporcionar a eles experiências cognitivas,
afetivas e lúdicas. As poesias e as parlendas exploram os ritmos e as sonoridades – suas
rimas apresentam estruturas que auxiliam no desenvolvimento da linguagem oral dos
bebês. Elas devem ser entendidas como uma linguagem rítmica, divertida, lúdica e afe-
tiva, que envolvem fantasia e imaginação, elementos significativos para o processo de
aprendizagem.
A atividade traz uma sequência didática envolvendo vários tipos de experiências utili-
zando poemas e parlendas e que variam conforme os materiais, as dinâmicas e as intera-
ções a serem explorados.

550
Sequência: Poemas e parlendas

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.

Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista,


EI01EF07
gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas,


EI01EF08
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).

EI01EF09 Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita.

 Campos de experiências

O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e Escuta, fala, pensamento


movimentos e imaginação

551
Sequência: Poemas e parlendas

 EI01EO03  EI01CG03  EI01EF07


O BRINCAR EM RODA
COM POEMAS E PARLENDAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES Sugestão de leitura


• Ou isto ou aquilo.
 Contextos prévios Autora: Cecília Meireles.
(Nova Fronteira, 1990).

A fim de ampliar o repertório cultural na primeira infância, será utilizado o poema


Sugestão de música
Colar de Carolina, de Cecília Meireles; a parlenda O macaco foi à feira; e a canti-
ga popular Borboletinha, como forma de exemplificação da proposta. O professor • O macaco foi à feira.
poderá selecionar outros poemas e parlendas do repertório próprio ou da cultura Trem maluco e outras
cantigas de roda [CD].
regional para o desenvolvimento da atividade. Do mesmo modo, os materiais su-
Artista: Hélio Ziskind.
geridos podem ser substituídos por outros, de acordo com a temática escolhida e (MCD, 2006).
conforme a disponibilidade na escola ou creche. Organize os materiais no espaço
onde a atividade será desenvolvida de modo a promover um ambiente convidativo
às situações exploratórias do grupo. O local deve possibilitar diversidade de movi- Sugestão de vídeo
mentos e acolhimento. • Borboletinha. Versão
A atividade poderá ser realizada ao longo do ano, diversas vezes, repetindo a da Galinha Pintadinha.
Disponível em: https://
proposta ou fazendo variações com as brincadeiras e as interações que envolvem
www.youtube.com/
poemas e parlendas. watch?v=28iW_
O5qWfU&t=5s. Acesso
em: 6 jun. 2021.
 Materiais
•  O poema, a parlenda e a cantiga impressos, colados em folhas de papel colorido e plastificados;
•  Alguns livros de poesias, parlendas e cantigas, conforme disponibilidade da escola ou creche;
•  Colar vistoso;
•  Cadeira adequada ao uso dos bebês;
•  Pedaço de tecido ou papel pardo para representar o rabo de um macaco e um tecido adaptado para
caracterizar as asas de uma borboleta;
•  Fantoches;
•  Um cesto com brinquedos de que os bebês mais gostam;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Escolha um local da sala onde os bebês possam ficar próximos dos outros e que possibilite se movimentarem.
Coloque sobre a cadeira o tecido das asas da borboleta, o material do rabo do macaco e, em cima destes, o colar.
Deixe os textos impressos e plastificados embaixo dessa cadeira. Disponha os livros no ambiente e próximos à
cadeira junto aos materiais de representação.

552
Atividade: O brincar em roda com poemas e parlendas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as reações e as interações dos bebês diante da novidade dos elementos representativos
no contexto da brincadeira?
2. Como acontece a imitação de gestos e movimentos? Qual diferença da imitação espontânea e da
incentivada pelo professor ou pelo colega?
3. Quais são os gestos e as ações dos bebês ao manipularem os portadores de textos?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta, desenvolvendo a imaginação nas brincadeiras com
poemas e parlendas. Favoreça a exploração dos materiais por meio da manipulação e da descrição. Apoie as
descobertas e incentive a brincadeira de imitação.

O QUE FAZER DURANTE

1 Junte-se com todo o grupo e conte sobre a proposta de brincar com poe- A
mas e parlendas. Crie expectativas sobre as descobertas que poderão fazer
Possível fala do professor
em relação aos materiais disponibilizados (portadores de textos, livros de
poesias, parlendas e cantigas, colar vistoso, cadeira para os bebês etc.). — Olhem aquele ambiente em
nossa sala! Está diferente, né?
Convide-os a se deslocar até o local preparado e auxilie a todos no deslo-
Parece que tem uma cadeira
camento. Lembre-se de registrar esses momentos. A B com alguns tecidos por cima.
Vamos até lá pra descobrirmos
2 Possibilite a exploração espontânea e apoie as iniciativas de investigação que brincadeira é essa com
em relação aos materiais disponibilizados. Observe as reações dos bebês poemas e parlendas?!
e perceba se balbuciam, gesticulam (apontando para algo ou alguém), se
mostram suas descobertas para os colegas etc. Após esse momento de
livre exploração, convide os bebês a se acomodarem confortavelmente,
orientando com um tom de voz suave e com gestos tranquilos. Auxilie para B
que fiquem próximos uns dos outros e, se possível, em formato de roda. Possível ação dos bebês
Coloque o colar que preparou para atividade e leia o poema Colar de Caro-
bebês podem sorrir e
•Os
lina, de Cecília Meireles. Enquanto recita, manipule o colar e garanta que o
bater palmas, demonstrando
grupo faça interações com o objeto. Incentive o envolvimento e valorize as encantamento pela proposta.
diversas formas de comunicação, respeitando o tempo de cada bebê. Faça Podem ir até o local, pegar
as mediações necessárias, com gestos e movimentos, para que o grupo os tecidos e colocar sob o
possa vivenciar o contexto do poema por meio do objeto representativo. próprio colo ou sob o colo do
amigo.

3 Após esse momento de exploração do poema, apresente ao grupo a par-


lenda O macaco vai à feira, usando diversas entonações de voz e expres-
sões faciais. Para isso, coloque o pedaço de tecido que representa o rabo
do macaco em você, tornando-se parte da narrativa e da brincadeira. Re-
pita a parlenda fazendo o movimento de sentar-se na cadeira e cair no
chão, correspondente ao texto. Em seguida, convide um bebê a participar
da brincadeira. Coloque o rabo do macaco nele e troque a palavra “coma-
dre” pelo nome o bebê participante. Encoraje-a na imitação dos movimen-
tos e do ritmo da parlenda, assim como deve ser incentivado na atividade
O brincar de imitações com poemas e parlendas, deste conjunto. Ao

553
Sequência: Poemas e parlendas

C
mesmo tempo, incentive o grupo a se envolver na atividade por meio
Possíveis falas do professor
de balbucios, palavras, gestos e movimentos. Recite a parlenda até
que todos os bebês do grupo sejam contemplados. C D — Agora vejam este outro texto! É
uma parlenda! Vocês gostam de
parlendas? Esta é bem divertida!
4 Incentive o grupo a se envolver com a proposta, brincando com o rabo — (Apresente a parlenda) podemos
do macaco e com a cadeira. Esteja atento aos bebês, auxiliando na brincar com os nomes de vocês! O
busca pelo objeto de interesse, quando necessário. Perceba como que acham?
ocorrem os momentos exploratórios e as interações entre os pares. — Venha participar, (diga o nome do
Mostre a asa da borboleta e diga ao grupo que gostaria de apresentar bebê)! Enquanto a gente canta, você
faz os movimentos iguais aos que eu
uma cantiga, orientando-os a se acomodar em formato de roda, caso
fiz, combinado?
seja viável. Em seguida, coloque o tecido que caracteriza a asa da
borboleta e cante a cantiga popular Borboletinha. Desenvolva movi-
mentos e utilize gestos, para que os bebês possam imitar suas ações. D
Balance os braços para que o tecido tenha movimentação, represen-
Possível ação
tando o bater de asas da borboleta e seu voo. Outra possibilidade dos bebês
é unir as plantas dos seus pés e balançar as pernas, também repre-
sentando os movimentos. Faça observações atentas e seja flexível bebês podem permanecer
•Os
atentos às falas e às ações do
para continuar ou interromper a atividade. Possibilite que os bebês professor ou podem apontar e
descubram novas possibilidades de brincadeiras e movimentos em gesticular, interagindo com a
relação à cantiga e ao ritmo. E proposta.

Para finalizar
Sugira outra opção caso algum bebê se interesse por outra ativi- E
dade, como brincar com fantoches, cesto de brinquedos favoritos ou Possíveis ações dos bebês
outra possibilidade que os materiais e a dinâmica da sala ofereçam.
bebês podem balbuciar, falar
•Os
Conceda autonomia para suas escolhas. Antecipe o encerramento e gesticular, interagindo com a
da atividade, indicando o que será feito posteriormente. Após um brincadeira.
momento, anuncie novamente o término da brincadeira e convide o
•Outros podem imitar o professor,
grupo a colaborar com a organização dos materiais, reconhecendo sorrir e incentivar um colega a
as tentativas de participação. Cante uma música que marque os mo- participar.
mentos de finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Nesta faixa etária, os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias e assimilarem
os conteúdos abordados. Deste modo, mantenha os elementos representativos na sala. Em outros momentos da
rotina, faça a leitura do poema, cante a cantiga e recite a parlenda do macaco, substituindo os trechos apropriados
pelos nomes dos bebês. A atividade pode ser desenvolvida com recursos tecnológicos, utilizando lousa digital,
computador ou celular para apresentar alguns vídeos de parlendas e cantigas aos bebês.

 Engajando as famílias
Escreva um bilhete aos responsáveis contando sobre a sequência de atividades com poemas e parlendas,
ressaltando a importância de brincadeiras como essa, que proporcionam experiências afetivas. Além disso, peça
que enviem poesias que lhes são conhecidas para serem lidas em outros momentos.

554
Atividade: O brincar de imitações com poemas e parlendas

 EI01EO03  EI01CG03  EI01EF08


O BRINCAR DE IMITAÇÕES
COM POEMAS E PARLENDAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestão de leitura
Com o objetivo de realizar atividades que promovam a criatividade e favoreçam
o desenvolvimento de habilidades cognitivas, selecione poemas e parlendas do • A arca de Noé. Autor:
Vinícius de Moraes.
repertório próprio ou da cultura regional. Para exemplificação da proposta, a op-
(Sabiá, 1970).
ção será pelo poema A Foca, de Vinícius de Moraes, a parlenda Batatinha quando
nasce e a cantiga popular Fui morar numa casinha. O professor poderá substituir os
Sugestão de vídeo
materiais sugeridos por outros que tenham relação com a temática escolhida e de
acordo com a disponibilidade da escola ou creche. Posicione a cesta de vime com • Fui morar numa
casinha. Versão da
os materiais selecionados para realizar a atividade em local próximo ao espelho
Galinha Pintadinha.
da sala, de modo a promover um ambiente atrativo para as situações exploratórias. Disponível em: https://
A atividade poderá ser realizada ao longo do ano, diversas vezes, repetindo a www.youtube.com/
proposta ou fazendo variações com as brincadeiras e as interações que envolvem watch?v=VJQaBK70f24.
poemas e parlendas. Acesso em: 6 jun 2021.

 Materiais
•  Poemas, parlendas e cantigas impressos, •  Casinha colorida de tamanho médio, feita com
colados em folhas de papel colorido e pedaços de feltro ou de retalhos de papelão
plastificados. Também é possível utilizar pintado, com um buraco frontal que indique
alguns livros dessa temática, conforme uma saída;
disponibilidade da escola ou creche; •  Espelho grande fixado na parede para que os
•  Cesta de vime; bebês possam se ver;
•  Bola macia de tamanho médio, feita de •  Fantoches;
plástico ou pano; •  Cesto de brinquedos favoritos;
•  Peixe de brinquedo, de pelúcia ou de borracha; •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
•  Palito de madeira do tipo de sorvete; registrar a atividade.
•  Batata natural e grande;

 Espaços
Organize o espaço para a proposta em local próximo a um espelho na sala, para que os bebês possam se posi-
cionar em frente e se organizar em duplas. Acomode todo o material para representação do poema, parlenda e
cantiga, em um cesto de vime ou caixa de papelão, e o coloque próximo ao espaço selecionado.

555
Sequência: Poemas e parlendas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais as reações dos bebês ao perceberem os ritmos e as sonoridades do brincar com poemas,
parlendas e cantigas?
2. Como acontece a imitação de gestos e movimentos pelos bebês? Qual a diferença da imitação es-
pontânea e da incentivada pelo professor ou colega?
3. De que maneira os bebês gesticulam, balbuciam ou falam, como forma de comunicar emoções e
desejos na brincadeira com poesias e parlendas?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem das brincadeiras com poemas e parlendas desenvolvendo gestos e
movimentos em relação ao ritmo e à sonoridade. Favoreça a exploração dos materiais por meio da manipulação
e da descrição. Incentive a brincadeira de imitação, propiciando momentos de interação com o grupo. Auxilie
todos no deslocamento.

O QUE FAZER DURANTE


A
1 Conte para todo o grupo sobre a proposta de brincar com poemas e parlen- Possíveis falas
das novamente, porém, de forma diferente. Desperte a curiosidade deles ao do professor
informar os objetos que estão disponibilizados (bola macia, peixe de brinque- — Pessoal, vocês
do, palito de madeira, batata natural, casinha colorida produzida pelo pro- gostaram das
fessor). Incentive-os a imaginar novas possibilidades de brincar, assim como brincadeiras com
será incentivado também na atividade O brincar no refeitório com poemas poemas, parlendas e
e parlendas, deste conjunto. O local escolhido deve possibilitar diversidade cantigas do outro dia?
de movimentos e acolhimento. Convide o grupo a se posicionar próximo ao Estão lembrados?
— Vocês perceberam
espelho e à cesta. A B que tem uma cesta cheia
de objetos próxima ao
2 Observe as reações dos bebês diante dos materiais que exploram e das inte- espelho? Qual será
rações que fazem ao comunicarem descobertas. Perceba se balbuciam, gesti- a brincadeira dessa
culam, deixam algum objeto sobre o colega ou se comunicam com o professor. vez? Vamos até lá para
descobrirmos o que é?!
Após esse momento de livre exploração, convide os bebês a se acomodarem
confortavelmente em frente ao espelho. Pegue a cesta de vime com os elemen-
tos de representação (bola, peixe e palito) e inicie a apresentação do poema
A foca, de Vinícius de Moraes. Enquanto recita, torne-se parte da narrativa ao
B
brincar com os elementos da cesta. Conforme a sequência do poema, sorria,
coloque a bola sobre seu nariz, bata palmas, mostre o peixe, faça careta e Possível ação
dos bebês
encoste o palito na barriga de alguns bebês. Faça as pausas necessárias para
que possam interagir com esse momento. Incentive os bebês a brincarem com bebês podem
•Os
o poema e imitarem seus movimentos e os dos colegas. C sorrir e bater palmas,
demonstrando
encantamento pela
3 Compartilhe com todo o grupo que apresentará a parlenda Batatinha quando proposta. Podem
nasce. Retire a batata de dentro da cesta de vime, de modo a despertar o inte- engatinhar até o local,
resse dos bebês. Traga esse elemento de exploração para iniciar a recitação da retirar os objetos da
parlenda. Enquanto apresenta, mostre a batata ao grupo fazendo movimentos cesta, manipulá-los e
os deixar no colo do
relacionados ao texto. Coloque a batata no chão e, ao final, leve sua mão em
amigo, mostrando sua
direção ao peito como forma de indicar o coração. Reconheça e valorize toda descoberta.
e qualquer forma de comunicação e expressão dos bebês. Possibilite que eles

556
Atividade: O brincar de imitações com poemas e parlendas

explorem o contexto do poema de modo que possam protagonizar divertidas C


brincadeiras. Incentive os bebês a observar seus movimentos através do espe- Possíveis ações dos
lho, para que possam reproduzi-los a seu modo por meio de balbucios, palavras bebês
e gestos, enquanto você repete a parlenda algumas vezes. Encoraje os bebês a bebês podem
•Os
brincar de imitação dos movimentos, contemplando a sonoridade abordada. D demonstrar interesse
pelo poema ao interagir
com os elementos de
4 Incentive o grupo a se envolver na brincadeira e aproveite o momento para incen-
representação.
tivar demonstrações de carinho, percebendo como acontecem as interações entre
•Outros podem colocar
os bebês. Por exemplo: perceba se os bebês maiores contribuem com o brincar a bola no próprio
dos menores e vice-versa. Esteja atento a todos, auxiliando na busca pelos objetos rosto, olhar para
de interesse, quando necessário. Veja se os bebês fazem observações atentas, o espelho e sorrir,
diretas ou através do espelho, reproduzindo gestos e movimentos do professor e reconhecendo-se como
parte da narrativa.
dos colegas. Retire da cesta de vime a casinha colorida que preparou e diga que Outros podem também
esse elemento caracteriza a cantiga popular Fui morar numa casinha. Desperte a fazer essa ação no
curiosidade por essa nova brincadeira e cante a cantiga, desenvolvendo a sonori- amigo, mostrando suas
dade e usando variadas expressões faciais para representar o contexto abordado. descobertas.
À medida que canta, faça movimentos com dedos entrando e saindo da casinha.
Ao final de cada verso, gesticule de acordo com o indicado no texto da cantiga. D
Possibilite que os bebês sejam inventivos em descobrir novas possibilidades de Possível ação
brincadeiras e movimentos em relação à cantiga e ao ritmo. Se possível, apresen- dos bebês
te ao grupo o vídeo dessa cantiga popular, Fui morar numa casinha, ampliando o bebês podem
•Os
repertório de diferentes linguagens expressivas. permanecer atentos
às falas e às ações do
Para finalizar professor ou apontar e
Garanta que os bebês continuem livres em suas situações exploratórias e an- gesticular, interagindo
tecipe o encerramento da atividade indicando o que será feito posteriormente. com a proposta.
Incentive os bebês que porventura se interessarem por outra atividade a brincar
livremente, oferecendo outras possibilidades, como fantoches, cesto de brin-
quedos favoritos etc. Anuncie novamente o término da brincadeira e convide
o grupo a colaborar com a organização dos materiais. Cante uma música que
marque os momentos de finalização de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
A atividade pode ser desenvolvida com recursos tecnológicos que lhes forem disponíveis: lousa digital, com-
putador ou celular para apresentar alguns vídeos de parlendas e cantigas aos bebês. Além desses, o professor
pode providenciar um equipamento de reprodução de áudio para que o grupo escute cantigas de roda. Mante-
nha os elementos representativos na sala e em outros momentos da rotina. Faça a leitura do poema, recite a
parlenda e cante a cantiga.

 Engajando as famílias
Escreva um bilhete aos responsáveis contando sobre a sequência de atividades com poemas e parlendas,
ressaltando a importância de brincadeiras como essa. Além disso, peça que enviem parlendas e cantigas po-
pulares que lhes são conhecidas para serem lidas em outros momentos com o grupo de bebês.

557
Sequência: Poemas e parlendas

 EI01EO03  EI01CG03  EI01EF08


O BRINCAR NO REFEITÓRIO
COM POEMAS E PARLENDAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES


Sugestões de leitura
 Contextos prévios
•Girassois e outras
poesias. Autores:
Para realizar a atividade, selecione poemas e parlendas do repertório próprio ou da cultura Lalau e Laurabeatriz.
regional que tenham relação com a temática de alimentação. A proposta é levar os bebês (Companhia das
até o refeitório da escola ou creche para realizar a brincadeira. Combine antes com os de- Letrinhas, 1995).
mais funcionários o horário. Será utilizado, como forma de exemplificação, o poema Sopa de
•Meio dia, macaco
assobia. Autores:
letrinhas, escrito por Lalau e Laurabeatriz, e as parlendas Um, dois, feijão com arroz e Meio Bel Linares e Alcy.
dia, macaco assobia, a fim de expandir o repertório cultural na primeira infância. Substitua (Formato, 2019).
os recursos sugeridos de acordo com o contexto abordado e conforme a disponibilidade da
escola ou creche. Organize os materiais sugeridos em um espaço do refeitório, promovendo Sugestão de vídeo
um ambiente convidativo para as explorações e as interações do grupo. • Um, dois, feijão
A atividade poderá ser realizada ao longo do ano, diversas vezes, repetindo a pro- com arroz. Versão da
posta ou fazendo variações com as brincadeiras e as interações que envolvem poemas Turma da Vaquinha.
e parlendas. Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=HsktGUS3ZzY.
Acesso em: 6 jun. 2021.
 Materiais
•  Poemas e parlendas impressos, colados em folhas de papel colorido e plastificados. Também é possível
utilizar alguns livros de poesias, parlendas e cantigas, conforme disponibilidade na escola;
•  Toalha de mesa;
•  Pratos vazios e colheres pertencentes à escola para cada um dos bebês do grupo;
•  Quatro saquinhos de voal ou tule, dois com punhado de arroz e dois com feijão (ambos crus);
•  Panelas leves e em perfeito estado de conservação;
•  Alguns alimentos como legumes e frutas que estiverem disponíveis na escola; Sugestões de música
•  Um equipamento para reprodução de áudio; • Bolacha de água e
•  Playlist, pen drive ou CD com as músicas Bolacha de água e sal e Sopa; sal. Vem dançar com
•  Fantoches; a gente [CD]. Artista:
•  Cesto de brinquedos preferidos; Palavra Cantada.
(Palavra Cantada, 2012).
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
• Sopa. Bafafá [CD].
Artista: Palavra Cantada.
(Palavra Cantada, 2017).
 Espaços
A fim de abordar de modo integral o contexto do poema e das parlendas selecionadas, desenvolva a atividade
no refeitório. Escolha um local em que os bebês fiquem seguros e que favoreça o movimento do grupo. Coloque
a toalha de mesa no chão e disponha os pratos com as colheres dentro para cada um dos bebês. Deixe os sa-
quinhos de voal ou tule no centro da toalha, juntos com as panelas e outros alimentos. Posicione o equipamento
de reprodução de áudio fora da toalha, mas em local de fácil alcance.
558
Atividade: O brincar no refeitório com poemas e parlendas

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como acontece a imitação de gestos e movimentos pelos bebês? Qual diferença da imitação
espontânea e da incentivada pelo professor ou colega?
2. De que forma o grupo vivencia a apreciação de poemas e parlendas?
3. Quais as reações dos bebês diante dos elementos representativos no contexto da brincadeira? Como
eles interagem com seus pares nesses momentos?

 Para incluir todos


Favoreça a exploração dos materiais por meio da manipulação e da descrição. Incentive a brincadeira de imi-
tação, propiciando momentos de interação com o grupo. Garanta que todos os bebês se envolvam na proposta
ao vivenciarem o ritmo e a sonoridade dos textos apresentados. Auxilie todos no deslocamento, principalmente
os bebês que necessitam de ajuda para locomoção.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Na sala, com todo o grupo e pergunte se eles gostariam de brincar com poe-
mas e parlendas outra vez. Para isso, relembre as parlendas que já foram Possível fala
do professor
exploradas nas atividades O brincar em roda com poemas e parlendas
e O brincar de imitações com poemas e parlendas, deste conjunto. Diga — Turma, vocês se
lembram que brincamos
que preparou uma brincadeira diferente em um lugar novo. Crie expectativas
com poemas e
sobre as descobertas que poderão fazer em relação aos materiais disponibi- parlendas? Gostariam
lizados (portadores de textos, toalha de mesa, pratos e colheres, saquinhos de brincar novamente,
de voal ou tule com arroz e feijão crus, panelas leves, alguns legumes e de um jeito diferente, no
frutas). Convide-os a se deslocar até o refeitório. A B refeitório? Preparei um
ambiente divertido para
nossas brincadeiras!
2 No espaço delimitado para a atividade, garanta que o grupo se familiarize Vamos até lá?
com os elementos representativos que compõem o ambiente. Contribua com
os momentos exploratórios, permanecendo atento às ações de cada bebê B
e auxilie na busca pelo objeto de interesse, quando necessário. Perceba Possível ação
como interagem quando comunicam suas descobertas. Após esse momen- dos bebês
to, convide os bebês a se acomodar confortavelmente em volta da toalha
bebês podem
•Os
e informe-os que apresentará um poema chamado Sopa de letrinhas, escri- sorrir e bater palmas,
to por Lalau e Laurabeatriz. Auxilie-os a se organizar, deixando um prato e demonstrando
uma colher para cada um deles e uma para você. Pegue o poema e comece encantamento pela
a recitá-lo. Torne-se parte da narrativa ao brincar com a ação de pegar o proposta.
alimento no prato e levá-lo à boca, com referência ao contexto do poema.
Faça as pausas necessárias para que o grupo possa interagir com esse mo- C
mento ao ser incentivado a imitar as ações apresentadas pelo professor ou Possível ação
as dos seus colegas. C dos bebês
bebês podem
•Os
Garanta que os bebês explorem o contexto do poema de modo que possam gesticular e balbuciar,
3 a fim de interagir com
protagonizar divertidas brincadeiras. Apoie as iniciativas de investigação
as proposições, ou
em relação ao ambiente. Em seguida, apresente ao grupo a parlenda Um, permanecer atentos ao
dois, feijão com arroz, fazendo movimentos com os saquinhos de voal ou professor.
tule contendo arroz e feijão, gesticulando as mãos ao dizer os números.

559
Sequência: Poemas e parlendas

Incentive a observação dos movimentos pelos bebês e encoraje a imita- D


ção dessas ações, cada um a seu modo, por meio de balbucios, palavras e Possível fala
gestos. Repita a parlenda algumas vezes. Instigue a comunicação deles e do professor
dê apoio quando necessário, para que todos possam vivenciar a parlenda — Pessoal, percebam
apresentada através da sonoridade e dos recursos materiais presentes na os movimentos que
brincadeira. D E faço enquanto recito
a parlenda. Vamos,
brinquem também!
4 Na sequência, recite a parlenda Meio dia, macaco assobia, brincando com os
elementos representativos. Para isso, utilize, por exemplo, uma das panelas E
entre os materiais da brincadeira. Faça movimentos e gestos que possam Possível ação
caracterizar o contexto apresentado. Possibilite que o grupo se envolva na dos bebês
proposta ao brincar com os materiais. Incentive os bebês a bater com as co-
bebês podem
•Os
lheres nos pratos, chacoalhar os saquinhos com arroz e feijão e manipular as permanecer atentos
panelas e os alimentos. Faça observações atentas e seja flexível para conti- às falas e às ações do
nuar ou interromper a brincadeira. Após esses momentos exploratórios, ligue professor ou gesticular,
o equipamento de reprodução de áudio e coloque as canções com versões do interagindo com a
grupo Palavra Cantada, como Bolacha de água e sal e Sopa. F proposta.

Para finalizar F
Sugira outra opção caso algum bebê se interesse por outra atividade, conce- Possível ação
dos bebês
dendo autonomia para suas escolhas. Deste modo, leve para o espaço da brin-
cadeira fantoches ou cesto de brinquedos favoritos. Como estarão no refeitório, bebês podem
•Os
o momento seguinte pode ser uma das refeições oferecidas pela escola. Anteci- balbuciar, falar e
gesticular, interagindo
pe o encerramento da atividade usando uma música que marque os momentos com a brincadeira.
de finalização. Enquanto prepara a transição de momentos, incentive os bebês Podem imitar o
a continuarem suas situações exploratórias livremente ao som das canções professor, sorrir e
sugeridas. Após um momento, anuncie novamente o término da brincadeira e incentivar um colega a
convide o grupo a colaborar com a organização dos materiais. participar, demonstrando
descoberta e
contentamento.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
É interessante que esses poemas possam ser recitados no momento de alimentação e repetidos em outros
dias nesse mesmo contexto. Você também pode manter os elementos representativos na sala por um tempo.
Na primeira infância, é fundamental propiciar a continuidade das situações exploratórias, para que os bebês
possam assimilar os conteúdos abordados por meio da repetição de brincadeiras.

 Engajando as famílias
Utilize um pedaço de papel pardo para escrever aos responsáveis sobre as atividades, os poemas e as parlendas
desenvolvidos até o momento, criando um mural. Agradeça o envio dos poemas, das parlendas e das cantigas
populares que lhes foram solicitados anteriormente. Conte como foi a experiência e cole algumas fotos desse
momento. Coloque esse material na porta ou na parede lateral da sala, para apreciação da comunidade escolar.

560
Atividade: O brincar com a sonoridade de poemas e parlendas

 EI01EO02  EI01CG01  EI01EF02


O BRINCAR COM
A SONORIDADE
DE POEMAS E PARLENDAS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES


Sugestão de leitura

 Contextos prévios • Poesia fora da


estante. Autor: Sérgio
Capparelli. (Saraiva,
A fim de ampliar o repertório cultural na primeira infância, será utilizado o poema O 2007).
capitão sem fim, de Sérgio Capparelli, e as parlendas Rei capitão e Marcha soldado,
como forma de exemplificação do desenvolvimento da atividade. Nela são propostas
situações exploratórias em relação ao ritmo e à sonoridade do poema e das parlen- Sugestão de vídeo
das. O professor poderá selecionar outros poemas e outras parlendas do repertório • Marcha Soldado.
próprio ou da cultura regional para o desenvolvimento da atividade. Do mesmo modo, Versão da Galinha
os materiais sugeridos podem ser substituídos por outros de acordo com a temática Pintadinha. Disponível
em: https://www.
escolhida e conforme a disponibilidade da escola. Prepare a área externa selecionada youtube.com/
organizando os materiais de modo convidativo às situações exploratórias do grupo, watch?v=8Dwr0wgrt0E.
assim como foi realizado na atividade O brincar no refeitório com poemas e parlen- Acesso em: 6 jun. 2021.
das, deste conjunto.
A atividade poderá ser realizada ao longo do ano, diversas vezes, repetindo a proposta ou fazendo variações
com as brincadeiras e as interações que envolvem poemas e parlendas.

 Materiais
•  Tapete como delimitador do espaço da cada um dos bebês (feito de dobradura com
brincadeira e almofadas confortáveis para dar papel colorido de gramatura grossa);
suporte aos bebês; •  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Poemas e parlendas impressos colados •  Playlist, pen drive ou CD com as músicas
em folhas de papel colorido e plastificados sugeridas na atividade;
(utilize alguns livros dessa temática, conforme •  Fantoches;
disponibilidade na escola); •  Cesto de brinquedos favoritos;
•  Pedaço de TNT azul, caixas de papelão de •  Um celular ou uma câmera fotográfica para
tamanhos variados, chapéu de dobradura para registrar a atividade.

 Espaços
Desenvolva a atividade em um local da área externa da escola que favoreça o movimento do grupo. Arranje o tapete
e as almofadas para criar um ambiente seguro e acolhedor aos bebês. Disponha de modo atrativo os portadores de
textos, o pedaço de TNT azul e as caixas de papelão de tamanhos variados. Organize os chapéus entorno do tapete,
deixando um para cada bebê, e posicione o equipamento de reprodução de áudio.

561
Sequência: Poemas e parlendas

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma o grupo vivencia a apreciação de poemas e parlendas? Como eles demonstram
interesse por esse contexto?
2. Como os bebês interagem no ambiente a partir das parlendas?
3. Quais as reações dos bebês diante dos elementos representativos no contexto da brincadeira?

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês participem da proposta, desenvolvendo a imaginação nas brincadeiras com poemas
e parlendas. Favoreça a exploração dos materiais por meio da manipulação e da descrição. Apoie as descobertas e
incentive a brincadeira de imitação por meio de vivências do ritmo e da sonoridade dos textos apresentados.
Auxilie o deslocamento dos bebês, quando necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Em sala, conte a todo o grupo sobre a proposta de brincar com poemas A


e parlendas outra vez. Desperte a curiosidade sobre possíveis desco-
Possível fala do professor
bertas que poderão fazer com os materiais disponibilizados (portadores
de textos, livros de poesias, parlendas e cantigas, pedaço de TNT azul, — Pessoal, vocês se lembram
das nossas brincadeiras com
caixas de papelão e chapéus de dobradura). Leve para o espaço alguns
poemas e parlendas? Vamos
fantoches e cesto de brinquedos favoritos para oferecer outra opção, brincar novamente de um
concedendo autonomia para suas escolhas. Registre a atividade. A B jeito diferente? Preparei um
ambiente divertido na área
Favoreça as iniciativas de investigação do grupo, garantindo que explo- externa! Vamos até lá?
2
rem espontaneamente o ambiente. Observe quais são as reações dos be-
bês diante das novidades. Perceba se balbuciam, gesticulam, apontam, B
mostram suas descobertas para os colegas etc. Enquanto o grupo estiver Possível ação dos bebês
envolvido nas situações exploratórias, convide trios de bebês para ouvir
bebês podem sorrir e
•Os
e apreciar o poema O capitão sem fim, de Sérgio Capparelli. Ajude-os a
bater palmas, demonstrando
se acomodar confortavelmente para esse momento de escuta em um dos encantamento pela
cantos do ambiente da atividade e coloque os chapéus de dobradura em proposta.
cada um dos bebês do trio. Enquanto recita, faça a representação do en-
redo do poema manipulando o pedaço de TNT azul e algumas caixas de C
papelão. Possibilite que façam interações com esses objetos durante a
Possíveis ações dos bebês
escuta do poema. Incentive o envolvimento e valorize as diversas formas
de comunicação, respeitando o tempo de cada bebê. Faça as mediações bebês podem
•Os
necessárias com gestos e movimentos para que o trio vivencie o contexto demonstrar interesse pelo
poema ao interagir com
do poema por meio dos objetos representativos. Se um bebê que não es- elementos representativos.
tava no trio se aproximar, sentar e quiser participar, acolha-o e respeite
•Outros podem chacoalhar
sua iniciativa. Repita a apresentação do poema com os outros trios. C o pedaço de TNT azul
e manipular as caixas
Incentive os trios de bebês a explorar os portadores de textos e os ele- de papelão, abrindo-as,
3 fechando-as, empilhando-as
mentos representativos presentes na brincadeira. Finalizada a recita-
etc.
ção do poema aos trios, diga para todo o grupo que apresentará as

562
Atividade: O brincar com a sonoridadede poemas e parlendas

parlendas Rei capitão e Marcha soldado. Coloque o chapéu de dobradu- D


ra em sua cabeça e encoraje os bebês a fazerem o mesmo. Traga esse Possíveis falas do professor
elemento de exploração para iniciar a recitação das parlendas. Faça — Agora vejam este outro texto
marcações rítmicas e sonoras, com gestos e movimentos que represen- aqui! É uma parlenda diferente!
tam o enredo. Incentive o grupo a se envolver na atividade por meio de Vocês querem conhecê-la?
balbucios, palavras, gestos e movimentos. D — (apresente a parlenda).
Enquanto recitamos, vocês
podem fazer os movimentos
4 Incentive o grupo a se envolver na brincadeira e aproveite o momento iguais aos que eu faço, o que
para incentivar demonstrações de carinho. Perceba como acontecem as acham?
interações entre os pares. Esteja atento para auxiliar a busca pelo obje-
to de interesse, quando necessário. Garanta que o grupo se envolva na
E
proposta ao brincar com os materiais disponibilizados. Possibilite que
os bebês empilhem as caixas de papelão, chacoalhem o pedaço de TNT Possíveis ações dos bebês
azul e manipulem os chapéus. Faça observações atentas e seja flexível bebês podem balbuciar,
•Os
para continuar ou interromper a brincadeira. Ligue o equipamento de re- falar e gesticular,
produção de áudio e coloque músicas de cantigas populares enquanto interagindo com a
brincadeira.
os bebês continuam com suas interações. E
•Outros podem imitar o
professor, sorrir e incentivar
Para finalizar um colega a participar,
Garanta que os bebês continuem livres em suas situações explora- demonstrando descoberta e
tórias e antecipe o encerramento da atividade, indicando o que será contentamento.
feito posteriormente. Após um momento, anuncie novamente o término
da brincadeira e convide o grupo a colaborar com a organização dos
materiais. Cante uma música que marque os momentos de finalização
de atividades.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Nesta faixa etária, os bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias e assimilar
os conteúdos abordados. Deste modo, coloque e mantenha os elementos representativos na sala. Em outros
momentos da rotina, faça a leitura do poema e recite as parlendas de acordo com os ritmos. Providencie um
equipamento de reprodução de áudio para que o grupo escute cantigas de roda em momentos diversos. A ati-
vidade pode ser desenvolvida com recursos tecnológicos, utilizando lousa digital, computador ou celular para
apresentar alguns vídeos de parlendas e cantigas aos bebês.

 Engajando as famílias
Utilize o material de documentação pedagógica e faça um varal com fotos e relatos sobre a atividade de poe-
mas e parlendas. Escreva quais foram as reações e interações dos bebês ao vivenciarem o proposta. Coloque
esse material próximo da sala, deixando disponível para apreciação dos responsáveis, para os bebês desta e
os de outras turmas, bem como para os funcionários.

563
Sequência: Poemas e parlendas

 EI01EO02  EI01CG01  EI01EF09


O BRINCAR NA INTERAÇÃO
COM POEMAS E PARLENDAS
Tempo sugerido: 50 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Sugestão de leitura
Com o objetivo de realizar atividades que promovam a criatividade e favoreçam o desen- • Por enquanto eu sou
volvimento de habilidades cognitivas e motoras, selecione poemas e parlendas do repertório pequeno. Autor: Pedro
Bandeira. (Moderna,
próprio ou da cultura regional. Para exemplificação da atividade, a opção será pelo poema
2009).
Pontinho de vista, de Pedro Bandeira, a parlenda Alecrim dourado e a cantiga popular O trem
maluco. O professor poderá substituir os materiais sugeridos por outros que tenham relação
com a temática escolhida e de acordo com a disponibilidade da escola. Arrume previamente a Sugestão de vídeo
área externa selecionada para desenvolver a atividade. Organize as caixas de papelão com as
•Alecrim dourado.
estações, deixando espaços livres entre elas. Abra o fundo de algumas caixas e as posicione Versão da Galinha
de forma que os bebês possam explorá-las por dentro. Coloque algumas imagens dentro e Pintadinha. Disponível
em: https://www.
fora delas, compondo um ambiente atrativo às descobertas. Crie um circuito lúdico que incite youtube.com/
as situações exploratórias do grupo e fomente a diversidade de movimentos e acolhimento. watch?v=NAL4isDM4D0.
A atividade poderá ser realizada ao longo do ano, diversas vezes, repetindo a proposta Acesso em: 6 jun 2021.
ou fazendo variações com as brincadeiras e interações que envolvem poemas e parlendas.

 Materiais
•  Poemas, parlendas e cantigas impressos, colados em folhas de papel colorido e plastificados;
•  Óculos de brinquedo ou de sol;
•  Sachês de voal ou tule com um punhado de alecrim dentro;
•  Trem de brinquedo;
•  Bola macia de tamanho médio, de plástico ou pano;
•  Imagens variadas, impressas e plastificadas, de ervas aromáticas, de meios de transportes, brinquedos
e brincadeiras;
•  Caixas de papelão de tamanhos variados da atividade O brincar com a sonoridade de poemas e
parlendas;
•  Um equipamento para reprodução de áudio;
•  Playlist, pen drive ou CD com as cantigas sugeridas;
•  Fantoches;
•  Cesto de brinquedos favoritos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
Organize a atividade na área externa e próximo à sala, como na varanda ou no solário. Reutilize as caixas
de papelão da atividade O brincar com a sonoridade de poemas e parlendas, deste conjunto, e prepare um

564
Atividade: O brincar na interação com poemas e parlendas

circuito de exploração em que os bebês possam engatinhar por dentro das caixas e se movimentar de um canto
para outro permeando as estações de brincadeiras com os objetos de acordo com as temáticas. São elas: (1)
sachês de voal ou tule com alecrim dentro; (2) óculos de brinquedos e de sol; (3) trem de brinquedo; (4) bolas
macias de tamanho médio, de plástico ou pano. Coloque as imagens nas laterais internas e externas das caixas
para que os bebês direcionem o olhar para os lados, para cima e para baixo, interagindo com o ambiente.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como acontece a exploração e a interação com esse ambiente de circuito e estações?


2. Quais são os gestos e as ações dos bebês ao manipularem os portadores de textos? Como eles reagem
ao manipular os elementos representativos do contexto (sachês com alecrim, trem de brinquedo, bola
macia média, portadores de textos e imagens)?
3. De que maneira os bebês comunicam emoções e desejos na brincadeira com poesias, parlendas e
cantigas?

 Para incluir todos


Favoreça a exploração dos ambientes e dos materiais por meio da manipulação, da descrição e do movimento.
Incentive a reinvenção da brincadeira, favorecendo momentos de interação do grupo. Garanta que todos os
bebês se envolvam na proposta ao vivenciarem a sonoridade dos textos apresentados e os caminhos preparados
com o circuito.

O QUE FAZER DURANTE

1 Na sala, pergunte para todo o grupo se eles gostariam de brincar com poe-
mas e parlendas. Diga que preparou uma atividade divertida na área externa.
Ainda em sala, coloque os óculos e pegue o portador de texto com o poema
Pontinho de vista, de Pedro Bandeira. Torne-se parte da narrativa ao fazer
movimentos e gestos que representem o contexto do poema. Ao finalizar a
recitação, convide-os a se deslocar até a área externa, auxiliando os que ne-
cessitam de apoio para locomoção.

2 No espaço externo, possibilite ao grupo a familiarização com os elementos


representativos que compõem o ambiente. Contribua com os momentos explo-
ratórios, permanecendo atento às ações de cada bebê e auxiliando na busca A
pelo objeto de interesse, quando necessário. Observe como reagem diante
Possível ação
dos materiais que exploram e das interações que fazem. Perceba se balbu- dos bebês
ciam, gesticulam, cheiram os sachês, observam as imagens, comunicam suas
descobertas com o colega ou com o professor. Diga ao grupo que gostaria de bebês podem
•Os
pegar os sachês e
apresentar uma parlenda. Convide-os a se reunirem próximos à caixa com a cheirar ou oferecer ao
estação dos sachês e apreciar Alecrim dourado. Enquanto recita, ofereça os amigo, manifestando
sachês com alecrim para os bebês sentirem a fragrância. Incentive-os a imi- suas descobertas.
tarem seus movimentos, envolvendo-os no contexto da brincadeira enquanto Demonstram, assim,
faz a repetição da parlenda para os bebês que ainda não participaram dessa interesse pelo poema
ao interagir com
estação. Garanta que os bebês explorem todo o ambiente proposto, favore-
os elementos de
cendo o protagonismo em divertidas brincadeiras. Esteja atento a todas as representação.
formas de comunicação dos bebês. A

565
Sequência: Poemas e parlendas

Apoie os bebês em suas iniciativas de investigação. Diga ao grupo que selecio- B


3
nou uma cantiga popular para apresentar a eles. Conte sobre a canção O trem Possível fala
maluco e pergunte se alguém encontrou um trem de brinquedo ou imagens do professor
de trens pelo circuito de caixas de papelão. Disponha os elementos represen- — Pessoal, vejam
tativos próximos ao grupo, incentivando os bebês para manipular e explorar como movimento meus
livremente. Cante a cantiga fazendo movimentos com os braços como se es- braços para dirigir o
trem! Vamos, brinquem
tivesse dirigindo o trem. Estimule a observação dos movimentos pelos bebês também!
e encoraje a reprodução dessas ações, cada um a seu modo. Encoraje-os a
se deslocarem por entre as caixas, incentivando a observação das imagens
(de ervas aromáticas, de meios de transporte, brinquedos e brincadeiras) dis- C
persas pelo circuito feito com caixas de papelão. Garanta que o grupo pro- Possíveis ações dos
tagonize suas brincadeiras diante do cenário proposto. Coloque músicas de bebês
cantigas populares enquanto os bebês continuam com suas interações. B C bebês podem
•Os
balbuciar, falar e
Para finalizar gesticular, interagindo
com a brincadeira.
Garanta que os bebês continuem livres em suas situações exploratórias e
•Outros podem imitar
antecipe o encerramento da atividade, indicando o que será feito posterior- o professor, sorrir
mente. Anuncie novamente o término da brincadeira e convide o grupo a co- e incentivar um
laborar com a organização. Cante uma música que marque os momentos de colega a participar,
finalização de atividades. demonstrando seu
contentamento.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Faça a leitura do poema, recite a parlenda e cante a cantiga em outros momentos da rotina. O professor pode
providenciar um equipamento de reprodução de áudio para que o grupo escute cantigas de roda em momentos
diversos de brincadeiras. A atividade pode ser desenvolvida com recursos tecnológicos, utilizando lousa digital,
computador ou celular para apresentar alguns vídeos de parlendas e cantigas aos bebês. Na primeira infância,
é fundamental propiciar a continuidade das situações exploratórias para que os bebês possam assimilar os
conteúdos abordados por meio da repetição de brincadeiras.

 Engajando as famílias
Prepare um material sobre o desenvolvimento da??○ ♥ sequência de atividades a ser enviado aos lares dos
bebês para apreciação dos responsáveis. Utilize uma pasta-catálogo e algumas folhas sulfites (brancas e colo-
ridas) para organizar os poemas, as parlendas e as cantigas compartilhados pelos responsáveis nas primeiras
atividades. Agregue alguns componentes do material de documentação pedagógica como fotos, relatos, reações
e comentários dos bebês, para apresentar a importância de vivenciarem situações divertidas com poemas,
parlendas e cantigas.

566
33
SA

CONJUNTO

SEQUÊNCIA

COLECIONAR ELEMENTOS
DA NATUREZA
A natureza apresenta diversas características em seus elementos, como cores, formas,
pesos, texturas e composições, que despertam a curiosidade dos bebês. Sendo assim, co-
lecionar materiais como pedras, folhas e galhos é uma possibilidade de realizar propos-
tas de seriar, associar e diferenciar as características presentes na natureza. É por meio
da coleção e da organização de um espaço com tais elementos que os bebês constroem
uma sensibilidade feita de olhares, gestos e respeito em relação ao nosso ecossistema.

567
Sequência: Colecionar elementos da natureza

BNCC
 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto

Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
EI01EO02
participa.

Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
EI01EO03
brinquedos.

EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo


EI01ET03
descobertas.

EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

 Campos de experiências

O eu, o outro Traços, sons, cores e Espaços, tempos,


e o nós formas quantidades, relações
e transformações

568
Atividade: Um passeio pela natureza

 EI01EO04  EI01ET03  EI01ET05


UM PASSEIO
PELA NATUREZA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Se possível, escolha um espaço externo da escola com o qual os bebês já tenham tido contato em propostas
anteriores. Providencie lupas e binóculos para usarem na investigação dos elementos da natureza. Solicite
anteriormente aos responsáveis o envio de rolos de papel-toalha ou higiênico para utilizarem no momento da
proposta. Faça isso por meio de bilhetes, mural de entrada da sala ou outro meio de comunicação.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou variando os lugares
para os bebês explorarem.

 Materiais  Espaços
•  Binóculos; A proposta deve ser realizada no espaço externo,
•  Lupas; como pátio, jardim ou outro que exista em sua escola,
•  Rolos de papel-toalha ou higiênico; onde haja variedade de elementos da natureza, como
•  Pequenas caixas para acomodar binóculos, folhas, galhos, pedras, flores e sementes. Disponibilize,
lupas e os rolos de papel; dentro de pequenas caixas, os binóculos, lupas e roli-
•  Cesto com brinquedos conhecidos dos bebês; nhos de papel-toalha em alguns locais espalhados pelo
•  Livros de literatura infantil apreciados pelos espaço, possibilitando que os bebês tenham acesso a
bebês; eles no momento da investigação e da observação dos
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para elementos naturais. Proponha focar o olhar do bebê
registrar a atividade. durante suas pesquisas exploratórias.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Como a atividade desafia os bebês a perceberem as diferenças e as semelhanças durante a


manipulação dos elementos naturais ali presentes? Como demonstram isso?
2. De que forma os bebês exploram o espaço e os elementos? Quais descobertas fazem?
3. Como expressam seus desejos e suas necessidades durante o passeio pela natureza? Por meio de
olhares, expressões, fala, balbucio?

569
Sequência: Colecionar elementos da natureza

 Para incluir todos


Garanta que todos os bebês possam estar em atividade conforme suas preferências, ritmos e habilidades. Assegure
espaço suficiente para que os bebês explorem e façam suas pesquisas com os elementos ali disponibilizados com
segurança e cuidado. Deixe disponível um cesto com brinquedos conhecidos dos bebês para ser utilizado caso desejem.

O QUE FAZER DURANTE

1 Proponha o passeio pela natureza e caminhe para o espaço externo, auxilian-


do a locomoção dos bebês. Convide todo o grupo a observar os elementos
naturais disponíveis. Aconchegue os bebês num espaço que tenha elementos
da natureza ao alcance. Com entusiasmo, chame a atenção de todo o gru-
po para o que há em volta: grama, galhos, folhas, árvores, terra, sol, nuvens A
no céu, vento, cheiro das flores e plantas presentes. Incentive-os a explorar Possíveis falas
o espaço de acordo com seus desejos e interesses. Apoie as iniciativas de do professor
exploração colocando-se ao lado deles enquanto descobrem os elementos — Aqui temos pedras!
presentes no ambiente. Garanta que todos tenham contato com os elementos — Essa é a folha que
naturais. Na atividade Recolhendo elementos da natureza, deste conjunto, caiu da árvore (aponte
os bebês terão outras oportunidades para aprofundar suas pesquisas sobre para o chão), ela está
seca e por isso caiu.
diversos elementos naturais. Inicie os registros com fotos e vídeos, que serão — Lá em cima (aponte
usados posteriormente em documentações ou exposições na escola. para cima) também tem
muitas folhas, mas ainda
2 Convide os bebês a se aproximar do jardim, despertando a curiosidade para estão verdes!
os sons da natureza. Fique ao lado do bebê que observa as pedras, folhas e — Esses pauzinhos são
galhos que estão pelo chão. A partir da manipulação dos elementos por al- galhos. Há muitos pelo
chão, vamos pegá-los?
gum dos bebês, pegue alguns na mão e mostre para o bebê. Encoraje os be-
bês a pegar os elementos nas mãos e sentir suas características. Fique atento
à forma como cada bebê individualmente interage com o ambiente. Observe B
aqueles que, aos poucos, vão chegando mais perto do grupo: se pegam ele- Possíveis ações dos
mentos naturais e quais suas expressões e suas ações ao ter esse contato. A bebês
bebê pode observar
•Um
3 Aproxime-se de cada bebê ou das duplas e interaja de forma que contemplem os elementos que estão
os elementos presentes naquele espaço. Possibilite que realizem o movimento no chão e pegar alguns
que desejarem, ficando de bruços, observando e sentindo o que há no chão nas mãos. Logo para
ao lado de uma flor,
e adquirindo experiência sensorial. Vá próximo a uma flor e cheire-a, convi- para sentir seu perfume
dando os bebês a fazerem o mesmo. Passe sua mão sobre as plantas e flores, e passar a mão sobre
acariciando cada uma e convidando-os a fazerem também. Compartilhe das ela, observando-a com
brincadeiras, sente-se ao lado dos bebês e faça comentários que ampliem o atenção e admiração.
olhar deles. B Pode sorrir para você
como em um convite
para fazer o mesmo.
4 Compartilhe em pequenos grupos o uso dos binóculos, das lupas e dos rolos
•Outro bebê pode se
de papel. Observe como usam os materiais propostos para investigação: se aproximar e colocar
olham pelo buraco dos rolos, descobrindo a imagem do outro lado. Pegue um a mão sobre a flor,
rolo de papel-toalha, coloque na frente de seus olhos e investigue as plantas, acariciando-a e
mostrando como essa ação dá mais foco ao que está vendo. Assim, faça com sorrindo. Em seguida,
pode sentir seu
os elementos presentes no chão, propondo momentos de imitação a partir perfume e sorrir.
de sua ação. Use um binóculo para olhar as plantas mais altas do espaço,

570
Atividade: Um passeio pela natureza

chamando a atenção para o que há de diferente. Faça o mesmo com as lupas, C


colocando-as próximas às flores, plantas ou ao chão, focando o olhar para Possíveis falas
os detalhes. Faça comentários, convidando os bebês a pesquisarem. Seja o do professor
menos diretivo possível, partindo das iniciativas dos bebês e ampliando suas — Lá em cima da árvore
pesquisas através de ações junto a eles. C tem um passarinho! Você
quer ver também?
— Nessa planta tem uma
Para finalizar flor bem pequena, pegue
Avise que em cinco minutos irão retornar à sala e fale para os bebês qual a lupa para olhar!
será a próxima situação da rotina. Convide-os a colocar os binóculos, os rolos
e as lupas na caixa onde estavam guardados e acompanhe-os no retorno à
sala. Organize-a com livros infantis apreciados pelos bebês, para que possam
explorar conforme forem chegando.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Ao longo da semana, proponha mais momentos como esses dentro da rotina. Faça a proposta em pequenos
grupos, buscando usar outros espaços externos da escola. Proponha interação com outros agrupamentos, pos-
sibilitando que continuem suas descobertas junto de crianças maiores e mais experientes. Recolha os elementos
naturais explorados na proposta e leve-os para a sala, deixando-os à disposição dos bebês para que ampliem
suas pesquisas exploratórias.

 Engajando as famílias
Proponha aos responsáveis que recolham elementos naturais que encontram no caminho para a escola.
Organize esses materiais em um canto na sala, juntamente de outros que você e os bebês podem recolher no
espaço externo da escola. Junto deles, disponibilize os binóculos, os rolos de papel e as lupas e convide os
responsáveis para brincar ao virem buscar os bebês. Ofereça a possibilidade de se organizarem conforme sua
disponibilidade de tempo. Na parede próxima a esse canto, fixe imagens da realização da proposta, criando a
oportunidade para que os bebês ressignifiquem as vivências junto dos adultos.

571
Sequência: Colecionar elementos da natureza

 EI01EO02  EI01EO03  EI01TS01  EI01ET03


RECOLHENDO ELEMENTOS
DA NATUREZA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Um passeio pela natureza, deste conjunto, relembrando como aconteceu o
passeio e conversando com o grupo sobre a nova proposta.
Escolha um espaço externo que tenha uma diversidade de elementos da natureza, como plantas, flores, galhos,
folhas e sementes. Opte por um ambiente que os bebês já conheçam e tenham vivenciado em outras propostas.
Providencie cestas ou caixas para que os bebês coloquem os elementos naturais que recolherem no pátio. Para
realizar a atividade, combine previamente a parceria com outro professor ou auxiliar que possa atuar com você.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou variando os elementos
naturais a serem explorados pelos bebês.

 Materiais
•  Cestas ou caixas de tamanhos pequenos e médios e de diferentes materiais, como vime, plástico, palha
e papelão;
•  Um cesto com brinquedos preferidos;
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.

 Espaços
A proposta deve ser realizada no espaço externo, que deve ter uma diversidade de elementos da natureza,
como o pátio ou o jardim. Organize-o de forma que os elementos naturais estejam ao alcance dos bebês. Caso
não estejam, disponibilize-os pelo chão ou na altura delas. Deixe as cestas e as caixas espalhadas pelo espaço,
uma longe da outra e à disposição de todos.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram os sons produzidos ao vivenciarem essa proposta com os
elementos naturais?
2. Como a interação dos bebês entre si e com os adultos potencializa as descobertas e a experiência
no momento de escolher e coletar os elementos naturais?
3. Como o bebê usa seu corpo durante a exploração da natureza e no momento de realizar a coleta dos
materiais? Ele se agacha para observar o que tem no chão, se estica para alcançar, segura a cesta
com uma das mãos ou a deixa no chão?

572
Atividade: Recolhendo elementos da natureza

 Para incluir todos


Garanta que todos participem da proposta, cada um de acordo com suas possibilidades. Assegure apoios
para os bebês em locais próximos aos elementos da natureza. Disponibilize um espaço seguro para que se
locomovam com autonomia. Deixe uma caixa com brinquedos de encaixes para usarem durante ou ao final da
proposta, caso desejarem.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Sugira a todo o grupo o passeio em meio à natureza e cami-
nhem ao espaço externo em pequenos grupos. Auxilie os be- Possível fala do professor
bês em suas necessidades de locomoção. Ao chegar no espaço, — O que temos nesse espaço? Muitos
acomode-os próximos aos elementos da natureza. Convide os elementos da natureza, não é?! Vamos
bebês a observarem o que está ao redor, como folhas, plantas escolher alguns para levar à nossa sala?
Você me ajuda a recolher e colocar
altas e baixas, flores, pedras e galhos. Possibilite que explorem nesta cesta?
livremente o espaço de acordo com seus ritmos, interesses e
desejos. Mostre-se interessado pelas descobertas, pelas ações B
e pelas reações dos bebês ao explorarem os elementos da natu- Possíveis ações dos bebês
reza. Observe atentamente o que fazem e aproveite para iniciar
os registros por meio de fotos ou vídeos. Conte com a ajuda de bebê pode observar o professor com
•Um
a cesta no braço e também pegar uma,
outro professor ou auxiliar para acompanhar o grupo, de modo colocando-a no próprio braço. Pode
a possibilitar a ampliação das experiências dos bebês. sorrir ao perceber que consegue e sair
pelo espaço, balançando-a.
Fique atento às ações dos bebês em relação às cestas e às
•Outro bebê que está próximo pode
2 observar as folhas e os galhos caídos,
caixas. Aproxime-se de um pequeno grupo com uma cesta nas
juntando alguns deles e os observando
mãos e brinque junto deles. Convide-os a brincar no espaço, com atenção. Pode ir até uma caixa que
fazendo comentários. Recolha galhos, folhas e sementes e co- está no chão e colocá-los dentro.
loque-os na cesta, dialogando a respeito das características
deles, como formas, cores, texturas e tamanhos. Valorize as C
iniciativas dos bebês ao pegarem as cestas e colocarem os Possíveis falas do professor
elementos dentro. Encoraje aqueles que só observam as ações
— Olha, nesse lugar há muitas sementes
realizadas e, caso demonstrem interesse, ajude-os a segurar a pequenas. Vamos colocá-las nessa cesta.
cesta ou a caixa e colocar o que recolheram dentro dela. A B Quem consegue abaixar-se para recolher?
— Ali do outro lado há algumas pedras
Acompanhe os bebês individualmente e em pequenos grupos diferentes, você consegue pegá-las e
3 colocar nessa outra cesta?
ao recolherem os elementos da natureza. Valorize as iniciativas
dos bebês ao explorar o espaço e ao escolher os elementos. D
Preste atenção na forma que recolhem, por quais eles demons-
Possíveis ações dos bebês
tram mais interesse e como reagem ao entrar em contato com
eles. Perceba se os bebês reconhecem algumas de suas ca- bebê pode se aproximar de uma flor
•Um
e esticar seus braços para alcançá-la.
racterísticas e como comunicam isso aos outros bebês e aos
Logo que conseguir pegá-la, pode sentir
adultos presentes. C D seu perfume e colocá-la na cesta que
está próxima.
4 Mostre-se receptivo e apoie as descobertas feitas pelos be-
•Outros dois bebês que caminham
bês. Ao recolher os elementos junto deles, nomeie-os um a podem se engajar ao recolher
um. Garanta que consigam observar ao redor e pegar os ele- elementos diversos, trocando entre eles
a cesta. Podem demonstrar alegria por
mentos com as mãos. Ofereça a cesta para colocarem os obje- meio de sorrisos e balbucios.
tos, caso desejarem. Atente-se para a forma como exploram os

573
Sequência: Colecionar elementos da natureza

elementos naturais e se produzem sons. Parta dessas situações E


para pegar algumas folhas secas e amassá-las, provocando Possíveis falas do professor
sons. Faça o mesmo com as folhas verdes e instigue que per- — Aquela folha estava seca, por isso
cebam semelhanças e diferenças. E quebrou-se ao apertar. Que som ela fez?
Não conseguimos levá-la na cesta assim.
Para finalizar — Essa outra está verde e por isso não
amassa. Vamos colocá-la na cesta?
Esteja atento ao tempo de interesse dos bebês. Conforme for
percebendo menos envolvimento na proposta e já tenham ele-
mentos suficientes coletados, convide-os a recolherem as cestas,
dentro de suas possibilidades, e informe a eles que retornarão à
sala para a próxima atividade do dia. Apoie e encoraje as inicia-
tivas dos bebês nesse momento. Explique que os elementos da
natureza que recolheram serão levados para a sala, onde pode-
rão continuar suas experiências num outro momento. Tenha um
cesto com brinquedos preferidos à disposição na sala para que,
conforme forem chegando, possam brincar com eles.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Organize na sala um canto com os elementos da natureza recolhidos pelos bebês para que, assim, possam
continuar suas pesquisas exploratórias com a seleção feita anteriormente no espaço externo. Proponha essa
exploração também com um agrupamento maior, possibilitando as trocas de experiências.

 Engajando as famílias
Faça móbiles com fotos da proposta coladas em folhas de plantas já secas, fixadas em galhos de diversos
tamanhos. Faça uma legenda clara das situações ocorridas e coloque no corredor próximo à entrada da sala
dos bebês, compartilhando a vivência com a comunidade escolar.

574
Atividade: Organizando coleções com elementos da natureza

 EI01EO02  EI01ET03  EI01ET05


ORGANIZANDO COLEÇÕES
COM ELEMENTOS DA
NATUREZA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Recolhendo elementos da natureza, deste conjunto, possibilitando agora que
os bebês observem as características dos elementos recolhidos para organizá-los.
Providencie cestas, caixas ou bandejas pequenas ou médias para eles usarem no momento de organizar as
coleções. Também é indicado contar com a ajuda de outro professor ou auxiliar para que os bebês possam ter
apoio para ampliar suas pesquisas e descobertas. Esteja atento para que os bebês não coloquem pedras ou
sementes na boca e no nariz.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou ampliando os desafios
com os elementos recolhidos.

 Materiais  Espaços
•  Cestas, caixas ou bandejas pequenas ou Desenvolva a atividade na sala. Proponha dois cantos
médias que comportem os elementos da com os elementos da natureza já recolhidos na atividade
natureza separadamente; Recolhendo elementos da natureza, colocados sobre
•  Um tapete; um tapete. Próximo a eles, coloque algumas cestas,
•  Materiais de largo alcance, como potes de caixas ou bandejas. Organize também na sala um lugar
tamanhos diversos, rolos de papel, carretel de com uma pequena prateleira fixada na parede, para
linha, pedaços de madeira e pedaços de tecido; deixar as coleções de elementos à disposição dos bebês
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para no cotidiano. Assim, eles poderão investigar e organizar
registrar a atividade. esses materiais conforme seus gostos e preferências.

 Perguntas para guiar suas observações

1. Quais são as descobertas realizadas pelos bebês ao explorar os elementos da natureza? Quais
ações realizam com eles? Cheiram, apertam, batem um no outro?
2. De que forma os bebês exploram as características dos elementos naturais no momento de organizá-los?
Essas características são percebidas e levadas em consideração no momento de fazer as coleções?
3. Como o bebê usa seu corpo, seus gestos e seus movimentos ao buscar e organizar as coleções com
os elementos da natureza?

575
Sequência: Colecionar elementos da natureza

 Para incluir todos


Assegure espaço de mobilidade para todos os bebês, de acordo com suas necessidades. Proponha apoios
para os bebês próximo aos cantos com os materiais, possibilitando o acesso a eles. Garanta que todos possam
estar em atividade de acordo com seus ritmos, preferências e possibilidades.

O QUE FAZER DURANTE

A
1 Enquanto todo o grupo explora materiais de largo alcance na sala
com outro professor ou auxiliar, acompanhe pequenos grupos na Possível fala do professor
exploração dos cantos organizados com os elementos da natureza. — Como podemos organizar os
Fique atento às ações dos pequenos e valorize as iniciativas deles. elementos da natureza? E como
Incentive-os a explorar livremente os elementos naturais, tais como guardá-los nas cestas e caixas?
Vamos brincar? Quem me ajuda?
folhas grandes, médias e pequenas, pedras médias, gravetos de ta-
manhos diversos, manipulando-os e percebendo suas características. B
Enquanto os bebês estão manipulando livremente os elementos, cha-
Possíveis ações dos bebês
me a atenção deles para suas próprias ações, a fim de levantar com-
parações entre diferenças e semelhanças, por exemplo, entre o som bebê pode olhar para o professor
•Um
produzido ao bater galhos, pedras ou sementes. Esteja próximo deles, colocando galhos na cesta, ir até o
monte de galhos que está no chão e
observe-os e registre as ações, quando possível. Esses registros farão pegar alguns deles. Pode voltar para
parte da documentação pedagógica sobre as formas usadas pelos próximo da cesta e colocar dentro
bebês para pesquisar os elementos da natureza. dela os objetos.

•Outro bebê pode ir até um dos cantos
Pegue algumas folhas, coloque-as dentro de uma cesta. Disponha com pedras, pegar duas delas e bater
2 uma na outra, sorrindo ao escutar o
galhos em outra, convidando os bebês para organizá-los em co-
barulho, logo depois colocando-as na
leções. Observe como os bebês, individualmente ou em duplas, se cesta que está próxima dele.
relacionam com os materiais, organizam-se seguindo algum critério.
Verifique também como comunicam-se com outros bebês e com os C
adultos presentes, se buscam outras cestas para colocar os objetos Possíveis falas do professor
dentro delas e o que fazem antes de selecionar os elementos que vão
organizar. A B — Muito bem, você colocou as sementes
no pote das sementes. E essas pedras,
em qual cesta iremos colocá-las?
3 Aproxime-se de duplas de bebês que estejam manipulando os ele- — Veja, essas pedras têm cores
mentos e parta das ações deles para encorajar os outros a fazer diferentes, precisamos organizar em
o mesmo, valorizando suas atitudes perante os materiais. Enco- lugares distintos. Como podemos
raje-os a explorar e a organizar os elementos da natureza, fican- fazer isso?
— Veja, o colega está separando
do junto deles no momento de colocar os objetos nas cestas, nas
algumas sementes. Vamos colocar
caixas e nas bandejas. Vá nomeando cada elemento ao colocá-lo as grandes nessa bandeja e essas
em seu lugar. Repita a atividade com todos os pequenos grupos, pequenas em outra. Você pode ajudar
até que todos os bebês tenham participado. C D também. Quer organizar essas folhas
por tamanho? Como pode fazer isso?
Para finalizar
D
Quando perceber menos envolvimento na proposta, convide os
bebês para colocar as bandejas, as cestas e as caixas no local Possível ação dos bebês
combinado. Organizem juntos o espaço. Recolha o que sobrar de bebê pode esticar o braço para
•Um
elementos naturais e peça ajuda para levá-los de volta à natureza. alcançar uma cesta. Ao conseguir,
Anuncie a próxima proposta do dia e solicite que guardem também pode começar a colocar sementes
dentro dela.
os materiais de largo alcance.

576
Atividade: Organizando coleções com elementos da natureza

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Possibilite que todos os bebês tenham acesso à organização das coleções. Para isso, proponha a atividade em
outros momentos do cotidiano, sugerindo novas formas de organizar as coleções e diversificando os elementos
naturais contidos nelas. Disponibilize também essas coleções em outros espaços coletivos de sua escola. Pro-
ponha momentos no cotidiano para que os pequenos explorem esse canto com as coleções, utilizando também
outros brinquedos e recursos, como baldes que poderão ser enchidos de pedras e animais de plástico para
montar uma floresta, ampliando assim as pesquisas exploratórias dos bebês.

 Engajando as famílias
Solicite aos responsáveis o envio de outros elementos da natureza que encontrarem em casa ou no caminho
para a escola e possibilite que o bebê coloque-os junto às coleções, ampliando as pesquisas do grupo. Organize
uma exposição das coleções em um espaço fora da sala, mas próximo à entrada dela, possibilitando que os
responsáveis brinquem com os bebês na entrada ou na saída da escola. Deixe a exposição ali por alguns dias,
possibilitando que os responsáveis participem dela conforme a disponibilidade de tempo deles. Faça o convite
via bilhete, recado no mural da entrada ou outro meio de comunicação.

577
Sequência: Colecionar elementos da natureza

 EI01EO04  EI01ET01  EI01ET03


FOLHAS, GALHOS,
PEDRAS E UM POUCO MAIS
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Organizando coleções com elementos da natureza, deste conjunto, garantindo
que na atividade os bebês brinquem com esses e outros elementos.
Providencie materiais de largo alcance, como potes, colheres usadas, tampinhas e retalhos de tecido já
conhecidos por eles. Esteja atento para que os bebês não coloquem pedras ou sementes na boca e no nariz.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, repetindo a proposta ou convidando crianças
de outros grupos etários para interagirem a partir dos itens recolhidos.

 Materiais  Espaços
•  Coleções de elementos da natureza coletados A proposta pode ser realizada na sala ou em outro
pelos bebês anteriormente; espaço coletivo disponível em sua escola. As coleções
•  Materiais de largo alcance, como tampinhas, de elementos da natureza, que foram coletados e orga-
potes, retalhos de tecido, colheres usadas etc.; nizados pelos bebês em momentos anteriores, devem
•  Animais de plástico; ficar disponíveis em estantes baixas ou em tapetes.
•  Caminhões pequenos de plástico ou de Proponha também dois ambientes próximos a esses
madeira já explorados anteriormente pelos espaços, assim organizados:
bebês; •  Cantinho com os materiais de largo alcance,
•  Um cesto com peças de encaixe; como tampinhas, potes, retalhos de tecido,
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para colheres usadas.
registrar a atividade. •  Cantinho com os animais e os caminhões.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que formas os bebês exploram as características dos objetos e os elementos da natureza,


como cor, temperatura, odor e textura?
2. Quais descobertas fazem ao brincar com os elementos da natureza junto aos brinquedos? Como usam
o faz de conta nas suas brincadeiras?
3. De que forma comunicam suas descobertas, suas aprendizagens e suas experiências aos outros bebês
e aos adultos presentes? Utilizam gestos, expressões faciais, balbucios e palavras?

578
Atividade: Folhas, galhos, pedras e um pouco mais

 Para incluir todos


Possibilite que todos os bebês tenham acesso aos materiais organizados, aconchegando-os próximos aos cantos
e colocando os objetos ao alcance deles. Proponha apoio para que os bebês possam se locomover com autono-
mia e segurança. Disponibilize um cesto com peças de encaixe para a exploração dos bebês, caso desejarem.

O QUE FAZER DURANTE

1 Convide todo o grupo para brincar com os materiais organi-


zados e com as coleções da natureza. Incentive-os a explorar
livremente os materiais disponibilizados, de acordo com seus
desejos, seus interesses e suas possibilidades. Encoraje os A
bebês a explorar os materiais e a iniciar suas pesquisas com Possíveis falas do professor
os elementos naturais e com os outros materiais. Fique atento — Um colega está colocando pedrinhas
ao que os bebês demonstram mais interesse na atividade e às no pote com as colheres. Você quer
ações deles ao entrar em contato com esses materiais. Aten- ajudar?
te-se para as formas como comunicam suas descobertas aos — Veja, essas sementes são pequenas,
outros bebês e adultos. Inicie os registros fotográficos e com como podemos brincar com elas?
— Veja, seu colega está embalando
vídeo para usar posteriormente em uma exposição e em sua pedrinhas nos tecidos. Você quer tentar
documentação pedagógica. também?

2 Observe quais relações fazem entre os materiais disponibiliza-


B
dos, realizando brincadeiras diversas. Acompanhe individual-
mente ou em duplas essas experiências. Fique ao lado dos Possíveis falas do professor
bebês e brinque junto deles, propondo brincadeiras. Mostre-se — Como podemos brincar com esses
interessado pelas brincadeiras que surgirão, demonstrando seu brinquedos?
apoio e encorajando novas ações. Fique próximo aos bebês, — Quem consegue me ajudar a fazer uma
floresta?
auxiliando-os no que for necessário, sendo o menos diretivo — Veja, o colega está carregando
possível nesses momentos. A folhas em seu caminhão! Para onde vai
levá-las?
3 Acompanhe, também, as brincadeiras com os caminhões e
com os animais de brinquedo. Parta das ações de alguns be- C
bês como, por exemplo, colocar algumas sementes e folhas
Possíveis ações dos bebês
dentro do caminhão e empurrar pelo espaço, para chamar
a atenção dos bebês para atos que eles estejam fazendo, bebê pode organizar os animais de
•Um
propondo imitações. Observe as relações entre as duplas de pé sobre o tapete. Pode pegar algumas
folhas e alguns gravetos e criar um
bebês e como comunicam as suas pesquisas a quem está pró- cenário.
ximo. B C
•Outro bebê pode observar e ir até uma
das cestas com os elementos, pegar
4 Interaja nas duplas ou nos pequenos grupos de forma a po- algumas pedras e também as colocar
tencializar as descobertas feitas a partir da experiência com os sobre o tapete, uma ao lado da outra,
em forma de trilho. Pode pegar os
elementos naturais e com os brinquedos. Garanta que todos
caminhões e então andar com ele por
possam brincar, explorar, imitar e se divertir, vivenciando a pro- ali, demonstrando satisfação e alegria.
posta de acordo com seus interesses, seus desejos e suas pos-
sibilidades. Faça barulho do caminhão ao empurrá-lo, coloque
folhas e pedras dentro deles e empurre-os próximo aos bebês,
possibilitando que os manipulem, encha e esvazie potes com

579
Sequência: Colecionar elementos da natureza

os elementos naturais disponíveis – enfim, proponha brincadei- D


ras das quais os menores possam participar tanto visualmente Possíveis ações dos bebês
como com ações motoras (acompanhamento viso-motor). D bebê pode observar o professor
•Um
fazendo o som do caminhão e sorrir,
Para finalizar tentando imitar o som dele também.
Conforme for percebendo menos envolvimento na proposta, pequeno grupo pode observar
•Um
informe aos bebês que iniciarão a organização da sala e diga com atenção os movimentos do
professor enchendo e esvaziando os
qual será a próxima proposta do dia. Convide-os para guar- potes, olhando ora para os elementos
darem os brinquedos nos devidos lugares e peça ajuda para no chão, ora para o pote nas mãos.
colocar os elementos da natureza de volta nas cestas ou nas bebês podem esticar os braços para
•Os
bandejas em que estavam. Incentive a participação de todos, alcançar também os materiais e fazer
valorizando iniciativas neste momento. tentativas de colocá-los nos potes.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a proposta utilizando outros brinquedos ou materiais que possam ser explorados junto das coleções
dos elementos da natureza, ampliando, assim, as experiências dos bebês. Diversifique também os locais de
realização da proposta, podendo ser em espaços internos ou externos da escola.
Proponha também interação com agrupamentos de crianças maiores, possibilitando as trocas de experiências
entre eles, ampliando o repertório de como brincar ao imitar outras ações e instigando pesquisas exploratórias
diferenciadas.

 Engajando as famílias
Proponha que os responsáveis tragam de casa brinquedos de que os bebês gostam para que assim possam
também brincar com as coleções disponibilizadas na sala. Combine um dia para realizar esse momento e faça
registros dessa experiência, usando-os posteriormente para fazer um móbile no corredor de acesso à sala ou
próximo à entrada da sala, dando visibilidade às experiências dos bebês para toda a comunidade escolar.

580
Atividade: Descobrir e relacionar novas coleções na natureza

 EI01EO02  EI01ET01  EI01ET05


DESCOBRIR E RELACIONAR
NOVAS COLEÇÕES NA
NATUREZA
Tempo sugerido: 40 minutos

O QUE FAZER ANTES

 Contextos prévios
Dê continuidade à atividade Folhas, galhos, pedras e um pouco mais, deste conjunto, possibilitando que,
desta vez, os bebês possam realizar brincadeiras junto de seus responsáveis.
Peça para os responsáveis que recolham elementos naturais no caminho de casa para escola junto dos bebês
e que os enviem para a escola. Oriente os pequenos a colocar tais elementos em um espaço, que pode ser uma
caixa, uma bandeja ou uma cesta, de forma a criar uma nova coleção. Prepare um espaço para os materiais até
o dia da realização da proposta. Esteja atento para que os bebês não coloquem pedras ou sementes na boca e
no nariz.
A atividade poderá ser realizada em outros momentos do ano, combinando previamente a parceria com os
responsáveis ou outros adultos da escola.

 Materiais  Espaços
•  Coleções de elementos da natureza já A proposta pode ser realizada na sala ou em outro
organizadas pelos bebês; espaço coletivo da sua escola. Organize as coleções
•  Outros elementos da natureza coletados pelos em dois cantos sobre estantes baixas ou sobre tapetes,
responsáveis; escolhendo um local acessível a todos. Junto delas,
•  Bandejas, caixas ou cestas de tamanhos variados; disponha os elementos coletados pelos responsáveis.
•  Cesto com objetos preferidos dos bebês; Deixe disponível em outro canto as cestas, as caixas e
•  Um celular ou uma câmera fotográfica para as bandejas vazias.
registrar a atividade.

 Perguntas para guiar suas observações

1. De que forma os bebês exploram as propriedades como odor, cor, textura e temperatura dos
elementos da natureza? Cheiram, apertam, passam pelo corpo, sacodem, batem um no outro?
2. Como a proposta favorece a percepção das diferenças e das semelhanças entre os elementos? Como
demonstram as descobertas feitas ao relacionar os elementos da natureza?
3. De que forma os bebês usam seu corpo no momento de brincar, manipular e fazer as novas coleções
com os elementos da natureza?

581
Sequência: Colecionar elementos da natureza

 Para incluir todos


Garanta que todos possam estar em atividade, de acordo com suas preferências, seus ritmos e suas possibili-
dades. Reserve e deixe disponível um cesto com objetos preferidos dos bebês, oferecendo-o quando necessário.

O QUE FAZER DURANTE

1 Converse com todo o grupo a respeito da proposta a ser realiza-


da, que será brincar com os elementos da natureza, descobrindo e
construindo relações com as coleções feitas anteriormente e com
os elementos trazidos pelos responsáveis. Convide-os a explorar
livremente os cantos organizados. Aconchegue confortavelmente A
os bebês menores próximos aos materiais e coloque os objetos ao Possíveis ações dos bebês
alcance deles. Observe quais são as primeiras ações que realizam
•Dois bebês podem se dirigir a um cesto
ao encontrar os elementos da natureza que foram trazidos pelos cheios de gravetos. Cada um pode
responsáveis. Esteja perto, observando e intervindo a partir das pegar dois gravetos, um em cada mão,
ações deles, dirigindo o menos possível. Aproveite para registrar e batê-los um no outro. Podem ouvir,
atentos, o som e sorrir um para o outro.
os momentos e compor a documentação pedagógica do grupo.
•Integrantes de um grupo menor que
caminha podem se intercalar entre um
2 Acompanhe duplas de bebês e pequenos grupos que vão se canto e outro, observando o que há nas
organizando, por interesses próprios, nos cantos propostos. cestas. Podem parar próximos da cesta
Atente-se para como usam as coleções já conhecidas por eles com pedras e se sentar. Podem ficar
ali por um tempo a brincar com elas,
e para quais ações realizam com esses elementos. Encoraje os
rolando-as pelo chão, batendo umas
bebês a descobrir novas formas de brincar com eles: entre jun- nas outras e apertando-as contra seu
to na brincadeira e relacione os materiais já conhecidos com corpo.
os novos. A
B
3 Acompanhe as explorações com os elementos coletados pelos
Possíveis falas do professor
responsáveis. Veja como manipulam os elementos, se os olham,
passam as mãos neles, os cheiram, os passam pelo corpo, apro- — O que você encontrou nessa cesta?
priando-se assim das suas características. Fique junto deles du- Que elementos são esses? Como
podemos brincar com eles?
rante essa experiência, demonstrando interesse e valorizando — Você já viu materiais parecidos com
suas iniciativas, visando a ampliar as experiências. Você pode esses aqui na escola? E em casa?
também passar sua mão nos materiais, cheirá-los, passá-los no
seu corpo, funcionando como modelo e entrando na brincadeira
C
com eles. B C
Possíveis ações dos bebês

4 Participe de momentos de trocas e de construção ao relacionar bebê pode se aproximar do cesto


•Um
as coleções já conhecidas pelos bebês e os novos elementos com elementos da natureza, tirar dele
trazidos pelos responsáveis. Acompanhe individualmente e em sementes grandes ainda não conhecidas
por ele. Pode observar, passar de uma
duplas as experiências que realizam ao brincar com os mate- mão para outra, cheirar, bater no chão e
riais. Perceba como relacionam os elementos, se buscam os já apertá-las com as duas mãos.
conhecidos primeiro e depois vão até os novos, ou vice-versa.
•Outros dois bebês podem observar e
Pegue elementos das coleções conhecidas e convide os bebês também retirar da cesta algumas folhas
a buscarem objetos semelhantes no cesto dos novos. Encora- secas grandes. Podem passar a mão,
sentindo a textura, cheirar e balbuciar
je a turma a partir de ações realizadas pelos bebês, propondo
um para o outro, sorrindo.
imitações dos outros que os observam. D

582
Atividade: Descobrir e relacionar novas coleções na natureza

Após esses ricos momentos de investigação, proponha orga- D


5
nizar novas coleções com os elementos trazidos pelos respon- Possíveis falas do professor
sáveis, usando também alguns dos elementos que já fazem — Onde encontramos folhas como essas
parte das coleções conhecidas pelos bebês. Observe algum nessas outras cestas? Você quer me
bebê que esteja, por exemplo, com uma bandeja já com pe- ajudar a procurar?
drinhas e proponha que coloquem outras pedras de tamanhos — Veja, temos vários tipos de sementes!
diferentes ali. Inicie também algumas ações, como pegar outra O que elas têm de parecido? Essa é
maior, aquela está mais quente.
bandeja e colocar pedras de tamanhos semelhantes nela, con-
vidando os pequenos para colocar outros elementos também
em outras bandejas. E E
Possíveis falas do professor
Para finalizar — O que esses elementos têm de
Ao perceber menos envolvimento na proposta e ao consi- parecidos?
derar que boas experiências já tenham sido vivenciadas com — Quais são diferentes desse outro? Como
os elementos naturais, informe aos bebês que em alguns mi- podemos separá-los? Você pode ajudar?
nutos organizarão o espaço e voltarão à sala para a próxima
proposta do dia. Passado esse tempo, convide-os para colocar
as coleções de elementos nos lugares. Sugira que guardem os
materiais que sobraram para brincar em outros momentos da
rotina, aprofundando a experiência. Valorize as iniciativas dos
bebês nesse momento, encorajando cada um no momento da
organização.

O QUE FAZER DEPOIS

 Desdobramentos
Realize a proposta com um grupo de crianças maiores, ampliando o campo de experiências dos bebês. Utilize
também alguns brinquedos favoritos dos bebês, para que os explorem juntamente dos elementos.

 Engajando as famílias
Faça um caderno com os registros das propostas realizadas com os elementos naturais, pontuando a riqueza
de vivências com esses elementos, incluindo os que foram trazidos pelos responsáveis. Envie esse caderno para
que os responsáveis façam uma atividade em ♥um espaço com elementos naturais junto do bebê e registrem a
experiência ali. Assim, cria-se um acervo de memórias que passarão de adulto para adulto, possibilitando a troca
de vivências e ampliando as formas de todos brincarem. Compartilhe o rico material com todos da comunidade
escolar em uma reunião ou em outro momento no qual vocês costumam se encontrar.

583
Realização
sentimos falta de mais destaque pra "Edu- ISBN 978-65-5965-036-1
cação infantil". Acho que ali no canto superior
direito podemos deixar os títulos com essa
hierarquia: Educação Infantil > Bebês> Cader-
no do Professor
como esse material vai ficar só no site, pen-
samos que talvez seja melhor manter os logos
na capa e não na contra capa

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