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Escola Técnica Santa Luzia

AFOGAMENTO

Alunas: Daurilene Galvão


Erika Leticia
Ingrid Teixeira
Marlene Dias
Regiane Silva
Professora: Geíse Cardoso

Santa Inês-MA
2019
Introdução

Afogamento é insuficiência respiratória resultante da submersão em um


meio líquido. Pode ou não ser fatal (anteriormente chamado quase
afogamento). O afogamento resulta em hipóxia, que pode lesar múltiplos
órgãos, incluindo os pulmões e cérebro. O tratamento é de suporte,
incluindo reversão de paradas cardíaca e respiratória, hipóxia,
hipoventilação e hipotermia.

O afogamento é uma das maiores causas de morte acidental em todo o


mundo, particularmente em crianças e adolescentes < 19 anos. Nos
EUA, de 2005 a 2009, os índices mais altos de morte por afogamento
ocorreram em crianças de 1 a 4 anos, e o afogamento foi a segunda
causa mais comum de morte (depois das anomalias congênitas).
Afogamento foi a segunda causa mais comum de morte por lesões em
crianças com 5 a 9 anos de idade e a terceira causa principal em
crianças com < um ano e dos 10 aos 19 anos de idade. Outros grupos
com alto risco de morte por afogamento incluem:

 Crianças afro-americanas, imigrantes e famílias pobres


 Homens
 Pessoas que usaram álcool ou sedativos
 Pessoas com condições que causam incapacitação temporária
(p. Ex., Convulsão, hipoglicemia, acidente vascular cerebral, infarto
do miocárdio, arritmia cardíaca)
 Pessoas com síndrome do QT longo (natação pode desencadear
arritmias que causam afogamento inexplicável em pessoas com
essa síndrome, particularmente tipo 1
 Pessoas que se envolvem em comportamentos perigosos
subaquáticos de retenção da respiração (DUBBs)

O afogamento é comum em piscinas, ofurôs, correntes de água natural e,


entre recém-nascidos e crianças pequenas, em banheiros, banheiras,
tinas de água ou líquidos de limpeza. Para cada morte por afogamento
ocorrem cerca de 4 quase afogamentos que necessitam de
hospitalização.
Desenvolvimento

Principais causas de afogamentos

Os afogamentos são comuns durante o verão, época em que as pessoas


mais frequentam áreas de rios e mares. Desconhecimento das condições
do local e falta de habilidade do nadador estão entre as principais causas
de afogamento.

Além disso, podemos citar como causas de afogamento o mergulho em


áreas rasas, que pode levar a traumatismo seguido da aspiração de
água, ingestão de bebidas alcoólicas, crises convulsivas, doenças
cardiorrespiratórias e câimbras. Em afogamentos em residências,
destacam-se os de crianças que se afogam em banheiras e outros
recipientes com água por ficarem sem a supervisão de um adulto.

Denominamos de afogamento primário aquele em que não se observa


nenhum fator que levou ao afogamento. Este ocorre naturalmente em
virtude da falta de habilidade da vítima, por exemplo. Já
o secundário está relacionado com alguma patologia que dificulte que a
vítima mantenha-se na superfície.

Como ocorre o afogamento?


Quando uma pessoa entra em contato com a água e percebe que sofrerá
o afogamento, ela geralmente se desespera e inicia uma luta para
manter-se na superfície. Quando ocorre a submersão, instantaneamente
a pessoa prende a respiração. Essa parada da respiração depende da
capacidade física de cada indivíduo.
Quando a pessoa não consegue mais segurar a respiração, uma
aspiração de líquido pode ocorrer. Em algumas pessoas, isso é um
estímulo para que haja um reflexo natural que contrai as vias
respiratórias e impede que mais água entre no organismo. Essa
contração pode levar à morte por asfixia, um caso que chamamos
de afogamento do tipo seco.
Na maioria das pessoas, no entanto, não ocorre esse reflexo e o que
acontece é uma grande aspiração de água por causa de movimentos
respiratórios involuntários. Isso faz com que a água chegue aos pulmões,
levando à perda da substância que promove a abertura dos alvéolos
(surfactante), mudanças na permeabilidade dos capilares e surgimento
de edema pulmonar. Com o tempo, o pulmão enche-se completamente
de água, o indivíduo perde a consciência, sofre parada respiratória e
morre.

Sinais e Sintomas
Durante o afogamento, pânico e falta de ar ocorrem. Crianças que são
incapazes de nadar podem ficar submersas por < 1 min, mais
rapidamente que adultos. Após o resgate, é comum ansiedade, vômitos,
alteração da consciência e respiração ofegante. Pacientes podem ter
insuficiência respiratória com taquipneia, contrações intercostais ou
cianose. Às vezes, os sintomas respiratórios são prolongados até
diversas horas após submersão. Pacientes podem apresentar sintomas
decorrentes de lesões ou exacerbação de doenças subjacentes.

Diagnóstico
 Avaliação clínica
 Para lesões concomitantes, exames de imagem conforme indicado
 Oximetria de pulso e, se os resultados forem anormais ou se os
sinais e sintomas respiratórios estiverem presentes,
hemogasometria e radiografia do tórax
 Temperatura central medida para excluir hipotermia
 Avaliação dos distúrbios causadores ou contribuintes (p. ex.,
hipoglicemia, infarto do miocárdio, intoxicação, lesão)
 Monitoramento contínuo, como indicado para complicações
respiratórias retardadas

A maioria das pessoas é encontrada perto ou dentro da água, o que


torna o diagnóstico clinicamente óbvio. A reanimação, se indicada, deve
preceder a conclusão da avaliação diagnóstica. Ao se considerar a lesão
da coluna cervical, esta deve ser imobilizada em pacientes que têm
alteração da consciência ou naqueles cujo mecanismo do dano envolve
mergulho ou trauma. Lesão secundária da cabeça e condições que
podem ter contribuído para o afogamento (p. ex., hipoglicemia, IM,
derrame, intoxicação, arritmia) são consideradas.
Prognóstico
Fatores que aumentam a probabilidade de sobreviver à submersão sem
danos permanente são:

 Submersão rápida
 Temperatura mais fria da água
 Idade mais jovem
 Ausência de condições médicas subjacentes, trauma secundário e
aspiração de partículas de substâncias químicas
 Reanimação iniciada o mais rapidamente possível (mais
importante)

A sobrevivência pode ser possível em submersão em água fria com > 1 h


de duração, especialmente entre crianças; portanto, mesmo pacientes
em submersão prolongada são vigorosamente ressuscitados.

Reanimação após afogamento


Se o paciente estiver apneico, o resgate respiratório é iniciado
imediatamente na água, se necessário. Se for necessária imobilização da
coluna espinal, esta deve ser feita em posição neutra, e o resgate
respiratório deve ser feito empurrando-se a mandíbula sem inclinar a
cabeça ou levantar o queixo. O serviço de emergência médica é
chamado. Se o paciente não responder à respiração de resgate, iniciam-
se compressões cardíacas seguidas por suportes cardíacos de vida
avançados. Embora as diretrizes de 2010 da American Heart Association
para RCP recomendassem compressões torácicas como o primeiro
passo na reanimação dos pacientes com parada cardíaca, o afogamento
é uma exceção a essa recomendação. Evitar tentativas de remover a
água dos pulmões porque atrasam a ventilação e aumentam o risco de
vômitos. Oxigenação e/ou intubação endotraqueal são realizadas o
quanto antes. Pacientes com hipotermia são aquecidos tão logo quanto
possível. Medidas de tratamento imediato podem incluir remoção das
roupas, secagem e isolamento.

Atendimento hospitalar para pacientes com sintomas de


afogamento
Todos os pacientes com hipóxia ou moderadamente assintomáticos são
hospitalizados. No hospital, continuam os tratamentos de suporte, com
objetivo primário de adquirir níveis arteriais aceitáveis de O2 e CO2.
A ventilação mecânica pode ser necessária. Inicialmente, são
administrados 100% de O2; a titulação da concentração é baixa, com
base nos resultados da hemogasometria. Costuma ser
necessária pressão positiva final expiratória para auxiliar a expansão ou
manter a desobstrução dos alvéolos, a fim de manter a ventilação
adequada. Suporte pulmonar pode ser necessário durante horas ou dias.
Se não for possível fornecer uma oxigenação adequada, apesar da
otimização das configurações do respirador, pode-se considerar a
oxigenação por membrana extracorpórea. Beta2-agonistas nebulizados
podem auxiliar na redução do broncospasmo e dos sons sibilantes.
Pacientes com pneumonia bacteriana são tratados com antibióticos
direcionados aos organismos identificados ou suspeitos com base em
resultados em testes de escarro e/ou culturas de sangue. Corticoides não
são usados. Monitora-se a temperatura corporal central, tratando a
hipotermia.

Raramente são necessários líquidos ou eletrólitos para corrigir


desequilíbrios eletrolíticos significantes. Restrição a líquidos raramente é
indicada, a menos que ocorra edema cerebral ou pulmonar. Lesões e
distúrbios concomitantes (p. ex., lesão cerebral ou cervical,
envenenamento por monóxido de carbono) podem necessitar de
tratamento.

Assistência de Enfermagem
Pré Hospitalar:
Varia com o grau de afogamento da vítima:
 Grau 1: Repouso e aquecimento da vítima, sem necessidade de
hospitalização ou oxigenoterapia;
 Grau 2: Oxigenoterapia à (5L/min), aquecimento e observação
hospitalar de 6 à 24h;
 Grau 3: Oxigenoterapia (15L/min) no local, manter paciente em DL,
internação em UTI;
 Grau 4: Mesmo do 3. Paciente pode sofrer parada respiratória,
necessário infundir líquidos;
 Grau 5: Iniciar ventilação boca a boca, ao retornar respiração,
realizar procedimentos do grau 4;
 Grau 6: RCP (2 vent/ 15 comp), após RCP bem sucedida protocolo
do grau 4
Hospitalar
 Grau 1:
 Oxigenoterapia à altas concentrações;
 Observação durante 24 horas;
 Monitorar SSVV;
 Administrar Bicarbonato IV, conforme prescrição.
 Grau 2:
 Avaliar estado neurológico (2 hrs);
 Internação em UTI;
 Avaliar se há sinais de hipotermia;
 Realizar Hemograma;
 Realizar controle hídrico;
 Oxigenoterapia à 50%;
 VMNI -> CPAB;
 VMI;
 Paciente hipotenso.
 Grau 3:
 Intubação endotraquel à 100%;
 Monitoramento cardíaco;
 Sinais de Hiperventilação.
 Grau 4:
 Avaliar temperatura corporal central -> Possibilidade de
desfibrilação e antiarrítmicos;
 Grau 5 e 6:
 Proceder igual ao Grau 4.

PREVENÇÃO
Praias:
Nade sempre perto de um salva-vidas;
Pergunte ao salva-vidas quais são os locais seguros para nadar;
Não superistime a sua capacidade de nadar;
Cuide sempre de suas crianças;
Evite ingestão de alcóol e de refeições pesadas antes de nadar, etc.
Residências:
É nescessário a supervisão de um adulto, observando cuidadosamente
as crianças;
Nunca deixe uma criança sozinha perto de uma piscina, ou ao redor de
uma fonte de água como uma banheiro ou balde;
Instale uma cerca (1,2 m) ao redor da piscina com um portão automático;
Não permita que as crianças usem bolas de braço ou outros
equipamentos cheios de ar;
Evite binquedos que atraiam as crianças para perto de piscinas, etc.

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