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Resumo
Os desafios com os quais as escolas têm se deparado na atualidade exigem dos professores e
pesquisadores uma busca constante de diálogo entre várias áreas de atuação profissional, na
tentativa de, ampliando seus limites, contribuírem para a superação dos problemas da
contemporaneidade. Um desses desafios é que, apesar dos programas e projetos pedagógicos
elaborados a partir de iniciativas públicas ou privadas, observasse a persistência do fenômeno
do fracasso na alfabetização de um grupo de alunos. Além dos vários fatores que interagem e
interferem para tal situação, constatasse que uma grande parcela de alunos que não se
alfabetizam apresenta algum tipo de impasse com relação ao registro oral ou escrito do seu
próprio nome. Compreender a relação existente entre o processo de alfabetização, o nome
próprio e a subjetividade do sujeito que o porta se constituiu objeto de pesquisa de mestrado
desta autora. Nesse sentido, este texto pretende apresentar um diálogo entre as produções
acadêmicas sobre o nome próprio nas áreas da Educação e Psicanálise, as perspectivas
apontadas por professoras alfabetizadoras no uso do nome próprio no processo de
alfabetização e o que os alunos tem a dize sobre seus impasses para se alfabetizar. Na
Educação, a referência será as produções sobre a Psicogênese da Língua Escrita, ou seja,
como ocorre o processo de aquisição da mesma pela criança e, na Psicanálise, aquelas que
investigam a constituição psíquica do sujeito e sua relação com o nome próprio. Os dizeres
dos alunos foram escutados, a partir da utilização do diagnóstico clínico-pedagógico, de
inspiração psicanalítica. A hipótese que orientou a pesquisa-intervenção e foi confirmada é
que o processo de aquisição da base alfabética, por meio do reconhecimento do nome próprio,
pode repercutir sobre a subjetividade de alguns alunos.
1
Mestre em Educação pela FaE/UFMG, Professora da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, membro
do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Psicanálise e Educação-NIPSE/FaE/UFMG. Realiza estudos sobre as
dificuldades do processo de alfabetização, principalmente aquelas relacionadas as questões de inibição
intelectual. E-mail: marlenem@pbh.gov.br.
ISSN 2176-1396
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Introdução
Desenvolvimento
Quando se trata de dizer algo sobre a escrita a uma criança, a primeiras informações
dizem respeito ao seu nome, independentemente do processo que ela esteja vivenciando.
Incentiva-se a criança a identificar as letras do seu nome e aprender a escrevê-lo. Isto não é
sem razão, pois é o nome que a representa civil e socialmente. Através do nome e sobrenome
ela se diferencia de outras pessoas ou se identifica a elas, iniciando seu processo de
pertencimento a grupos sociais e lugares (CIAMPA, 1994).
Segundo Bosco (2005), o patromínio, como suplemento ao nome será imposto ao
sujeito pela herança familiar e, no caso específico da assinatura, esta se constituirá no empenho
de um sujeito em seu próprio nome, por escrito.
Mas como a criança constrói o registro do seu nome escrito?
Durante o processo de desenvolvimento da linguagem, a criança, na interação com o
meio, perceberá que as coisas e pessoas são identificadas através de uma palavra – o nome –,
o qual apresenta constâncias em sua forma sonora, facilitando a comunicação. Esse processo
inicia-se com os primeiros gestos utilizados pela criança para se comunicar, passando pelo ato
de brincar e de desenhar, construindo o que Vygotsky (1998) denomina de pré-história da
linguagem escrita. Dessa maneira, a criança irá perceber a necessidade e função da escrita, e
não somente aprenderá a escrever as letras.
À medida que a criança vai tendo acesso à língua escrita, ela começa a perceber que a
palavra falada, que nomeia as coisas, objetos e personalidades, também tem uma
representação gráfica. No início desse processo de construção da escrita, aprender a escrever
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seu nome significa, aos olhos dos pais e da escola, um primeiro grande triunfo da criança nas
letras (BOSCO, 2005).
Mas como o nome próprio se faz presente na escola?
O nome próprio tem por objetivo nos identificar e marcar nossas semelhanças e
diferenças com as demais pessoas. Entretanto, diferentemente do espaço familiar, onde a
criança é chamada de filho (a) ou por um apelido, na escola será, exclusivamente, tratada pelo
seu nome e por aluno.
A inserção da criança no espaço escolar é acompanhada de várias mudanças:
diferentes espaços, tempos, pessoas, atividades e relações. Essas mudanças interferem e
interagem com o momento de construção da escrita. Elas constituem novas identificações e
nomeações que não faziam parte do mundo da criança, por serem, exclusivamente,
constitutivas do espaço escolar. A criança terá que atribuir novos sentidos e significados aos
usos e funções da escrita, além de aprender a dominar sua tecnologia. Neste sentido, através
da função interativa e da constituição do conhecimento na/pela escrita, a alfabetização deverá
constituir-se em uma atividade discursiva, na qual a criança aprenderá a ouvir, a entender o
outro pela leitura e a falar, a dizer o que ela quer ou o que pensa, pela escrita (SMOLKA,
1993).
Uma das primeiras tentativas da criança, de usar a escrita para nomear as coisas e
pessoas, ocorre como se esta fosse muito mais um atributo ou uma marca, do que um símbolo
que as representa para, posteriormente, perceber que o conjunto de letras diz alguma coisa e
representa algo que, inclusive, pode estar ausente no momento de sua nomeação
(TEBEROSKY, 1993). Algumas crianças já chegam à escola com alguns conhecimentos do
sistema alfabético da escrita; porém, para outras, o espaço escolar será o lugar onde
aprenderão que os nomes das coisas e das pessoas, também têm uma forma escrita. No caso
da representação gráfica do nome, ou seja, a assinatura, esta revelar-se-á testemunho da
singularidade da criança e, a partir de atividades, ela descobrirá uma extensão de sua
identidade através da escrita, como também viverá o conflito na percepção de sua constituição
(BOSCO, 2005).
Inicialmente, na análise da interpretação e atribuição de significado realizada durante o
processo de construção da escrita do nome próprio pelas crianças, observa-se que estas
atribuem a cada parte a totalidade do nome, para, posteriormente, perceber que a escrita
representa o aspecto sonoro deste e, finalmente, passar a compreender as regras do sistema
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sem a construção da sua significação, pode colocar para alguns alunos, como no caso acima,
uma situação de conflito tal, que os paralise no processo de aquisição da língua. Nesse
sentido, a autora nos adverte sobre o uso de nomes caricaturizados como Lili, Dudu etc, pois
nenhum nome pode substituir o nome próprio, qualquer que seja sua dificuldade ortográfica.
Também nos alerta sobre a necessidade de a escola trabalhar a função social da escrita de
forma geral e do nome próprio, pois, ao contrário, estaria favorecendo algumas crianças que já
as construíram, deixando outras na penumbra inicial, uma vez que estas não sabem por não
terem tido a quem perguntar.
No caso da escrita do nome próprio, sua constituição passará primeiro pela
funcionalidade do mesmo, como identificatório de objetos que o sujeito possui ou pela autoria
de sua produção, uma vez que o nome “confere-lhe uma carga afetiva da presença do sujeito
no seu produto” (MOREIRA, 1991, p. 48). Posteriormente, é que a criança começará a se
deter a uma forma convencional para o registro do seu nome, a partir da escrita da professora.
Nesta perspectiva, a professora escreve para que no futuro não precise escrever; pois a criança
aprenderá a escrever em nome próprio.
No processo de aquisição da língua escrita, desconsiderar a significação e escrita
correta do nome próprio pode colocar alguns alunos, como no caso de CAROLYNE, diante
do seguinte impasse: estou diante de um nome errado ou de uma língua inacessível. Para esta
criança, optar por uma ou outra saída construirá uma ideia equivocada do que sejam os dois
conceitos: nome próprio e língua escrita, pois ambos não se separam, como se fossem frutos
de códigos distintos.
Segundo Silva (2008), algumas crianças atribuem o sentido que o nome próprio tem
para elas e toda sua carga emocional à forma de suas letras. Desta maneira, a autora afirma
que não é possível que as letras se apresentem como um objeto, permitindo que a criança faça
uso das mesmas na construção de outras palavras.
reconhecer no nome próprio, um estatuto singular, ligado a constituição subjetiva. Para tanto,
é preciso que consideremos que o nome próprio se refere à relação nome/pessoa, o que por si
só, já traz uma diferença desse sobre as demais palavras. Ele possibilita a diferenciação
simbólica de cada um dos membros de uma família, ao mesmo tempo em que assegura a
agregação simbólica de todos em um grupo (MARTINS, 1991).
Segundo Bosco, um sujeito ao dar um nome a uma criança, abre um lugar para esta na
cadeia significante, permitindo que ela seja contada como mais uma, pois, sem o nome não há
sujeito no campo do Outro2. A criança depende do significante que vem do Outro, para poder
se significar e ser significada como sujeito, o qual confere valores simbólicos as suas
manifestações (BOSCO, 2005).
Nesse sentido, a função primeira do nome próprio é dizer de uma nomeação,
evidenciada por uma rede de relações, que atravessa tanto quem nomeia, quanto quem é
nomeado, não sendo possível reduzir o nome próprio a um referente identificatório do cidadão
na sociedade. Nessa rede de relações há uma historicidade que apresenta o sujeito como sendo
único e distinto dos demais. Neste sentido, o nome próprio, enquanto significante, seria uma
palavra que presentificaria o lugar do sujeito, no momento em que ele se identificar ou for
identificado em nome próprio.
No seminário IX, “ La identificacion”, Lacan chama a atenção dos psicanalistas sobre
o nome de seus pacientes, pois segundo o autor algumas dissimulações ou apagamentos do
nome próprio, podem ocultar as relações que o sujeito põe em jogo com o outro (1962). Tal
fenômeno também pode ser observado quando as crianças, ao escreverem seu próprio nome,
omitem, invertem ou trocam as letras de posição ou por outras. Silva (2008) relata que, não
raras às vezes, as crianças justificam tal fenômeno convocando algo da relação parental.
Outro aspecto suscitado por Lacan, é que o nome próprio seria um significante sigla,
que apontaria para a condição do sujeito como “servo” da linguagem e mais precisamente da
letra, pois seria nesta e não no fonema, que o nome próprio se constituiria. Nesse sentido, o
nome próprio, assim como a letra, seria um significante puro, por não possuir sentido próprio,
necessitando do processo de significação de cada sujeito (LACAN, 1962). Esse processo de
significação será permeado por toda uma repetição de traços de identificações que podem
encontrar no nome próprio, seu significante primordial.
2
Segundo Lacan (1962), o Outro com letra maiúscula não é um sujeito, é um lugar no qual se esforça – diz Aristóteles – por
transferir o saber do sujeito. [...] O Outro é o depositário representativo desta suposição de saber e é isto o que chamamos
inconsciente, na medida em que o sujeito se perdeu, ele mesmo, nesta suposição de saber (1962, p. 7)
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O nome próprio nem sempre obteve o mesmo uso entre os homens. Antigamente e
ainda hoje, em algumas regiões, o nome servia como referência para se saber sobre a origem
de alguém. Às vezes, uma pessoa era mais conhecida pelo seu sobrenome, do que pelo nome.
Atualmente, na maioria das grandes cidades, a pessoa é conhecida pelo seu nome e/ou
apelido. Porém, para os sistemas estatísticos e administrativos, essa será reconhecida pelo
nome completo e pelo número dos seus documentos pessoais.
O antropólogo João de Pina Cabral, em palestra proferida na FaE/UFMG (2007) 3,
sobre como e por quê um nome e sobrenome é escolhido por e para alguém, aponta que estes
têm a tendência de perpetuar um traço da família, homenagear alguém e, entre outros motivos,
até mesmo responder a mudanças políticas de uma época, como no caso dos escravos, quando
ao passarem a ter o direito de um sobrenome, adotam o do antigo senhor de engenho, uma vez
que já eram nomeados de escravo de fulano de tal.
3
Palestra proferida sob o título: “Em nome do pai: mãe e nomes no Baixo Sul (Bahia,Brasil)” na disciplina
Quarta na Pós do Programa de Pós-Graduação.
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Enquanto 99% das alfabetizadoras pesquisadas por Silva trabalham o reconhecimento das
letras do nome, somente 65% trabalham com o nome próprio e sobrenome. Destas, 55%
utilizam a certidão de nascimento como referência para o trabalho com o nome próprio. É
interessante observarmos estes dados, pois apesar de a maioria das professoras alfabetizadoras
trabalharem com o nome próprio, pouco mais da metade é que utiliza a certidão de
nascimento, sendo que esta é que se constitui como portador do texto “nome próprio”,
inserindo o sujeito no campo simbólico, na lei social.
Se considerarmos que o nome próprio apresenta uma dupla função: a de objeto
enquanto código a ser adquirido e de nomeação e significação de um sujeito, podemos
constatar que talvez esteja ocorrendo um desequilíbrio, quanto ao trabalho destas duas
funções, durante o processo de alfabetização. Para tanto, seria importante verificarmos se as
professoras alfabetizadoras têm conhecimento da necessidade de se trabalhar essa dupla
função do nome próprio.
Durante a entrevista citada, várias alfabetizadoras observaram que alguns alunos que
não conseguem se alfabetizar, apresentam dificuldades na escrita e/ou leitura do nome
próprio, porém sem conseguirem avaliar o porquê deste fenômeno. As mesmas nos dão
algumas pistas, quando respondem sobre as reações dos alunos diante de atividades com o uso
do nome próprio e/ou descrevem algumas situações interessantes. Segundo 91% das
alfabetizadoras, os alunos gostam de escrever seu nome, porém, 35% apontam que há alunos
que somente escrevem parte do nome, mesmo com orientação para escreverem de forma
completa, com o sobrenome. Há ainda, 15% das entrevistadas que apontam que há alunos que
se angustiam diante da a escrita do próprio nome. Com relação a essas situações de angústia,
algumas alfabetizadoras apresentaram relatos de fenômenos interessantes, durante o processo
de alfabetização, envolvendo o nome próprio. Segundo elas, há alunos que só gostam de ser
chamados pelo apelido, outros que não sabem escrever seu próprio nome e ainda há aqueles
que se recusam a escrever parte do seu nome.
O nome próprio é um fator de grande relevância para a maioria dos alunos no processo
de alfabetização, porém não quer dizer que este tenha o mesmo significado para todos, pois,
segundo os dados e as situações apresentadas, há uma parcela significativa de alunos que
apresentam algum tipo de impasse, com relação ao reconhecimento e escrita do nome próprio.
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dificuldade.
Acreditando que o dizer dos alunos sobre seus impasses na realização das atividades
de escrita poderia elucidar algo da dificuldade em se alfabetizarem é que foi possível observar
a relação da alfabetização com a escrita do nome próprio, uma vez que apresentavam seus
conflitos entre às informações que tinham sobre seu nome, seus sentimentos com relação ao
par parental e as informações que recebiam sobre a base alfabética da língua escrita.
“Meu nome não é esse, porque eles colocou errado” (2008, p. 83).
aluna retificar sua ideia inicial de que fazia tudo errado. Entretanto, será na escrita do seu
nome próprio que a aluna apresentará seu impasse com a língua escrita.
A escolha do nome da aluna apresenta o impasse do par parental - mãe e pai – no
processo de nomeação da mesma (quadro 2). A mãe, diante do seu desejo não satisfeito,
anuncia para sua filha que seu nome é errado. Tal afirmação se reforça, devido à aluna não ter
consciência da possibilidade de um grafema poder representar mais de um fonema.
Quadro 1 – Escrita com intervenção da pesquisadora
A – É.
Fonte: Silva (2008, p. 83)
Durante a leitura da certidão de nascimento a aluna faz novas descobertas, como a data
de seu nascimento. Porém, diante da leitura do nome de sua mãe, é que descobre que, assim
como o seu, o nome dela também é composto pelo fonema [i], representado pelo grafema /Y/
“Layde”. Esta constatação lhe apresenta um impasse: meu nome e de minha mãe estão errados
ou ela errou e a escrita do meu nome está correta? Felizmente, a aluna aceita as informações
conceituais apresentadas pela pesquisadora, destituindo o discurso de sua mãe que lhe a havia
paralisado diante do erro. A partir deste momento, a aluna passa a dizer de suas
aprendizagens: “Eu aprendi esta letra cursiva não tem um mês, porque lá em casa minha irmã
tá ensinando e lá na escola eu via os meninos, era minhas colegas, meus colegas aprendendo
com letra cursiva aí fui lá e consegui! ” (SILVA, 2008, p. 87).
Segundo suas professoras, Iasmin Carolyne está mais participativa, comunica suas
opiniões, sem medo de arriscar-se a dar uma resposta.
Em outras atividades, já reconhece os vários tipos de traçados de letra (cursiva,
imprensa maiúscula e minúscula) e lê o enunciado das atividades, afirmando que agora
resolveu ler. Com alegria e entusiasmo, relata que a professora do reforço já sabe que ela está
lendo e que ela disse que “Foi muito rápido! ”.
O diagnóstico clínico-pedagógico possibilitou identificar que os impasses de Iasmin
Carolyne são de ordem conceitual-pedagógica, porém, a falta de consciência fonológica com
relação à letra Y fez com que a aluna, diante do dizer de sua mãe, acreditasse que tinha um
nome errado. Em conseqüência, observa-se uma relação de causa e efeito, no dizer da aluna,
sobre sua capacidade de ler e escrever: “Meu nome está errado! ” e “Eu faço tudo errado! ”. A
pronúncia de seu nome, invertendo a posição das letras R e L: “Calorine”, que aparentemente
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poderia ser avaliado como um problema de fala, na realidade era uma manifestação
sintomática, frente ao impasse existente entre o desejo de seus pais. A saída encontrada pela
aluna foi não ser “Carolaine”, segundo o pai e nem “Caroline”, como queria a mãe, mas sim
“Calorine”.
Para esta aluna, a leitura da certidão de nascimento propiciou a confirmação de que
seu nome está correto, sendo escrito com a letra Y. A ideia de que o fonema [i] somente seria
representado pelo grafema /i/ é desmistificada pelo estatuto simbólico do documento, como
também pela constatação de que o nome de sua mãe, pronunciado com [i], também é escrito
com a letra Y, como o seu.
A possibilidade de falar sobre seus impasses com relação ao próprio nome e a escrita,
de maneira geral, proporcionou a Iasmin Carolyne pronunciar seu nome corretamente, não
inverter as letras R e L na pronúncia de outras palavras, além de (re) significar sua ideia de
fazer tudo errado. Ao comparar sua escrita com a da pesquisadora, a aluna pôde identificar em
que sua hipótese de escrita estava correta, lançando-se ao desafio de refletir sobre a relação
fonema/grafema, para avançar em sua produção escrita.
A superação da falta de informação conceitual-pedagógica, que lhe deixava capturada
ao discurso de sua mãe de que seu nome era errado, proporcionou a Iasmin Carolyne a
possibilidade de avançar no processo de escrever em nome próprio.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
BOSCO, Zelma. A errância da letra: o nome próprio na escrita da criança. 2005. 282f. Tese
(Doutorado) – UNICAMP, Campinas, 2005 Disponível em:
<http://libdigi.unicamp.br/document/list. Acesso em 02/05/2008>. Acesso em: 02 mai 2008.
LEITE, Claudia Aparecida de Oliveira. O Nome Próprio e sua Relação com o Inconsciente.
2004. 115f. Dissertação (Mestrado) – UNICAMP, Campinas, 2004 Disponível em:
<http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20042196233003017030P2>
Acesso em: 20 nov. 2007.
SANTIAGO, Ana Lydia. A inibição intelectual na psicanálise. Rio de janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2005.
SILVA, Marlene Maria Machado da Silva. Entre a letra e o nome: alfabetização de alunos
em situação de fracasso escolar a partir de intervenção de orientação psicanalítica. 2008. 174f.
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação/UFMG, Belo Horizonte, 2008 Disponível
em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/FAEC-85BNA5?show=full>. Acesso em: 08 dez.
2013.
12175
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: alfabetização como
processo discursivo. Coleção Passando a Limpo. 6.edição – São Paulo: Cortez, 1993.