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Estágio de Opção
Campinas
2021
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Estágio de Opção
Campinas
2021
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SUMÁRIO
Apresentação ……………………………………………………………...4
Introdução ………………………………………………………………...5
Método …………………………………………………………………….10
Cronograma ………………………………………………………………12
Referências ………………………………………………………………..18
Anexos …………………………………………………………………......21
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APRESENTAÇÃO
instituições ou na comunidade, articulando teoria e prática. Este, teve como base a observação
hospitalização.
INTRODUÇÃO
Psicologia Hospitalar
A Psicologia tem como objeto de estudo o homem, e dentro desse contexto, estuda-se a
profissão em 1962, mas ainda assim é considerada nova, por ter uma história ‘muito curta’,
(Souza, 2014). É um ramo que tem inúmeras divisões de acordo com o CBO (Classificação
etc. Cada uma delas com um foco diferenciado de estudo, isto é, alguns buscam entender o
infância à velhice (Souza, 2014). Existem diversas áreas as quais podem ser exploradas tais
É possível afirmar, de acordo com Carvalho et. al. (2011), o trabalho do psicólogo no
contexto hospitalar teve início no final da década dos anos oitenta a partir das Ações Integradas
hospitais que não eram psiquiátricos. (Maia et al., 2004) fazendo com que as possibilidades de
período marcado por inúmeros questionamentos acerca das tarefas desse profissional, as quais
precisavam ser definidas com clareza para orientar as práticas. De acordo com Santos e Jacó-
Vilela (2009), os psicólogos estavam diante de teorias e técnicas das abordagens psicológicas,
décadas de 1970, 1980 e 1990, foram implantados os Serviços de Psicologia Hospitalar, que se
Dessa forma, no geral, o Psicólogo irá atuar no Hospital dentro de uma equipe
multidisciplinar, o que implica a interação direta com todos os profissionais que atuam com os
indivíduo.
modelo biomédico impôs a técnica e especialidade como as diretrizes principais que atuam
sobre a “grande máquina” que eles acreditavam ser o corpo humano. Camargo (1997) destaca
contexto, segundo Chiattone (2000), vindo de encontro com a visão do ser humano como ser
Simonetti (2004), a ênfase da psicologia hospitalar não é a doença, mas qual a relação do
paciente com o sintoma, ou seja, qual o significado que o adoecimento tem para aquele
indivíduo.
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Além disso, de acordo com Estivalet (2000), o psicólogo irá buscar prestar apoio à
família do indivíduo, que também está passando por um momento de readaptação e sofrimento.
E ainda, a equipe multidisciplinar poderá solicitar atendimento e apoio, já que também passam
por constantes situações que possam gerar sofrimento e desconforto, visando promover a
humanização no ambiente hospitalar. Para que isso aconteça, diversas práticas são realizadas,
outros.
Comunicação
comunicação verbal falada. É por meio desta, que o profissional da psicologia consegue realizar
a escuta ativa, fornecer acolhimento e promover possíveis intervenções. Além disto, tal
saúde.
Estas, por sua vez, podem influenciar na dinâmica da comunicação com os profissionais de
saúde, em casos, por exemplo, de pacientes que perdem a capacidade de verbalização por
Sendo a comunicação um elemento fundamental para a vida humana, sua restrição afeta
a capacidade do paciente expressar as suas dificuldades, necessidades e garantir a sua
autonomia diante da hospitalização (Gusmão, 2012). Na UTI, muitos profissionais
envolvidos na assistência ao paciente impossibilitado da fala enfrentam dificuldades
para lidar com estes indivíduos, pois a ausência da fala traz novos desafios para o cuidar
(Inaba, Silva & Telles, 2005). Assim, a incapacidade para a comunicação é frustrante
não somente para o paciente e sua família, mas também para a equipe, pois esta percebe
a fala como o instrumento necessário para tornar o cuidado mais humanizado (Oliveira
et al., 2013 apud Ortiz et al., 2016).
Segundo pesquisa realizada por Dias, Resende e Diniz (2015 apud Ortiz et al., 2016), a
incapacidade de falar foi dada como importante fator causal de desconforto e estresse, em
pessoas internadas em UTIs. De acordo com os autores, os dez maiores geradores de estresse
nestes pacientes, foram citados como sendo: “sentir dor”, “estar incapacitado para exercer o
papel na família”, “estar aborrecido”, “não conseguir dormir”, “ter preocupações financeiras”,
“não ter controle sobre si mesmo”, “não conseguir se comunicar”, “ouvir pessoas falando sobre
você”, “medo de pegar AIDS” e “ver a família e amigos apenas por alguns minutos por dia”.
Além disso, Stefanelli (1993 apud Melles e Zago, 2001) aponta que: “a impossibilidade
da comunicação verbal oral pelo paciente dificulta o seu relacionamento com a equipe de saúde.
De acordo com Ortiz et al. (2016), alguns recursos podem ser utilizados para a
sinalizações, articulação dos lábios, toques), de instrumentos de apoio (como quadros, bilhetes,
reconhecimento e a utilização desses recursos pelo psicólogo intensivista são a ponte de acesso
MÉTODO
Instituição
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da família Corazzari. Deu início às suas atividades em 01 de maio de 1962, com intuito
através de uma instituição filantrópica, porém autossustentável e com grande valor para
instituição de saúde que tem a flexibilidade em atender todos os usuários dos serviços
particulares, Planos de Saúde, Operadoras de Saúde, entre outros. No decorrer dos anos,
vários momentos foram difíceis, mas sempre encontraram forças para a superação dos
obstáculos. No ano de 2013 a instituição fechou, e esteve fechada por mais de dois anos
RMC nos próximos cinco anos. Seus valores são: respeito ao usuário; aos profissionais;
Participantes
Materiais
Procedimentos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
dos conceitos e conteúdos que ao longo dos anos são aprendidos na teoria, como a comunicação
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ter na psique de um indivíduo bem como estas alterações psicológicas podem influenciar
aproximação do sujeito com ele mesmo (suas dores, emoções e afetos) a fim de evitar
de saúde, etc.
traqueostomia e lesão cerebral (AVC). O ferramental que tínhamos disponível para realizar a
especialmente aquele que se encontra internado na Unidade de Terapia Intensiva, pode não ser
capaz de formar palavras ou manter um discurso coerente, seja pelos efeitos das medicações
saúde, especialmente com a enfermagem. Como em um caso relatado por uma colega de
campo, no qual o paciente, impedido de falar e em contenção física, machucou sua orelha e
não saiba ler ou escrever, a prancha de formação de palavras se torna ineficiente e pode
de pranchas de comunicação (ANEXO 1), com diversas figuras e situações, de forma a torná-
las mais visuais e intuitivas, e um passo a passo de aplicação das pranchas, para orientação de
novos usuários. Para que, desta forma, a conversa com o paciente seja facilitada e seus
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bruna:
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bem como compreender a dinâmica da equipe multidisciplinar de saúde que atua em conjunto
com o Psicólogo.
conseguir a criação de vínculo com a equipe, bem como aprender a lidar com os mais variados
relatos que encontrou durante os atendimentos realizados. Além disso, a estagiária (Bruna) teve
como obstáculo compreender as anotações feitas pelos demais estagiários, já que eram muitos
acompanhamento.
Maria Isabel:
certezas, antes não muito claras: a primeira, sendo a importância da psicologia para o
internação por questões psicossomáticas, e a segunda, é que concluí que essa, definitivamente,
doença, de dor, de sofrimento e de morte. Aliás, a morte é o elemento mais presente, em sua
forma literal e não-literal. E é através dela e de todos os lutos que permeiam os corredores frios
e os choros contidos dos pacientes, que a nossa atuação faz presença de vida. Nós inserimos a
não apenas o que o paciente, a família e os profissionais da saúde trazem, mas além disso, é
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ouvir e acolher as dores que atravessam o indivíduo, quando seu inconsciente acha uma brecha
Um dia passei em frente a um leito vazio, uma paciente que a nossa equipe de
estagiários atendeu e fez o acolhimento da família, havia falecido algumas horas antes. Naquele
momento senti brevemente a impotência de me deparar com a morte e não poder lutar contra
ela, e qual era o meu papel ali, no vazio do leito. Em um movimento de reflexão, entendi que
meu papel era justamente aquele, reconhecer o vazio, mas não em sua forma pura, reconhecer
que aquele lugar foi ocupado por alguém. Uma pessoa que viveu uma vida, que sentiu diversas
Reconhecer essas ausências e o que elas mobilizam em nós e nos outros, também faz
parte da nossa atuação. E são dessas riquezas, que os corredores, nem tão frios assim, do
REFERÊNCIAS
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Camargo JR, K R. 1997. A Biomedicina. In: Physis. Revista de Saúde Coletiva. Rio de
Carvalho, D.B., Souza, L.M.R, Rosa, L.S, Gomes, M.L.C. (2011) Como se escreve, no Brasil,
de Janeiro, v. 11 n. 3 p. 1005-1026.
Camon. V. A. (org). Psicologia da saúde: um novo significado para prática clínica. São
Paulo: Pioneira.
intensiva: comparação entre unidade coronariana e pós-operatória geral. Rev. Bras. Ter.
2016: http://www.redepsi.com.br/2012/05/08/psicologia-intensiva-nova-especialidade/
Inaba, L. C., Silva, M. J. P. & Telles, S. C. R. (2005). Paciente crítico e comunicação: visão de
familiares sobre sua adequação pela equipe de enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP,
39(4):423-9.
19
Lucchesi, F., Macedo, P. C. M., & Marco, M. A. (2008). Saúde mental na unidade de terapia
Maia, E.M.C., Silva, N.G., Martins, R.R., Sebastiani, R.W. (2005) Psicologia da Saúde-
Oliveira, N. E. S., Oliveira, L. M. A. C., Lucchese, R.; Alvarenga, G. C. & Brasil, V. V. (2013).
Ortiz, B. R. A., Giguer, F. F., & Grzybowski, L. S. (2016). Pacientes com limitação na
Cacoal, RO.
Stefanelli, M. C. (1993). Comunicação com paciente: teoria e ensino. 2. ed. São Paulo: Robe.
Victorino, A. B. et al. (2007). Como comunicar más notícias: revisão bibliográfica. Revista da
ANEXOS
CIENTE E DE ACORDO:
____/____/____
____________________________
ANEXOS
Pranchas de Comunicação
1.
22
2.
3.
23
4.
5.
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6.
2. Relatórios Semanais
A estagiária chegou no local, onde conversou com a equipe de enfermagem para apresentar-se
e reconhecer o hospital, bem como as áreas que não seriam permitidos os atendimentos. A enfermeira
responsável mostrou todas as áreas e onde se localiza a sala de Psicologia. Posteriormente, a estagiária
verificou os casos que haviam sido atendidos ao longo da semana e os recados deixados no livro.
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uma cirurgia vascular. O paciente apresentou-se estável, comunicativo, orientado e consciente de seu
estado de saúde. Relatou sentir medo e uma forte angústia de sofrer uma amputação em seu pé, já que
estava internado devido à uma forte infecção e por possuir um fator de risco (diabetes). Além disso,
este relatou sentir-se ansioso por voltar ao trabalho, pois ele é o provedor da família não somente
Ao ser hospitalizado, o paciente passa por diversas mudanças em seu dia-a-dia e passa a ser
privado de exercer suas funções normalmente no âmbito profissional, acadêmico, familiar, dentre outros
pontos. De acordo com Delfini et al (2009) “[...] de 50% a 80% dos pacientes ambulatoriais e de 30%
a 60% dos pacientes internados em hospitais gerais sofrem de algum distúrbio psiquiátrico, sendo que
O paciente relatou ainda sentir-se muito sozinho nesse momento de internação, principalmente
com a pandemia, já que ninguém pode visita-lo, apenas sua esposa que vai ao hospital para auxiliá-lo
com o banho e alimentação e em seguida, já retorna á sua casa. Contou que sempre é o apoio de toda a
família, seja nas situações ruins ou boas, mas que neste momento, não está sentindo o apoio da família
por ele e portanto, agravando sua ansiedade. A estagiária ofereceu a escuta e acolhimento quanto à
Referências bibliográficas
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Dinâmica familiar
A estagiária chegou no local, verificou os casos que haviam sido atendidos ao longo da semana
Ao verificar o sistema, a estagiária localizou o caso da paciente, 3 anos, internada devido à uma
infecção renal. A paciente estava dormindo no momento em que a estagiária entrou no quarto e o
atendimento foi realizado com o acompanhante familiar (pai). Este, apresentou-se comunicativo, um
pouco apreensivo quanto à alta da filha, já que devido à infecção, ela estava tendo febre alta e a alta
hospitalar só seria dada se a febre deixasse de se manifestar, contudo, apresentou boas perspectivas de
melhora da filha.
família, uma vez que foi necessária a reorganização em virtude do adoecimento da filha. Segundo
outro é tão intensa que alguns interrompem a cotidianidade de sua vida para realizar o processo de
acompanhamento”
Foi realizado o acolhimento da demanda do acompanhante e este trouxe ainda que devido à esta
reorganização, ele e a mãe da criança necessitaram se dividir a fim de que um fique no hospital com
uma filha internada e o outro permaneça em casa com a outra filha, que também é menor de idade.
Relatou que ambos estão cansados de vivenciar a rotina de hospital e esperam ir para casa o quanto
disposição.
Referências bibliográficas
Negação
Referências bibliográficas
Kübler-Ross, E. (2002). Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para
ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. São Paulo: Martins Fontes
Título: Angústia
Maria Isabel Nery). Paciente, 70 anos, sexo feminino, inicialmente com HQ de Covid-19,
medo, sendo este segundo, o mais recorrente devido à visualização constante que tinha do
utilização da prancha letrada, porém a paciente não conseguiu formar palavras naquele
momento.
Além disso, foi informado pela equipe de enfermagem, que a paciente permanecia
Articulação teórica
Acerca da comunicação com pacientes inibidos da fala, Gomes et al. (2016) elenca os
o atendimento (Gaspar et al., 2015). A presença da família também faz parte da estratégia que
de uma assistência com qualidade e educação em saúde de maneira precoce (Alves, 2008).”
É importante pontuar que a presença da família, neste caso da paciente, seria essencial
A escolha da estratégia mais adequada a cada paciente é uma habilidade alcançada com a
prática profissional, envolve desde gestos; escrita, desde que o paciente seja alfabetizado ou
que tenha o hábito de escrever; leitura labial; lousa mágica e cartões ilustrativos, onde para
sentido, a adoção de recursos como gestos e comunicação escrita, somada a presença dos
Referências Bibliográficas
Batty S. Communication, swallowing and feeding in the intensive care unit patient. British
Gaspar MRF, Massi GAA, Gonçalves CGO, Willig MH. A equipe de enfermagem e a
Gomes, Regina Helena Senff et al. A comunicação do paciente traqueostomizado: uma revisão
integrativa. Revista CEFAC [online]. 2016, v. 18, n. 5 [Acessado 27 Maio 2021] , pp.
atendimento, que foi realizado com ambos, foi possível identificar, sentimentos angústia e
ansiedade por parte da paciente de receber a alta hospitalar, contudo, também sentimentos de
medo de sofrer uma nova ocorrência e ter que ser internada novamente. Neste sentido, Marra
et al. (1989), “O momento da alta costuma trazer ao paciente sentimentos ambíguos, satisfação
e medo . Satisfação por estar se recuperando e poder voltar para a casa e medo por sentir-se
O filho relatou que esta encontra-se internada há mais de 30 dias, tendo passado um
período na UTI. Sobre este período, a paciente traz á tona memórias de desconforto, solidão e
angústia por ser um ambiente com casos de maiores complicações. A paciente finalizou o
atendimento relatando, novamente, que gostaria de ir para sua casa o quanto antes, voltar para
seu dia-a-dia pois já não aguentava a rotina hospitalar. Além disso, contou que não vê a hora
de poder alimentar-se pela boca, já que esta encontrava-se alimentando somente através da
sonda nasogástrica.
Referências Bibliográficas
Maria Isabel Nery). Paciente, 70 anos, sexo masculino, inicialmente internado devido à uma
realizado com a esposa e a neta que o acompanhavam nesse momento. A neta relatou que tem
sido um período muito intenso para toda a família, já que há alguns meses está nesse ciclo de
entrar e sair do hospital. A esposa relatou sentir dificuldades para lidar com este momento, uma
vez que a todo instante, ele chama por seu nome. Além disso, a família gostaria de visitá-lo,
porém só permitiram duas visitas por vez (contando com a esposa que permanece no hospital).
É importante ressaltar que a equipe de enfermagem nos informou que neste caso, trata-
perceberam que a família aparenta não estar tão ciente do quadro atual, possivelmente pela
forma como foi dada a notícia pelo médico, pois a esposa relatou que o médico (responsável
pelo caso) já havia descartado a hemodiálise, devido à sua idade e resistência, e lhe disse para
apenas lhe dar carinho, isto é, não noticiando de forma efetiva sobre a terminalidade do
paciente.
Articulação teórica
Com o passar dos anos, muito se tem incrementado no que diz respeito à tecnologia e à
necessário aprender a lidar com as perdas (Santana et al., 2009). Ainda segundo os mesmos
autores: “Cuidar de indivíduos com doenças terminais e seus familiares é uma atividade ou um
de vida do paciente sem possibilidades de cura e dos seus familiares, por meio de avaliação
correta e de tratamento adequados para o alívio da dor e dos sintomas decorrentes da fase
estágios, desde o diagnóstico de uma doença incurável até o período de luto da família” (p.
2524).
Sobre o noticiar da terminalidade e morte dos pacientes Monteiro et al. (2016) traz que:
contato com os seus processos de morte e finitude (Kovàcs, 2010; 2011). Estes se
angustiam por ter que salvar a vida do paciente a todo custo, por ter que tomar decisões
impotentes e com dificuldades para abordar familiares, que fazem perguntas constantes
Referências Bibliográficas
Santana, J. C. B., et al (2009). Cuidados paliativos aos pacientes terminais: percepção da equipe
Paciente, 62 anos, sexo masculino, internado devido à IRA (Insuficiência Renal Aguda)
identificar, sentimentos angústia e ansiedade por parte do paciente por não saber ao certo qual
seria o seu prognóstico. O paciente relatou que se sentia desconfortável quanto à quantidade
alta de profissionais que entravam e saiam do quarto, sempre questionando qual seu
diagnóstico, aparentando não saber muito bem o que estava acontecendo, trazendo-o ainda uma
maior insegurança de estar no hospital pela falta de comunicação. Neste sentido, Silva et al.
“Os problemas de comunicação que podem gerar atos inseguros pertencem a três
categorias: falhas no sistema em que o canal de comunicação não existe, não está funcionando
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comunicação existe, mas a informação não é transmitida; falhas na recepção, quando o canal
O paciente relatou ainda que foi repassado a informação que não poderia haver nenhum
acompanhante nos quartos, devido ao COVID-19, mas o paciente do leito ao lado, estava com
um acompanhante o dia todo e que não compreendia quais eram os requisitos para ter um
familiar ou não.
Referências Bibliográficas
Título: Incertezas
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Paciente, 80 anos, sexo feminino, internada devido à alta de Diabetes. Esta, encontrava-
se no leito, dormindo. O atendimento foi realizado com a acompanhante (filha) e, foi possível
Nesse sentido, Andrade et al. (2013), afirma que: “[...] os cuidados paliativos
melhorar a qualidade de vida do paciente sem possibilidades de cura e dos seus familiares, por
meio de avaliação correta e de tratamento adequados para o alívio da dor e dos sintomas
espiritual, em todos os estágios, desde o diagnóstico de uma doença incurável até o período de
A acompanhante relatou ainda que a família estava angustiada por não receber notícias
e que o hospital estava sendo muito solícito no atendimento à paciente e à família. A estagiária
Referências Bibliográficas
Paciente, 64 anos, sexo feminino, internada devido à cirrose hepática. Esta, encontrava-
acompanhante (filha) e, foi possível identificar, sentimentos angústia e ansiedade por parte da
paciente, que relatou ter o desejo de ter alta o quanto antes, contudo, a filha aparentou estar
tranquila quanto ao diagnóstico e tratamento da mãe, já que não havia nenhum indício de
Título: Integração
Marcio Cortelo (responsável pelo estágio no hospital), com a Enfermeira Renata Souza e o
Norma Regulamentadora 32, que busca estabelecer as diretrizes básicas para a implementação
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Este,
centrado no paciente, relatando todas as áreas envolvidos neste cuidado, inclusive o serviço de
Psicologia. Além disso, esta explicou sobre todos os setores que o Hospital possui (UTI, Clínica
Médica, Clínica Cirúrgica, Maternidade, etc). Após, a integração foi finalizada com a retirada