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Ritual de Umbanda os Cultos à natureza

Por Pai Pedro de Ogum

Ritual de Umbanda

Ritualística de Umbanda é bastante vasta, e vem sendo passada de pai para filho
dentro da religião mas, principalmente, vem sendo moldada pela orientação de
nossos mentores espirituais. O principal objectivo é, sem dúvida, a caridade através
dos atendimentos realizados por estes mesmos mentores.

Através da incorporação mediúnica, Entidades Espirituais muito mais evoluídas do


que nós encarnados, vêm prestar uma espécie de socorro às pessoas que recorrem à
Umbanda.

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A forma que realizam-se estes rituais difere um pouco de um templo para outro,
justamente pelo facto de que cada casa possui seus fundamentos próprios passados
pelos seus mentores espirituais mas, em síntese, ocorrem os mesmos preceitos.

O Terreiro é dividido em duas partes: o Congá, onde ficam os médiuns que irão
trabalhar incorporados juntamente com os que irão auxiliar como cambonos e a
Assistência, onde se acomodam as pessoas que vêm em busca deste atendimento.

A ritualística de abertura de uma Gira de Umbanda é basicamente composta de


danças para os Orixás, cantos de melodias, chamadas por nós de Pontos cantados,
defumações com ervas especiais e orações.

Ou seja, dentro da ritualística umbandista também vê-se com clareza a mistura que
compõem esta maravilhosa religião. Os atabaques e outros instrumentos musicais
comuns nos cultos aos Orixás somam-se à práticas mais familiares aos cultos
católicos. No culto aos Orixás sempre predomina, em muitos casos o Padê para o
Orixá Exú, que precede todas as giras, e isso é fundamento herdado do Candomblé,
e tem efeito prático no resultado das secções.
Veja continuação na próxima página

Este Padê consiste em cantar pontos para Exú e em seguida levar uma oferenda
(ebó) até a canjira, que é o assentamento do Orixá na casa e fica do lado de fora do
terreiro. Na prática, este ritual é um pedido para que Exú cuide da porteira e evite
assim intromissões de espíritos menos evoluídos no trabalho, o chamado
"descarrego".

Após estas louvações, rezas e pedidos, se chama em terra a Entidade Chefe do


Terreiro, que irá incorporar no Zelador de Santo, ou coordenador ou Dirigente do
terreiro. Para tanto são entoadas cantigas (Pontos) especiais e próprias da Entidade
que virá trabalhar neste dia.

O Guia Chefe, depois de realizar os rituais de segurança da Gira, chama os médiuns


já desenvolvidos que irão receber as Entidades que irão prestar o atendimento a
assistência.

Este atendimento é feito individualmente, os Guias de Luz passam orientações,


receitas de banhos com ervas e dão o tradicional "passe mediúnico", que é o
momento onde as Entidades realizam as magias que resolvem os problemas daquela
pessoa assistida.

São realizados diversos rituais nesta hora mas, acima de tudo, estas Entidades
confortam as pessoas com seu modo carinhoso e humilde.

Existem, é claro, muitos fundamentos que envolvem a preparação de uma gira de


Umbanda, mas esse não é nosso objetivo, mas sim apenas divulgar e difundir nossa
cultura. Fica a mensagem que encontramos em um destes pontos cantados que diz:
A UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR.

Conheça mais sobre a Umbanda.

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