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Duração: 3h
Calendarização: 2ª feira, 11 de janeiro de 2021, 18:45-21:45;
Local: Plataforma TEAMS
Formadora: Isabel Cristina Pereira
PLANO DA TRABALHO
1. Apresentação do projeto MAIA: objetivos, relevância,
enquadramento, âmbito, operacionalização, intervenientes
2. Natureza e fundamentos da avaliação.
3. Avaliação pedagógica.
4. Critérios de avaliação pedagógica.
5. Grelhas criteriais/rubricas.
6. Feedback: natureza, distribuição e utilização pelos professores.
1. Apresentação do Projeto MAIA
Desenvolver conceções
de avaliação como
processo pedagógico Melhorar as
para apoiar as aprendizagens
aprendizagens e o
ensino
(Continuar a) melhorar
as aprendizagens das
crianças e jovens
Induzir novas e portugueses
inovadoras dinâmicas
pedagógicas, didáticas
e organizativas
4
ENQUADRAMENTO
Instrumentos e técnicas de
recolha de informação • Como recolher a informação?
. Criterial – as aprendizagens dos alunos são analisadas . Criterial – as aprendizagens dos alunos são analisadas
segundo critérios definidos previamente; segundo critérios definidos previamente;
. Ipsativa – compara o aluno consigo mesmo, . Normativa – compara as aprendizagens dos alunos com
considerando os seus progressos e esforço. uma norma (v. g., uma média) ou com as de um grupo.
c) as razões que o poderão ter impedido / dificultado; b) o que os alunos aprenderam, para melhorarem e
autorregularem as suas aprendizagens, para distribuir
d) o que foi / pode ser feito pelo aluno e professor
feedback de qualidade (utilização formativa da avaliação
para resolver as dificuldades.
sumativa).
A informação obtida da avaliação formativa não é diretamente utilizada para classificação, mas pode
ser integrada com a que advém da avaliação sumativa.
Também a avaliação sumativa pode gerar informação útil para regulação do ensino e aprendizagem.
Avaliação formativa e Avaliação sumativa:
A diferença está na intenção, na finalidade do processo avaliativo.
FORMATIVA Sumativa
Facultar feedback
Facultar feedback
OBJETIVO acerca da Monitorizar progressos Medir as aprendizagens
acerca do ensino
aprendizagem
Introduzida como
Introduzida como Teste ou atividade
RECOLHA DE DADOS “on the run” atividade na aula
atividade na aula específica
Critérios e
Registos/opiniões dos registos/opiniões dos
VALIDAÇÃO Critérios Critérios
alunos alunos
Professor e examinador
REALIZAÇÃO Alunos e professor Professor Professor
(AE)
Dar a conhecer os
Feedback para
Feedback para alunos Feedback para resultados aos alunos e
AÇÃO GERADA regulação do processo
e professor regulação do processo à comunidade
educativa
Avaliar para a
EPÍTETO Estabelecer ligações “Dip stick” Avaliar a aprendizagem
aprendizagem
3. Avaliação pedagógica
Processo sistemático A análise da informação As interações têm um
e propositado de recolhida permite distribuir papel fundamental na Orientada para melhorar a
recolha de feedback tomada de decisões aprendizagem e o ensino
informação acerca pedagógicas
das aprendizagens
desenvolvidas
Para regulação e autorregulação das Articulada com as
aprendizagens aprendizagens e com
o ensino
Integra
• Avaliação formativa Ocorre no contexto
da aula
• Avaliação sumativa utilizada para
proporcionar feedback (relevante no
apoio às aprendizagens e ao ensino)
• Avaliação sumativa utilizada para atribuir É da responsabilidade
classificações dos professores e
escolas 19
Avaliação pedagógica de qualidade
A recolha de informação permite determinar com confiança o que os alunos sabem e são capazes de
fazer
Responde às necessidades de informação dos utilizadores (e.g., professores, alunos, pais e encarregados de
educação)
As práticas de avaliação pedagógica sumativa (cujos resultados são utilizados com fins formativos) devem:
Selecionar um processo de
recolha de informação/um
Assentar em critérios de Analisar os resultados, para
instrumento de medida
avaliação que permitam: tomar decisões.
adequado às aprendizagens
alcançadas.
Ter um nível de dificuldade congruente com o nível de dificuldade que foi alcançado durante o
processo de ensino.
Ser diversificadas.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA
São afirmações que se produzem Definem algo que é desejável Devem ser definidos de forma
a partir de elementos que todos os alunos saibam muito simples.
curriculares indispensáveis (ex: ou sejam capazes de fazer. Na verdade, devem ser
AE, PA) Isto é, uma espécie de ideal especificações muito breves.
e que identificam o que se que deverá ser alcançado por
consideram ser as características todos.
ou os atributos que o
desempenho dos alunos deve ter
quando estão a trabalhar numa
dada tarefa de avaliação.
Critérios de avaliação pedagógica
Não são o currículo, ou seja, não são as Aprendizagens Essenciais, nem o Perfil dos
Alunos.
Alinhamento entre:
Atividades de ensino e de
Aprendizagens previstas no Estratégias, métodos e
aprendizagem no contexto da
currículo processos de avaliação
sala de aula
• Identificam características ou atributos expectáveis do desempenho dos alunos, numa dada tarefa
de aprendizagem e ou avaliação;
• São categorias de análise, que definem o que é desejável que todos os alunos saibam ou sejam
capazes de fazer;
• Têm por referência documentos curriculares (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória,
Aprendizagens Essenciais);
• Têm de estar focados nas características da aprendizagem que a tarefa permite evidenciar;
• São indicações claras acerca do que é importante aprender e, consequentemente, avaliar através
de uma tarefa;
• Devem constituir especificações muito breves e simples;
• Devem ser previamente discutidos e analisados com os alunos, para que estes saibam o que é
esperado que façam ou aprendam, para poderem ajuizar sobre o seu trabalho e o dos seus pares.
Critérios de avaliação pedagógica
Os critérios de avaliação pedagógica selecionados para uma dada tarefa de avaliação devem traduzir
os aspetos mais relevantes que são avaliados por essa mesma tarefa.
• Cada critério de avaliação admite diferentes níveis de desempenho, os quais podem ser objeto de
especificações relevantes, simples e sucintas, tanto quanto possível.
• Estes descritores dos níveis de desempenho definem o nível de qualidade do desempenho dos
alunos numa dada tarefa de avaliação
• Logo, são muito pertinentes para que alunos e professores orientem os seus esforços de
aprendizagem e de ensino.
Analisar o que se espera que os alunos saibam / sejam capazes de fazer, tendo por referência os elementos curriculares.
Definir critérios (características fundamentais dos desempenhos expectáveis) a partir das aprendizagens a realizar; estes critérios clarificam
o que os alunos devem ser capazes de fazer nas tarefas propostas.
A definição dos critérios deve resultar de trabalho colaborativo docente, visando a consensualização dos mesmos entre os professores.
Selecionar tarefas que permitam avaliar rigorosamente o que os alunos devem saber e ser capazes de fazer.
Distinguir níveis de qualidade do desempenho dos alunos (v. g., “muito claro, claro, pouco claro, muito confuso”; “muito profundo,
profundo, pouco profundo, sem qualquer profundidade”), que permitem definir a qualidade do que os alunos sabem e são capazes de fazer
na tarefa proposta – descritores de níveis de desempenho.
Assegurar que o significado de cada critério e dos respetivos níveis de desempenho é claro para todos os docentes, de forma melhorar a
qualidade das avaliações internas e, consequentemente, a sua credibilidade.
Antes de cada tarefa, informar/debater com os alunos de forma muito clara, através de exemplos, como são avaliados os seus
desempenhos.
Descritores dos níveis de desempenho vs. standards
Colabora sempre Colabora frequentemente Colabora por vezes Ainda colabora pouco Dificilmente
COLABORAÇÃO
colabora
Demonstra sempre iniciativa Demonstra iniciativa Demonstra iniciativa por Ainda demonstra pouca Dificilmente
frequentemente vezes iniciativa demonstra
INICIATIVA
iniciativa
Expressa as suas ideias de Expressa as suas ideias de Expressa as suas ideias de Ainda não expressa as suas Dificilmente
forma adequada e realiza forma quase sempre forma por vezes adequada e ideias de forma adequada, expressa as suas
escuta ativa das intervenções adequada e realiza realiza algumas vezes escuta nem realiza escuta ativa das ideias
dos pares frequentemente escuta ativa ativa das intervenções dos intervenções dos pares
das intervenções dos pares pares
COMUNICAÇÃO
Contribui de forma pertinente Contribui de forma pertinente Dá alguns contributos para a Ainda não contribui de forma Dificilmente
para a realização do trabalho para a realização do trabalho, realização do trabalho, mas pertinente para a realização contribui para a
e estimula e integra os mas não integra os não integra nem estimula os do trabalho realização do
contributos dos pares contributos dos pares contributos dos pares trabalho
ENVOLVIMENTO
Grelha Criterial/Rubrica
.
6. Feedback: natureza, distribuição e utilização pelos alunos e professores
Feedback
Conhecimentos prévios
Perceção proveitosa dos
Resulta da combinação de fatores
alunos sobre o feedback
Percurso escolar
Representações sobre a
escola
Feedback: natureza, distribuição e utilização pelos alunos e professores
Modalidades de feedback
Feed back
➢ Resposta que é dada ao aluno perante um desempenho ou a um trabalho realizado (forma mais
comum de regulação).
➢ Foca as diferentes formas através das quais os alunos evidenciam as suas aprendizagens.
➢ Implica que o professor esteja disponível para criar novas possibilidades de aprendizagem e de
evidenciação das mesmas: um feedback focado apenas na correção mecânica de erros torna-se
pobre e até inútil.
Feedback: natureza, distribuição e utilização pelos alunos e professores
Feed forward
➢ Implica que a informação recolhida seja utilizada, também, para o professor melhor preparar e
planificar as futuras atividades de ensino e aprendizagem.
➢ As informações dadas aos alunos sobre as tarefas realizadas ajudam o professor a compreender melhor
as dificuldades, obstáculos e problemas que eles manifestam.
➢ Permite que os professores, após o feed back, possam perspetivar e muitas vezes reorganizar as suas
ações de ensino e de apoio à aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
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M. P. Alves (Orgs.), Do currículo à avaliação, da avaliação ao currículo, pp. 131-142. Porto: Porto
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Fernandes, D. (2019). Avaliação formativa. Folha de apoio à formação – Projeto Maia. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e
Direção Geral de Educação do Ministério da Educação
Gardner, J. (Eds.). (2012). Assessment and Learning (2nd ed.). London: Sage.
Machado, Eusébio (2019). Avaliação formativa e feedback, Folha de apoio à formação –Projeto Maia. Lisboa: Instituto de Educação da
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Neves, A. e Ferreira, A. (2015). Avaliar é preciso? Guia prático de avaliação para professores e formadores. Lisboa: Guerra & Paz.
Peralta, H. (2002). Projectos curriculares e trabalho colaborativo na escola. In P. Abrantes (Dir.), Gestão Flexível do Currículo: reflexões de
formadores e investigadores. Lisboa: Ministério da Educação, pp. 13-21.