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DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Atos administrativos:
Nem todos os atos que a administração pratica são atos administrativos, pois existe
uma categoria mais ampla chamada de atos da administração que se apresenta da seguinte
forma:
1) Atos Materiais:
São atos da administração que tem concretude, partem de agentes públicos e precisam
ter respaldo na lei e, como regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos.
Ex: servidor público municipal varrendo a rua; professor de escola estadual
ministrando aula.
3) Atos Políticos:
Atos praticados por agentes públicos com um elevado grau de independência em
relação, inclusive, a possibilidade de apreciação pelo poder judiciário. Normalmente
descendem diretamente da CF.
Ex: a sanção ou veto do Presidente da República em projeto de lei.
4) Atos Administrativos:
É importante ressaltar que também particulares tem legitimidade para praticar atos
administrativos, o que aparece no artigo 31, VI1, da lei 8987/95.
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Ato administrativo é a manifestação do poder público ou por quem o represente com a
legitimidade para produzir novas relações jurídicas com base na CF e nas leis, sob controle
permanente do poder judiciário e regime jurídico diferenciado.
Ex: fiscalização de trânsito regularizando o ir e vir dos veículos; concessão de licença a
um servidor; abertura de processo licitatório.
2Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
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1) Quando a lei diz que tem em um especifico recurso administrativo. Ex: Código
Tributário Nacional, art. 151, III3 - traz hipóteses de suspensão do crédito tributário. Ex2: Lei
9784/99, art. 61. Ex3: recursos da lei 8666/93, art. 1094 – tem efeito suspensivo.
2) Quando a autoridade assim decidir, a pedido ou de ofício, no caso concreto. Ex: Lei
9784/99, art. 61, parágrafo único5.
2) Tipicidade:
Assim como presunção de legalidade, todo ato administrativo é típico, ou seja, são
qualidades presentes em todos os atos.
Obs:
No tema classificação dos atos administrativos a diferença entre atos típicos e atípicos
tem relação direta com a competência predominante.
3) Imperatividade:
É um poder abstrato em alguns atos administrativos e que a lei exige do administrado o
seu acatamento.
4 Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
5 Art, 61. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade
recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
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Ex: sinal que fica vermelho, placa que proíbe estacionamento. A administração está
impondo restrições. Presume-se a legalidade daquela ordem até alguém provar ao contrário.
4) Exigibilidade:
Está situado entre a imperatividade e a auto-executoriedade, pois não respeitar ordens
que decorrem de alguns atos administrativos poderá resultar notificações e multas, que
tentarão conduzir o administrado para o cumprimento da regra.
5) Auto-executoriedade:
Poder concreto, presente em alguns atos administrativos e que permite ao poder
público realizar diretamente o seu direito, sem a necessidade de perguntar para o poder
judiciário.
Ex: derrubada de obra irregular, cassação de alvará.
- Lei 8666/93, art. 38, parágrafo único: As minutas de editais de licitação, bem como as dos
contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica
da Administração.
- STF, mandado de segurança 24.631, 2007 – STF refere que se o parecer tem
imperatividade, tem efeito vinculante poderá responsabilizar o parecerista.
Os pareceres exigem motivação, como também exige motivação não acatar um parecer
– art. 50, VII7, da Lei 9784/99.
Art. 50, §1º: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato.
6 Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze
dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
7Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
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Quando a lei dá uma ordem nascem os atos administrativos vinculados e se ela permite
a autoridades escolhas segundo critérios de conveniência ou oportunidade nascem os atos
discricionários. Os atos discricionários e vinculados são atos legais.
3. Requisitos ou elementos:
Essa lista dos atributos encontra-se no art. 2º8, da lei 4717/65 (Lei da Ação popular).
Pois quem propõe uma ação popular quer anular uma to administrativo.
1) Competência:
8 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
9 Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos.
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Delegar sempre é possível, desde que a Lei não proíba, o que ocorre em três casos (Lei
9784/99, art. 1310):
1) matéria de competência exclusiva;
2) julgamento de recurso administrativo;
3) produção de ato normativo.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias
de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da
delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
10 Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.