Bons estudos!
“Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”. (Marcos 8:34)
Introdução
Renúncia pode ser entendida como a desistência de um direito seu em prol de uma causa.
A vida é feita de escolhas e se escolhermos ir após Jesus, devemos deixar que a nossa
individualidade seja rendida a Deus, para que a nossa vida espiritual esteja em comunhão
com Ele. Nossos interesses estarão submetidos à vontade do Senhor. Tomaremos a nossa
cruz e o seguiremos. Se não rendermos nossa individualidade ao Senhor, bloquearemos o
caminho da atuação direta de Deus em nossas vidas. Devemos estar dispostos a desistir do
direito que temos sobre nossas vontades e escolhas, deixar o orgulho de lado para, então,
crescer espiritualmente. Essa será uma luta constante, mas que, no decorrer das
experiências, na condição de discípulos, vai nos fazer mais parecidos com o Mestre. Dessa
forma, também poderemos dizer: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia,
não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26:39).
1) Cientes de que estamos de passagem, porém, inseridos no processo divino, o que
devemos anunciar? Isaías 40:5 a 9
Sabemos que nada somos; mesmo assim, o Senhor tem propósitos grandiosos nos quais
estamos incluídos e pelos quais precisamos clamar, divulgando as boas novas. Porém, para
alcançar as promessas, precisamos saber como trilhar o caminho, desejando entender o que
o Senhor requer de cada um de nós. O papel da Igreja é fundamental nos últimos dias.
Para que sejamos os anunciadores das boas novas que vêm de Sião (João 4:22), precisamos
deixar o Senhor nos capacitar. Os estudos tem por objetivo chamar a Igreja para um
posicionamento, fazendo a nossa parte nesse projeto, durante o tempo de nossa
peregrinação. O Senhor prometeu que voltaria e ninguém sabe o dia nem a hora (Marcos
13:32). Por isso, é mister vivermos de forma íntegra, sabendo como convém andar diante
de Deus nesse mundo.
2) Qual é a importância de termos um lugar para orar a Deus a sós? Mateus 6:6 a 8 /
Lucas 5:16
Jesus nos aconselhou a entrar no quarto, fechar a porta e falar com o Pai. E agora? Como
cumprir essa ordem, se durmo num quarto coletivo? Jesus citou o quarto como exemplo,
por ser um lugar onde a maioria das pessoas possuem a sua privacidade. Porém,
dependendo das circunstâncias, não precisa ser no quarto. Jesus mesmo, não tinha onde
reclinar a cabeça (Mateus 8:20) e, provavelmente, rodeado de tantas pessoas, não tinha
tanta privacidade. Então, ele se retirava para o deserto para orar e era lá que ele podia fechar
a porta. A intenção é deixar tudo lá fora, para entrar na presença do Pai. Essa atitude é
importante, pois sem vida de oração e sem momentos devocionais com Deus, poderemos
perder a comunhão com o Pai. A oração na igreja ou em conjunto é importante, soma forças,
mas não traz a liberdade que precisamos e que só Deus entende. Não precisamos ficar com
cerimônias. Ele sabe tudo. “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor,
tudo conheces” (Salmos 139:4).
3) E qual é o significado de ter uma vida consagrada a Deus? 1 Samuel 1:24 a 28
Uma vez consagrado ao Senhor é para a vida toda. E foi isso que Ana fez. Após Samuel ter
sido desmamado, ainda muito criança, ela o entregou ao Senhor para sempre. A consagração
de uma vida deve ser feita com amor e gratidão. Aos olhos humanos parece algo tão triste,
uma mãe se apartar de seu filho em tão tenra idade, sabendo que ele não mais lhe
pertenceria. Samuel foi consagrado para viver o sacerdócio. Mas a consagração seria para
viver enclausurado em um aposento ou templo para não pecar? Ou ela é destinada apenas
para algumas pessoas especiais? A consagração não se restringe apenas a uma vocação
religiosa. O Senhor deseja que consagremos a nossa vida a Ele e isso inclui nossos
pensamentos, atitudes, tempo, decisões, ministério, trabalho, casamento etc.
4) Nosso Deus é um Deus de grandes, profundos e incomparáveis propósitos. Quais
promessas Ele fez a Abrão? Gênesis 12:1 a 3 e 13:14 a 16
O Senhor lhe deu uma ordem e revelou parte da promessa. Por que parte da promessa?
Porque mesmo Deus tentando transmitir seus planos ao homem, o ser humano não
consegue enxergar totalmente a grandeza do que está sendo proposto. Nossa visão é
limitada. Abrão creu, porém, quando aconteciam determinadas situações, impossibilidades
ou demora na realização dessas promessas, tal como nós, ele desanimava um pouquinho ou
enxergava mal. E então, o Senhor vinha animá-lo novamente. Foi assim quando ele se
separou de Ló. Para que as promessas do Senhor se cumpram, o cenário deve ser construído.
A ordem já havia sido dada, mas acatada parcialmente. Abrão, ao atender o chamado do
Senhor, levou Ló – seu parente – consigo. A separação aparentemente havia prejudicado
Abrão, pois ficara com a parte menos favorável da terra. Então, o Senhor o fortalece
renovando suas promessas, dizendo para que ele levantasse os olhos – ampliasse sua visão
– para todas as direções, pois toda aquela terra seria dada a ele e à sua semente para sempre.
E que, se alguém pudesse contar o pó da terra, também poderia contar sua semente. O
Senhor pede para levantarmos nossos olhos e contemplar pela fé todas as suas promessas.
Com Jesus funciona assim: para nascer de novo é preciso morrer primeiro. Estamos
dispostos a enterrar todos os nossos direitos, prazeres, preconceitos, para começar tudo de
novo, trilhando um caminho não experimentado? “Esta nova vida se revela por meio do
nosso arrependimento consciente e da nossa santidade inconsciente” (Oswald Chambers).
O novo nascimento permite que eu tenha uma visão maior sobre a soberania e propósitos
de Deus. Nicodemos, um dos principais dos judeus, não estava entendendo como tudo isso
funciona, porque ainda não tinha vivenciado o poder divino e transformador em sua vida.
Ainda não tinha nascido da água e do Espírito. Há pessoas que foram batizadas, mas será
que realmente estão vivendo essa nova vida? As evidências de um novo nascimento
aparecem em nosso cotidiano, em nossas decisões e em nossa persistência no caminho com
o Senhor.
AULA 2 – RESUMO SEGUNDO SEMESTRE.
Introdução
A principal obra que Deus deseja de nós é que venhamos a crer naquele que Ele enviou
(João 6:28 e 29). Parece simples, mas como vimos, a condição da salvação é crer de todo o
coração e não apenas falar “eu creio em Jesus”. É entregar uma folha em branco assinada,
para Jesus escrever o que quiser nela (Salmos 37:5). Quando morrermos para nós mesmos,
então, teremos nos entregado completamente ao Senhor e Ele poderá completar a obra em
nossas vidas. Santo é todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Que Ele veio
ao mundo, viveu uma vida sem pecado, morreu sem ter culpa e ressuscitou dos mortos para
nos favorecer. Santo é aquele que abre o coração para Jesus fazer morada em sua casa. “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). Jesus pediu para que o Pai nos santificasse
na verdade. A Palavra de Deus é a verdade. Jesus é a verdade.
Se quisermos ser vitoriosos, devemos ter o cuidado para não vestir uma capa de santidade
e, por debaixo, esconder um coração dobre e espírito vacilante. Daremos legalidade ao
inimigo e perdendo território. É primordial fechar as brechas assim que forem detectadas.
Para isso, temos a Palavra que orienta como agir. É preciso abandonar definitivamente o
pecado, limpar as mãos, purificar os corações, quebrantar-se. A santificação é um processo,
mas não podemos permanecer no primeiro degrau. Precisamos avançar e não nos
acomodar, nos revestindo diariamente de um novo homem ou de uma nova mulher, que
segundo Deus, são criados em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4:24 e 25). Queremos
ver maravilhas em nosso meio, no decurso de nossa peregrinação? Despojemos a aparência
e tiremos a capa de santidade. Sejamos íntegros, pois esse é o rumo à Terra da Promessa.
Unidade “é a qualidade de ser uno, de não poder ser dividido”. Jesus intercedeu ao Pai pela
Igreja daquela época, da atual e da futura, para que fossemos perfeitos em unidade. Como
um casal, formado por seres individuais, mas que se tornam um mediante a união em amor,
assim deve ser a Igreja, os crentes, com Deus. O objetivo da unidade da Igreja é a de fazer
Jesus reconhecido nessa Terra, procurando servi-lo em harmonia. Se não buscarmos
conviver em paz nessa Terra com aqueles que escolhem a mesma maneira de crer e viver,
como moraremos juntos na eternidade? Ou pensamos que poderemos impor condições para
Jesus, dizendo: “Se o irmão ciclano vai para a eternidade, eu não vou?”. Se não procuramos
ter comunhão aqui nessa Terra, estaremos aptos a viver com os santos
no futuro, desfrutando de tudo o que Jesus tem preparado? Pois essa é a vontade do
Adversário: impedir a realização desse sonho.
4) Quais as obras da carne que imperava na Igreja de Corinto fazendo-a regredir
espiritualmente? 1 Coríntios 3:1 a 8, 21 a 23
Sabe aquela igreja problemática? Era a dos coríntios. E por quê? Porque não era
cristocêntrica. O “eu” imperava. Estavam preocupados em atribuir glórias a si mesmos:
“Meu dom edifica mais do que o seu”, “meu departamento trabalha mais”, “meus projetos
são melhores”, “tudo depende da minha pessoa”. Paulo estava espantando com o sinal claro
da carnalidade existente. O estabelecimento de partidarismo estava dividindo a igreja,
correndo o risco de praticarem o pecado da idolatria por determinados irmãos. “Eu sou de
Paulo”, “eu de Apolo”. E quem era de Jesus Cristo? Era uma guerra fria. Partidarismo,
competições, egocentrismo e invejas afastam a presença de Deus. Será que os nossos
sacrifícios são feitos para realmente agradar ao Senhor? Quando conhecemos realmente a
Deus, seu Filho Jesus Cristo e a dimensão do projeto da salvação, percebemos quão
pequenos somos.
5) Quais são as palavras de consolação deixadas por Paulo e Jesus para quando
estivéssemos desanimados? 2 Coríntios 4:16 a 18 / João 16:32 e 33