SEGURANÇA PRIVADA
ARARAQUARA
2021
Araraquara 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................ 1
1.CONCEITOS ............................................................................ 2
4-REFERÊNCIAS .............................................................. 13
INTRODUÇÃO
A Segurança é um dos direitos inalienáveis do ser humano. Pode
se verificar essa afirmação no artigo 3° da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, que diz: “Todo ser humano tem
direito à vida, liberdade e segurança Pessoal”. No Brasil, o Estado,
por meio da Segurança Pública, é encarregado de proteger os
cidadãos. O artigo 144 da Constituição Federal de 1988 afirma que
a Segurança é dever do estado e responsabilidade de todos,
através da preservação da ordem pública e da incolumidade física
das pessoas e do patrimônio por meio das forças estatais de
segurança. Contudo, o Poder Público não consegue proteger
todos os cidadãos do território nacional e, justamente para suprir
as lacunas deixadas pela Segurança Pública foram criadas as
Empresas de Segurança Privada, que hoje são consideradas
forças complementares do Estado. O presente projeto está
organizado de maneira a apontar o crescimento da “Indústria da
Segurança Privada” no mundo e também no Brasil. No
desenvolvimento do trabalho podem ser encontrados os conceitos
legais presentes na legislação brasileira sobre a “Segurança
Privada”, aliado ao conceito de “Segurança Pública” presente na
Constituição Federal de 1988. Também sobre a história do
surgimento da Segurança Privada, o cenário atualizado do setor e
as inovações tecnológicas que o mercado vem utilizando para
fazer frente à criminalidade que não para de se reinventar. Por
esse motivo o tema “Segurança Privada” assume grande
relevância para os estudantes da área, já que em breve estarão
totalmente submergidos no ambiente de atuação das empresas.
CONCEITOS
A Segurança é um dos direitos inalienáveis do ser humano. Pode
se verificar essa afirmação no artigo 3° da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, que diz: “Todo ser humano tem
direito à vida, liberdade e segurança Pessoal”. O termo
“Segurança” assume vários sentidos. Os significados podem ser
empregados nas mais variadas vertentes a que a palavra se
relaciona, e no presente contexto, em referência a Segurança
Pública ou Privada. Vejamos: Qualidade do que é ou está seguro;
Conjunto das ações e dos recursos utilizados para proteger algo
ou alguém; O que serve para diminuir os riscos ou os perigos;
Aquilo que serve de base ou que dá estabilidade ou apoio; Força
ou convicção nos movimentos ou nas ações; Pessoa cuja atividade
profissional consiste em proteger pessoas, instalações ou bens,
ou em controlar o acesso de pessoas a determinado local;
Segurança social: sistema público de proteção dos cidadãos,
segundo a legislação produzidas, os direitos, os deveres e as
contribuições efetuadas. O Brasil também preza pela Segurança
de seus cidadãos. Sendo um dos direitos fundamentais garantidos
pela Constituição Federal 1988. A Segurança é ofertada por meio
de um conjunto de ações estatais destinadas a preservar a ordem
e a tranquilidade mediante dúplice aspecto: preventivo e
repressivo de condutas ilícitas. “A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes órgãos: Polícia Federal;
Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária Federal; Policiais
Civis; Policiais Militares; Corpos de Bombeiros Militares e Guardas
Municipais.” (Art. 144 da CF) Desta forma, as forças de segurança
do Estado encarregam-se de prevenir que sejam cometidos delitos
e de perseguir os delinquentes, com a missão de entregá-los ao
Poder Judiciário. Este organismo tem a missão de aplicar as
sanções que estipula a lei, que podem ir desde uma multa até à
pena privativa de liberdade, dependendo da gravidade da infração
penal. No entanto, devido à ineficácia da Segurança Estatal e a sua
falta de alcance em certos casos, surgiu a ‘Indústria da Segurança
Privada’, na qual diversas 3
empresas estão incumbidas de disponibilizar guardas, vigilantes e
diversos dispositivos a qualquer cidadão que os possa pagar. Na
maior parte do mundo os serviços de Segurança Privada são
regulados e controlados pelo Estado através de legislação
específica e agência reguladora, normalmente um órgão da
administração pública ligado ao setor de Justiça e/ou Segurança
(geralmente forças policiais) que funciona como centro
normatizador e fiscalizador da atividade. O Brasil não foge à regra.
Desde 6 o final dos anos 60 o país conta com legislação específica
e órgãos estatais ligados à segurança pública para regular e
controlar atividades de segurança privada. Atualmente, o órgão
que regula e controla a atividade no País é o Departamento de
Policia Federal, no momento subordinado ao Ministério da Justiça.
A Segurança Privada é a atividade que aborda medidas de
proteção para corporações ou indivíduos. São consideradas como
segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de
serviços com a finalidade de proceder à vigilância patrimonial das
instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou
privados, bem como a segurança de pessoas físicas. Podemos
encontrar o conceito legal do que vem a ser Segurança Privada na
legislação brasileira. Justamente na Lei 7.102 de 1983, que é
regulamentada pelo Decreto 89.056/1983. “São considerados
como segurança privada as atividades desenvolvidas em
prestação de serviços com a finalidade de: I- Proceder à vigilância
patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança
de pessoas físicas; II- II- Realizar o transporte de valores ou
garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.” (Art. 10 da
lei 7102/83) A normatização da atividade de Segurança Privada no
Brasil está na Portaria n° 3233 do Departamento de Polícia Federal
de 10 de dezembro de 2012. Sendo o setor de atividades que
abrange tanto as empresas de capital privado que possuem
autorização do Estado para comercializar serviços de proteção ao
patrimônio e às pessoas (“empresas de segurança privadas
especializadas”), quanto às empresas e organizações das mais
variadas que estão autorizadas a organizar departamentos
internos para promover sua própria segurança (“empresas com
segurança orgânica”). A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito para as Atividades de Segurança Privada: “São
consideradas atividades de segurança privada: I - vigilância
patrimonial; II - transporte de valores; III - escolta armada; IV -
segurança pessoal; V - curso de formação”. (Art. 1°, §3°) 7 O
profissional que atua na atividade de Segurança privada e nas
atividades operacionais é chamado de Vigilante. Segundo o artigo
15 da Lei 7.102 de 1983, é o empregado contratado para proceder
à 4
vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, a segurança de pessoas
físicas, realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de
qualquer outro tipo de carga. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz
o seguinte conceito legal para o profissional que atua na atividade
de segurança Privada, ou seja, o Vigilante: “Profissional
capacitado em curso de formação, empregado de empresa
especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico de
segurança, registrado no DPF, e responsável pela execução de
atividades de segurança privada”. (Art. 2°, inciso III) A Vigilância
Patrimonial é a atividade da Segurança Privada exercida em
eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais,
públicos ou privados, estando os vigilantes portando armamento
ou não. Tem como missão atuar sistematicamente,
preventivamente e permanente para defender a vida, a
incolumidade física das pessoas, a integridade do patrimônio e a
salvaguarda de informações vulneráveis. A portaria n° 3233/2012-
DG/DPF traz o seguinte conceito para a Atividade de Vigilância
Patrimonial: “Atividade exercida em eventos sociais e dentro de
estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a
finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a
integridade do patrimônio”. (art. 1°, §3°, inciso I) “A atividade de
vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos
limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação em eventos
sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço
privado objeto do contrato”. (Art. 18) A Atividade de Transporte de
Valores na Segurança Privada consiste na movimentação e
transporte de numerário, bens ou valores, seja por empresas que
mantêm sua própria equipe (orgânica) ou por empresas
especializadas, utilizando veículos comuns ou especiais
(carrosfortes). A empresa para estar apta a oferecer os serviços
precisa atender uma série de requisitos previstos em lei, que
serão alinhados e aprovados pelo Departamento de Polícia
Federal, entre eles: instalações adequadas, veículos utilizados
para Transporte de Valores em perfeito estado e meio de
comunicação eficiente. Além de poder armar seus vigilantes, a
empresa deverá manter contato permanente e ininterrupto com os
mesmos durante toda a operação de Transporte de 8 Valores, com
o objetivo de auxiliá-los caso haja alguma situação que fuja do
programado, como: interdição de vias, pane no veículo ou
tentativa de assalto. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito legal para a Atividade de Transporte de Valores:
“Atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante
a utilização de veículos, comuns ou especiais”. (Art. 1°, §3°, inciso
II) A Atividade Escolta Armada na Segurança Privada pode ser
compreendida como sendo o serviço
5
executado por empresa de segurança privada, devidamente
autorizada pela Policia Federal, para atuar no auxílio operacional
ao transporte de valores ou cargas valiosas. Este serviço há muito
tempo tem se demonstrado uma ferramenta fundamental no que
diz respeito à proteção de carga transportada por todo território
nacional. Nos dias de hoje é praticamente impossível falar da
cadeia completa de distribuição e logística sem citar a utilização
da Escolta Armada. O fato de este serviço ser solicitado com
frequência e com tamanha necessidade se dá em função da
Segurança Pública não conseguir ser onipresente, ou seja, jamais
conseguira estar em todas as estradas, rodovias e logradouros
onde se transportam produtos acabados, insumos e alimentos
visados pela criminalidade. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito legal para a Atividade de Escolta Armada:
“Atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga
ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo
armamento e demais equipamentos, com os pernoites
estritamente necessários”. (Art. 1°, §3°, inciso III) A Segurança
Pessoal Privada pode ser compreendida como sendo qualquer
atitude, comportamento ou ação que tenha como objetivo a
preservação da integridade física e moral das pessoas. Tal
atividade somente deverá ser executada por empresa
especializada em segurança pessoal, com Vigilantes legalmente
credenciados junto a Polícia Federal. O profissional que trabalha
para essa finalidade é chamado de Vigilante de Segurança Pessoal
Privada(VSPP), mais conhecido como “Agente” ou “Agente de
Segurança”. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o seguinte
conceito legal para a Atividade de Segurança Pessoal Privada:
“Atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a
incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante
com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os
pernoites estritamente necessários”. (Art. 1°, §3°, inciso IV) 9 O
Curso de Formação é a atividade desenvolvida por empresas,
após cumprir todos os preceitos previstos em lei e serem
devidamente credenciados e autorizados pelo Departamento de
Polícia Federal, com o objetivo de manter cursos de formação e
reciclagem de profissionais da Segurança Privada, ou seja,
Vigilantes. Os cursos ministrados têm como objetivo proporcionar
conhecimento e habilidades ao formando na área da segurança
privada que o tornem capaz de exercer a profissão, como:
técnicas, habilidades e atitudes com a finalidade de garantir a
integridade do patrimônio e a segurança física das pessoas. Ao
final, se aprovado em todas as etapas, o cidadão estará apto para
exercer a atividade de Vigilante. Este é o primeiro passo a ser
dado antes de realizar os cursos de extensões para outros
serviços na área de
REFERÊNCIAS