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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

Curso SUPERIOR EM GESTÃO DE SEGURANÇA PRIVADA

SEGURANÇA PRIVADA

Antonio Luiz de jesus lousada-RGM: 23812711

ARARAQUARA

2021

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL


CURSO SUPERIOR EM GESTÃO DE
SEGURANÇA PRIVADA

Projeto Multidisciplinar de Gestão de Segurança Privada II apresentado à Universidade


Cruzeiro do Sul, como exigência do Curso Superior em Gestão de Segurança Privada
sob orientação do Prof. Dr. João Luiz Souza Lima

Araraquara 2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................ 1

1.CONCEITOS ............................................................................ 2

1.1 Histórico da Segurança Privada ..............................................7


1.2 Cenário Atual da Segurança Privada -----------------------------------9

2-O ESTADO DA ARTE SEGURANÇA PRIVADA..................10

3-CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................. 12

4-REFERÊNCIAS .............................................................. 13

INTRODUÇÃO
A Segurança é um dos direitos inalienáveis do ser humano. Pode
se verificar essa afirmação no artigo 3° da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, que diz: “Todo ser humano tem
direito à vida, liberdade e segurança Pessoal”. No Brasil, o Estado,
por meio da Segurança Pública, é encarregado de proteger os
cidadãos. O artigo 144 da Constituição Federal de 1988 afirma que
a Segurança é dever do estado e responsabilidade de todos,
através da preservação da ordem pública e da incolumidade física
das pessoas e do patrimônio por meio das forças estatais de
segurança. Contudo, o Poder Público não consegue proteger
todos os cidadãos do território nacional e, justamente para suprir
as lacunas deixadas pela Segurança Pública foram criadas as
Empresas de Segurança Privada, que hoje são consideradas
forças complementares do Estado. O presente projeto está
organizado de maneira a apontar o crescimento da “Indústria da
Segurança Privada” no mundo e também no Brasil. No
desenvolvimento do trabalho podem ser encontrados os conceitos
legais presentes na legislação brasileira sobre a “Segurança
Privada”, aliado ao conceito de “Segurança Pública” presente na
Constituição Federal de 1988. Também sobre a história do
surgimento da Segurança Privada, o cenário atualizado do setor e
as inovações tecnológicas que o mercado vem utilizando para
fazer frente à criminalidade que não para de se reinventar. Por
esse motivo o tema “Segurança Privada” assume grande
relevância para os estudantes da área, já que em breve estarão
totalmente submergidos no ambiente de atuação das empresas.
CONCEITOS
A Segurança é um dos direitos inalienáveis do ser humano. Pode
se verificar essa afirmação no artigo 3° da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, que diz: “Todo ser humano tem
direito à vida, liberdade e segurança Pessoal”. O termo
“Segurança” assume vários sentidos. Os significados podem ser
empregados nas mais variadas vertentes a que a palavra se
relaciona, e no presente contexto, em referência a Segurança
Pública ou Privada. Vejamos: Qualidade do que é ou está seguro;
Conjunto das ações e dos recursos utilizados para proteger algo
ou alguém; O que serve para diminuir os riscos ou os perigos;
Aquilo que serve de base ou que dá estabilidade ou apoio; Força
ou convicção nos movimentos ou nas ações; Pessoa cuja atividade
profissional consiste em proteger pessoas, instalações ou bens,
ou em controlar o acesso de pessoas a determinado local;
Segurança social: sistema público de proteção dos cidadãos,
segundo a legislação produzidas, os direitos, os deveres e as
contribuições efetuadas. O Brasil também preza pela Segurança
de seus cidadãos. Sendo um dos direitos fundamentais garantidos
pela Constituição Federal 1988. A Segurança é ofertada por meio
de um conjunto de ações estatais destinadas a preservar a ordem
e a tranquilidade mediante dúplice aspecto: preventivo e
repressivo de condutas ilícitas. “A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes órgãos: Polícia Federal;
Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária Federal; Policiais
Civis; Policiais Militares; Corpos de Bombeiros Militares e Guardas
Municipais.” (Art. 144 da CF) Desta forma, as forças de segurança
do Estado encarregam-se de prevenir que sejam cometidos delitos
e de perseguir os delinquentes, com a missão de entregá-los ao
Poder Judiciário. Este organismo tem a missão de aplicar as
sanções que estipula a lei, que podem ir desde uma multa até à
pena privativa de liberdade, dependendo da gravidade da infração
penal. No entanto, devido à ineficácia da Segurança Estatal e a sua
falta de alcance em certos casos, surgiu a ‘Indústria da Segurança
Privada’, na qual diversas 3
empresas estão incumbidas de disponibilizar guardas, vigilantes e
diversos dispositivos a qualquer cidadão que os possa pagar. Na
maior parte do mundo os serviços de Segurança Privada são
regulados e controlados pelo Estado através de legislação
específica e agência reguladora, normalmente um órgão da
administração pública ligado ao setor de Justiça e/ou Segurança
(geralmente forças policiais) que funciona como centro
normatizador e fiscalizador da atividade. O Brasil não foge à regra.
Desde 6 o final dos anos 60 o país conta com legislação específica
e órgãos estatais ligados à segurança pública para regular e
controlar atividades de segurança privada. Atualmente, o órgão
que regula e controla a atividade no País é o Departamento de
Policia Federal, no momento subordinado ao Ministério da Justiça.
A Segurança Privada é a atividade que aborda medidas de
proteção para corporações ou indivíduos. São consideradas como
segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de
serviços com a finalidade de proceder à vigilância patrimonial das
instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou
privados, bem como a segurança de pessoas físicas. Podemos
encontrar o conceito legal do que vem a ser Segurança Privada na
legislação brasileira. Justamente na Lei 7.102 de 1983, que é
regulamentada pelo Decreto 89.056/1983. “São considerados
como segurança privada as atividades desenvolvidas em
prestação de serviços com a finalidade de: I- Proceder à vigilância
patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança
de pessoas físicas; II- II- Realizar o transporte de valores ou
garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.” (Art. 10 da
lei 7102/83) A normatização da atividade de Segurança Privada no
Brasil está na Portaria n° 3233 do Departamento de Polícia Federal
de 10 de dezembro de 2012. Sendo o setor de atividades que
abrange tanto as empresas de capital privado que possuem
autorização do Estado para comercializar serviços de proteção ao
patrimônio e às pessoas (“empresas de segurança privadas
especializadas”), quanto às empresas e organizações das mais
variadas que estão autorizadas a organizar departamentos
internos para promover sua própria segurança (“empresas com
segurança orgânica”). A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito para as Atividades de Segurança Privada: “São
consideradas atividades de segurança privada: I - vigilância
patrimonial; II - transporte de valores; III - escolta armada; IV -
segurança pessoal; V - curso de formação”. (Art. 1°, §3°) 7 O
profissional que atua na atividade de Segurança privada e nas
atividades operacionais é chamado de Vigilante. Segundo o artigo
15 da Lei 7.102 de 1983, é o empregado contratado para proceder
à 4
vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, a segurança de pessoas
físicas, realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de
qualquer outro tipo de carga. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz
o seguinte conceito legal para o profissional que atua na atividade
de segurança Privada, ou seja, o Vigilante: “Profissional
capacitado em curso de formação, empregado de empresa
especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico de
segurança, registrado no DPF, e responsável pela execução de
atividades de segurança privada”. (Art. 2°, inciso III) A Vigilância
Patrimonial é a atividade da Segurança Privada exercida em
eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais,
públicos ou privados, estando os vigilantes portando armamento
ou não. Tem como missão atuar sistematicamente,
preventivamente e permanente para defender a vida, a
incolumidade física das pessoas, a integridade do patrimônio e a
salvaguarda de informações vulneráveis. A portaria n° 3233/2012-
DG/DPF traz o seguinte conceito para a Atividade de Vigilância
Patrimonial: “Atividade exercida em eventos sociais e dentro de
estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a
finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a
integridade do patrimônio”. (art. 1°, §3°, inciso I) “A atividade de
vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos
limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação em eventos
sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço
privado objeto do contrato”. (Art. 18) A Atividade de Transporte de
Valores na Segurança Privada consiste na movimentação e
transporte de numerário, bens ou valores, seja por empresas que
mantêm sua própria equipe (orgânica) ou por empresas
especializadas, utilizando veículos comuns ou especiais
(carrosfortes). A empresa para estar apta a oferecer os serviços
precisa atender uma série de requisitos previstos em lei, que
serão alinhados e aprovados pelo Departamento de Polícia
Federal, entre eles: instalações adequadas, veículos utilizados
para Transporte de Valores em perfeito estado e meio de
comunicação eficiente. Além de poder armar seus vigilantes, a
empresa deverá manter contato permanente e ininterrupto com os
mesmos durante toda a operação de Transporte de 8 Valores, com
o objetivo de auxiliá-los caso haja alguma situação que fuja do
programado, como: interdição de vias, pane no veículo ou
tentativa de assalto. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito legal para a Atividade de Transporte de Valores:
“Atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante
a utilização de veículos, comuns ou especiais”. (Art. 1°, §3°, inciso
II) A Atividade Escolta Armada na Segurança Privada pode ser
compreendida como sendo o serviço
5
executado por empresa de segurança privada, devidamente
autorizada pela Policia Federal, para atuar no auxílio operacional
ao transporte de valores ou cargas valiosas. Este serviço há muito
tempo tem se demonstrado uma ferramenta fundamental no que
diz respeito à proteção de carga transportada por todo território
nacional. Nos dias de hoje é praticamente impossível falar da
cadeia completa de distribuição e logística sem citar a utilização
da Escolta Armada. O fato de este serviço ser solicitado com
frequência e com tamanha necessidade se dá em função da
Segurança Pública não conseguir ser onipresente, ou seja, jamais
conseguira estar em todas as estradas, rodovias e logradouros
onde se transportam produtos acabados, insumos e alimentos
visados pela criminalidade. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o
seguinte conceito legal para a Atividade de Escolta Armada:
“Atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga
ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo
armamento e demais equipamentos, com os pernoites
estritamente necessários”. (Art. 1°, §3°, inciso III) A Segurança
Pessoal Privada pode ser compreendida como sendo qualquer
atitude, comportamento ou ação que tenha como objetivo a
preservação da integridade física e moral das pessoas. Tal
atividade somente deverá ser executada por empresa
especializada em segurança pessoal, com Vigilantes legalmente
credenciados junto a Polícia Federal. O profissional que trabalha
para essa finalidade é chamado de Vigilante de Segurança Pessoal
Privada(VSPP), mais conhecido como “Agente” ou “Agente de
Segurança”. A portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o seguinte
conceito legal para a Atividade de Segurança Pessoal Privada:
“Atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a
incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante
com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os
pernoites estritamente necessários”. (Art. 1°, §3°, inciso IV) 9 O
Curso de Formação é a atividade desenvolvida por empresas,
após cumprir todos os preceitos previstos em lei e serem
devidamente credenciados e autorizados pelo Departamento de
Polícia Federal, com o objetivo de manter cursos de formação e
reciclagem de profissionais da Segurança Privada, ou seja,
Vigilantes. Os cursos ministrados têm como objetivo proporcionar
conhecimento e habilidades ao formando na área da segurança
privada que o tornem capaz de exercer a profissão, como:
técnicas, habilidades e atitudes com a finalidade de garantir a
integridade do patrimônio e a segurança física das pessoas. Ao
final, se aprovado em todas as etapas, o cidadão estará apto para
exercer a atividade de Vigilante. Este é o primeiro passo a ser
dado antes de realizar os cursos de extensões para outros
serviços na área de

segurança, como: Transporte de Valores, Escolta Armada,


Segurança Pessoal Privada, Equipamentos não-letais I,
Equipamentos não-letais II e suas respectivas reciclagens. A
portaria n° 3233/2012-DG/DPF traz o

seguinte conceito legal para Curso de Formação: “Atividade de


formação, extensão e reciclagem de vigilantes”. (Art. 1°, §3°,
inciso V) Por fim, deve-se ressaltar que as atividades realizadas
pela “Indústria da Segurança Privada” precisam obedecer, por lei,
uma série de princípios e objetivos. São diretrizes orientadoras
que balizam as ações e comportamentos para o atingimento de
metas e o desenvolvimento do setor, junto a Administração Pública
e as Classes Patronal e Laboral. Esses Princípios e objetivos são
demonstrados na portaria n° 3233/2012-DG/DPF, observemos: “I -
dignidade da pessoa humana; II - segurança dos cidadãos; III -
prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos; IV -
aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada; e
V - estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor”.
(Art. 1°, §2)

Histórico da Segurança Privada

O termo “vigilância” está relacionado com a proteção de algo,


sejam pessoas ou bens. Se observado por esse ponto, a história da
Segurança Privada nos remete à Pré-História, período em que os
homens vigiavam as entradas de suas cavernas para que não
fossem surpreendidos, por animais ferozes ou mesmo, trogloditas
de outras tribos. A questão da “Segurança” como defesa,
sensação de estar seguro, protegido contra os riscos é tão antiga
quanto a existência do homem. Com a evolução do mundo, os
riscos foram aumentando e já no século XVI, na Inglaterra, surgiam
os primeiros “Vigilantes”. Eram pessoas 10 escolhidas por serem
hábeis na luta e no uso da espada, remuneradas por senhores
feudais, com os recursos dos impostos cobrados aos cidadãos.
Avançando no tempo, é no ano de 1852 que se conhece a primeira
Empresa de Segurança Privada do Mundo, a “WELLS FARGO”, nos
Estados Unidos da América. Foi fundada pelos Norte-Americanos
Henry Wells e William Fargo, que observando as deficiências
naturais do poder público, passaram a oferecer o serviço de
Escolta de diligências de carga pelo rio Mississipi. No ano de 1855,
outro Norte-Americano, Allan Pinkerton – que atuava como
detetive policial de Chicago, fundou a Empresa de Segurança
Privada “PINKERTON’S”. Nascida como corpo de detectives e
posteriormente, ainda nessa década, fazia serviços de vigilância a
valores e outros serviços de guarda-costas. Por meio dela houve a
organização de um grupo de homens com o objetivo de dar
proteção ao então presidente Abrahan Lincoln. Mesmo atuando
em outros Segmentos da Segurança Privada, sua principal missão
era fornecer proteção às Estradas de Ferro. A cidade mais
populosa do estado de Illinois, nos Estados Unidos, manteve sua
hegemonia em fundações de Empresas de Segurança Privada.
Isso porque no ano de 1859 Washington Brink fundou a Brink’s,
também em Chicago. Nessa época, os Bancos estavam em pleno
desenvolvimento. Por isso sua principal missão era transportar
caixas e bagagens de homens de negócios que faziam viagens
comerciais. Em 1900, a Brink’s fez a primeira entrega bancária da
história: transportou 6 sacos de dólares de prata, tornando-se com
isso a primeira transportadora de valores do mundo. Sua expansão
internacional deu-se na década de 60, figurando entre as
multinacionais mais respeitadas do mundo. Na Europa, a vigilância
foi um subproduto da revolução industrial e apareceu na segunda
metade do século XIX, com grande incidência em Inglaterra e
8
França, principalmente. Nesta época a industrialização levou à
feitura de bens em larga escala, sua armazenagem em condições
menos boas ou precárias, e para além dos furtos, que sempre
existiram, havia ainda o perigo maior dos incêndios. A
necessidade de vigilância enquanto trabalho específico nasce
exatamente destes pressupostos. No Brasil, durante os anos em
que foi presidido por generais do exército, as forças de segurança
pública foram direcionadas para reprimir e combater grupos
subversivos. Com isso, houve um aumento expressivo de assaltos
à mão armada, principalmente, a bancos e instituições 11
financeiras. Grupos denominados “Comunistas” invadiam e
roubavam bancos, instituições financeiras, estabelecimentos de
créditos com finalidade de auferir dinheiro para aparelhar seus
“exércitos” com armas, alimentos e toda sorte de materiais. Para
minimizar esse cenário, foi necessário estabelecer no país as
diretrizes para a implantação da segurança privada no Brasil. Em
1969, por meio do Decreto-Lei nº 1.034, deu-se início a legislação
sobre segurança privada. Na ocasião, houve a determinação de
que os bancos deveriam fazer a sua própria segurança no interior
de suas agências e proteger o transporte de seus valores. A partir
daí a legislação foi sendo atualizada e adequada aos novos
tempos. A segurança privada, antes restrita aos bancos, foi
estendida para atender a propriedades públicas e privadas, para a
escolta de cargas e para a proteção pessoal. Em 1983, foi
promulgada a Lei número 7.102 que regulamentou as atividades
de segurança privada em todo território nacional. O governo
federal regulamentou a atividade e a fiscalização deixou de ser
estadual (SSP) para ser federal, através do Departamento de
Polícia Federal (Ministério da Justiça). Atualmente, a demanda
pelos serviços de segurança privada no Brasil tem crescido em
face à dificuldade que os governos federal, estaduais e municipais
têm em inibir as atividades dos malfeitores

Cenário Atual da Segurança Privada

Dois mil e vinte, talvez, venha a ser conhecido no futuro como o


“ano
em que o mundo parou”. Sem dúvi-da alguma a pandemia de covid-
19 é maior desafio da humanidade desde a Segunda Guerra
Mundial. Em questão de crise sanitária, a geração atual não tinha
vivenciado nada parecido. Os problemas da economia brasileira,
que já eram gigantescos, ficaram ainda maiores. A segurança
privada, mesmo tendo sido considerada atividade essencial desde
o primeiro decreto do governo sobre o tema publicado em março
de 2020, foi atingida em cheio.
Diante dos efeitos da pandemia, as em-presas brasileiras
enfrentaram um ano terrível. A queda no Produto Interno Bruto
(PIB) foi de -4,1%. No setor de serviços, ao qual a segurança
privada está.
Segundo dados da Polícia Federal, órgão que regulamenta e
fiscaliza a atividade, em 2019, 565.163 vigilantes atuavam
nas empresas de segurança privada de todo país, incluindo as
orgânicas (empresas que optam por realizar a própria segurança
dentro das regras estabelecidas pela Lei 7.103/1983). No final de
2020, o quantitativo de vigilantes era de 545.477, uma perda de
19.686 vagas.
O cenário em 2021 aponta para o mesmo caminho. Apenas nos
cinco primeiros meses do ano, já houve uma redução de quase 20
mil (19.369)trabalhadores. Resultado influenciado, principalmente,
pelo fim do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego
do Governo Federal suspenso no final de 2020. Muitas empresas
utilizaram o
programa que permitia a suspensão ou corte nos salários com a
redução da jornada de trabalho por meio de acordo com os traba-
lhadores. Infelizmente, com o fim do benefício, os empregadores
não conseguiram garantir todos os empregos. Assim, no final de
maio, o número de vigilantes era de 526.108, sendo que 49% atuam
na região
sudeste.Diante da sangria não apenas da segurança privada, mas
de todos os setor PERFIL DOS VIGILANTESA atividade continua
sendo predominante exercida por homens, que representam 91%
do total de trabalhadores. O grau de escolaridade é bem superior
ao mínimo exigido
pela Lei 7.102/1983, que é a 4ª série do ensino fundamental.
Atualmente, 77% dos vigilantes possuem ensino médio completo
ou mais. E
69% possuem entre 30 e 49 anos.
ESTADO DA ARTE EM SEGURANÇA PRIVADA
Com o crescente número de atos de violência por todo o país,
houve um aumento significativo em instalações de equipamentos
de proteção oferecidos pela “Indústria da Segurança Privada”.
Estas estão imersas em tecnologias de ponta, totalmente
integradas entre si, e se atualizando para oferecer os mais
variados serviços ao mercado, seja para o setor
produtivoeconômico ou residencial. Com o avanço da tecnologia,
ficou mais fácil identificar pontos fracos a serem corrigidos e
também solucionar problemas de forma rápida e eficaz,
proporcionando a segurança desejada com a contratação do
serviço. Contudo, há um risco muito grande na substituição dos
profissionais da segurança pelas tecnologias. Em alguns casos a
substituição pode ser financeiramente favorável, mas a tecnologia
funciona como aliada da segurança privada, e não como meio
alternativo. O vigilante possui um papel fundamental. Além de
fiscalizar e identificar irregularidades, como vazamentos, cheiros
incomuns e objetos quebrados, pode agir em situações adversas e
de maneira ostensiva. Drones, inteligência artificial,
reconhecimento facial, de voz e de íris, câmeras de altíssima
definição, com sensores de temperatura, cofres inteligentes,
serviço de informações conectadas, integradas e armazenadas na
nuvem são algumas das tecnologias oferecidas pelas empresas de
Segurança Privada que se especializaram em segurança
eletrônica, tornando-se rotina para os gestores e operadores
desse mercado. As tecnologias campeãs que compõem esse
mercado são videomonitoramento (47%), sistemas de
intrusão/alarmes (24%), controle de acesso (24% - incluindo
portaria remota) e detecção e combate a incêndio voltado para a
segurança eletrônica (5%). O Grupo Protege traduz inteiramente a
questão do uso da tecnologia de ponta no combate à
criminalidade. A protege Segurança Eletrônica, uma das empresas
do Grupo, tem se destacado no mercado por oferecer uma grande
infraestrutura e qualidade de instalação, apresentando soluções
personalizadas e inteligentes em segurança eletrônica. Dentre as
atividades desenvolvidas pela empresa destacam-se: instalação e
manutenção de cercas elétricas, sistemas eletrônicos de detecção
de intrusão (alarmes), circuito fechado de TV (CFTV), Controle de
acesso, monitoramento remoto de imagens e alarmes remoto e a
capacitação para projetos com tecnologia IP. Os Investimentos em
tecnologia feitos pela Protege colocam a empresa como 14
destaque no setor de segurança privada. A resposta a esse
investimento vem anualmente, pois o Grupo chega a faturar em
média R$ 1,8 bilhão por ano. Por parte das empresas, além do
capital empregado para adquirir os

equipamentos tecnológicos, é necessária uma gestão inovadora


somada às novas tecnologias, pois exigirão uma maior
qualificação técnica por parte dos gestores e operadores desse
mercado. Aquelas empresas e profissionais que não
acompanharem essa conectividade sairão do mercado e
dificilmente conseguirão recolocação. Dessa forma, a contratação
de empresas de Segurança Privada com especialidade em
Segurança Eletrônica passa a ser vista pelas organizações como
um investimento e não como custo. Para que isso funcione, são
necessários processos, recursos humanos e tecnologia. Esse
conjunto é segurança do futuro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto desenvolvido sobre a “Segurança Privada” foi de
extrema importância para o aprofundamento do conhecimento
sobre o setor. De certo modo fui inserido no ambiente em que as
empresas exploram e concorrem entre si no mercado. De maneira
geral a “Indústria da Segurança Privada” foi bem abordada na
pesquisa, porém a gestão e a administração dessas poderiam ter
sido mais detalhadas, como: problemas que os gestores da
segurança privada enfrentam na atualidade, como formar equipes
de vigilantes de sucesso, entre outros. A realização da pesquisa
tornou-se muito gratificante e naturalmente causa certo
entusiasmo num futuro Gestor da segurança Privada. Por meio
dela, foi possível verificar a evolução e conquistas, que até hoje se
fazem presentes, como: a valorização e a importância que as
Empresas de Segurança Privada foram recebendo ao longo dos
anos, o reconhecimento do profissional, a inclusão das tecnologias
como forma de vigilância, entre outras. Todos os profissionais
desse segmento merecem o que conquistaram e muito mais, sem
eles seríamos obrigados a recorrer à segurança oferecida pelo
Estado, acho que a sociedade não suportaria esse retrocesso.

REFERÊNCIAS

PLANALTO. GOV. Constituição da República Federativa do Brasil


de 1988. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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7.102, de 20 de Junho de 1983. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7102.htm >. Acesso em:
28 de Outubro de 2018. POLÍCIA FEDERAL. Portaria n º 3. 233 de
10 de dezembro de 2012. Disponível em: <
http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-
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Significado de Segurança. Disponível em: <
https://dicionariodoaurelio.com/seguranca >. Acesso em: 28 de
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Setor de Segurança Privada Cresce e Lucra com Acirramento da
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no Brasil em 2018. Disponível em: <
http://revistasegurancaeletronica.com.br/mercado-deseguranca-
eletronica-deve-crescer-8-no-brasil-em-2018/ >. Acesso em: 01 de
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FENAVIST. Empresas de Segurança Privada Empregam 600 mil
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2018. GRUPO PROTEGE. Protege Segurança Eletrônica.
Disponível em: <
http://www.protege.com.br/servicos-e-solucoes/seguranca-
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