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CAPÍTULO 21
Prof. Shahram
Física
Física
Mecânica Mecânica
Termodinâmica Eletromagnetismo Relatividade
Clássica Quântica
3
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
4
Eletromagnetismo
5
Carga Elétrica
• A carga elétrica é uma característica intrínseca das
partículas elementares.
6
Carga Elétrica
10
A Carga Elementar
• A carga elementar e possui o valor:
e = 1,60 x 10-19 C
• A unidade de carga no SI é o Coulomb (C).
• Por motivos práticos, que têm a ver com a precisão das medidas, o coulomb é
definido a partir da unidade do SI para a corrente elétrica, o ampère. A corrente
elétrica será discutida com detalhes no Capítulo 26. No momento, vamos
apenas observar que a corrente 𝑖 é a taxa dq/dt com a qual a carga passa por
um ponto ou por uma região: i=dq/dt. Explicitando a carga e substituindo os
símbolos por suas unidades (coulombs C, ampères A e segundos s), temos
1 C = (1 A).(1 s)
11
A Carga Elementar
Exemplo
Princípios da Eletrostática -Conservação das Cargas
Elétricas
• O Princípio da conservação das cargas elétricas, formulado inicialmente por Benjamin
Franklin, é um dos princípios fundamentais da natureza, podendo ser assim enunciado:
A soma algébrica das cargas positivas e negativas de um sistema eletricamente
isolado é a mesma, em qualquer instante.
14
Princípios da Eletrostática -Conservação das Cargas
Elétricas
• Para exemplificar, consideremos dois corpos A e B eletrizados com
quantidades de cargas elétricas QA e QB, respectivamente. Vamos admitir
que, de algum modo, ocorra uma troca de cargas entre os corpos e sejam,
respectivamente, Q’A e Q’B as novas quantidades de carga de A e de B. De
acordo com o princípio da conservação das cargas elétricas, podemos
afirmar que:
QA + QB = Q’A + Q’B
15
Princípios da Eletrostática –
Atração e Repulsão
• Ao aproximarmos dois bastões de vidro, ambos positivamente eletrizados, ou
dois panos de lã, ambos negativamente eletrizados, constata-se que eles se
repelem.
• Por outro lado, observa-se que o bastão de vidro, positivamente carregado, e
o pano de lã, negativamente carregado, se atraem.
• Esses fatos experimentais permitem enunciar que:
16
Condutores e Isoladores
• Em alguns materiais, como nos metais, o eletrão mais externo em
cada átomo é livre de se movimentar pelo material; existe assim uma
“nuvem” muito densa de eletrões (eletrões de condução), com
densidade constante se o material for homogéneo. Esse tipo de
material é designado de condutor.
19
Eletrização por Atrito
A triboeletrização só ocorre entre corpos feitos de materiais diferentes, e um
mesmo material pode tanto perder elétrons, ficando positivamente carregado,
quanto ganhar elétrons, ficando negativamente carregado. Isso depende do outro
material com que se dá o atrito. Como exemplo, quando algodão é atritado com
vidro, o vidro perde elétrons para o algodão e torna-se positivo,, enquanto o
algodão fica negativo. Já no caso do atrito entre âmbar e algodão, que ocorre é
que o algodão perde elétrons para o âmbar, tornando-se positivo, ao passo que o
âmbar fica negativo. Através de várias experimentações, construiu-se uma série
triboelétrica dos materiais, que mostra que, se um dado material for atritado com
algum outro material que se situa abaixo dele nessa série, ele se tornará positivo,
e que, se ele for atritado com algum material que se situa acima dele nessa série,
ele se tornará negativo.
20
Eletrização por Atrito
• É preciso ressaltar que na eletrização por atrito os dois corpos adquirem a
mesma quantidade de carga em módulo, ainda que os sinais das cargas sejam
opostos.
• A eletrização por atrito pode provocar alguns efeitos indesejáveis. Por exemplo, o
atrito com o ar faz com que um caminhão que transporta combustível fique
carregado eletricamente, e uma pessoa que o tocar - servindo de condutor de
corrente elétrica -, pode sofrer um choque de intensidade considerável. Além
disso, podem ocorrer pequenas fagulhas, com o risco da explosão do
combustível. Para evitar isso, caminhões para transporte de combustível
normalmente arrastam uma corrente de metal pelo chão, para que a carga
adquirida por atrito seja descarregada na Terra. Outro fenômeno comum são os
estralos que ocorrem quando alguém tira uma blusa de lã que ficou carregada
por atrito com o ar durante o dia, e, nessa mesma linha, observa-se que pentes,
em dias secos, após terem sido usados para pentear os cabelos, atraem
pedacinhos de papel. Em todos esses casos, ocorre eletrização por atrito, que
produz a eletricidade estática.
21
Eletrização por Contato
• O processo de eletrização por contato é muito comum em materiais condutores,
porque neles ocorre grande mobilidade dos elétrons, e é mais difícil de ocorrer
em materiais isolantes. Nesse processo, um material já eletrizado com uma
certa quantidade de carga, seja positiva ou negativa, é posto em contato com
outro corpo inicialmente neutro. Se o corpo carregado for negativo, ocorre um
fluxo de elétrons desse corpo, que tem elétrons demais, para corpo neutro, e os
dois adquirem uma certa carga negativa, de tal forma que a soma das cargas é
igual à carga inicial do corpo carregado. Se o corpo for positivo, então lhe faltam
elétrons, e alguns elétrons do material neutro passam para ele. O resultado é
que os dois ficam positivos, com cargas tais que sua soma é igual à carga
positiva original, confirmando a conservação de cargas. A figura abaixo mostra
um esquema da eletrização por contato.
22
Eletrização por Contato
23
Eletrização por Contato
Nesse processo, os dois corpos adquirem cargas de mesmo sinal, e a quantidade
de cargas em cada corpo depende do tipo de material e do seu tamanho. No
caso de dois condutores idênticos, a carga de cada um depois do contato será
exatamente a metade da carga inicial. Assim, considerando dois corpos idênticos
ou
24
Eletrização por Indução
• Na eletrização por indução, temos
um corpo carregado, chamado in-
dutor, e um outro corpo, neutro,
chamado induzido. Quando o
indutor é aproximado do induzido,
sem tocá-lo, na região do induzido
mais próxima ao indutor aparecem
cargas de sinal oposto ao da carga do
indutor. Se o indutor é positivo, ele
atrai os elétrons do induzido e, na
região próxima ao indutor, induzido
fica negativo. Esses elétrons vieram
das regiões mais afastadas, e assim,
nessas regiões, o induzido apresenta
uma carga positiva, de igual valor.
25
Eletrização por Indução
Se o indutor é negativo, seus elétrons
repelem os elétrons da região mais
próxima do induzido, o qual fica
positivo neste local, enquanto os
elétrons que foram repelidos vão
para a região do induzido mais
afastada do indutor, ocorrendo,
então, um excesso de carga negativa
neste local. Ressalte-se que o
induzido, como um todo, é
eletricamente neutro. Este processo,
que é onhecido como indução
eletrostática, dura enquanto o
indutor for mantido próximo ao
induzido. A figura abaixo serve como
ilustração. 26
Eletrização por Indução
Após o aparecimento das duas regiões com cargas diferentes no induzido, este é
ligado por um fio à Terra, de forma que o excesso de cargas negativas possa ir para
a Terra, no caso do indutor ser negativo, ou então, que cargas negativas passem da
Terra para o induzido, quando o indutor é positivo. Assim, na região do induzido
mais afastada do indutor, a neutralidade elétrica é alcançada, mas o induzido
como um todo agora possui uma carga elétrica não-nula. Depois, desliga-se o fio-
terra, mantendo-se o indutor próximo ao induzido, e por fim, o indutor é afastado
do induzido, que agora está eletrizado e possui uma carga elétrica de sinal oposto
ao sinal da carga do indutor. Note que neste processo os dois corpos não se
tocam. A ligação à Terra é chamada de aterramento. É o que acontece no caso do
caminhão-tanque que arrasta uma corrente metálica pelo chão.
• Por que as cargas elétricas se movem, e por que uma barra de âmbar eletrizada
por atrito atrai pedacinhos de papel? Para responder a estas perguntas
precisamos estudar a força elétrica.
27
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
Todas as forças em Física são derivadas a partir de quatro forças interativas
fundamentais: a força gravitacional, a força eletromagnética, a força nuclear forte
e a força de interação fraca. As forças nuclear e de interação forte são
importantes apenas nas dimensões nucleares, em algumas colisões entre núcleos
e no decaimento de partículas elementares instáveis. A força gravitacional, que
nos é bastante familiar, é importante somente quando a massa de um dos dois
objetos interagentes é comparável com a massa de um planeta qualquer. E a força
eletromagnética? Quando ela é importante e deve ser considerada? As forças do
tipo eletromagnéticas dominam todos as interações entre sistemas desde os
átomos aos planetas. Usamos a palavra eletromagnetismo para enfatizar que os
fenômenos elétricos e magnéticos não são separáveis e estão diretamente
correlacionados. Os efeitos elétricos e magnéticos são conseqüências de uma
propriedade da matéria denominada "carga elétrica".
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
• Nas verificamos que cargas elétricas podem
interagir umas com as outras de forma
repulsiva ou atrativa. Isto significa que uma
carga exercerá sobre a outra uma força a qual
denominamos de força elétrica. Vimos que
cargas de mesmo sinal (positivas ou negativas)
repelem-se e cargas de sinais opostos (negativa
e positiva) atraem-se.
• Que fatores afetam a magnitude destas
forças? Para responder esta questão o físico
francês Charles Coulomb (1736-1806)
investigou, por volta de 1780, as forças elétricas
usando uma balança de torção.
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
Embora, não havia instrumentos precisos para
fazer medidas elétricas, Coulomb conseguiu
determinar relações matemáticas importantes na
descrição das interações eletrostáticas. Ele
observou que força atrativa ou repulsiva era
proporcional ao produto das duas cargas
interagentes (q1 e q2) e inversamente proporcional
ao quadrado da distância r entre elas, que
matematicamente pode ser expresso por;
𝑞1 |𝑞2 | 1 𝑞1 |𝑞2 |
𝐹 = 𝑘𝑒 2
= 2
,
𝑟 4𝜋𝜖0 𝑟
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
Esta equação ficou conhecida como lei de Coulomb. Onde 𝑘 é uma constante de
proporcionalidade denominada por constante de Coulomb, cujo valor é:
𝑞1 |𝑞2 | 1 𝑞1 |𝑞2 |
𝐹 = 𝑘𝑒 2
= (1)
𝑟 4𝜋𝜖0 𝑟 2
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
Com esta definição notamos que 1Coulomb (1C) é a quantidade de carga a qual,
colocada em dois objetos puntiformes, separados por um distância de 1 metro,
resultará o aparecimento de uma força em cada objeto igual a F = 9,00 x 109 N.
Comparando com as forças gravitacionais, por exemplo, podemos dizer que é
uma força enorme, pois ela é equivalente um peso de 1 milhão de toneladas.
No caso de cargas produzidas por atrito entre objetos são tipicamente da ordem
de micro-coulomb ( 1𝜇 C = 10-6C ) ou menos. A carga de um elétron, por outro
lado, é igual a 1,602 x 10-19C e seu sinal é negativo.
Observando a equação (1) notamos uma grande similaridade entre a lei de
Coulomb e a lei universal da gravitação. Ambas são inversamente proporcional ao
quadrado distância entre dois objetos ( F ∝ 1/r2 ). Ambas são proporcionais ao
produto de uma propriedade de cada corpo - massa para a gravitação e carga
para eletrostática. A maior diferença entre estas duas leis é que a gravitacional é
sempre atrativa, enquanto a eletrostática pode ser tanto repulsiva quanto
atrativa.
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
• A lei expressa na forma vetorial para a força elétrica exercida por uma carga
𝑞1 numa outra carga 𝑞2 , dita 𝐹Ԧ2(1) , é
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
• A força entre cargas elétricas pontuais pode ser exemplificada pelo exemplo
indicado na Fig. abaixo que permite analisar a Lei de Coulomb na sua forma
vetorial, quando as duas cargas tiverem o mesmo sinal ou sinais contrários,
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
• Vetorialmente expressamos a lei de Coulomb por;
a) Primeiro teorema das cascas: Uma partícula carregada situada do lado de fora
de uma casca esférica com uma distribuição uniforme de carga é atraída ou
repelida como se toda a carga estivesse situada no centro da casca.
b) Segundo teorema das cascas: Uma partícula carregada situada no interior de
uma casca esférica com uma distribuição uniforme de carga não é atraída
nem repelida pela casca.
(No primeiro teorema, supomos que a carga da casca é muito maior que a carga
da partícula, o que permite desprezar qualquer redistribuição da carga da casca
devido à presença da partícula.)
Exemplo
Exemplo 1:
Força Elétrica e a Lei de Coulomb
• Estes valores indicam, portanto, uma relação em que, neste caso, as forças
elétricas são da ordem de 1039 maiores do que as gravitacionais, o que
demonstra a sua importância para a formação da matéria. Neste ponto é muito
importante ressaltar que as forças elétricas são as responsàveis principais pela
estrutura atômica e molecular, dando este caracter da condensação da matéria,
levando, por exemplo, à rigidez dos sólidos.
Exemplo
Exemplo
Princípio da Superposição
A equação acima é válida para o módulo da força e precisamos representar o seu
caráter vetorial, assim como o fato da força ser atrativa ou repulsiva,
dependendo das cargas. Neste caso, definindo os termos como mostra a figura
42
Princípio da Superposição
onde Q e q são as cargas, situadas (no vácuo) nas posições 𝑟Ԧ e 𝑟′,
Ԧ
respectivamente, e 𝑟Ԧ − 𝑟′
Ԧ é o vetor que aponta de q para Q, a força elétrica
exercida pela carga q sobre a carga Q é dada vetorialmente pela lei de Coulomb
onde, por exemplo, 𝑭1,4 é a força atuando sobre a partícula 1 devido à presença
da partícula 4.
44
Princípio da Superposição
Se mais de uma carga estiver agindo sobre uma dada carga Q, então a força
resultante será dada pela soma vetorial de todas as forças, ou seja,
45
Pergunta 21-21
Uma casca esférica isolante, com um raio interno de 4,0 cm e um raio externo de
6,0 cm, possui uma distribuição de carga não uniforme. A densidade volumétrica
de carga ρ, cuja unidade no SI é o coulomb por metro cúbico, é a carga por
unidade de volume. No caso dessa casca, ρ = b/r, em que r é a distância em
metros a partir do centro da casca e b = 3,0 μC/𝑚2 . Qual é a carga total da casca?
Assim,
Problema (4)
Logo, teremos:
Para que a força resultante seja nula na carga q, por exemplo, a carga do vértice
superior esquerdo na Figura. Teremos a seguinte relação:
Problema (21-55)
Da carga Q que está presente em uma pequena esfera, uma fração α é transferida
para uma segunda esfera. As esferas podem ser tratadas como partículas. (a) Para
qual valor de α o módulo da força eletrostática F entre as duas esferas é o maior
possível? Determine (b) o menor e (c) o maior valor de α para o qual F é igual à
metade do valor máximo.