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em face de PREÇO BOM LTDA., pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº
(...), situada às margens da BR-230, Cabedelo, com fulcro das disposições legais pertinentes, pelos
motivos fatídicos e jurídicos a seguir apresentados:
DOS FATOS
Até este momento tudo correu dentro dos moldes previstos. Ocorre que, ao sair da loja foi
surpreendida pelo disparo do alarme antifurto da referida empresa. De pronto, o segurança
aproximou-se lhe pedindo que abrisse o pacote que conduzia, e apresentasse a nota fiscal das
mercadorias.
Percebe-se o constrangimento vivenciado pela Promovente, uma vez que a compra realizada
estava eivada de idoneidade, conforme nota fiscal anexa (se tiver). Todavia, o fato ocorrido não
condiz com o direito e a justiça.
A Promovida vasculhou as compras para averiguar se havia algo de errado. Pois bem, ao
fazer isso, constatou-se que ao passar as compras, a caixa, funcionária da empresa ora ré, esqueceu
de retirar o selo magnético contido nos produtos, que se presume, ser para evitar os imprevistos de
furto.
Ora Excelência, diante da conduta ilibada praticada pela autora, o ocorrido não se justifica,
uma vez que, acionado o alarme, olhares incriminadores e curiosos dos clientes do supermercado e
de todos que por ali passavam no momento do fato, foram lançados contra a consumidora que nada
fez para se encontrar nessa situação.
Por tanto, não se trata de um mero dissabor, mas sim de erro grave que constrangeu por
demais a Promovente, violando a sua personalidade e intimidade.
DO DIREITO
Conforme demonstrado atraves dos fatos, se fez notar que a Autora sofreu Danos Morais, uma
vez que conforme dispõe a Carta Magna em seu artigo 5º, inciso X, preconiza que:
Assim, a Constituição Federal ao consagrar em seu art.5º, a tutela do direito à indenização por
dano moral ou material decorrente de violação de direitos fundamentais, garante a reparação dos
prejuízos morais e materiais causados ao ser humano. Tal dispositivo assegura o direito da
preservação da dignidade da pessoa humana, da intimidade e da intangibilidade dos direitos da
personalidade. Caminhando nesse sentido podemos afirmar que o dano moral é aquele que fere os
direitos relativos à personalidade, no caso da Requerente o Dano Moral sofrido pode ser chamado de
Dano Moral Direto visto que lesou especificamente um direito extra patrimonial.
Acompanhando o pensamento da Carta Magna, o Doutrinador Carlos Alberto Bittar assevera
que:
E ainda a prerrogativa de pleitear pelos danos causados que decorrem de práticas abusivas,
que transgridem a figura do consumidor.
Trazemos à baila também o Código Civil vigente, mais especificamente o art. 186, que
esclarece que a negligência causada configurou num ilícito. E conjuntamente com o art. 927 do
mesmo diploma legal, deflagrou no dever de reparo por parte do ofensor, ainda que exclusivamente
moral.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer que V. Exa. julgue totalmente procedente os pedidos formulados
nesta ação, determinando:
Que a Requerida seja condenada a pagar a valor pecuniário arbitrado por V. Exa. à
título de danos morais, pelos abalos sofridos, constrangimento e aborrecimentos
decorrentes do equívico.
A inversão do ônus da prova em favor da Autora, conforme autoriza o art. 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor.
Nestes termos,
Pede deferimento.
João Pessoa, 24 de Fevereiro de 2011.