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Induce

Introducao

A construção civil é uma das atividades de maior impacto sobre o meio ambiente. Atualmente, existe
um esforço global para alcançar a sustentabilidade e o setor da construção deve estar englobado nesta
luta. Além disso, o canteiro de obras é o local onde se tem muito descarte de resíduos, sendo
importante fazer um estudo sobre o mesmo. O meio ambiente e a sustentabilidade tem passado por
processos danosos e que se não houver conscientização por parte de todos os setores da sociedade, não
haverá futuro possível para todos. Hoje continuamos enfrentando problemas ambientais de tipos e
intensidades diferentes que ameaçam nossa permanência na terra. O ambiente construído continua
crescendo e a maior parte deste crescimento ocorre nos países subdesenvolvidos e nos países em
desenvolvimento, devido ao aumento da população e ao crescimento econômico. Hoje existe um
aumento substancial de construções e isso leva a pensar em uma construção que seja sustentável. Desta
forma, o objetivo deste trabalho é verificar a importância da gestão de resíduos sólidos em canteiros de
obras. Este trabalho é realizado por meio de revisão bibliográfica, sendo ambos aspectos necessários ao
entendimento da dimensão através da qual as atividades das empresas construtoras de edifícios
interferem no meio ambiente e portanto, é necessário fazer a reciclagem dos resíduos sólidos. A revisão
bibliográfica possibilita o levantamento dos dados referentes ao desenvolvimento sustentável e sua
ligação com as empresas de construção civil, no que referente ao meio-ambiente.
Objectivo

Impacto da construção civil para o meio ambiente

Problemática

Ma gestão dos resíduos sólidos

Introdução

Entre diversas atividades produtivas, o setor de construção civil é um dos que mais geram
resíduos. Isso, muitas vezes, está relacionado à falta de processos adequados e aos materiais
disponibilizados para cada serviço
Dentre todos os setores da indústria, o setor da construção é o que mais consome recursos
naturais
Além de utilizar muitos recursos naturais, o setor da construção civil também é o maior gerador
de resíduos. Isso se tornou um grande desafio! Entre equilibrar a atividade produtiva e lucrativa
com o desenvolvimento sustentável consciente.
Introducao 2
Impactos ao meio ambiente

As atividades humanas impactam diretamente no meio ambiente. Estas atividades podem levar à
degradação, poluição e esgotamento das áreas que sofreram com a ação humana e a alteração do clima
do planeta. Dentre as ações humanas, as que mais impactam no meio ambiente é a indústria da
construção e por esse motivo é uma das forças motriz para o atendimento de metas de
desenvolvimento sustentável (SILVA, 2003).

É indiscutível que a construção civil necessita, com urgência, de estruturação do sistema de gestão da
qualidade e que todos os programas propostos possuem pontos positivos. Entretanto, o convencimento
deve ser para o reconhecimento da importância e vantagens de ter um sistema de gestão nos moldes da
realidade competitiva atual” (MAHFUZ, 2002, p. 3).

O setor da construção civil tem papel fundamental no desenvolvimento do país, no entanto,


causam diversos impactos ambientais, desde o consumo de recursos naturais para a produção
de insumos para o canteiro de obras, passando por mudanças de solo, áreas de sol e
vegetação, até os reflexos no aumento no gasto de energia elétrica, etc.
É fundamental que todo gestor conheça esses efeitos e busque alinhar suas obras para que os
danos sejam minimizados.

principais impactos ambientais da construção civil:

Poluição
A poluição é um dos impactos ambientais da construção civil, que acontece quando as
leis e normas não são respeitadas e as edificações são feitas sem o cuidado
necessário com o meio ambiente. Por exemplo, quando os sistemas de tratamento de
esgoto são construídos de forma errada, ou quando o armazenamento incorreto de
materiais pode acabar poluindo o solo, a água e o ar. 

Aumento do consumo de energia


O consumo de energia de um município pode aumentar consideravelmente com a
chegada de novas edificações. Além disso, existe muito desperdício de energia nos
canteiros de obra, com maquinárias ligadas enquanto não estão sendo usadas.
Desperdício de água
Este é um dos impactos ambientais mais sentidos na indústria da construção, por ser
difícil de ser controlado e quantificado. Com isso, as edificações devem ser preparadas
para a reutilização da água.

Geração de resíduos
Conforme resolução da CONAMA 307/2002 resíduos da construção civil são definidos como:
“os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, betão armado em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha.”
as consequências da geração de resíduos levam ao acúmulo em margens de rios, terrenos baldios e outros
locais inapropriados.
Esta geração de resíduos afeta inclusive a saúde pública, porque há a presença de material
orgânico, químico e tóxicos. Além de acumular água e favorecer a proliferação de insetos e
doenças.
A resolução divide os resíduos em quatro classes. São elas:

Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados

resíduos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos


provenientes de terraplanagem; resíduos de componentes cerâmicos (tijolos, blocos,
telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; resíduos de processo de
fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio fio
etc.) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações

plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.

**Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações


economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação. **

**Classe D: resíduos perigosos oriundos do processo de construção **

tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde


oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Segundo a home blog, as modificações do ambiente impactado pela construção vão além das
modificações do canteiro de obras. Elas estão presentes no local de extração de cada um dos
recursos demandados e ambientes onde os resíduos são depositados de maneira direta
(terrenos onde a empresa de construção deposita os entulhos) ou indireta (assoreamento
causado pelos resíduos sólidos que são levados de maneira não proposital).

O grande desafio que o setor da construção civil tem é, portanto, conciliar a magnitude
da produção, com condições que contribuam não apenas para a construção da
estrutura da cidade, mas que contribua também para a construção de uma cidade
sustentável; pensada e preparada para as gerações futuras.

No caso dos resíduos recicláveis e reutilizáveis as empresas ainda podem aderir


ao Mercado de Resíduos para negociá-los, gerando receita e transformando-os em
matérias primas para outras empresas.

Extração de areia

A EXTRACÇÃO de areia para várias finalidades na construção civil, constitui negócio que periga o
meio ambiente.

Apesar de ser uma actividade lucrativa para muitos, a mesma é exercida sem a observância das
regras que protegem a natureza, tal como se depreende das covas e buracos que pululam um pouco
pelos arredores das comunidades.

A actividade não é condenável, pois, o ser humano necessita dela para desenvolver algumas
actividades, destacando-se as obras de construção civil, porém, há necessidade de se respeitarem os
procedimentos devidos para que o uso do referido recurso seja sustentável e que não impeça, por
exemplo, a prática da agricultura, como base de sustento para várias famílias desta e de outras
regiões do país.

A extracção de forma exagerada provoca o assoreamento dos solos, a alteração do curso normal dos
rios e o desmoronamento da terra, sendo que este último perigo diz respeito à vida humana.

Porém, o sector do Meio Ambiente defende a necessidade de se usar a areia de acordo com os
volumes recomendados, pois, o uso indevido provoca danos e impede o desenvolvimento
socioeconómico.
Se existe um sector que tem vindo a ser relegado para o esquecimento em matéria legislativa esse
sector é o da construção. Na realidade, continua em vigor o velho Regulamento Geral de Edificações
Urbanas (aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 1976, de 10 de Março de 1960), bastante desajustado
em relação aos desafios rumo à sustentabilidade que se colocam a este sector de actividade. O Regime
de Licenciamento de Obras Particulares (aprovado pelo Decreto n.º 2/2004, de 31 de Março) pouco
disse em relação à protecção do ambiente. Sendo assim, torna-se necessário fazer aprovar um
instrumento legal que regule a actividade da construção, garantindo a necessária sustentabilidade
ambiental, através da previsão de normas que definam o tipo de matérias-primas, que promovam a
reciclagem e reutilização de materiais, que adeqúem as construções às diferentes Notas para reflexão
Grupo Ambiente – Parceiros de Cooperação 28 mudanças climáticas de que Moçambique é alvo, que
garantam a poupança energética, bem como a auto-suficiência hídrica (incluindo a captação de águas
pluviais e a reutilização e reciclagem de águas).

Conclusão
Diante do que foi apresentado neste estudo, é possível perceber como a gestão dos resíduos sólidos se
torna uma forma eficiente de preservação dos recursos naturais, fonte de renda para comunidades
envolvidas, melhoria da saúde pública e de indicadores locais para os municípios analisados.
Independente da nacionalidade. Em Moçambique, a gestão do resíduos sólidos das construções é da
competência dos empreiteiros e ou do dono da obra, constata-se, ainda, sérios problemas de falta de
atualização e de sistematização de informação sobre resíduos sólidos e isto representa uma grave
restrição para a obtenção de um conhecimento mais amplo da situação de momento (SEGALA et al
2008). A legislação ambiental moçambicana contém instrumentos importantes para permitir o avanço
necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos
decorrentes do manejo inadequado dos resíduos. Destaca-se o fato da legislação prever a redução na
geração de resíduos, propondo o reuso e o reaproveitamento destes materiais. Uma lacuna da
legislação é que não menciona a pertinência da elaboração de um Plano Estratégico Nacional e/ou
Municipal de Resíduos Sólidos das construções , instrumento estratégico da gestão, fundamental para
que o setor possa dispor de orientações e objetivos claros, bem como de uma estratégia de
investimento.
Recomendações

Recomenda-se a criação de sistemas de tratamento de esgoto


Recomenda-se a criação de um comité de gestão dos recursos sólidos provenientes
das construções
Recomenda-se a criação de uma lei criminal para as empresas infratoras
Bibliografia

https://www.sienge.com.br/blog/impactos-ambientais-causados-pela-construcao-civil/

https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/engenharia-civil/noticias/quais-sao-os-
principais-impactos-ambientais-da-construcao-civil

https://biofund.org.mz/wp-content/uploads/2017/03/O-Meio-Ambiente-em-Mocambique-2012-Serra-
et-al.pdf

https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9AEKHD/2/parte2.pdf

https://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/capital/nampula/77297-extraccao-de-areia-negocio-que-
periga-o-meio-ambiente

https://www.vgresiduos.com.br/blog/residuos-da-construcao-civil-construindo-valores-de-
sustentabilidade/

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