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AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X

Autos nº ....

EMERSON, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº ..., residente e


domiciliado no endereço ..., neste ato por seu procurador ao final identificado, com endereço
profissional constante no instrumento de mandato em anexo, vem perante Vossa Excelência,
nos termos do art. 994, inciso II, do CPC, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, contra a
decisão interlocutória proferida pelo juízo da 2ª Vara de Família da Comarca Y nos autos da
ação de alimentos movida por RAFAELA, menos impúbere, representada por sua genitora
Melina, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF nº ..., residente e domiciliada
no endereço ..., pelas razões de direito a seguir expostas.

Termos em que pede deferimento.

Cidade, data.

Nome do Advogado(a) OAB nº ...


AOS DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X

Agravante: Emerson

Agravada: Rafaela

Juízo de Origem: 2ª Vara de Família da Comarca Y Autos de origem nº ....

I – DA SÍNTESE DA LIDE

Em novembro/ 2020, Rafaela (sobrenome), menor impúbere, representada por sua genitora,
Melina (Sobrenome), ajuizou Ação de Alimentos em face do agravante, pai da menor, na
Comarca Y onde o Tribunal de Justiça do Estado X implantou o processo judicial eletrônico
em todas as instâncias. Na petição inicial a requerente alegou que é filha do requerido,
conforme a certidão de nascimento anexada, narrou que o requerido é torneiro mecânico em
uma fábrica e que tem rendimento mensal, de aproximadamente, R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Diante do exposto, a requerente postulou a fixação de alimentos provisórios e definitivos em
50% do salário mínimo.

Na decisão proferida pelo juízo da 2ª Vara de Família da Comarca Y, foram concedidos os


benefícios da gratuidade da justiça à requerente, bem como o magistrado fixou os alimentos
provisórios em 30% dos rendimentos líquidos.

- Dada à demissão do Agravante, conforme Rescisão contratual, constante na sua carteira de


trabalho, o mesmo se encontra em situação financeira instável, e ainda, convive em regime de
união estável com Viviane (sobrenome) e junto com ela tem uma filha de 2 anos; atualmente,
vivendo de “bicos”, para o sustento da sua família, não tendo condições de pagar, a título de
alimentos provisórios, um valor que ultrapasse 15% do salário mínimo e assim garantir a
subsistência com um mínimo de dignidade, para ele e sua família, dada à sua atual situação.

Contudo, reconhece a obrigação de prestar alimentos à agravada menor, mas demonstrando a


falta de condições de suportar o valor fixado, visto que, com a nova família e despesas
suportadas para sua manutenção, com moradia, água, energia, alimentação e as despesas
básicas e necessárias a uma criança tão jovem, conforme descritos e comprovados a seguir.
II– DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO

Cabe o recurso de Agravo de Instrumento, nos termos do art. 1.015, inciso I, do CPC, pois se
trata de decisão interlocutória, que versa sobre medida provisória que concede alimentos
provisórios.

O Agravante foi intimado da decisão interlocutória de na data de (...), conforme certidão


protocolizada nos autos sob o nr., tendo seu prazo inicial recursal se iniciado em (...). Assim,
nos termos do disposto no art. 1.017, inciso I do Código de Processo Civil o presente recurso
é tempestivo.

O Agravante deixa de colacionar aos autos, o comprovante de preparo, eis que requereu os
benefícios da Assistência Judiciária Gratuita (Arts. 98 ao 102 do CPC, c/c Lei n° 1.060/50),
conforme petição protocolizada nos autos sob o nr., e aguardo deferimento, consoante ao
disposto no art. 1.007 do Código de Processo Civil.

A fim de comprovar a capacidade prestativa do agravante, são apresentando os seguintes


documentos:

(enumerar as despensas mensais: boletos de água, luz, aluguel, se houver, cupons fiscais de
supermercado, farmácia e demais gastos, a fim de comprovar os gastos suportados para
manutenção dos demais dependentes).

III – DAS RAZÕES DO RECURSO

Conforme a Rescisão de contrato de trabalho, constante em sua Carteira de trabalho, o


agravante se encontra em situação de desemprego involuntário, não possuindo a renda
declarada pela agravada, vivendo de “bicos”, de forma que sua situação financeira no
momento, é instável e sua renda é incerta, possuindo ainda, companheira e outra filha, que
vivem às suas expensas. Dispõe o Art. 1.694, §1º, do Código Civil de 2002:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante


e dos recursos da pessoa obrigada.
Assim, os alimentos devem ser fixados, de forma que garanta ao requerido, além do
pagamento dos alimentos provisórios, um mínimo para a subsistência digna, sua e de sua
família.

Caio Mario da Silva Pereira, entende que:

Os alimentos devem ser prestados por aquele que os forneça sem desfalque do
necessário ao próprio sustento. O alimentante os prestará sem desfalque do
necessário ao próprio sustento. Não encontra amparo legal que a prestação de
alimentos vá reduzi-lo a condições precárias, ou lhe imponha sacrificio para a sua
condição social. Dai dizer-se que tanto se exime de prestá-los aquele que não o pode
fazer sem sacrificio de sua própria subsistência, quanto aquele que se porá em risco
de sacrificá-la se vier a dá-los.

IV – DA TUTELA DE URGÊNCIA RECURSAL

Como exaustivamente mencionado alhures, sobre a decisão interlocutória proferida pelo


douto Juízo a quo, com a efetivação da mesma, ocasionará em grandes transtornos quanto a
obrigação alimentar do Agravante para com sua nova família, inclusive sua outra filha, que
assim como a Agravada, também é menor, conforme demonstrado nos fatos.

Assim, faz-se necessário a concessão liminar da tutela antecipada pleiteada no sentido de


suspender a eficácia da decisão, tendo como pleito sua reforma, no termos do art. 1.019, I do
CPC, já que a manutenção do pagamento do valor fixado, lhe causará grandes transtornos para
a satisfação e manutenção básica de sua nova família.

V – DOS PEDIDOS

ANTE O EXPOSTO, Requer o Agravante ao Excelentíssimo Senhor Desembargador Relator,


sejam acolhidas as razões ora aduzidas, afim que:

1. Seja conhecido e provido o presente recurso;


2. Seja concedido liminarmente os benefícios da justiça gratuita ao Agravante, nos termos dos
arts. 98 ao 102 e art. 1.019 ambos do CPC;

3. Que seja intimado, o Ministério Público, para que se manifeste

4. Seja o presente recurso recebido no modo Suspensivo, com a concessão total do efeito ativo
para antecipar a tutela recursal, reformando a decisão interlocutória da qual fixou os alimentos
provisórios em 30% dos rendimentos líquidos

5. Que seja provido o presente recurso, com a minoração do alimentos provisórios para 15%
sobre o salário mínimo vigente, que atualmente corresponde ao valor de R$ XXX,XX (valor
por extenso), oficiando-se o Juízo "a quo", até ulterior julgamento, e por fim consequente
prosseguimento da ação principal, pelos fundamentos acima expostos, nos termos do art.
1.019, inciso I do CPC, como medida de inteira Justiça.

VI – DOS ADVOGADOS DAS PARTES

Do advogado do Agravante:

Nome ..., OAB nº ..., endereço do escritório ...

Do advogado do Agravado:

Nome ..., OAB nº ..., endereço do escritório ...

Termos em que pede deferimento.


Cidade, data.

Nome do Advogado(a)
OAB nº ...

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