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USO DE PLANTAS MEDICINAIS E POTENCIAL RISCO


DE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS NO
BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
USE OF MEDICINAL PLANTS AND POTENTIAL RISK OF DRUG INTERACTION IN ELDERLY
PEOPLE IN BRAZIL: AN INTEGRATIVE REVIEW
DOI: http://dx.doi.org/10.16891/2317-434X.v9.e1.a2021.pp948-959 Recebido em: 13.07.2020 | Aceito em: 10.09.2020

Cicero Jerfesson Ferreira Silva, Pedro Walisson Gomes Feitosa*a, José Leonardo Gomes
RESUMOFelix, Iri Sandro Pampolha Lima
Coelho, Esther Barbosa Gonçalves

Universidade Federal do Cariri - UFCAa


E-mail: gomesfeitosa.walisson@outlook.com

RESUMO

O envelhecimento é um evento natural, acarretando alterações significativas que constantemente estão relacionadas
ao aparecimento de comorbidades, apresentando doenças crônico-degenerativas nos indivíduos que requerem um
tratamento continuo e uma terapia medicamentosa extensa. Um número significativo de idosos faz o uso
concomitante de medicamentos e plantas medicinais, alterando o planejamento farmacológico receitado por
profissionais da saúde através de fórmulas e preparações naturais, advindas do conhecimento empírico transmitido
pelos saberes populares tradicionais. O objetivo deste artigo é discutir, segundo a literatura científica, os potenciais
riscos de interação medicamentosa envolvendo o uso de plantas medicinais e fármacos por idosos no Brasil. Artigos
publicados entre 2015 e 2020 foram selecionados nas bases de dados SciELO e PubMed para este trabalho de
revisão, utilizando os descritores “Interação Medicamentosa”, “Idosos” e “Medicina Popular”. Foram incluídos estudos
realizados no Brasil, publicados em português e inglês, disponíveis na integra e de forma gratuita no período de abril
a junho de 2020. Um total 123 artigos foram localizados nas bases de dados, dos quais 11 trabalhos, publicados
nos últimos cinco anos, cumpriram os critérios de inclusão deste estudo, sendo incluído na amostra final. Com esta
revisão de literatura evidenciou-se que a utilização de plantas medicinais está presente com alta recorrência nos
hábitos da população idosa do país. Percebe-se que há um desconhecimento por parte dos adeptos do uso de plantas
medicinais sobre os riscos do uso inadequado e concomitante com medicamentos. Esse fator mostra a carência de
orientações quanto aos riscos do uso concomitante de recursos naturais como plantas medicinais, e fármacos,
estando o sujeito passível a ocorrência de interações medicamentosas significativas que podem culminar com a piora
de suas afecções.
Palavras-chave: Interação Medicamentosa; Idosos; Medicina Popular.

ABSTRACT

Aging is a natural event, causing significant changes that are constantly related to the appearance of comorbidities,
presenting chronic-degenerative diseases in individuals who require continuous treatment and extensive drug
therapy. A significant number of elderly people use concomitant medicines and medicinal plants, changing the
pharmacological planning prescribed by health professionals through natural formulas and preparations, arising from
the empirical knowledge transmitted by traditional popular knowledge. The objective of this article is to discuss,
according to the scientific literature, the potential risks of drug interaction involving the use of medicinal plants and
drugs by the elderly in Brazil. Articles published between 2015 and 2020 were selected in the SciELO and PubMed
databases for this review work, using the descriptors "Drug Interaction", "Elderly" and "Popular Medicine". Studies
carried out in Brazil, published in Portuguese and English, available in full and free of charge from April to June 2020
were included. In total 123 articles were found and of these 11 met the requirements for the work. This literature
review showed that the use of medicinal plants is present with high recurrence in the habits of the elderly population
in the country. It is noticed that there is a lack of knowledge on the part of the adepts of the use of medicinal plants
about the risks of inappropriate and concomitant use with medicines. This factor shows the lack of guidance on the
risks of the concomitant use of natural resources such as medicinal plants, and drugs, with the subject being

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susceptible to the occurrence of significant drug interactions that can culminate in the worsening of his conditions.
Keyword: Drug Interaction; Seniors; Traditional Medicine

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INTRODUÇÃO

O uso de plantas para fins medicinais remonta ao albumina e diminuição do metabolismo basal que podem
início das primeiras formas de convívio entre indivíduos. promover aumento do riso de interações medicamentosas
Desde a antiguidade, os povos antigos utilizavam plantas e interações medicamento-planta medicinal (SILVIA et
como recursos alimentícios e, nesse processo, percebiam al, 2018).
que certas espécies de plantas tinham potencial benéfico No contexto farmacológico, as alterações
para determinadas patologias. À priori, os recursos fisiológicas acometem os mecanismos farmacocinéticos
naturais eram utilizados de forma empírica e, tantos e farmacodinâmicos. Na primeira, a absorção encontra-
resultados positivos quantos os efeitos tóxicos, passavam se reduzida, com diminuição de secreções e do
entre as gerações de forma oral. À medida que os povos esvaziamento gástrico, da motilidade e aumento do pH.
ganhavam habilidades para suprir suas necessidades, A distribuição é afetada pela diminuição da massa
novos recursos terapêuticos e formas de manipulação dos corporal total, devido a redução da massa corpórea
materiais vegetais foram aprimorados (SOUZA et al, magra, favorecendo uma maior permanência de
2016). fármacos lipossolúveis, com aumento da meia-vida e
Essas práticas populares em saúde integram os eliminação dos mesmos (CROMBAG et al, 2016).
costumes e crenças de sociedades em diversas partes do Segundo Braz et al, (2018) o metabolismo
mundo, sendo de maior recorrência em países hepático é afetado, pois há uma redução da massa e do
subdesenvolvidos, como o Brasil. Os brasileiros, devido fluxo sanguíneo para o fígado, o que modifica o
a sua herança histórica, marcada pela miscigenação metabolismo de primeira passagem e a biotransformação
cultura entre diferentes povos, somaram seus das drogas. Na eliminação, tem-se uma redução do fluxo
conhecimentos e costumes, o que acarretou em uma sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular,
extensa variedade de saberes acerca da utilização de causando uma redução da depuração das drogas
propriedades dos recursos naturais para o cuidado em (DENIC; GLASSOCK; RULE, 2017). Em nível
saúde (SANTOS et al, 2016). farmacodinâmico, o organismo apresenta uma
O uso de chás, infusões, banhos e outros diminuição em números e na afinidade dos receptores
produtos advindos de plantas medicinais está presente que coordenam as respostas fisiológicas normais e
em todos os espaços sociais, urbanos e rurais, consequentemente dos fármacos utilizados nas
permanecendo pelos significados relacionados à herança desordens do organismo.
cultural dos povos (ARAÚJO, 2016; SZERWIESK et al, O uso da medicina tradicional foi visto pela
2017). Estudos epidemiológicos demonstram que uma Organização Mundial da Saúde como sendo algo a ser
grande parcela da população brasileira é adepta do uso mantido e protegido pelas comunidades no mundo.
de plantas medicinais para fins terapêuticos, sendo Devido a herança cultural, fácil acesso dos recursos
majoritariamente representados por pessoas com idade naturais, custo acessível e a rica biodiversidade do país,
igual ou superior a 60 anos. Esses indivíduos acreditam foi criada no Brasil a Política Nacional de Plantas
que recursos naturais podem ser usados rotineiramente Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que visa a
sem uma indicação adequada, pois, em suas concepções, promoção, por meio de políticas públicas, e a integração
não acarretam prejuízos ao organismo (PEREIRA et al, da medicina tradicional como uma alternativa,
2016). garantindo a segurança, eficácia, qualidade, assim como,
O envelhecimento traz mudanças fisiológicas ampliar o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos
significativas associadas ao aparecimento de (GADELHA et al, 2015).
comorbidades que podem causar incapacidade funcional, Há controvérsias na literatura quanto ao uso
como Diabete mellitus tipo 2 (DM2), Hipertensão irracional de plantas medicinais como recurso
arterial sistêmica (HAS) e os Transtornos terapêutico devido às interações medicamentosas,
neuropsiquiátricos. As doenças crônico-degenerativas, superdosagem e a utilização de espécies com potencial
ou também citadas como doenças crônicas não efeito tóxico. É considerada tóxica toda planta ou
transmissíveis, requerem um tratamento contínuo com determinado componente desta que, quando em contato
frequente necessidade de politerapia, em uso contínuo de com tecidos do corpo, desencadeiam algum dano
cinco ou mais medicamentos (SILVIA et al, 2018). metabólico local ou sistêmico (SANTOS et al, 2016).
Percebe-se que no idoso saudável, há também, a Este estudo objetiva discutir os potenciais riscos de
ocorrência de alterações funcionais importantes. interação medicamentosa entre fármacos e plantas
Geralmente tem-se diminuição da água corporal, medicinais utilizados por idosos no Brasil.
aumento do tecido adiposo, diminuição dos níveis de

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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Artigos publicados entre 2015 e 2020
disponibilizados no banco de dados SciELO e PUBMED Os resultados da estratégia de busca estão
foram selecionados para este artigo de revisão, utilizando apresentados no fluxograma da pesquisa (Figura 1). Dos
os descritores “Interação Medicamentosa”, “Idosos” e 123 artigos identificados inicialmente, 11 foram
“Medicina Popular”. Foram incluídos trabalhos incluídos na amostra final após análise, sendo excluído
realizados no Brasil, publicados em português e inglês, os artigos que não se adequaram ao objetivo deste estudo.
disponíveis na íntegra e de forma gratuita. Foram Os resultados evidenciam a prevalência da utilização de
excluídos outros artigos de revisão, comentários de plantas medicinais por idosos em conjunto à terapia
literatura, editoriais, comunicações e cartas ao editor propostas para as principais doenças que acometem os
(Figura-1). Os artigos foram lidos na integra e as indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Os
informações dispostas em uma planilha com o (s) autor artigos selecionados discorrem sobre os potenciais riscos
(es) e ano de publicação, estado brasileiro, objetivo, de interação medicamentosa existente nessa prática
metodologia, resultados e conclusão, apresentados em medicinal milenar (Quadro 1).
Quadro-1.

Figura 1. Fluxograma da busca e síntese dos artigos selecionados.

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Quadro 1. Distribuição dos estudos por autor (es) e ano de publicação, Estado do Brasil, objetivo, metodologia,
resultado e conclusão (2015-2020).

AUTORES ESTADO
OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADO CONCLUSÃO
E ANO BRASILEIRO
Estudo com
idosos O estudo concluiu que
Participaram 22 idosos Os resultados mostraram que
polimedicados, há a necessidade de
submetidos a um além dos medicamentos
hipertensos e avaliação das
questionário sobre de prescritos, os participantes
diabéticos que orientações dos
SCHEID; plantas medicinais, suas faziam uso de plantas medicinais,
Rio Grande do fazem uso de serviços de saúde para
FAJARDO, indicações, forma e principalmente em forma de
Sul plantas com idosos
2020 frequência de preparo, chás. A camomila e a marcela
medicinais e que polimedicados, devido
obtenção e se foram as mais utilizadas.
estivessem ao maior risco
conhecimento dos Jambolão e a pata de vaca
cadastrados a envolvendo essa faixa
riscos. também.
uma unidade de etária.
saúde.
Avaliar a
experiência da
No estudo percebeu-se se o O trabalho pretendeu
educação em
A metodologia se conhecimento das idosas e dos mostrar a importância
saúde como
baseou em uma membros do Programa NEL das atividades de
meio de
atividade ativa usando condiziam ou não com o uso educação em saúde,
promoção do uso
flipchart para adequado. As respostas não afirmando a orientação
racional de
construção de registros coerentes eram corrigidas. do uso racional de
SILVA; plantas
de dúvidas e de Alguns indivíduos detinham um recursos naturais,
ARRUDA, Ceará medicinais para
informações durante o conhecimento rico sobre os como plantas
2020 com idosos
processo em uma roda espécimes apresentados. As medicinais.
residentes de
de conversa. A equipe residentes que atuavam no local Abordagens
uma instituição
passou por treinamento também participaram da roda de ilustrativas e
de longa
e criação do material conversa. As idosas eram expositivas mostraram
permanência
pedagógico. dependentes do que a instituição bons resultados e
localizada na
oferecia. aceitação.
cidade de
Fortaleza.
Pesquisa do tipo A pesquisa evidenciou que
O objetivo do
quantitativa, descritiva, idosos portadores de hipertensão
estudo Devido a
exploratória e com corte arterial fazem o uso empírico de
relacionou-se vulnerabilidade dessa
transversal, realizada plantas medicinais, assim como,
aos riscos da faixa etária, percebeu-
COSTA et Rio Grande do em um centro Geriátrico associam os medicamentos
utilização de se com o trabalho a
al, 2019 Norte de referência, Mossoró- prescritos para essa afecção.
plantas importância de
RN. Os dados foram Muitos acreditam no poder de
medicinais por práticas educativas em
coletados por meio de cura das plantas, consumindo-as
idosos saúde.
um questionário por meio da automedicação.
hipertensos
aplicado a 37 idosos.
O trabalho
92,9% dos participantes eram do Concluiu-se uma
objetiva listar os
sexo feminino. Além da DM2, prevalência da
aspectos Pesquisa do tipo
94,3% dos entrevistados utilizam de plantas
socioculturais e quantitativa, transversal,
apresentavam HAS e 66,19% medicinais para o
clínicos observacional e
SILVA et utilizavam plantas medicinais tratamento do
Piauí envolvendo o descritiva A coleta dos
al, 2018 para o tratamento da diabetes, diabetes. Destacando a
uso de plantas dados aconteceu pela
sendo utilizados os espécimes importância de
medicinais por aplicação de
pata-de-vaca, chá da baga e práticas voltadas a
idosos com questionários.
semente de Jucá e o chá do saúde desses
Diabetes
Canapum. indivíduos.
Mellitus tipo 2.
Esclarecer Nordestinos que se Foram citadas 131 plantas Os migrantes foram
através de dados mudaram para São medicinais e 315 receitas, sendo expostos à cultura
ROMANU;
quantitativos e Paulo, foram as mais usadas para problemas local e acabaram
MENDES;
São Paulo qualitativos os entrevistados por um respiratórios, gastrointestinais e mudando algumas de
CARLINI,
fatores método semiestruturado, processos inflamatórios. A suas práticas
2018
envolvidos no cujo foco era o uso de utilização de plantas medicinais familiares, assim
uso de plantas plantas medicinais que continuou após migração. A como, o acesso a

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medicinais por faziam uso atual. descontinuação do uso se deu novos recursos
migrantes da pelo acesso a medicamentos. terapêuticos.
zona rural para
zona urbana no
Brasil.

Dos participantes, 15%


O objetivo do afirmaram receberem orientação.
estudo foi As plantas eram adquiridas
Por meio do
investigar a através da compra, de vizinhos,
conhecimento
utilização de O estudo foi do tipo quintais ou de fundações
cientifico, os
SANTOS plantas observacional, analítico, filantrópicas. 46% afirmou terem
Ceará profissionais de saúde
et al, 2017 medicinais por transversal com bons resultados. A erva-cidreira e
podem promover o uso
idosos em uma abordagem quantitativa. chá foram os mais citados.
de práticas educativas
casa de apoio na Canela, boldo, erva-doce,
em saúde.
cidade de campim-santo, malvarisco,
Quixadá-CE. hortelã-pimenta também foram
citadas.
Relatar a
experiência do
uso de plantas
Foram citados 25 espécimes,
medicinais para 30 idosos de uma cidade A metodologia pode
sendo que desse total 52% era de
o tratamento de do Sergipe foram ser aplicada em outras
uso comum em toda a
enfermidades em entrevistados por meio comunidades para
comunidade para problemas de
SANTOS geral, pela de um questionário nortear profissionais
Sergipe pressão alta, gastrointestinais e
et al, 2016 população de aberto, seguida de de saúde sobre a
cicatrizantes. Percebeu-se erros
Japaratuba - SE oficinas sobre cultivo e correta orientação
de manipulação dos espécimes,
e elaborar e uso de plantas correta em saúde na
sendo corrigidos por meio de
executar um medicinais. atenção primária.
oficinas.
plano na área de
educação em
saúde.
Por meio do
trabalho
Por meio dos
objetivou-se Os principais espécimes foram
Realizou-se uma oficina encontros, pode-se
trazer aos idosos apresentados, segundo sua
sobre o controle das levar aos idosos uma
a reflexão sobre devida orientação. Os métodos
principais doenças que reflexão sobre a
a importância do de preparo foram abordados. As
acometem a velhice. Os relação qualidade de
ROCHA et autocuidado para plantas citadas faziam parte da
Rio de Janeiro espécimes foram vida e ações de
al, 2016 a qualidade de região do Centro de Convivência
apresentados, autocuidado, assim
suas vidas como, açafrão, alfavaca, boldo
explanando seu uso como, a prevenção de
através de ações do chile, cana do brejo, cânfora,
correto e riscos doenças e o uso
desenvolvidas no cavalinha, erva-cidreira, funcho,
relacionados. correto das plantas
Centro de hortelã e semente de vinagreira.
medicinais.
Convivência do
Idoso.
Os resultados demonstraram a
O uso de plantas
prevalência de mulheres. Os
Estudo do tipo medicinais faz parte da
espécimes utilizados foram,
exploratório e rotina dos idosos. A
arnica, arruda, boldo, melissa,
Identificar o uso descritivo, realizado em forma de preparo e a
carqueja, espinheira-santa,
PEREIRA de plantas uma associação de parte da planta
Paraná guaco, erva-doce, capim-limão,
et al, 2016 medicinais por saúde voltada para utilizada mostram o
hortelã, alecrim e camomila. As
idosos. idosos. Um questionário conhecimento
plantas eram obtidas dos
semiestruturado foi tradicional dos
quintais, de vizinhos,
aplicado. mesmos sobre plantas
supermercados/lojas de produtos
medicinais.
naturais e por último, farmácias.
A pesquisa do tipo 71,3% dos participantes eram do O trabalho verificou a
O objetivo do
quantitativo, sexo feminino. A idade média prevalência do não
estudo baseou-se
exploratório, descritivo entre 60 e 69 anos. Os conhecimento
no conhecimento
SANTOS e de campo, e o participantes que conheciam o toxicológico das
Goiânia dos idosos frente
et al, 2015 questionário potencial tóxico das plantas, não plantas pelos idosos.
ao conhecimento
semiestruturado, com haviam nunca foram à escola ou Com isso, visa a
de plantas
informações, cuidados e terminaram o primário. A importância de
toxicas.
conhecimento sobre Comigo-ninguém-pode, Leiteiro práticas educativas em

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plantas tóxicas. da Amazônia, Copo de leite, espécimes vegetais


Espirradeira, Arruda e Guiné. com potencial tóxico.
Um número de 94 indivíduos
A utilização de plantas
com predominância de mulheres,
O objetivo do medicinais é prática
Metodologia do tipo com idade até 62 anos, classe
estudo foi comum entre idosos,
seccional e quantitativo, social D, renda média de um
apontar o uso de principalmente
onde se aplicou um salário mínimo e escolaridade
plantas relacionados a
SILVA et questionário a 94 com ensino fundamental. Dos
Pernambuco medicinais por automedicação. Por
al, 2015 idosos. Os indivíduos entrevistados 90,4% utilizavam
idosos usuários isso a importância de
responderam a um plantas medicinais. 40 plantas
de uma Unidade profissionais de saúde
questionário foram citadas. 98% dos idosos
Básica de Saúde habilitados para
semiestruturado. relataram não terem recebidos
da Família. auxiliar através de
nenhuma orientação e 78,72%
práticas educativas.
aprenderam com parentes.

Ladeira et al, (2017) e Borges et al, (2017) comunidades principalmente nos municípios do interior.
referem que a população idosa mundial é crescente em Assim, Vieira (2017) retrata um aspecto importante
um fenômeno que inverte a pirâmide etária. No Brasil, os relacionado aos riscos que os indivíduos se expõem
idosos são definidos como os indivíduos com idade igual quando do uso de plantas medicinais, uma vez que estas
ou superior a 60 anos. O envelhecimento é um processo são as maiores fontes de xenobióticos. Plantas são
dinâmico de caráter progressivo com mudanças produtoras de substâncias tóxicas estruturalmente
morfológicas, funcionais, psicossociais e bioquímicas, as diversificadas que estão ligadas, geralmente, à defesa
quais se determinam por perda progressiva das imunológica.
capacidades de manutenção homeostáticas. Todos esses O ser humano desenvolveu a capacidade de
fatos propiciam o aparecimento de processos patológicos, metabolizar algumas dessas substâncias. Todavia, grande
assim como a alta prevalência de doenças crônicas não parte dos agentes que compõe estes recursos naturais
transmissíveis. podem ser danosos ao organismo, lesionando tecidos e
Szerwiesk et al, (2017) evidencia que os idosos interrompendo eventos homeostáticos. Essas
fazem uso de plantas medicinais essencialmente pelos propriedades podem ser somadas ou propiciadas pela
fatores culturais, relacionados aos seus antepassados. interação com os fármacos diversos utilizados pelos
Essa percepção também é defendida por Pereira et al, indivíduos, como anti-hipertensivos e antidepressivos,
(2016) que aborda a resistência dessa população idosa aos ocasionando, por vezes, intoxicação(VIREIRA,2017).
tratamentos medicamentosos. A maioria desses Além disso, Pagno et al, (2018) propõe que, com o
indivíduos vive em regiões interioranas, descendem de envelhecimento, o metabolismo dos medicamentos e de
grupos tradicionais que utilizam da medicina natural substâncias exógenas se torna mais lento, atribuindo esta
milenarmente, defendendo esta como uma alternativa característica à diminuição da depuração hepática e renal.
mais benéfica, de baixo custo e de fácil acesso (Quadro Nesse viés, Agbabiaka et al, (2018) afirma que as
2). interações medicamentosas em idosos podem ser
Questões socioeconômicas, nível de descritas como um problema de saúde pública pelas
escolaridade, religiosidade e fatores culturais favorecem especificidades desta faixa etária.
a presença e utilização de plantas medicinais por

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Literatura

Quadro 2. Distribuição das principais plantas medicinais utilizadas, nome científico, parte vegetal utilizada, usos
populares, princípio ativo envolvido e interação medicamentosa.

Planta Nome Parte Princípio (s) Ativo (s)


Uso na Medicina Popular Interação
Medicinal Científico Utilizada
Anti-inflamatório, óleo essencial,
Rosmarinus antisséptico da cavidade oral triterpenóides,
Folhas e flores Não evidenciado
Alecrim officinalis L e tópico, afecções da pele e naftoquinonas, taninos,
couro cabeludo, antimicótico e flavonóides
Não deve ser utilizado em
Problemas respiratórios,
Terpenos, associação com
alterações vasculares,
organosulfurados, anticoagulantes orais, heparina,
auxiliando na prevenção da
Alho Allium sativum Bulbo ácidos graxos, agentes trombolíticos,
aterosclerose. Coadjuvante na
saponinas e antiagregantes plaquetários e
hipertensão arterial e
fenilpropanoides AINES, pois pode aumentar o
hiperlipidemia.
risco de hemorragias.
Tanino, biflavonóides,
Schinus ácidos triterpênicos,
Casca do caule Anti-inflamatório e
terebinthifolius óleo essencial, Não evidenciado
Aroeira seca cicatrizante ginecológico
Raddi. monoterpenos,
sesquiterpenos
ácidos graxos,
aminoácidos, enzimas,
Interação moderada com
Gel Cicatrizante, anti- polissacarídeos,
Aloe vera (L.) hipoglicemiantes, diuréticos,
Babosa mucilaginoso inflamatório, analgésico, flavonoides, saponinas
Burm. f. laxantes e interação grave com
das folhas emoliente e antisséptico esteroidais,
digoxina
antraquinonas e oxalato
de cálcio.
Alcaloides,
Peumus boldo Colagogo, colerético e nas flavonoides, cumarina,
Boldo Folhas Anticoagulantes
molina dispepsias funcionais sesquiterpenoides e
taninos.
óleo essencial,
Antiespasmódico, ansiolítico flavonóides, cumarinas,
Interações com varfarina,
Matricaria e sedativo leve. ácidos graxos,
Camomila Inflorescências estatinas e contraceptivos
chamomilla L. Antiinflamatório em afecções glicosídeos,
orais.
da cavidade oral cianogênicos, colina,
taninos
Antiespasmódico (do sistema óleos voláteis (mirceno,
Cymbopogon digestório), problemas citral, geranial, neural,
Capim Pode potencializar o efeito de
citratus (DC.) Folhas respiratórios (expectorante e citronelal, citronelol),
Santo medicamentos sedativos
Stapf. descongestionante) e sedativo ácidos orgânicos e
leve flavonoides
Antiespasmódica analgésica,
antidispéptico, ansiolítico e O uso concomitante com
Erva Melissa óleos voláteis, taninos,
Folhas e flores sedativo leve, hipotensora paracetamol pode aumentar a
Cidreira officinalis L. flavonoides e iridoides
leve, antigripal, expectorante toxicidade desse fármaco
dor de cabeça.
Frutos (sementes): ação
antiespasmódica,
óleos voláteis,
hepatoprotetora, carminativa
Frutos flavonoides, compostos
Erva Pimpinella e expectorante,
(sementes) e fenólicos, constituintes Não evidenciado
Doce anisum L. descongestionante das vias
folhas estrogênicos,
aéreas superiores. Folhas:
fitoesteróis
digestiva, sedativa,
cicatrizante e antisséptica.

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Literatura

Aumenta as ações
Auxiliar da digestão, farmacológicas felodipino;
óleos voláteis (mentol,
tratamento de parasitoses sinvatastina através da inibição
Mentha carvona, cineol,
Hortelã Folhas intestinais e diarreias da enzima CYP-450 3A4
spicata limoleno), taninos e
causadas por ameba e elevando as concentrações
flavonoides
giardíase plasmáticas; ciclosporina
apresenta redução dos níveis
Afecção catarral, afecção
Caesalpinia Casca do pulmonar, amídalas, asma,
Jucá flavonóides e taninos Não evidenciado
ferrea tronco cicatrização, cólica intestinal,
contusão, diabetes
Má digestão e cólicas
Achyrocline intestinais; como sedativo Flavonoides,
Marcela Inflorescências Não evidenciado
satureioides L. leve; e como anti glicosídeos quercetina
inflamatório
Hipoglicemiante, purgativo e
Pata de Bauhinia Raízes, cascas, diurético. Problemas no trato flavonóides, alcalóides, potenciação de medicamentos
vaca forficata folhas, flores urinário. Redutor de saponinas e glicosídeos antidiabéticos e da insulina
colesterol e triglicerídeos.
Fonte: EMER et al, 2019; TANAKA et al, 2018; CARVALHO et al, 2018; JÚNIOR et al, 2016.

Awortwe et al, (2018) também inferiu que os Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), apresenta-se como
riscos da interação envolvendo plantas medicinais e uma oportunidade para as populações com pouco acesso
medicamentos é um problema de saúde pública que deve aos serviços de saúde, assim, o conhecimento tradicional
ser minimizado, haja vista a possibilidade de cientificamente demonstrado auxilia na diminuição de
prolongamento do período de hospitalização e aumento gastos com medicamentos. Posteriormente à PNPMF, foi
da morbimortalidade aos quais estão relacionados. criada em 2006 a Política Nacional de Práticas
Spanakis et al, (2019) refere que um em cada dois Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) a fim de
indivíduos com doenças crônicas faz uso de produtos à consolidar os conhecimentos populares das práticas
base de plantas para melhorar os sinais e sintomas. alternativas em saúde, assim como na integração do ser
É evidente, dessa forma, que os constituintes humano com o meio ambiente e a sociedade, com a
fitoquímicos têm influência direta sobre os mecanismos possibilidade do desenvolvimento e promoção do
fisiológicos de farmacocinética e farmacodinâmica. autocuidado (CORRÊA et al, 2016)
Akhter (2018) afirma que a interação entre medicamento Como frisa Silva et al, (2017), os profissionais da
e plantas medicinais envolve mecanismos relacionados à saúde devem estar preparados para promover a educação
farmacocinética como absorção, distribuição, e em saúde sobre o uso racional de plantas medicinais.
metabolismo de excreção que modificam as Médicos, enfermeiros, farmacêuticos e demais
concentrações dos fármacos e seus metabólitos, assim profissionais da saúde devem estar preparados para
como mecanismos farmacodinâmicos, com alterações na orientar os usuários de plantas medicinais, assumindo um
resposta farmacológica ligadas à mecanismos aditivos, caráter educador, com o objetivo de garantir e promover
sinérgicos ou antagônicos. o uso racional desses recursos. Fatores relacionados à
Além da interação medicamentosa, Lima; indicação, ao preparo, contraindicação e toxicidade
Nascimento; Silva (2016) pontua os riscos associados a devem ser de conhecimento dos profissionais de saúde,
utilização de plantas medicinais que são condicionadas de integrando o conhecimento popular ao científico e
forma inadequada. Questões como a coleta e o auxiliando a promoção da saúde (SILVA et al, 2017;
armazenamento dos materiais vegetais devem ser LOPES et al, 2019)
analisados, pois influenciam no teor de princípio ativo.
Durante o armazenamento do material vegetal, este pode CONSIDERAÇÕES FINAIS
estar sujeito ao crescimento de microrganismos
indesejáveis, como fungos. Esses organismos, por meio Mesmo com o crescente número de
da fermentação e decomposição, podem produzir medicamentos industrializados disponíveis, percebe-se
metabólicos indesejáveis e muitas vezes tóxicos para o que o uso de plantas medicinais ainda faz parte do
ser humano. As utilizações de folhas contaminadas cotidiano de indivíduos idosos de forma recorrente. Além
usadas em infusões de chá, por exemplo, podem trazer do tratamento disponível para os principais agravos que
riscos adicionais ao organismo. acometem essa faixa etária, identifica-se o uso irracional
A implantação da Política Nacional de Plantas de recursos naturais como meio alternativo ou
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Revisão de
Literatura

complementar à terapia. Isso se deve à influência da diversas enfermidades, o que pode ser um risco, pois o
herança, crenças populares, fácil disponibilidade e preço mesmo espécime vegetal pode conter diversos nomes
acessível. populares, de acordo com a região do país.
Os riscos do uso irracional decorrem de Percebe-se que os adeptos do uso de plantas
características relacionadas à espécie vegetal utilizada, medicinais desconhecem os riscos envolvidos e atestam
que possui substâncias ativas farmacologicamente ou que as matérias de origem vegetal são inofensivas.
não, que podem interagir com os medicamentos usados Ressalta-se a necessidade de profissionais da área da
pelo paciente. A forma que as preparações são saúde capacitados, que reconheçam as principais plantas
produzidas, armazenadas e utilizadas influenciam no teor medicinais utilizadas em sua região, assim como seu
dos princípios ativos e seu potencial como substâncias potencial para interação medicamentosa.
tóxicas. É comum o uso de uma mesma planta para

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