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“O primo era fisicamente muito parecido com o tio Vernon.

Tinha uma cara grande e


rosada, um pescoço curto, olhos de um azul deslavado e espessos cabelos loiros,
uniformemente penteados na sua cabecinha gorda. A tia Petúnia dizia muitas vezes que
ele parecia um anjinho… Harry costumava dizer que ele parecia um porco chinó.”
- J. K. Rowling, Harry Potter e a Pedra Filosofal

“Com passinhos curtos, anda dobrado como se tivesse dores de bexiga. A cara e os olhos
são vermelhos, ensopados de sangue. Carrega tudo aos ombros com uma complicação de
cordéis, promete-me uma pensão muito boa, mesmo na Praça, “que é já ali” e convida-
me a segui-lo com os seus olhos lastimosos de aguardente. Está uma manhã bonita, com
um sol íntimo dourando ao ar, um vento leve da planície, fresco de orvalhos. À minha
frente, o moço de fretes, agachado sobre si, vai dançando um estranho ritmo de arame
com os seus passos saltitados.”
- Vergílio Ferreira, Aparição

“Esse mar, coberto pelas grandes Hébridas do norte e do sul, abrigado pela terra a
nascente, era como uma lagoa cujas águas o vento não conseguira ainda agitar.”
- Júlio Verne, O raio verde

“O Espectro contornou uma árvore de tronco largo e observou o caminho. Estava


demasiado escuro para a visão de qualquer homem, mas, para ele, o raio mais ténue de
luar era como o esplendor solar perfurando os ramos das árvores: cada detalhe aparecia
nítido e exato ao seu olhar inquiridor. Permaneceu estranhamente calado, segurando uma
espada pálida na mão. Uma linha finíssima acompanhava a curva da lâmina. A arma era
suficientemente fina para deslizar por entre um par de costelas, e, no entanto, robusta o
bastante para rasgar a armadura mais resistente.”
- Christopher Paolini, Eragon

“Vi a possibilidade de fugir para o jardim. Gosto muito de jardinagem. Estava eu


ocupado a exterminar raízes de dentes-de-leão quando ali perto soa um grito de aviso e
um corpo pesado me passa a assobiar junto dos ouvidos e cai aos meus pés com um
repelente som de esborrachamento. Era uma abóbora!
Olhei para cima zangado. Apareceu uma cara por cima do muro, à minha esquerda. Uma
cabeça com forma de ovo, parcialmente coberta com cabelo suspeitosamente negro, dois
imensos bigodes e um par de olhos atentos.”
-Agatha Christie, O assassinato de Roger Ackroyd

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