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RESERVATÓRIOS PARALELEPIPEDICOS E PISCINAS


LIVRO 3
ROBERTO CHUST CARVALHO / ANTÔNIO DE FARIA

Capítulo 3 -RESERVATÓRIOS

3.1. Introdução
Obra recorrente a atividade humana são os reservatórios de água sempre necessários
pois o homem depende de grande quantidade de água potável e tratada para sobreviver.
Perto de uma edificação ou próxima dos arredores das cidades é sempre necessário se ter
pequenos reservatórios para unidades de edificações (que podem ser inclusive pré-
moldados); reservatórios de tamanho médio para abastecer uma edificação coletiva (prédios
residenciais, escolas etc); ou ainda reservatórios de grandes dimensões para abastecimento
de cidades, regiões, industrias etc.
Para efeito de análise pode-se classificar os reservatórios de concreto armado em
reservatórios em cascas e em forma de paralelepípedos chamados de paralelepipédicos,. Os
primeiros são aqueles que tem pelo menos em uma parte dos mesmos um elemento
trabalhando como casca (estrutura de forma delgada cujo eixo, médio não contido em um
plano). Estes não fazem parte deste trabalho. Um esquema deum reservatório com parede
cilíndrica e cobertura em casca esférica é mostrado na figura 3 ^ 1 - \

Figura 3.1- Reservatório em Casca. Parede cilíndrica e cobertura esférica.

Os reservatórios cujo plano médio de seus elementos estão contidos em um plano,


também chamados de caixas d'água, constituem paralelepípedos e podem ser calculados
considerando-se como compostos por um conjunto de placas e chapas. Na figura 3.2
mostra-se um reservatório com este aspecto elevado onde são nomeados os elementos de
face, ^tampa superior, laje inferior e finalmente os pilares de apoio. Tanto a tampa como a
superfície do fundo irá trabalhar (dependendo da relação entre os lados) como uma placa
(lajes) armada em duas direções. Já as paredes laterais atuam de duas formas. Para conter o
líquido dentro do reservatório as paredes se comportam como placas só que submetidas
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agora a um ação de empuxo d'água e portanto com distribuição linear (triangular). Em


relação a ação dos esforços gravitacionais, dependendo da relação das dimensões
(comprimento e altura), a parede trabalha como viga parede.

400 FACE 3
(posterior)

FACE 4
(lateral esquerda) FACE 4

< P3(20X30)

s?w FACE 1
(frontal)
FACE 2
(lateral direita)

J)P1(20X30) 1 P2(20X30)

CORTE 11 (plano a) CORTE 22 (plano (3)


500 Laje da tampa
400 Laje datampa

!
1 h
í
1

v
_ ___ — — i
1
N
J3 Laje do fundo
T itie- ri

PLANTA 500

Figura 3.2 - Desenho esquemático de um reservatório de água em forma de


paralelepípedo.
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3.2- RESERVATÓRIOS PARALELEPIPIDICOS


Os reservatórios com formato de paralelepípedos são bastante usados para
instalações de prédios residenciais e comerciais de grande altura. Para outros tipos de
edificações como fabricas, por exemplo, pode-se usar reservatórios em casca para
aproveitar também o efeito estético dos mesmos.
No caso dos reservatórios em forma de paralelepípedo há mais facilidade no uso de
formas, que podem ser deslizantes, trepantes ou reaprovetáveis. Assim, neste capítulo só
são tratados os reservatórios em forma de paralelepípedo que são chamados a partir de
agora apenas de reservatórios.
Uma primeira classificação para estes tipos de reservatórios pode ser dada por:
a)elevados;
b) de superfície;
c)enterrados.
Os dois primeiros não têm ação da terra nas paredes laterais. Na figura 3.2 vê-se um
reservatório elevado típico de prédio alto residencial ou comercial com seus principais
elementos indicados. São mostradas também o mesmo reservatório na situação superficial
e enterrada. Ver figura 3.3.

RESERVATÓRIO ELEVADO
FACE 3
(posterior)

4
esquerda) FACE 4
P3(20X30)

ateral direita)

P2(20X30)

FACE 3
RESERVATÓRIO SUPERFICIAL (posterior) RESERVATÓRIO ENTERRADO

Figura 33 Reservatórios típicos de edifício alto na situação de elevado, superficial e


enterrado.
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Todos eles podem ainda se enquadrar em outra classificação em relação a proporção


das dimensões da cuba h - altura, b-comprimento e a- largura.
1) Cúbicos; são aquelas onde os dois lados e a altura são da mesma ordem de
grandeza, ou seja, a~ b~ h.
2) Achatados :são aqueles onde a altura é muito menor do que os outros dois
lados, ou seja, h« a e b .;
Alongados;, onde o comprimento é bem maior do que a largura e altura, ou seja,
a» b e h

Na verdade em prédios residenciais ou comerciais em geral os reservatórios são ou


elevados ou enterrados os de superfície são mais usados para sistemas de abastecimento de
água e portanto, em geral, de maior porte.
A seguir são estudados quais os modelos estruturais que podem ser empregados
para o cálculo de reservatórios elevados, superficiais e enterrados.

3.3-Reservatórios elevados
Na figura 3.2 mostra-se esquematicamente um reservatório elevado com seus
componentes principais. Como se vê na figura um reservatório normalmente é composto
por duas lajes horizontais (uma fazendo o papel de tampa e outra a de fundo) e quatro
paredes e finalmente os pilares que no caso em questão são em número de quatro.
A tampa funciona com placa apoiada no seu contorno nas paredes verticais que
devido a rigidez à flexão podem ser consideradas como apoios indeslocáveis na vertical. As
ações atuantes na tampa são a de peso próprio da mesma, revestimento, impermeabilização
e alguma sobrecarga acidental para colocação de equipamentos ou mesmo carga acidental
devido a pessoas que fazem manutenção do reservatório. Assim, fica caracterizado o
comportamento de placa para a tampa, pois se tem um elemento com duas dimensões
maiores que a espessura do mesmo e as ações atuantes neste elemento são perpendiculares
ao plano do mesmo (definido pelo plano médio horizontal que contem os dois lados).
Ainda como as cargas são uniformes e os apoios no contorno indeslocáveis podem ser
usadas as tabelas do capítulo 7 de CARVALHO & FIGUEIREDO FILHO (2007).
Mesmo raciocínio pode ser desenvolvendo para laje de fundo com a diferença que a
carga acidental neste caso é composta pelo peso da água armazenada. Neste caso mesmo
que haja especificações par evitar o transbordamento do reservatório é comum usar-se toda
a altura do reservatório para considerar para o peso da coluna d'água. A outra diferença é
que as paredes devem absorver as cargas verticais da laje do fundo através de "suspensão"
das cargas, ou seja, funcionam como vigas-parede invertidas e para tanto precisam de
armadura que conduzam as reações da laje do fundo na parte inferior da parede para a parte
superior. Convém também, neste caso, verificar a capacidade de resistência ao cortante
sem armadura transversal, cia Y£
No caso das paredes laterais o funcionamento é mais complexo, pois a parede
funciona, geralmente, como placa para as ações laterais provocadas pela água e como viga
parede para absorver as ações verticais da tampa e laje do fundo (na figura 3.4 indica-se
emquais situações se tem placa e chapa)
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PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA


ELEMENTO PLANO PLANO MÉDIO

PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA


CHAPA . .LAJE

Figura 3.4 - Elementos Planos: Chapa (quando as ações contem o


plano médio) Laje (quando as ações são perpendiculares ao plano médio

Todos estes modelos dependem fundamentalmente das relações entre dimensões dos
elementos. Se o reservatório, por exemplo, for muito comprido as lajes laterais, a tampa e o
fundo passam a trabalhar com o comportamento de lajes armadas em uma direção (a
menor) e assim passa a ser mais realístico trabalhar com um "pórtico plano fechado"
>
composto por lajes laterais, a tampa e o fundo. Em relação às cargas verticais as paredes
laterais passam a funcionar como vigas normais se a altura (dimensão vertical do
reservatório) for menor que duas vezes o vão (comprimento).
Conforme já escrito há dois tipos de modelos de cálculo um primeiro em que as três
dimensões do paralelepípedo são próximas e outra em que uma das dimensões
(comprimento) é pelo menos duas vezes a outra dimensão. Define-se desta forma dois tipos
de reservatórios os curtos e os alongados que esquematicamente mostrados na figura 3.5
400 FACE 3 400 FACES
(posterior) (posterior)

FACE 4
FACE 4 FACE 4
(lateral esquerda)
P3(20X30) FACE 4 P3(20X30)
(lateral esquerda)

FACE 2 FACE 2
(lateral direita) (lateral direita)

P2(20X30)
P1(20X30)

P2(20X30)

P1(20X30)

Figura 3.5 Reservatórios típicos de edifício alto na situação de elevado, com pequeno
comprimento (curtos) e grande comprimento (alongados).
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33.1- Modelo de cálculo de reservatórios curtos.


Neste item são mostradas as principais hipóteses para o cálculo dos elementos de
reservatórios curtos.
3.3.1.1-Flexão
De uma maneira geral o modelo dos reservatórios já foi discutido anteriormente e
consiste em considerar, devido o empuxo hidrostático, todas os elementos trabalhando
como placas, (a tampa embora não sujeita a pressão hidrostática também trabalha como
placa) e as paredes laterais trabalhando como vigas-parede apoiadas nos pilares e recebendo
a ação da tampa e da laje do fundo.

Quadro 3.1 - Características dos principais elementos de um reservatório elevado e


curto
ELEMENTO AÇÃO TIPO MODELO
Tampa Peso próprio, impermeabilização, acidental uniforme Placa
Fundo Peso próprio, impermeabilização, água uniforme Placa
Paredes Ação da água linear Placa
Paredes Peso próprio, ação da tampa e fundo Uniforme(*) Viga-parede
* As reações das lajes nas paredes são consideradas, como usualmente, lineares embora a
distribuição real seja bem diferente.

No quadro 3.1 são mostradas resumidamente as características dos diversos


elementos de um reservatório curto. Cumpre lembrar que para as lajes das paredes não se
aplicam as tabelas do capítulo 7 de CARVALHO e FGUEIREDO FILHO (2007) que se
aplicam apenas para carga uniforme. No final deste capítulo são apresentadas algumas
tabelas para o caso de carregamento linear.
Resta ainda verificar as condições de contorno das placas em relação à rotação,
lembrando que pelas soluções clássicas se tem apenas a possibilidade de giro totalmente
impedido (apoio com engaste) e giro totalmente livre (apoio simples).
Para fazer esta análise inicia-se com o estudo da tampa e o fundo. Considerando um
reservatório curto cortado pelo plano a (ver figura 3.2) tem-se esquematicamente a situação
de ações como a representada na figura 3.6. Nesta mesma figura indica-se como ocorreriam
as rotações relativas (se houvesse rotula) nas ligações dos elementos de parede com a tampa
e o fundo.
No caso da tampa o detalhe da rotação (detalhe l da figura 3.6) da mesma sob ação
das cargas gravitacionais (peso próprio, impermeabilização e acidental) se faz no sentido
horário (ângulo y), o giro da parede sob a ação do empuxo da água (ângulo Ô) também
ocorre no mesmo sentido de giro. Assim é mais próximo da realidade considerar a tampa
ligada à parede lateral sem impedimento de giro, ou seja, simplesmente apoiada.
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CORTE 11 (plano a) CORTE 11 (planoa)


Detalhe l
Laje da tamr
f
—-
Parede lat eral
S k" J\\
Parede
lateral

Laje do fun
a
Detalhe 2L
Detalhe l

Figura 3.6 Seção transversal de reservatório curto com esquema de ações e


deformações entre os elementos tampa-parede e parede-fundo com rotações relativas
(a ação da água na laje inferior foi desenhada abaixo da laje do fundo para melhor
visualização).

Para a laje do fundo o detalhe da rotação (detalhe 2 da figura 3.6) da mesma sob
ação das cargas gravitacionais (peso próprio, impermeabilização e água) se faz no sentido
horário (ângulo cp), o giro da parede sob a ação do empuxo da água (ângulo s) ocorre no
sentido anti-horário. Assim há uma tendência de impedimento de giro que pode ser
retratado mais fielmente pela consideração de um engaste para o contorno da laje de fundo.
Esta situação se repete para corte p da figura 3.2 mostrando que o esquema de cálculo da
laje de tampa e de fundo são aqueles mostrados esquematicamente em 3.7
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Tampa Fundo

1
q

f
.

Figura 3.7 Esquema das lajes da tampa e do fundo que eqüivalem a lajes
simplesmente apoiada e engastada no contorno respectivamente.

A tampa e a laje do fundo estão submetidas às ações verticais, gravitacionais,


uniformes e perpendicular aos seus planos médios podendo portanto ser calculadas através
da tabela do capítulo 7 do CARVALHO e FIGUE1REDI FILHO (2007) usando o caso l
(simplesmente apoiada) e 9 (engastada em todo o contorno) respectivamente.
Para analisar as paredes do reservatório sob a ação da pressão da água fez-se um
corte horizontal no reservatório obtendo-se o esquema mostrado na figura 3.8 em que é
indicada também a tendência de deformação das mesmas. Como pode ser visto na figura
3.8a rotação relativa de uma parede em relação a outra (detalhe 1) é sempre oposta da outra
em relação a esta levando a concluir que o esquema mais próximo da realidade para a
questão de giro é a consideração do engastamento na ligação entre duas paredes.

CORTE EM PLANTA ESQUEMA DA ESTRUTURA


APÓS A DEFORMAÇÃO

Parede lateral nnri i



.. •-

i
• —-
111111

ESTRUTURA DEFORMADA

Figura 3.8 Esquema das lajes da tampa e do fundo que eqüivalem a lajes
simplesmente apoiada e engastada no contorno respectivamente.
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Unindo as conclusões desta análise as aquelas feitas anteriormente chega-se aos esquemas
para as paredes laterais e frontais devido a ação da água indicados na figura 3.9.

CORTE 22 (plano/S) CORTE 11 (plano a)


c b

l
Parede frontal e posterior

Laje do fundo Laje do fundo

Figura 3.9 Esquema das lajes relativa as paredes laterais, frontal e do fundo,
submetidas a ação do empuxo d'ágna.

3.3.1.2-Tração
Quando se faz o dimensionamento à flexão das lajes do reservatório (parede, tampa
e laje do fundo) é preciso considerar o efeito da tração que os outros elementos de contorno
podem provocar. Assim, como mostra a figura 3.10 há trações tanto nas paredes como na
laje de tampa como laje de fundo devido a atuação da água em parede perpendicular a eles.

Tração na parede 3

Empuxo de água na parede l

Figura 3.10 - Tração atuante nas paredes, lajes da tampa e do fundo devido a ação da
água.
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Embora os valores de ação sejam variáveis pode, simplificadamente, serem considerados


como indica a figura 3.10. Para determinar a resultante nas paredes e nas lajes da tampa e
do fundo pode-se determinar a resultante usando o procedimento de linhas de ruptura
descrito no capítulo 7 de CARVALHO e FIGEUIREIDO FILHO (2007) com o teorema
usado em sapatas no capítulo 6 de CARVALHO e MIRANDA (2009)
CORTE 22 (plano/S) CORTE 11 (plano a)
b

Laje do fundo Laje do fundo

Figura 3.11 — Esquema para distribuição de forças de tração de uma parede lateral
nos elementos adjacentes. Linhas de ruptura e centro de gravidade de cada a ser
considerada.
Para considerar a força de tração na tampa, por exemplo, após traçar as linhas de ruptura
(45° em bordas vizinha com mesma condição de apoio e com 30° em caso contrário) e
definida a região superior l (no caso um trapézio). Calcula-se a área e o a posição do cg
desta região Calcula-se a pressão de água no cg da região e multiplica-se o valor desta
pressão pela área da figura. O resultado obtido é o que atua tracionando a tampa, que poder
ser considerado uniformemente distribuído na mesma.

33.2) VIGAS PAREDES


Como afirmado anteriormente os elementos laterais trabalham como placa mas
podem também trabalhar como vigas paredes. Assim neste item mostra-se como pode ser
feito o cálculo de vigas paredes.
De acordo com a Norma Brasileira (ABNT NBR 6118:2003) são considerados
como elementos especiais os elementos estruturais que se caracterizam por um
comportamento que não respeita a hipótese das seções planas, por não serem
suficientemente longos para que se dissipem as perturbações localizadas. Vigas-parede,
consolos e dentes Gerber, bem como sapatas e blocos, são elementos desse tipo.
Os elementos especiais devem ser calculados e dimensionados por modelos teóricos
apropriados, quando não contemplados por esta Norma. Tendo em vista a responsabilidade
desses elementos na estrutura, deve-se majorar as solicitações de cálculo por um coeficiente
adicional yn, conforme ABNT NBR 8681.
São consideradas vigas-parede as vigas altas em que a relação entre o vão e a altura
l/h é inferior a 2 em vigas biapoiadas e inferior a 3 em vigas contínuas. Elas podem receber
carregamentos superior ou inferior (ver esquemas da figura 3.12).

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