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SETEBES

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


CAMPUS AVANÇADO CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
A HISTÓRIA DA IGREJA PRIMITIVA

Disciplina: Introdução Bíblica II / Geografia Bíblica

2001
“Se os apóstolos só tivessem saído da
Palestina depois que todos os judeus tivessem
sido convertidos; eles ainda estariam lá, e nós
estaríamos cá perdidos.”
Pastor René Lotta
SUMÁRIO

SUMÁRIO.....................................................................................................................03

INTRODUÇÃO.............................................................................................................05
CAPÍTULO I - A IGREJA DE CRISTO: OS PRIMEIROS SÉCULOS......................06
CAPÍTULO II - A MARCHA DO CRISTIANISMO PARA O OCIDENTE..............08

II.1- O Propósito Divino................................................................................................08


II.2- Os Propagadores do Evangelho.............................................................................09
II.2.1- Paulo........................................................ ..........................................................10
a) Paulo era um homem de visão...................................................................................11
b) Características...........................................................................................................13
II.2.2- Pedro...................................................................................................................13
a) Características........................................................ ..................................................13
b) Os sete passos de sua queda......................................................................................14
II.2.3- Filipe...................................................................................................................14
II.2.4- Barnabé………………………………………………………………………..15
CAPÍTULO III- A IGREJA ENVIANDO....................................................................16

a) Colaboração....................................................... .......................................................16
b) Comunicação........................................................ ....................................................16
CAPÍTULO IV - VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PEDRO, DE FILIPE E
JOÃO........................................................ ....................................................................17
CAPÍTULO V - CAMINHOS DE PAULO..................................................................20
CAPÍTULO VI - A VIAGEM DE SAULO A DAMASCO.........................................21
CAPÍTULO VII- PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO.23

CAPÍTULO VIII - SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO


PAULO ..................................................................................................................................
......25

CAPÍTULO IX - TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO.28

CAPÍTULO X - VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO A ROMA......30

CAPÍTULO XI – MISSÕES NA IGREJA PRIMITIVA...............................................32


a) Visão Mundial................................................................................................................32
b) Poder..............................................................................................................................32
c) Envolvimento total.........................................................................................................32
CAPÍTULO XII - FATORES E CONDIÇÕES QUE FAVORECERAM A EXPANSÃO
DO EVANGELHO.............................................................................................................33

XII.1- Fatores Provenientes dos Gregos.............................................................................33


XII. 2- Fatores Provenientes dos Judeus............................................................................33
XII.3- Fatores Provenientes dos Romanos.........................................................................33

XII.4- Algumas Condições do Império Romano................................................................34

a) Satisfação pessoal...........................................................................................................34

b) Condições favoráveis para aceitar o amor de Deus........................................................34

c) Contra o Cristianismo.....................................................................................................34
CONCLUSÃO....................................................................................................................35
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................36
INTRODUÇÃO

A Expansão do Cristianismo, este é o tema pelo qual este trabalho percorrerá. Será
relatado o crescimento do Cristianismo para o ocidente, iniciando o cumprimento do último
Mandamento de Jesus a seus seguidores de pregar o Evangelho a toda a criatura.

Até então os apóstolos não haviam compreendido o alcance da Grande Comissão.


Queriam estabelecer uma igreja cristã judaica composta de judeus convertidos e judeus
prosélitos cristianizando assim a igreja judia, ao invés de se lançarem ao mundo pagão para
evangelizá-lo .

Porém, após a onda de perseguição pela morte de Estevão o Cristianismo recebeu


poderoso impulso, resultado da dispersarão dos cristãos naquela região.

Assim, houve então a primeira campanha evangelística fora de Jerusalém, e em


especial com viagens de Felipe, Pedro e Paulo foi derrubando a parede de separação entre os
judeus e gentios, abrindo as portas para dar Boas Vindas aos pagãos.

Enfim, ocorrendo assim um avivamento que se estendeu por toda a região. Cumprindo
o propósito divino de formar um novo povo, composto de gentios e judeus que desfrutassem
igualmente da plenitude da Salvação.
CAPÍTULO I

A IGREJA DE CRISTO – OS PRIMEIROS SÉCULOS

A perseguição à igreja, movida por Saulo de Tarso, antes de sua conversão, quando

adotou o nome Paulo, e a morte do primeiro mártir, Estevão, acusado de blasfêmia (Atos

6:11), teve como conseqüência à expansão do cristianismo para além das fronteiras da

Palestina, quando fugitivos da perseguição alcançaram a Fenícia, Chipre e Antioquia. A

conversão de Paulo, que antes perseguia os cristãos, contribuiu enormemente para a

divulgação da nova fé.

Depois do final da era apostólica, um período de cerca de quarenta anos permaneceu

obscuro na história do cristianismo. Há indicações de que essa época, em que foram escritos

os evangelhos e as epístolas, conheceu muitas mudanças e intenso trabalho missionário. Por

volta do ano 100, o cristianismo já se havia estabelecido na Macedônia, na Anatólia, na Síria,

na Grécia, em Roma e, possivelmente, no Egito. Apesar das diferenças entre as igrejas nas

várias localidades onde se firmou o cristianismo, sua organização se deu em meados do século

II e foi um dos meios usados pela igreja nascente para combater mais efetivamente as heresias

da época.

No final do século II, a igreja cristã já se denominava universal, termo usado pela

primeira vez por Inácio de Antioquia. A primeira tentativa de estabelecer o cânon do Novo

Testamento é também desse período. Ao redor do ano 150 d.C, a Bíblia grega foi traduzida

para o latim, para uso na África. A partir do ano 300 d.C, quando o cristianismo já estava

presente em todos os pontos do império (incluindo agora o norte da África, a Itália central, a

Gália meridional e a Espanha), vários oficiais do governo e funcionários imperiais se


converteram, levando o cristianismo para as classes mais altas da sociedade e também a

membros do exército romano.

No século IV, a situação mudou radicalmente, em especial no Ocidente, primeiro com

o afastamento voluntário de Diocleciano, em 305 d.C., e depois com um edito de tolerância

para com os cristãos, de Galério, "sob a condição de que nada pratiquem que seja contrário à

disciplina".

Constantino, aclamado imperador no Oriente, partiu para a conquista do Ocidente.

Durante o sono, imaginou ter visto as iniciais do nome de Cristo, com a inscrição in hoc signo

vinces ("com este sinal vencerás").

Ao triunfar na batalha contra Maxêncio, em 312 d.C., aderiu ao cristianismo e, em 313

d.C., concedeu plena liberdade aos cristãos. Em 323, com a derrota de Licínio, que ainda

controlava parte do império, foram abolidas totalmente as perseguições ao cristianismo.

Iniciou-se assim uma nova fase de sua história: a união com o poder político, que culminou

sob o governo de Teodósio I, em 380 d.C., quando foi proclamada religião oficial do Estado.
CAPÍTULO II

A MARCHA DO CRISTIANISMO PARA O OCIDENTE

O berço do Cristianismo é Israel. O Senhor Jesus pregou em toda Palestina ,

demorando-se mais ao norte. Morreu, foi sepultado e ressuscitou em Jerusalém. Nesta cidade

desceu o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Assim, vê-se pois que a igreja nasceu em

Jerusalém e seus membros se estruturaram para dar continuidade à obra de Jesus. Formando-

se então na grande e poderosa igreja, que se espalhou por toda a Judéia, Galiléia e Samaria

(Atos 9:31).

A Bíblia nos relata que o período em que a igreja cristã viveu seu maior crescimento

foi o do primeiro século de nossa era. Ali começou o movimento de missões. Os oito

primeiros capítulos do livro de Atos dos Apóstolos explicam a razão desse crescimento. Os

discípulos deveriam estar revestidos de poder, verso 4, antes de sair para alcançar as nações

com o Evangelho. Em Atos 1:8 encontramos a base e a amplitude do plano de Deus para que

a igreja executasse missões. Focalizaremos neste artigo a igreja primitiva e a obra missionária.

II.1- O Propósito Divino

A perseguição foi o instrumento usado por Deus para desaglutinar à igreja de


Jerusalém e alcançar outros povos. Para descentralizar os cristãos de Jerusalém, Deus
permitiu a perseguição que começou com a morte de Estevão. E com este acontecimento os
cristãos convertidos de Jerusalém que eram cerca de 100.00 cristãos foram espalhados. Estes
dispersos se dividiram em dois grupos: um que pregava o evangelho aos judeus e o outro que
além dos judeus pregou também para os gentios , formando assim em Antioquia da Síria o
grande centro de influência cristã para os gentios.

Segundo a ordem do Senhor Jesus (Mateus 28:19-20) e com determinações específicas


em (Atos 8:1) o Evangelho seria pregado : a) Jerusalém, b) Judéia, c) Samaria, d) Confins da
Terra.

a) Jerusalém e Judéia - A igreja inicialmente se concentrou em Jerusalém. Entretanto,


Deus estava firme em seu propósito de levar a bênção do Evangelho às outras regiões e, por
fim, a todas as nações. Ocorreu então que, com a perseguição vinda diretamente contra a
igreja de Jerusalém, os que foram dispersos começaram a pregar em toda parte por onde
passavam, At 8: 1, 4 e 5: 11, 19, 20 e 13: 46, 47. Com a morte de Estevão, At 6 e 7, as
testemunhas de Jesus foram espalhadas.

b) Samaria - Felipe prega em Samaria, At 8: 4-8, e em missão transcultural prega ao


etíope, um alto oficial da rainha de Candace, que crê e pede para ser batizado naquele mesmo
dia, At 8: 26, 28-36 e 39. A história indica que aquele etíope pode ter preparado o caminho
para o posterior estabelecimento de milhares de igrejas no longínquo vale do Nilo, na África.

c) Gentio romano - Pedro prega para Cornélio, um centurião romano. Foi difícil para
Pedro, ainda que cheio do Espírito Santo, aceitar a conversão de um gentio. Mas, após uma
visão, entendeu que Deus não faz acepção de pessoas, At 10: 9, 23, 34 e 35

d) “(...) até os confins da terra” - Saulo, escolhido por Deus para levar a mensagem
aos gentios, At 9: 15, 16, cumpre com êxito a sua tarefa. Em pouco mais de dez anos, e em
três viagens missionárias, ele estabelece a igreja em quatro províncias do Império Romano:
Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia, At 13: 2, 14: 28, 15: 40, 18: 23 e 21: 17.

A expressão “...até os confins da terra” já não parecia uma utopia; tornou-se realidade.

Paulo foi um dos que temos que acompanhar os passos pelos continentes, através das
nações, nas cidades e até de casa em casa, na ousadia da pregação do Evangelho, no
sofrimento, na fome ou no perigo, na nudez ou nos naufrágios (II Cr.11). Ele passou de
perseguidor a perseguido, por amor a Jesus e ao Evangelho de Boas novas.
II.2- Os Propagadores do Evangelho

Após o martírio de Estevão, conforme já fora dito, muitos apóstolos deixaram

Jerusalém e passaram a pregar em toda parte. Filipe, Pedro e João conseguiram conversões

em Samaria (Atos 8), território quase proibido para os judeus religiosos. A região costeira da

Judéia até Cesaréia também, foi evangelizada por Pedro e Filipe.

Assim, a marcha do Cristianismo para o ocidente se iniciou com as viagens de Filipe

e Pedro; porém o grande começo nós encontramos nas viagens de Paulo, que com ousadia

pregou o Evangelho e lançou-se à obra da evangelização mundial com incrível vigor.

Mas, quem eram esses homens dispostos a deixar tudo e levar o Evangelho até os

confins da terra? Vejamos pois a biografia de alguns desses servos que a despeito dos

empecilhos trilharam os caminhos do Senhor e auxiliaram na expansão do Evangelho de

Cristo.

II.2.1- Paulo

O livro de Atos dos apóstolos, traz o relato de um homem convertido ao cristianismo,


que posteriormente se tornaria o grande idealizador e pregador dos preceitos éticos
normativos que formaram o corpo doutrinal dos cristãos, que se encontra exposto na Bíblia.
Paulo, que era chamado de Saulo, era um

fabricante de tendas. Teve seu nome mudado

quando em uma viagem para Damasco para

matar cristãos, foi visitado por Jesus que o

perguntou porque o perseguia, então ele viu que

o que fazia pensando ser bom (porque era

judeu), não era, assim se convertendo ao

cristianismo (Atos 9), Deus então disse que

deveria se chamar Paulo que quer dizer

pequeno. A partir dele, o Cristianismo se

propagaria por todo o mundo mediterrâneo,

através de suas quatro viagens missionárias que

fez, fundando e auxiliando comunidades cristãs,

nas várias províncias submetidas ao julgo romano naquele período.

Filho de pais judeus, nascido em Tarso na Sicília, por volta do ano 10 d. C., deles

herdou o título de cidadão romano assim como uma severa educação aos moldes do

farisaísmo, e também uma boa educação helênica, principalmente na filosofia estóica, que

marcará profundamente sua teologia.

Seu envolvimento com o cristianismo divide-se em dois momentos: primeiro, um

perseguidor convicto dos cristãos (Atos 8;9); e, a seguir, um perseguido, depois do episódio

da Estrada de Damasco (Atos 10:20-30).


Foi durante sua Segunda Viagem Missionária que Paulo chega à cidade de Corinto,

onde funda uma comunidade cristã, após permanecer dezoito meses nesta cidade (Atos 18:1-

18).

Pregou diligentemente o Evangelho a muitíssimas nações, chegou a ponto de

evangelizar um continente inteiro. Foi muito perseguido até ser pego por Nero e, segundo a

tradição mais forte, fora decapitado em Roma.

a) Paulo era um homem de visão:

 Visão de Cristo - Atos 9:3-6 / 26:13-15:


"Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o cercou um
resplendor de luz do céu; e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,
Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o
Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te
será dito o que te cumpre fazer."
"ao meio-dia, ó rei vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol,
resplandecendo em torno de mim e dos que iam comigo. E, caindo nós todos por
terra, ouvi uma voz que me dizia em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me
persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. Disse eu: Quem és,
Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;"

 Visão Missionária - Atos 16:9:


“De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia,
que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos."

 Visão de Testemunho - Atos 18:9:


"E de noite disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales;"

 Visão de Advertência - Atos 22:18:


"e vi aquele que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém; porque não receberão
o teu testemunho acerca de mim."

 Visão da Obra na Capital do Mundo - Atos 23:11:


"Na noite seguinte, apresentou-se-lhe o Senhor e disse: Tem bom ânimo: porque,
como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que se dê também em
Roma."

 Visão de Animar na Tempestade - Atos 27:23:


"Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus de quem eu sou e a quem sirvo,"

 Visão do Paraíso - II Co. 12:1-4:

"É necessário gloriar-me, embora não convenha; mas passarei a visões e


revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no
corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu.
Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe), que
foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem
referir."

A obediência a essas visões é a explicação da sua maravilhosa carreira, Atos 26:19-22.

"Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco, e depois em
Jerusalém, e por toda a terra da Judéia e também aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas
de arrependimento. Por causa disto os judeus me prenderam no templo e procuravam matar-me. Tendo, pois, alcançado socorro da parte
de Deus, ainda até o dia de hoje permaneço, dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada senão o que os
profetas e Moisés disseram que devia acontecer;"

b) Características:

 Gozo: Atos 16:25 ; II Co. 6:10 ; 7:4 ; Fp. 4:4.


 Valor: Atos 16:36-37; 22:25; 24:25.
 Estabilidade: Atos 20:24.
 Seriedade: Atos 20:31; Rm. 9:3; Fp. 3:18
 Trabalho: Atos 20:34 ; I Ts. 2:9.
 Inteira Consagração: Atos 21:13; Fp. 3:7-14.
 Tato: I Co. 9:19-22 .
 Abnegação: II Co. 11:24-33 .
 Fidelidade: II Tm. 4:7-8 .
 Paciência: II Co. 12:12.
 Amor: I Co. 16:24; II Co. 2:4.
II.2.2- Pedro:

Simão Pedro, pescador de Betsaida e Carfanaum, escreveu duas epístolas e realizou


trabalho evangelístico e missionário entre os Judeus, chegando até a Babilônia: "A vossa co-
eleita em Babilônia vos saúda, como também meu filho Marcos." I Pe. 5:13. Esteve em Roma
onde morreu crucificado de cabeça para baixo, por dizer não merecer morrer como seu
mestre.

a) Características:

 Impulsivo por natureza: Mt. 14:28 / 17:4 // Jo. 21:7.


 Compassivo e afetuoso: Mt.26:75 / Jo. 3:9 / 21:15-17 .
 Valoroso e inabalável: At. 4:19-20; 5:28-29; 40;42.
 Cheio de contradições estranhas, às vezes presunçoso: Mt. 16:22; Jo. 13:8; 18:10.
 Outras vezes tímido e covarde: Mt. 14:30 ; 26:69-72.
 Abnegado: Mc. 1:18.
 Sem dúvida inclinado a ser egoísta: Mt. 19:27.
 Dotado de visão espiritual: Jo. 6:68.
 Lento para compreender as verdades mais profundas: Mc. 15:15-16.
 Fez duas grandes confissões de fé em Cristo: Mt 16:16 / Jo. 6:69 Também fez uma
covarde negação: Mc. 14:17-71.

b) Os setes passos da sua queda:

1. Presunção: Mt. 26:33.


2. Despreocupação: Mt. 26:40.
3. Temeridade: Jo. 18:10-11.
4. Seguindo de Longe: Mt. 26:58.
5. Más associações: Jo. 18:18.
6. Negação aberta: Jo. 18:25.
7. Blasfêmia: Mc. 14:70-71.

Depois dos acontecimentos de Pentecostes, o Apóstolo Pedro, verdadeiramente se


converteu numa rocha, cumprindo-se a profecia de Cristo: Mt. 16:18 ; Jo. 1:42; At. 1:8.

II.2.3- Filipe:

Um do sete eleitos para a distribuição de socorro as viúvas. Saindo e Jerusalém

durante a tempestade de perseguição que se desencadeou sobre a Igreja da referida cidade,

após a morte de Estevão. Dirigiu-se pois a Samaria e Azoto.

A Bíblia nos relata uma passagem esplêndida que se refere à conversão do etíope no

caminho de Gaza.

II.2.4- Barnabé

Também chamado de Filho da Consolação ou da Exortação.

Tem como características marcantes sua compreensão, possuidor do dom da

exortação, cheio do Espírito Santo, era uma influência inspiradora. Homem confiável, de

aparência pessoa agradável, adaptado ao trabalho missionário. Sustentava-se a si próprio.

Companheiro de Paulo em suas viagens, e pacificador por excelência.


CAPÍTULO III

A IGREJA ENVIANDO

A Igreja de Antioquia foi a primeira no envio de missionários. Podemos aprender


muito através de seu exemplo:

a) Colaboração  At 13: 1-3 - Em Antioquia, temos o verdadeiro início de missões.


Naquela igreja havia profetas e mestres: Lúcio de Cirene, Simão Níger, Manaém, Saulo e
Barnabé, verso 1. Nenhum deles era natural de Antioquia; todos eram estrangeiros.

Numa reunião de oração, em Antioquia, quando a igreja estava orando e jejuando,


Deus separou dois deles para a obra missionária. Os três que ficaram podem ser chamados de
colaboradores. Eles representam a igreja que ficou na retaguarda. Os dois que foram enviados
representam os missionários. Notemos que eles foram enviados por Deus e pela igreja,
versículos 2 e 3.

b) Comunicação  At 14: 27, 28 - Paulo e Barnabé seguem em frente, sempre dando


relatórios de seu trabalho à igreja que ficou na retaguarda, orando e sustentando-os com suas
ofertas. Por onde passaram, deixaram a semente da Palavra e outros irmãos foram também
chamados a colaborar. Assim, a obra cresceu ao ponto de Paulo poder dizer que o evangelho
fora pregado a toda a criatura debaixo do céu, Cl. 1: 23.
CAPÍTULO IV

VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PEDRO, DE FILIPE E JOÃO

Muitos apóstolos deixaram Jerusalém e passaram a pregar em toda parte após o

martírio de Estevão, que fora acusado de blasfêmia (Atos 6:11). Assim, deu-se a expansão

inicial do Cristianismo.

Felipe, Pedro e João em Samaria pregaram o Evangelho e muitos se converteram a

Cristo. Esse território era quase proibido pelos judeus zelosos. Também a região costeira da

Judéia até Cesaréia também foi evangelizada pelo Apóstolo Pedro e Filipe.

Alguns desses lugares relacionados com a Viagem de Filipe (Atos 8:35-40), está

Samaria, onde obteve um notável êxito a sua pregação. Assim, os Samaritanos serviram de

ponte entre os judeus legítimos e os gentios, pois ao admitirem os crentes dessa raça mista no

seio da igreja, a porta estava aberta para dar as boas vindas aos pagãos.

Samaria ficava a 10 km ao NO de Siquém e a 48 km de distância de Jerusalém. De

Samaria Filipe seguiu impulsionado pelo Espírito a um caminho em direção à Gaza, onde teve

um encontro com o Etíope, ministro da Fazenda da Rainha Candace, que convertido ao

Evangelho nessa ocasião foi batizado por Filipe.

Em seguida é Filipe arrebatado pelo Espírito para Azoto, povoação filistéia a 4,5 km

do mar, ao N de Gaza, mencionada no Antigo Testamento como Asdode. A partir desse lugar
foi pregar o Evangelho a muitas cidades da Planície Marítima, até chegar a Cesaréia, cidade

onde fixou a sua residência por uns 20 anos.

A Viagem de Pedro descrita em Atos 9:32 a 11:18, é uma viagem curta, porém de

primordial importância, posto quer assinala a derrubada da parede de separação entre os

gentios e judeus.

Pedro nessa viagem visitou as cidades de Lida, onde curou um paralítico. Essa cidade

ficava situada num formoso terreno, a poucas milhas a SE de Jope a que se dirigiu logo após.

Estando em Jope, houve a cura de Dorcas, notável mulher aos quais, os moradores do

lugar pediram que Pedro assim a curasse.

Mister se faz lembrar, que foi em Jope Pedro teve a visão do Senhor que o significado

de pregar o Evangelho a todas as criaturas, não era privilégio apenas de uma igreja judia, que

deveriam lançar-se ao mundo pagão e enfim concretizar a Obra pela qual foram chamados.

Assim, em Cesaréia, Pedro admite publicamente que o propósito divino era formar um

novo povo, composto de gentios e judeus, que desfrutassem igualmente da plenitude da

salvação. Isto se deu quando a Cornélio, centurião romano, admite-o como membro da igreja

cristã, sendo este um acontecimento marcante para uma nova era na história do Cristianismo.

À medida que a perseguição dos judeus contra cristãos tornava-se mais violenta, os

judeus cristãos dispersavam-se em direção ao norte. Chegando até Antioquia, terceira maior

cidade do Império Romano ao tempo em que Paulo encetou suas viagens missionárias (Atos

13).
CAPÍTULO V

CAMINHOS DE PAULO

Paulo foi o viajante do Senhor Jesus. Através de dois continentes, viajou, viajou,
empunhando o Glorioso Evangelho da Graça.

Paulo fez três grandes viagens missionárias como prisioneiro de Cristo, ganhando
almas e estabelecendo novos trabalhos para glorificar o Senhor.

Assim, como cumpridor do mandamento de Jesus, fora mediante as atividades de


Paulo que o Evangelho se estendeu muito mais, todavia em direção Oeste, à Ásia Menor e
Europa, de onde posteriormente foi levado aos confins da terra.

Assim, inconscientemente começo a cumprir-se o mandamento de Jesus, que seus


seguidores pregassem o Evangelho a toda a criatura.
CAPÍTULO VI

A VIAGEM DE SAULO A DAMASCO

Algum tempo depois da morte de Estevão, Paulo, então Saulo, ainda um fariseu,

obteve permissão das autoridades do templo para ir a Damasco capturar cristãos (Atos 9:1-2).

Foi nessa viagem, no caminho para Damasco, que o então Saulo teve a visão do Cristo

ressurreto, tão resplandecente que o cegou por algum tempo.

Depois de recuperar a visão em Damasco com a ajuda de Ananias, na rua Direita,

Paulo tornou-se cristão e viu-se forçado, ele próprio, a fugir para Jerusalém, a fim de salvar a

sua vida (Atos 9:23-26). Logo se achou novamente em perigo, ameaçado pelos judeus

helenistas, indo refugiar-se em sua cidade natal, Tarso, via Cesaréia.


CAPÍTULO VII

PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO (46-48 d.C.)

Barnabé, que se encontrava pregando em Antioquia, foi para Tarso e trouxe consigo a
Paulo de volta para Antioquia.

Paulo aceitando prontamente, e com satisfação a proposta que lhe fora feita por
Barnabé, empreenderam em sua Primeira Viagem Missionária.

Depois de uma rápida viagem a Jerusalém, saíram juntamente com Marcos, para a
primeira das três grandes viagens missionárias. Assim, vê-se pois que, foram seus
companheiros de viagem, Barnabé e João Marcos, todos enviados pelo Espírito Santo,
segundo Atos 13:2-5.

Saíram, Paulo com Barnabé, de Antioquia da Síria, percorreram 34 km por terra e


alcançaram o porto de Selêucia, exatamente no lugar onde o rio Orontes entra no
Mediterrâneo.
Viajaram até a Ilha de Chipre, que era uma possessão ao NE do Mar Mediterrâneo,
dita uns 64 km. Da Costa da Silícia. Numa distância de 112 km e lá visitaram Pafos e
Salamina. Deixaram Chipre e sempre por mar, pelo mar de Lícia, chegaram a Atália e
Panfilia, a 290 km de Chipre.

Salamina, outra cidade visitada por Paulo, é uma cidade marítima na costa oriental da
Chipre. Paulo atravessou a Ilha de E a O, sem deixar de pregar em suas povoações até
encontrar-se em Pafos. Que era a capital e também a residência do procônsul, que era o
governador da província.

Depois navegaram em direção ao NO até chegar a Panfília, na costa da Ásia Menor,


subindo o rio Cestro chegaram a Perge a 13 km do mar, cujos habitantes eram devotos da
deusa Diana. Nesse cenário, onde muitas povoações estavam envoltas e enraizadas em suas
crenças religiosas pagãs, parece que João Marcos se acovarda desertando da expedição.

Mister observar que, Paulo e seus companheiros eram recebidos de diferentes


maneiras. Quando realizavam curas, chegavam a ser tratados como deuses. Em outros casos, a
pregação ofendia profundamente os judeus tradicionais. E houve vezes em que o apóstolo e
seus companheiros foram expulsos da cidade, tal como na Antioquia da Psídia.

Também fez parte dessa viagem a passagem por Icônio, a 96 km em direção E de


Antioquia no caminho que unia Éfeso com Tarso. Lugar este estratégico na pregação do
Evangelho.

Em Listra, cidade romana na parte oriental, a 35 km de Icônio, Paulo curou um coxo,


onde os homens do local quiseram lhe empreender um culto e com grande dificuldade o
Apóstolo os dissuadiu, o que repentinamente, com uma mudança de intenções, apredejaram-
no e arrastaram-no ´para fora da cidade, deixando-o aparentemente morto.

Distante a 32 km de Listra, Derbe, Paulo teve liberdade para reativar sua Obra
Missionária.

A Viagem aproximadamente deve ter durado uns dois a três anos, isto por mar e terra
Durante a Primeira Viagem formaram-se novas igrejas na Galácia (Atos 13-140). É
provável que tenha sido para essas comunidades que Paulo enviou sua Epístola aos Gálatas.

CAPÍTULO VIII

SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO (49-52 d.C.)

Após um breve descanso, Paulo empreendeu uma Segunda Viagem Missionária. Paulo
a iniciou somente com Silas (Atos 15:40), outros companheiros porém foram acrescentados
mais tarde como Timóteo e Lucas.

Nessa viagem de Paulo, o Evangelho foi levado até a Macedônia, e fundaram-se


igrejas em Filipos e em Tessalônica (Atos 15:36-18:22).

Batizaram-se muitas mulheres, resultado talvez de que na sociedade helênica, elas


tinham mais liberdade do que na Palestina. Assim, permitia-se por exemplo, que
freqüentassem a sinagoga juntamente com os homens, podendo por esse motivo ter ouvido a
pregação de Paulo e se convertido ao Evangelho de Cristo.

As etapas dessa Segunda Viagem são: a) Ásia; b) Europa; c) o regresso.


Paulo não quis incorporar novamente João Marcos nessa empreitada de evangelização
e o desacordo que isto produziu teve como resultado a separação do Apóstolo e Barnabé.

Pela segunda vez seu ponto de partida foi Antioquia.

Foram nesta viagem por terra da Síria a Cilícia passando por Derbe, Listra e Icônio
(Atos 16:1-2).

Tomaram estrada que, partindo de Antioquia da Síria, para visitar os grupos


anteriormente formados na fé, foi até Trôade. Este caminho situava-se no ângulo noroeste da
Anatólia. Passava por Tarso, Porta da Cilícia, cuja capital era tarso, cidade natal de Paulo,
Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisidia. Esta Antioquia ficava no ponto de convergência
de todos os movimentos militares, políticos, comercias e sociais mais importantes da Ásia
Menor.

Em Listra encontrou estabelecida a igreja florescente, fruto de trabalhos anteriores. Na


Frigia deu talvez um giro para averiguar a pregação do Evangelho. Também fora visitada a
Galácia e Trôade, cidade marítima da Mísia na costa do Mar Egeu a curta distância de Tróia.
A famosa Tróia, como cidade beira-mar, recebia inúmeros navios diariamente. Saindo de
Trôade, ia-se à Neápolis e Macedônia em cujo trajeto gastava-se dois dias com pernoite na
Ilha de Samotrácia.

Paulo foi impedido de pregar na Província da Ásia (Atos 16:6), tomou então a direção
noroeste que o levou a Mísia, intentando daqui chegar a Bitínia (Atos 16:7). Novamente o
Espírito de Deus o impediu de pregar, contornou Mísia e foi direto a Troade, já no Mar Egeu
“(....) o grande território frígio-gálata deve ser entendido como apenas uma grande área que
em 25 a.C. incluía partes da frigia, da Licaônia , da Isauria e parte ocidental , até a fronteira
da Panfília(...).”

Pela carta aos gálatas, Paulo dá a entender, que foi para a região da Galácia, por
circunstância de saúde (Gl. 4:13-14) e não com o propósito deliberado de pregar o Evangelho
e organizar igrejas. Notemos que eram igrejas da Galácia, plural e não singular.
Na Acaia, Paulo fundou a igreja em Corinto, que lhe traria tantos problemas, e
apresentou seus ensinos na mais alta instância filosófica do mundo ocidental; o Areópago em
Atenas (Atos 17:19-34).

Macedônia era província ao N da Grécia, limitada a e pela Trácia e o Mar Egeu ao N


pelos montes balcânicos, e a O pela Cordilheira de Pindo.

Foi em Trôade, extremo ocidental da Ásia, olhando para Europa, que Paulo ouviu o
clamor macarrônico (Atos 16:9). Paulo atendeu a este clamor e assumiu a responsabilidade
muito grande de evangelizar Filipos, Anfípolis, Apolônia, Tessalônica, Beréia, Atenas,
Corinto e Cencréia.
CAPÍTULO IX

TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO (53-57 d.C.)

Durante a Terceira Viagem não sabe-se quais foram os companheiros de Paulo.

Nesta Viagem Missionária, tudo indica que tenha sido o seu ponto de partida na
Antioquia da Síria, sendo possivelmente que todo o trajeto tendo sido efetuado por terra; da
Antioquia da Síria foi a Cilícia, passando pelas famosas Portas, seguiu para Listra, Icônio,
Antioquia da Pisídia e chegou a Éfeso.

Paulo permaneceu mais de dois anos em Éfeso, formando ali uma importante
comunidade cristã (Atos 19). Possivelmente Paulo para ir a Éfeso tenha passado pela estrada
que tocava em Filadelfo, Vale de Caister, Mar Egeu. Depois visitou a Macedônia, Esmira,
Pérgamo, Adramício, Trôade, Neápolis.

Na volta da Grécia, visitou outra vez Ásia menor, tocando em Trôade, Assôs,
Mitilene, Quios, Samos, Mileto, Cós, Rodes, Pátara e finalmente Jerusalém.

Mister se faz lembrar que o Cristianismo espalhou-se pela Ásia Menor, chegando a
Colossos e seus inimigos provocaram um tumulto na área do templo, que causou sua prisão e
julgamento em Cesaréia perante as autoridades romanas (Atos 21-26).
CAPÍTULO X

VIAGEM MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO A ROMA (61-62 d.C.)

Nesta Viagem Missionária o trajeto do Apóstolo Paulo fora de Cesaréia do Mar, foi a
Sidom, costeou a Ásia Menor, tocando na Baía de Alexandria no Mar da Cilícia, avançou até
Panfília (Mar de Lícia). Chegou a Mirra, importante porto parada obrigatória de todo navio
que vinha do Egito para Síria. Sendo que neste ponto mudou de navio.

Saindo de Mizra, rumou para Cnidos. Foram para Bons Portos na Ilha de Creta,
pretendendo invernar na Baía de Fenix. Neste trajeto houve tempestade, o grande perigo
durou 14 dias. O navio tocou a Ilha de Mal, Siracusa na Silícia, Régio, Estreito de Messina,
Puteoli, Nápolis. Agora em Nápolis começava a Vida Apia, por ela Paulo chegou em Três
Vendas, e finalmente em Roma.
Segundo nos relata Atos 28:30, a viagem que Paulo fez a Roma, a fim de ser ouvido
pelo imperador, resultou num período de dois anos de prisão domiciliar.

Sobre os últimos acontecimento da vida do Apóstolo Paulo, diz-se segundo a tradição,


que ele foi libertado de sua prisão e que teria voltado a visitar Trôade, Mileto e Corinto.
Outras tradições porém, sustentam que o apóstolo teria sido executado em Roma, em 64 d.C.,
durante o grande incêndio.
CAPÍTULO XI
MISSÕES NA IGREJA PRIMITIVA

Mister se faz lembra da Igreja da Antioquia, essa uma Igreja de cunho Missionário e
que devemos pois aqui ressaltar três aspectos que foram observados por essa Igreja:

a) Visão mundial  Atos 1 - O desafio de Jesus é global, verso 8, e não existe


distinção entre missões mundiais, nacionais ou evangelismo local. Todos são vitais e um não
pode excluir o outro. Tudo faz parte da grande comissão, Mt. 28: 18-20. A partir de então,
tornou-se claro para os discípulos que o movimento da igreja não deveria ser apenas em
Jerusalém, mas também fora de seus limites.

b) Poder  At 2 - A incumbência que Jesus havia dado aos discípulos de levar o


evangelho ao mundo inteiro parecia uma tarefa difícil. E, de fato, teria sido, se o derramar do
Espírito Santo não tivesse acontecido, At .2: 1-3. Em poucos dias, aquele grupo de cento e
vinte pessoas tornou-se uma multidão de salvos, At. 2: 41; 4: 4 e 5: 14.

c) Envolvimento total  At 5 e 6 - A igreja de Jerusalém era uma família, de modo


que as necessidades de cada irmão eram supridas e havia cooperação de todos os membros
para ajudar os apóstolos, At 6:1-3. Instituíram o diaconato, escolhendo para tal função
homens que deveriam possuir três requisitos básicos: bom testemunho (aspecto social), serem
cheios do Espírito Santo (aspecto espiritual) e de sabedoria (aspecto intelectual). Para os
apóstolos ficaram reservadas a prática da oração e da pregação da Palavra, At 6: 4. Vemos
pois que toda a igreja era, então, completamente envolvida com a obra de Deus.
CAPÍTULO XII

FATORES E CONDIÇÕES QUE FAVORECERAM A EXPANSÃO DO


EVANGELHO

XII.1- Fatores Provenientes dos Gregos:

 Língua Grega.
 Cultura largamente difundida.
 Insatisfação com a religião tradicional.
 Argumentos dos filósofos a favor de um só Ser Supremo.
 Pensamentos gregos sobre o Logos, a Razão.
 Considerações sobre a alma, a virtude, e a imortalidade.
 Ensinos sobre a ética pregada pelos Estóicos.

XII. 2- Fatores Provenientes dos Judeus:

 Monoteísmo.
 Esperança messiânica.
 Velho Testamento como base para entender o Messias (400 a.C.).
 Tradução da Septuaginta - LXX (200 a.C.).
 Sacrifícios e perdão com a consciência de pecado.
 Alto padrão moral.
 Grande rede de Sinagogas erguidas durante a dispersão.

XII.3- Fatores Provenientes dos Romanos:

 A Paz Romana.
 Unidade política, englobando o mediterrâneo.
 Estradas + extermínio dos piratas  facilidades.
 Lei Romana.
 Utilização da língua e da cultura Gregas.
 Crescimento de grandes cidades cosmopolitanas.
 Tolerância geral a diversas religiões.
 Todos os fatores que se verificaram entre 30 a.C. a 400 d.C. constituÍram-se no que o
Apóstolo Paulo chamou de plenitude dos tempos (Gálatas 4:4).

XII.4- Algumas Condições do Império Romano:

A) SATISFAÇÃO PESSOAL:

 Muitas pessoas em movimento.


 Perda da independência nacional - nova psicologia do império.
 Sentimento de insegurança pessoal.
 Fracasso da religião tradicional e da filosofia.

b) Condições favoráveis para aceitar o amor de Deus

 Muitas pessoas analfabetas ou mal formadas.


 Milhares de escravos.
 Abismo entre ricos e pobres.
 Crueldade, infanticídio, aborto, e adultério.

c) Contra o Cristianismo

 Matança nos estádios.


 Corridas e outros espetáculos.
 Astrologia.
 Novas religiões e sincretismos.
 Imoralidade ligada aos templos pagãos.
 Começo do gnosticismo.
CONCLUSÃO

Observando num contexto geral a tudo aquilo que está relacionado à Marcha do
Cristianismo que se expandiu para o Ocidente,vemos que vários obstáculos aconteceram,
porém, que os objetivos foram traçados.

Assim, podemos fazer as algumas seguintes citações ao estudar mais das Missões
empreendidas no início da Igreja primitiva, na expansão das Boas Novas do Cristianismo.

Vimos pois que foram nas viagens de Filipe e Pedro, que deram início a estas distintas
empreitadas, e, que tiveram uma estreita história em relação às Viagens Missionárias de
Paulo.

Relacionando-se às primeiras viagens, houve o que se destacar e é mister relembra


agora. A Expansão do Cristianismo, obteve um êxito notável em Samaria, junto aos
Samaritanos, onde de forma magnífica se consegue ampliar a obra evangelizadora da Igreja
Primitiva.

Consta dos relatos bíblicos, que a partir de Azoto, Lida e Jope até chegar a Cesaréia,
ocorreram fatos de natureza ímpar. Além de pregar o Evangelho, há também vários milagres,
tais como a cura de um paralítico; ainda se segue o consolo do povo local e a apresentação
de Pedro como membro da Igreja Cristã.

Observa-se claramente que as Viagens de Paulo, possuem um maior enfoque nos


relatos, e isto se deve também por terem sido elas mais longas e com dificuldades mais
complexas.

Foram muitas as cidades onde Paulo passou em suas Missões, seja por mar ou por
terra, e estas todas duraram muitos anos. Foram várias as etapas e itinerários: Ásia, Europa e
regresso. Só na Viagem feita a Roma, ele teve que passar por 13 cidades. Partindo de
Jerusalém até o seu destino em Roma.
Em meio a tantos acontecimentos, Paulo foi preso e viveu encarcerado por várias
vezes. Resultado este da sua disposição em pregar o Evangelho em um mundo dominado
pelas forças romanas.E não seria possível que o nobre líder dos cristãos primitivos pudesse ao
final escapar das garras do mostro da iniqüidade e do poder romano que ao iniciar a
perseguição, Paulo novamente é levado à sua prisão final.

Muito provavelmente, enquanto Paulo atendia ao Ide, não tinha idéia da magnitude
que havia de assumir e pela providência de Deus, porém como servo fiel seguia a Cristo, e
anunciava sem temor e com ousadia a verdade pela qual o mundo pode enfim se libertar.

Que nós, servos do Senhor, possamos atender ao Ide com a mesma ousadia desses
homens que combatendo o bom combate ajudaram a que nós aqui também pudéssemos
conhecer a Cristo.

E assim, que nós possamos em uníssono bradar para que todas as tribos, raças e
nações saibam que Jesus Cristo é o Único Senhor e reina para todo o sempre.

Amém!
BIBLIOGRAFIA

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