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ENCONTRO DE ASFALTO: Os novos rumos da indústria brasileira

Painel 3: Entrada de parâmetros no MediNa

Leni Leite – COPPE/UFRJ


Dosagem

Compactador giratório
2
Parâmetros indiretamente incluídos no MeDiNa
Dosagem deve fornecer garantia de mistura asfáltica CBUQ
com boa resistência à deformação e à fadiga
Vida de fadiga e FFM de acordo com a classe de mistura
Flow number do CBUQ deve atender requisitos

Classe Flow Number - N N


FN ciclos recomendado recomendado
condições condições
normais severas
• 1

1 FN ≥ 100 N < 1E6 não recomendado

2 100 ≤ FN < 300 1E6 ≤ N < 1E7 N < 1E6

3 300 ≤ FN < 750 1E7 ≤ N < 1E8 1E6 ≤ N < 1E7

4 750 ≤ FN < 2000 N ser ≥ 1E8 1E7 ≤ N < 1E8

5 ≥ 2000 - N ser ≥ 1E8

3
Dosagem de misturas asfálticas por compactação
giratória – AASHTO R35/15 e M 323/13

Podendo incluir:
Reciclagem e mistura morna
Dosagem de misturas asfálticas por compactação giratória

Agregados conforme Ligante conforme clima


tráfego e tráfego

:
% Partículas fraturadas,
4%Vv

Partículas chatas e
alongadas
..

Teor de projeto do ligante Seleção da granulometria


Compactação de 8 CP em 4 Requisitos volumétricos: VAM, Vv, VCA,
diferentes teores de ligante filer/ligante e densidade relativa.

Seleção do teor
de ligante
Reportar MR e RT e resistência a fadiga
por compressão diametral
FAD - Faixa de Agregados Dominantes
(Porosidade FAD)
Requisitos Verificar enquadramento: resistência ao
volumétricos e dano por umidade induzida, número de
Gmm inicial fluxo, CDI e TDI
Confirmação do
enquadramento do
Gmm max
NÃO Critério Bailey - Análise do
Intertravamento da Estrutura Pétrea
Fim
https://www.ibp.org.br/personalizado/uploads/2021/05/livro-agregados-
asfalticos-site3.pdf

Seleção de
agregados

6
O que muda com MeDiNa
Gráfico de granulometria
Faixas C DNIT TNM

Reta de densidade máxima - é uma linha reta que parte da origem


e vai até o ponto do tamanho máximo do agregado (granulometria
que se situe próxima a esta linha não permite a incorporação de
volume adequado de ligante).

Logaritmo de abertura de peneira Abertura de peneira elevada a potencia de 0,45


O que muda com MeDiNa
Propriedades de consenso dependentes do tráfego
Além da Abrasão LA e sanidade

DNIT 430/20 DNIT 415/19

DNIT 429/20
O que muda com Medina
Mudança de conceito – Densidade dos agregados
Gsa e Gsb de agregados DNIT 413/21
Densidade de agregados sem
graúdos e miúdos
considerar a absorção
considerando a absorção
DNIT 411/21

Miúdos Graúdos
O que muda com Medina
Mudança de conceito – Densidade máxima

DMT – densidade
Gmm ou método Rice
máxima teórica
Densidade relativa máxima medida
Média ponderada
DNIT 427/2020
dos constituintes
O que muda com Medina - Mudança de conceito
em função da absorção do ligante pelo agregado
RBV Vazios cheios com asfalto (VCA%) - Razão expressa, em
porcentagem, entre o volume do ligante asfáltico efetivo na mistura (Vbe)
e o vazio no agregado mineral (VAM).

Vbe%
VCB% = 100 x (8) Vbe% = Vb% – Vba%
VAM%

Relação filer – ligante (P0.075/Pbe) — em massa, a razão entre


percentual passante na peneira 75-μm ou (No. 200) (P0.075) e o teor de
ligante efetivo (Pbe).
𝑃0,075% 𝑉𝑏𝑒%
P0.075/Pbe = (9) Pbe% = Pb% { }
𝑃𝑏𝑒% 𝑉𝑏%
Seleção de
ligantes

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MANUAL ABEDA
Seleção de ligante para cada mistura de
acordo com tráfego -
A alto volume tráfego

Bases asfálticas
• CAP 30/45, asfaltos modificados e asfaltos de baixa
penetração

Revestimentos – CBUQ
• CAP 30/45 e asfaltos modificados

Misturas especiais GG, BBTM, SMA, CPA


• Só ligantes modificados
EVOLUÇÃO CLASSE EMPIRICA PARA CLASSE POR DESEMPENHO

Penetração, dmm
Ângulo de fase 15 kPa
200

150/200
100

85/100

85/100

50/70
50

30/45

25 50 Ponto de amolecimento, ºC

Temperatura 15kPa
DIN 52050 Teste rápido de caracterização de ligante BTSV
Ensaios e equipamentos constantes das especificações por desempenho americana

CAP virgem

Soluvel
Visc DSR
FULGOR tricloro RTFOT
etileno rotativa G*/senδ

Envelhecimento curto prazo


Proposta brasileira Envelhec.
longo prazo
elimina o
DSR PAV
envelhecimento a G*senδ
longo prazo e a
determinação de
temperaturas ligadas a
BBR
trincas térmicas
S e mR
Relação entre Jnr e ALF profundidade de trilhas de roda (D’Angelo)

2.5
Jnr y = 4.7357x - 1.1666
R2 = 0.8167
2
MSCR tem excelente correlação
com desempenho
1.5
Jnr

0.5

Fonte: D’Angelo
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4Profundidade
0.5de trilhas de0.6
roda, in 0.7 0.8
ALF Rutting in
Critério de fadiga - LAS
Ainda não há classificação por desempenho

➢ Seleção por temperatura de pavimento – G*/senδ (classificação


SUPERPAVE)
➢ Seleção por tráfego Jnr (MSCR) – deformação permanente
➢ Seguir catalogo ABEDA
➢ Seleção por parâmetro de fadiga – quanto maior FFL , melhor a
resistência à fadiga
➢ Dosagem bem feita, com escolha adequada de agregados e seleção de
estrutura pétrea com FAD, AIMS, BAILEY e escolha de ligante com
valores adequados de MSCR e LAS acarretará mistura asfáltica com
propriedades mecânicas apropriadas e podem propiciar economia.
Leni Mathias Leite
lenimathias@coc.ufrj.br
ENCONTRO DE ASFALTO: Os novos rumos da indústria brasileira

Painel 3: Entrada de parâmetros no MediNa

Ensaios mecânicos de solos e misturas


asfálticas

Laura M. G. Motta – COPPE/UFRJ


O Pavimento como sistema em camadas:
Mecânica dos Pavimentos

LAURA MOTTA 21
Dimensionamento: Danos
Afundamento de Trilha de Roda Fadiga do revestimento: carga repetida

22
LAURA MOTTA
Normas DNIT

• 134/2018 MR de solos • 411/2019 Agregado miúdo


• 135/2018 MR misturas asfálticas • 412/2019 granulometria
• 136/2018 RT agregados
• 178/2018 PRO giratório • 414/2019 Dosagem SC
• 179/2018 IE DP solos • 415/2019 teor de vazios
• 180/2018 DUI • 416/2019 Módulo Dinâmico
• 181/2018 MR solos estabilizados • 426/2020 IE CDI e TDI
• 183/2018 Fadiga • 427/2020 Gmm
• 184/2018 FN • 428/2020 Massa esp. CPs

23
Critérios de seleção dos materiais para as camadas
Misturas asfálticas:
• Ensaio de compressão diametral obtém-se: Módulo de resiliência e fadiga

. Ensaio de compressão axial obtém-se: FN

Solos e britas (e subleito)


Com o ensaio triaxial de carga repetida obtém-se:
Módulo de resiliência (parcela elástica)
Deformação permanente (parcela plástica)

24
DNIT 134/2018 MR de solos

Ensaio de carga repetida


25
Módulo de Resiliência

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DOS MÓDULOS DE RESILIÊNCIA DOS


MATERIAIS GRANULARES E SOLOS (Camadas e SUBLEITO)

MODELO TRADICIONAL

Mr = k1 3
k2

Mr = k1 d
k2

MODELO COMPOSTO

Mr = k1 3  d
k2 k3
MR = K13k2dk3

Parcela elástica:
Módulo de
Resiliência
DNIT 179/2018 IE DP solos

• Com o mesmo equipamento triaxial : 6 a 9 CPs


1,600

1,400

1,200

1,000
Ep (mm)

0,800

0,600

0,400

0,200

0,000
0 20000 40000 N 60000 80000 100000

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 05 Ensaio 06


Ensaio 07 Ensaio 08 Ensaio 09 Ensaio 10 Ensaio 11

28
Análise do acomodamento (Shakedown)

0 500 1000 1500 2000


1,00E+00

Taxa de Acréscimo da Deformação Permanente (x0,001


1,00E-01

1,00E-02

m/ciclo de carga)
1,00E-03

1,00E-04

1,00E-05

1,00E-06

1,00E-07
Deformação Permanente Vertical Acumulada (x0,001 mm)

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 05 Ensaio 06


Ensaio 07 Ensaio 08 Ensaio 09 Ensaio 10 Ensaio 11

Comportamento tipo A
Ensaio de Deformação permanente
• Cada corpo de prova (CP) ≥ 150.000 ciclos
• 6 a 9 CP por material

• Cada CP: aplica-se um par de tensões diferentes


• 𝜓1 , 𝜓2 , 𝜓3 , 𝜓4 : obtidos por regressão
εp % = Deformação permanente específica (𝜀𝑝𝑖 );
𝜓1 , 𝜓2 , 𝜓3 , 𝜓4 = Parâmetros de regressão;
𝜎𝑑 𝑒 𝜎3 = Tensão desvio e Tensão confinante;
N = Número de ciclos de aplicação de carga.
Materiais

BGTC (Brita graduada com cimento Portland)


DNIT 135/2018 MR misturas asfálticas

• Selecionado o ensaio por compressão diametral


• Histórico de mais de quatro décadas de uso
• Banco de dados permitiu criar “classes”

32
Módulo de Resiliência (MR) (DNIT-ME 135/2018)

Módulo elástico usado como entrada de dados para o cálculo de  e  nos diferentes
pontos do pavimento. Os materiais de pavimentação não são elásticos, sendo o
uso da teoria da elasticidade uma aproximação.
O MR da mistura asfáltica depende da temperatura, enquanto que os módulos dos
materiais de base, sub-base e subleito variam mais com a umidade.

2P
t =
 σt  bd
MR =  
 t 
Dl/L = medido com LVDT
• Resistência a tração CD (DNIT 136/2018)
DNIT 183/2018 Fadiga por compressão diametral

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“Afundamento” do revestimento
(deslocamento de massa)

Em geral problema de
dosagem da mistura asfáltica:
No método é definido um
critério de dosagem.
Laura Motta
DNIT 184/2018 FN

• Prevenção da deformação
permanente das misturas
asfálticas
• Valor a ser atendido em função
do tráfego

37
Deformação Permanente: previsão por Deformação axial (FN – 60°C)

Antes

Depois
Método MeDiNa

Laura Motta
DOSAGEM
MATERIAIS – Revestimento Asfáltico
Preparação dos CPS no teor ótimo de ligante

ENSAIOS MECANICOS

Lottman
Flow Number CDI e TDI Dano por umidade
induzida

40
MR (DNIT 135/2018 ME) RT (DNIT 136/2018 ME)

Fadiga (DNIT 183/2018)


FN (DNIT 184/2018)
Dados utilizados na pesquisa
𝑁 = 𝑘1 ∙ 𝜀𝑡𝑘2

Atualização da Função Transferência do dano de fadiga para área trincada do programa MeDiNa
Filipe Franco – UFRJ
Classes de fadiga (MeDiNa)

Laura Motta
Curvas padrão

Classificação das misturas asfálticas


Calibração
• Calibração dos modelos
–Transforma Dano de Fadiga em % de Área Trincada
–Transforma a deformação permanente em
Afundamento de Trilha de Roda (ATR)
• Acompanhamento de trechos experimentais:
–Projeto CENPES/PETROBRAS em várias regiões
brasileiras
Curva da evolução da área trincada

𝑵´ = 𝑵 ∙ 𝒇𝑺 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟎
Laura Maria Goretti da Motta
laura@coc.ufrj.br

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