Você está na página 1de 40

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAMPINAS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE
ENERGIA
E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE PAINÉIS


FOTOVOLTAICOS EM COMUNIDADES DE BAIXA RENDA

GABRIEL RAIMUNDO
GUSTAVO VINCI DIAS
RODOLFO GODOI

CAMPINAS/SP
2020

1
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAMPINAS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE ENERGIA
E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS EM


COMUNIDADES DE BAIXA RENDA

Pré-projeto apresentado à Faculdade de


Tecnologia de Campinas como requisito
parcial para as disciplinas de Projeto
Integrador 2 e do Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Energia e
Eficiência Energética, elaborado sob a
orientação do Prof. Dr. Francisco Del Moral
Hernandez.

CAMPINAS/SP
2020

2
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
1.1. Visão geral e justificativa ....................................................................................... 4
1.2. Objetivos..................................................................................................................... 6
2. PROJETO EXECUTIVO.................................................................................................... 6
2.1. Levantamento ............................................................................................................ 6
2.2. Localização da Instalação ...................................................................................... 8
2.2.1. Definição de radiação solar, irradiância solar e irradiação solar. ....... 8
2.2.2. Disponibilidade do recurso solar ................................................................. 8
2.2.3. Irradiação solar e correção por orientação e inclinação ....................... 9
2.2.4. Obstáculos ......................................................................................................... 9
2.3. Materiais Aplicados ............................................................................................... 10
2.3.1. Dimensionamento dos painéis fotovoltaico (SFV) ................................ 10
2.3.2. Dimensionamento do inversor ................................................................... 12
2.3.3. Condutores elétricos CC e CA .................................................................... 13
2.4. Normas e Critérios ................................................................................................. 13
2.4.1. Procedimentos junto à concessionária CPFL Energia ........................ 14
2.5. Memorial descritivo das atividades ................................................................... 16
2.6. Programa de prevenção de riscos ambientais ‐ PPRA ................................ 19
2.7. Análise de viabilidade econômico-financeira ................................................. 19
2.8. Prazo de Conclusão............................................................................................... 20
2.9. Cronograma do Projeto ........................................................................................ 20
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 21
3.1. Programa Minha Casa Minha Vida ..................................................................... 21
3.2. Dados para o Dimensionamento ........................................................................ 22
3.2.1. Avaliação do Recurso Solar ............................................................................ 22
3.2.2. Características do Local ................................................................................... 25
3.2.3. Levantamento de Demanda ............................................................................. 25
3.3. Considerações Finais................................................................................................ 25
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 25
4.1. Levantamento do consumo médio anual......................................................... 25
4.2. Características físicas da casa. .......................................................................... 26
4.3. Dimensionamento do projeto.............................................................................. 30
4.3.1. Dimensionamento do sistema de painéis fotovoltaicos. ..................... 30
Referências Bibliográficas....................................................Erro! Indicador não definido.

3
1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho serão demonstradas as premissas e ações necessárias


para a elaboração de um projeto executivo visando a instalação de um sistema
de painéis fotovoltaicos em residências de famílias de baixa renda, com consumo
médio mensal de até 220kWh, localizado no município de Campinas.

1.1. Visão geral e justificativa

O sistema energético brasileiro é formado em sua maioria por geração


hidrelétrica e termoelétrica, conforme figura 1. Estes meios de geração provocam
enormes impactos ambientais, tais como construções de barragens e a poluição
gerada pela queima dos combustíveis fósseis.

Figura 1: Sistema Elétrico Brasileiro

Fonte: Atlas Brasileira de Energia Solar (2017).

Dessa forma, com foco em sustentabilidade, surge a necessidade da


utilização de outras matrizes energéticas com fontes renováveis e com menores
impactos na natureza. Neste cenário, a energia fotovoltaica se destaca,
primeiramente, com a publicação da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012.
A mesma foi a responsável por regulamentar e estabelecer o sistema de
compensação de energia para microgeração e minigeração distribuída. Depois
houve a publicação da Resolução Normativa nº 687/2015, que alterou alguns
itens da RN nº482/2012, com o intuito de abranger outras modalidades de
minigeração e microgeração distribuída.
Assim, analisando os dados emitidos pelo Ministério de Minas e Energia
(MME), através do boletim mensal de monitoramento do sistema elétrico
brasileiro, é possível constatar o forte crescimento da geração fotovoltaica a
partir dos marcos regulatórios acima discutidos, apresentado nas figuras 1.1, 1.2
e 1.3.

4
Figura 1.1: Matriz energética brasileira

Fonte: MME apud ABE (2018)

Figura 1.2: Capacidade instalada (MW)

Fonte: MME apud ABE (2018)

Figura 1.3: Número de usinas instaladas

Fonte: MME apud ABE (2018)

5
1.2. Objetivos

O objetivo principal é analisar a viabilidade da instalação de um sistema


painéis fotovoltaicos (SFV) em residências de populações classificadas como
baixa renda (de acordo com a CPFL) e enquadradas no programa de isenção do
pagamento de taxa, quando respeitado o teto de 220 kWh.
Para realizar este estudo levaremos em conta os custos relacionados à
instalação do sistema nessas residências, a capacidade gerada e as condições
de aplicação.

2. PROJETO EXECUTIVO

2.1. Levantamento

Para que se tenha o projeto de instalação de sistema de painéis


fotovoltaicos (SFV), é necessário realizar o levantamento da necessidade de
consumo de energia do domicílio e da disponibilidade da instalação. Como
trabalharemos com residências classificadas como de baixa renda, serão
utilizados os dados domiciliares do cadastro da CPFL Energia, que funciona
com a aplicação do desconto de 100% nas contas de energia dos clientes
cadastrados no programa Tarifa Social, conforme descrito na Medida Provisória
n° 950, oficializada pelo Governo Federal em 8 de abril. Trata-se da isenção da
tarifa de energia, exceto taxas e impostos, dos clientes enquadrados como
pertencentes a classe de baixa renda e, que tenham consumo mensal de até
220KWh. O consumo excedente será cobrado normalmente.
Para ser enquadrado na categoria baixa renda, o consumidor precisa ter
renda mensal per capita de, no máximo, meio salário-mínimo. Além disso,
deverá atender a pelo menos uma das seguintes condições: participar do
programa Auxílio-Gás e/ou estar cadastrado como beneficiário dos programas
Bolsa Escola e/ou Bolsa Família.
A partir do momento que o domicílio está cadastrado como baixa renda,
a determinação da necessidade da instalação de um SFV é dada pela conta de
energia, através da classificação da unidade consumidora e pela análise do
consumo de energia médio mensal, conforme pode ser visualizado no modelo
da figura 2.
Com essas informações, começa a ser considerado o dimensionamento
do SFV para a geração de energia a ser consumida e qual a porcentagem da
disponibilidade de energia que poderá ser injetada na rede elétrica para fins
compensatórios.

6
Figura 2: Exemplo de conta de energia.

Fonte: CPFL Energia

Para o dimensionamento do SFV, deve-se considerar a Seção V do custo


de disponibilidade o artigo n° 98 da resolução Normativa Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) N° 414, conforme abaixo:

Art. 98: o custo de disponibilidade do sistema elétrico, aplicável ao faturamento


mensal de consumidor responsável por unidade consumidora do grupo B, é o
valor em moeda corrente equivalente a:
I – 30 kWh, se monofásico ou bifásico a 2 (dois) condutores;
II – 50 kWh, se bifásico a 3 (três) condutores; ou
III – 100 kWh, se trifásico.
§ 1o
O custo de disponibilidade deve ser aplicado sempre que o consumo medido ou
estimado for inferior aos referidos neste artigo, não sendo a diferença resultante
objeto de futura compensação.
§ 2o
Para as unidades consumidoras classificadas nas Subclasses Residenciais
Baixa Renda devem ser aplicados os descontos no custo de disponibilidade,
referentes ao consumo de energia elétrica definidos nesta resolução.
§ 3o
Para as unidades consumidoras classificadas nas Subclasses Residencial Baixa
Renda Indígena ou Residencial Baixa Renda Quilombola será concedido
desconto integral para os casos previstos nos incisos I e II e no caso do inciso III
será cobrado o valor em moeda corrente equivalente a 50 (cinquenta) kWh.

7
2.2. Localização da Instalação

Deve ser mapeada a orientação (norte, sul, leste ou oeste) em que o Sol
percorrerá na instalação. Tipo do local de instalação. Exemplos: telhado de
fibrocimento, telhado cerâmico, laje, solo, entre outros.

2.2.1. Definição de radiação solar, irradiância solar e irradiação solar.

A radiação solar é uma forma de transferência de energia que ocorre


através da propagação de ondas eletromagnéticas, proporcionando assim, luz e
calor sobre as superfícies incidentes. É composta pela soma da radiação direta,
a difusa e a refletida.
A irradiância significa uma grandeza empregada para quantificar a
radiação solar, e ela é expressa em W/m².
Irradiação solar é a integração da irradiância solar em um determinado
intervalo de tempo, portanto, medido em Wh/m².

2.2.2. Disponibilidade do recurso solar

A região deve ser favorável a implantação de energia solar e são


necessários estudos para analisar a quantidade de energia disponibilizada para
realizar a conversão da energia solar em energia elétrica no sistema de painéis
fotovoltaicos.
A irradiação solar é dada através de medições no local a partir de
aparelhos como piranômetro, pireliômetro, entre outros. Hoje em dia existem
vários materiais confiáveis que possuem os dados da irradiação solar de acordo
com a região desejada, como a base de dados do Atlas Brasileiro de Energia
Solar, conforme figura 3.

Figura 3: Mapa da irradiação solar no Brasil no plano inclinado na latitude.

8
Fonte: Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017)

2.2.3. Irradiação solar e correção por orientação e inclinação

Recomenda-se que um sistema fotovoltaico fixo esteja voltado para a


linha do Equador e com inclinação igual à latitude do local, por isso, os dados
necessários para o dimensionamento de um sistema fotovoltaico, são os da
irradiação no plano inclinado.
Através do método de Liu & Jordan (1962) isotrópico estendido por Klein
(1977), esse dado é calculado a partir da conversão da irradiação no plano
horizontal, considerando a orientação e inclinação do plano em que será
instalado o sistema fotovoltaico. No entanto, é importante consultar uma base de
dados confiáveis como o Atlas Brasileiro de Energia Solar, onde há também a
informação do plano inclinado. Ou seja, é muito importante verificar no local da
instalação, a sua orientação (norte, sul, leste ou oeste) e a sua inclinação, pois
isso influenciará diretamente no cálculo da quantidade de módulos (painéis
solares), já que a irradiação solar pode ser menor ou maior, dependendo dos
fatores discutidos. Esses fatores tornam-se relevantes, principalmente nas
instalações em telhados, onde é necessário respeitar a orientação e inclinação
já existente.

2.2.4. Obstáculos

Além de observar a orientação e inclinação dos painéis fotovoltaicos, é


necessário analisar os objetos próximos da futura instalação do sistema
fotovoltaico, com o objetivo de prever possíveis sombreamentos. Esse fato é
determinante no dimensionamento do SFV, pois o sombreamento em apenas
um painel pode interferir a geração de energia em um arranjo fotovoltaico,
prejudicando assim a capacidade de todo o sistema. Esses objetos podem ser,
por exemplo, árvores, prédios, sobrados, entre outros.

9
2.3. Materiais Aplicados

2.3.1. Dimensionamento dos painéis fotovoltaico (SFV)

Com os dados da unidade consumidora (domicílio): potência instalada e


do consumo mensal, somado aos dados da irradiação solar disponibilizados no
local é possível iniciar o dimensionamento do sistema de painéis fotovoltaicos.
Inicialmente calcula-se a potência necessária para o atendimento do consumo
determinado no item 2.1, conforme equação (1):

𝐸 𝑥 𝐺𝑠𝑡𝑐
𝑃𝐹𝑣 = (1)
𝐻𝑡𝑜𝑡 𝑥 𝑇𝐷

Onde:

𝑃𝐹𝑣 é a potência teórica do sistema a ser calculada (Wp);

𝐸 é a energia a ser gerada (Wh);

𝐺𝑠𝑡𝑐 é a irradiância na STC (Standard Test Conditions), que por sua vez é uma
constante no valor de 1000W/m²;

𝐻𝑡𝑜𝑡 é a irradiação total do local a ser instalado e;

𝑇𝐷 é a taxa de desempenho, situado entre 0,75 a 0,85.

Após definir a potência teórica do sistema, o próximo passo é a definição


da marca e modelo do painel fotovoltaico. Assim é necessário coletar as
informações conforme figura 4.

Figura 4: Características principais dos painéis fotovoltaicos.

10
Fonte: ABE (2018).

Escolhido o painel fotovoltaico a ser utilizado, é necessário dimensionar a


quantidade conforme equação (2):

𝑃𝐹𝑣
𝑁𝑚𝑜𝑑 = (2)
𝑃𝑚𝑎𝑥

Onde:

𝑁𝑚𝑜𝑑 é o número de módulos(painéis);

𝑃𝐹𝑣 é a potência teórica do sistema dada na equação (1);

𝑃𝑚𝑎𝑥 é o dado fornecido pelo fabricante, conforme figura 4.

É importante estar atento para a unidade de medida a ser utilizada,


normalmente em KWp. Se a quantidade de painéis não resultar em um número
exato, o ideal é acordar com o proprietário da unidade consumidora (domicílio)
se é aceitável uma menor ou maior compensação e reajustar o valor da potência
do sistema de painéis fotovoltaicos (SFV), para a potência real 𝑃𝐹𝑣_𝑅𝑒𝑎𝑙.
Outro ponto importante é a modelagem do arranjo fotovoltaico, que vai
variar de acordo com a estrutura e o desenho do telhado do domicílio e o nível
de energia solar que incide sobre o mesmo. Para a definição da quantidade de
painéis fotovoltaicos em série, é necessário obter a faixa de tensão em que os
módulos poderão estar submetidos em funcionamento. Para isso, tem-se as
equações 3 e 4.

(25−𝑇𝑚𝑖𝑛)𝑋𝛽
𝑉𝑚á𝑥 = (1 − 100 ) 𝑥 𝑉𝑀𝑃 (3)

11
(25−𝑇𝑚𝑎𝑥)𝑋𝛽
𝑉𝑚𝑖𝑛 = (1 − 100 ) 𝑥 𝑉𝑂𝐶 (4)

Onde Vmáx e Vmin são as faixas de tensão máxima e mínima de um


painel fotovoltaico nas devidas temperaturas, Tmin e Tmáx são,
respectivamente, a temperatura mínima e máxima em que o sistema, em
funcionamento, estará submetido e os outros dados conforme constam na figura
4. Para a definição do número máximo de séries fotovoltaicas em paralelo, é
necessário garantir que o valor da corrente não ultrapasse a corrente suportada
na entrada do inversor. E também de acordo com a norma NBR 16690,
recomenda-se que as séries fotovoltaicas conectadas em paralelo devem
possuir uma margem de 5% da tensão de circuito aberto, para evitar a circulação
de corrente no arranjo.

2.3.2. Dimensionamento do inversor

O dimensionamento do inversor depende definição da potência da SFH.


Assim as principais características do inversor a serem analisadas, são:

Figura 5: Características principais dos inversores

Fonte: ABE (2018).

Com a definição do inversor, consegue-se definir o arranjo fotovoltaico


total. Inicialmente, para definir a quantidade de módulos em série, usa-se a
equação 5 e 6:
12
𝑉𝑆𝑃𝑃𝑀_𝑚𝑖𝑛
𝑁𝑚𝑖𝑛 = (5)
𝑉𝑚𝑖𝑛

𝑉𝑆𝑃𝑃𝑀_𝑚á𝑥
𝑁𝑚á𝑥 = (6)
𝑉𝑚á𝑥

Onde Nmin e Nmáx são os números mínimos e máximos de painéis na


série fotovoltaica. Para o cálculo da quantidade de séries fotovoltaicas em
paralelo, é necessário calcular conforme equação 7:
(25−𝑇𝑚á𝑥)𝑥 𝛼
𝐼𝑐𝑐_𝑚á𝑥 = (1 − ) 𝑥 𝐼𝑠𝑐 (7)
100

Onde 𝐼𝑐𝑐_𝑚𝑎𝑥 é a corrente máxima em que o seguimento do ponto de


potência máxima (SPPM) do inversor estará submetido. Após esses cálculos,
deve-se considerar as condições descritas abaixo para que o sistema seja
modelado:

𝑃𝐹𝑣𝑅𝑒𝑎𝑙 ≤ 𝑃𝑛𝑜𝑚

𝑉𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝑉𝑆𝑃𝑃𝑀_𝑚𝑖𝑛

𝑉𝑚á𝑥 ≤ 𝑉𝑆𝑃𝑃_𝑚á𝑥

𝐼𝑠𝑐𝑠𝑒𝑟𝑖𝑒 ≤ 𝐼𝑠𝑐_𝑚á𝑥

Caso alguma das condições acima descritas, não seja atestada, deverá
haver uma revisão no dimensionamento dos painéis fotovoltaicos.

2.3.3. Condutores elétricos CC e CA

Os cabos CC são os cabos responsáveis por interligar um painel ao outro


e interligar a série fotovoltaica ao inversor. De acordo com a norma IEC 60364-
7-712, o cabo de cada série fotovoltaica, deverá ser capaz de suportar 1,25
vezes a corrente de curto circuito na temperatura máxima de operação, além de
estar protegido contra falhas de terra e curto circuito, incrementando 10%, o que
resulta em 1,35 vezes a corrente de curto circuito máxima.
Os cabos CA são responsáveis por interligar o inversor ao barramento CA
do quadro geral de distribuição. De acordo com a NBR 5410, o cabo deverá
suportar 1,25 vezes a corrente nominal. Para o dimensionamento da bitola, é
necessário identificar o tipo de instalação conforme tabela 33 da NBR 5410, e a
partir da corrente encontrada verificar nas tabelas 36, 48 e 58 da referida norma,
a bitola dos cabos fase, neutro e de proteção, respectivamente.

2.4. Normas e Critérios

• ANEEL 414:2010, Condições Gerais de Fornecimento de Energia


Elétrica.

13
• ANEEL 482:2012, Condições Gerais para o Acesso de Microgeração e
Minigeração Distribuída aos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica
e o Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
• PRODIST ANEEL Módulo 3, Procedimentos de Distribuição de Energia
Elétrica no Sistema Elétrico Nacional.
• ABNT NBR 5410:2004, Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
• ABNT NBR 16149:2013, Sistemas Fotovoltaicos (FV) - Características da
Interface de Conexão com a Rede Elétrica de Distribuição.

2.4.1. Procedimentos junto à concessionária CPFL Energia

O projeto desenvolvido está relacionado à Modalidade de Geração na


própria unidade consumidora, dessa forma conforme a REN 482/2012, que
estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída
aos sistemas de distribuição de energia elétrica, para consumo próprio e
proporciona que a energia excedente gerada por essas usinas seja injetada, por
meio de empréstimo gratuito, na rede da distribuidora e posteriormente utilizada
para abater o consumo mensal. Destaca-se ainda, que para os casos em que a
energia injetada, ao final do ciclo de faturamento, for superior à energia
consumida, o consumidor receberá um crédito em energia (KWh), válido por 60
meses, que poderá ser utilizado para abater o consumo dos meses
subsequentes, conforme figura 6:

Figura 6: Modalidade de geração na própria unidade consumidora

Fonte: CPFL (2020)

Ressalta-se que para unidades consumidoras conectadas em baixa


tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo,
será devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade, valor em reais
equivalente a 30 kWh (monofásico), 50 kWh (bifásico) ou 100 kWh (trifásico). As
regras de faturamento do sistema de compensação, estão contidas no artigo 7º

14
da REN nº 482/2012, com complementação, quando couber, pela REN nº
414/2010.
A seguir serão apresentadas as etapas de acesso e documentação
necessária para obtenção do parecer de acesso pelas distribuidoras do grupo
CPFL
1) Informação de acesso: informação de acesso é o documento emitido
pela CPFL, após a consulta de acesso, pelo qual é apresentada a
alternativa de conexão da central geradora, selecionada de acordo
com o critério de mínimo custo global, e esclarece os procedimentos a
serem seguidos pela central geradora para posterior formalização da
solicitação de acesso;
2) Solicitação de acesso: para a viabilização do acesso de microgeração
ou minigeração distribuída à rede de uma das Distribuidoras do Grupo
CPFL Energia, é necessária a formalização da Solicitação de Acesso.
Deverão ser atendidos os requisitos estabelecidos na Norma Técnica
da CPFL GED nº 15303 – Conexão de Micro e Minigeração Distribuída
sob Sistema de Compensação de Energia Elétrica;
3) Parecer de acesso: o parecer de acesso é o documento formal
obrigatório apresentado pela acessada, sem ônus para o acessante,
em que são informadas as condições de acesso, compreendendo a
conexão e o uso, e os requisitos técnicos que permitam a conexão das
instalações do acessante com os respectivos prazos;
4) Pendências: se na análise da documentação encaminhada com a
Solicitação de Acesso a CPFL ainda constatar a ausência ou
desacordo de alguma informação de responsabilidade do acessante
com as exigências da regulamentação e os requisitos aqui
estabelecidos, o acessante será notificado, formalmente e de uma
única vez, sobre todas as pendências a serem solucionadas.

Temos os prazos do processo de conexão de micro e minigeração


estabelecidos para cada etapa do processo, conforme figura 7:

Figura 7: prazos do processo de conexão de micro e minigeração

Fonte: CPFL (2020)

15
Segue a documentação técnica solicitada:

1) Certidão de Registro Profissional e Anotação baixada do site do CREA,


indicando atribuição profissional conforme artigo 8 da Resolução 218/73
(CONFEA) ou indicando explicitamente atribuição referente à geração: é
verificado: Nome do representante técnico; e Atribuição ao Art. 8 do
CONFEA;

2) ART ou equivalente com responsabilidade técnica de Elaboração de


Projeto e/ou Execução de Instalações. É verificado: Nome do profissional,
Endereço do local da obra, Capacidade da geração, Responsabilidade do
projeto e execução;

3) Anexo F (versão vigente deste documento), todos os itens aplicáveis. È


verificado: Dados da unidade consumidora, Dados técnicos da unidade,
Dados do transformador acoplamento (se houver) e, Dados das unidades
geradores, Padrão de entrada a ser instalado o medidor bidirecional,
Categoria do cliente, Demanda, Bitola dos cabos, Capacidade do disjuntor
Tipo de poste;

4) Projeto em arquivo CAD (dwg) contendo: Planta de localização (Rua de


localização, entre Avenidas e referência elétrica próxima ao ponto de
conexão), Planta de situação (localização do padrão de entrada e limites
da propriedade), Diagrama unifilar (indicando desde o ponto de conexão
com a distribuidora, bitola dos cabos, capacidade do dispositivo de
proteção, medição, proteção, inversor - se houver - e central geradora). É
verificado: Bitola dos cabos, Capacidade do disjuntor, Quantidade de
inversores, Modelo e fabricante dos inversores e módulos;

5) Certificado do inversor utilizado se houver, em arquivo pdf. É verificado:


Certificados ABNT NBR 62116, 16150 e 16149, Declaração do fabricante
(acima 10kW),Número de concessão do INMETRO (até 10kW), Validade.

6) Foto mostrando a visão ampla do padrão de entrada (resolução 300 dpi),


Foto medição (tampa aberta mostrando todos os medidores presentes). É
verificado: Padrão existente no local, Capacidade do disjuntor;

7) Foto mostrando o dispositivo de proteção geral. Foto do medidor da UC +


disjuntor geral da UC (visível e legível). É verificado: Padrão existente no
local, Capacidade do disjuntor;

2.5. Memorial descritivo das atividades


EM DESENVOLVIMENTO
É apresentado a seguir um roteiro para elaboração do Memorial Descritivo do
Projeto de instalação do SFV em casas classificadas como baixa renda e,
situadas no município de Campinas-SP. São apresentadas orientações
pertinentes para descrição de cada item, a fim de padronizar as informações

16
contidas nos projetos que poderão ser desenvolvidos. Dessa forma, no início
de cada item abordado serão identificadas as instruções e em seguida os
textos e/ou tabelas modelos utilizados.

2.5.1. ÍNDICE DO MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE


INSTALAÇÃO DO SFV

• Introdução: Para esta análise devemos levar em consideração dois


programas sociais, sendo:

1) O programa minha casa minha vida, do governo federal brasileiro,


que tem como principal atribuição minimizar o déficit habitacional
existente no Brasil.

2) O programa Tarifa Social de Energia Elétrica, também do governo


federal, que tem como principal objetivo conceder descontos para os
consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda.
Foi promulgada a Lei n° 10.438, de 26 de abril de 2002 a fim de
estabelecer o programa (Adaptado, ANEEL, 2016)

A fim de analisar a viabilidade na instalação do SFV em casas


enquadradas nos dois programas sociais, desenvolvemos um projeto
que leva em consideração as principais premissas necessárias para
a efetivação de tal.

• Arquitetura: Foi utilizado como modelo a casa popular, projeto padrão


de 42m² do Caderno de Habitação da CAIXA, sendo que a edificação
ocupa uma área de 58,90m² (incluído a calçada de proteção), deve-se
levar em consideração a existência de aberturas em todos os lados da
residência com área construída – 41,87m² e área útil – 36,93m². Esse
modelo escolhido como base atende as especificações de área mínima
construída de 36,00m², apontados no PMCMV aprovada pela
PORTARIA Nº 660, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2018.

• Sistema Construtivo: O MINISTRO DE ESTADO DAS CIDADES, no uso


das atribuições que lhe conferem o art. 8º, inciso I, da Lei nº 8.677, de 13
de julho de 1993, e o art. 8º, incisos I e III, do Decreto nº 1.081, de 8 de
março de 1994, e considerando o disposto na Resolução nº 214, de 15 de
dezembro de 2016, do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento

17
Social - CCFDS , com a redação dada pelas Resoluções nº 217, de 1º de
novembro de 2017 e nº 219, de 29 de março de 2018 do CCFDS, resolve:
Art. 1º Regulamentar, na forma dos Anexos, o Programa Minha Casa,
Minha Vida - Entidades - PMCMV-E, aprovado pela Resolução nº 214 do
CCFDS, de 15 de dezembro de 2016, com a redação dada pelas Resoluções nº
217, de 1º de novembro de 2017 e nº 219, de 29 de março de 2018 do CCFDS.
Art. 2º Fica revogada a Instrução Normativa nº 14, de 22 de março de
2017, do Ministério das Cidades, publicada no Diário Oficial da União de 24 de
março de 2017, Seção 1, páginas 108 a 111.
Art. 3º O Agente Operador regulamentará procedimentos
operacionais complementares aos definidos nesta Instrução Normativa.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua
publicação. (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, I.N Nº 12, 2018)
A construção das casas foi realizada por empresa contratada pela
prefeitura em parceria com o governo federal, levando em consideração
as alíneas contidas no regime de construção.
Utilização de empresa do ramo da construção civil para produção total
das UH, no regime construtivo de empreitada global. Neste regime, a EO,
com anuência da CAO, contrata empresa especializada para execução
total das obras e serviços por preço certo e total.
Na adoção do regime construtivo por empreitada global é obrigatório a
indicação, pela EO, de responsável técnico pela fiscalização da obra com
registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA ou
Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU.

• Elétrica:
No módulo fotovoltaico é produzido energia em corrente contínua (CC),
mas a energia utilizada em residências é em corrente alternada (CA).
Para realizar essa conversão é utilizado um inversor, que trabalha com um
circuito de transistores e estes são os responsáveis por modificar a CC em CA.
O inversor liga e desliga o circuito várias vezes em pequenas frações de
tempo, criando assim uma onda senoidal.
Os transistores utilizados geralmente são MOSFETs (Transistor de efeito de
campo), IGBTs (transistor bipolar de porta isolada) ou IGCT (transistor
integrado controlado).
Para a proteção são utilizados disjuntores de proteção para CC e CA e
conectores de módulos e cabeamento elétrico. Além disso, é importante um
bom revestimento para assegurar a incidência constante de luz solar.
A fiação utilizada, é a conexão dos componentes do sistema e promove o curso
de eletricidade entre eles. Os modelos mais utilizados são os de módulo ou
fieira, e são os responsáveis pela segurança para que não ocorra nenhum tipo
de curtos-circuitos.

18
Os cabos de corrente contínua ligam o gerador ao inversor e os cabos de
corrente alternada conectam o inversor a rede receptora.

2.6. Programa de prevenção de riscos ambientais ‐ PPRA

A empresa responsável pela instalação do sistema de painéis


fotovoltaicos no domicílio deverá apresentar a relação de documentos antes do
início da execução do serviço:
• Permissão para Trabalhos, de acordo com a atividade a ser executada
(elétrico, trabalhos em altura), devidamente preenchida e assinada pelos
envolvidos na análise da tarefa;
• Análise Preliminar de Riscos, que deverá estar vinculada à permissão
para trabalho e possuir a validação de um técnico de segurança do
trabalho;
• Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO);
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
• Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) com a devida autorização para o
trabalhador realizar as tarefas para as quais foi contratado.

2.7. Análise de viabilidade econômico-financeira

A ideia é apresentar opções de crédito para financiar os equipamentos e


a instalação dos painéis fotovoltaicos (SFH), as famílias que possuem o
benefício de baixa renda na concessionaria de energia local. Assim hoje o custo
da energia consumida até 220kwh pelas famílias dessa modalidade é pago pelo
governo federal através da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), dessa
forma, esse cenário se apresenta confortável as concessionárias de energia,
pois ela não corre risco de inadimplência. Com isso não trazendo nenhum
benefício para as famílias em situação de baixa renda, tão menos para a
sociedade para o meio ambiente.
A instalação de sistema de painéis fotovoltaicos (SFV) pode ser
considerada como um investimento, pois o retorno financeiro adquirido pelo
sistema de compensação de energia permite que o valor investido possa retornar
e gerar lucro em longo prazo. Um dos principais parâmetros de análise é o tempo
de retorno do investimento. Por isso, é necessário o cálculo de fluxo de caixa,
considerando o valor presente líquido (VPL). O fluxo de caixa é basicamente a
relação de entrada e saída do que se pretende investir. No caso de um SFV, as
saídas são consideradas no primeiro ano, como o custo de implantação dos
painéis solares, com compra de equipamentos, mão de obra da instalação, etc,
nesse ponto é necessário buscar alternativas de financiamento, como o próprio
governo ou investidores privados; e posteriormente o custo das manutenções
anuais adicionado da tarifa mínima. A entrada seria a energia gerada pela SFV,
sendo que o consumo de energia realizado pelo domicilio, seria transformado
em créditos e pago via Conta de Desenvolvimento Energético, à instituição que
financiou o empreendimento, tendo como base a tarifa da concessionária e a
diferença da energia gerada e não consumida, poderia ser injetada na rede

19
gerando créditos para o domicílio. Dessa forma o domicílio estaria gerando a sua
própria energia e com os créditos pagaria a longo prazo o investimento realizado.
O grupo fará um VPL, calculando o valor médio do investimento em
domicílios de baixa renda como saída de caixa; e utilizará o valor da tarifa da
concessionária de energia CPFL, figura 8, multiplicado pelo consumo de 220kwh
como entrada de caixa, e dessa forma fazer um fluxo de caixa para identificar
em quanto tempo esse investimento seria pago.

Figura 8: Valor das tarifas Subclasse B1 baixa renda

Fonte: CPFL (2020)

2.8. Prazo de Conclusão

O prazo de conclusão da obra ficará acordado entre a empresa contratada


para a instalação do Sistema de Painéis Fotovoltaicos e o responsável pela
unidade consumidora, respeitando todos os prazos determinados pela
concessionária CPFL Energia.

2.9. Cronograma do Projeto

20
3. METODOLOGIA

Devido ao momento de pandemia vivenciado pela sociedade,


impossibilitando a visita em campo para a realização das medições de uma
determinada residência, o grupo aplicou uma metodologia baseada em pesquisa
bibliográfica e a utilização de materiais disponível na rede mundial de
computadores, com o objetivo de desenvolver um projeto de instalação de um
sistema de painéis de energia fotovoltaica para casas de baixa renda. Dessa
forma, as informações a seguir são essenciais para o desenvolvimento e
dimensionamento do projeto.

3.1. Programa Minha Casa Minha Vida

O programa do governo federal criado na Lei n° 11.977, de 7 de julho de


2009, onde beneficia famílias de baixa renda a terem facilidade em
financiamentos para adquirir a casa própria. Entre 2009 e 2019 foram entregues
mais de 4,2 milhões de casas MCMV construídas em áreas urbanas e áreas
rurais. Existem quatro classificações de faixas de renda com diferentes
vantagens como taxas, prazos, subsídios. Famílias com renda de R$1.800,00
até R$9.000,00 podem participar do programa, onde existem condições e
avaliações a serem obedecidas (EXAME, 2020).
Em 13 de novembro de 2017 foi aprovada a Portaria N° 643, em que as
casas do programa MCMV a partir de 01 de janeiro de 2018 devem ter
obrigatoriamente sistemas de painéis fotovoltaicos instalados, que podem ser
substituídos por outro tipo de sistema de energia renovável. Com recursos
advindos da integralização de cotas no Fundo de Arrendamento Residencial
(FAR) e contratação de operações com recursos transferidos ao Fundo de
Desenvolvimento Social (FDS). Os sistemas devem atender todos os requisitos
presentes na Portaria, algumas como: sistema conectado à rede em perfeito

21
funcionamento; equipamentos certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (INMETRO); possuir no mínimo capacidade de geração
de 800 KWh anual e garantia de desempenho por 25 anos (MINISTÉRIO DAS
CIDADES, 2017).

3.2. Dados para o Dimensionamento

Para que um sistema de painéis fotovoltaicos (SFV) produza energia para


o atendimento de uma unidade consumidora, o projeto é dimensionando sobre
a análise do consumo destacado na conta de energia da residência em
específico o consumo médio anual. As características do imóvel, onde serão
instalados os painéis, são também de suma importância, e os detalhes
construtivos devem ser observados, uma vez que, geralmente é feita a instalação
no telhado, por estética, e um dos fatores que influenciam na eficiência da
geração é a inclinação e orientação do telhado. A disponibilidade do recurso
solar da região é outro fator importante e que deve ser levado em consideração.

3.2.1. Avaliação do Recurso Solar

Para viabilização da utilização da luz solar para geração de energia


fotovoltaica é necessário analisar a disponibilidade da incidência solar na área
de instalação do sistema, para estimar a máxima geração de energia.
A incidência solar pode ser consultada em estudos que mostram a
radiação captada na superfície do território brasileiro ao longo de um ano, e neste
caso, destacam-se o Atlas Brasileiro de Energia Solar produzido pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); o Atlas Solarimétrico do Brasil que é
produzido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e o Atlas de
Energia Solar coordenado pela Secretaria de Energia e Mineração que apontam
o potencial de energia solar do Estado de São Paulo.
Assim a figura 9 apresenta a média anual de incidência solar sobre o
Estado de São Paulo, retirado do Atlas de Energia Solar do Estado de São Paulo.
Assim é possível perceber que mais da metade do Estado apresenta de médio
a alto índice de irradiação solar, possuindo um grande potencial de
aproveitamento energético para geração de energia solar (ENERGIA SOLAR
PAULISTA, 2013).

Figura 9: Mapa da incidência solar global média anual no Estado de São Paulo.

22
Fonte: Energia Solar Paulista (2013).

Dessa forma, como o projeto desenvolvido está baseado em residências


de baixa renda, localizadas de forma abrangente na cidade de Campinas,
utilizaremos as medições da incidência solar global, média anual por região
administrativa da cidade, conforme figura 10.

Figura 10: Incidência solar global na Região Administrativa de Campinas

23
Fonte: Energia Solar Paulista (2013).

Diante das informações descritas acimas foi possível identificar a tabela 1


de análise municipal, com as características da irradiação solar diária anual
incidente por metro quadrado da região; e em específico da cidade de Campinas,
de 5,388 KWh/m².dia, que trabalharemos na sequência para o dimensionamento
dos equipamentos.

Tabela 1: Irradiação solar anual de Campinas.

Fonte: Energia Solar Paulista (2013).

24
3.2.2. Características do Local

O local que é instalado o sistema influência na produção de energia solar. As


condições consideradas ideais para o Brasil são: orientação para o norte,
inclinação igual à latitude do local e não possuir sombreamento no local de
instalação do painel. Assim, às vezes, a única disponibilidade para instalações
das placas é nos telhados das casas ou prédios. Com isso, deve-se considerar
a orientação e inclinação do telhado para estimar a geração de energia, e se
existe algo próximo que possa provocar sombra. A solução é fornecer uma
estrutura para receber o painel com o objetivo de criar as melhores condições,
com a intenção de se aproximar às condições ideais.

3.2.3. Levantamento de Demanda

O levantamento de demanda é feito para estimar a geração necessária


para atender adequadamente a necessidade da família. Pode ser realizado
diretamente com as informações de consumo informadas na conta de luz da
residência (unidade consumidora) onde consta o consumo mensal de todos os
meses do ano. Outra opção alternativa, aplicada no caso de novas moradias, é
a utilização da estimativa dos equipamentos que serão utilizados. Deve ser feito
uma planilha com todos os equipamentos, sua potência e tempo de utilização
por dia. As informações de potência dos equipamentos devem ser fornecidas
pelo fabricante, pelo INMETRO ou PROCEL
Este levantamento de potência consumida deve ser realizado de maneira
eficiente, pois é com essa informação que será feito o dimensionamento do
sistema fotovoltaico.

3.3. Considerações Finais

Até esse ponto foi abordado a metodologia de como o projeto foi realizado,
passado por todo o estudo necessário para a base teórica até a aplicação, no
dimensionamento e elaboração da planta do sistema de painéis fotovoltaicos
para uma casa de baixa renda. O próximo capítulo mostrará sobre o resultado
deste trabalho e as discussões sobre o assunto abordado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este capítulo apresenta os resultados deste trabalho, com todo os


conceitos apresentados sobre a instalação de um sistema de painéis
fotovoltaicos para uma casa de baixa renda. Serão apresentadas as
configurações do sistema, assim como os equipamentos escolhidos e o
levantamento financeiro, incluindo ainda discussões interessantes sobre o
projeto fotovoltaico.

4.1. Levantamento do consumo médio anual

Para a especificação do parâmetro de consumo, foi utilizada a estimativa


da demanda, tendo como base equipamentos convencionais da base de dados
da PROCEL, levando-se em consideração o consumo individual desses

25
aparelhos, considerando o modelo de casa popular, projeto padrão de 42m² do
Caderno de Habitação da CAIXA.
Também foi utilizado a PORTARIA Nº 660, DE 14 DE NOVEMBRO DE
2018 que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração de projetos e estabelece
as especificações técnicas mínimas da unidade habitacional no âmbito do
Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV. Assim determina-se para essas
unidades habitacionais que os sistemas prediais elétricos contenham os
seguintes pontos de energia. Pontos de tomadas elétricas: deverão atender à
NBR NM 60.669/2004 e NBR 5410/2004 com no mínimo 4 na sala, 4 na cozinha,
2 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1 tomada no banheiro e mais 1 ponto
elétrico para chuveiro. Prever ponto específico para máquina de lavar roupa.
Ponto de iluminação nas áreas comuns. Assim foi possível chegar ao consumo
mensal de 200,35 KWh/mês de uma casa modalidade baixa renda, conforme
tabela 2 abaixo.

Tabela 2: Estimativa de consumo mensal – casa modalidade baixa renda

Fonte: adaptado pelos autores.

4.2. Características físicas da casa.

As características físicas da casa são importantes para a realização do


projeto e para a aplicação do sistema de painéis fotovoltaicos. Neste sentido, foi
utilizado como modelo a casa popular, projeto padrão de 42m² do Caderno de
Habitação da CAIXA, sendo que a edificação ocupa uma área de 58,90m²
(incluído a calçada de proteção), deve-se levar em consideração a existência de
aberturas em todos os lados da residência com área construída – 41,87m² e área
útil – 36,93m². Esse modelo escolhido como base atende as especificações de
área mínima construída de 36,00m², apontados no PMCMV aprovada pela
PORTARIA Nº 660, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2018.
A figura 11 apresenta a casa popular - projeto padrão, observa-se uma
boa visibilidade do telhado para a instalação do sistema de painéis fotovoltaicos.

26
A figura 12 apresenta a planta baixa layout, onde pode-se ver a distribuição dos
cômodos.

Figura 11 – Casa Popular – Projeto Padrão 42m²

Fonte: Caderno de Habitação da CAIXA.

Figura 12 – Planta baixa layout – Projeto Padrão 42m²

27
Fonte: Caderno de Habitação da CAIXA.

A seguir a figura 13 e a figura 14 apresentam informações importantes


para o projeto do sistema de painéis fotovoltaicos, onde é observado o espaço

28
disponível para a instalação dos painéis solares e inclinação do telhado. A planta
de cobertura do telhado tem as medidas de 7,99 m de comprimento e 6,99 cm
de largura. Com isso, sabe-se que a área do telhado é de 55,85m², que pode ser
ocupada pelos módulos solares.

Figura 13 – Planta da cobertura – Área do telhado.

Fonte: Caderno de Habitação da CAIXA.

Figura 14 – Corte AA - Ângulo do telhado

Fonte: Caderno de Habitação da CAIXA.

29
4.3. Dimensionamento do projeto

Com as informações essenciais reunidas para o dimensionamento do


projeto, sendo transformadas em requisitos para escolha de equipamentos e
configurações do trabalho.

4.3.1. Dimensionamento do sistema de painéis fotovoltaicos.

A partir do valor estimado da demanda, realizaremos um ajuste de


aproximação chegando no valor médio de consumo mensal de 200KWh/mês.
Desse valor é necessário realizar o débito do valor do custo de
disponibilidade do sistema elétrico, que é obrigatoriamente pago mensalmente,
pelo fato do sistema ser bifásico, o referido valor é de 50 KWh/mês, conforme
REN 414. Neste sentido, obtém-se o valor de potência mínima de consumo à
150KWh/mês, ou seja, esse valor será consumido pelos moradores utilizando o
sistema de paineis fotovoltaicos a ser instalados.
Multiplicando esse valor por 12 meses, obtém-se o valor de consumo
anual que o projeto precisará suprir para atender os moradores, ou seja,
1800KWh/ano. Assim utilizando a equação 1 podemos determinar potência
necessária para o atendimento do consumo (PFv) a seguir:

1800 𝑥 1000
𝑃𝐹𝑣 = = 1.076,79𝑊𝑝
(5,388 𝑥365) 𝑥 0,85

Calculada a potência, o modelo de módulo escolhido é a Placa Solar 360w


Canadian Solar - Cs3u-360p, conforme anexo I, com as características descritas
na tabela 3.

Tabela 3: Principais características do módulo selecionado.

Características Dados
Potência Máxima CC (Pnom) 1500W
Máxima tensão de entrada (Vmax) 420V
Faixa de tensão SPPM (seguimento do
ponto de potência máxima) (Vsppm) 120 ~ 335V
Corrente máxima po SPPM (Ispp_max) 13,3A
Corrente de saída (Ica_inv) 6,5A

Fonte: Data Sheet da Canadian Solar INC.

Aplicando-se os dados constantes na tabela 3 na equação 2 temos o


número de módulos necessários, conforme:
1.076,7
𝑁𝑚𝑜𝑑 = = 2,99 , podemos considerar 3 módulos.
360

30
Assim para a definição do arranjo dos módulos fotovoltaicos em série, é
necessário obter a faixa de tensão em que os módulos estarão submetidos em
funcionamento, conforme as equações 3 e 4, abaixo:

(25−0)𝑋(−0,29)
𝑉𝑚á𝑥 = (1 − 100 ) 𝑥 39,6 = 𝑉𝑚á𝑥 = 42,47𝑉

(25−80)𝑋(−0,29)
𝑉𝑚𝑖𝑛 = (1 − 100 ) 𝑥 47 = 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 39,5𝑉

Onde Vmáx e Vmin são as faixas de tensão máxima e mínima de um


painel fotovoltaico nas devidas temperaturas, Tmin=0ºC e Tmáx=80ªC, em que
o sistema poderá operar.
O passo seguinte foi a determinação do inversor conforme anexo II, o
escolhido foi o Inversor Fronius On-Grid Galvo 1.5.1 - 1,50Kw, com as
características descritas na tabela 4.

Tabela 4: Principais características do inversor selecionado.

Características Dados
Potência Máxima CC (Pnom) 1500W
Máxima tensão de entrada (Vmax) 420V
Faixa de tensão SPPM (seguimento do ponto de potência máxima) (Vsppm) 120 ~ 335V
Corrente máxima por SPPM (Ispp_max) 13,3A
Corrente de saída (Ica_inv) 6,5A

Fonte: Data Sheet Fronius On-Grid Galvo 1.5.1

Escolhido o inversor, agora é possível definir o arranjo fotovoltaico total.


Inicialmente, para definir a quantidade de módulos em série, utiliza-se as
equações 5 e 6 abaixo, aplicando-se os dados constantes na tabela 4, assim
temos:
120
𝑁𝑚𝑖𝑛 = 39,5 = 3,03

335
𝑁𝑚á𝑥 = = 7,88
42,47

Onde Nmin e Nmáx são os números mínimos e máximos de painéis na


série fotovoltaica.
Para a definição do número máximo de séries fotovoltaicas em paralelo,
é necessário garantir que o valor da corrente não ultrapasse a corrente suportada
na entrada do inversor, conforme equação 7 abaixo.
(25−80)𝑥 0,05
𝐼𝑐𝑐_𝑚á𝑥 = (1 − ) 𝑥9,67 = 9,93𝐴.
100

31
Desta forma, o dimensionamento do sistema de painéis fotovoltaicos ficou
conforme a abaixo.
Tabela 5: Dimensionamento do sistema fotovoltaico.

Potência do Sistema 1076,79Wp


Módulos Fotovoltaicos Marca: Canadian Solar
Potência: 360Wp
Quantidade: 3
Inversor Marca: Fronius On-Grid Galvo 1.5.1
Potência: 1500W
Quantidade: 1
Fonte: elaborado pelos autores.

4.3.2. Área ocupada pelo painel solar

A área ocupada pelo módulo (composto por 3 painéis) é de


aproximadamente 2m de altura x 3m de largura, resultando na ocupação de
50% do espaço e não gerando sobrecarga na estrutura do telhado.

Figura 15: Simulação do SFV instalado

Fonte: Adaptado pelo autor

Diante do exposto acima, e mediante as dimensões do módulo solar


descritas no anexo I, foi escolhido o arranjo fotovoltaico em série, ilustrado no
esquema abaixo:

32
Figura 16: Esquema do dimensionamento do SFV

Fonte: Elaborado pelo autor

4.3.3. Levantamento financeiro

Para complementar o trabalho foi realizado uma pesquisa de mercado


para o levantamento dos valores dos equipamentos e mão de obra que formam
uma instalação de um sistema de painéis fotovoltaicos dentro das características
apresentadas no projeto, conforme tabela 6.
As cotações foram feitas respeitando as marcas dos equipamentos
levantados, conforme anexos I e II e como principal fonte de pesquisa foi
utilizado o Portal Solar. Ressalta-se que os equipamentos de cada projeto são
alterados de acordo com o consumo mensal da residência, sua localidade e o
tipo de telhado. O valor demostrado neste trabalho, é uma estimativa, podendo
assim haver outras possibilidades de modelos e marcas de equipamentos que
poderão alterar os custos do projeto.
Tabela 5 : valores dos equipamentos e mão de obra.

Fonte: elaborado pelo autor.

33
Referências Bibliográficas

ABE, Bruna Projeto de Sistema de Geração Fotovoltaica com Potência de


1.004kWp/802kWca [manuscrito] / Bruna Abe. - 2018. LXVII, 67 f.: il.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Resolução Normativa n° 482


de 17 de abril de 2012. Relatório técnico, 2012. Disponível em:
http://www2.aneel.gov.br/cedoc/bren2012482.pdf. Acesso em 04/09/2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Resolução ANEEL n° 687 de


24 de novembro de 2015. Relatório técnico, 2015. Disponível em:
<http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf. Acesso em 04/09/2020.

Atlas Brasileiro de Energia Solar. 2ª Edição, 2017. Disponível em


http://www.absolar.org.br/atlas-brasileiro-de-energia-solar-2a-edicao.html
Acesso em 08/09/2020.

CPFL Energia. Procedimentos de acesso a micro e mini geração distribuída


Disponível em https://www.cpfl.com.br/atendimento-a-consumidores/produtos-e-
servicos/Documents/CARTILHA_GERACAO_DISTRIBUIDA.PDF. Acesso em
08/09/2020.

ENERGIA SOLAR PAULISTA - Dados Energéticos do Estado de São Paulo.


Disponível em
http://dadosenergeticos.energia.sp.gov.br/portalcev2/intranet/BiblioVirtual/renov
aveis/atlas_energia_solar.pdf. Acesso 10/10/2020

EQUIPAMENTOS ELÉTRICO. PROCELINFO. Centro Brasileiro de Informação


de Eficiência Energética. Disponível em:
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View=%7BE6BC2A5F-E787-48AF-
B485-439862B17000%7D. Acesso em 18/10/2020.

MCMV. Programa Minha Casa Minha Vida. Disponível em


https://exame.com/brasil/marca-do-pt-minha-casa-minha-vida-esta-desidratado-
e-desafia-o-governo/. Acesso em 12/10/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2011.Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2011.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2012. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2012.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do

34
Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2013. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2013.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2014. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2014.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2015. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2015.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2016. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2016.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2017. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2017.
Acesso em 12/09/2020.

MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do


Sistema Elétrico Brasileiro, Dezembro, 2018. Disponível em:
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-
eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico/2018.
Acesso em 12/09/2020.

MODELO DE CASA POPULAR. Disponível:


https://www.caixa.gov.br/Downloads/banco-projetos-projetos-
HIS/casa_42m2.pdf. Acesso em 18/10/2020.

NORMA TÉCNICA GED-13. Disponível em: http://sites.cpfl.com.br/documentos-


tecnicos/GED-13.pdf. Acesso em 17/10/2020.

PORTAL SOLAR – Custos da Instalação. Disponível em:


https://www.portalsolar.com.br/painel-solar-precos-custos-de-instalacao.html.
Acesso em 18/10/2020

35
PORTARIA Nº 660, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2018 MINISTÉRIO DAS
CIDADES. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/50484132/do1-2018-11-16-portaria-
n-660-de-14-de-novembro-de-2018-50483803. Acesso em 18/10/2020.

PORTARIA Nº 643, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2017. MNISTÉRIO DAS


CIDADES. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19410059/do1-2017-11-14-portaria-
n-643-de-13-de-novembro-de-2017-19409958. Acesso em 12/10/2020.

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 414, DE 9 DE SETEMBRO DE 2010. Disponível


em https://www.cpfl.com.br/atendimento-a-consumidores/direitos-e-
deveres/Documents/REN414-ANEEL_Nova_Compilacao_REN_416-418-
419.pdf. Acesso em 01/10/2020.

SUA CONTA CPFL. Disponível em: https://servicosonline.cpfl.com.br/agencia-


webapp/#/taxas-tarifas. Acesso em 01/09/2020

36
Anexo I

37
38
Anexo II

39
40

Você também pode gostar