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- Pedais de Efeitos

São pedais que possuem diversos efeitos, dentre eles destacam-se as distorções, wha wha, delay, etc.
São versáteis pelo fato de serem facilmente visualizados em um palco quando se toca ao vivo, e é muito fácil
utilizá-los pois sempre há uma chave de liga/desliga e os botões de regulagem do efeito.
Com isso, os pedais tornam-se nesse aspecto melhores que pedaleiras digitais, pois apresentam um som
extremamente bom e são de fácil manuseio, já as pedaleiras são mais em conta no preço mas alguns efeitos nela
podem deixar um pouco a desejar, além de ser de difícil manuseio ( regulagens, etc.)
Para você escolher os pedais que você irá utilizar, é interessante que você pesquise preços, som, etc. Uma boa é
você pegar o set-up de seus guitarristas favoritos e ver o que eles usavam para assim você usar o set deles como
base para o seu.
*Para ver os set-ups dos guitarristas entrem nesse site: www.guitargeek.com

- Cadeia de sinal
Antes de falarmos dos efeitos devemos saber como ligá-los na cadeia de sinal. Não há uma ordem específica,
mas o que deve ser respeitado é que primeiro vem os pedais de ganho e em seguida os efeitos.
A ordem de ligação a seguir é a que eu uso e é uma das que todos usam:
Ordem:

Guitarra - - - Wha wha - - Compressor - - Overdrive - - Distorção - - Booster - - Phaser - - Reverb - - Chorus - -
Delay - - Amplificador.

Lembre-se você NÃO PRESCISA seguir essa ordem, você pode fazer sua própria ordem.

Agora falaremos dos efeitos em questão, hoje vou falar principalmente das distorções e em breve estarei falando
dos efeitos de Chorus, Delay, Flanger, etc.

- Overdrives, Distorções e Fuzz

Esses são os efeitos preferidos da maioria dos guitarristas, pois muitas bandas usam esses efeitos para distorcer
o som da guitarra.
O pedal de Overdrive, é um pedal que quando ligado praticamente "simula" o som de um amplificador a válvula,
ou seja, o seu som fica parecido com a saturação de um amplificador valvulado. Ele apresenta um ganho pequeno
comparado aos pedais de distorção, mas apresenta uma dinâmica que as distorções não oferecem.
Os pedais de Overdrive, em geral, apresentam três botões:
* Gain - controla a quantidade de ganho no pedal, quanto maior o ganho, maior será a distorção.
* Level - controla o volume do pedal em sua cadeia de sinal.
* Tone - serve para adicionar ou cortar frequências agudas de seu som.

Alguns bons overdrives são os mais usados que são:


* Super Overdrive SD-1, da Boss
* Tubescreamer TS-9, da Ibanez
* Distortion +, da MXR
Esses são pedais usados por diversos guitarristas dentre eles estão: Eddie Van Halen, Jake E. Lee, Randy
Rhoads, Joe Satriani, entre muitos outros.

O pedal de Distorção

É o pedal mais usado no rock, é usado desde um Hard Rock farofa até o Thrash Metal, esse é um pedal que
possui um alto ganho e também simula o som de um amplificador valvulado, não possui tanta dinâmica como os
pedais de overdrive pois o ganho destes é absurdamente maior em alguns pedais.
Os pedais de distorção também apresentam em geral, três botões:
* Gain - é o botão que serve para aumentar ou diminuir o ganho do pedal.
* Tone - serve para adicionar ou retirar frequências agudas do pedal
* Distortion - serve para aumentar ou diminuir a quantidade de distorção no pedal ( lembre-se: o peso de uma
banda não vem da quantidade de distorção, pois quando muito alta, o som torna-se indefinido e embolado, além
de apresentar um grande "chiado". Às vezes o peso de uma banda vem da "cozinha", do baixo e da bateria, fique
bastante atento quanto a isso.).
* Level - serve para aumentar ou diminuir o volume do pedal.

No mercado existem diversos pedais de distorção, e, os que eu mais gosto e recomendo são:
* Distortion DS-1, da Boss ( um clássico !!)
* Mega Disortion MD-2, da Boss
* Metalzone, da Boss
* Double Distortion, da MXR
... dentre muitos outros no mercado. Apenas citei alguns, mas lembre-se você deve pesquisar bastante antes de
montar um set-up.
Esses pedais de distorção também são usados por diversos guitarristas, tais como: Van Halen, Steve Vai, Edu
Ardanuy, Jason Becker, Paul Gilbert, Kirk Hammet, George Lynch, dentre outros.

O pedal de Fuzz, é um pedal pouco usado hoje em dia, mas ele já foi muito usado na década de 60 e 70. Esse
pedal apresenta um som de alto ganho, "imundo", etc. Esse pedal era usado pelos guitarristas de Blues, assim
como o Overdrive era usado por eles também. Para saber de que tipo som estamos comentando, escute as
gravações de Jimi Hendrix e o solo de Black Night do Deep Purple.
O Fuzz apresenta normalmente doi botões:
* Fuzz - controla a quantidade de ganho e de Fuzz no seu som.
* Level - controla o volume do pedal.
O mais usado foi o Fuzz Face da MXR, que foi usado por grande parte dos guitarristas, mas destacou-se no som
de Hendrix.

Essa foi a primeia parte da matéria sobre efeitos, espero que tenham gostado dessas dicas sobre os pedais.
Lembrem-se de pesquisar para acha o melhor som para vocês, pois essa é a única forma de chegar ao som que
deseja. Além dos pedais, você não pode esquecer de ter cabos bons para que possa amenizar os ruídos, alguns
cabos bons são: Santo Ângelo, Planet Waves, etc
>>> Grupo dos efeitos de GANHO <<<

Estão inclusos nesse grupo os OVERDRIVES, DISTORÇÃO, FUZZ e BOOST.


O conceito dos efeitos de ganho/saturação é nada mais nada menos de volume sobre volume. Nos pedais que possuem esse
efeito o sinal que recebem é amplificado até a saturação desse componente que o amplifica, ou seja, o sinal é aumentado
tanto que satura.
Existem milhões de pedais de distortion, overdrive, boost e fuzz, de marcas, modelos, nomes e recursos variados. Não é raro
também encontrar unidades que ficam entre dois efeitos, sem muita definição do estilo da sonoridade, mas com timbres
muito interessantes. Também não é difícil encontrar equipamentos que tenha dois ou mais efeitos na mesma unidade.
Outra febre que está rolando quanto aos efeito de saturação são os chamados SIMULAMPS, ou seja, simuladores de
amplificadores que dispõe de sonoridades a escolha do usuário imitando os timbres de amplificadores clássicos. Nesse caso
situarei os simulamps em distorção mas pode ser incluso em outros grupos.

OVERDRIVE:
A intenção desse efeito é produzir a saturação leve e natural de um amplificador valvulado em volumes muito altos (como os
primeiros amplificadores não tinham canal de distorção/drive, a saturação era tirada através da saturação natural das
válvulas.
Ainda no Overdrive temos uma ramificação de um efeito chamado CRUNCH, que nada mais é que um Overdrive com muito
menos ganho, pode se considerar ainda um Boost com acréscimo de médios. O Crunch só dá “gás” no som acresciddo de um
brilho.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Drive ou Gain – controla a quantidade de saturação ou seja o quanto a unidade vai saturar;
Volume – controla o volume de saída do efeito.
Tone – controle o timbre do efeito, geralmente o corte e acréscimo de freqüências agudas.

DISTORTION:
É uma saturação mais dura e pesada, e em relação ao overdrive tem os harmônicos mais acentuados. O sinal fica mais “sujo”
tornando-se ideal para estilos mais “pesados” de Rock.
Uns dos mais recentes campeões de vendas são os Simulamps que simulam os timbres de amplis clássicos, e no nosso caso
aqui, simula as distorções de amplis clássicos.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Distortion – controla a quantidade de distorção;
Volume – controla o volume de saída do efeito.
Tone ou Equalização – controla as quantidades de graves e agudos. Esse controle nessas unidades vão desde um botão (Boss
DS-1) até quatro botões (Boss MT-2) controalndo graves, agudos, médios e região de médios.

FUZZ:
As primeiras unidades de saturação foram os Fuzz, que apareceram na década de 60 e foram muito populares. O mais
clássico e popular Fuzz desta época foi o “Fuzz Face”, famoso por ter sido usado pelo mestre Jimi Hendrix. O Fuzz tem um
timbre muito particular que realça os harmônicos ímpares, evidenciando muito a onda quadrada. Provavelmente seja esse o
motivo de ser difícil audição, alguns acordes.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Fuzz – controla a quantidade de saturação;
Volume – controla o volume de saída do efeito.
Tone – controla o corte e acréscimo de freqüências agudas.

BOOST / PRÉ AMP:


Nada mais é do que um efeito que aumenta o volume do sinal que recebe, mas sem chegar a saturar/distorcer. É um
aumentador de volume.
Bom se lembrarmos que a saturação é volume sobre volume, o boost é então um ótimo saturador de outros efeitos de
ganho, ou seja se colocarmos mais volume da entrada de um pedal de distorção/overdrive/fuzz, o resultado final é mais
saturação na saída de uma dessas unidades. A gora se pegarmos uma unidade de distorção/overdrive/fuzz, e ligarmos na
saída deles o boost, teremos nada mais nada menos do que o volume do efeito aumentado.
Raciocinando, todos pedais de ganho, se zerarmos a distorção/drive dos pedais de distorção/overdrive/fuzz, teremos
também um booster, com a vantagem de usarmos a equalização/tone desses pedais para ajustarmos o timbre.
Devido algumas particularidades que trataremos mais pra frente o COMPRESSOR e o EQUALIZADOR também podem atuar
como booster.

O botão de regulagem que geralmente compõe essas unidades é:


Volume – controla o volume do sinal que recebe.

>>> Grupo dos efeitos de MODULAÇÃO <<<

Estão inclusos no grupos efeitos como CHORUS, FLANGER, SIMULADORES DE LESLIE, PHASER, VIBRATO/TREMULO, RING
MODULATOR, etc.
Se formos contar de verdade esse grupo pode ficar gigante se começarmos a contar efeitos vindos da combinação de outros
de modulação já existente.

Indico para aprendizagem sobre modulação, os artigos do nosso amigo de FCC, o OldMonkey/Macaco veio, “como montar
um chorus e flanger”, lá além da montagem ele explica de forma magistral esses efeitos, funcionamento, etc.

A categoria de modulação trabalha dentro do principio de dobra de sinal, alteração na freqüência, alteração da afinação,
alteração da amplitude, alteração na fase do sinal.

PS. Se levar o conceito ao pé da letra os efeitos de PITCH podem ser inclusos em modulação, mas nesse tópico vou colocar
em grupo separado.
Descreverei os principais.

CHORUS:
Para entendermos como funciona um chorus, vamos imaginar a seguinte situação: se dois guitarristas tocam o mesmo
acode/nota ao mesmo tempo várias vezes, os dois sons gerados por eles vão ter um certo atraso gerado pela diferença
execução existente entre um guitarrista e outro, os dois sons estarão sutilmente desafinados, visto que cada guitarrista tem
sua “pegada”, e também os sons estarão diferentes devido aos equipamentos serem diferentes (mesmo se for da mesma
marca e modelo, nenhum equipamento é igual a outro, nem que essa diferença seja sutil, mas existe). O chorus faz
exatamente isso, só que eletronicamente. O atraso gerado geralmente é algo em torno de 20ms e 30ms e esse atraso é
somado à onda original, gerado pela guitarra.
Este atraso é levemente desafinado pela variação de velocidade da onda. Imagine dois toca fitas tocando junto só que um
deles têm uma leva variação de velocidade, isso gerará uma desafinação e quando os dois forem somados haverá um
Chorus.
A variação de velocidade da onda é gerada pelo LFO (Low Frequency Oscilator) – oscilador de baixas freqüências. Variando
sua velocidade, o LFO faz mudanças em freqüências muito baixas, fazendo uma leva desafinação no sinal que é dobrado.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Depth – controla a profundidade da onda dobrada, acentuando ou atenuando a desafinação.
Rate / Speed – Controle de velocidade da oscilação, o distanciamento da afinação (pitch) original.
Outros – os chorus modernos possuem outros recursos como Volume do efeito, Tone para dar mais um brilho no efeito e até
um botão (no caso do Ibanez CF-7) chamado 10ms que atrasa mais 10ms do sinal já atrasado. Mas o que comando realmente
o chorus é o Depth e o Rate, qualquer outro botão é recurso adicional.

FLANGER:
Esse efeito é semelhante ao phase e foi usado pela primeira vez em uma gravação pelo inovador guitarrista Les Paul.
Inicialmente o principio de funcionamento é igual do chorus (dobra + atraso + desafinação + sinal original), mas quando esse
chorus foi soar, pegaram essa saída e jogaram novamente na entrada, ou seja, pegaram o sinal que ia sair de um chorus e
realimentaram ele, jogando esse sinal na entrada novamente. Então o sinal é tratado como chorus e volta para um segundo
tratamento causando um efeito de “redemoinho” ou de “avião a jato”.
Na verdade esse efeito acontece devido a realimentação do sinal que provoca o cancelamento de algumas freqüências
criando a sensação de decaimento e aumento em alguma delas.
O flanger permite então vários ajustes, desde um chorus comum (é só deixar o botão Res ou Resonance ou Feedback no zero
e ajustar o Depth e o Rate) passando por sons metálicos com ambiências reflexivas a dimensões pequenas (algo como um
cano d’agua) até o som de aviões a jato.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Depth – controla a profundidade da onda dobrada, acentuando ou atenuando a desafinação.
Rate / Speed – Controle de velocidade da oscilação, o distanciamento da afinação (pitch) original.
Res / Resonance / Feedback / Regen – esse é o responsável pela quantidade de sinal que realimentará o efeito, quanto mais
realimentação, mais presente será o efeito flanger.
Outros – os flangers modernos possuem outros recursos como Volume do efeito, Tone para dar mais um brilho no efeito e
até um botão (no caso do Ibanez CF-7) chamado 10ms que atrasa mais 10ms do sinal já atrasado. Mas o que comando
realmente o flanger é o Depth, o Feedback e o Rate, qualquer outro botão é recurso adicional.

PHASER:
Esse é o efeito em que Eddie Van Halen arrebentou, confira o trabalho “Atomic Punk” desse mestre da guitarra.
O phase era produzido originalmente gravando e reproduzindo o mesmo sinal em dois gravadores; as variações de pitch e
velocidade provocam um efeito (wooshing). Largamente utilizado nos anos 60 pelas bandas psicodélicas, o phaser continua a
ser um efeito popular. Esta unidade data de meados dos anos 70.
O interessante resultado sonoro caracterizado neste efeito é obtido da seguinte forma: soma-se à onda original uma onda de
mesma freqüência e amplitude, mas com uma variação temporal e linear de fase, o que resulta em uma série de
interferências construtivas e destrutivas. O único parâmetro desse tipo de efeito é a freqüência com que varia a fase da onda
somada à original.
O efeito de phase emprega atrasos muito curtos na faixa de 1 a 10 ms. Quando o sinal original é atrasado em relação ao sinal
repetido ocorre um efeito conhecido por comb filter no qual as frequências cujos períodos estão diretamente relacionados
ao tempo de atraso são atenuadas e reforçadas devido ao cancelamento de fase. Efeitos de phase utilizam um determinado
número de filtros para gerar o efeito comb. Usando um modulador (LFO) para mover esse filtro dentro de uma determinada
região do espectro causa um cancelamento de fases variável dependente das frequências usadas.
A diferença entre phase e flanger é que neste último a atenuação e o reforço das frequências ocorrem em intervalos
regulares enquanto que no phase isso depende da disposição dos filtros. Além disso, no phase o espaçamento, a largura e a
intensidade (depth) podem ser variáveis. Em geral, flange tem um efeito no campo das alturas mais pronunciado que o
phase.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Rate / Speed - Determina a velocidade com o que o modulador irá varrer ciclicamente a faixa de espectro determinada.
Range - determina essa faixa do espectro a ser varrida pelo modulador.
Outros - filtros, feedback loop.

SIMULADORES LESLIE / ROTARY SPEAKER:


Efeito obtido originalmente com uma caixa acústica girando, o que produz alterações de fase interessantes, principalmente
em timbres de órgão e cordas. Esse efeito foi primeiramente gerado pela caixa Leslie, que era muito usada com os antigos
órgãos Hammond. Para guitarra esse efeito é algo próximo de um chorus.
Qual a diferença entre caixa Leslie e Rotary Speaker??? Simples. A Leslie é um objeto que possui “falantes” acoplados a um
motor. Rotary Speaker é o efeito que gerado pela Leslie, quando os falantes estão girando.

VIBRATO / TRÊMULO:
O conceito de vibrato e trêmulo se confundem, na verdade é até caso de muitas discussões. É certo que realmente esses dois
itens se confundem, principalmente porque até fabricantes de pedais fazem pedais chamados Trêmulo e pedais chamados
Vibrato, mas eu não vou discutir com ninguém mas vou postar aqui minhas conclusões mediante as pesquisas que fiz.
Então, qual é a diferença entre vibrato e trêmulo??? O conceito de vibrato é múltiplas variações de tom, você treme a mão
esquerda, como se estivesse fazendo vários bends menores na mesma nota ou treme a sua ponte fazendo o mesmo efeito.
Trêmulo é a técnica usada para obter o efeito de Vibrato. Isso mesmo a técnica que consiste em tremer a corda com a mão
ou com a alavanca, gerando um Vibrato é exatamente o Trêmulo. Resumindo Trêmulo é a técnica, a execução que tem por
resultado o efeito vibrato.
Nos pedais isso não passa de variação da freqüência do sinal. A esse sinal que sofre a variação de freqüência não é
adicionado o sinal original como acontece no chorus, flanger, por exemplo.
Existem também versões que apontam que Vibrato é variação de tom (como expliquei acima) e Trêmulo é uma variação
periódica de amplitude (como variar periodicamente o botão de volume num aparelho de som).
Fica a critério de cada um escolher em qual versão acreditar. Ambas as explicações têm nexo...

OUTROS MODULADORES:
Como eu disse anteriormente se for para descrever todos os efeitos moduladores, isso precisaria de um trabalho muito
grande, pois alem dos três (chorus, flanger e phaser) descritos existem outros que são combinação ou variação um dos
outros. Enfim onde houver uma variação ou de fase, ou de freqüência e até mesmo de amplitude e que essa variação ou
essas variações seja combinada com o sinal original poderá ser um modulação. Depois, ainda, desse resultado obtido, se usa-
lo para realimentar o circuito haverá mais opções de efeitos todos oriundos de uma modulação ou modulações sejam elas
quais forem.

>>> Grupo dos efeitos de AMBIÊNCIA <<<

São os Delays e Reverbs. São os efeitos mais caros do mercado.


Estão disponíveis nas versões digital e analógico com variados recursos.
Os aspectos sonicamente reconhecíveis de um ambiente na reprodução podem são resumidos como "ambiência" e
correspondem principalmente à reverberação e eco presentes.

DELAY:
Delay em inglês é atraso. Nos pedais esse atraso é gerado eletronicamente ou digitalmente para dar o efeito de ambiência
conhecido como eco.
Eco é um fenômeno acústico de reflexão do som. Se uma pessoa grita do alto de uma montanha, p som ira na direção de um
obstáculo que refletirá o som na direção da pessoa, de volta. No caso da guitarra, inicialmente os delays foram feitos a partir
de uma máquina com fita magnética (tipo k7) que gravam e devolve o som gravado com dois cabeçotes, um de gravação e
outro de reprodução. O tempo de delay era regulado através da velocidade com que essa fita girava no aparelho.
Depois disso veio o delay analógico eletrônico e em meados da década de 80 veio os delay eletrônicos digitais – a vantagem
desses eletrônicos é a maior capacidade de armazenamento de dados gerando delay de mais de 1 segundo.
Geralmente gerado pelo armazenamento do sinal de áudio em um buffer eletrônico por certo período de tempo para depois
ser reenviado para a saída de áudio. O efeito mais simples é conseguido pela soma do sinal original com o sinal atrasado.
Alguns guitarristas não gostam do som digital e preferem as unidades analógicas e alguns chegam pagar um dinheirão para
ter uma máquina de delay de fitas magnéticas como, por exemplo, os “Echoflex”. Na verdade quem gosta do delay de fita é
quem curte a onda vintage, pois ocorre uma deterioração na fita magnética e essa deterioração “passa” ao som atrasado,
com certas mudanças no timbre (freqüência e leves desafinações), de forma proporcionalmente acentuada conforma as
repetições do delay, o que dá ao som da guitarra uma “vibe”, um “calor”, um “sabor” vintage. Entre vários guitarristas pode
indicar uns adeptos como Brian Setzer, Eric Johnson, Uli John Roth, etc.
Devido ao avanço da tecnologia, muitos processadores trabalham com conversão A/D (analógico-digital) de 24 bits,
proporcionando a algumas unidades a capacidade de emular com fidelidade a deterioração dos atrasos dos delay de fita.
Outro recurso que acrescentou ao efeito foi o chamado “Tap Tempo”, onde o tempo de delay é ajustado através de uma
chave onde se aciona pressionando a chave no intervalo de tempo desejado.
Delays múltiplos podem ser gerados pela reinserção repetida do sinal atrasado. Multitap delays são gerados a partir de um
único e longo delay que é repetido em intervalos diferentes, gerando múltiplas repetições. Ping-pong delays são obtidos pelo
direcionamento alternado de cada repetição para os canais esquerdo e direito da saída de áudio.
Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:
Delay Level – Volume do som atrasado, volume do efeito delay;
Delay Time – Controla o tempo entre uma repetição e outra do delay;
Feedback – Controla o número de repetições que o delay terá;
Outros – Unidades com recursos adicionais podem ter os controles: Tap Tempo, ping-pong, reverse, hold (repetições
infinitas), multi delay, etc...

REVERB:
Efeito irmão do delay, a diferença está que ao invés de se ter uma única reflexão “indo e voltando” da origem sonora ao
obstáculo, agora o reverb apresenta várias reflexões com vários tempos de atrasos diferentes, pois temos que imaginar
vários obstáculos, uma mais perto outro mais longe e a reflexão do obstáculo mais próximo é mais rápido do que o que está
mais longe..
Numa sala de concerto, o som que espectador ouve contém tanto o som original produzido pela fonte (voz, instrumento
acústico, sistema de sonorização, etc) quanto às milhares de reflexões desse som original, que bate no chão, paredes e teto,
até chegar aos ouvidos, com um pequeno atraso. Essas reflexões são como milhares de ecos do sinal direto que, devido à sua
grande quantidade, não são perecebidas exatamente como ecos, mas sim como “reverberação”.
Baseados na reflexividade de um ambiente podemos distinguir os materiais de que ele é composto. Em salas grandes com
paredes elevadas de tijolo a reverberação geralmente é muito pesada e precisa de algum tempo até cessar. Já uma sala
pequena, com muitos objetos dentro, possui uma reverberação muito pequena, em geral nem percebida como tal.
Entretanto, essa pequena reverberação de fato existe, e por essa a razão é que os projetistas de processadores de efeitos
incluirem vários tipos básicos de reverberações, dando a eles nomes de tipos diferentes de “salas”. É muito natural, por
exemplo, que uma programação de reverb chamada “Catedral” produza uma reverberação longa e muito densa, enquanto
uma programação chamada de “Room” represente a acústica de uma sala muito menor.
As primeiras unidades foram os reverbs de mola e de placa.
Um reverb de placa é composto de uma placa fina de aço ou outro metal resistente coberto com liga de ouro, que é posto a
vibrar pelo sinal a ser processado (reverberado). Em outro ponto da placa o sinal é captado por um transdutor e então
adicionado ao sinal original.
O reverb de mola usa o mesmo principio, mas o som reverberado possui uma qualidade inferior ao do sistema com placa.
Sinais com muita dinâmica, como bateria, sofrem uma compressão alta quando reproduzidos num reverb de mola.
Hoje os processadores de efeito conseguem emular qualquer tamanho de sala com superfícies distintas.
Resumindo, o tipos de reverbs são Plate (sala pequena com superfícies muito reflexivas), Room (sala de porte médio – tem a
intenção de soar um ambiente caseiro comum), Hall (sala de grande porte, ambientes amplos – som de Catedral), Chamber
Hall (câmaras de concerto) e finalmente o usados por guitarristas, o Spring (reverb de mola dos amplis de guitarra).

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Reverb type – seleciona o tipo de sala a ser escolhida;
Decay / Time – controle de duração do reverb até não ter nenhuma reflexão soando;
Mix – controla a mistura do som reverberado com o som original;
Diffusion – controle de densidade das reflexões;
Pré-Delay – controle de tempo para que o som comece a reverberar

>>> Grupo dos efeitos de TONALIDADE <<<

A esse grupo de efeitos pertence todos efeitos que atuam alterando a equalização (grave, médio, agudo) do som.
São pertencentes desse grupo então Acoustic Simulator, Auto wah, WahWah, Envelop Filters, Equalizers, Filters, Pickup
Simulator e qualquer outro que altere o timbre do som original utilizando apenas a alteração na equalização.

EQUALIZER:
É encontrado em diversos tipos de consoles como pedal, rack, em amplificadores, pedais de Drive/Distortion/Fuzz e outros
efeitos possuem nem que seja um único botão que ofereça acréscimo ou corte de freqüências, para guitarra, geralmente,
agudos e médios (que é onde está o segredo do timbre para a guitarra).
Esses outros efeitos, provando que aquele controle pertence ao grupo dos efeitos de tonalidade, esse botão chamasse Tone.
Os pedais exclusivamente de equalização são encontrados em dois tipos principais, o Paramétrico e o Gráfico.
Como paramétrico (menos usado como equalizer e é encontrado nos pedais de distorção mais pesada como o Boss MT-2 e
Marshall Jackhamer) permite ajustar as freqüências grave, aguda, média e região dessa média.
Como gráfico (largamente usado por guitarristas), permite ajustar individualmente o ganho (ou redução) em faixas (bandas)
separadas do espectro do sinal (normalmente 7 ou 10 bandas no caso de guitarra). O ajuste de cada banda é feito por meio
de um controle deslizante, de forma que as posições desses controles permitem uma visualização imediata de como o
equipamento está atuando sobre o sinal.

WAH-WAH:
Este efeito foi popularizado por muitos guitarristas de música pop, rock e blues, que usam pedais de wah-wah. O mestre
Hendrix foi um dos guitarristas que fizeram a guitarra chorar usando esse efeito.
Basicamente, é um filtro passa-banda que varre o espectro e atenua as freqüências baixas e altas durante a varredura. O
efeito obtido é semelhante ao próprio nome “wah-wah”. Na verdade é preciso “ter a manha” para que o efeito fique legal.
Alguns Wah-Wah digitais simulam várias vogais “faladas” quando esse pedal é acionado.
A maioria dos wah-wahs funcionam com potenciômetro e uma chave liga/desliga que é acionada por pressão, localizada logo
abaixo do pedal de controle contínuo. Mas existem pedais que são acionados automaticamente quando se encosta o pé no
pedal, não usam potenciômetro e sim uma célula foto-elétrica, o que evita ruídos comuns em potenciômetros. Como tudo
existe suas desvantagens e vantagem nesse sistema automático, não é possível usar um recurso que vários guitarristas usam
que é o de usar o wah como “mid-boost” (o pedal fica na posição central – esse recurso é muito usado pelo guitarrista
Santana).
Assim como todos efeitos as características timbristicas serão variadas de modelo para modelo e de marca para marca.

AUTO WAH / DYNAMIC WAH / FILTERS / ENVELOP FILTERS:


Os efeitos acima citados são semelhantes.
No ''wah'' controlado com o pé, a variação que se dá ao pisar no pedal faz com que a onda sonora tenha certa região de
freqüências acentuada: pisando-se até o fim do pedal, são ouvidas as freqüências mais agudas; voltando-se à posição inicial,
ouvem-se as mais graves. No auto-wah, essa variação é feita de forma automática, de maneira que há sempre uma oscilação
entre freqüências mais agudas e mais graves. É importante ressaltar que a onda padrão adotada é discretizada (formada
apenas por 10 freqüências). Numa analogia semelhante à utilizada no efeito do tremolo, o auto-wah se assemelha a uma
variação periódica no botão tone de um aparelho de som. Assim como o tremolo, ele possui dois parâmetros: um que
determina a variação máxima da amplitude para as freqüências ressaltadas, e outro que define o quão rápido ocorrerá essa
variação.
No caso do Dynamic o Wah é determinado pela dinâmica (mais ou menos força) com que o instrumento é tocado. Assim que
as cordas são tocadas com mais força ouve-se o efeito wah.
SIMULATORS:
Os simuladores que se utilizam da equalização para atingir um timbre são vários. Os mais conhecidos são Pickup Simulator
(single/humb. e humb/single), Acoustic Simulator (ainda não conheci um que transforma o som da guitarra em de violão),
Speaker/Cabinet Simulator (1x10”, 2x10”, 4x10”, 1x12”, 2x12”, 4x12”, 1x15”), Simulamps (inicialmente vamos desconsiderar
os sons distorcidos – embora também tenha a ver – e vamos considerar a simulação dos sons limpos), Mic. Simulator (simula
diferentes posições do microfone à frente da caixa escolhida), etc.
Pra quem gosta de timbre, encomendar esses simuladores é uma boa pedida pois são verdadeiros imitadores de timbres.
Ah, mais uma coisa importante, simuladores, seja qual for, não faz milagre ...

>>> Grupo dos efeitos de PITCH – altera afinação <<<

Como disse anteriormente, se levarmos ao pé da letra, os efeitos que compõe o Pitch deveriam ser inclusos em modulação,
pois neles há uma variação de freqüência.
Permite alterar a freqüência do sinal original. É muito usado para mudar o tom (“pitch”) da nota original. Na voz os Pitchs são
usados para criar vozes de monstros, patos, etc.
Os dois mais famosos pedais de Pitch são o Whammy da Digitech e o Pitch Shifter da Boss.
Esse grupo pode até ser dividido em grupos menores que são os Hamonizer, Octaves e Pitch Shifters. Há pedais que se
encaixam em duas ou até três modalidades.

>>> Grupo dos efeitos DINÂMICOS <<<

Resumidamente esse grupo é composto dos efeitos que controlam a amplitude (volume) do sinal.
Nesse grupo estão inclusos os efeitos Compressor, Limiter e outros efeitos menos usuais como Slow Gear. Como se trata de
dinâmica o Pedal de Volume poderia se encaixar nesse grupo, mas como eu vou explicá-lo comparando com o pedal de
Expressão resolvi encaixa-lo em outros.

COMPRESSOR / LIMITER / SUSTAINER:


O Compressor foi criado para controlar os picos de sinais e sinais baixos dando a ambos a mesma amplitude (volume) em
gravações profissionais. Os sinais elevados são reduzidos e os baixos são elevados, gerando um som com menos variação de
dinâmica, mais constante e com mais sustain.
Pode também ser usado como Boost de pré ou de pós em Distorções e Drives, saturando mais o efeito no caso de pré ou
aumentando o volume no caso de pós.
Na mesma onda do compressor, o Limiter atenua os picos de freqüência e antecipa a sobrecarga do som. Faz uma parte
daquilo que o Compressor faz, porém atua somente nos picos do sinal, alterando o ganho de entrada para manter um nível
fixo.
Já o Sustainer, comparado ao Limiter, faz a outra parte do trabalho de um Compressor, ou seja, amplifica o sinal fraco
gerando maior sustentação.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Level – controla o volume do sinal processado;
Tone – corta ou adiciona freqüências agudas e médias-agudas;
Attack – controla o tempo de ação da compressão.

>>> OUTROS EFEITOS <<<

Resumindo, para falarmos de efeitos, levaria muito tempo, pois o assunto é muito vasto, principalmente se tratarmos desde
como usa-los até entrar em detalhes mais profundos como o circuito como atua cada componente eletrônico do circuito,
etc.
Bom, fiz uma divisão em grupos onde encaixei alguns efeitos, mas nem todos se encaixaram nesses grupos, então eu os
colocarei nesse grupo chamado outros e isso não quer dizer que esses efeitos tenham sua importância depreciada, mas ao
contrário são muito importantes e vou tentar descrever seu funcionamento.

NOISE GATE / NOISE SUPRESSOR:


A qualidade do seu som é diretamente proporcional à qualidade dos equipamentos que você está usando o que estão
inclusos os captadores, cabos, pedais, fonte dos pedais, amplificador e até a tensão das tomadas.
Dependendo do efeito, por exemplo efeitos de ganho e compressores, que você estiver usando, um “hum” ou qualquer tipo
de perturbação sonora (ruído) poderá ser ouvido prejudicando a qualidade da sua gravação ou apresentação ao vivo.
Se o som principal for relativamente mais alto do que esse ruído poderá ser mascarado e praticamente não será notado.
Porém nem sempre isso acontece... Aí entra a necessidade de se adquirir um pedal Noise.
Mas qual Noise??? O Noise Gate ou o Noise Supressor???
Bom não estou aqui pra te falar o que adquirir mas vou explica cada um deles e você decida o que vai adquirir!!!
Os Noise Gates atenuam o sinal quando sua amplitude cai. O noise gate é regulado pra liberar a passagem de som somente a
partir de certos decibéis, ou seja, se você para de tocar e não diminui o volume da guitarra, ele corta o som, dando um
"mute". Mas na hora que você tocar, ele vai liberar a passagem de todo o som, inclusive os ruídos. No encadeamento ele é
colocado em linha com os outros pedais. Em algumas aplicações esse método não é muito útil, uma vez que a transição
“liga/desliga” é drástica, e soa muito pouco natural.
O Noise Supressor atua como um filtro e com isso, ele elimina somente os ruídos que esses pedais criam, deixando somente
o sinal da guitarra passar. Deve-se tomar cuidado, pois dependendo da regulagem ele pode cortar as pontas dos agudos, e
causar perda de harmônicos. No encadeamento, o Noise Supressor não é ligado em linha como o Noise Gate, ele tem o SEND
e RETURN e assim ligado ele estará continuamente filtrando o sinal evitando eventuais ruídos.
No fim desse tópico vou exemplificar alguns setups e suas ligações onde em um deles terá um Noise Supressor ligado para
melhor entendimento dessa ligação.

PEDAL DE VOLUME / PEDAL DE EXPRESSÃO:


Pra começar, não são os mesmos, não fazem a mesma coisa, um não pode fazer a função do outro (a menos que você tenha
uma unidade que faça ambas funções como o Ernie Ball Stereo 25k Volume / Expression Pedal).
Embora esses pedais sejam de fácil entendimento e de fácil aplicação, tem gente que faz uma confusão gigantesca com esses
pedais.
O Pedal de Volume atua como abaixador de volume e o volume máximo que você consegue atingir com ele é volume normal
de como se esse pedal estivesse desligado. Mas isso é útil? Sim! Na hora de um solo alguns guitarristas usam um Boost ligado
depois das distorções, o que é legal, mas e se ele quisesse abaixar o volume desse mesmo som? Abaixaria na guitarra? Na
guitarra não pode porque ele vai perder a saturação nos pedais de ganho (vão distorcer menos) e isso não pode acontecer. É
exatamente aí que entra o Pedal de Volume.
No encadeamento o Pedal de volume deverá ser ligado sempre depois dos pedais de ganho/saturação
(Distorção/Drive/Fuzz), pois se for ligado antes, como comentei acima o pedal de ganho perderá saturação. Ligado depois, o
volume será controlado sem perder a saturação.
PS. Existem hoje alguns pedais de volume High Gain que aumentam o volume além da amplitude original.
O Pedal de Expressão é uma unidade que sozinha ela não faz absolutamente nada! O pedal de expressão precisa e um outro
pedal para poder ter uma função. Por exemplo, o Line6 POD XT (não a Live) não tem nenhum pedal e todos os comandos são
manuais. No caso de uma performance ao vivo, a POD XT tem uma entrada para um pedal de expressão e nesse pedal de
expressão você pode regular, para controlar com ele, o ganho/saturação da distorção, o volume de saída do som, o wah-wah
(é você pode regular o pedal de expressão para virar um wah-wah) e enfim, todo e qualquer parâmetro que a POD XT
permitir controlar pode ser controlado pelo pedal de expressão.
Em pedaleiras, todas que tenham um foot de controle contínuo, esse foot é um pedal de expressão. Numa Digitech RP-300A,
o pedal de expressão pode controlar praticamente todos os parâmetros dos efeitos de Modulação (resumidamente Rate,
Depth e Regen), dos efeitos de Ganho (nesse caso o principal é o parâmetro Gain que controla a quantidade de distorção)
além de Wah-wah, Whammy, Volume, etc, isso tudo em tempo real.

SYNTH (SINTETIZADOR):
Essas unidades simplesmente emulam sons de outros instrumentos. Por exemplo, num Roland GR-20 pode-se “tirar” um
som de violino, ou piano, ou trompete e até efeitos como vento, mar, percussão, enfim como se fosse um teclado.
Em unidades mais simples de sintetizador o efeito que se tem é somente um som eletrônico desses usados em músicas
techno. Em outros se tem só uns efeitos mais doidos que eu classifico como indefinido e que são usados somente em
aplicações muito específicas.

SAMPLER / LOOPER:
São pedais que gravam por um determinado um frase que está sendo tocada e depois ficam reproduzindo-as
indefinidamente. Essas unidades em muitos casos são acompanhadas do efeito Delay.
SWITCHES (CHAVES):
Esse não é um pedal de efeito e sim um pedal que atua junto com outros pedais de efeitos (e amplis) ligando e desligando os
efeitos. Resumidamente os Switches não passam de liga/desliga. Algumas unidades além de liga/desliga podem ser usadas
para direcionar para onde o sinal vai, que é o caso dos A/B Box e A/B/Y Box. Ou ainda numa mesma unidade pode ter mais
de um liga/desliga que é o caso do Looper que tem um on/off (liga/desliga) para cada loop da unidade.

AFINADORES:
Bom essa é fácil, com esse equipamento você afina cada corda do seu instrumento de acordo com a freqüência que cada
corda gera. O afinador só indica em qual freqüência está (e logicamente irá mostrar qual nota é referente a essa freqüência).
Como em qualquer modalidade de equipamentos sempre existem alguns modelos com alguns recursos a mais e com os
afinadores não seria diferente. Algumas unidades afinam a guitarra sozinha, outro afinadores mandam uma luz sobre a corda
tocada e “detecta” qual corda é e em qual freqüência está, etc.
Os modelos mais usados são os afinadores de mão e os em formato de pedal.
DIRECT BOX:
Em muitas situações pode ser necessário conectar a guitarra ou o baixo diretamente ao mixer, em vez de microfonar o som
do amplificador. O problema é que ao se conectar uma guitarra ou baixo diretamente à entrada de um mixer o som não fica
bom, pois os captadores comuns geralmente produzem um sinal de nível baixo e possuem alta impedância de saída,
incompatíveis com as entradas dos mixers, que geralmente possuem impedância relativamente baixa e esperam sinais de
nível mais alto.
A incompatibilidade de níveis tende a produzir ruído, pois o pré-amplificador do mixer tem que compensar aumentando o
ganho. Já a incompatibilidade de impedâncias, além de também afetar o nível, pode produzir alterar a resposta de
freqüências. Por exemplo, ao se conectar uma guitarra diretamente à uma entrada com impedância muito baixa pode não
afetar muito o nível, mas causa uma perda na resposta de freqüências altas, deteriorando o som original.
O Direct Box é o cara que resolve essa incompatibilidade.

OUTROS:
Bom com certeza eu não citei todos os efeitos aqui, mas acredito que citei os principais. Só para deixar registrado, existe
também o Talk Box, efeito em que a boca do guitarrista é usada como um tipo de “caixa de ressonância”. O som sai de um
mini-amplificador que passa por uma mangueira que fica próxima a um microfone e ao aproximar a boca dessa mangueira o
que o guitarrista disser o ou formato que ele fizer com a boca, dará uma característica no som.
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>>> Grupo das MULTI-EFEITOS <<<

Bom como o próprio nome diz, equipamento que gera vários efeitos.
Sobre os efeitos, as regulagens de cada um são basicamente as mesmas dos efeitos acima citados e em alguns casos os
efeitos tem alguma regulagem de um recurso adicional.
A maior discussão sobre pedaleiras hoje, é a qualidade dos sons e timbres, fidelidades nas simulações, latência zero (latência
= A latência é o tempo necessário para localizar os efeitos e esse começar a atuar. Esse tempo gera um atraso que entre uma
mudança de patche e outros fica um “mute” no ar) e outros parâmetros.
Na verdade a pedaleira, hoje, é a salvação pra muitos músicos que não tem grana pra comprar vários pedais. Até mesmo as
pedaleiras mais caras como a Boss GT-8, POD XT Live, Digitech GNX300, Zoom G9.2tt, se pegar cada efeito de uma delas e for
comprar tudo em pedais separados, fica muito mais caro.
Bom e como escolher uma pedaleira legal? Bom tecnicamente falando, a conversão A/D/A (analógico/digital/analógico) tem
que ser acima de 20 bits (indico as de no mínimo 24 bits). O que têm essa taxa de conversão muito provavelmente tem um
processador legal e certamente os efeitos e timbres dela serão no mínimo razoável.
Não vou me aprofundar muito em pedaleiras, pois o objetivo é falar de efeitos e como eu disse a parte de regulagens são
praticamente as mesmas para efeitos como descrito acima exceto algum recurso adicional.
PS: Acima citei somente as pedaleiras digitais, mas existem também as pedaleiras analógicas que são nada mais do que
vários efeitos analógicos fixados numa caixa única.

SETUPS COM OS EFEITOS MAIS USADOS NO MUNDO

Fiz uma pesquisa e levantei quais são os efeitos (marca e modelo) mais usados por guitarristas no mundo todo. Pesquisei
vários músicos de bandas famosas (todas internacionais) que têm certo prestígio no mercado.
Então exemplificarei em dois setups onde no primeiro estão os efeito mais usados (cada um em sua categoria) e no segundo
os segundos mais usados.

Usei uma seqüência que eu gosto muito e indico essa seqüência para quem perguntar sobre encadeamento dos efeitos.
Algumas vezes eu só inverto a posição do Compressor com o Pitch. Vejam:

Afinador -->Wah -->Compressor -->Pitch -->Boost -->Overdrive -->Distortion -->Fuzz -->Equalizador -->Chorus -->Flanger
-->Phase -->Volume -->Delay -->Reverb
Primeiros colocados:
Boss TU-2 Afinador -->Dunlop Original Cry Baby Wah --> Boss CS-3 Compressor --> Digitech Whammy 1 --> MXR MicroAmp
Boost --> Ibanez TS-9 TubeScreamer --> Eletro-Harmonix Big Muff --> Dunlop Fuzz Face -->Boss GE-7 Equalizer -->Boss CH-1
Chorus -->Boss BF-2 Flanger -->MXR Phase 90 -->Ernie Ball 6166 mono Volume -->Boss DD-3 Delay -->Boss RV-3 Reverb.

Segundos colocados:
Boss TU-2H Afinador -->Vox 847 Wah -->MXR Dyna-Comp Compressor -->Boss OC-2 Oitavador -->Zvex Super Hard-On Boost
-->Boss SD-1 SuperOverdrive -->Boss DS-1 empatado com ProCo Rat II Distortion -->Boss FZ-2 Fuzz -->MXR 10 Band Equalizer
-->Dunlop Rotovibe empatado com Dunlop Univibe -->ElectroHarmonix Electric Mistress Flanger -->Boss PH-2 Super Phaser
-->Boss FV-50H Stereo Volume -->Line6 DL-4 Delay -->Boss RV-2 empatado com ElectroHarmonix Holy Grail Reverb.

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