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INTRODUÇÃO

É notório as dificuldades enfrentadas nas redes publicas de ensino, em tempos de


pandemia esses problemas são evidenciados ainda mais pela negação de direitos
básicos, elevando a desigualdade social em contexto de alta vulnerabilidade.

A pandemia nos levou a mudar o método de ensino e refletir a prática docente


aplicando “ensino remoto” seguindo a tendência mundial em meio ao combate ao novo
coronavírus, com isso, os desafios começaram a ser constante em contextos vulneráveis
onde formação dos professores e o currículo não atendem as necessidades da escola em
tempo de pandemia.

Nesse sentido, a analise através da abordagem bibliográfica busca trazer os


reflexos da educação em tempos de pandemia, com a finalidade de analisar a
importância da prática docente no enfrentamento dos desafios pedagógicos em escolas
situadas no contexto de alta vulnerabilidade social, uma vez que os professores estão
atuando em caráter de excepcionalidade.

MÉTODOS

Este trabalho foi feito através da análise do tema: “PRÁTICAS DOCENTES EM


TEMPOS DE PANDEMIA: refletindo sobre escolas públicas situadas em contexto de
vulnerabilidade social” e através de pesquisa realizados em sites e periódicos, com
intuito de discutir as práticas docentes em tempos de pandemia. Para o embasamento
teórico nos apoiaremos nos seguintes autores Celina Souza, José Libâneo, José Moran,
Marcos Masetto, dentre outros.

RESULTADOS E DISCURSÕES

Temos que levar em consideração que está solicitude por mudanças no ensino
tradicional não é nova, não é algo que surge em detrimento da pandemia, mas vem
sendo discutida no meio pedagógico há anos. Libâneo (2014, p. 4) considerou que: O
novo professor precisaria, no mínimo, de uma cultura geral mais ampliada, capacidade
aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades
comunicativas, domínio da linguagem informacional, saber usar meios de comunicação
e articular as aulas com as mídias e multimídias.
Os desafios para além da sala de aula são inúmeros. Para Moran; Masetto e
Behrens (2000, p. 32) “É importante que cada docente encontre sua maneira de sentir-se
bem, comunicar-se bem, ajudar os alunos a aprender melhor. É importante diversificar
as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar”. Mas o desafio não é só se
reinventar o processo de ensino-aprendizagem, Santos (2014) diz que: “Não basta ter
acesso ao computador conectado à internet. É preciso, além de ter acesso aos meios
digitais e sua infraestrutura, vivenciar a cultura digital com autoria criadora e cidadã.
Saber buscar e tratar a informação em rede, transformar informação em conhecimento,
comunicar-se em rede, produzir textos em várias linguagens e suportes são saberes
fundamentais para a integração e autoria na cibercultura.” (SANTOS, 2014, p. 83).
Neste sentido diante dos desafios que vivemos no momento, o papel do
professor é essencial como ressalta Tardif e Lessard (2008, p.35): o processo ensino-
aprendizagem não é vazio e constituído de matéria inerte ou de símbolos, é importante
que haja relações humanas com pessoas capazes de iniciativa e de participar da ação
oferecida pelos professores. Neste contexto, os alunos precisam se adaptar nessa nova
modalidade o que se torna desafiador haja vista os inúmeros problemas sociais que os
alunos da rede publicam enfrentam.

Desenvolver a prática docente em tempos de pandemia é desafiador


principalmente no que diz respeito a desigualdade social. É necessário compreender o
contexto atual para assim chegar a decisões para selecionar e aprovar ações conforme os
desafios do contexto social atual em meio a pandemia do novo coronavírus e seu
impacto econômico, social e político.

Nessa perspectiva, as propostas para garantia da educação e qualidade de vida da


população devem ser efetivadas através de programas e ações que promovam políticas
que garantam esses direitos, solucionando demandas problemáticas em meio a uma
pandemia.
Segundo Sousa (2006), políticas públicas são efetivadas através de planos,
projetos e programas, pesquisas, bases de dados ou sistemas de informação, colocadas
em ação por meio da implementação, submetidas a acompanhamento e avaliação para
garantir que seja efetivada conforme interesse público.
Portanto, em meio a este cenário de pandemia do novo coronavírus que tem
marginalizado e excluído sujeitos escolares, negando a estes o acesso à educação,
constata-se a necessidade de uma política global de enfrentamento a desigualdade social
e que atenda os sujeitos em contexto de vulnerabilidade social.

CONC LUSÃO
O momento pandêmico foi desafiador em todos os aspectos, mas do ponto de
vista da educação nos faz refletir como precisamos estar a busca por conhecimento e
aprimorando a prática pedagógica.
No que diz respeito aos deveres políticos sociais é lamentável ver o descaso e a
omissão para com a educação, neste sentido nos comete expor essa desigualdade que
expande a vulnerabilidade social no contexto escolar como ato político e pedagógico,
como sujeitos ativos e críticos nesse processo de visibilidade da negligência que afeta o
direito ao acesso à educação para todos.
O direito a educação é fundamental para o desenvolvimento do ser, garantindo o
exercício da cidadania e qualidade de vida. Assim, faz-se como direito indispensável
para o enfrentamento da desigualdade social. Neste período pandêmico, maior parte dos
sujeitos que estudam em escolas em contexto de vulnerabilidade social não possuem
acesso ao ensino remoto por diversos motivos: falta de recursos tecnológicos, acesso à
internet, espaço e alimentação. São invisíveis ao Estado como classe desfavorecida, o
que é inaceitável.
Por fim, o direito a educação é fundamental para o desenvolvimento humano,
exercício da cidadania, acesso aos direitos políticos e enfrentamento as desigualdades
sociais.
REFERENCIA

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? São Paulo: Cortez, 2014.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas
tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.

SANTOS, Edméa. Pesquisa-formação na cibercultura. Santo Tirso: White Books, 2014.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Porto Alegre, 2006.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria
da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2008.

TODOS PELA EDUCAÇÃO. Nota técnica: ensino a distância na educação básica


frente à pandemia do covid-19. s/d. Disponível em:
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/files/Nota%20tecnica%20TPE%20ensino
%20remoto.pdf. Acesso em: 06 ago. 2021.

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