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Qualificação Profissional

de

Eletricista Predial e
Residencial
Caro(a) Aluno(a)

Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos.


Sabemos o quanto é importante à capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de
trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado ou
por quem está empregado e quer mudar de ramo de trabalho.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação regular para se manter atualizados ou
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o
aprendizado de forma rápida e eficiente. Com a ajuda de profissionais altamente qualificados e
experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes
cidadãos para a sociedade.
Temos a certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de
qualidade.
O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!

A direção
Olá !!!

Você está iniciando neste momento o Curso de Eletricista Predial e Residencial


, ocupação que oferece boas chances de obter uma vaga no mercado de trabalho, pois faz parte
ativa de uma grande parcela de brasileiros, além de ser um profissional altamente valorizado.
É possível que você já saiba algumas coisas sobre o assunto, por ter experimentado fazer para
você mesmo a instalação ou para um de seus conhecidos. Talvez até já tenha trabalhado com o
segmento.
Nossa proposta é que, com este curso, você possa aprender as técnicas desta atividade ou
aprimorar seus conhecimentos sobre elas, passando a ter uma visão organizada daquilo que um
bom profissional da área precisa.
Vamos também aproveitar nossos encontros para tratar de temas que irão ajudá-lo no momento
de buscar uma inserção no mercado, trataremos de vários assuntos que contribuem para sua
formação geral, a fim de que você conheça melhor o mundo que começará a desvendar.
Assim, aproveite o curso para refletir, escrever, criar, discutir, relacionar-se com os colegas. Tudo
isso fará diferença quando você estiver trabalhando.
Vamos às aulas!
ELETROTÉCNICA PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O presente material visa passar informações aos leitores a respeito de:


Leis que regem os circuitos elétricos e componentes empregadas em instalações elétricas
residências e prediais, também com o intuito de capacitar os participantes do curso, para executar
instalações elétricas, e como também a sua manutenção corretiva e preventiva.
Em nosso dia-dia utilizamos diversas formas de energia desde o instante que levantamos,
tomamos um banho quente, assamos o pão na torradeira, passamos a roupa, ligamos uma TV em
fim estamos rodeados de aparelhos eletroeletrônicos e estamos usando constantemente uma
forma de energia que é essencial para as atividades no planeta, que tipo de energia estamos
falando? Se você pensou em energia elétrica acertou.
A eletricidade se manifesta de diversas formas através de um efeito magnético, térmicos,
luminosos, químicos e fisiológicos, como por exemplo: o aquecimento de uma resistência para
esquentar a chapa de um ferro de passar (energia térmica) a luz de uma lâmpada (energia
luminosa) a eletrolise da água (energia química) a contração de um músculo ao sofrer uma
descarga elétrica (efeito fisiológico). A rotação de motor (energia mecânica).
Com base nestes exemplos podemos afirmar que a eletricidade não é criada e sim transformada e
que a energia elétrica não pode ser destruída.

1. GERAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA

Como já vimos à eletrostática é a área que estuda a eletricidade estática. Esta por sua vez,
referiu-se as cargas armazenadas em um corpo, ou seja, a sua energia potencial.
Por outro lado, a eletrodinâmica estuda a eletricidade dinâmica que se refere ao movimento dos
elétrons livres de um átomo para outro.
Para haver movimento dos elétrons livres de um corpo, é necessário aplicar nesse corpo uma
tensão elétrica.
Essa tensão resulta na formação de um pólo com excesso de elétrons denominados pólos
negativos e de outro com falta de elétrons denominados pólo positivo. Essa tensão é formada por
uma fonte geradora de eletricidade.

Fontes geradoras de energia elétrica

A existência de tensão é fundamental para o funcionamento de todos os aparelhos elétricos. As


formas geradoras são os meios pelos quais se pode fornecer a tensão necessária ao
funcionamento desses consumidores.
Estas fontes geram energia elétrica de varias formas.

Por ação térmica;


Por ação dos ventos;
Por ação mecânica;
Por ação química;
Por ação magnética;

-Geração elétrica por ação térmica

Uma Usina termoelétrica é uma instalação destinada a converter a energia de um combustível em


energia elétrica. O combustível armazenado em tanques (gás natural, carvão óleo, etc) é
enviado para a usina, para ser queimado na caldeira, que gera vapor a partir da água que circula
por tubos em suas paredes.
O vapor é que movimenta as pás de uma turbina, ligada diretamente a um gerador de energia
elétrica. Essa energia é transportada por linhas de alta tensão aos centros de consumo. O vapor é
resfriado em um condensador, a partir de um circuito de água de refrigeração.

Essa água pode provir de um rio, lago ou mar, dependendo da localização da usina, e não entra
em contato direto com o vapor que será convertido outra vez em água, que volta aos tubos da
caldeira, dando início a um novo ciclo.
Como todo tipo de geração de energia causa impactos ambientais, com termeletricidade não é
diferente: ela é a responsável pelo aumento do efeito estufa, o aquecimento demasiado da
superfície terrestre, chuva ácida, etc, além de exigir muito dinheiro para a compra de
combustíveis.
A queima de gás natural lança na atmosfera grandes quantidades de poluentes, além de ser um
combustível fóssil que não se recupera.
O Brasil lança por ano 4,5 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, com as usinas
termelétricas esse indicador chegará 16 milhões.
As termoelétricas têm a vantagem de podem serem instaladas mais próximas dos centros
consumidores, diminuindo assim a extensão das linhas de transmissão, minimizando
consequentemente as perdas ao longo dessas linhas, que poderiam chegar até a 16%.

-Geração elétrica por ação dos ventos (eólica)

A energia eólica é a energia cinética resultante dos deslocamentos de massas de ar, gerados
pelas diferenças de temperatura na superfície do planeta. Resultado da associação da radiação
solar incidente no planeta com o movimento de rotação da terra, fenômenos naturais que se
repetem. Por isso é considerada energia renovável.

-Geração elétrica por ação mecânica

Na hidroelétrica que usa a água represada a certa altura, quando abrir as comportas, a força das
águas fará com que gire uma turbina que por sua vez gerará uma tensão elétrica através da
indução eletromagnética.

-Geração elétrica por ação química

Outro meio de se obter eletricidade é por meio da ação química. Isso acontece da seguinte forma
dois metais diferentes como cobre e zinco são colocados dentro de uma solução química (ou
eletrólito) composta de sal (H2O + Na CL) ou acido sulfúrico (H2O + H2SO4) constituindo-se de
uma célula primária.
A reação química entre o eletrólito e os metais varia retirando os elétrons do zinco. Estes passam
pelo eletrólito e vão se depositando no cobre.
Dessa forma, obtém-se uma diferença de potencial, ou tensão, entre os bornes ligados no zinco
(negativo) e no cobre (positivo).

-Geração elétrica por ação magnética

O modo mais comum de gerar eletricidade em larga escala sem duvida é por efeito magnético. A
eletricidade gerada por ação magnética é produzida quando um condutor é movimentado dentro
do raio de ação de um campo magnético. Isso cria uma D.D.P que aumenta ou diminui com o
aumento ou diminuição da velocidade do condutor ou da intensidade do campo magnético.
1. ELETRICIDADE BÁSICA

No presente capítulo são apresentados os conceitos básicos da eletricidade, os


quais são indispensáveis para o entendimento do assunto.

1.1 O QUE É ELETRICIDADE?

Todos os corpos são compostos de moléculas, e estas por sua vez, de átomos.
Átomo é a menor porção da matéria. Cada átomo tem um núcleo, onde estão
localizados os prótons e nêutrons. Em volta do núcleo giram os elétrons.

Átomo em equilíbrio

Neutron

Próton

Elétron

Figura 1

Nêutrons: carga elétrica neutra Prótons: carga elétrica positiva


Elétrons: carga elétrica negativa.
1.1.1Atração e repulsão entre cargas

CARGAS
OPOSTAS
SE ATRAEM

+ -
CARGAS
IGUAIS SE
REPELEM

+ + - -
Figura 2

Portanto, eletricidade é o efeito do movimento de elétrons de um átomo para outro


em um condutor elétrico.

1.2 TENSÃO ELÉTRICA OU DIFERENÇA DE POTENCIAL

Tensão elétrica, ou diferença de potencial, é a força que impulsiona os elétrons.

- +
----------------
----------------
-----------------
Sobra de elétrons Falta de elétrons

Figura 3
Observação : Símbolo – U e E
Unidade de medida – Volts –
V Instrumento de medida –
voltímetro
Múltiplo de volts – 1 Quilovolt – 1kV = 1000 Volts

1.3 CORRENTE ELÉTRICA

Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons em um condutor elétrico.

- +
------------ -
----------------
----------------- - - - - - - - - -
Sobra de elétrons Falta de elétrons
Fluxo de elétrons

Figura 4

Observação: Símbolo – I
Unidade de medida – ampère –
A Instrumento de medida –
amperímetro
Múltiplo do ampère – 1 Quiloampère – 1ka = 1000 ampères

1.4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Resistência elétrica é a dificuldade que os materiais oferecem ao deslocamento


dos elétrons.
A seguir apresentamos um exemplo de resistência elétrica.

- +
Obstáculo à passagem
da corrente elétrica
------------ -
--------------- - - - -
-- - - - - - - - --- - - -
- - - - - - - -
- - - - - - - -- - - - - - --
Sobra de elétrons Falta de elétrons
Fluxo de elétrons

Figura 5

Observação: Símbolo – R
Unidade de medida – Ohm -
Instrumentos de medida – Ohmímetro –
Megôhmetro Múltiplo do OHM – 1 Quiloohm – 1
k = 1000 Ohms

A resistência elétrica depende da natureza do material. Portanto, é classificada em


três grupos:

1.4.1 Material condutor


Material condutor é o que possui baixíssima resistência, isto é, deixa a corrente
passar facilmente. Ex: prata, cobre, alumínio, etc.

1.4.2 Material isolante


O material isolante possui altíssima resistência, isto é, oferece muita dificuldade à
passagem da corrente. Ex: porcelana, vidro, plástico, borracha, papel.

1.4.3 Materiais resistivos


Resistivos são os materiais que oferecem resistência intermediária. São
empregados em resistores, tais como:
- resistor de aquecimento: níquel – cromo
- resistor de lâmpadas: tungstênio
- resistor para quedas de tensão: carvão

1.5 CIRCUITO ELÉTRICO

Circuito elétrico é o caminho fechado por onde percorre a corrente elétrica.


A seguir apresentamos um exemplo de circuito elétrico

Lâmpada

Fios

+ -
Bateria

Figura 6

Um circuito elétrico é
constituído de : Fonte €
bateria
Consumidor €
lâmpada
Condutores €
fios

Representação simbólica de um circuito


elétrico Figura 7

-
+ U R

Legenda:
U = tensão elétrica
I = corrente elétrica
R = resistência elétrica

1.6 LEI DE OHM

A corrente elétrica I de um circuito é diretamente proporcional à tensão elétrica U,


aplicada e inversamente proporcional à resistência elétrica R deste circuito.
Observe-se a representação gráfica deste conceito:
U
I=
R
Da fórmula acima pode –se obter:

U= R x I
- quando se deseja encontrar o valor da tensão elétrica

U
R=
I
- quando se deseja encontrar o valor da resistência elétrica

Uma fórmula prática de chegar às três fórmulas da lei de Ohm, seria utilizando o
triângulo abaixo:

Grandezas Símbolos Unidades de Medida

U Tensão elétrica U Volts (V)

Corrente elétrica I Ampères (A)

R I Resistência elétrica R Ohms ()


1.7 TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

1.7.1 Circuito série


Circuito série é aquele que tem dois ou mais pontos de consumo ligados um após o
outro. É dependente, isto é, qualquer um dos elementos que falhar, interrompe todo
o circuito.
Figura 8

No circuito série, a soma das tensões parciais é igual à tensão total aplicada. A
corrente elétrica é igual em todo o circuito.

1.7.2 Circuito paralelo


Circuito paralelo é aquele que tem dois ou mais pontos de consumo ligados à rede.
É independente, isto é, se um dos elementos falhar, não interrompe todo o circuito.

Figura 9

No circuito paralelo, a tensão em cada ponto é a mesma e igual à da fonte. A


corrente elétrica é igual à soma das correntes parciais.

1.7.3 Circuito misto


O circuito misto possui alguns pontos de consumo ligados em série e outros em
paralelo.
A seguir apresentamos o circuito misto

Figura 10

1.8 POTÊNCIA ELÉTRICA

Potência elétrica é a energia necessária para produzir trabalho (calor, luz, radiação,
movimento, etc.).

- Símbolo: W
- Unidade de medida: Watt
- Múltiplo da unidade: 1 Quilowatt – 1 kW = 1000 W

A potência elétrica de um consumidor é o produto da tensão aplicada, multiplicado


pela corrente que circula.

P= U x I

P
I=
U

- quando se deseja encontrar o valor da corrente elétrica.


P
U=
I
- quando se deseja encontrar o valor da tensão elétrica.

Uma forma prática de chegar às três fórmulas da potência elétrica, seria utilizando
o triângulo a seguir:

Grandezas Símbolos Unidades de


P Medida
Potência elétrica P Watts (W)

U I Tensão elétrica U Volts (V)

Corrente elétrica I Ampères (A)

1.9 DISJUNTORES

São assim denominados os equipamentos e dispositivos que ao serem instalados,


evitarão a ocorrência de danos aos demais equipamentos e dispositivos a eles
conectados.

Os disjuntores a serem estudados serão termomagnéticos, assim chamados por


atuarem de duas maneiras: térmica e magnética.

 Atuação por efeito térmico: ocorre quando a corrente elétrica que passa pelo
disjuntor excede o valor máximo para o qual ele foi construído, ou seja,
quando ocorre sobrecarga.

 Atuação por efeito magnético: ocorre somente quando existir um curto –


circuito.

Capacidade dos disjuntores de Fabricação Eletromar:

Monofásicos e Bifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60,

70 A
Trifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60, 70, 90, 100, 125, 150, 175, 200, 225 e
300 A .

Obs.: A capacidade de corrente do disjuntor deve ser sempre igual ou inferior à


capacidade de corrente do condutor.

1.9.1 Dimensionamento de condutores


Para dimensionarmos o condutor temos que:
 calcular a corrente
 procurar na tabela o valor que seja igual ou maior que a corente calculada.
 ver na primeira coluna da tabela, a seção do condutor.

Os disjuntores têm a função de proteger o condutor (fio) ou carga.

Quando protegem o condutor, o disjuntor tem que ser igual ou menor que a
corrente que passa pelo condutor.

Quando protege a carga, o disjuntor tem que ser igual ou o mais próximo
possível da carga, (sem ultrapassar a corrente que o condutor suporta).

Para efeito de cálculo em aula, vamos definir como padrão, proteger o CONDUTOR.

Exemplo:

 Dimensionar o condutor e o disjuntor de proteção para um chuveiro de


6000W, ligado em 120 V.

I = P / U = 6000 / 120
= 50 A I = 50 A

Na tabela 1 encontraremos o valor 57 A, que é maior que a corrente calculada,


mas é o valor que nos interessa.

Neste caso, teremos condutor (fio) = 10mm².


O disjuntor que protegerá este condutor será de 50 A.
Tabela 1 - Principais características dos condutores com isolamento PVC, 70°

Condutores Corrente máxima Índice para queda de tensão Área ext. Diâmetro externo
mm² Trifásica Monofásica < (V/. Km) mm² mm
1,5 15,5 17,5 23 6,16 2,8
2,5 21 24 14 9,08 3,4
4 28 32 9 11,95 3,9
6 36 41 5,87 15,21 4,4
10 50 57 3,54 24,63 5,6
16 68 76 2,27 33,18 6,5
25 89 101 1,5 56,75 8,5
35 111 125 1,12 70,88 9,5
50 134 151 0,86 103,87 11
70 171 192 0,64 132,73 13
Fonte: Pirelli

Obs.: Padronização de cores dos condutores para instalações residenciais e


comerciais:
Fase: vermelho ( podendo ser preto nos circuitos principais de alimentação dos
CD`s. )
Neutro: branco ou azul
claro Terra: verde ou
verde e amarelo Retorno:
preto ou demais cores.

1.9.2 Cálculo de condutores e disjuntores

1.9.2.1 Cálculo de condutores pela capacidade de corrente – a partir da fórmula da


lei de Ohm, foi obtida a fórmula geral para cálculos de corrente, envolvendo
equipamentos elétricos, ou seja: P = V x I.

I=P
V

Para calcularmos a corrente, devemos considerar sempre a situação mais crítica, ou


seja, a de maior potência que um aparelho pode consumir.
Exemplo:
Calcule os condutores e o disjuntor para um chuveiro de 3600 W (inverno), ligado
em 120 V.
P = 3600 W V
= 120 V
I=?
I=P/V
I = 3600 / 120 = 30 A

Pela tabela 1 , podemos utilizar o condutor de 4mm², que suporta uma corrente de
32 A, e o disjuntor de 30 A. .

Exercícios:

 Calcular o condutor e o disjuntor para um chuveiro de 4400 W de potência, a


ser ligado em sistema monofásico em Porto Alegre “(127V)”?
 Calcule o disjuntor e o condutor para uma pequena residência, ligada em
sistema monofásico em Viamão “(220V)”, sabendo que possui os seguintes
equipamentos:
 Chuveiro = 2400 W
 Lâmpadas = 720 W
 Tomadas = 500 W
 Refrigerador = 300 W
 Ferro elétrico = 800 W

 Calcular o condutor e o disjuntor para uma estufa de 6600 W, ligada em


220 V, e também em 120 V?
 Calcule o disjuntor e o condutor para uma carga de 5,3 kW , ligada em
220 V?
 Calcule o disjuntor e o condutor para um circuito com uma estufa de 1,9 kW
e um ferro de passar roupas de 1kW, ligado em 120 V?
 Calcule o disjuntor e o condutor para uma geladeira de 300 W, um freezer
de 500 W e uma batedeira de 1500 W, ligados em 220V?

1.9.2.2 Dimensionamento de condutores pela queda de tensão – neste caso,


aplicaremos a seguinte fórmula:

Índice = v onde: índice = nº a ser procurado na tabela


IxD V = queda de tensão
em volts I = corrente de
Ampères
D = distância em km

Exemplo :

Utilizando o exemplo anterior, e considerando uma queda de tensão de 2%, e o


chuveiro instalado à uma distância de 20m do CD, teremos:
P = 3600 W
Tensão = 120 V
D = 20m =
0,02 km I =
30 A
Queda de tensão de 2% = V = 2 x 120 / 100
V = 2,4 V

Índice = 2,4 = 2,4 =4

V / A km 30 A x 0,02 km

0,6

Da tabela, temos que: Condutor deverá ser 10mm²


Disjuntor = 50 A

Exercícios:

1. Determine o condutor e o disjuntor para alimentar uma residência de 2200 W,


com tensão 110V, localizada a 100m de rede da CEEE. Considerar uma queda de
tensão de 5%.

2. Determine o condutor e o disjuntor para alimentar uma secadora Enxuta de 1650


W, ligada em 110 V, sabendo que a queda de tensão admitida é de 2%, e ela está a
10m de distância do CD?

3. Determine o condutor e o disjuntor para alimentar uma estufa de 6600 W, ligada


em 220V, com queda de tensão de 4% e distante 50m de um CD?
Exercícios:

1. Um ferro de passar, alimentado com tensão de U = 120 V, absorve uma corrente


de 5 A, qual o valor da sua resistência?

2. Uma lâmpada alimentada com tensão de 6V, absorve a corrente de 3 A, qual o


valor da sua resistência/

3. Um ferro de soldar, cuja resistência é 60 , é alimentado com a tensão de 120 V,


qual é o valor da corrente que ele absorve ?
I=2A

4. Desejamos que uma resistência de 4 seja atravessada pela corrente de 12 A,


qual a tensão que deverá ser aplicada à resistência?
U = 48 V

5. Um circuito, cuja resistência é 15 é alimentado com a tensão de 120 V, qual


será a corrente do circuito?
I=8A

6. Com os dados dos cinco exercícios acima, calcular a Potência para cada um
deles.

7. Calcule a corrente necessária para alimentar um chuveiro de 6000 W, ligado em


120 V?

8. Qual a potência de um ferro de passar, alimentado com tensão de 120V, e que


absorve a corrente de 10 A?

9. Um abajur com duas lâmpadas de 60 W cada, ligado em 120 V, consome que


corrente?

10.Dimensionar os condutores para cada um dos exercícios acima.


Informações Complementares

Caloria = unidade de energia térmica

Caloria é a quantidade de energia térmica capaz de elevar a temperatura de um


grama de água de um grau, numa temperatura determinada, ( usualmente de 14,5
a 15,5 °C).
No sistema inglês de unidades, a unidade de caloria é o BTU ( British thermal unit ),
definida inicialmente como a quantidade de energia necessária para elevar a
temperatura de um libra de água em um grau Fahrenheit ( entre 63 e 64 °F ).

1 cal = 4,184 joule


A “BTU” está relacionada à caloria e ao Joule
por: 1 BTU = 252 cal = 1,054 kj

No Brasil, costuma-se relacionar a BTU com a TR = tonelada de


refrigeração. 1 BTU = 12.000 TR – Capacidade de refrigeração.

1 cv = 736 W
1 HP = 746 W = que se originou da unidade inglesa onde 1 HP =
5501btf/s. 1 kW = 1000 W

Revisão das unidades estudadas até agora

Resistência =
Ohm =
Tensão = Volt =
V Corrente =
Ampère = A
Potência = Watt
=W

1.9.2.3 Cálculo dos condutores e disjuntores para ar

condicionado Tabela 2 – Cálculo dos condutores e disjuntores

Marca Capacidade BTU Potência W Corrente A Compressor cv


Springer 7.500 1.040 4,6 0,75
Springer 10.000 1.330 6 1
Springer 12.000 14.570 7 1
Springer 14.000 1.700 8 1,5
Springer 18.000 2.100 9,2 2
Springer 21.000 2.160 9,6 2,5
Springer 30.000 3.600 18,5 3
Exemplo:

Deseja-se instalar um aparelho de ar condicionado de 10.000 BTU, marca Springer,


numa determinada sala em Porto Alegre. Determinar os condutores e o disjuntor.
Da tabela acima temos que, o aparelho consome 6 A em funcionamento normal.
Note que condicionadores de ar, possuem tensão 220 V, portanto: duas fases +
terra.
No momento em que o aparelho for ligado, segundo o fabricante, sua corrente é
multiplicada por 3,15. Logo, a corrente que está em funcionamento normal era de 6
A, passa a ser (6 x 3,15) = 18,9 A, ou seja, aproximadamente 19 A . O
dimensionamento dos condutores e do disjuntor deve ser feito para este valor: 19 A
.

Exercícios:

1. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar 30.000 BTU,


tensão 220 V.
2. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar 14.00 BTU.
3. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar de 21.000 BTU.
4. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar de 7.500 BTU.
5. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar de 12.000 BTU.
6. Calcular os condutores e o disjuntor para um condicionador de ar de 10.000 BTU.

. Eletrodutos

São tubos de metal ou PVC, rígido ou flexível, utilizados com a finalidade de


proteger os condutores contra umidade, ácidos, gases ou choques mecânicos.

Funções

-Proteção mecânica dos condutores;


-Proteção dos condutores contra ataques químicos da atmosfera ou ambientes
agressivos;
-Proteção do meio contra os perigos de incêndio resultantes de eventuais
superaquecimentos dos condutores ou arcos voltaicos;
-Proporcionar aos condutores um envoltório metálico aterrado (no caso de
eletrodutos metálicos) para evitar perigos de choque elétrico.

Tipos

Não-metálicos: PVC (rígido e flexível corrugado), plástico com fibra de vidro,


polipropileno, polietileno, fibrocimento

Metálicos: Aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre


espiralado
Em instalações aparentes, o eletroduto de PVC rígido roscável é o mais utilizado,
devendo as braçadeiras ser espaçadas conforme as distâncias mínimas
estabelecidas pela NBR-5410/97.

Prescrições Para Instalação

-Nos eletrodutos devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou


multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante
exclusivo quando este condutor for de aterramento;
-As dimensões internas dos eletrodutos devem permitir instalar e retirar facilmente
os condutores ou cabos após a instalação dos eletrodutos e acessórios.
-A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos
eletrodutos não deverá ser superior a:
53% no caso de um condutor ou cabo;
31% no caso de dois condutores ou cabos;
40% no caso de três ou mais condutores ou cabos.
-Não deve haver trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos)
retilíneos de tubulação maiores que 15m; em trechos com curvas essa distância
deve ser reduzida a 3m para cada curva de 90º (em casos especiais, se não for
possível obedecer a este critério, utilizar bitola imediatamente superior à que seria
utilizada;
-Entre 2 caixas, entre extremidades, entre extremidade e caixa, no máximo 3 curvas
de 90º (ou seu equivalente até no máximo 270º); sob nenhuma hipótese prever
curvas com deflexão superior a 90º
-As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não devem reduzir efetivamente seu
diâmetro interno;
-Eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de forma a evitar
sua deformação durante a concretagem (redundâncias)
-Em juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, devendo
ser mantidas as características necessárias à sua utilização; em eletrodutos
metálicos a continuidade elétrica deve ser sempre mantida.

-Dimensionamento de eletrodutos
O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condutores possam
ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto é obrigatório que os condutores
não ocupem mais de 40% da área útil dos eletrodutos.

Para dimensionar um eletroduto em um projeto basta saber o número de


condutores no eletroduto e a maior seção deles.

Exemplo: considerando um projeto em que o maior número de condutores no


trecho do
eletroduto é igual a 06 (seis) e a maior seção dois condutores igual a 4 mm2 - ver
tabela.
-Corte em eletrodutos
-Prenda o eletroduto em uma morsa de bancada.
-Evite que ele seja ovalizado pela morsa, o que resulta numa rosca imperfeita.
-Prepare o arco de serra a ser utilizado
A lâmina de serra possui um lado dentado com trava, que pode ser alternada ou
ondulada, que permite a execução de um corte com largura maior que a espessura
da lâmina.

A lâmina deve ser colocada com os dentes orientados para frente e tracionada
através da porca borboleta.
Considerando o caso mais comum, o corte do eletroduto utilizando serra manual, é
importante saber que a especificação da lâmina de serra, em relação ao número de
dentes por polegada, deverá seguir as orientações abaixo:

Corte o tubo no esquadro e remova as rebarbas, medindo em seguida o


comprimento máximo da rosca a ser feita para evitar abertura. O corte do eletroduto
pode ser feito utilizando-se uma serra manual (arco de serra) ou corta tubos.

-Abertura de roscas em eletrodutos

-Fixe o tubo na morsa


-Prepare a tarraxa (escolha o cossinete e o guia de acordo com a bitola do
eletroduto.

Encaixe a tarraxa no eletroduto e inicie a rosca


Os cossinetes usados para tubos de aço não devem ser utilizados nos tubos de
PVC. Encaixar o tubo na tarraxa pelo lado da guia, girando 1 volta para a direita e
¼ de volta para a esquerda, repetindo a operação
-Execute movimentos rotativos de avanço e retrocesso
-Termine a rosca
-Limpe a tarraxa e o ambiente

-Curvamento de eletroduto PVC utilizando o soprador térmico

Inserir dentro do eletroduto uma mola, de acordo com o diâmetro do eletroduto.


Caso não disponha da mola, utilize areia seca e limpa, enchendo o eletroduto e
vedando as extremidades.Marcar o trecho a ser curvado Ligar o soprador térmico
aquecer a região a ser curvada.
-Curvar gradualmente com as mãos, em seguida esfriar a região aquecida
utilizando estopa umedecida com água.

Obs: Cuidado ao curvar o eletroduto para evitar o estrangulamento da sua seção.

-Desligar o soprador térmico e, se não for realizar nenhum serviço adicional com o
mesmo, espere que esfrie para em seguida guarda-lo.

-Curvamento de eletroduto metálicos

Os Eletrodutos metálicos de pequeno diâmetro (1/2”, 3/4” e 1”) podem ser curvados
na obra sem grande dificuldade, principalmente se for usada ferramenta adequada,
o curvador de tubos (vira tubos).
Curvador de tubo Curvador de tubos
parede fina parede grossa

Existem máquinas especiais que executam o curvamento de eletrodutos, mesmo de


diâmetros maiores que 1”, com esforço produzido por prensa hidráulica, podendo o
eletroduto ser aquecido, a fim de que a curva seja feita sem deformação da seção
do tubo. Essas máquinas somente são empregadas em instalações muito pesadas
e de grande porte.

Maquina elétrica para curvar tubos de até 2 polegadas

Procedimentos de execução:

-Define-se o raio e o comprimento da curva a ser realizada Utiliza-se um cabo de


tubo galvanizado atarraxado ao curvador.
-Introduz-se o tubo a ser curvado Executa-se o procedimento de virar o tubo
aplicando-se uma pressão através do curvador Repete-se a operação ponto a
ponto até a curva estar terminada.
2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Os instrumentos de medida nos dão, sobre uma escala graduada, o valor da


grandeza elétrica. Os usados comumente são descritos neste capítulo.

2.1 MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA

O medidor de energia elétrica vai nos fornecer a quantidade de quilowatts (kW)


consumida por hora (h).
Quilowatts – hora =
kW / h 1000 Watts –
1 kW Símbolo de
medida – T
Unidade de medida –
kW / h Fórmula – T =
Pxt
Onde: T = energia elétrica em
kW/h P = potência em
kW
T = tempo em horas

Registrador Pivô
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 88 22 88 2 Rosca sem-fim
3 77 33 77 3

4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5

Eixo
Bobina
de Disco de alumínio
Freio
tensão magnético
Bobina
de
corrente

L1 L2

Esquema de um quilowatts-hora-metro

Figura 11

27
2.2 VOLTÍMETRO

Quando se quer medir a tensão de um circuito elétrico, deve-se ligar o voltímetro em


paralelo com este circuito.

2.2.1 Ligação do voltímetro

V
Voltímetro
N

CARGA

Figura 12

Desta maneira, sabe-se quantos volts tem este circuito.

2.3 AMPERÍMETRO

Para medir a corrente de um circuito elétrico, deve-se ligar o amperímetro em série


neste circuito.

2.3.1 Ligação do amperímetro

N
Amperimetro
F

CARGA

Figura 13

28
A corrente elétrica deve passar pelo amperímetro. Desta maneira, sabe-se quantos
ampères circulam no circuito.

2.3.2 Ligação do alicate amperímetro


Outra maneira de medir a corrente elétrica é com alicate amperímetro, onde não é
necessário abrir o circuito.

N Alicate
Amperimetro
F

CARGA

Figura 14

2.4 OHMÍMETRO

Quando se quer medir a resistência de componentes em algum circuito, a condição


básica é que esteja desenergizado e com uma das extremidades desligadas.

2.4.1 Maneira de medir resistências em circuitos

Ohmímetro
N
Componente
F

U= OxV

Circuito
Aberto
Figura 15
2.4.2 Maneira de medir resistências fora do circuito

Ohmímetro

Componente

Figura 16
3. TENSÃO CONTÍNUA E ALTERNADA

Há dois tipos básicos de corrente ou tensão elétrica de aplicação generalizada,


corrente ou tensão contínua e corrente ou tensão alternada.

3.1 TENSÃO CONTÍNUA

Tensão contínua é a que não varia ao longo do tempo.

Gráfico da tensão de uma bateria de automóvel de 12

volts.
* A tensão contínua não tem freqüência

Tensão (volts)
Contínua
12

0 Tempo

3.2 TENSÃO ALTERNADA

Tensão alternada é a que varia ao longo do tempo.


Gráfico de uma tensão alternada.

Tensão (volts)

+120

0 t1 t2 t3 t4 Tempo

-120

* A tensão alternada tem freqüência.

3.2.1 Freqüência
A freqüência que é dada em Hertz, é o número de ciclos por segundo.

Símbolo da freqüência – f
Unidade de medida –
Hertz (Hz)

Nossa rede elétrica possui 60 Hertz (Hz) ou 60 ciclos / segundo.

1 Ciclo

15 Ciclos

1/4 de
segundo

32
4. REDES ELÉTRICAS

A distribuição de energia elétrica para os consumidores industriais e residenciais é


feita através de redes elétricas em corrente alternada.

4.1 TRIFÁSICA DE CORRENTE ALTERNADA

Uma rede trifásica de C.A. é constituída de três fases defasadas de


120°. Figura 17

Fase 1 Fase 2 Fase 3


u.i
1,0
0,5
90° 180° 270°
0
120° 240°
-0,5
-1,0

1/3 período 1/3 período


1/3 período
Tensão e corrente alternada defasada de 1/3 de período.
A tensão de uma rede trifásica é a diferença de potencial existente entre duas fases
diferentes. Esta tensão chama-se de tensão de linha (UL).

R
S
T

V UL V UL V UL

Figura 18

4.2 TENSÃO TRIFÁSICA COM NEUTRO

Quando as bobinas do gerador ou transformador trifásico são ligadas em estrela,


tem-se uma rede trifásica com neutro.

N
R
S
T

V UF V UL

Figura 19

Na rede trifásica com neutro, existem 2 tensões:


- UL (tensão de linha): é a diferença de potencial existente entre duas fases
diferentes.
- UF(tensão de fase): é a diferença de potencial existente entre qualquer fase
e o neutro.
Relação entre tensão de fase e tensão de
linha:: UF = Ul : 3
UL = UF

34
4.3 TIPOS DE REDES TRIFÁSICAS DE BAIXA TENSÃO

3F + N 127/220V
N
R
S
T

V V V V V V
127 V 127 V 127 V 220 V 220 V 220 V

3F + N 220/380V
N
R
S
T

V V V V V V
220 V 220 V 220 V 380 V 380 V 380V

4.4 CIRCUITOS

TRIFÁSICOS P = 3x

UF x I

I=P
F
ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. SIMBOLOGIA

A fim de facilitar a elaboração de desenhos e projetos elétricos, são utilizados


símbolos gráficos para a identificação dos diversos pontos de utilização abaixo
relacionados.

Símbolos Significado Altura em


N° relação ao piso
multifiliar unifiliar

1 Ponto de luz
incandescente
no teto.

2 Ponto de luz incan- 1,80


descente na parede

3 Ponto de luz
fluorescente no teto

a-ponto de Interruptor de uma


4 comando 1,20
seção ou simples

5 a b Interruptor de duas 1,20


seções ou duplo

6 a b Interruptor de três 1,20


c seções ou triplo

a
7 Interruptor hotel ou 1,20
paralelo

a Interuptor
8 Intermediário 1,20
ou cruz

37
Símbolos Significado Altura em
N° relação ao piso
multifiliar unifiliar

9 Interruptor de pressão 1,20


ou botão campainha

10 M Interruptor de pressão 1,20


ou botão minuteria

11 0,30
Tomada bipolar
comum na parede

12 Tomada bipolar 1,20


comum à meia altura

13 2,10
Tomada bipolar
comum alta

14 0,30
Tomada bipolar dupla
na parede

15
Tomada bipolar no
piso

16 1,20 a 1,50
Disjuntor termo-
magnético unipolar

17 1,20 a 1,50
Disjuntor termo-
magnético bipolar

18 Disjuntor termo- 1,20 a 1,50


magnético tripolar

19 Centro de distribuição 1,20 a 1,50


(CD)

20
Centro de medição

38
Símbolos Significado Altura em
N° multifiliar unifiliar relação ao piso
Eletroduto embutido
21 no piso
ou na parede

22 Eletroduto embutido
no piso

23 Condutor fase no
eletroduto

24 Condutor neutro no
eletroduto

25 Condutor retorno de
fase no eletroduto

26 Condutor retorno de
neutro no eletroduto

Condutor de
27 aterramento
no eletroduto
2
28 Condutor de 1.0mm
para
Campainha
2
29 Condutor de 1.0mm
neutro para
campainha
2
30 Condutor de 1.0mm
retorno de fase para
campainha

31
Eletroduto que desce

32
Eletroduto que sobe
Símbolos Significado Altura em
N° relação ao piso
multifiliar unifiliar

33 Eletroduto que passa


descendo

34 Eletroduto que passa


subindo

35
Cigarra

36
Campainha

PLFN
37 M
M

Foto interruptor
38 FI F=fase
FNC
N=neutro C=carga

39 M M
1~ 1~ Motor monofásico

40 M M
3~ 3~ Motor trifásico

41
Aterramento

0L

42

Chave direta bipolar

40
Símbolos Significado Altura em
N° relação ao piso
multifiliar unifiliar

0 L

43 Chave direta
tripolar

D 0 L

44 Chave reversora
tripolar

Chave bóia
45 unipolar

Chave bóia
46 bipolar
ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. ILUMINAÇÃO

A melhor maneira de iluminar um local é aproveitar a luz natural emanada do sol.


Isto , entretanto , nem sempre é possível, uma vez que existem a noite e os lugares
em que a luz solar chega em quantidade insuficiente. Por este motivo, utiliza-se a
iluminação artificial, que deve aproximar-se o mais possível da iluminação natural,
sendo as lâmpadas elétricas as de melhor qualidade.

6.1 ILUMINAÇÃO INCANDESCENTE

Esta iluminação é resultante do aquecimento de um fio, pela passagem de corrente


elétrica, até a incandescência. As lâmpadas incandescentes comuns, são
compostas de um bulbo de vidro incolor ou leitoso, de uma base de cobre ou outras
ligas, e de um conjunto de peças que contém o filamento, que é o mais importante.
Os filamentos das primeiras lâmpadas eram de carvão, mas atualmente são de
tungstênio, que tem um ponto de fusão de aproximadamente 3400°C. Esta
temperatura não é atingida nem pela lâmpada a 1500 W (2700°C).

No interior do bulbo de vidro das lâmpadas incandescentes usuais é feito o vácuo,


isto é, a retirada de todo o oxigênio, a fim de que o filamento não se queime, já que
o oxigênio alimenta a combustão. Também se usa substituir o oxigênio no interior
da lâmpada por um gás inerte. (nitrogênio e argônio)
marcação
meio interno
bulbo
ganchos
suportes filamento
botão
eletrodos internos
cana
haste central selo de haste
disco defletor tubo de exaustão
flange solda
cimento bico
base
isolamento da base
disco central de contato
solda eletrodos externos

Figura 20 – Lâmpada incandescente

6.2 ILUMINAÇÃO FLUORESCENTE

Esta iluminação é realizada por uma lâmpada fluorescente que utiliza a descarga
elétrica através de um gás para produzir energia luminosa. Consiste em um bulbo
cilíndrico de vidro, que tem em suas extremidades, eletrodos metálicos de
tungstênio (cátados), por onde circula corrente elétrica. Em seu interior existe vapor
de mercúrio ou argônio à baixa pressão. As paredes internas do tubo são pintadas
com materiais fluorescentes, conhecidos por cristais de fósforo (Phosphor).

pintura
fluorescente
(phosphor) luz visível átomos de
mercúrio
elétron

Figura 21 – Lâmpada fluorescente

6.2.1 Ligação de lâmpadas fluorescentes


Na prática, denomina-se lâmpada fluorescente, um conjunto composto de lâmpada
propriamente dita, reator, suporte e calha, se for de partida rápida. O tipo
convencional ainda é composto por um starter.
Para ligar este conjunto à rede, é necessária a interligação de seus componentes.
Esta operação só será possível mediante a leitura do esquema de ligação afixado
no reator, que varia conforme o tipo de reator e seu respectivo fabricante.

Alguns exemplos de esquemas de ligação de reatores.

 Ligação de reator simples, tipo convencional

S S
lâmpada lâmpada
branco
R R azul
preto

linha linha

 Ligação de reator simples tipo partida rápida

lâmpada

reator
partida rápida

F N

c. Ligação de reator duplo, tipo partida rápida

lâmpada

lâmpada

reator
partida rápida

F N
6.3 ILUMINAÇÃO VAPOR – MERCÚRIO

6.3.1 Funcionamento
Nas extremidades do tubo de carga estão colocados dois eletrodos, sobre as quais
se aplica uma tensão, ocasionando entre eles a passagem de partículas
eletricamente carregadas (elétrons).

Estas partículas procedentes dos eletrodos colidem com os átomos do vapor ou gás
em suspensão dentro do tubo de descarga, produzindo, temporariamente, um
desequilíbrio na composição destes átomos: seus elétrons deslocam-se para níveis
energéticos superiores.

Como a tendência dos elétrons é voltar para suas órbitas originais, ao faze-lo,
desprendem energia em forma de radiações ultravioleta. Para aumentar a eficiência
da luz emitida, reveste-se o bulbo com uma camada de pó, que irá converter a
radiação ultravioleta invisível em luz visível.

6.3.2 Constituição

Figura 22
6.3.3 Características comerciais

Tensão de extinção de arco


Tensão mínima de partida

Corrente de lâmpada
Tensão de lâmpada

Período de partida
Código comercial

Fluxo luminoso

Luminância

Dimensões
Peso
Base
(W)

A + 5°C 1 2 diam comp.


(V) (A) (V) cd / cm² (g)

(V ( lm ) ( mm ( mm ( mm
) )
) )
HPL - N 80 80 E- 18 115 0,8 18 3500 1 3,5 55 70 15
27 0 0 0 1 1
HPL - N 125 E- 18 125 1,2 18 6250 1 1,5 90 75 17
125 0 27 0 0 6 1
HPL - N 250 E- 18 135 2,1 18 13500 1 40 170 90 22
250 40 0 0 7 7
HPL - N 400 E- 18 140 3,2 18 23000 1 40 280 12 29
400 40 0 0 6 0 0
HPL - N 700 E- 18 140 5,4 18 42500 2 40 380 14 32
700 40 0 0 7 0 9
HPL - N 100 E- 18 140 7,5 18 57000 2 40 550 16 41
1000 0 40 0 0 2 5 0
HPL – N 200 E- 32 270 80 32 12000 4 40 650 18 44
2000 0 40 0 0 0 0 0 5 5

O Quadro é válido nas seguintes condições:

- fluxo: após 100 horas de funcionamento


- tempo: para conseguir 80% do fluxo luminoso máximo.

6.4 APLICAÇÃO DE ILUMINAÇÃO

6.4.1 Incandescente para iluminação geral


Usada em locais em que se deseja a luz dirigida, portátil e com flexibilidade de
escolha de diversos ângulos de abertura de facho intenso.

As lâmpadas incandescentes comuns podem ser usadas em luminárias com


lâmpadas do tipo refletoras. Em residências são utilizadas na iluminação geral de
ambientes ou quando se deseje efeitos especiais.

Seu uso não é indicado em lojas, onde se visa destacar mercadorias ou iluminação
geral. Nas indústrias são usadas na iluminação geral suplementar de máquinas de
produção, em locais com problemas de vibração (lâmpadas para serviço pesado)
ou, ainda, em estufas de secagem (lâmpadas infravermelhas).
Fluorescente
Por seu ótimo desempenho, as lâmpadas fluorescentes são mais indicadas para a
iluminação de interiores, como escritórios, lojas e indústrias, tendo espectros
luminosos indicados para cada aplicação.

São lâmpadas que não permitem o destaque perfeito das cores, porém, se for
utilizada a lâmpada branca fria ou morna, é possível a razoável visualização do
espectro cores. Nas residências costuma-se utiliza-las em cozinhas, banheiros,
garagens e outras dependências.

Dentre as lâmpadas fluorescentes, a do tipo HO (high output) tem grande aplicação


em escritórios, mercados e lojas por sua alta eficácia. É indicada por razões de
economia, pois sua eficiência luminosa é muita elevada.

6.4.2 Luz mista


Embora sua eficácia seja inferior à da lâmpada fluorescente, é superior á da
incandescente. Em geral é usada quando se deseja melhorar o rendimento da
iluminação incandescente, pois não necessita de equipamentos auxiliares; basta
coloca-la no lugar da incandescente, porém exige que a tensão da rede seja de 220
volts. A luz mista é utilizada na iluminação de interiores, como indústria, galpões,
postos de gasolina e iluminação externa.

6.4.3 Vapor de mercúrio


As lâmpadas de vapor de mercúrio são empregadas em interiores de grandes
proporções, em vias públicas e áreas externas. Pela sua vida longa, e alta
eficiência, têm bom emprego em galpões de grande pé direito, onde é elevado o
custo de substituição de lâmpadas e reatores.

Quando se necessita melhor destaque de cores, as lâmpadas devem ser usadas


com feixe corrigido.

6.4.4 Vapor de sódio de alta pressão


As lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão apresentam melhor eficiência
luminosa: para o mesmo nível de iluminamento pode-se economizar mais energia
do que em qualquer outro tipo de lâmpada.

Devido às radiações de banda quente, estas lâmpadas apresentam o aspecto de


luz branco-dourada, porém, permitem a visualização de todas as cores porque
reproduzem todo o espectro. São utilizadas na iluminação de ruas, áreas externas e
indústrias cobertas.
Vida útil em horas

incandescente (1000 a 6000)

mista (6000 a 8000)

fluorescente (7500 a 12000)

sólido (12000 a 16000)

multivapor (10000 a 20000)

mercúrio (12000 a 24000)

sólido, alta pressão (24000)


ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

50
7. ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A representação de uma instalação elétrica por meio de símbolos gráficos que


informam sobre o funcionamento dos circuitos de corrente elétrica e a interligação
dos condutores e elementos, é conhecida como diagrama elétrico.

7.1 INTERRUPTOR SIMPLES E LÂMPADA INCANDESCENTE

O interruptor simples é um dispositivo elétrico que apresenta duas posições: ligado


e desligado. Na posição ligado, lâmpada acesa; Na posição desligado, lâmpada
desligada.

O interruptor simples pode comandar uma ou mais lâmpadas ao mesmo tempo.

F
interruptor
simples
lâmpada
incandescente

N
7.2 INTERRUPTOR DUPLO OU DE DUAS SEÇÕES E
LÂMPADA INCANDESCENTE

O interruptor duplo é um dispositivo elétrico que se caracteriza por apresentar dois


interruptores simples acoplados lado a lado. É utilizado para comandar dois pontos
de luz independentes um do outro.

F
lâmpadas
interruptor incandescentes
duplo

7.3 DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

Disjuntores termomagnéticos são dispositivos de manobra e


proteção, com capacidade de ligação e interrupção sob condições anormais do
circuito.

São dotados de um relé termomagnético:


- Térmico: desarma o disjuntor por sobrecarga
- Magnético: desarma o disjuntor por curto –circuito

Quando montados em quadro de distribuição, os disjuntores devem conduzir


somente 80% da sua capacidade.

52
disjuntor
F
interruptor interruptor
simples duplo

tomadas
N

lâmpadas
incandescentes

7.4 INTERRUPTOR DE PRESSÃO E CIGARRA

O interruptor de pressão e a cigarra são ligados como interruptores simples,


comandando uma lâmpada incandescente. No lugar do interruptor simples, usa-se
um interruptor de pressão, em vez de lâmpada incandescente. A cigarra, que vai
funcionar somente enquanto o interruptor de pressão estiver acionado.

F
interruptor
de pressão

cigarra

N
7.5 INTERRUPTOR PARALELO (HOTEL) E LÂMPADA INCANDESCENTE

O interruptor paralelo (hotel) e a lâmpada incandescente caracterizam-se por ter a


capacidade de ligar e desligar uma ou mais lâmpadas de dois pontos diferentes.
São utilizados em escadas, corredores e dependências, por necessidade ou
comodidade.

F
interruptor interruptor
paralelo paralelo
lâmpada
incandescente

7.6 INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO E PARALELO (HOTEL) COM LÂMPADA


INCANDESCENTE

Quando se quer comandar uma ou um grupo de lâmpadas de três ou mais pontos


diferentes, é necessário acrescentar, além dos dois interruptores paralelos (hotel),
um ou mais interruptores intermediários, conforme a necessidade. É usado em
escadas, corredores e dependências, por necessidade ou comodidade.

F
interruptor interruptor interruptor
paralelo intermediário paralelo
lâmpada
incandescente

54
Representação esquemática das duas posições do interruptor intermediário.

Posição 1 Posição 2

7.7 MINUTEIRA E INTERRUPTORES DE PRESSÃO COM LÂMPADAS


INCANDESCENTES

A minuteira é um dispositivo elétrico que permite a ligação de uma ou de um grupo


de lâmpadas com interruptores de pressão, durante um tempo preestabelecido. É
utilizada principalmente em escadas e corredores de edifícios.

lâmpadas interruptor
F
incandescentes de pressão
N

F= fase FNL P
N= neutro
L= lâmpada
M
P= interruptores de pressão

* O esquema de ligação pode ser diferente, dependendo do fabricante.

7.8 FOTOINTERRUPTOR E LÂMPADA INCANDESCENTE

Este é um interruptor automático, constituído de um circuito eletrônico, que possui a


propriedade de ligar uma carga quando anoitece e desliga-la quando amanhece. É
largamente utilizado no comando de iluminação pública e de pátios por dispensar a
operação manual de ligar e desligar.

Características – os modelos projetados para redes de 110 V funcionam dentro dos


limites de 60 a 140 V. Nos limites de 220 V, a tensão pode variar entre 160 e 240 V.
São projetados para redes de 50 / 60 Hz, e os contatos do relé podem comandar
cargas resistivas de até 10 A. Para cargas de maior intensidade de corrente, utiliza-
se um contador, que fica comandado pelo fotointerruptor.

ELEMENTO FOTOSSENSÍVEL

RSTN 120V RSTN 220V


carga-vermelho carga-vermelho
fase-preto fase-preto
120V 220V
carga carga
neutro-branco neutro-branco
em rede de 127/220V em rede de 220/380V

Observação:
Na instalação do fotointerruptor acionado pela luz solar, o elemento fotossensível
deve ficar voltado para o nascente do sol, para desligar tão logo o dia comece a
clarear.

56
Exercício 1

Comando de uma lâmpada incandescente através de um interruptor simples

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpada
incandescente

interruptor
simples

ESQUEMA UNIFILAR
Exercício 2

Comando de uma lâmpada incandescente através de um interruptor simples mais


uma tomada monofásica.

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpada
incandescente

interruptor tomada
simples monofásica

ESQUEMA UNIFILAR

58
Exercício 3

Comando de duas lâmpadas incandescentes através de um interruptor duplo (duas


teclas)

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpadas
incandescentes

interruptor
duplo

ESQUEMA UNIFILAR
Exercício 4

Comando de duas lâmpadas incandescentes através de um interruptor duplo (duas


teclas) com tomada monofásica.

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpadas
incandescentes
interruptor
duplo

tomada
monofásica

ESQUEMA UNIFILAR

60
Exercício 5

Comando de uma cigarra através de um interruptor de pressão

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

cigarra

interruptor
de pressão

ESQUEMA UNIFILAR
Exercício 6

Comando de uma lâmpada incandescente através de dois interruptores hotel.

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpada
incandescente

interruptor interruptor
hotel hotel

ESQUEMA UNIFILAR

62
Exercício 7

Comando de uma lâmpada incandescente através de dois interruptores hotel e um


intermediário

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

lâmpada
incandescente

interruptor interruptor interruptor


hotel intermediário hotel

ESQUEMA UNIFILAR
Exercício 8

Comando de uma lâmpada incandescente através de dois interruptores de pressão


e uma minuteira

ESQUEMA MULTIFILAR

F 1~+N 127 ou 220V


N

PLF N
M lâmpada
incandescente
minuteira

interruptor interruptor
de pressão de pressão

ESQUEMA UNIFILAR

M M

64
Exercício 9

Comando de uma lâmpada fluorescente 2x20 watts por um interruptor simples

ESQUEMA MULTIFILAR

F 1~+N 127 ou 220V


N

luminária fluorescente FN

reator
2 x 20W

lâmpada 20W

interruptor lâmpada 20W


simples

ESQUEMA UNIFILAR
Exercício 10

Comando de uma lâmpada incandescente através de fotointerruptor ( fotocélula)

ESQUEMA MULTIFILAR
1~+N 127 ou 220V
F
N

foto
interruptor lâmpada
incandescente

FNC

ESQUEMA UNIFILAR

FI

66
Exercício 11

Comando de uma lâmpada vapor mercúrio com reator através de fotointerruptor


(fotocélula)

ESQUEMA MULTIFILAR

F 1~+N 127 ou 220V


N

foto lâmpada
interruptor vapor mercúrio
com reator

N
F NC
reator lâmpada
vapor 125 vapor
mercúrio mercúrio
125W
F

ESQUEMA UNIFILAR

FI
ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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ATERRAMENTO ELÉTRICO

O aterramento elétrico, com certeza, é um assunto que gera um número enorme de dúvidas quanto
às normas e procedimentos no que se refere ao ambiente elétrico industrial. Muitas vezes, o
desconhecimento das técnicas para realizar um aterramento eficiente, ocasiona a queima de
equipamentos, ou pior, o choque elétrico nos operadores desses equipamentos.

Mas o que é o “terra”? Qual a diferença entre terra, neutro, e massa? Quais são as normas que devo
seguir para garantir um bom aterramento ?
Bem, esses são os tópicos que este artigo tentará esclarecer. É fato que o assunto "aterramento" é
bastante vasto e complexo, porém, demonstraremos algumas regras básicas.

– PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO ?

O aterramento elétrico tem três funções principais :


a – Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização de um
caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.
b – “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a
terra.
c – Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.), através da
corrente desviada para a terra.
Veremos, mais adiante, que existem várias outras funções para o aterramento elétrico, até mesmo
para eliminação de EMI , porém essas três acima são as mais fundamentais.

– DEFINIÇÕES : TERRA, NEUTRO, E MASSA.

Antes de falarmos sobre os tipos de aterramento, devemos esclarecer (de uma vez por todas !) o que
é terra, neutro, e massa. Na figura 1 temos um exemplo da ligação de um PC à rede elétrica, que
possui duas fases (+110 VCA, - 110 VCA), e um neutro. Essa alimentação é fornecida pela
concessionária de energia elétrica, que somente liga a caixa de entrada ao poste externo se houver
uma haste de aterramento padrão dentro do ambiente do usuário. Além disso, a concessionária
também exige dois disjuntores de proteção. Teoricamente, o terminal neutro da concessionária deve
ter potencial igual a zero volt. Porém, devido ao desbalanceamento nas fases do transformador de
distribuição, é comum esse terminal tender a assumir potenciais Diferentes de zero.
O desbalanceamento de fases ocorre quando temos consumidores com necessidades de potências
muito distintas, ligadas em um mesmo link. Por exemplo, um transformador alimenta, em um setor
seu, uma residência comum, e no outro setor, um pequeno supermercado. Essa diferença de
demanda, em um mesmo link, pode fazer com que o neutro varie seu potencial (flutue) . Para evitar
que esse potencial “flutue”, ligamos (logo na entrada) o fio neutro a uma haste de terra. Sendo assim,
qualquer potencial que tender a aparecer será escoado para a terra. Ainda analisando a figura 1 ,
vemos que o PC está ligado em 110 VCA, pois utiliza uma fase e o neutro.
Mas, ao mesmo tempo, ligamos sua carcaça através de outro condutor na mesma haste, e damos o
nome desse condutor de “terra”. Pergunta “fatídica”: Se o neutro e o terra estão conectados ao
mesmo ponto (haste de aterramento), porque um é chamado de terra e o outro de neutro?
Aqui vai a primeira definição: o neutro é um “condutor” fornecido pela concessionária de energia
elétrica, pelo qual há o “retorno” da corrente elétrica.
O terra é um condutor construído através de uma haste metálica e que, em situações normais, não
deve possuir corrente elétrica circulante.
Resumindo: A grande diferença entre terra e neutro é que, pelo neutro há corrente circulando, e
pelo terra, não. Quando houver alguma corrente circulando pelo terra, normalmente ela deverá ser
transitória, isto é, desviar uma descarga atmosférica para a terra, por exemplo. O fio terra, por norma,
vem identificado pelas letras PE, e deve ser de cor verde e amarela.
Notem ainda que ele está ligado à carcaça do PC. A carcaça do PC, ou de qualquer outro
equipamento é o que chamamos de “massa”.

– TIPOS DE ATERRAMENTO

A ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas ) possui uma norma que rege o campo de
instalações elétricas em baixa tensão. Essa norma é a NBR 5410, a qual, como todas as demais
normas da ABNT, possui subseções.

a – Sistema TN-S : Notem pela figura 2 que temos o secundário de um transformador ( cabine
primária trifásica ) ligado em Y. O neutro é aterrado logo na entrada, e levado até a carga.
Paralelamente, outro condutor identificado como PE é utilizado como fio terra, e é conectado à
carcaça (massa) do equipamento.
b – Sistema TN-C: Esse sistema, embora normalizado, não é aconselhável, pois o fio terra e o
neutro são constituídos pelo mesmo condutor. Dessa vez, sua identificação é PEN ( e não PE, como
o anterior ). Podemos notar pela figura 3 que, após o neutro ser aterrado na entrada, ele próprio é
ligado ao neutro e à massa do equipamento.

c – Sistema TT : Esse sistema é o mais eficiente de todos. Na figura 4 vemos que o neutro é
aterrado logo na entrada e segue (como neutro) até a carga (equipamento). A massa do
equipamento é aterrada com uma haste própria, independente da haste de aterramento do neutro.
O leitor pode estar pensando : “ Mas qual desses sistemas devo utilizar na prática?” Geralmente, o
próprio fabricante do equipamento especifica qual sistema é melhor para sua máquina, porém, como
regra geral, temos :
-Sempre que possível, optar pelo sistema TT em 1º lugar.
-Caso, por razões operacionais e estruturais do local, não seja possível o sistema TT, optar pelo
sistema TN-S.
-Somente optar pelo sistema TNC em último caso, isto é, quando realmente for impossível
estabelecer qualquer um dos dois sistemas anteriores.

– PROCEDIMENTOS

Os cálculos e variáveis para dimensionar um aterramento podem ser considerados assuntos para
“pós – graduação em Engenharia Elétrica”. A resistividade e tipo do solo, geometria e constituição da
haste de aterramento, formato em que as hastes são distribuídas, são alguns dos fatores que
influenciam o valor da resistência do aterramento. Como não podemos abordar tudo isso em um
único artigo, daremos algumas “dicas” que, com certeza, irão ajudar:
Haste de aterramento: A haste de aterramento normalmente, é feita de uma alma de aço revestida
de cobre. Seu comprimento pode variar de 1,5 a 4,0m.
As de 2,5m são as mais utilizadas, pois diminuem o risco de atingirem dutos subterrâneos em sua
instalação.
O valor ideal para um bom aterramento deve ser menor ou igual a 5
Dependendo da química do solo (quantidade de água, salinidade, alcalinidade, etc.), mais de uma
haste pode se fazer necessária para nos aproximarmos desse valor. Caso isso ocorra, existem duas
possibilidades: tratamento químico do solo (que será analisado mais adiante), e o agrupamento de
barras em paralelo.
Uma boa regra para agruparem-se barras é a da formação de polígonos.
A figura 5 mostra alguns passos. Notem que, quanto maior o número de barras, mais próximo a um
círculo ficamos. Outra regra no agrupamento de barras é manter sempre a distância entre elas, o
mais próximo possível do comprimento de uma barra. É bom lembrar ao leitor que essas são regras
práticas. Como dissemos anteriormente, o dimensionamento do aterramento é complexo, e repleto
de cálculos. Para um trabalho mais preciso e científico, o leitor deve consultar uma literatura própria.

TIPOS DE ELEMENTOS PARA ATERRAMENTO

As características químicas do solo (teor de água , quantidade de sais , etc...) influem diretamente
sobre o modo como escolhemos o eletrodo de aterramento. Os eletrodos mais utilizados na prática
são: hastes de aterramento, malhas de aterramento e estruturas metálicas das fundações de
concreto.

-Haste de aterramento
A haste pode ser encontrada em vários tamanhos e diâmetros . O mais comum é a haste de 2,5 m
por 0,5 polegada de diâmetro. Não é raro , porém, encontrarmos hastes com 4,0 m de comprimento
por 1 polegada de diâmetro.
Cabe lembrar que, quanto maior a haste , mais riscos corremos de atingir dutos subterrâneos
(telefonia , gás , etc...) na hora da sua instalação.
Normalmente , quando não conseguimos uma boa resistência de terra (menor que 10 W) ,
agrupamos mais de uma barra em paralelo. Quanto à haste , podemos encontrar no mercado dois
tipos básicos: Copperweld (haste com alma de aço revestida de cobre) e Cantoneira (trata-se de
uma cantoneira de ferro zincada , ou de alumínio) .

-Malhas de aterramento

A malha de aterramento é indicada para locais cujo solo seja extremamente seco. Esse tipo de
eletrodo de aterramento, normalmente, é instalado antes da montagem do contra-piso do prédio, e se
estende por quase toda a área da construção. A malha de aterramento é feita de cobre, e sua
“janela” interna pode variar de tamanho dependendo da aplicação, porém a mais comum está
mostrada na figura abaixo.
-Estruturas metálicas
Muitas instalações utilizam as ferragens da estrutura da construção como eletrodo de aterramento
elétrico.
Mais adiante veremos que, quando isso vier a ocorrer, deveremos tomar certos cuidados.
Resumindo, qualquer que seja o eletrodo de aterramento (haste, malha, ou ferragens da estrutura),
ele deve ter as seguintes características gerais:
- Ser bom condutor de eletricidade.
- Ter resistência mecânica adequada ao esforço a que está submetido.
- Não reagir (oxidar) quimicamente com o solo

-BITOLA E CONEXÃO DO FIO TERRA


Ter uma boa haste ou um solo favorável não basta para termos um bom aterramento elétrico. As
conexões da haste com os cabos de terra , bem como a bitola do cabo terra também contribuem
muito para a resistência total de aterramento.
No que se refere à bitola do fio terra, ela deve ser a maior possível.
Temos abaixo uma regra prática que evita desperdícios, e garante um bom aterramento.
Para: Sf < 35 mm² ® St = 16 mm² Sf ³ 35 mm² ® St = 0,5 Sf

Onde :

Sf = a seção transversal dos cabos (fios) de alimentação do equipamento (fases).

St = a seção transversal do fio terra.


Notem que para diâmetros inferiores a 35 mm² para as fases , temos o fio terra de 16 mm² . Já para
diâmetros iguais ou acima de 35 mm², o fio terra deverá ter seção transversal igual à metade da
seção dos cabos de alimentação. Quanto à conexões , devemos optar em 1º lugar pela fixação por
solda do fio terra à haste . Isso evita o aumento da resistência do terra por
oxidação de contato. Caso isso não seja possível, poderemos utilizar anéis de fixação com
parafusos. Nesse caso, porém, é conveniente que a conexão fique sobre o solo , e dentro de uma
caixa de inspeção.

- TRATAMENTO QUÍMICO DO SOLO


Como já observamos, a resistência do terra depende muito da constituição química do solo. Muitas
vezes, o aumento de número de “barras” de aterramento não consegue diminuir a resistência do
terra significativamente. Somente nessa situação devemos pensar em tratar quimicamente o solo. O
tratamento químico tem uma grande desvantagem em relação ao aumento do número de hastes,
pois a terra, aos poucos, absorve os elementos adicionados. Com o passar do tempo, sua resistência
volta a aumentar, portanto, essa alternativa deve ser o último recurso. Temos vários produtos que
podem ser colocados no solo antes ou depois da instalação da haste para diminuirmos a
resistividade do solo. A Bentonita e o Gel são os mais utilizados.
Uma observação importante no que se refere a instalação em baixa tensão é a proibição (por norma)
de tratamento químico do solo para equipamentos a serem instalados em locais de acesso público
(colunas de semáforos, caixas telefônicas, controladores de tráfego, etc...). Essa medida visa a
segurança das pessoas nesses locais.
Um aterramento elétrico é considerado satisfatório quando sua resistência encontra-se abaixo dos 10
W. Quando não conseguimos esse valor, podemos mudar o número ou o tipo de eletrodo de
aterramento.
No caso de haste, podemos mudá-la para canaleta (onde a área de contato com o solo é maior), ou
ainda agruparmos mais de uma barra para o mesmo terra. Caso isso não seja suficiente, podemos
pensar em uma malha de aterramento. Mas imaginem um solo tão seco que, mesmo com todas
essas técnicas, ainda não seja possível chegar-se aos 10 W. Nesse caso a única alternativa é o
tratamento químico do solo.
O tratamento do solo tem como objetivo alterar sua constituição química, aumentando o teor de água
e sal e, consequentemente, melhorando sua condutividade. O tratamento químico deve ser o último
recurso, visto que sua durabilidade não é indeterminada.
O produto mais utilizado para esse tratamento é o Erico - gel, e os passos para essa técnica são os
seguintes:
1º passo : Cavar um buraco com aproximadamente 50 cm de diâmetro, por 50 cm de profundidade
ao redor da haste.

2º passo : Misturar metade da terra retirada , com Erico – gel.

3º passo : Jogar a mistura dentro do buraco.

4º passo : Jogar, aproximadamente , 25 l de água na mistura que está no buraco.


5º passo: Misturar tudo novamente.

6º passo : Tampar tudo com a terra “virgem” que sobrou. Podemos encontrar no mercado outros
tipos de produtos para o tratamento químico (Bentonita, Earthron , etc.), porém o Erico – gel é um
dos mais modernos. Suas principais características são: Ph alcalino (não corrosivo), baixa
resistividade elétrica, não é tóxico, não é solúvel em água (retém a água no local da haste).

MEDINDO O TERRA

O instrumento clássico para medir a resistência do terra é o terrômetro.


Esse instrumento possui 2 hastes de referência, que servem como divisores resistivos conforme a
figura 6 . Na verdade, o terrômetro “injeta” uma corrente pela terra que é transformada em “quedas”
de tensão pelos resistores formados pelas hastes de referência , e pela própria haste de terra.
Através do valor dessa queda de tensão, o mostrador é calibrado para indicar o valor ôhmico da
resistência do terra.
Uma grande dificuldade na utilização desse instrumento é achar um local apropriado para instalar as
hastes de referência. Normalmente, o chão das fábricas são concretados, e, com certeza, fazer dois
“buracos” no chão (muitas vezes até já pintado) não é algo agradável. Infelizmente, caso haja a
necessidade de medir – se o terra, não temos outra opção a não ser essa. Mas, podemos ter uma
idéia sobre o estado em que ele se encontra, sem medi–lo
propriamente. A figura 7 mostra esse “ truque”. Em primeiro lugar escolhemos uma fase qualquer, e a
conectamos a um pólo de uma lâmpada elétrica comum. Em segundo lugar, ligamos o outro pólo da
lâmpada na haste de terra que estamos analisando. Quanto mais próximo do normal for o brilho da
lâmpada , mais baixa é a resistência de terra.

Imaginem um exemplo de uma lâmpada de 110 volts por 100 W . Ao fazer esse teste em uma rede
de 110 V com essa lâmpada , podemos medir a corrente elétrica que circula por ela. Para um “terra”
considerado razoável, essa corrente deve estar acima de 600 mA.
Cabe lembrar ao leitor que , essa prática é apenas um artifício ( para não dizer macete ) com o qual
podemos ter uma idéia das condições gerais do aterramento. Em hipótese alguma esse método pode
ser utilizado para a determinação de um valor preciso.

8 - IMPLICAÇÕES DE UM MAU ATERRAMENTO

Ao contrário do que muitos pensam, os problemas que um aterramento deficiente pode causar não
se limitam apenas aos aspectos de segurança.
É bem verdade que os principais feitos de uma máquina mal aterrada são choques elétricos ao
operador, e resposta lenta (ou ausente) dos sistemas de proteção (fusíveis, disjuntores, etc...).
Mas outros problemas operacionais podem ter origem no aterramento deficiente. Abaixo segue uma
pequena lista do que já observamos em campo.
Caso alguém se identifique com algum desses problemas, e ainda não checou seu aterramento, está
aí a dica:
-Quebra de comunicação entre máquina e PC ( CPL, CNC, etc... ) em modo online. Principalmente
se o protocolo de comunicação for RS 232;
-Excesso de EMI gerado ( interferências eletromagnéticas );
-Aquecimento anormal das etapas de potência (inversores, conversores, etc.);
-Em caso de computadores pessoais, funcionamento irregular com constantes “travamentos”;
-Falhas intermitentes, que não seguem um padrão;
-Queima de CI’s ou placas eletrônicas sem razão aparente , mesmo sendo elas novas e confiáveis.
-Para equipamentos com monitores de vídeo, interferências na imagem e ondulações podem ocorrer.

PROBLEMAS COM ATERRAMENTO ELÉTRICO LIGADO AO “PÁRA – RAIOS”

Tanto os locais que empregam malha de aterramento ou as estruturas prediais, como terra,
normalmente apresentam um inconveniente que pode ser extremamente perigoso: a conexão com o
pára – raios .

Notem pela figura anterior, que temos um exemplo de uma malha de terra ligada ao pára – raios , e
também aos demais equipamentos eletroeletrônicos. Essa é uma prática que devemos evitar ao
máximo, pois nunca podemos prever a magnitude da potência que um raio pode atingir.
Dependendo das condições, o fio terra poderá não ser suficiente para absorver toda a energia, e os
equipamentos que estão junto a ele podem sofrer o impacto como mostra a figura abaixo:

Portanto, nunca devemos compartilhar o fio terra de pára – raios com qualquer equipamento
eletroeletrônico.
CONCLUSÃO

Antes de executarmos qualquer trabalho (projeto, manutenção, instalação, etc...) na área


eletroeletrônica, devemos observar todas as normas técnicas envolvidas no processo. Somente
assim poderemos realizar um trabalho eficiente, e sem problemas de natureza legal. Atualmente,
com os programas de qualidade das empresas, apenas um serviço bem feito não é suficiente.
Laudos técnicos, e documentação adequada também são elementos
integrantes do sistema.
Para quem estiver preparado, a consultoria de serviços de instalações em baixa – tensão é um
mercado, no mínimo, interessante.

DADOS PARA PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Para a execução de um projeto de instalações elétricas, são necessários os seguintes


requisitos: planta baixa, fins a que se destina a instalação, potência instalada e
características da rede elétrica (localização, tensão, freqüência).

7.1 CIRCUITO

Circuito é o conjunto de consumidores no mesmo par de condutores, ligado ao mesmo


dispositivo de comando e proteção (chave ou disjuntor).

7.1.1 Divisões em circuitos


Toda a instalação deve ser dividida em vários circuitos, de modo a:
Limitar as conseqüências de uma falta, que
provocará apenas o seccionamento do circuito
defeituoso;
- Facilitar as verificações, ensaios e manutenção;
- Evitar os perigos que podem resultar da falha de um único circuito,
como por exemplo, no caso da iluminação.
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos das tomadas.
Em unidades residenciais, hotéis, motéis ou similares, permitem-se pontos de
iluminação e tomadas em um mesmo circuito, exceto nas cozinhas, copas e
áreas de serviço, que devem constituir um ou mais circuitos independentes.

Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais,


hotéis, motéis ou similares:
 Devem ser previstos circuitos independentes para os aparelhos de potência
igual ou superior a 1500 VA (como aquecedores de água, fogões e fornos elétricos,
máquinas de lavar, aparelhos de aquecimento, etc.) ou para aparelho do mesmo tipo
através de um só circuito.
 As proteções dos circuitos de aquecimento, ou condicionadores de ar de
uma residência, podem ser agrupadas no quadro de distribuição da
instalação elétrica ou num quadro separado.
 Quando um mesmo alimentador abastece vários aparelhos individuais de ar
condicionado, deve haver uma proteção para o alimentador geral e junto a
cada aparelho, caso este não possua proteção interna própria.

Cada circuito deve ter seu próprio condutor neutro. Os circuitos de distribuição
devem ser instalados em número nunca inferior a:

 em residências, 1 circuito para cada 60 metros quadrados ou fração;


 em lojas e escritórios: 1 circuito para cada 50 metros quadrados ou fração.

De acordo com NB-3, a carga de cada circuito não pode ultrapassar 1200 watts nas
distribuições de 100 a 130 volts e 2200 watts nas de 200 a 250 volts.

7.1.2 Tomadas de corrente


De acordo com NBR-5410, nas residências e acomodações de hotéis, motéis e
similares devem ser previstas tomadas de corrente co a seguinte exigência mínima:

 uma tomada para cada cômodo ou dependência de área igual ou inferior a


6m²;
 uma tomada para cada 5m (ou fração) de perímetro de cômodos ou
dependências de área superior a 6m², espaçadas tão uniformemente quanto
possível, exceto em banheiros, onde deve ser obrigatoriamente prevista
apenas uma tomada perto da pia.
 Uma tomada a cada 3,5m (ou fração) de perímetro em cozinhas, copas ou
copas-cozinha, sendo que deve ser prevista pelo menos uma tomada acima
de cada bancada com largura igual ou superior a 30 cm;
 Uma tomada em subsolos, sótãos, garagens e varandas.

As tomadas para utilização específica devem ser instaladas, no máximo, a 1,5 m do


local previsto para o aparelho. Devem ser distribuídas, no mínimo, as seguintes
cargas para tomadas de corrente:

 para utilização específica: a carga nominal de utilização;


 para copas, cozinhas, copas-cozinha e áreas de serviço: 600 VA por
tomada, até 3 tomadas e 100 VA por tomada para as excedentes;
 para utilização geral: 100 VA
Tabela 3 - Secção de condutores / máxima corrente
Secção (mm²) Máxima Corrente (A)
1,5 15,5
2,5 21
4 28
6 36
10 50
16 68
25 89
35 111
50 134

Tabela 4 – corrente / disjuntor / condutor


Corrente Disjuntores Secção mínima do condutor
(A) (A) (mm²)
0a8 10 1,5
8 a 12 15 1,5
12 a 16 20 2,5
16 a 20 25 4
20 a 24 30 6
24 a 28 35 6
28 a 32 40 10
32 a 40 50 10

Tabela 5 - Potência média de aparelhos eletrodomésticos


Aparelho Potência (Watt)
Ar condicionado 1500
aspirador de pó 600
Batedeira 200
Boiler 1500
Cafeteira 500
Chuveiro 3500
Enceradeira 350
Exaustor 150
ferro de passar roupa – comum 500
ferro de passar roupa – regulável 750
forno de microondas 1200
Liquidificador 350
Máquina de lavar louça 2700
Máquina de lavar roupa 500
refrigerador – comum 200
duplex ou freezer 350
Secador de cabelos 1000
secadora de roupas 1000
Aparelho de som 100
Televisor 200
Torneira 3500
Ventilador 100

71
Nota: Na falta das potências nominais de placa dos aparelhos, estes devem ser os
valores mínimos a serem considerados.

8.2 NBR – 541 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA

TENSÃO Anotações referentes aos tópicos mais significativos:

8.2.1 Iluminação
Em residências, hotéis, motéis e similares, deve ser previsto pelo menos um ponto
de iluminação no teto, com potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor
de parede.

Nas unidades residenciais, como alternativa para a determinação das cargas de


iluminação, pode ser adotado o seguinte critério:
 Em cômodos ou dependências com área maior que 6m² , deve ser
prevista carga mínima de 100 VA;
 Em cômodos ou dependências com área maior que 6m², deve ser
prevista carga mínima de 100 VA para os primeiros 6m², acrescidas
de 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros de área;

Obs: estas potências são para efeito de dimensionamento dos circuitos e não
necessariamente a potência nominal das lâmpadas.

8.2.2 Tomadas

Em residências, hotéis, motéis e similares, deve ser previsto:


 Banheiros: pelo menos uma tomada junto ao lavatório (no volume 3);
 Cozinhas, copas-cozinhas, copas, área de serviço e locais análogos:
pelo menos uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,
sendo que, acima de bancadas com largura igual ou superior a
0,30m, deve ser prevista pelo menos uma tomada.
 Nos subsolos, garagens, sótão, halls de escadas e em varandas, deve
ser prevista pelo menos uma tomada. No caso de varandas, quando
não for possível a instalação da tomada no próprio local, esta deverá
ser instalada próximo ao seu acesso.
 Nos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou menor
que 6m², pelo menos uma tomada; se a área for superior a 6m², pelo
menos uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro,
espaçadas o mais uniforme possível.
8.2.3 Potências a serem atribuídas
8.2.3.1 As tomadas de uso geral (TUG) – em residências deve ser previsto:
 Banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, copas, área de serviço,
lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por tomadas e até
3 tomadas; !00 VA por tomada para as excedentes, considerando
cada um dos ambientes separadamente.
 Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por
tomada.

8.2.3.2 As tomadas de uso específico (Especial – TUE)


 Deve ser atribuída a potência nominal do equipamento
a ser alimentado.
 As TUE devem ser instaladas à no máximo 1,5 m do local previsto
para o equipamento.

8.2.4 Seção mínima dos condutores


Instalações fixas com cabos isolados:

Circuitos de iluminação: fio de cobre # 1,5 mm²; fio de alumínio #


16mm² Circuitos de força: fio de cobre # 2,5 mm²; fio de alumínio #
16mm² Circuitos de sinalização e controle: fio de cobre # 0,5mm²

8.2.5 Limites de queda de tensão


Em instalações alimentadas diretamente por um ramal de baixa tensão (BT) a partir
de uma rede de distribuição pública de BT:

Iluminação
= 4%
Outros
usos = 4%

Em instalações alimentadas diretamente por uma Subestação transformadora:


Iluminação = 7%
Outros usos = 7%

Em instalações que possuírem fonte própria


(geradores) Iluminação = 7%
Outros usos = 7%

8.2.6 Documentação da instalação


A instalação deverá ser executada a partir de projeto específico, que deverá conter,
no mínimo:
 plantas
 esquemas (unifilares e outros que se façam necessários)

73
 detalhes de montagem, quando necessário
 memorial descritivo
 especificação dos componentes: descrição sucinta do componente,
características nominais e norma(s) a que devam atender.

*Para locais utilizados por pessoas comuns (inadvertidas), onde não haja a
presença permanente de pessoal suficientemente informado ou supervisionado por
pessoas qualificadas, de modo a lhes permitir evitar os perigos que a eletricidade
pode apresentar (pessoal de manutenção e/ou operação, bem como engenheiros
ou técnico) deverá ser elaborado um manual do usuário, que contenha no mínimo,
em linguagem acessível os seguintes elementos:
 Esquemas dos quadros de distribuição com indicação e finalidade
dos circuitos terminais e dos pontos alimentados;
 Potências máximas previstas nos eventuais circuitos terminais de
reserva;
 Recomendações explícitas, ou seja, para que não sejam trocados
por tipos com características diferentes os dispositivos de proteção
existentes no(s) quadro(s).
Obs: são exemplos destes locais, as unidades residenciais, pequenos
estabelecimentos comerciais, etc.

8.2.7 Capacidade de reserva


Em função da ocupação do local e da distribuição de circuitos efetuada, deve-se
prever a possibilidade de ampliações futuras com a utilização de circuitos terminais
futuros. Tal necessidade, deverá se refletir ainda, na taxa de ocupação dos
condutos elétricos (eletrodutos) e quadros de distribuição (CD’s).
 Até 06 circuitos = espaço para 02 circuitos (mínimo);
 De 07 a 12 circuitos = espaço para 03 circuitos (mínimo);
 De 13 a 30 circuitos = espaço para 04 circuitos (mínimo)
 Acima de 30 circuitos = espaço para 15% de circuitos (mínimo).
Obs: a capacidade de reserva deverá se refletir em toda a instalação a
Montante.

8.2.8 Proteção complementar por dispositivo de proteção a corrente diferencial


– residual (Dispositivos DR)
Qualquer que seja o esquema de aterramento, deve ser objeto de proteção
complementar contra contatos diretos por dispositivos, a corrente diferencial –
residual (dispositivos DR) de alta sensibilidade, isto é, com corrente diferencial –
residual igual ou inferior a 30mA:
 os circuitos que sirvam a pontos situados em locais que contenham banheira
ou chuveiro (com resistência blindada).
 os circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à
edificação;
 os circuitos de tomadas de corrente situados no interior da edificação que
possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
 circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas –cozinhas, lavanderias,
áreas de serviço, garagens e, no geral, de todo local interno, molhado em uso
normal ou sujeito a lavagens.

NOTAS:
Excluem-se, na alínea (A), os circuitos que alimentam aparelhos de iluminação
posicionados a uma altura igual ou superior a 2,5 m.
Podem ser excluídas da alínea (D), as tomadas de corrente claramente destinadas a
refrigeradores e congeladores, e que não fiquem diretamente acessíveis.
A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente ou em grupos de
circuitos.

8.2.9 Quadros de
distribuição Instalar em
local de fácil acesso; Grau
de proteção adequado;
Identificação externa;
Identificação dos
componentes.

8.3 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS

Ac = . x (diâmetro externo do condutor)² x nº de fios (dentro dos


eletrodutos) 4
Ac = 3,1416 x (diâmetro Ext.)² x nº fios
4
Ac = 40%
Au = 100%

Por regra de três simples, acha-se a área útil e entra-se com valor calculado na
tabela abaixo, para achar o diâmetro do eletroduto.

Tabela 6 – Cálculo do Diâmetro do eletroduto


Tamanho Área
nominal útil
Mm pol. mm²
20 ½ 203,6
25 ¾ 346,3
32 1 564,1
40 11/4 962,1
50 11/2 1244,1
60 2 1979,2
75 21/2 3327,0

75
Exemplo:

1. Calcular o diâmetro do eletroduto sabendo que dentro dele passam seis fios de
1,5mm².

Ac = 3,1416 x (2,8)² x 6 = 36,94


4
Ac – 40%
= 36,94 Au
– 100% =
?

Au = 36,94 x 100 = 92,36


40

Da tabela acima, obtemos o diâmetro = 20mm para o eletroduto.

2. Calcular o diâmetro do eletroduto sabendo que dentro dele, passam dois fios
1,5mm², seis fios 2,5mm² e três fios 4mm².

Ac1,5 = 3,1416 x (2,8)² x 2 = 12,3


4

Ac2,5 = 3,1416 x (3,4)² x 6 = 54,47


4

Ac4 = 3,1416 x (3,9)² x 3 = 35,83


4

AcT = 12,3 + 54,47 + 35,83 = 102,6

AcT - 40%
Au – 100%

Au = 102,6 x 100 = 256,51 mm²


40

Da tabela obtemos diâmetro = 25mm² para o eletroduto.

3. Calcular o diâmetro do eletroduto sabendo que dentro dele passam doze fios
2,5mm² e seis fios 4mm².
Ac2,5 = 3,1416 x (3,4)² x 20 = 181,58
4

Ac4 = 3,1416 x (3,9)² x 6 = 71,68


4

AcT = 181,58 + 71,68 = 253,26

Ac – 40%
Au – 100%

Au = 253,26 x 100 = 633,15 mm²


40

Da tabela, teríamos um eletroduto de diâmetro 40mm, o que para uma instalação


residencial é muito elevado, devido às espessuras das paredes e lajes; neste caso,
deveremos dividir a fiação em dois eletrodutos, ambos com diâmetro 25 mm.

77
8.4 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTA ELÉTRICA

1º PAVIMENTO

3 1 1

3
Dormitório
1
3B
Dormitório

3 1F
3-2x4
3

3 3
3
1
1-2x4
2-2x6
3-2x4
4-2x6
5-2x6

2/5000W
3
Dormitório

2-2x6
3C
2-2x6

1-2x4

1
3
1
3

1C 1D
3
5-2x6

BWC
3-2x4

CD-1

3
3-2x4

1
5-2x6

4-2x6

3C
5-2x6

1-2x4 1
1
serviço
1

3 3
3
3-2x4
1 1A

4/600W 4-2x6 2
3x6mm

3D 1
Estar
4-2x6

3
Cozinha

2 IC
3x6mm
4/600W
3
3

3 1B Escadas

Avarandado

IC

2
3x10mm
2º PAVIMENTO

2 2 4

5/600W

6-2x6
4
Dormitório 2B
6

2-2x4
4C

6-2x6
2

4-2x4
2
5/600W

2 2
4
Cozinha
2
4

4
2
Dormitório
2A

4-2x4
5-2x6
2

5-2x6
4 5
2-2x4

4A 4B
2 5/2000W
2 4-2x4 4 Serviço
5-2x6
1-2x4
2-2x4
3-2x6

1 4

6-2x6
1-2x4

2-2x4

3-2x6

BWC 1
CD-2 Estar
3/5000W

1-2x4

1E 1
1D

1-2x4 1

1
1-2x4
1A

Dormitório 2
3x6mm

1G

1
1
1

IC desce pav. inferior

1 1

1B Escadas

Sacada

IC

79
EXERCÍCIO

1. Escreva a quantidade de componentes elétricos que existem na planta .

a. CD´s
b. Lâmpadas incandescentes
c. Tomadas monofásicas baixas H – 30 cm
d. Tomadas monofásicas a meia altura – H 110 cm
e. Tomadas monofásicas altas – H 210 cm
f. Interruptor hotel ou paralelo
g. Interruptor intermediário ou chave cruz
h. Tomada monofásica de 600W
i. Tomada monofásica de 100W
j. Disjuntores termomagnéticos 10 A
k. Disjuntores termomagnéticos 15 A
l. Disjuntores termomagnéticos 25 A

2. Quantos circuitos há

a. No CD- 1
b. No CD- 2

3. Qual é a espessura dos condutores em mm², na saída do CD – 1?

a. Circuito 1
b. Circuito 3
c. Circuito 4
d. Circuito 2
e. Circuito 5

4. Qual é a espessura dos condutores em mm², na saída do CD – 2?

a. Circuito 5
b. Circuito 4
c. Circuito 6
d. Circuito 1
e. Circuito 3
f. Circuito 2
8.5 PROJETO

ELÉTRICO Quadro

de Cargas
Circuitos Lâmpadas Tomadas Total Disjuntores Condutores
100 W 100W 600W 4400W Watts Ampères mm²
1 4 3 - 700 10A 15
2 - - - 1 4400 25A 40
3 5 3 - 800 10A 15
4 - - 2 1200 15A 25

Nota: eletroduto não cotado 1 /2”

CONVENÇÕES:

lâmpadas

aplique

tomada baixa - 0,30 cm

tomada média - 1,20 m

tomada alta - 2,20 m

interruptor simples

interruptor duplo

interruptor triplo

81
3
1

3
100
3
100

1
100
4
600W

4
600W

4
1
3

1
100

2 34
3

2
25
00
W C-D
3
100

1
1
3
100
0
0 1

1 3

1
100

1
3
vem do CM 100
9. INSTALAÇÃO DE UNIDADE CONSUMIDORA

Para que possam utilizar a energia elétrica, os consumidores residenciais e


industriais devem instalar um ponto de recebimento, que será equipado pela
concessionária local com um medidor de consumo de energia elétrica.

9.1 MONTAGEM DAS CAIXAS PARA MEDIDORES MONOFÁSICOS


tamanho: 30 x 30 tamanho : 30 x 40 tamanho: 60 x 40

entrada saída entrada saída


entrada saída disjuntor

5 fase 2
neutro

fase 1
neutro
disjuntor fase fase
neutro CP-1 CP-1
5
fase
5

5 10

9.2 MONTAGEM DAS CAIXAS PARA MEDIDORES POLIFÁSICOS

saída
entrada opcional

disjuntor disjuntor saída


saída
neutro
entrada

entrada

entrada

neutro neutro
kWh
CP-2
CP-4
5

5 5
tamanho : 50 x 50 tamanho: 60 x 60 tamanho: 80x60

83
9.3 PADRÃO DE ENTRADA COM MEDIÇÃO INSTALADA EM POSTE PARTICULAR
Figura 23

Condutor do ramal de ligação

Ponto de entrada
A
Condutor do
circuito alimentador
Poste particular

B
Rede secundária
de distribuição

Condutor do Eletroduto
ramal de entrada do circuito
alimentador
C Fase
Eletroduto do Medição
30 10 15 Neutro
ramal de entrada
Eletroduto
do aterramento

AB - Ramal de ligação
BC - Ramal de entrada
CDE - Circuito alimentador
Eletroduto de aterramento
9.4 PADRÃO DE ENTRADA COM MEDIÇÃO INSTALADA EM
MURO OU MURETA
Figura 24

Ramal de ligação

Braçadeira ou parafuso passante

Curva 90° quando de aço


colocar bucha Mínimo seis voltas com arame de aço 14BWG,
fita metálica
Eletroduto de PVC ou braçadeira. Em regiões lito- râneas
rígido preto ou aço 2
usar fio de cobre 2,5mm.
zincado a quente

Poste particular

30 10 15
150±10

Mureta
Fase Neutro
Caixa para medidor
150
máximo

Saída subterrânea ou embutida


Eletroduto de PVC rígido
Condutor de cobre isolado
Cavidade para inspeção
Eletroduto de aterramento
ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
86
10. MOTORES

Os motores são utilizados quando se deseja obter movimento em máquinas. Úteis para
inúmeras aplicações industriais, os motores possuem grandes vantagens como simplicidade
de operação, construção robusta, fácil manutenção e custo reduzido.

10.1 MOTOR DE FASE AUXILIAR

Dentre os motores monofásicos, o de fase auxiliar é o mais empregado em bombas de


recalque, furadeiras, máquinas agrícolas, máquinas de lavar, etc.

Figura 26
Fonte: WEG

Partes principais:

 Estator – é constituído por ranhuras, onde estão enroladas duas bobinas de campo.
Figura 27

 Bobina de trabalho – esta bobina permanece ligada durante todo o funcionamento do


motor. Também é chamada de bobina principal.
 Bobina de arranque – é a bobina ligada somente no momento da partida, sendo em
seguida desligada.
 Interruptor centrífugo – este interruptor age pela força centrífuga; uma parte dele
instalada no eixo e outra na carcaça. Serve para desligar a bobina de arranque
quando ele atinge 80% da velocidade.
 Rotor - parte giratória do motor elétrico, constituído de barras de alumínio curto
circuitadas

Figura 28
Figura 29

 Capacitador (ou condensador) – faz a defasagem entre o campo auxiliar e o campo


principal, dando maior força de arranque.
Figura 30

real composição simbolo


dielétrico

placas ou
armaduras

Características principais:
 Potência: normalmente são fabricados para potências de 1/6 cv, 1/5 cv, ¼ cv,
½ cv, ¾ cv, 1cv, 1/5 cv, 2 cv, 2/5 cv, 3 cv e 5 cv.
 Tensão: são fabricados para 110V, 220V ou para as duas tensões, 110/220 V.
 Freqüência: normalmente para 60Hz.
 Rotação: normalmente para 2 e 4 pólos.
 A rotação dos motores depende do número de pólos e da freqüência da rede.
rpm =2 x f x 60
P

rpm= rotações por minuto


f= freqüência da rede em Hz P=
número de pólos do motor

Velocidade sincrona rpm


Nº de polos 50 Hz 60 Hz
2 3000 3600
4 1500 1800
6 1000 1200
8 750 900

A velocidade dos motores assíncronos é menor do que a velocidade síncrona em trono de


3% a 5%.

10.1.1 Ligações de motor monofásico de fase auxiliar para duas tensões


Ponta: 1e3 bobina principal 1
2e2 bobina principal 2
5e6 bobina de arranque

capacitor

interruptor centrífugo

Bobinas em paralelo

1
capacitor 3 L1
2
4 110V
interruptor centrífugo 5 L2
6

Figura 31
Bobinas em série

1
3 L1
2
4 220V

5 L2
6

Figura 32

Para inverter a rotação de um motor monofásico troca-se o 5 pelo 6.

10.2 MOTORES TRIFÁSICOS DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

10.2.1 Motor assíncrono trifásico de rotor em curto (de gaiola)

Figura 33
O primeiro tipo de motor é o mais empregado industrialmente, pois apresenta
vantagens, tais como:

- mais simplicidade
- menor custo
- manutenção mais barata
- menor volume por unidade de potência

Funcionamento – os três tipos de motor trifásico possuem um estator, onde estão


localizados três rolamentos (bobinas), uma para cada fase, colocadas em ranhuras.

Figura 34

Estes enrolamentos estão ligados de maneira a formar pólos magnéticos. O campo


magnético no estator é um “campo girante“ em conseqüência de ser trifásica a rede de
alimentação.

O rotor não possui fios, é curto- circuitado por barras. Não recebe ligação elétrica alguma.

Figura 35
Potência nominal – a potência dos motores é dada em: cv –
que equivale a 736 W
HP – que equivale a 746 W kW –
que equivale a 1000 W

Exemplo: 10 cv = 10 cv x 736 W = 7360 W

Corrente nominal – indica a corrente que o motor consome a plena carga.

Rotação nominal – é dada em rpm e indica quantas rotações o motor gira em 1 minuto. A
rotação dos motores depende da freqüência de alimentação e do número de pólos.

rpm =2 x f x 60
P

rpm= rotação por minuto f=


freqüência da rede

Número de pólos Velocidade sincrona em rpm


60 Hz 50 Hz
2 3600 3000
4 1800 1500
6 1200 1000
8 900 750

Ligação de motores trifásicos com seis terminais

Ligação para 220V Ligação para 380V


R S T
1 2 3 1 2 3

6 4 5 6 4 5
R S T

Ligação de motores trifásicos com ligação Dahlander

baixa velocidade alta velocidade


R S T
1 2 3 1 2 3
R S T
4 5 6 4 5 6
Ligação de motores trifásicos com 12 terminais

Ligação para 220V Ligação para 380V


R S T
12 10 11 12 10 11
R S T
1 2 3 1 2 3

7 8 9 7 8 9

6 4 5 6 4 5

Ligação para 440V Ligação para 760V


R S T
12 10 11 12 10 11
R S T
1 2 3 1 2 3

7 8 9 7 8 9

6 4 5 6 4 5
Tabela 7 - Corrente a plena carga para motores de indução CA – 60Hz

Potência do motor (cv) Monofásico Trifásico

110 V 220 V 110V 220V

1/6 2,6 1,3

¼ 4,0 2,0

1/3 5,2 2,6 1,2 0,7

½ 6,7 3,4 2 1,2

¾ 9 4,5 2,8 1,6

1 10,5 5,3 3,5 2,2

1½ 14,5 7,3 5 2,4

2 19 9,5 6,5 3,8

3 37 13,5 9 5,2

5 56 28 15 8,7

7 80 40 22 13

10 100 50 27 16

15 40 23

20 52 30

25 64 37

30 72 45

40 104 60

50 125 73

60 150 87

75 185 108

100 246 143

125 310 180

150 360 209

200 480 278


ANOTAÇÕES

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
96
11. COMANDO DE MOTORES MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS

Para que possam realizar sua função, os motores devem ser ligados à rede elétrica através
de dispositivos de comando que fazem o controle de ligar ou desligar a máquina.

11.1 COMANDOS DE MOTORES MONOFÁSICOS

Os motores monofásicos, de fase auxiliar, podem ter seu comando de diversas maneiras,
porém há três comandos mais usados, que são apresentados a seguir.

 Comando manual de motor monofásico através de chave bipolar direta com proteção
de disjuntor termomagnético.

R R
N N

disjuntor disjuntor
unipolar bipolar

0L 0L

chave chave
bipolar bipolar
direta direta

M M
1~ 1~

Esquema A Esquema B

97
Observação: O esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou

M M
1~ 1~

220 V, com fase e neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220 V
com duas fases.

 Comando automático de motor monofásico através de uma chave bóia e proteção de


disjuntor termomagnético.

Esquemas multifilares:

R R
N N

disjuntor disjuntor
term om agnético term om agnético
unipolar bipolar

chave chave
reversora reversora

chave bóia chave bóia


M M
1~ 1~

E sque m a A E sque m a B
Observação: o esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou 220 V com fase e
neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220 V com duas fases.

 Comando automático de motor monofásico através de duas chaves bóias (mínima e


máxima) com proteção de disjuntor termomagnético.

Esquemas multifilares

R
N

disju ntor
term om agn ético
unipolar chave bóia superior

chave
reversora

chave bóia in ferior

M
1~

E squem a A

R
N

disjuntor
term om agn ético
bipolar chave bóia su pe rior

ch ave
re ve rso ra

chave bóia in fe rior

M
1~

E squem a B
Observação: o esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou 220 V, com
fase e neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220V com duas
fases.
11.2 COMANDO MANUAL DE MOTORES TRIFÁSICOS

A forma de comando manual dos motores trifásicos de indução pode ser de diversas maneiras. Os
comandos mais usados são descritos a seguir.

 Comando manual de motor trifásico através de chave direta tripolar com proteção de
disjuntor termomagnético.

Esquema multifilar

R
S
T

disjuntor
termomagnético
tripolar
0 L

chave
tripolar
direta

M
3~

Esquema unifilar

M
3~
 Comando manual de motor trifásico através de chave reversora tripolar com proteção
de disjuntor termomagnético.

Esquema multifilar

R
S
T

disjuntor
termomagnético
tripolar
D 0 L

chave
reversora
tripolar

M
3~

Esquema unipolar

M
3~
PÓS-TESTE

1. Numere a 2ª coluna de acordo com a primeira: a .

potência elétrica ( ) Volts - V


b. tensão elétrica ( ) Ohms -
c. corrente elétrica ( ) Ampères - A
d. resistência elétrica ( ) Watts – W

2. Calcule a corrente elétrica dos seguintes exercícios:

a. I = ?
P = 300 W U
= 120 V

b. I = ?
P = 4800 W U
= 120 V

3. Escreva abaixo dos desenhos, se o circuito é série ou paralelo.

a)

U= 127V

b)

U= 127V
4. Escreva abaixo de cada voltímetro a tensão elétrica correspondente.

220/380V
N
R
S
T

V V V V V V V V V V

127/220V
N
R
S
T

V V V V V V V V V V

Desenhe os esquemas multifilares:

5. Um interruptor simples comandando uma lâmpada incandescente mais uma tomada


monofásica

6. Um interruptor duplo comandando duas lâmpadas incandescentes.

F
N
7. Dois interruptores hotel comandando uma lâmpada incandescente.
EPIs para Eletricista

Os Equipamentos de Proteção Individual fazem parte do dia a dia de diversos profissionais


durante a jornada de trabalho. Cada profissão, exige um tipo de proteção.

Hoje, é dia de falar sobre os EPIs para eletricista e como podemos proteger o trabalhador
com as medidas de segurança adequadas e a utilização dos equipamentos para garantir a
proteção na hora da manutenção elétrica.

Com o avanço tecnológico cada vez mais acelerado e moderno, percebemos que tudo está
conectado e interligado por fios e cabos de alta tensão. As redes elétricas proporcionam essa
evolução, na qual, milhões de pessoas estão conectadas a energia elétrica.

O crescimento nos últimos anos, causou um grande impacto na vida da população. Para tudo
isso acontecer, trabalhadores especializados em rede elétrica com o auxílio de outras tantas
profissões, como o Técnico em Segurança do Trabalho ou Engenheiros, por exemplo,
possibilitam esse crescimento.

Mas, você sabe como proteger esses profissionais?

Este post vai apresentar os principais riscos, as medidas de segurança do trabalho e quais
são os EPIs para Eletricista!

Risco Elétrico
O risco elétrico está presente nas nossas vidas, seja no trabalho ou no lazer, diariamente
estamos expostos aos perigos da rede elétrica. Por isso, o conhecimento é muito importante
para garantir a prevenção dos trabalhadores e também das pessoas que lidam com
eletricidade em casa sem nenhuma proteção. O EPI protege o usuário da rede elétrica e
proporciona segurança na hora de lidar com a rede elétrica.

Todas as empresas tem o dever de fornecer o Equipamento de Proteção Individual adequado


para os colaboradores, conforme a NR 6 no anexo 6.3 que diz:
“A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco,
em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.”

Porém, muitos profissionais são autônomos e tem o dever de proteger a sua própria saúde.
Se você se é este profissional, deve ter o conhecimento da NR 10 para compreender as
medidas de segurança para a proteção no trabalho.

NR 10 – Serviços em Eletricidade

A NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade estabelece as diretrizes e


garante as condições mínimas de segurança dos empregadores que trabalham em
instalações elétricas, em todas as suas etapas. Ela ajuda a combater os riscos existentes,
protegendo a saúde e segurança do trabalhador, reduzindo os acidentes com a eletricidade.

A função do eletricista deve ser executada por um profissional qualificado, habilitado e


autorizado. É fundamental o treinamento e o conhecimento para prevenção dos acidentes.
Afinal, existem muitos riscos nas tarefas realizadas na rede elétrica e o trabalhador precisa
ficar atento para evitar os acidentes e proteger a sua vida.

Se formos analisar a NR 10, vemos que no item 10.2.1 está determinado que para todas as
intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas as medidas preventivas de
controle do risco elétrico, além de qualquer outra medida para abranger os demais riscos.

Ambientes de trabalho que contarem com uma carga instalada superior a 75 kW, deverão,
obrigatoriamente, elaborar e manter na empresa o Prontuário de Instalações Elétricas. Vamos
falar mais sobre ele?
Prontuário de Instalações Elétricas
Neste prontuário, deverá conter algumas obrigações, como:

 Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e


saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle
existentes;
 Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;
 Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,
aplicáveis conforme determina esta NR;
 Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
 Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção
individual e coletiva;
 Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e
 Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de
adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

Além disso, companhias que desenvolverem determinadas tarefas dentro de áreas ou


equipamentos integrantes de sistema elétrico, deverão, ainda, adicionar mais os dois
seguintes itens:

 Descrição dos procedimentos para emergências; e


 Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

Este documento deverá ser mantido na empresa pelo prazo de 5 anos, sendo feitas sempre
as devidas atualizações quando necessário. O prontuário deverá ficar à disposição de todos
os colaboradores envolvidos direta ou indiretamente com eletricidade.

EPIs para Eletricista


Sabemos que o Equipamento de Proteção Individual é essencial para algumas profissões. No
caso do eletricista, o trabalhador deve ficar atento em algumas especificações para proteger-
se contra o risco elétrico. Principalmente na hora de identificar o EPI correto e assegurar a
funcionalidade do produto para a exposição dos riscos ambientais encontrados no ambiente
de trabalho.

Os principais EPIs para eletricista são:

 Capacete de segurança classe B: Indicado para o uso com risco de choque elétrico.
 Botina de segurança: Cuidado ao escolher este EPI. Certifique-se que não tenha
nenhum material metálico. Para estar 100% seguro é preciso um equipamento
dielétrico, capaz de isolar a eletricidade.
 Luva de Segurança: É um EPI essencial para o trabalhador. As luvas de proteção
garantem a segurança na manutenção de instalações e serviços com eletricidade em
geral.

É ideal a utilização de duas luvas: A luva isolante de borracha e a luva de couro que é
sobreposta para proteger a integridade da luva isolante. Veja alguns exemplos:
 Luva Isolante de Borracha: proteção de mãos e braços
Luva Couro de Proteção para Luva Isolante
Luva de proteção tipo condutiva: É mais justa e protege apenas mãos e punhos.
Luva de vaqueta: luva de segurança mecânica para luvas do tipo condutiva
 Manga Isolante de Borracha: protege os braços e proporcionam mais segurança para
exercer determinadas atividades onde o risco pode ser maior.
 Cinto de Segurança: Às vezes também é preciso realizar o trabalho em altura! O cinto
de segurança para eletricista é específico para proteger o trabalhador do risco de
choque elétrico.
 Protetor Facial Contra Arco Elétrico
 Vestimentas Especiais: Camisas e calças especiais contra agentes térmicos
provenientes do arco elétrico.

Identificar o EPI adequado para cada risco é fundamental para garantir a segurança do
trabalho. Por isso, fique atento as especificações de cada equipamento e aos riscos
ambientais na hora de exercer a atividade profissional.

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