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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FÓRUM

REGIONAL DE JACAREPAGUÁ – RJ

ANA LÚCIA, brasileira, casada, inscrita no CPF n° ___, residente e domiciliada à


Rua Vargas,71, bloco 2, apartamento 405, Jacarepaguá, Rio de Janeiro, RJ, vem a
presença desse juízo através de seu advogado abaixo assinado com endereço
profissional ____, e-mail profissional ____, com fulcro no artigo 539 e seguintes do CPC,
em face de CONDOMÍNIO FLOR DO CARIBE, pessoa jurídica de direito privado, inscrito
no CNPJ sob o n° 000.555.676/0001-65, localizado à Rua Vargas, 71, Jacarepaguá, Rio
de Janeiro, RJ, pelas razões de fatos e direitos a seguir deduzidas:

I.DAS INTIMAÇÕES

Requer a apelante que as intimações sejam realizadas em nome do seu Patrono


____, inscrito na OAB ____, sob pena de nulidade dos atos processuais praticados.

II. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Requer a parte apelaante a concessão da justiça gratuita com fundamento nos


artigo 98 e seguintes do CPC/15 c/c com a Lei 1060/50 uma vez que a consignante não
pode arcar com as custas processuais e honorários advocatícios.

III. DOS FATOS

A Apelante alega ter recebido um multa no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e


cinquenta reais) em seu apartamento relativa a comportamentos antissociais perante ao
Apelado.
No final de 2020, a Apelante teve uma discussão acalorada com o síndico (Sr.
Manuel Gonçlves) e que após esse episódio, o mesmo informou que teria uma reunião
condominial no dia 23 de dezembro de 2020 para discutir a questão.
Ocorre que a Apelante não foi convocada para a reunião e que na cobrança
emitida, havia a informação de que o não pagamento do débito acarretaria na
impossibilidade de uso das áreas comuns do condomínio.
A Apelante entende que a cobrança é indevida, pois não teve o direito de se
defender quanto a aplicação da multa e solicita o pagamento imediato do débito em juízo,
uma vez que o Apelado se recusa a receber o pagamento antes de um pedido formal de
desculpas ao síndico.

IV. DOS FUNDAMENTOS

O Apelado se recusa a receber o valor determinado na multa em que pese a parte


Apelante a pagar. Essa recusa do Condomínio em receber o valor condicionando o
recebimento a um pedido de desculpas ao síndico viola o pleito autoral em buscar a
quitação do débito.
Portanto, essa conduta do condomínio se torna ilegal, uma vez que a aplicação da
multa não observou o contraditório e a ampla defesa observado no artigo 5°, LV da CF.
Ademais percebe-se que o pagamento ainda que consignado pode ensejar o
enriquecimento ilícito por parte do condomínio conforme prevê o artigo 884, CC.
Além do mais, essa lide foi iniciada por uma conduta arbitrária do Condomínio que
sequer observou o direito do contraditório e da ampla defesa.
Cabe ressaltar que é direito da parte Autora a consignação do pagamento, prevista
no artigo 335, CC para se isentar da cobrança de juros e correção monetária.
Ressaltamos ainda que o pedido da Autora, demonstra boa fé e assim requer em juízo o
reconhecimento do seu pleito.

V. DOS PEDIDOS

Requer a parte Autora que:

a) que o Juiz deferida o depósito da quantia de R$450,00 (quatrocentos e


cinquenta reais) conforme prevista no artigo 542, I, CPC.
b) seja intimado o Consignado para que levante o depósito ou apresente a
contestação;
c) que o Juiz declare a quitação do débito da Consignante.

VI. DAS PROVAS


Indica a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial
documental com observância do rtigo 369 e seguintes do CPC.

VII. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Local/Data

Assinatura
Advogado/OAB

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