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CURSO DE ELETRICISTA

RESIDENCIAL E PREDIAL

Professor: …………………………………………………………..................
Aluno: ……………………………………………………………………………..

Home Page: www.telredes.com.br

1º edição: Maio de 2011

1
SUMÁRIO

1 ELETRICIDADE BÁSICA .............................................................................. 6

1.1 O QUE É ELETRICIDADE..................................................................... 6


1.2 TENSÃO ELÉTRICA OU DIFERENÇA DE POTENCIAL .............................. 6
1.3 CORRENTE ELÉTRICA..................................................................................... 8
1.4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA ................................................................................ 8
1.5 CIRCUITO ELÉTRICO ....................................................................................... 9
1.6 LEI DE OHM ..................................................................................................... 10
1.7 TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS .............................................................. 11
1.8 POTÊNCIA ELÉTRICA .................................................................................... 13
1.9 MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO .................................................. 14
1.10 ELETROMAGNETISMO................................................................................ 15

2 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA ........................................................... 17

2.1 CORRENTE CONTÍNUA (CC) ........................................................................ 17


2.2 CORRENTE ALTERNADA (CA) .................................................................... 17
2.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ONDA SENOIDAL ............................. 18

3 SEGURANÇA EM ELETRICIDADE .......................................................... 18

3.1 SEGURANÇA ELÉTRICA ................................................................... 19


3.2 PERIGOS ........................................................................................... 19
3.3 PRÁTICAS SEGURAS......................................................................... 19
3.4 PARADA RESPIRATÓRIA .................................................................. 24
3.5 PARADA DO CORAÇÃO ................................................................................ 26

4 EMENDAR CONDUTORES EM PROLONGAMENTO .......................... 27

5 CONDUTORES ELÉTRICOS DE POTÊNCIA


EM BAIXA TENSÃO ..................................................................................... 31

5.1 METAIS UTILIZADOS COMO CONDUTORES ELÉTRICOS ..................... 32


5.2 FLEXIBILIDADE DOS CONDUTORES ELÉTRICOS .................................. 33
5.3 ISOLAÇÃO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS ............................................ 35
5.4 AS CORES DOS FIOS E CABOS DE BAIXA TENSÃO ................................ 37
5.5 MANEIRAS DE INSTALAÇÃO RECOMENDADAS
PARA CABOS DE POTÊNCIA EM BAIXA TENSÃO................................... 39

6 ATERRAMENTO ELÉTRICO ..................................................................... 41

6.1 TIPOS DE A TERRAMENTO .......................................................................... 42


6.2 COMPONENTES DO SISTEMA DE A TERRAMENTO ............................... 42
6.3 DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE A TERRAMENTO -
NBR 5410 ................................................................................................................. 43

7 ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................ 44


2
7.1 DESENHO TÉCNICO NA ÁREA DE ELETRICIDADE ................................ 44
7.2 UTILIZAÇÃO DE DIAGRAMAS ELÉTRICOS .............................................. 44
7.3 SIMBOLOGIA – NORMA NBR 5444 .............................................................. 47
7.4 SÍMBOLOS NOS DIAGRAMAS ELÉTRICOS ............................................... 52

8 RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410/90


PARA ESTABELECER A QUANTIDADE
MÍNIMA DE TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)
E COMO INSTALAR ..................................................................................... 55

8.1 RESIDÊNCIAS .................................................................................................. 55


8.2 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES. INSTALAÇÕES
FIXAS COM CABOS ISOLADOS ................................................................... 56

9 RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410/90 PARA ESTABELECER


A QUANTIDADE DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S) ...... 56

10 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR
SIMPLES E LÂMPADA INCANDESCENTE ........................................... 58

11 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTORES DUPLOS


OU DE 02 SEÇÕES E LÂMPADA INCANDESCENTE ........................... 60

12 INSTALAÇÃO DE LÂMPADA INCANDESCENTE


COMANDADA POR INTERRUPTORES PARALELOS ........................ 61

13 INSTALAÇÃO DE LÂMPADA INCANDESCENTE COMANDADA


POR INTERRUPTORES PARALELOS E INTERMEDIÁRIOS ........... 62

14 VARIADOR DE LUMINOSIDADE (DIMMER) ...................................... 63

15 LIGAÇÃO DE CAMPANHIAS E CIGARRAS ......................................... 64

16 INSTALAÇÃO DE FOTOCÉLULA ........................................................... 66

17 INSTALAÇÃO DE MINUTERIA ............................................................... 68

17.1 INSTALAÇÃO DE MINUTERIA COM SENSOR DE PRESENÇA ............70

18 CONJUNTO FLUORESCENTE ................................................................. 71

18.1 A LÂMPADA FLUORESCENTE ................................................................... 71


18.2 RECEPTÁCULOS ........................................................................................... 72
18.3 O STARTER .................................................................................................... 73
18.4 O REATOR .............................................................................................. 74
18.5 LIGAÇÃO E PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
DO CONJUNTO FLUORESCENTE .............................................................. 75
18.6 DEFEITOS NO CONJUNTO FLUORESCENTE........................................... 76
3
19 INSTALAÇÃO DE CHUVEIRO ELÉTRICO ........................................... 77

19.1 CONSTITUIÇÃO DO CHUVEIRO ELÉTRICO ............................................ 77


19.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CHUVEIRO ELÉTRICO ........... 78
19.3 INSTALAÇÃO DO CHUVEIRO .................................................................... 79
19.4 CONDUTORES E DISJUNTOR PARA O CHUVEIRO ................................ 79
19.5 ÓTIMO CONTATO ELÉTRICO NAS CONEXÕES E EMENDAS ............. 80

20 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................. 81

20.1 QUANTIDADE DE CIRCUITOS ................................................................... 82


20.2 ESPECIFICAÇÕES DE QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ........................... 82
20.3 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................. 83
20.4 UTILIZAÇÃO DE INTERRUPTOR DR NA PROTEÇÃO GERAL ............. 86

21 MOTORES MONOFÁSICOS ..................................................................... 87

21.1 TIPOS DE MOTORES MONOFÁSICOS ....................................................... 89


21.2 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR MONOFÁSICO (A PLACA DO MOTOR) ..... 89

22 CHAVE BÓIA ............................................................................................... 90

23 MOTOR TRIFÁSICO .................................................................................. 91

24 COMANDO DE MOTORES MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS ........... 93

24.1 COMANDOS DE MOTORES MONOFÁSICOS ........................................... 93


24.2 COMANDO MANUAL DE MOTORES TRIFÁSICOS ................................ 95

4
APRESENTAÇÃO

Vivemos em uma sociedade da informação. O conhecimento, na sua


área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização
se faz necessária.

Esta apostila foi elaborada para que o leitor compreenda melhor os


fenômenos elétricos e suas aplicações na vida prática.

Aqui estão contidas informações sobre grandezas elétricas: tensão, corrente,


resistência e potência elétrica. Resistores, lei de ohm, circuitos elétricos,
diagramas, caixas de distribuição e instalação de diversos aparelhos elétricos, além
da interpretação de projetos elétricos e normas técnicas, das quais o profissional
eletricista precisa conhecer.

Para uma boa compreensão do conteúdo e desenvolvimento das


atividades neste curso, você deverá estar familiarizado com esses assuntos.

Estude-os atentamente, pois as informações apresentadas serão utilizadas no


dia a dia como eletricista.

A Telredes deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a


sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links
entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação profissional!

Bons Estudos!

Telredes Treinamentos

5
1. ELETRICIDADE BÁSICA

MATÉRIA

A compreensão dos fenômenos elétricos supõe um conhecimento básico da estrutura da


matéria, cujas noções fundamentais serão reunidas a seguir.

Toda matéria, qualquer que seja seu estado físico, é formada por partículas denominadas
moléculas. As moléculas são constituídas por combinações de tipos diferentes de partículas
extremamente pequenas, que são os átomos. Quando uma determinada matéria é composta de
átomos iguais é denominado elemento químico.

No presente capítulo são apresentados os conceitos básicos da eletricidade, os quais são


indispensáveis para o entendimento do assunto.

Os átomos são constituídos por partículas extraordinariamente pequenas, das quais as


mais diretamente relacionadas com os fenômenos elétricos básicos são as seguintes:

- Prótons, que possuem carga elétrica positiva


- Elétrons, possuidores de carga negativa
- Nêutrons, que são eletricamente neutros

Uma teoria bem fundamentada afirma que a estrutura do átomo tem certa semelhança
com a do sistema solar. O núcleo, em sua analogia com o sol, é formado por prótons e nêutrons,
em redor do mesmo giram, com grande velocidade, elétrons planetários. Tais elétrons são
numericamente iguais aos prótons, e este número influi nas características do elemento químico.

Os elétrons, que giram segundo órbitas mais exteriores, são atraídos pelo núcleo com uma
força de atração menor que a exercida sobre os elétrons das órbitas mais próximas do núcleo.

Com os elétrons mais exteriores podem ser retiradas de sua orbita com certa facilidade,
são denominados elétrons livres.

O acúmulo de elétrons em um corpo caracteriza a carga elétrica do mesmo. Apesar de um


número de elétrons livres constituírem uma pequena parte do número de elétrons presente na
matéria, eles são, todavia numerosos. O movimento desses elétrons se realiza comum a
velocidade da ordem de 300.000Km/s e se denomina “corrente elétrica”.

1.1 O QUE É ELETRICIDADE?

Todos os corpos são compostos de moléculas, e estas por sua vez, de átomos.

Átomo é a menor porção da matéria. Cada átomo tem um núcleo, onde estão localizados
os prótons e nêutrons. Em volta do núcleo giram os elétrons.

6
Átomo em equilíbrio

Atração e repulsão entre cargas

Portanto, eletricidade é o efeito do movimento de elétrons de um átomo para outro em um


condutor elétrico.

1.2 TENSÃO ELÉTRICA OU DIFERENÇA DE POTENCIAL

Tensão elétrica, ou diferença de potencial, é a força que impulsiona os elétrons.

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Símbolo – U e E
Unidade de medida – Volts – V
Instrumento de medida – voltímetro
Múltiplo de volts – 1 Quilovolt – 1kV = 1000 Volts

1.3 CORRENTE ELÉTRICA

Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons em um condutor elétrico.

Símbolo – I
Unidade de medida – ampère – A
Instrumento de medida – amperímetro
Múltiplo do ampère – 1 Quiloampère – 1ka = 1000 ampères
Submúltiplo do ampère – 1 Miliampére – 1mA = 0,001 A

1.4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Resistência elétrica é a dificuldade que os materiais oferecem ao deslocamento dos


elétrons.

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A seguir apresentamos um exemplo de resistência elétrica.

Símbolo – R
Unidade de medida – Ohm - Ω
Instrumentos de medida – Ohmímetro – Megôhmetro
Múltiplo do OHM – 1 Quiloohm – 1 kΩ = 1000 Ohms

A resistência elétrica depende da natureza do material. Portanto, é classificada em três


grupos:

Material condutor:
Material condutor é o que possui baixíssima resistência, isto é, deixa a corrente passar
facilmente. Ex: prata, cobre, alumínio, etc.

Material isolante:
O material isolante possui altíssima resistência, isto é, oferece muita dificuldade à
passagem da corrente. Ex: porcelana, vidro, plástico, borracha, papel.

Materiais resistivos:
Resistivos são os materiais que oferecem resistência intermediária. São empregados em
resistores, tais como:
- resistor de aquecimento: níquel – cromo
- resistor de lâmpadas: tungstênio
- resistor para quedas de tensão: carvão

1.5 CIRCUITO ELÉTRICO

Circuito elétrico é o caminho fechado por onde percorre a corrente elétrica.

9
Um circuito elétrico é constituído de:

Fonte – bateria
Consumidor - lâmpada
Condutores – fios

Representação simbólica de um circuito elétrico

Legenda:

U = tensão elétrica
I = corrente elétrica
R = resistência elétrica

1.6 LEI DE OHM

A corrente elétrica I de um circuito é diretamente proporcional à tensão elétrica U,


aplicada e inversamente proporcional à resistência elétrica R deste circuito.

Observe-se a representação gráfica deste conceito:

10
Da fórmula acima se pode obter:

Quando se deseja encontrar o valor da tensão elétrica

Quando se deseja encontrar o valor da resistência elétrica

Uma fórmula prática de chegar às três fórmulas da lei de Ohm seria utilizando o triângulo
abaixo:

1.7 TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Circuito série:

Circuito série é aquele que tem dois ou mais pontos de consumo ligados um após o outro.
É dependente, isto é, qualquer um dos elementos que falhar, interrompe todo o circuito.

11
No circuito série, a soma das tensões parciais é igual à tensão total aplicada. A corrente
elétrica é igual em todo o circuito.

Circuito paralelo:

Circuito paralelo é aquele que tem dois ou mais pontos de consumo ligados à rede. É
independente, isto é, se um dos elementos falharem, não interrompe todo o circuito.

No circuito paralelo, a tensão em cada ponto é a mesma e igual à da fonte. A corrente


elétrica é igual à soma das correntes parciais.

Circuito misto:

O circuito misto possui alguns pontos de consumo ligados em série e outros em paralelo.

12
1.8 POTÊNCIA ELÉTRICA

Potência elétrica é a energia necessária para produzir trabalho (calor, luz, radiação,
movimento, etc.).

- Símbolo: P
- Unidade de medida: Watt
- Múltiplo da unidade: 1 Quilowatt – 1 kW = 1000 W

A potência elétrica de um consumidor é o produto da tensão aplicada, multiplicado pela


corrente que circula.

Quando se deseja encontrar o valor da corrente elétrica:

Quando se deseja encontrar o valor da tensão elétrica:

Uma forma prática de chegar às três fórmulas da potência elétrica seria utilizando o
triângulo a seguir:

13
1.9 MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO

Magnetismo

Magnetismo - é a forma de energia apresentada apenas por alguns materiais, tais como:
ferro, aço, compostos de ferro e algumas ligas especiais.

Entre outras propriedades, os corpos magnéticos apresentam a, de atrair corpos que


possuem ferro e seus compostos.

Os corpos que apresentam esta propriedade são chamados de imãs.

Os imãs são basicamente de dois tipos:

Os Pólos encontram-se nas extremidades do imã e são chamados respectivamente norte e


sul.
A Zona Neutra está localizada no centro do imã. Tem este nome, pois nesta região não
existe força magnética.

Uma das características fundamentais dos imãs é a sua capacidade de atração e repulsão.

14
Os pólos do imã de mesmo nome se repelem e os pólos do imã de nomes contrários se
atraem.

Campo magnético é a região onde os corpos sofrem atração magnética. Este campo
magnético em torno do imã é formado por linhas de forças, as quais são chamadas de
linhas de forças. Por convenção as linhas de força, sempre se dirigem do pólo norte para o
pólo sul do imã.

Para representar graficamente o campo magnético usamos linhas de força. O gráfico


onde aparecem as linhas de forças é chamado de espectro magnético.

Obs.: As linhas de força se movimentam sempre do norte para o sul.

1.10 ELETROMAGNETISMO

É a propriedade que a corrente possui de criar efeitos eletromagnéticos. A corrente


elétrica ao circular por um condutor cria ao seu redor um campo magnético perpendicular,
ao condutor.

Para determinar o sentido das linhas de força utilizaremos a seguinte regra,


chamada de regra da mão direita, que consiste em:

15
Seguramos o condutor com a mão direita, com o polegar indicando o sentido da corrente
elétrica, os outros dedos deverão abraçar o condutor, desta forma estarão indicando o sentido das
linhas de força.

Intensidade do Campo Magnético Produzido por uma Bobina

Para aumentar a intensidade do campo magnético os fios devem ser enrolados em forma
de bobinas. Para aumentar ainda mais a intensidade do campo magnético colocamos no
centro da bobina um núcleo de ferro.

Força eletromagnética depende:

a) da intensidade da corrente que circula pelo eletroímã.


b) do número de espiras do eletroímã
c) do núcleo de eletroímã (permeabilidade)

A força da atração será proporcional ao produto dos fatores corrente e número de espirais.
Este produto é chamado de força magnetomotriz.

A força magnetomotriz é definida matematicamente como o produto da intensidade da


corrente elétrica pelo número de espirais.

Para determinar os pólos de um eletroímã utilizamos a regra da mão direita para


bobinas.

Sabendo-se o sentido do enrolamento da bobina, abraçamos a bobina com a mão direita,


os dedos deverão indicar o sentido da corrente bem como o sentido do enrolamento, feito
isto esticamos o polegar e ele nos indicará o pólo norte do eletroímã.

Circuito magnético - é o caminho fechado por onde circulam as linhas de força.

Ao conjunto de linhas de força chamamos de fluxo magnético.


16
Os circuitos magnéticos são as estruturas das máquinas elétricas, em sua maioria,
por exemplo o núcleo dos transformadores, a carga dos motores etc.

O entreferro é o espaço que aparece na junção dos metais que formam o circuito
magnético, no caso dos transformadores, a carcaça dos motores, etc.

Os circuitos magnéticos feitos para trabalhar com corrente alternada são feitos com chapa
de ferro silício laminadas, enquanto os circuitos para corrente contínua podem ser
laminadas ou não.

Fluxo de Indicação Magnética

É definida como a quantidade total de linhas de força de um imã. O fluxo de indução


magnética é representado pela letra grega Φ (fi).

Sua unidade de medida é o WEBER ou MAXWELL.

Densidade de Campo Magnético

É o número de linhas por cm2 de secção. É representado graficamente pela letra B.

Sua unidade de medida é TESLA ou GAUSS.

2 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA

2.1 CORRENTE CONTÍNUA (CC)

Corrente Contínua é aquela cuja intensidade é constante e sempre no mesmo sentido.

Ex.: Pilhas comuns, baterias, fontes de alimentação de aparelhos eletrônicos.

2.2 CORRENTE ALTERNADA (CA)

Corrente Alternada é aquela cuja intensidade varia senoidalmente com o tempo e cujo
sentido inverte periodicamente.

Ex.: Corrente utilizada nas tomadas.

17
2.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FUNDAMENTA DE UMA FORMA DE ONDA
NDA SENOIDAL

Tensão e corrente alternada - E aquela que varia sua intensidade e polaridade em intervalos
regulares de tempo.

Ciclo - E a menor porção não repetitiva de uma forma de onda periódica, ou seja, é a sucessão
de valores de uma forma de onda sem que ocorra a repetição do processo.

Período - T - É o intervalo de tempo para que um ciclo se complete. Sua unidade é o segundo
(S).

Frequência - F - É o número de ciclos que a forma de onda descreve


descreve durante o tempo de 1
segundo. Sua unidade é o hertz, Hz. Uma forma de onda
onda tem a frequência de 1 Hz, quando
q
completa um ciclo em 1 segundo.

Então: 1 ciclo / s = 1Hz

3 SEGURANÇA EM ELETRICIDADE
ELETRIC

18
VOCÊ APRENDERÁ SOBRE…

 PERIGOS DA ELETRICIDADE
 ISOLAMENTO DE CIRCUITOS
 TESTE DE CIRCUITOS
 TRABALHO EM CIRCUITOS ENERGIZADOS
 FERRAMENTAS ELÉTRICAS PORTÁTEIS
 EPI PARA SERVIÇOS ELÉTRICOS
 SEGURANÇA DA ÁREA DE TRABALHO
 SISTEMAS ELÉTRICOS
 NOÇÕES DE 1º SOS

3.1 SEGURANÇA ELÉTRICA

Treinamento especial é requerido para trabalhos em equipamentos elétricos.

Somente pessoal autorizado pode efetuar serviços em eletricidade.

3.2 PERIGOS

PERIGOS ELÉTRICOS INCLUEM

 Choque Elétrico
 Explosão Elétrica
 Queimaduras por Eletricidade

Isto pode resultar em lesões graves ou morte.

3.3 PRÁTICAS SEGURAS

Antes de iniciar o trabalho…

 Desenergize, Trave, Etiquete e Teste todos os circuitos de 50 volts ou mais


 Desenergize todas as fontes de energia
 Desconecte de todas as fontes de energia

Dispositivos de controle de circuitos tais como…

– Botões de partida
– Chave seletora
– Intertravamento de segurança

…não devem ser usados sozinhos como meios de desenergização de circuitos ou


equipamentos.

Bloqueio de Fonte de Energia

Trave e Etiquete todas as Fontes de Energia

 Coloque a trava & Etiqueta em cada meio de desconexão usado para desenergizar
circuitos
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 Coloque o cadeado de forma a prevenir meios de operar os meios de comandos
 Coloque a etiqueta com cada cadeado

Se o cadeado não puder ser aplicado

Uma etiqueta usada sem trava precisa ser complementada por ao menos uma última e
adicional medida de segurança que proveja um nível de segurança igual ao do cadeado.

Exemplos:
 Remoção de um elemento de isolação de circuito como um fusível
 Bloqueio de uma chave controlada
 Uso de EPIs especiais isolantes
 Uso de EPCs isolantes

Aliviando Energia Residual…

Energia residual precisa ser eliminada antes de iniciar o trabalho.

 Descarregue todos os capacitores


 Curte-circuite e aterre todos os elementos de alta capacitância

Está Desenergizado?

- Verifique se o sistema está desenergizado.

- Opere os controles do equipamento para checar se o mesmo não pode ser religado.

- Use equipamentos de teste para testar o circuito e componentes elétricos quanto à voltagem e a
corrente.

Cheque seu Voltímetro…

Cheque o equipamento de teste em uma fonte sabidamente energizada de algumas


voltagens para assegurar que ele está funcionando antes e depois de checar o circuito no qual
você estará trabalhando.

Reenergização do equipamento…

 Efetue teste de inspeções para assegurar que todas as ferramentas, jampeadores


elétricos, curtos circuitos, terras e outros dispositivos tenham sido removidos.

20
 Avise aos outros para se manter longe dos circuitos e equipamentos.
 Cada cadeado e etiqueta precisam ser removidos pela pessoa que o aplicou
 Cheque visualmente se todos os empregados estão longe dos circuitos e
equipamentos.

Energizado….

Trabalhando com elementos energizados

Pessoas trabalhando com equipamento energizado precisam estar acostumados com o uso
apropriado de técnicas preventivas especiais, materiais de isolamento elétrico e físico e
ferramentas isolantes.

Quando trabalhar em circuitos energizados

 Isole a área de todo tráfego


 Coloque placas e barreiras
 Use um auxiliar se necessário
 Use ferramentas isolantes, tapetes e mantas isolantes
 Use mantas isolantes para cobrir circuitos expostos nas proximidades

Materiais Condutivos

Material ou equipamento condutor de eletricidade precisa ser manuseado de forma a


resguardá-los de contato com elementos de circuito energizados ou partes do próprio circuito.

Aparato Condutivo

Remova todos os artigos condutores de ornamentos e roupagens, como anéis, pulseiras,


correntes de pulso / pescoço / tornozelo, corrente de chaveiros, braceletes, necklaces, avental
metalizado, relógios, e outros.

Ferramentas Elétricas Portáteis

Manuseio

Equipamento portátil deve ser manuseado de uma forma tal que não cause danos.

Os cabos elétricos flexíveis conectados aos equipamentos não devem ser usados para
levantar ou abaixar o equipamento, assim como cabos flexíveis não podem ser fixados com
grampos ou qualquer outro meio que possam vir a danificar a carcaça ou isolamento.

Inspeção Visual

Fios elétricos e plugues conectados a equipamentos e extensões devem ser inspecionados


visualmente antes do uso e a cada turno quanto aos seus defeitos perceptíveis:

 Pinos faltantes ou deformados


 Dano da carcaça ou isolamento
 Evidencia de possível dano interno

Retirando de Serviço…
21
Se houver um defeito ou evidência de dano a alguma ferramenta elétrica ou equipamento,
notifique imediatamente seu Supervisor:

 Remova o equipamento de serviço


 Informe aos seus colegas

Conexão de Plugs…

Certifique-se de que as mãos, fios e tomadas estejam secos ao plugar e desplugar, se


equipamento elétrico energizado estiver envolvido.

Escadas…

 Escadas portáteis precisam ter montantes não condutivos se elas são usadas onde
os usuários possam ter contato com partes energizadas expostas.

 Mantenha todos os elementos de escada no mínimo 03 metros longe de linhas


elétricas.

Teste de Instrumentos…

 Todos os instrumentos de teste, fiações e conectores precisam ser visualmente


inspecionados quanto aos defeitos externos e danos antes do equipamento ser
usado.
 Remova de serviço qualquer item com defeito.

Equipamento de Proteção Individual…

Empregados trabalhando em áreas onde há potencial de acidentes elétricos precisam usar


EPI apropriado ao trabalho a ser executado.

Mais sobre EPI…

• Use, estoque e mantenha seus EPIs de proteção contra eletricidade em condições seguras
após o uso;

22
• Use capacetes não-condutivos onde quer que haja um risco de ferimento de cabeça por
choque elétrico ou queimaduras devido a contato com partes energizadas;

Use EPI para os olhos e face onde haja risco de ferimento aos olhos e face devido a arcos
elétricos, fagulhas ou partículas volantes resultantes de explosão elétrica.

Inspeção de EPI…

EPIs de Proteção Elétrica com os seguintes defeitos não devem ser usados:

 Buraco, rasgo, bolha, mancha por ação de químicos, furo ou corte;


 Rachaduras, sinais de queimadura, afinamento de superfícies, trincas ou
descostura.

E...

 Falta de elasticidade, dureza excessiva ou qualquer mudança de textura.


 Com objeto estranho dentro
 Qualquer outro defeito ou dano que possa danificar suas propriedades isolantes.

Não Use EPIs Danificados!

Equipamentos e Ferramentas

 Use ferramentas isolantes e equipamentos de manuseio isolantes quando


trabalhando próximo de elementos de circuitos e/ou condutores energizados
expostos de painéis, se for impossível o trabalho com circuito desenergizado,
 Use saca fusível isolantes para remover ou instalar fusíveis onde os terminais de
fusíveis estiverem energizados.
 Cordas e outros elementos usados próximo a elementos energizados precisam ser
não-condutivos.

Segurança de Área

Você precisa ser capaz de observar o que você está fazendo quando trabalhando com
equipamento energizado.

Não trabalhe com elementos elétricos energizados:

• Sem iluminação adequada.


• Se houver uma obstrução que evite trabalhar, onde há uma obstrução que
prejudique a visão da sua área de trabalho, pois você pode alcançar
cegamente áreas que podem conter partes energizadas.

Outros Alertas…

 Use etiquetas de segurança, símbolos de segurança, para prevenção de acidente, e ainda


etiqueta para advertir outros sobre perigos elétricos que porventura possam ocorrer ao se
arriscar.
 Barricadas de uso para prevenir ou limitar acesso para trabalhar áreas com condutores
energizados ou separados das partes de circuito.
23
 Se sinais e barricadas não fornecem suficiente para a proteção dos perigos elétricos, um
assistente será posicionado para advertir e proteger os empregados

Localizações de Trabalho condutivo...

Equipamento elétrico portátil e cordas flexíveis em uso em localizações de trabalho


altamente condutivos onde é provável que os empregados tenham contato com água ou líquidos
condutivos, devem ser apropriados para o ambiente molhado.

Sistemas elétricos…

Desativações

Só uma pessoa qualificada pode desativar com segurança o sistema elétrico, e só


temporariamente. Enquanto o profissional está trabalhando no equipamento, o sistema deverá
permanecer desativado. Só voltará a condição operável quando este trabalho é completado.

Circuitos terminais de operação e dispositivo protetor

Depois que um circuito for desenergizado por um circuito dispositivo protetor, este
circuito, não deverá ser manualmente reenergizado até que seja determinado pelo profissional
que o equipamento e circuito podem ser energizados seguramente.

Proteção acima da Segurança…

Modificação de Proteção de Sobrecarga

Proteção de Sobrecarga de circuitos e condutores não pode ser modificada, até mesmo em
uma base temporária.

Marcas coloridas de sistema...

Equipamentos elétricos sem identificação devem conter o nome do fabricante, marca


registrada, ou outra marcação descritiva que é colocado no equipamento.

Serão providos de outras marcas coloridas dando voltagem atual, potência, ou outras
avaliações quando necessário.

Seu Trabalho...

 Conheça os perigos da eletricidade


 Conheça o equipamento
 Use Práticas de Trabalho Seguras
 Inspecione seu EPI antes de cada uso
 Não trabalhe em circuitos energizados sem permissão

3.4 PARADA RESPIRATÓRIA

Uma pessoa cuja respiração parou, morrerá, caso a mesma não seja imediatamente
restabelecida.

24
Sinais graves:

· Observe o peito da vítima: se não se mexer, houve parada dos movimentos respiratórios:
· Os lábios, língua e unhas ficam azulados.

APLIQUE RESPIRAÇÃO DE SOCORRO SEM DEMORA!

CAUSAS DE UMA PARADA DE RESPIRAÇÃO

Gases venenosos, afogamentos, sufocamento por gases, choque elétrico, vapores


químicos, soterramento ou falta de oxigênio

Respiração de socorro

• Retire rapidamente a vítima do local do problema


• Afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura.
• Verifique se há qualquer coisa ou objeto obstruindo a boca ou a garganta da vítima;
• Inicie a respiração de socorro, tão logo, tenha a vítima sido colocada na posição correta.
Cada segundo é precioso.
• Ritmo: 15 respirações por minuto.
• Mesmo após haver a vítima voltado a respirar livre-mente, esteja pronto para iniciar tudo
outra vez.

CUIDADOS:

Mantenha a vítima aquecida

· NÃO espere ou procure ajuda. Haja logo.


· NÃO deixe de afrouxar as roupas
· NÃO desanime
· NÃO dê líquidos enquanto a vítima estiver inconsciente
· NÃO deixe a vítima sentar-se ou levantar-se
· NUNCA Dê bebidas alcoólicas. Dê-lhe chá ou café quente para beber, logo que volte a si.
· NÃO remova a vítima, salvo se for absolutamente necessário, até que sua respiração volte ao
normal.

MÉTODO BOCA-A-BOCA

· Coloque a vítima deitada de costas.


· Levante seu pescoço com uma das mãos e incline-lhe a cabeça para trás, mantendo-a nessa
posição.
· Use a mão que levantou o pescoço para puxar o queixo da vítima para cima, de forma que
sua língua não impeça a passagem do ar.
· Coloque a boca, com firmeza, sobre a boca da vítima, fechando-lhe bem as narinas, usando
o polegar e o indicador.
· Sopre para dentro da boca da vítima até notar que seu peito está se levantando.
25
· Deixe-a expirar o ar livremente

Repita o movimento 15 VEZES POR MINUTO

3.5 PARADA DO CORAÇÃO - Massagem cardíaca.

1) Coloque a vitima deitada de costas sobre uma superfície dura.

2) Sem interromper a respiração boca-a-boca, comece a massagem.

3) Para determinar o local em que a massagem deve ser feita, encontre, no meio do tórax, o osso
esterno. Ele começa acima do estômago. Sua mão deve ser posicionada na metade inferior (isto
é, entre a metade e a base) do osso.

4) Abra suas mãos e coloque uma sobre a outra. Você vai usar só a palma, mantendo os dedos
esticados para cima. Em crianças pequenas, ao contrário, use os dedos, apenas. Meça a força de
acordo com o tamanho da vítima.

5) Aperte o tórax da vítima, pressionando seu coração, e solte em seguida. Mantenha o ritmo de
uma compressão por segundo.

6) Para ajudar a colocar pressão na massagem, deixe seu braços esticados.

7) A cada parada para fazer a respiração boca-a-boca, verifique se o pulso voltou. Para sentir a
pulsação, coloque as pontas dos dedos indicadores e médios na virilha ou no pescoço da vítima,
ao lado da traquéia.

LEMBRE-SE SEMPRE:

Somente pessoal autorizado pode efetuar serviços em eletricidade!

26
4 EMENDAR CONDUTORES EM PROLONGAMENTO

Esta operação consiste em unir fios condutores, para prolongar linhas (fig. 55) podendo
ser utilizada em todos os tipos de instalações de linha aberta.

Este tipo de emenda é indicado para fios de no máximo 6 mm².

Processo de execução

Caso I - Emenda em Linha Aberta

1º Passo – Desencape os condutores.

a) Marque com um canivete, sobre o extremo a emendar, uma distância aproximadamente


de 50 vezes o diâmetro (d) desse condutor (fig. 56).

b) Desencape as pontas a partir das marcas até retirar toda a capa isolante (fig. 57).

27
Observação: Use o canivete de forma inclinada para não danificar o condutor.

Precaução: Utilize corretamente o canivete para não se ferir.

2º Passo – Lixe o condutor até que o metal fique brilhante (fig. 58).

Observação: Quando o condutor for estanhado não deve ser lixado.

3º Passo – Efetue a emenda.

a) Cruze as portas (fig. 59).

b) Inicie o enrolamento das primeiras espirais com os dedos (fig. 60) e prossiga com o alicate
(fig. 61).

28
Caso II - Emendar Condutores em Prolongamento Dentro de Caixas de Ligação.

1º Passo – Desencape os condutores.

a) Marque em cada um dos condutores, a partir das extremidades, uma distância


aproximadamente de 50 vezes o diâmetro do condutor.

b) Desencape as pontas a partir das marcas até retirar toda a capa isolante.

2º Passo – Lixe os condutores até que o metal fique brilhante.

Observação: Quando o condutor for estanhado não deve ser lixado.

3º Passo – Disponhas os fios (fig. 63).

4º Passo – Efetue a emenda.

a) Inicie a emenda torcendo os condutores com os dedos (fig. 64).

29
b) Dê o aperto final com o alicate (fig. 65).

c) Faça o travamento da emenda (fig. 66).

Nota: Este tipo de emenda é denominado de “Rabo de Rato”.

30
Os fios flexíveis têm algumas mudanças na execução da emenda. Converse com o
Professor, sobre isso.

A utilização de conectores para emenda e isolação de fios esta cada vez maior, além de
praticidade, os conectores tem um melhor desempenho, deixam a instalação com melhor
aparência e organização.

5 CONDUTORES ELÉTRICOS DE POTÊNCIA EM BAIXA TENSÃO


Condutores elétricos de potência em baixa tensão podem ser fios ou cabos de cobre ou
alumínio capazes de transportar energia elétrica em circuitos com tensões elétricas de até 1000
V.

Os principais componentes de um fio ou cabo de potência em baixa tensão são o


condutor, a isolação e a cobertura, conforme indicado na figura.

O condutor pode ser constituído por um único fio metálico maciço rígido ou por um
conjunto de fios torcidos formando um condutor flexível.

Alguns cabos elétricos podem ser dotados apenas de condutor e isolação, sendo
chamados então de condutores isolados, enquanto que outros podem possuir adicionalmente a
cobertura (aplicada sobre a isolação), sendo chamados de cabos unipolares ou multipolares,
dependendo do número de condutores (veias) que possuem. As figuras abaixo mostram
exemplos desses três tipos de condutores elétricos.

31
5.1 METAIS UTILIZADOS COMO CONDUTORES ELÉTRICOS

Em função de suas propriedades elétricas, térmicas, mecânicas e custos, o cobre e o


alumínio são os metais mais utilizados desde os primórdios da indústria de fabricação de fios e
cabos elétricos. A prática nos leva a observar que, quase sempre, as linhas aéreas são construídas
em alumínio e as instalações internas são com condutores de cobre. De acordo com a norma de
instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5410, é proibida o uso de alumínio em instalações
residenciais.

As três principais diferenças entre o cobre e o alumínio são: condutividade elétrica, peso
e conexões.

Condutividade elétrica e resistividade

A condutividade elétrica expressa capacidade que os materiais têm de transportar corrente


elétrica. A resistividade, por sua vez, que é definida como o inverso da condutividade elétrica, é
a propriedade que os materiais possuem de dificultar a passagem da corrente.

A norma IACS (“International Annealed Copper Standard”), adotada internacionalmente,


é fixada em 100% para a condutividade de um fio de cobre de 1 metro de comprimento com 1
mm² de seção e cuja resistividade a 20ºC seja de 0,01724 Ω.mm2/m (lembrando que a
resistividade varia com a temperatura).

Dessa forma, esse é o padrão de condutividade adotado, o que significa que todos os
demais condutores, sejam em cobre, alumínio ou outro metal qualquer, têm suas condutividades
sempre referidas a aquele condutor. A tabela 1 ilustra essa relação entre condutividades.

32
A tabela 1 pode ser entendida da seguinte forma: o alumínio, por exemplo, conduz 39,4
% (100 - 60,6) menos corrente elétrica que o cobre mole. Na prática, isso significa que, para
conduzir a mesma corrente, um condutor em alumínio precisa ter uma seção aproximadamente
60 % maior que a de um fio de cobre mole. Ou seja, se tivermos um condutor de 10 mm² de
cobre, seu equivalente em alumínio será de 10 x 1,6 = 16 mm².

Esse valor é aproximado porque a relação entre as seções não é apenas geométrica e
também depende de alguns fatores que consideram certas condições de fabricação do condutor,
tais como eles serem nus ou recobertos, sólidos ou encordoados, etc.

Peso

A densidade do alumínio é de 2,7 g/cm3e a do cobre de 8,9 g/cm3. Se calcularmos a


relação entre o peso de um condutor de cobre e o peso de um condutor de alumínio, ambos
transportando a mesma corrente elétrica verifica-se que, apesar de o condutor de alumínio
possuir uma seção cerca de 60% maior, seu peso é da ordem da metade do peso do condutor de
cobre.

A partir dessa realidade física, estabeleceu-se uma divisão clássica entre a utilização do
cobre e do alumínio nas redes elétricas. Quando o maior problema em uma instalação envolver o
peso próprio dos condutores, prefere-se o alumínio por sua leveza. Esse é o caso das linhas
aéreas em geral, onde as dimensões de torres e postes e os vãos entre eles dependem diretamente
do peso dos cabos por eles sustentados. Por outro lado, quando o principal aspecto não é o peso,
mas o espaço ocupado pelos condutores, escolhe-se o cobre por possuir um menor diâmetro.

Essa situação é encontrada nas instalações internas, onde os espaços ocupados pelos
eletrodutos, eletrocalhas, bandejas e outros são importantes na definição da arquitetura do local.

Deve-se ressaltar que, embora clássica, essa divisão entre a utilização de condutores de
cobre e alumínio possui exceções, devendo ser cuidadosamente analisada em cada caso.

Conexões

Uma das diferenças mais marcantes entre cobre e alumínio está na forma como se
realizam as conexões entre condutores ou entre condutor e conector.

O cobre não apresenta requisitos especiais quanto ao assunto, sendo relativamente simples
realizar as ligações dos condutores de cobre. No entanto, o mesmo não ocorre com o alumínio.

Quando exposta ao ar, a superfície do alumínio é imediatamente recoberta por uma


camada invisível de óxido, de difícil remoção e altamente isolante. Assim, em condições
normais, se encostarmos um condutor de alumínio em outro, é como se estivéssemos colocando
em contato dois isolantes elétricos, ou seja, não haveria contato elétrico entre eles. Nas conexões
em alumínio, um bom contato somente será conseguido se rompermos essa camada de óxido.

Essa função é obtida através da utilização de conectores apropriados que, com a aplicação
de pressão suficiente, rompem a camada de óxido. Além disso, quase sempre são empregados
compostos que inibe a formação de uma nova camada de óxido uma vez removida a camada
anterior.

5.2 FLEXIBILIDADE DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

33
Um condutor elétrico pode ser constituído por uma quantidade variável de fios, desde um
único fio até centenas deles. Essa quantidade de fios determina a flexibilidade do cabo. Quanto
mais fios, mais flexível o condutor e vice-versa.

Para identificar corretamente o grau de flexibilidade de um condutor, é definida pelas


normas técnicas da ABNT na chamada classe de encordoamento. De acordo com essa
classificação apresentada pela NBR6880, são estabelecidas seis classes de encordoamento,
numeradas de 1 a 6. A norma define ainda como caracterizar cada uma das classes, o que está
indicado na coluna “características” da tabela 2.

Em relação aos termos utilizados na tabela 2, temos:

• Um fio é um produto maciço, composto por um único elemento condutor. Trata-se de uma
ótima solução econômica na construção de um condutor elétrico, porém apresenta uma limitação
no aspecto dimensional e na reduzida flexibilidade, sendo, em conseqüência, limitado a produtos
de pequenas seções (até 16 mm²).

Fio Sólido

• O termo condutor encordoado tem relação com a construção de uma corda, ou seja, partindo-se
de uma série de fios elementares, eles são reunidos (torcidos) entre si, formando então o
condutor. Essa construção apresenta uma melhor flexibilidade do que o fio. As formações
padronizadas de condutores encordoados (cordas) redondos normais são: 7 fios (1+6), 19 fios
(1+6+12), 37 fios (1+6+12+18) e assim sucessivamente. Nessa formação, a camada mais externa
possui o número de fios da camada anterior mais seis.

Condutor encordoado redondo normal


34
• Um condutor encordoado compactado é uma corda na qual foram reduzidos os espaços entre os
fios componentes. Essa redução é realizada por compressão mecânica ou trefilação. O resultado
desse processo é um condutor de menor diâmetro em relação ao condutor encordoado redondo
normal, porém com menor flexibilidade.

Condutor encordoado compactado

• Um condutor flexível é obtido a partir do encordoamento de um grande número de fios de


diâmetro reduzido.

Condutor flexível

Observar que a NBR 6880 estabelece valores de resistência elétrica máxima, número
mínimo e diâmetro máximo dos fios que compõem um dado condutor. Isso, na prática, resulta
que diferentes fabricantes possuam diferentes construções de condutores para uma mesma seção
nominal (por exemplo, 10 mm²). A garantia de que o valor da resistência elétrica máxima não
seja ultrapassado está diretamente relacionada à qualidade e à pureza do cobre utilizado na
confecção do condutor.

5.3 ISOLAÇÃO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

Histórico

Os primeiros cabos isolados de que se tem notícia datam de 1795, utilizados em uma
linha telegráfica na Espanha e eram isolados em papel. Seguiram-se os condutores cobertos por
gutta percha (resina natural oriunda de uma planta nativa da Índia), os cabos em papel
impregnado em óleo, os cabos em borracha natural (início do século XX), em borracha sintética
(borracha etileno-propileno - EPR) e policloreto de vinila - PVC (ambos logo após a Segunda
Guerra Mundial).

Embora possuíssem excelentes características isolantes, os cabos isolados em papel foram


perdendo aplicações ao longo do tempo, principalmente devido à dificuldade de manuseio
durante a sua instalação, sobretudo na realização de emendas e terminações. Isso propiciou a
popularização dos cabos com isolações sólidas, tais como o PVC.

Finalidade da isolação

35
A função básica da isolação é confinar o campo elétrico gerado pela tensão aplicada ao
condutor no seu interior. Com isso, é reduzido ou eliminado o risco de choque elétrico e curto
circuito.

Podemos comparar a camada isolante de um cabo com a parede de um tubo de água. No


caso do tubo, a parede impede que a água saia de seu interior e molhe a área ao seu redor. Da
mesma forma, a camada isolante mantém as linhas de campo elétrico (geradas pela tensão
aplicada) “presas” sob ela, impedindo que as mesmas estejam presentes no ambiente ao redor do
cabo.

No caso do tubo, não pode haver nenhum dano à sua parede, tais como furos e trincas,
sob pena de haver vazamento de água. Da mesma forma, não pode haver furos, trincas,
rachaduras ou qualquer outro dano à isolação, uma vez que isso poderia significar um
“vazamento” de linhas de campo elétrico, com subseqüente aumento na corrente de fuga do
cabo, o que provocaria aumento no risco de choques, curtos-circuitos e até incêndios.

Principais características das isolações sólidas

De um modo geral, as isolações sólidas possuem uma boa resistência ao envelhecimento


em serviço, uma reduzida sensibilidade à umidade e, desde que necessário, podem apresentar um
bom comportamento em relação ao fogo. Vejamos a seguir as principais características
específicas do composto isolante mais utilizado atualmente: o PVC.

Cloreto de polivinila (PVC)

As principais características do PVC isolante são:

• O PVC isolante é, na realidade, uma mistura de cloreto de polivinila puro (resina sintética),
plastificante, cargas e estabilizantes;

• Sua rigidez dielétrica é relativamente elevada, sendo possível utilizar cabos isolados em PVC
até a tensão de 6 kV;

• Sua resistência a agentes químicos em geral e a água é consideravelmente boa;

• Possui boa característica de não propagação de chama.

Dimensionamento dos cabos em função da isolação

As duas principais solicitações a que a camada da isolação está sujeita são o campo
elétrico (tensão) a temperatura (corrente).

Tensão elétrica

Em relação à tensão elétrica, como vimos anteriormente, o PVC está limitado a 6 kV, o
que o torna recomendado para emprego em cabos de baixa tensão, seja de potência, de controle,
de sinal ou para ligação de equipamentos.

A principal característica construtiva dos cabos associada com a tensão elétrica é a


espessura da isolação. Ela varia de acordo com a classe de tensão do cabo e da qualidade do

36
material utilizado e é fixado pelas respectivas normas técnicas aplicáveis. Em geral, quanto
maior a tensão elétrica de operação do cabo, maior a espessura da isolação.

Corrente elétrica

É sabido que todo condutor elétrico percorrido por uma corrente aquece. E também é
sabido que todos os materiais suportam, no máximo, determinados valores de temperatura, acima
dos quais eles começam a perder suas propriedades físicas, químicas, mecânicas, elétricas etc.

Desse modo, a cada tipo de material de isolação correspondem três temperaturas


características que são:

• Temperatura em regime permanente: É a maior temperatura que a isolação pode atingir


continuamente em serviço normal. É a principal característica na determinação da capacidade de
condução de corrente de um cabo.

• Temperatura em regime de sobrecarga: É a temperatura máxima que a isolação pode atingir


em regime de sobrecarga. Segundo as normas de fabricação, a duração desse regime não deve
superar 100 horas durante doze meses consecutivos, nem superar 500 horas durante a vida do
cabo.

• Temperatura em regime de curto-circuito: É a temperatura máxima que a isolação pode


atingir em regime de curto-circuito. Segundo as normas de fabricação, a duração desse regime
não deve superar 5 segundos durante a vida do cabo.

A tabela 3 indica as temperaturas características das isolações em PVC.

Cobertura

Em algumas aplicações, é necessário que a isolação seja protegida contra agentes


externos tais como impactos, cortes, abrasão, agentes químicos, etc.

Nesses casos, os cabos elétricos são dotados de uma cobertura e são então chamados de
cabos unipolares ou multipolares.

5.4 AS CORES DOS FIOS E CABOS DE BAIXA TENSÃO

Mais do que estética, a identificação por cores dos condutores em uma instalação elétrica
tem como finalidade facilitar a execução das conexões, emendas e todas as intervenções em geral
para manutenção.

37
Além disso, a correta identificação aumenta em muito a segurança das pessoas que lidam
com o sistema.

A norma brasileira de instalações de baixa tensão (NBR 5410/97) faz recomendações


claras a respeito da maneira adequada para se identificar os componentes em geral e os
condutores em particular.

A seguir, são destacados os itens da Norma Brasileira relativos à identificação dos


condutores.

• Condutor Neutro

"6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado
como condutor neutro deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identificação por
cor, deve usada a cor azul-claro na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar
ou na cobertura do cabo unipolar”.

NOTA: A veia com isolação azul-claro de um cabo multipolar pode ser usada para outras
funções que não a de condutor neutro, se o circuito não possuir condutor neutro ou se o cabo
possuir um condutor periférico utilizado como neutro.

Observar que a norma não obriga o uso de cores para identificar um condutor. Em
alternativa às cores, podem ser utilizadas gravações numéricas aplicadas na isolação do cabo ou
também podem ser empregados sistemas externos de identificação, tais como anilhas, adesivos,
marcadores, etc.

Outro ponto importante está destacado na nota anterior, onde se permite o uso da cor
azul-clara para outra função apenas no caso da veia de um cabo multipolar. Ou seja, mesmo que
uma instalação não possua o neutro, caso se utilize condutores isolados e/ou cabos unipolares, o
azul claro não poderá ser utilizado em nenhuma hipótese.

• Condutor de proteção

“6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado
como condutor de proteção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de
identificação por cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarelo (cores exclusivas da
função de proteção) na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar ou na
cobertura do cabo unipolar”.

NOTA: Na falta da dupla coloração verde-amarelo admite-se, provisoriamente, o uso da cor


verde.

• Nesse caso, não se admite utilizar, sob nenhuma hipótese, a cor verde-amarela e verde para
outra função que não a de proteção. Quanto ao termo "admite-se, provisoriamente...", não há
nenhuma data limite estabelecida para se eliminar o uso da cor verde como proteção. Aliás, é
mais comum encontrar-se no mercado o cabo totalmente verde do que o verde-amarelo.

• Condutor PEN

Trata-se aqui do condutor com dupla função: proteção (PE) e neutro (N). Lembre-se que
seu uso ocorre nos sistemas de aterramento tipo TN-C e que há limitações quanto à seção

38
nominal mínima desses condutores (ver item 6.4.6.2 da NBR 5410/97). Sobre a identificação do
PEN, temos:

"6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia de cabo multipolar utilizado
como condutor PEN deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação
por cor, deve ser usada a cor azul-claro com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou
acessíveis, na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar ou na cobertura do
cabo unipolar".

Os "pontos visíveis ou acessíveis" mencionados ocorrem, por exemplo, no interior dos


quadros, caixas de passagem e de ligações.

• Condutor Fase

"6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia de cabo multipolar utilizado
como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de
identificação por cor, poderá ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas em
6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3”.

NOTA: Por razões de segurança, não deve ser usada a cor da isolação exclusivamente amarela,
onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarelo, cores exclusivas do
condutor de proteção.

Resumidamente, os condutores fase podem ser de qualquer cor, exceto azul-claro, verde
ou verde-amarelo.

• Cobertura dos cabos de baixa tensão uni ou multipolares

Analisando-se os itens anteriores, verificamos que, no caso de identificação por cores, as


coberturas dos cabos unipolares devem ser azul-claro para o condutor neutro e PEN, verde ou
verde-amarela para o PE e de qualquer outra cor que não as anteriores para os condutores fase.

Já para os cabos multipolares, em princípio, a cobertura pode ser de qualquer cor, uma
vez que as prescrições referem-se apenas às veias no interior do cabo. Uma recomendação
sensata, no entanto, é não se utilizar coberturas de cabos multipolares nas cores azul-clara, verde
ou verde-amarela, para que não haja confusão com as funções de neutro e proteção.

5.5 MANEIRAS DE INSTALAÇÃO RECOMENDADAS PARA CABOS DE POTÊNCIA


EM BAIXA TENSÃO

A instalação de cabos de potência em baixa tensão no Brasil é normalizada pela NBR


5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Ela prevê que os cabos devem ser instalados em
função do seu tipo construtivo, ou seja, considerando-se se eles são condutores nus, condutores
isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares, conforme a tabela 6.

39
Anexo: Tabela de condutores de cobre

Na tabela são mostradas algumas equivalências comumente consideradas entre o padrão


métrico brasileiro ABNT e o padrão americano AWG/MCM.

40
6 ATERRAMENTO ELÉTRICO

Aterramento é um complemento das instalações, tendo em vista a proteção contra


choques perigosos nas pessoas que utilizem os equipamentos elétricos.

O aterramento é feito através de um fio chamado de condutor de terra que interliga o


sistema ou equipamento elétrico ao eletrodo de terra. O condutor de terra não pertence ao
circuito, servindo apenas como proteção contra choques elétricos.

Todos já devem ter ouvido falar que a superfície da Terra é o caminho natural de
escoamento de cargas elétricas indesejáveis, como, por exemplo, dos relâmpagos, nas
tempestades.

Então, a terra pode servir como condutor de corrente elétrica.

Quase todos os sistemas de distribuição de energia elétrica possuem um fio neutro em


ligação com a terra, para proteção individual.

Nos chuveiros elétricos mal instalados era comum sentirem - se choques em todas as
torneiras da casa, hoje em dia isso raramente ocorre devido a tubulação ser praticamente toda de
PVC.

41
A água em contato com a resistência elétrica do chuveiro conduz um pouco de corrente
para a sua carcaça e daí para o encanamento. Qualquer pessoa tocando uma torneira, estando
com os pés no chão, deverá levar “choque ‘, porém, se ligarmos um fio condutor qualquer entre a
entrada e a saída da caixa d’água, esta hipótese ficará quase abolida, pois a corrente se escoará
pelo encanamento de entrada da caixa para a terra, o qual oferece melhor caminho para a terra do
que o corpo da pessoa.

Em todos os prédios, no ponto de alimentação de energia, deverá ser executado um


eletrodo de terra, para ligação do condutor de proteção (PE).

O eletrodo de terra deverá apresentar a menor resistência de contato possível, devendo ser
da ordem de 5 ohms e nunca ultrapassar 25 ohms.

O condutor terra é normalmente de cobre e deve ter a dimensão mínima, de acordo com o
ramal de entrada do prédio (consultar a concessionária local).

6.1 TIPOS DE A TERRAMENTO:

a) aterramento funcional: consiste na ligação à terra de um dos condutores do sistema


(geralmente o neutro), e está relacionado com o funcionamento correto, seguro e confiável da
instalação.

b) aterramento de proteção: consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação, visando à proteção contra choques elétricos por contato indireto.

6.2 COMPONENTES DO SISTEMA DE A TERRAMENTO:

a) Eletrodo de aterramento: constitui a parte colocada em contato íntimo com o solo, com o
objetivo de dispersar a corrente;

b) Condutor de aterramento: liga o eletrodo de aterramento ao terminal de aterramento


principal;

c) Condutores de eqüipotencialidade: com os quais são feitas as ligações eqüipotenciais


(principal e suplementar), que são:

- Os condutores de eqüipotencialidade principais, que ligam ou interligam as canalizações


metálicas não elétricas de abastecimento do prédio e os elementos metálicos acessíveis da
construção;

- Os condutores de eqüipotencialidade das ligações eqüipotenciais suplementares que interligam


massas e/ou elementos condutores estranhos à instalação;

d) Condutor de proteção principal: condutor ao qual são ligados, diretamente ou através de


terminais de aterramento, os condutores de proteção das massas, o condutor de aterramento, e
eventualmente, condutores de eqüipotencialidade;

e) Condutores de proteção das massas: acompanham os circuitos terminais promovendo o


aterramento das massas dos equipamentos de utilização alimentados;

f) Terminal de aterramento principal: que deve reunir o condutor de aterramento, o condutor


de proteção principal e os condutores de eqüipotencialidade principal.
42
6.3 DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE A TERRAMENTO DE ACORDO COM
A NBR 5410:

Para solos que apresentam dificuldades para se conseguir baixa resistência de terra,
podemos tomar duas providências:

- Instalar mais de um eletrodo;


- Fazer tratamento do solo com produtos químicos (sal grosso, sulfato de cobre ou sulfato de
magnésio).

Tabela de valores máximos de corrente de fuga admitidos em equipamentos de utilização:

43
7 ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
A representação de uma instalação elétrica por meio de símbolos gráficos que informam
sobre o funcionamento dos circuitos de corrente elétrica e a interligação dos condutores e
elementos, é conhecida como diagrama elétrico.

7.1 DESENHO TÉCNICO NA ÁREA DE ELETRICIDADE

O desenho técnico é um meio de comunicação indispensável para o planejamento e


a execução, especialmente de obras que serão realizadas em divisão de trabalho.

Por exemplo: enquanto o engenheiro faz o planejamento da instalação elétrica de um


prédio, a própria execução será feita pelo eletricista. Mas são envolvidos vários outros
profissionais como o pedreiro, a pessoa que faz as compras, etc.

Para garantir uma perfeita cooperação, todas as pessoas envolvidas devem ter a mesma
visão clara da obra a ser feita. Essa visão se obtém nos desenhos técnicos. Para serem bem
entendíveis, os desenhos técnicos devem ser rigidamente executados sob certas normas.

Isto significa na área de eletricidade que as instalações elétricas devem ser representadas
sob uso de símbolos padronizados em lugar dos dispositivos elétricos como condutores,
lâmpadas, interruptores, etc. (veja figura abaixo).

De certa forma pode-se entender um desenho técnico como uma carta escrita numa
língua especial que, por exemplo, o engenheiro manda ao eletricista, informando-lhe como
uma certa instalação elétrica deverá ser feita. Fica compreensível que o trabalho somente
sairá certo se os dois (tanto o engenheiro, como o eletricista) dominarem essa língua, ou
seja, se tiverem a mesma compreensão dos símbolos (= palavras) usados.

7.2 UTILIZAÇÃO DE DIAGRAMAS ELÉTRICOS

O diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica, ou parte dela, por


meio de símbolos gráficos.

Há três tipos de diagramas elétricos: o diagrama funcional, o diagrama


multifilar e o diagrama unifilar. Cada um deles tem o seu objetivo e certas vantagens e
desvantagens.

44
Observações:

- Emprega-se nos diagramas funcionais e multifilares os mesmos símbolos, sendo que nos
diagramas unifilares os símbolos são diferentes (compare a lista de símbolos).

- Normalmente, o diagrama elétrico é representado com seus componentes de comando na


posição desligada.

Diagrama Funcional

O diagrama funcional apresenta todos os condutores e dispositivos de um esquema


elétrico e permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo.

Não se preocupa com a posição física dos componentes, nem com o percurso real dos
condutores. Os caminhos das correntes são representados por meio de retas, se possível sem
cruzamentos ou inclinações.

Vê-se na figura o diagrama funcional de uma tomada e uma lâmpada


incandescente comandada por um interruptor simples.

O diagrama funcional é especialmente usado para explicar o funcionamento de uma


instalação elétrica ou parte dela.

Diagrama Multifilar

O diagrama multifilar é a representação mais minuciosa de uma instalação elétrica.

Como o diagrama funcional, ele mostra todos os condutores e dispositivos. Mas,


além disso, tenta-se representar os componentes da instalação e os trajetos dos condutores
nas suas posições certas.

Vê-se na figura o diagrama multifilar do mesmo esquema já mostrado na figura anterior


(uma tomada e uma lâmpada incandescente comandada por um interruptor simples).

45
O diagrama multifilar ajuda especialmente a fazer as conexões após ter terminado
a passagem dos condutores nos eletrodutos. Mas na prática, ele é raramente usado, pois é de
difícil interpretação quando o circuito é complexo.

Diagrama Unifilar

O diagrama unifilar é o mais usado pelo eletricista instalador e o acompanha quando


trabalhando nas obras. Ele é desenhado sobre a planta baixa (arquitetônica) da obra e
apresenta os dispositivos e trajetos dos condutores rigidamente nas suas posições físicas.

Em diferença aos dois outros tipos, no diagrama unifilar, se jantam todos os


condutores que têm o mesmo percurso, que passam a ser representados por um só traço.

Vê-se na figura o desenho (em três dimensões) de um quarto, constando a instalação


elétrica de uma tomada e uma lâmpada comandada por um interruptor simples.

Da figura 69 chega-se ao diagrama unifilar, desenhando a vista de cima (veja fig. 70).

46
O diagrama unifilar não representa com clareza o funcionamento da instalação elétrica,
pois não permite visualizar o percurso da corrente elétrica. Porém, após algum tempo de
prática, o eletricista sabe interpretar o diagrama unifilar com facilidade sem precisar mais do
diagrama funcional ou multifilar.

O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, qual a localização
dos dispositivos, quantos condutores passarão em determinado eletroduto e qual o trajeto da
instalação.

7.3 SIMBOLOGIA – NORMA NBR 5444

SIMBOLO SIGNIFICADO

47
48
49
50
51
7.4 SÍMBOLOS NOS DIAGRAMAS ELÉTRICOS

52
53
54
8 RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410/90 PARA ESTABELECER A
QUANTIDADE MÍNIMA DE TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S) E
COMO INSTALAR:
Tomadas de uso geral (TUG’S): nelas são ligados aparelhos portáteis como abajures,
aspiradores, liquidificadores, batedeiras, etc.

8.1 RESIDÊNCIAS:

a) Cômodos ou dependência com área menor ou igual a 6 m² - 1 (uma) tomada.

b) Cômodos ou dependência com área maior que 6 m² - 1 (uma) tomada para cada 5 metros ou
fração de perímetro, uniformemente distribuídas.

c) Banheiros - 1 (uma) tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de 60 cm do limite
do boxe.

d) Cozinhas ou copas - cozinhas - 1 (uma) tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, sendo
que acima de cada banca de pia, com largura igual ou superior a 30 cm, deve ser prevista, pelo
menos 1 (uma) tomada.

e) Subsolos, sótãos, garagens e varandas - 1 (uma) tomada no mínimo.

Esquema Unifilar

55
Diagrama Multifilar

8.2 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES. INSTALAÇÕES FIXAS COM CABOS


ISOLADOS:

- Circuitos de iluminação: fio de cobre # 1,5 mm²; fio de alumínio # 16mm²;


- Circuitos de força: fio de cobre # 2,5 mm²; fio de alumínio # 16mm²;
- Circuitos de sinalização e controle: fio de cobre # 0,5mm².

9 RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410/90 PARA ESTABELECER A


QUANTIDADE DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S):
- Tomadas de uso específico: alimentam aparelhos fixos ou estacionários, que embora possam
ser removidos trabalham sempre num determinado local. É o caso dos chuveiros e torneiras
elétricas, máquina de lavar roupas e aparelho de ar condicionado.

56
• Deve ser atribuída a potência nominal do equipamento a ser alimentado.

• As TUE devem ser instaladas à no máximo 1,5 m do local previsto para o equipamento.

Nota: Na falta das potências nominais de placa dos aparelhos, estes devem ser os valores
mínimos a serem considerados. Segue algumas tabelas:

57
10 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR SIMPLES E LÂMPADA
INCANDESCENTE
O interruptor simples é um dispositivo elétrico que apresenta duas posições: ligado e
desligado. Na posição ligado, lâmpada acesa; Na posição desligado, lâmpada desligada.

O interruptor simples pode comandar uma ou mais lâmpadas ao mesmo tempo.

58
Primeiro ligamos o fio neutro na lâmpada. O fio fase passa pelo interruptor e outro fio sai
do interruptor para fechar o circuito na lâmpada. Esse terceiro fio tem o nome de retorno.

Esquema Unifilar de um interruptor controlando duas lâmpada

59
Esquema Multifilar de um interruptor controlando duas lâmpadas

11 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTORES DUPLOS OU DE 02 SEÇÕES E


LÂMPADA INCANDESCENTE

O interruptor duplo é um dispositivo elétrico que se caracteriza por apresentar dois


interruptores simples acoplados lado a lado. É utilizado para comandar dois pontos de luz
independentes um do outro.

60
12 INSTALAÇÃO DE LÂMPADA INCANDESCENTE COMANDADA POR
INTERRUPTORES PARALELOS
Interruptores paralelos: São dispositivos que permitem o comando da iluminação de dois
pontos diferentes. Trabalham sempre aos pares. Possuem externamente três bornes de ligação, os
quais são interligados dois a dois (ver figura), conforme a posição da tecla.

Aplicação: são geralmente instalados em cômodos com duas entradas, possibilitando o comando
da iluminação das duas portas. São utilizados também para comandar a iluminação de:
escadarias, corredores, quartos e salas.

Interruptores paralelos em três pontos

61
Esquema unifilar de interruptor paralelo em dois pontos controlando uma lâmpada

13 INSTALAÇÃO DE LÂMPADA INCANDESCENTE COMANDADA POR


INTERRUPTORES PARALELOS E INTERMEDIÁRIOS

Interruptores Intermediários: São dispositivos que permitem o comando de iluminação de três


ou mais pontos diferentes. Os interruptores intermediários funcionam somente em conjunto com
os interruptores paralelos. Comumente são instalados para permitir o comando da iluminação de
uma escadaria a partir de cada pavimento, ou em salas de várias entradas. Possuem externamente
quatro bornes de ligação.

Representação do interruptor intermediário:

62
NOTA: Com a introdução dos sensores de presença no controle de lâmpadas em corredores,
escadarias, etc. a utilização dos interruptores intermediários e paralelos são pouco utilizados.

14 VARIADOR DE LUMINOSIDADE (DIMMER)


O dimmer, também chamado “variador de luminosidade”, é um dispositivo eletrônico
composto de capacitores, tiristores, resistores, bobinas e um potenciômetro (resistência
variável). Ele serve para regular o brilho da lâmpada, visando conseguir variação da
luminosidade, passando de luz plena sem graduação até uma completa extinção de seu brilho.

O dimmer pode ser do tipo rotativo ou do tipo deslizante.

63
15 LIGAÇÃO DE CAMPANHIAS E CIGARRAS

CIGARRAS

As cigarras também são empregadas para anunciar visitas.

São aparelhos sonoros mais simples que as campainhas e com um som mais suave. São
constituídas por um eletroímã (bobina com núcleo de ferro) e uma lâmina vibrante de aço e
funcionam somente com corrente alternada.

O princípio de funcionamento da cigarra pode ser compreendido, estudando-se a figura.

Fazendo-se passar uma corrente alternada de 60 hertz de freqüência pela bobina do


eletroímã, o campo magnético não permanece constantemente, mas aparece e cessa 120 vezes
por segundo. Assim a lâmina vibrante será atraída e solta 120 vezes por segundo, ficando em
vibração e produzindo um zumbido característico.

As cigarras são instaladas em ambientes pequenos ou silenciosos.

64
Ligação de Campanhias e Cigarras

As campainhas e cigarras são comandadas por botões que somente fecham o circuito
quando forem pressionados.

Como as campainhas e cigarras consomem muito pouca corrente, o condutor utilizado


para sua ligação pode ser de 0,75 mm² de seção.

Normalmente, o botão para acionar a campainha ou cigarra fica na entrada da residência,


enquanto a campainha ou cigarra são instaladas na cozinha. Neste caso, o esquema de ligação é o
seguinte:

Às vezes, deseja-se acionar a campainha de dois ou mais pontos diferentes, por exemplo,
da entrada social e da entrada de serviço. Neste caso, basta ligar os botões em paralelo.

65
Também se pode acionar mais que uma campainha ou cigarra de um só botão, por
exemplo: tendo uma campainha na cozinha e outra na sala. Neste caso, as campainhas são
ligadas em paralelo.

Abaixo podemos ver no esquema unifilar a instalação de uma campanhia ou cigarra.

16 INSTALAÇÃO DE FOTOCÉLULA

Em circuitos de iluminação de exteriores (de ruas, de sinalização em caixas d'água, em


pátios etc.), é muito comum o acionamento automático por elementos fotossensíveis.

Eles operam segundo a intensidade de luz recebida. O acionamento automático é muito


útil em iluminação pública, pois eliminam o fio-piloto para o comando das lâmpadas, bem como
o operador para apagar e acender. O fio-piloto corresponde ao fio retorno nas instalações de
interruptores.

66
Comando de uma lâmpada incandescente através de foto-interruptor (fotocélula)

Comando de uma lâmpada vapor mercúrio com reator através de foto-interruptor (fotocélula)

67
17 INSTALAÇÃO DE MINUTERIA
A Minuteria

Em edifícios residenciais é comum o uso de minuteria que apaga automaticamente o


circuito de serviço depois de um certo tempo, visando maior economia para o condomínio.

68
69
17.1 INSTALAÇÃO DE MINUTERIA COM SENSOR DE PRESENÇA

70
18 CONJUNTO FLUORESCENTE
A iluminação por lâmpadas fluorescentes é uma das mais utilizadas em oficinas,
estabelecimentos industriais e comerciais. Isto porque a lâmpada fluorescente apresenta as
seguintes vantagens em relação à lâmpada incandescente:

- Com a mesma potência, o rendimento de luz da lâmpada fluorescente é cinco vezes


maior do que o da lâmpada incandescente, ou seja, com o mesmo gasto de energia elétrica,
obtemos mais luz;

- As lâmpadas fluorescentes produzem menor calor irradiado;

- Existem lâmpadas fluorescentes que produzem cores diferentes o que é importante para
efeitos decorativos e para certos trabalhos. As cores são indicadas nas próprias lâmpadas,
sendo as mais comuns:

· Luz branca;
· Branca fria;
· Luz do dia.

- A vida média das lâmpadas fluorescentes é maior. Elas podem durar até 10.000 horas.

Como desvantagens mencionamos o seu maior custo inicial de instalação e a sua


manutenção mais difícil.

Observação:
As lâmpadas fluorescentes são próprias para um funcionamento contínuo, como em lojas,
escritórios, oficinas, ou em outros locais que têm que ser iluminados durante longos
períodos. Se a lâmpada fluorescente for acesa e apagada com freqüência, a sua vida cairá
significantemente.

18.1 A LÂMPADA FLUORESCENTE

A lâmpada fluorescente produz luz por meio de passagem da corrente elétrica através de
um gás. Ela é constituída por um tubo cilíndrico de vidro que contém gás argônio e
gotículas de mercúrio. Sua parede interna é recoberta por uma substância fluorescente. Em
seus extremos existem filamentos de tungstênio e pinos de conexão.

71
Encontram-se lâmpadas fluorescentes com as medidas apresentadas na tabela abaixo:

18.2 RECEPTÁCULOS

Cada lâmpada fluorescente precisa de dois receptáculos que contêm contatos nos quais
são introduzidos os pinos da lâmpada e bornes para fixação dos condutores.

72
Um dos receptáculos é conjugado com um suporte próprio para receber o
Starter. Este é um tipo de luminária antigo, mas que o eletricista precisa conhecer e saber
instalar. Atualmente a grande maioria das luminárias fluorescentes contém um reator eletrônico
e não utiliza mais Starter.

Observação:
Ao introduzir a lâmpada fluorescente nos receptáculos deve-se ter cuidados especial para
não curvar ou quebrar os pinos: segure a lâmpada nos seus extremos com as duas mãos
e introduza-a devagar e cuidadosamente.

18.3 O STARTER

O starter é um dispositivo usado na partida da lâmpada fluorescente e funciona


como um interruptor automático.

A figura abaixo mostra o interior do starter. Ele consta de uma ampola de vidro, com
gás néon, em cujo interior se encontram um contato fixo e uma lâmina bimetálica
(contato móvel). Como parte integrante do starter temos um capacitor cuja função é evitar
interferências em aparelhos eletrônicos como, por exemplo, rádios.

73
O starter atua em três fases, conforme figura:

Na primeira fase, quando o starter é ligado à tensão, há uma descarga luminosa


entre os contatos do mesmo que provoca aquecimento da lâmina bimetálica.

Na segunda fase, com o aquecimento da lâmina, ocorre seu curvamento de modo que ela
se encosta no contato fixo, fechando o circuito.

Na terceira fase, com o acostamento dos contatos, a descarga luminosa termina. A


lâmina bimetálica se esfria, os contatos se afastam, interrompendo assim o circuito.

Observação:
Os starters são selecionados de acordo com a potência da lâmpada, isto é, existem starters
para lâmpadas de 15 a 20 watts e outros para lâmpadas de 30 a 40 watts. Este dado vem
registrado na caixa do starter.

18.4 O REATOR

Para se estabelecer a descarga na lâmpada fluorescente é necessário que a tensão


aplicada entre os filamentos seja mais alta do que a da alimentação.

Uma vez estabelecida a descarga, a própria passagem da corrente através do gás torna-o
melhor condutor e, por isso, deve ser mantida uma tensão consideravelmente menor que a
necessária para acender a lâmpada.

Assim, torna-se compreensível que o funcionamento da lâmpada fluorescente requeira


duas tensões diferentes, uma de partida e outra de funcionamento, sendo esta última menor
que a primeira.

Do exposto, conclui-se que o funcionamento da lâmpada fluorescente requer um


dispositivo que permita efetuar a variação da tensão. Tal dispositivo chama-se “reator” que
é constituído de uma bobina com núcleo de ferro.

74
Considerando-se que a tensão de partida como a de funcionamento dependerão da
potência da lâmpada, os reatores também são selecionados de acordo com essa potência.

As caixas dos reatores possuem gravados o esquema de ligação do mesmo e outros dados
como tensão, freqüência, potência e corrente elétrica.

Existem vários tipos de reatores, isto é, reatores simples (para uma lâmpada), duplos
(para duas lâmpadas), reatores de partida rápida que trabalham sem starter, etc.

18.5 LIGAÇÃO E PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CONJUNTO


FLUORESCENTE

A figura mostra como a lâmpada fluorescente e seus acessórios são ligados entre si
e à rede de alimentação.

Para evitar a queima da lâmpada, em caso de curto-circuito à terra, deve-se sempre


ligar o reator ao condutor fase.

O princípio de funcionamento do conjunto fluorescente pode ser compreendido


estudando-se as figura que segue abaixo. Podemos dividir o funcionamento em duas fases:

Fase da partida

Fechando o interruptor, a lâmina bimetálica no starter se aquece e fecha o circuito.

A corrente percorre os filamentos da lâmpada e o reator. Ao atravessar os filamentos,


corrente aquece-os, preparando a lâmpada para a descarga.

Após alguns instantes, o starter abre automaticamente o circuito. Nesse momento, o


reator lança um impulso de alta tensão, suficiente para iniciar a descarga.

75
Fase do funcionamento

A descarga fecha o circuito através do interior da lâmpada que começa emitir luz.
Agora a tensão deve ser reduzida à voltagem de funcionamento, o que é feito pelo reator.
Ligado em série com a lâmpada, ele consome parte da tensão.

18.6 DEFEITOS NO CONJUNTO FLUORESCENTE

Os conjuntos fluorescentes podem apresentar alguns problemas. Em seguida, encontram-


se tabelas que mostram as causas possíveis destes problemas e o que fazer em cada caso.

Recomendações

Vejamos algumas recomendações sobre como agir no caso de terminarmos uma


instalação de lâmpadas fluorescentes e as mesmas não acenderem.

1. Devemos observar se fizemos a ligação corretamente e, segundo o diagrama que


acompanha o reator;
2. Se não há mal contato nos suportes da lâmpada;

76
3. Se algum condutor não está partido ou desligado;
4. Se o starter está em bom estado e é o indicado para aquela lâmpada;
5. Se o reator não está defeituoso;
6. Se os filamentos da lâmpada não estão partidos.

Obs.: Antes de verificar os itens acima é aconselhável ver se a tensão está correta.

Recomendações Sobre o Reator de Partida Rápida:

Para o bom funcionamento da instalação de iluminação com lâmpadas fluorescentes


de partida rápida, é imprescindível observar as normas:

1. As lâmpadas de partida rápida, podem não funcionar corretamente quando montadas sobre
madeiras. Usar calha;
2. A distância das lâmpadas à calha é de 2,5 cm no máximo;
3. As caixas dos reatores devem ser parafusadas nas calhas (devem fazer contato com as
mesmas);
4. A calha deve ser aterrada;
5. Fazer ligação conforme o esquema que acompanha o reator;

Abaixo podemos observar uma montagem de conjunto fluorescente utilizando reator


eletrônico.

19 INSTALAÇÃO DE CHUVEIRO ELÉTRICO


O chuveiro elétrico é um aparelho que aquece água ao transformar energia elétrica
em calor.

19.1 CONSTITUIÇÃO DO CHUVEIRO ELÉTRICO

A figura mostra um chuveiro elétrico de duas temperaturas da marca FAME.

77
Chuveiro

O elemento básico do chuveiro é a resistência de níquel-cromo (também chamado


nicromo) enrolada em espiral e montada numa fôrma de cerâmica.

Essa resistência ao ser percorrida por uma corrente elétrica elevada transforma a
energia elétrica em calor.

Normalmente, a resistência é dividida em duas partes, de tal modo que a corrente


elétrica pode percorrer a resistência inteira ou apenas uma parte, dependendo da posição da
alavanca de mudança de aquecimento.

O diafragma é uma peça de borracha flexível com dois ou três contatos que fecharão o
circuito, se tiver pressão de água na câmara embaixo do diafragma.

19.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CHUVEIRO ELÉTRICO

A figura nos dá uma visão mais esquemática do chuveiro elétrico, porém


mostrando melhor o seu funcionamento. Também na figura, representamos o diagrama
elétrico do circuito do chuveiro. Para entender o funcionamento deve-se observar os dois
desenhos, simultaneamente.

78
19.3 INSTALAÇÃO DO CHUVEIRO

Deve-se projetar um circuito especial para o chuveiro a partir do quadro de


distribuição, com chave somente para o chuveiro.

Recomenda-se a instalação do Disjuntor Residual – DR para a segurança dos usuários e o


fio terra de acordo com a norma NBR 5410.

19.4 CONDUTORES E DISJUNTOR PARA O CHUVEIRO

A ligação do chuveiro deve ser feita por condutores grossos, pois quanto maior o
diâmetro do condutor menor será a perda de energia e o aquecimento do condutor. Usa-se
pelo menos condutores de 4 mm².

79
O disjuntor para o chuveiro pode ser de 25 A, que pode atender chuveiros de 4400 W a
5400 W.

19.5 ÓTIMO CONTATO ELÉTRICO NAS CONEXÕES E EMENDAS

Ao instalar um chuveiro, deve-se garantir o máximo contato elétrico possível nas


conexões e emendas.

Uma possibilidade de se obter uma conexão perfeita de modo mais apropriado consiste na
utilização de conectores.

Usando o conector, bastará desencapar 1 cm dos condutores e garante-se com o


aperto dos parafusos um perfeito contato elétrico, sem a necessidade de se empregar fita
isolante.

O fato da pessoa ao usar o chuveiro estar com a pele molhada e descalça em contato com
o solo, aumenta gravemente o perigo de choques elétrico.

A maneira de se evitar tais choques é a utilização da ligação à terra.

A ligação à terra do chuveiro pode ser feita pelos seguintes meios:

a) Pela ligação no próprio encanamento de água, se este for totalmente metálico e entrar
em contato com a terra não muito distante do ponto em que o chuveiro está instalado.

A ligação entre o condutor de terra e o cano de água deverá ser feita conforme a
figura:

80
Enrola-se um fio nu de 0,75 ou 1mm² de seção sobre o cano de água e o condutor de
terra desencapado num comprimento de aproximadamente 5cm. Depois se cobre a conexão
com várias camadas de fita isolante;

b) Pela ligação a uma peça metálica na terra (como é descrito no item aterramento) por meio de
um condutor de 2,5 mm² ou maior de seção;

c) Pela ligação do condutor de terra ao condutor neutro da alimentação, na


impossibilidade de se utilizar qualquer um dos métodos anteriores. Muito cuidado com esta
opção.

Observação:
Ao instalar um chuveiro ou executar qualquer conserto do mesmo, deixe correr a água por alguns
instantes antes de ligar a corrente!

A temperatura da água dependerá da potência gerada pela resistência e do fluxo da água


dado pela pressão da mesma.

Se a pressão da água for muito alta, o fluxo poderá ser forte demais, o que resulta em pouco
aquecimento, pois a água passará tão rápido pela resistência que não terá tempo de se aquecer.

Isto ocorre quando a caixa de água fica numa altura grande em relação ao chuveiro,
como, por exemplo, em prédios de apartamentos ou direto da rede de abastecimento.

Neste caso, deve ser colocado um redutor de pressão de água na entrada do chuveiro, conforme
mostra a figura.

Se com o redutor a água fica quente demais um alargamento do seu furo poderá
ser feito até se encontrar a situação ideal.

20 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Quadro de distribuição: é o centro de distribuição de toda instalação elétrica de uma residência,


pois recebe os fios que vêm do medidor. E é dele que partem os fios dos circuitos terminais que
vão alimentar diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos. No quadro de distribuição
é que se encontram os dispositivos de proteção (disjuntores) dos circuitos terminais.

Definição segundo a NBR 5473: quadro de distribuição é o “equipamento elétrico destinado a


receber energia elétrica através de uma ou mais alimentações e distribuí-la a um ou mais

81
circuitos, podendo também desempenhar funções de proteção, seccionamento, controle e/ou
medição”.

Um quadro de distribuição pode ser entendido como o “coração“ de uma instalação


elétrica, já que distribui a energia elétrica por toda a edificação e acondiciona os dispositivos de
proteção dos diversos circuitos elétricos.

Um quadro de distribuição inadequado pode colocar em risco toda a instalação elétrica,


seja por não permitir operações adequadas dos dispositivos de proteção, seja por condições
inadequadas de manutenção, ampliação ou colocando em risco vidas e patrimônio em caso de
incêndio.

20.1 QUANTIDADE DE CIRCUITOS

Antes de se iniciar a especificação técnica propriamente dita, deve-se primeiro saber a


quantidade de circuitos que haverá no quadro de distribuição. Com esta informação, tem-se uma
idéia preliminar das dimensões e tipo de quadro que deverá ser utilizado.

É evidente que esta determinação depende da distribuição de circuitos projetada na


instalação em questão. A determinação da quantidade de circuitos que uma instalação elétrica
deverá possuir é função de diversos fatores, que vão desde a potência instalada do circuito,
passando pelos critérios de distribuição de pontos até a flexibilidade, conforto e reserva de carga
que se deseja dar.

20.2 ESPECIFICAÇÕES DE QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

Após a determinação da quantidade de circuitos necessários (ativos e reserva), vem o real


trabalho de engenharia, que é a especificação técnica do quadro de distribuição. A especificação
técnica representa as diversas características que ele deverá possuir, em função das condições de
projeto e do local de instalação.

É neste item que se qualifica o tipo de quadro de distribuição mais adequado para a
instalação estudada. A ausência de especificação implicará a não-definição, por parte do
projetista, sobre o quadro que ele deseja e, consequentemente, a aquisição de um quadro que
poderá não atender às exigências necessárias (o que ocorre com freqüência).

Devemos, portanto, atentar para as “especificações“ equivocadas e totalmente


incompletas que vêm ocorrendo na maioria dos projetos de instalações elétricas, e as danosas
conseqüências que poderão causar.

Em diversas ocasiões, temos visto que os quadros de distribuição têm sido designados da
seguinte forma: “quadro de distribuição QL - XYZ, contendo: 15 disjuntores de ... “Ora, onde
está a especificação técnica do quadro”?

O quadro de distribuição não pode ser tratado simplesmente como uma “caixa” para fixar
disjuntores.

Nestes casos, temos visto que nem mesmo existe a especificação dos disjuntores. Por
estas e outras é que temos dito que, no mercado atual, existem muitos “desenhos”, mas poucos
“projetos”.

82
20.3 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

A norma NBR 6808 apresenta as características mínimas que um “conjunto de manobras”


ou quadro distribuição, termo mais genérico, deve possuir, bem como os ensaios
correspondentes, de forma a oferecer um mínimo de segurança e conforto aos usuários.

Para a correta especificação dos quadros de distribuição utilizados na área predial,


basicamente para circuitos de iluminação e tomadas, de todas as características técnicas
apresentadas na norma, entendemos que, para sua correta caracterização, devem ser mencionadas
pelo menos as seguintes:

- Tensão nominal (Un): É o valor máximo de tensão que pode ser aplicado entre as barras
(fases) do barramento, sem ocorrer arco ou fuga de corrente. Pode-se também mencionar, neste
item, se a alimentação será feita a duas ou três fases.

- Corrente nominal (In): É o valor máximo de corrente que pode circular pelas barras
(principais e secundárias) do barramento, sem provocar aquecimento excessivo nas barras, nos
componentes a elas conectados e no ar interno ao quadro.

- Capacidade de curto circuito (Ic): é o valor máximo de corrente de curto-circuito, suportável


pelas barras e suas conexões, até a atuação do dispositivo de proteção correspondente.

- Grau de proteção (IP): É um índice que indica a característica do invólucro (quadro de


distribuição) em evitar a penetração de corpos sólidos estranhos e a penetração prejudicial de
água em seu interior. O IP qualifica também com relação à proteção contra os contatos diretos
(choque elétrico).

Devem ainda ser fornecidas informações adicionais, como:

- Quantidade de disjuntores, onde devem ser incluídos também espaços reservas para circuitos
futuros;

- tipos de disjuntores;

- Tipo de dispositivo de proteção geral (disjuntor, dispositivo DR, chave seccionadora, etc.);

- Barras de neutro e de aterramento;

- Barras de cobre;

- Outros componentes elétricos (como timers, relés, etc.);

- Outras características necessárias para uma melhor especificação.

83
Este é um quadro de distribuição (QD) para fornecimento monofásico.

84
Este outro quadro de distribuição é para fornecimento bifásico:

85
Este outro quadro de distribuição é para fornecimento trifásico:

20.4 UTILIZAÇÃO DE INTERRUPTOR DR NA PROTEÇÃO GERAL

No caso de instalação de interruptor DR na proteção geral, a proteção de todos os


circuitos terminais pode ser feita com disjuntor termomagnético.

A sua instalação é necessariamente no quadro de distribuição e deve ser precedida de


proteção geral contra sobrecorrente e curto-circuito no quadro do medidor.

86
21 MOTORES MONOFÁSICOS

Princípio de Funcionamento

Os motores monofásicos são alimentados por uma rede monofásica (uma fase e
neutro) ou uma rede bifásica (duas fases).

87
O tipo mais encontrado é o motor monofásico com campo auxiliar e capacitor.

O motor monofásico também possui estator e rotor. O estator contém o enrolamento


principal e o enrolamento auxiliar.

No eixo do motor encontramos, além do rotor, um dispositivo chamado


“interruptor centrífugo”.

O enrolamento principal também forma um campo magnético rotativo, porém esse


campo não é capaz de provocar o arranque do motor. É preciso um campo auxiliar,
formado pelo enrolamento auxiliar que está ligado em paralelo ao principal.

88
Quando o motor alcança 75% da sua velocidade de trabalho, o interruptor
centrífugo abre e desliga o enrolamento auxiliar e o capacitor, deixando funcionar o motor
unicamente com o campo principal.

Quando o motor está parado ou gira com pequena velocidade, os contatos do interruptor
centrífugo se mantêm fechados pela força da mola do mesmo.

Alcançando certa velocidade, a força centrífuga vence a força da mola e abre os contatos
do interruptor.

21.1 TIPOS DE MOTORES MONOFÁSICOS

Encontram-se motores monofásicos com 2, 4 ou 6 terminais:

- Os motores de 2 terminais são construídos para funcionar em uma tensão apenas de 110 ou
220 volts e não permitem inversão de rotação;

- Os motores de 4 terminais são construídos para funcionar em uma tensão (110 ou 220 volts),
porém permitem inversão da rotação;

- Os motores de 6 terminais são destinados a funcionar em duas tensões (110 e 220 volts) e
permitem ainda inversão de rotação.

21.2 IDENTIFICAÇÃO DO MOTOR MONOFÁSICO (A PLACA DO MOTOR)

89
22 CHAVE BÓIA
Segue abaixo, informações da fabricante Eletromar para a correta instalação da chave
bóia.

90
23 MOTOR TRIFÁSICO

Ligação de Motor Trifásico

É a conexão elétrica dos terminais do motor, a fim de proporcionar ao mesmo condições


de funcionamento.

Pode-se encontrar motor trifásico com 3, 6, 9 ou 12 terminais.

Os motores de 3 terminais são construídos para funcionar apenas em uma tensão,


seja 220 ou 380 ou 440 ou 760 volts.

Observação:
Na ligação de motor com 3 terminais à rede se faz, conectando os terminais 1, 2 e 3 aos
terminais da rede R, S e T em qualquer ordem.

Atualmente, a disposição de bornes que mais se encontra nos motores trifásicos é


de 6 terminais.

Com essa disposição, os motores trifásicos podem ser ligados em duas tensões,
geralmente para 220 volts e 380 volts.

91
Os motores com 6 terminais para funcionar em tensão de 220V, deverá ter seus
terminais conectados em triângulo. Veja as figuras abaixo:

Na ligação do motor para 380 volts, a conexão dos terminais deverá ser feita em estrela
(Y).

Os motores que dispõem de 9 terminais são empregados também para duas tensões,
220/440 volts.

São construídos para ligação em estrela (Y) e duplo estrela (YY) ou em triângulo
(∆) e duplo triângulo (∆∆).

92
NOTA:
Para se inverter a rotação do motor trifásico é suficiente trocar duas linhas quaisquer R
com S por exemplo.

24 COMANDO DE MOTORES MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS


Para que possam realizar sua função, os motores devem ser ligados à rede elétrica através
de dispositivos de comando que fazem o controle de ligar ou desligar a máquina.

24.1 COMANDOS DE MOTORES MONOFÁSICOS

Os motores monofásicos, de fase auxiliar, pode ter seu comando de diversas maneiras,
porém há três comandos mais usados, que são apresentados a seguir.

• Comando manual de motor monofásico através de chave bipolar direta com proteção de
disjuntor termomagnético.

Observação: O esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou 220 V, com
fase e neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220 V com duas fases.

• Comando automático de motor monofásico através de uma chave bóia e proteção de


disjuntor termomagnético.

93
Esquemas multifilares:

Observação: o esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou 220V com fase
e neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220 V com duas fases.

• Comando automático de motor monofásico através de duas chaves bóias (mínima e


máxima) com proteção de disjuntor termomagnético.

Esquemas multifilares

94
Observação: o esquema multifilar A é usado quando se tem uma rede de 127 ou 220V, com fase
e neutro. O esquema multifilar B é usado quando se tem uma rede de 220V com duas fases.

24.2 COMANDO MANUAL DE MOTORES TRIFÁSICOS

A forma de comando manual dos motores trifásicos de indução pode ser de diversas
maneiras. Os comandos mais usados são descritos a seguir.

• Comando manual de motor trifásico através de chave direta tripolar com proteção de disjuntor
termomagnético.

95
• Comando manual de motor trifásico através de chave reversora tripolar com proteção de
disjuntor termomagnético.

LEMBRETES:

- “O bom eletricista não deixa rastros”. Trabalhe de modo organizado e limpe


todos os resíduos ao terminar o trabalho.

- Trabalhe sempre com segurança. Não vacile, eletricidade é coisa muito séria!

Boa Sorte!

TELREDES

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