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Aula 05
OS MOVIMENTOS
PENTECOSTAIS COMO
DESAFIOS PARA REFLEXÃO
PNEUMATOLÓGICA
seja ela católica ou protestante. O desafio é que entregar-se à liberdade do Espírito é arriscar
nossas doutrinas ou dogmas oficiais que, às vezes, em busca de impor-se como verdade
absoluta acabam reduzidas à frieza e à vaziez da letra ou dos conceitos teológicos.
É preciso entender que para construir uma pneumatologia eficaz é necessário estar
profundamente envolvido com o Espírito, sempre lembrando que nossos “conceitos” ou
reflexões sobre o Espírito estarão limitados às interpretações que nós fazemos de nossas
experiências de fé. E como são interpretações, nunca nossos conceitos darão conta de toda
“Realidade do Espírito em si”, pois este está além de qualquer limitação interpretativa. Nem
precisamos sair de dentro das portas das nossas denominações religiosas para perceber isso,
pois as experiências com o Espírito são tão pessoais e particulares em nossas comunidades
que às vezes parece até que não comungamos do mesmo Espírito. Por exemplo: numa mesma
comunidade, um irmão admite que sua interpretação de determinada passagem bíblica seja
iluminada pelo Espírito Santo, enqanto que outro, muitas vezes com uma interpretação
completamente antagônica à do primeiro admitirá que também sua interpretação foi dada
pelo Espírito Santo. O que teria acontecido? Não seria este também um dos motivos de
termos tantas denominações pentecostais?
Logo, pensar pneumatologicamente nos tempos atuais, não é estar flexível às
diversas manifestações do Espírito na atualidade, mas flexível às diversas interpretações
das manifestações do Espírito na atualidade. Isso leva à seguinte implicação: Se ser flexível
aqui compreende-se que falamos do mesmo Espírito e pelo mesmo Espírito, porém a partir
de pontos de vista diferentes não teriamos aqui uma abertura para a ecumenicidade. Deixo
isso como provocação.
Em seguida pretendo fazer uma reflexão histórica do surgimento dos movimentos
pentecostais e seus desenvolvimentos na atualidade.
espiritualista dos anabatistas e outros. Devido à projeção que ganhou na mídia, o avivamento
na rua Azuza rapidamente cresceu e, subitamente, pessoas de todos os lugares do mundo
estavam indo conhecer o movimento. No começo, as reuniões aconteciam informalmente,
eram apenas alguns fi éis que se reuniam em um velho galpão para orar e compartilhar suas
experiências. Mas com o rápido crescimento e organização, o movimento se popularizou em
todo o mundo cristão ocidental.
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Exógeno: De dentro para fora, que cresce exteriormente ou para fora, que se encontra à superfície.
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Teologia Sistemática II - Márcio José de Oliveira Rocha - UNIGRAN
com as teologias ofi ciais (doutrinas e dogmas), estaria nesses movimentos a oportunidade de
ecumenicidade entre as igrejas protestantes, inclusive com o catolicismo carismático, já que
este também experimenta dos mesmos carismas.
Outrossim, nos dias atuais, características
neopentecostais também têm tomado os espaços
das chamadas “igrejas históricas” (Presibiteriana,
Luterana, Metodista, Batista), mesmo que estas não
mudem suas Convenções Tradicionais. O que estaria
levando a esta onda neopentecostal? O Espírito Santo
ou as interpretações do Espírito baseado nos interesses
de quem não quer ficar de fora, de quem não quer Culto Neopentecostal
perder para o concorrente.
Vimos nesta aula a origem, o desenvolvimento histórico do pentecostalismo e
seus desafios para a cristandade brasileira e, a partir de então, passarmos a pensar o
desafio de construir uma pneumatologia responsável e comprometida com os valores do
Reino de Deus.
ATIVIDADES
As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta
“Atividades”. Após respondê-las, enviem-nas por meio do Portfólio- ferramenta do
ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas
apropriadas para se comunicar com o professor.
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