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Por: Hudson Crisostomo

Resenha do Filme “ Black”

O filme Black (2005) tem como tema abordado um problema social que é a educação
inclusiva. A educação inclusiva tem como público-alvo pessoas com déficit de atenção, ou
cegas, ou surdas, ou com autismo, ou qualquer outra pessoa que requer um ensino especial. No
caso do filme é retratado a história de uma menina chamada Michelle, que depois de alguns
meses de vida foi diagnosticada com cegueira e surdez.

Nem sempre uma criança especial consegue ser tratada pela família como uma criança
normal e levar uma vida normal, Michelle foi rejeitada por todos, exceto sua mãe, mas como
seu pai era muito ríspido e para não contrariar o marido, a família ficava alheia as necessidades
de Michelle e ela não recebia nenhum tipo de carinho ou afeto. Michelle quase sempre vivia no
isolamento e seus pais colocavam sinos para ela não se perder, assim como se faz em animais.

Por ela viver na escuridão o que fazia ela ter maiores limitações, Michelle foi crescendo
e tornando uma criança agressiva, sem modos, inquieta, impaciente, e cada vez mais
incompreendida e excluída por todos, principalmente, pelo pai, que se conformou a reconhecer
a filha como um animal.

Os pais de Michelle, com incentivo maior de sua mãe, tentaram alguns métodos para
educar a filha, mas foram ineficazes e todas as tentativas fracassaram. Até o dia que tomaram
conhecimento de Sahai, um homem que era conhecido por ajudar pessoas cegas e surdas a se
comunicarem. Sahai ao perceber o comportamento selvagem de Michelle, opta por estabelecer
uma didática severa e violenta. Este método foi bastante criticado e com muitos
questionamentos sobre ser, de fato, um método apropriado. No filme, o pai de Michelle foi
totalmente contra e não aceitou Sahai como professor, até mesmo por conto do seu problema
com alcoolismo.

Como o pai de Michelle iria fazer uma viagem de vinte dias, Sahai insistiu com a mãe
de Michelle para continuar a educa-la, e mesmo temerosa em desobedecer ao marido, optou por
deixar que o professor educasse Michelle em vinte dias. O professor e a aluna tiveram que ficar
isolados, e Sahai teve grandes dificuldades, porque tinha que tirá-la de uma total escuridão. Á
princípio ele teve que ensinar Michelle e se controlar, a ter boas maneiras e em paralelo ensinava
as palavras com movimentos da boca e da mão. Passados os vinte dias, percebe-se que Michelle
não havia tido grandes progressos, por ainda não ter entendido o significado das coisas. No
último dia, já fora do isolamento, Michelle teve um de seus excessos de raiva, e seu professor
a mergulhou no lago, foi quando ele conseguiu falar “água” e saber que aquilo era água. Depois
disso, os pais de Michelle aceitaram Sahai como professor, e ela começou a entender os sentidos
das coisas, relacionando as coisas com as pessoas e contextualizando as palavras e seus
significados.

Michelle, já mais velha, conseguiu ser aprovada na Universidade e depois de quarenta


anos, contados desde que começou a ser aluna de Sahai, com todas as dificuldades e limitações
e com um tempo mais longo que os demais, conseguiu se formar em Artes, o que a fez ser um
exemplo de perseverança e esperança para todos a sua volta e muito orgulho para sua família.
Neste intervalo, Sahai já não era mais seu professor, pois já estava velho e com problemas de
saúde, porém, Michelle nunca se esquecia dele e lutava para que ele nunca vivesse no
isolamento e na escuridão.

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