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Rio de Janeiro
25/11/2020
1. Caracterização da Bauhaus
O manifesto da escola Bauhaus surge em 1919, em Weimar na Alemanha, escrito por
Walter Gropius, famoso arquiteto alemão. A frase de abertura usada pelo arquiteto é “O
objetivo final de toda atividade plástica é a construção!”
A arte da década de 20, estava envolta pela classe artística luxuosa, lentamente se
separando de um momento romântico proporcionado pela Art Nouveou. O movimento
Bauhaus se inicia com a intenção de resgatar o trabalho artístico ao artesanato. Em seu
manifesto, Gropius descreve a importância da relação dos artistas com a arquitetura, que
apenas com essa ligação pode-se construir uma nação para o futuro, e que para isso, era
necessário ter os ensinamentos básicos dado pela escola.
Esses ensinamentos seriam construídos por artistas já reconhecidos, que tomariam como
princípio a utilização, dando total prioridade a capacidade de um objeto cumprir a sua
função principal.
O design gráfico foi a principal mudança entre as escolas, tendo uma alteração
drástica entre a comunicação da Art Nouveau com a arte da Bauhaus. Incorporando os
elementos geométricos, respeitando o fluxo de leitura entre as linhas horizontais e
verticais, herdadas das obras de Mondrian, e dando mais ênfase aos elementos
bidimensionais assim como o uso das cores primárias, a arte gráfica da nova escola
entrega toda a ênfase de seu material ao lado informativo, priorizando a legibilidade e a
função de um anúncio. Aqui, começamos a entrar no conceito integral da Bauhaus.
Mesmo que estes elementos fossem iguais, cabia ao trabalho do artista de saber
compor as peças, diferenciando uma obra da outra.
2. A contemporaneidade
O design aqui já não se limita mais ao seu aspecto visual. Com o avanço
tecnológico, as possibilidades de gerar uma experiência multissensorial expandiu o
alcance da arte, explorando outras áreas como músicas, estratégias audiovisuais, e até
mesmo em alguns casos surpreendentes, a experiência olfativa.
Em 1985, o Museu de Arte Moderna dos Estados Unidos abre sua exposição “An
International Survey of Recent Painting and Sculpture” (“Uma pesquisa internacional de
pinturas e esculturas recentes”), onde celebrava os artistas mais renomados da época.
Dentre os cento e sessenta e cinco artistas, selecionados para a exposição, pertencentes
de dezessete países diferentes, treze eram mulheres, e nenhuma delas negra.
A linguagem utilizada por estas obras condiz com aquilo descrito pela Bauhaus,
onde a funcionalidade da obra tem maior importância dentro da composição, tendo o
entendimento da informação como prioridade.
Sua obra “Do womem have to be naked to get into the Met. Museum?” recebe
alterações conforme o número de mulheres artistas expostas e o número de obras com
mulheres nuas são alteradas dentro do Met. Museum. A última alteração feita foi em 2012
(Figura 3), tendo 4% da exposição toda com mulheres artistas, e 76% com nus.
Porém, o consumidor de 2020 está cada vez mais preocupado com o impacto
social que as marcas têm, e sua transparência perante o mercado, demandando o
posicionamento dessas empresas em questões sociais.
ANEXO
Figura 1 – Obra “The advantages of being a woman artist:” feita em 1988 pelo grupo
Guerrilla Girls
Figura 2 – Obra “Do women have to be naked to get into the Met. Museum?” feita em
1989 pelo grupo Guerrilla Girls
Figura 3 – Última atualização da obra “Do women have to be naked to get into the Met.
Musuem?” feita em 2012 pelo grupo Guerilla Girls
Figura 4 – Arte postada no Facebook do coletivo ativista Mídia Ninja no dia em que o
jornal The Intercept publicou o vídeo de audiência de Mari Ferrer
(https://www.facebook.com/MidiaNINJA/photos/2037774743047327)
Figura 5 - Arte publicada no Instagram da agência de publicidade Obvious Agency no
dia em que o jornal The Intercept publicou o vídeo de audiência de Mari Ferrer
(https://www.instagram.com/p/CHJKquIF-Rp/)
BIBLIOGRAFIA
NGUYEN, Terry. How social justice slideshows made by activists took over
Instagram. Vox. Disponível em: <https://www.vox.com/the-goods/21359098/social-
justice-slideshows-instagram-activism>. Acesso em: 22 Nov. 2020.