Então,
- Tempo resposta rápido ao paciente.
- Prover cuidados eficientes, imediatos, para restabelecer a ventilação e
preservar a perfusão adequada para manter a produção necessária de
energia para a preservação dos órgãos.
- Rapidamente transportar o paciente para o hospital mais adequado.
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CONSENTIMENTO NO ATENDIMENTO
Um paciente adulto consciente poderá recusar atendimento e o mesmo deverá
assinar o termo de responsabilidade.
Se a vítima for menor e recusar o atendimento, mas os pais ou tutores legais o
quiserem você esta apto a fazê-lo.
SIGILO
Guardar sigilo do que o paciente falou ou comentou, isto é, uma forma ética
profissional do socorrista.
CHEGADA AO LOCAL:
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Obtenha informações/observe:
- A vítima – Ele está consciente? O que ele está tentando dizer? Está
apontando para alguma parte do corpo?
- O público – Alguém está lhe dizendo coisas sobre a vítima? (ele têm
problemas cardíacos, ele caiu da escada, nós dissemos para ele não
misturar remédios com bebida,...).
- Palpar pulso carotídeo ao mesmo tempo que o pulso radial – presença de pulso
carotídeo indica atividade cardíaca e o pulso radial indica grosseiramente que a pressão
arterial sistólica é maior que 60 mmHg. ATENÇÃO: Iniciar RCP na ausência de pulso
carotídeo.
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No caso de paciente estável suas fraturas devem ser imobilizadas antes de ser
colocado na maca rígida, mas em caso de instabilidade não é feita imobilização para
poupar tempo deverá ser feita a caminho do hospital.
HISTÓRICO:
- Entrevista: identifique-se e obtenha informações através de perguntas e respostas
(coleta de dados)
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Paciente inconsciente:
– Nome do paciente – se houver menores pergunte pelos pais
– O que aconteceu? – pergunte sobre qualquer indício que você tenha percebido ..
caiu da escada? desmaiou? bateu com a cabeça?
– Alguém viu algo diferente no paciente? – o paciente apertou o peito (tórax) antes
de cair?
– O paciente fez alguma relato antes do ocorrido? – dores no peito, náuseas,
estava preocupado com um cheiro estranho no local de trabalho ...
– O paciente têm alguma doença ou problema de saúde? – você pode ficar
sabendo de problemas cardíacos, diabetes, alergia, alcoólatra ...
– Alguém sabe se toma remédio? – não utilize a palavra droga
Paciente consciente:
– Nome / idade: Pergunte com simplicidade. Mantenha contato com o paciente
sempre o chamando pelo nome.
– O que está errado? Pergunte se ele sente dor em algum lugar?
PULSO:
- frequência e característica;
– pulso radial ou carotídeo;
- Razão: pulso/minuto;
- Intensidade: normal, rápido/lento;
- Força: cheio/fraco;
- Regularidade: constante/inconstante;
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RESPIRAÇÃO:
Observe se os movimentos respiratórios acontecem com facilidade ou de modo
contrário, parecem difíceis, forçados ou dolorosos. Quando o pacientes estiver
consciente, pergunte se ele tem algum problema ou dor ao respirar.
Profunda, forçada, ofegante – Obstrução das vias aéreas, falência cardíaca, ataque
cardíaco, doença pulmonar, trauma de tórax, descompensação diabética
Avaliação da Pele:
Fria, úmida – Choque, sangramento e perda do calor corporal
Fria, seca – Exposição ao frio
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PUPILAS:
tamanho e reações das pupilas
– Região Cervical: Segure firmemente com uma mão o queixo do paciente, com
os dedos da outra mão apalpe a região posterior do pescoço. Verifique a presença de
inchaço, deformação, amolecimento, dor ou sensibilidade, hemorragia ou ferimentos
abertos.
OBS.: possibilidade de movimento não descarta fratura ou lesão , não peça para o
paciente fazer movimentos sem antes “verificar” a área a ser “movimentada”
pálidas podem indicar intensa perda de sangue, coloração amarela, indica icterícia
(resultante de trauma ou doença no fígado)
VIAS AÉREAS
MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS quer dizer, na linguagem do Bombeiro,
manter permeáveis as vias aéreas, para melhor conseguir insuflar ar para dentro dos
pulmões da vítima.
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– Corpo estranho: são todos os objetos que engolidos ficam presos na garganta e
obstruam a passagem de ar. Ex.: balas, moedas, prótese,...
– Choque elétrico: o choque age como um bloqueador de músculos, com isto pode
vir a bloquear os músculos da respiração;
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PROCEDIMENTOS:
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DIMENSÕES APROXIMADAS
TRAUMA
É a aplicação de uma energia ou uma força sobre um corpo que supera sua
capacidade de defesa, produzindo danos cuja gravidade dependerá principalmente da
magnitude da energia envolvida no acidente;
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CINEMÁTICA DO TRAUMA
HISTÓRIA DO ACIDENTE
Pré-Acidente
O Acidente
EVENTOS TRAUMÁTICOS
IMPACTO FRONTAL
O ocupante do veículo continua a se deslocar para frente até que alguma parte da
cabine reduza sua velocidade ou ele seja ejetado para fora do veículo.
A vítima pode escorregar para baixo e as extremidades inferiores são pontos inicial
de impacto. O segundo componente é a rotação anterior (para frente) do tronco, contra a
coluna da direção ou painel de instrumentos. A cabeça pode tornar-se um míssil e o
crânio pode chocar-se contra o pára-brisa.
Lesões prováveis:
- Fratura de costelas;
- Lesões de coluna cervical.
IMPACTO LATERAL
A natureza das lesões vai ser determinada principalmente pelo lado do impacto,
pela posição do acompanhante e pela força do impacto (grau de intrusão).
Lesões prováveis:
IMPACTO TRASEIRO
O veículo atingido, incluindo seus ocupantes, é jogado para frente à medida que
absorve energia.
Lesões prováveis:
- Lesão cervical;
- Trauma da face;
- Lesões semelhantes as do impacto frontal.
CAPOTAMENTO
A vítima choca-se contra qualquer parte do interior do veículo. Este tipo de colisão
provoca lesões graves e múltiplas pelo deslocamento violento no momento do acidente.
EJEÇÃO
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LESÕES ORGÂNICAS
Por compressão:
Por desaceleração:
LESÕES DE PEDESTRES
Lesões prováveis:
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Lesões prováveis:
Lesões prováveis:
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
QUEDAS
Classificação:
PÓS - ACIDENTE
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ANALISAR A OCORRÊNCIA
Antes de chegar ao local, colher dados via rádio da sala de operações, elaborando
mentalmente uma forma de procedimento e quando próximo, fazer uma análise visual do
acidente transmitido dados à primeira vista.
O desdobramento da Análise de Situação deverá obedecer aos seguintes tópicos:
Dados:
Meios:
Análise do local deverá ser levada a efeito durante todo o desenrolar da ocorrência,
entretanto, depois de feita a análise parcial, o comandante elaborará o plano de atuação,
designando missões específicas às equipes de trabalho e solicitando apoio se for o caso.
A sinalização deverá ser feita de maneira que ofereça segurança para a equipe de
serviço, entretanto o local deverá ser imediatamente balizado e sinalizado, sempre
objetivando que os veículos que trafegam pela via sejam alertados do acidente antes de
poderem visualizá-lo.
Um posto de Comando deverá ser estabelecido para centralizar o plano de
operações e disciplinar as informações transmitidas à sala de operações.
ANALISAR OS RISCOS
EXPOR O MATERIAL
FERRAMENTAS MANUAIS
Calços de madeira, alavancas, correntes, cabos, chaves diversas, serras manuais,
machadinha, tesoura de chapa, grampos e manilhas, lanternas, etc.
EQUIPAMENTOS DE CORTE
Tesoura hidráulica, extrator, picador pneumático, moto abrasivo, corta frio, corta
vergalhão hidráulico, corte acetileno, etc.
EQUIPAMENTOS DE TRAÇÃO
Alargador hidráulico, extensor hidráulico, cunha hidráulica, almofada inflável, tirfor,
talha, roldanas, macaco hidráulico e mecânico, etc.
Após o socorro das vítimas, o local do acidente deve ser deixado em perfeita
segurança. Se possível os veículos devem ser removidos sobre a calçada, canteiros ou
acostamentos, quando estiver em impedindo o fluxo do trânsito ou em local de risco que
possa causar outro acidente (Lei Federal. 5970/73).
Quando isso não for possível, deverão ser reforçados a sinalização e balizamento,
permanecendo uma guarnição do trânsito ou policiamento no local.
Quando ocorrer vazamento de óleo ou combustível, toda a área da pista deverá ser
lavada antes do retorno do tráfego normal.
Se houver danos em postes ou em rede elétrica, deverá existir no local uma equipe
da Companhia de Energia Elétrica para solucionar o problema e efetuar os reparos
necessários.
Nos acidentes que envolvam edificações, estas deverão ser vistoriadas, avaliando
o risco de desabamento.
PREVENÇÃO DO LOCAL
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
- Colocar a vítima em posição de decúbito dorsal (deitado de barriga para cima). Para
colocar a vitima nesta posição, (se ela estiver em outra), é necessário proteger a sua
cervical, bem como:
- Fazer o sistema de rolagem se necessário e proteção do pescoço.
- Para retirar o capacete, é necessário que um Bombeiro, agachado ou em posição de
joelhos, por traz da cabeça da vitima e um segundo Bombeiro , também de joelhos ou
agachado do lado esquerdo da vítima, perto de sua cabeça. (Mais ou menos perto da
altura do peito da vitima).
- O Bombeiro número um, segura o capacete com as duas mãos, pela parte de baixo do
capacete Enquanto o segundo Bombeiro vai soltando o que esta prendendo o capacete
na vitima, tudo isto rápido e delicadamente.
ATENÇÃO
- O primeiro Bombeiro, (o que esta por traz da cabeça) terá a função de:
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CRISE CONVULSIVA
Conceito:
A duração de uma crise convulsiva pode ser maior do que 3-5 minutos, ou pode se repetir
várias vezes, caracterizando um estado de mal epiléptico que é muito grave, pois
compromete a respiração da vítima levando à uma parada respiratória.
Não forçar a abertura da boca durante a crise convulsiva, nem tentar introduzir nenhum
objeto na boca.
Se a crise persistir durante o transporte e houver diminuição da freqüência respiratória
(menor que 8 mrm no adulto e menor que 12 mrm nas crianças) ou parada respiratória,
iniciar ventilação artificial com máscara e BVM.
Estado Pós-Convulsivo:
É o que ocorre após a convulsão. A vítima pode apresentar algum destes sintomas:
- sono
- dificuldade para falar
Não deixe a vítima sozinha nesta fase, pois ela pode atravessar a rua e ser
atropelada.
O Bombeiro deve estar preparado para uma nova crise convulsiva e para a
ocorrência de vômitos.
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ESTADO DE CHOQUE
Conceito:
Causas:
- dor intensa
- queimaduras graves
- esmagamentos ou amputações
- exposições prolongadas a frio ou calor extremos
- acidente por choque elétrico
- ferimentos extensos ou graves
- ataque cardíaco
- infecções graves
- intoxicações alimentares ou envenenamento.
Sinais e Sintomas:
- Observar se não há objetos ou secreções na boca da vítima, de maneira que ela possa
se asfixiar com ele. Ex. bala, chiclete, prótese, etc.
- Descobrir a causa do estado de choque (hemorragia interna, externa, queimadura, etc.)
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FERIMENTOS
Conceito:
Em Perfuração de Vísceras:
- Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada numa
posição neutra
- Aplicar curativo sem exercer forte pressão
- Utilizar para o curativo a bandagem triangular ou atadura de crepe
- Não retirar objetos encravados ou transfixantes, exceto, aqueles transfixantes na
bochecha que devem ser retirados quando possível
FERIMENTOS NO OLHO
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FERIMENTOS NO NARIZ
Nos casos de trauma não obstruir a saída de sangue e/ou líquor pelo nariz
FERIMENTOS NO PESCOÇO
- Fazer uma compressão manual direta sobre a artéria carótida e mantê-la até chegar ao
hospital
- Nunca pressionar os dois lados ao mesmo tempo.
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AMPUTAÇÃO OU AVULSÃO
- dor no local
- respiração dificultosa
- presença de ferimento no tórax
- saída de ar através do tórax
- saída de sangue borbulhando pelo ferimento
- tosse com secreção sanguinolenta
- desvio de traquéia
- enfisema subcutâneo (presença de ar no subcutâneo)
Procedimentos Gerais:
- Controlar hemorragia.
- Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões (expiração forçada)
- Aplicar no ferimento um curativo oclusivo de formato quadrado (utilizar o plástico protetor
de evisceração) vedando suas bordas em 3 pontas com esparadrapo
- Transportar a vítima deitada sobre o lado afetado, mantendo a imobilização de sua
coluna
- Monitorar constantemente pressão arterial, freqüências respiratória e cardíaca,
coloração de mucosas
- Estar atento aos sinais e sintomas de choque, tratando a vítima como tal
- Comunicar a Central de Operações
EVISCERAÇÃO
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FRATURAS
Conceito:
Classificação:
A fratura pode ser fechada (não há rompimento da pele, o osso não aparece) e
externa ou aberta (quando o osso exterioriza-se).
Sinais e Sintomas:
Atendimento:
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- Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema e também para
observar a evolução e para não forçar o osso para dentro, podendo romper vasos
sangüíneos e causar intensa dor
- Utilize uma tipóia, lenço ou atadura
- Não tente recolocar o osso no lugar, isso é um procedimento médico realizado dentro do
hospital, com todos os cuidados necessários
- Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de
maneira que ela não possa realizar movimentos, não lateralize a cabeça e não eleve-a
- Em caso de fratura de bacia, o risco de ter hemorragia interna deve ser avaliado. pois
pode ter rompido vasos sangüíneos importantes, como a artéria femoral e ou a veia
femoral, observe se há presença de sinais e sintomas que possam levar ao Estado de
Choque
- Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima, o ideal é uma superfície rígida (tipo
uma tábua), fixe-a com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical
- Mantenha-a avaliada constantemente.
ALINHAMENTO DE FRATURAS
HEMORRAGIA
Conceito:
Classificação:
Hemorragia interna:
É a que ocorre internamente, ou seja, não se enxerga o sangue saindo para fora, é
mais difícil de identificar. Algumas vezes, pode exteriorizar-se, saindo sangue em golfadas
pela boca da vítima.
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Hemorragia externa:
É aquela que é visível, sendo portanto, mais fácil identificar. Se não for prestado
atendimento, pode levar ao Estado de Choque. A hemorragia pode ser arterial ou venosa.
Na Arterial, a saída de sangue acompanha os batimentos cardíacos. Na Venosa, o
sangue sai contínuo.
- Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue ou fluidos corpóreos)
- Identificar o local exato da hemorragia, o sangue espalha-se e podemos estar realizando
atendimento no local errado
- Colocar um pano limpo dobrado, no local do ferimento que ocasiona a hemorragia
- Colocar a atadura em volta ou fazer uma atadura improvisada, com tiras largas ou
cintos. Não utilizar objetos que possam causar dificuldade circulatória (arames, barbante,
fios, etc.). Faça um curativo compressivo, sem prejudicar a circulação daquele membro
HEMORRAGIAS EXTERNAS
Reconhecimento:
Conduta:
- Expor o ferimento
- Fazer uma compressão direta e firme sobre o ferimento, com uma compressa de gaze,
até parar o sangramento
- Fixar a compressa com uma atadura de crepe
- Elevar o membro nas hemorragias em extremidades
- Caso o sangramento persista, comprimir os pontos arteriais proximais
- Como último recurso usar o torniquete e não afrouxá-lo até que tenha chegado ao
hospital
HEMORRAGIA INTERNA
Conduta:
APLICAÇÃO DO TORNIQUETE
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- Segurar nessa posição sem aliviar a pressão em nenhum momento até chegar ao
hospital
- Anotar a hora em que foi exercida a pressão
- Se o socorrista optar pela utilização do torniquete, este não deve ser afrouxado
- Retirar o torniquete apenas no hospital, após atendimento médico
- O torniquete é usado apenas como último recurso para controlar uma hemorragia que
não cessou com os procedimentos anteriores.
O torniquete é usado apenas como último recurso para controlar uma hemorragia
que não cessou com os procedimentos anteriores.
QUEIMADURAS
Conceito:
Exemplos: - Contato direto com chama, brasa ou fogo - Contato com gelo ou superfícies
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Tem-se uma idéia aproximada da superfície queimada usando a "regra dos nove":
Atendimento:
- Não utilize nenhum tipo de pomada ou produtos caseiros na área afetada pela
queimadura, somente água
- Aguarde a chegada do socorro ou encaminhe a vítima até um hospital.
Reconhecimento da queimadura:
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- Se a vítima estiver com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva um cobertor em seu
corpo a partir do pescoço em direção aos pés
- Interromper a reação de calor, resfriando a vítima com soro fisiológico ou água limpa a
temperatura ambiente
- Retirar as vestes com delicadeza, sem arrancá-las, cortando-as com tesoura. Não
arrancar o tecido se estiver aderido à queimadura, apenas resfriá-lo com soro fisiológico
ou água limpa a temperatura ambiente, deixando-o no local
- Retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios ou jóias antes que o membro
edemacie e a retirada fique impossibilitada
- Avaliar as regiões do corpo acometidas, a profundidade da lesão (1º, 2º ou 3º grau), e a
extensão da lesão através da porcentagem da área corpórea atingida (regra da palma da
mão ou regra dos nove)
- Caso haja acometimento da face (queimadura de pele, cabelos ou pêlos do nariz e das
pálpebras) ou possibilidade de que a vítima tenha inalado fumaça ou gases, dar especial
atenção às vias aéreas e respiração, fornecendo oxigênio por máscara. Cobrir os olhos da
vítima com gaze umedecida em soro ou água limpa
Estar atento para reconhecer esta condição. Neste caso, transportar a vítima na posição
de choque.
- Antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja em contato com o agente agressor
(no ambiente, nas vestes, ou na pele), proteger-se de sua exposição (luvas, óculos e
vestimenta de proteção). Se possível, identificar o agente agressor
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- Retirar as vestes da vítima que estiverem impregnadas pelo produto e lavar a pele com
água corrente, abundantemente. No mínimo 5 minutos para ácidos e 15 minutos para
álcali
- Se o produto for seco (na forma granulado ou pó), retirá-lo manualmente sem friccionar
(com pano seco ou escova). Em seguida lavar o local com água corrente no mínimo 5
minutos para ácidos e 15 minutos para álcali
- Na suspeita de liberação de gases, ministrar oxigênio por máscara à vítima.
Prioridade no atendimento:
- Queimaduras que atingir mais de 20% da área corpórea ou que atinja a face ou vias
aéreas são considerada grave e tem a prioridade máxima no atendimento a vítima
- Queimaduras moderadas tem a prioridade secundária
- Queimaduras de 2º e 3º graus em mais de 40% do corpo têm a prioridade leve
- Calcinação ou carbonização da vítima tem a prioridade nula
- Nos produtos secos, não utilizar água ou líquidos antes de retirá-lo, pois poderão
dissolvê-los aumentando a área de contato com o agente produzindo uma queimadura
mais extensa
- Não furar bolhas e nem passar qualquer produto não orientado (pomada,...)
REAÇÃO ANAFILÁTICA
Reconhecimento:
Conduta:
- Dor em opressão no tórax, de forte intensidade, que pode se estender para o ombro,
braço esquerdo, pescoço, mandíbula, região epigástrica (estômago) e dorso que não
melhora com o repouso
- Sudorese
- Náuseas e vômitos
- Ansiedade, agitação
- Palidez cutânea
- Pulso arrítmico
- Antecedente de doença cardíaca e/ou uso de medicamentos para o coração.
Conduta:
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1. Parada Respiratória
- Obstrução das vias aéreas superiores - É a causa mais frequente, podendo ocorrer por
um corpo estranho ou mais frequentemente pela queda da língua sobre a faringe
- Lesão cerebral
- Lesão torácica - Quando um trauma no tórax impede o movimento normal
- Drogas - Diversas drogas reduzem ou param o estímulo a respiração
- Afogamento - Neste caso pode ocorrer, obstrução das vias aéreas ou exaustão
respiratória.
2. Parada Cardíaca
- A obstrução das vias aéreas superiores é a causa mais comum da parada respiratória
- A queda da língua sobre a faringe é a causa mais comum de obstrução de vias aéreas
superiores. Os corpos estranhos são menos comuns
- A desobstrução tem prioridade em pacientes que não respondem.
- Esta manobra não deve ser utilizada na suspeita de trauma da coluna cervical.
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- A limpeza da boca deverá ser feita antes da ventilação apenas em casos de forte
suspeita de corpo estranho. Caso em contrário ela será realizada apenas se a ventilação
manual não for eficaz.
- Elevação da Mandíbula. O socorrista se posiciona por detrás da vítima e com suas mãos
segura os ângulos da mandíbula, deslocando-a para cima
- Esta manobra exige dois socorristas para a ventilação simultânea da vítima
- Evite movimentos laterais - As mãos do outro guarda-vidas estabiliza a coluna cervical.
5º Passo - VENTILAÇÃO
7º Passo - CIRCULAÇÃO
- Aplicação de pressão sobre o tórax da vítima fazendo o sangue circular por todo o corpo
- Só deve ser iniciada se não houver pulso arterial ou sinais de circulação - Parada
Cardíaca
- Tenha certeza de que não há pulso arterial ou sinais de circulação - parada cardíaca
- Localize a linha dos mamilos, posicionando as mãos no centro do peito;
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- Coloque uma mão sobre o dorso da outra, com os dedos entrelaçados em flexão dorsal,
e com os punhos em extensão palmar
- Com os cotovelos estendidos em angulo reto, debruçado sobre a vítima e usando o seu
próprio peso, faça pressão sobre o osso esterno de forma perpendicular sem apoiar-se
sobre as costelas
- Na compressão você deve fazer uma depressão de 5 cm no adulto. Em crianças a
região de compressão cardíaca é a mesma do adulto, porém utiliza-se menor força, e
somente uma mão. No lactente coloque o dedo indicador na linha imaginária entre os dois
mamilos e suspenda o dedo indicador mantendo os dedos anelar e médio- dois dedos
- Faça a compressão cardíaca sem retirar a mão do local marcado permitindo ao tórax
retornar ao normal. O tempo de compressão e descompressão devem ser o mesmo. A
velocidade de compressões é de 100 vezes por minuto para adultos e crianças. Em
lactentes devemos fazer 120 compressões cardíacas por minuto.
COMPLICAÇÕES DA RCP
- O melhor resultado da RCP ocorre quando o Suporte Básico de Vida é iniciado em até 4
minutos, seguido pelo Suporte Avançado de Vida em até 8 minutos;
- As melhores respostas a RCP ocorrem em: Infarto agudo do miocárdio, casos de
fibrilação ventricular, hipotermia, "overdose", obstrução de vias aéreas, parada
respiratória primária e afogamento.
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Existem casos de afogamento atendidos por nosso grupo, que foram reanimados com
mais de 15 minutos de submersão, sem seqüelas, o que justifica todo empenho realizado
nestes casos.
b) Sinais e sintomas:
- Distúrbios da visão.
- Zumbido no ouvido.
- Paralisia dos músculos da respiração.
- Lesões musculares.
- Lesões nos ossos e nas articulações decorrentes da violenta contração muscular.
- Lesão da medula com ou sem fratura das vértebras.
- Queda brusca da pressão arterial.
- Ritmo irregular do coração.
- Convulsões.
- Remover, sempre que possível, os fios de contato direto ou indireto com a vítima.
- Considerar fios caídos sempre como energizados.
- Se os fios estiverem em contato com veículos, orientar as vítimas a permanecerem no
seu interior até que a companhia de eletricidade possa desenergizá-los, a não ser que
haja risco iminente de incêndio ou explosões; nestas situações, orientar a vítima a pular
do veículo sem fechar o circuito com o solo.
- Se houver um fio chicoteando, tente estabilizá-lo com o estepe da viatura.
- O Bombeiro que for utilizar o croque deverá ter amarrada na cintura uma “linha de vida”
com a finalidade de retirá-lo rapidamente em caso de contato com a fonte de energia.
- Não esquecer de desligar a fonte de energia e certificar que toda a eletricidade escoou,
antes de acessar a vítima.
- Considerar a vítima de choque elétrico sempre como grave, mesmo que não haja sinais
externos que indiquem isto.
PARTO DE URGÊNCIA
RECONHECIMENTO:
Conduta:
PARTO IMINENTE
Reconhecimento:
Conduta:
- Envolver o bebê com panos limpos inclusive a cabeça, mantendo-o aquecido e mantê-lo
no mesmo nível que o corpo da mãe;
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Reconhecimento:
Imediatos:
- dor local intensa.
- marcas de picada, mordedura.
- edema, vermelhidão, hematomas, bolhas.
Tardios:
- dificuldade respiratória (edema de glote).
- queda da pálpebra.
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OBS.:
- Se não conseguir identificar o animal tratar como se fosse venenoso.
- Não perca tempo tentando identificar o animal agressor.
- Nunca garrotear ou fazer torniquete.
- Não perfurar em volta da picada, nem espremer ou sugar a ferida.
- Estar atento aos sinais e sintomas de choque anafilático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- MANUAL DE SOCORRO DE EMERGÊNCIA – Raimundo Rodrigues Santos,
Marcelo Dominguez Canetti, Célio Ribeiro Júnior, Fernando Suarez Alvarez. – São Paulo:
Editora Atheneu, 1999;
- PHTLS 6ª Edição
Edição e Atualização:
Anderson Jociel da Rosa
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