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GUIA DE

AÇOS PARA
CONSTRUÇÃO
MECÂNICA

1
De modo geral, os aços para Cons-
trução Mecânica podem ser divididos
em dois grupos: aços para Beneficia-
mento e aços para Cementação. O be-
neficiamento é um tratamento térmi-
co composto de dois tratamentos em
temperatura adequada: têmpera se-
guida de revenido (revenimento). Esse
processo é utilizado para modificar as
propriedades mecânicas e físicas do
aço, com o intuito de obter maior te-
nacidade.

Já a cementação é um dos processos


de endurecimento de superfície mais
utilizados. Envolve a difusão do carbo-
no em um aço com baixo teor de car-
bono para formar uma superfície de
aço com alto teor de carbono. É um
processo de tratamento térmico que
produz uma superfície resistente ao
desgaste, ao mesmo tempo que man-
tém a tenacidade e a resistência do
núcleo.
Neste guia completo, nós reunimos

Copyright ©️ Julho/2021 por Aços Nobre. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total deste e-book sem autorização expressa do autor.
todas as informações que você pre-
cisa saber sobre os nove aços mais
utilizados para construção mecâni-
ca: Aços carbono 1045, 1020 e A36;
Aços liga 4140, 4340, 8640 e 8620;
e Aços mola 5160 e 6150.

O que você vai


encontrar neste guia:
Informações gerais sobre esses
aços;
Tabelas com composição química;
Temperaturas para forjamento;
Aplicações;
Propriedades físicas e mecânicas;
Orientações para diferentes tipos
de tratamentos térmicos;
Tabelas de tolerâncias;
E muito mais!

Boa Leitura!
Equipe Aços Nobre
AÇO CARBONO
SAE 1045

Composição Química

C Mn P S

0.42- 0.60- 0.040 0.50


0.50 0.90 (máx.) (máx.)

Aço com médio teor de carbono para


beneficiamento com temperabili-
dade baixa, ou seja, baixa penetração
de dureza na seção transversal. Por
isso, seu uso não é recomendado para
seções superiores a 60 mm.
Possui boa combinação de resistên-
cia mecânica (de 570 a 700 MPa) e
resistência à fratura. Para grandes
seções, é recomendado utilizar o
tratamento térmico de normalização.
É caracterizado por boa soldabilidade,
boa usinabilidade e resistência e pro-
priedades de impacto nas condições
normalizada ou laminada a quente.
4
Aplicações
Componentes de uso geral, principal-
mente quando é necessária resistên-
cia mecânica superior aos dos aços
de baixo carbono convencionais. É
aplicado em eixos, pinos, cilindros,
ferrolho, parafusos, grampos, braça-
deiras, pinças, cilindros, pregos, colu-
nas, entre outros.

DENOMINAÇÃO DOS CONDIÇÕES DE


FABRICANTES FORNECIMENTO

Barras laminadas
– W.Nr. 1.1191
sem acabamento
– DIN C 45E / CK45
mecânico, barras tre-
– UNS G10450
filadas e forjadas nos
– VT45
formatos quadrado,
– GERDAU 1045
redondo, sextavado e
retangular.

5
CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperatura
mínima de 870ºC e
máxima de 1240ºC. 1045

6
Propriedades
Mecânicas
Densidade (× 1000 kg / m3): 7.7-
8.03 a 25ºC;

Proporção de Poisson: 0.27-0.30 a


25ºC;

Módulo Elástico (GPa): 190-210 a


25ºC;

Resistência à Tração (Mpa): 585;

Força de rendimento (Mpa): 505;

Alongamento (%): 12;

Durezas: Brinell 180 e Rockwell


(HRC) 50/55.

7
Tratamento
RECOZIMENTO Térmico

Temperatura próxima de 800-


850ºC por no mínimo 1 hora para
cada 25 mm. Resfriar lentamente
no forno.
NORMALIZAÇÃO

Temperatura próxima de 880-


900ºC por no mínimo 1 hora para
cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em
casos especiais pode utilizar ar
forçado.

Austenitização em temperatura
entre 820-850ºC. Aquecer por 1
TÊMPERA

hora para cada 25 mm de espes-


sura. Resfriar em água ou políme-
ro. Para resfriamento em óleo
(seções menores do que 10 mm)
temperar a partir de 840-860ºC.

8
Deve ser realizado imediatamente
após a têmpera quando a temper-
atura atingir cerca de 70ºC. A tem-
peratura de revenimento deve ser
REVENIMENTO

selecionada de acordo com a dureza


especificada para o componente.
Para isto, utilizar a curva de reveni-
mento orientativa abaixo. Manter na
temperatura de revenimento por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm de
espessura e utilizar no mínimo por
duas horas. Resfriar em ar calmo.

Pode ser nitretado para elevar a re-


sistência ao desgaste pelo endure-
NITRE-
TAÇÃO

cimento superficial. A dureza máx-


ima depende da condição prévia de
tratamento térmico.

Aquecer rapidamente até a temper-


atura de 820-860ºC e resfriar em
SUPERFICIAL
TÊMPERA

água ou óleo. As condições de trata-


mento dependem do tamanho e ge-
ometria da peça, bem como da du-
reza desejada e das características
do equipamento.

9
Curva de Temperabilidade

Curva de Revenimento.
Têmpera a partir de 850ºC.

Barras e chapas de aço 1045


Orçamento Online

10
AÇO CARBONO
SAE 1020
Composição Química

C Mn P S

0.17- 0.30- 0.040 0.50


0.23 0.60 (máx.) (máx.)

É um dos tipos de aço carbono mais


comum. É utilizado para cementação
com excelente custo-benefício – quan-
do comparado com aços liga para o
mesmo propósito!
Possui excelente plasticidade e solda-
bilidade. Após cementação é benefi-
ciado, mas possui menor capacidade
de endurecimento (quando comparado
ao SAE 8620, por exemplo).

Aplicações
A liga de aço 1020 pode ser ampla-
mente utilizada em todos os setores
industriais para melhorar as proprie-
11
propriedades de soldabilidade ou usin-
abilidade.

Tem aplicação em componentes


mecânicos como engrenagens, eixos,
virabrequins, eixos-comando, pinos
guia, anéis de engrenagem, colunas,
catracas, capas.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES

Barras laminadas
sem acabamento
– W.Nr. 1.1151
mecânico, barras tre-
– G10200
filadas e forjadas nos
– VT20
formatos quadrado,
– GERDAU 1020
redondo, sextavado e
retangular.

12
CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperatura mínima
de 900ºC e máxima
de 1260ºC. 1020

Propriedades
Resistência à tração (final): 394.72
MPa (57249 psi)
13
Resistência à tração (produção):
294.74 MPa (42748 psi)

Alongamento na ruptura (em 50


mm): 36.5%

Redução de Área: 66.0%

Módulo de elasticidade (típico para


aço): 200 GPa (29000 ksi)

Coeficiente de Poisson: 0.290

Durezas: Brinell 145 e Rockwell


(HRC) 55/62.

14
Tratamento Térmico
RECOZIMENTO

Deve ser feito na temperatura en-


tre 850-870ºC por no mínimo 1
hora para cada 25 mm. Resfriar
lentamente no forno.
NORMALIZAÇÃO

Deve ser feito na temperatura


próxima de 920-950ºC por no mí-
nimo 1 hora para cada 25 mm.
Resfriar ao ar. Em casos especiais
pode ser utilizado ar forçado.

Cementação em caixa, a gás ou


em banho de sal. A temperatu-
ra deve estar entre 900-925ºC.
CEMENTAÇÃO

O tempo de cementação deve ser


controlado em função do potencial
de carbono e da profundidade de
endurecimento especificados.
A cementação deve ser seguida
pelo beneficiamento.

15
A têmpera pode ser realizada diret-
amente após a cementação, bastan-
do para isto diminuir a temperatura
até 840-850ºC, manter pelo tem-
po necessário para homogeneizar a
TÊMPERA

temperatura na seção transversal e


resfriar em água. Também pode ser
realizada após a cementação com
resfriamento do componente até a
temperatura ambiente. Neste caso,
utilizar o mesmo procedimento de-
scrito.

Deve ser realizado imediatamente


após a têmpera quando a temper-
atura atingir cerca de 70ºC. É re-
REVENIMENTO

alizado em temperaturas entre


150-200ºC. No revenimento não há
queda significativa da dureza, mas
se garante uma melhor resistência à
fratura e a formação de trincas su-
perficiais na retífica.

16
Pode ser nitretado para elevar a
resistência ao desgaste pelo en-
durecimento superficial. O compo-
NITRETAÇÃO

nente deve ser no estado recozido.


A nitretação pode ser por processo
gasoso ou de plasma. A presença
da Camada Branca é imprescindív-
el, com uma espessura superior a
12 mm.

Curva de Revenimento.
Têmpera a partir de 845ºC.

Barras e chapas de aço 1020


Orçamento Online
17
AÇO CARBONO SAE
A36 (ASTM A36)

Composição Química

C Cu Mn Si P S

0.25- 0.20 1.03 0.28 0.040 0.050


0.29

É um aço carbono de qualidade es-


trutural. Sua resistência, conformab-
ilidade e excelentes propriedades de
soldagem o tornam adequado para
uma ampla variedade de aplicações.
Possui boa usinabilidade e boa forjabi-
lidade.
Os aços de linha ASTM (American So-
ciety for Testing and Materials) são
comumente utilizados em estruturas
metálicas, tendo como principais car-
acterísticas as propriedades mecâni-
cas utilizadas normalmente para o
projeto do cálculo estrutural.
18
Aplicações
Possui aplicação na construção
aparafusada, rebitada ou soldada de
pontes, edifícios e plataformas de
petróleo.
Também é usado na formação de
tanques, silos, placas de mancal,
acessórios, anéis, gabaritos, gab-
aritos, rodas dentadas, cames, en-
grenagens, placas de base, forja-
dos, trabalhos ornamentais, estacas,
suportes, equipamentos automotivos
e agrícolas, quadros, peças de máqui-
nas. E para várias peças obtidas por
corte de chama, como em garagens
de estacionamento, passarelas, ram-
pas de desembarque de barcos.

19
DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES

Barras laminadas sem


acabamento mecâni-
co, Barras Trefiladas
– ASTM A36
e Barras Forjadas nos
formatos redondo, e
chapa / retangular.

USINAGEM SOLDAGEM

Fácil de soldar usan-


A taxa de usinabili-
do qualquer tipo de
dade estimada em
método de solda-
72% e seu avanço
gem, e as soldas e
médio de corte da
juntas assim forma-
superfície é de 120
das são de excelente
pés/min.
qualidade.
20
Propriedades
Físicas e Mecânicas
Densidade: 7.85 g/cm³ (0.284 lb/
in3)
Ponto de fusão: 1.425-1.538° C
Resistência à tração: 400 – 550
MPa
Resistência à tração (rendimento):
250 MPa
Alongamento na ruptura (em 200
mm): 20.0%
Alongamento na ruptura (em 50
mm): 23.0%
Módulo de elasticidade: 200 GPa
Módulo em massa (típico para aço):
140 GPa
Razão de Poisson: 0.260
Módulo de cisalhamento: 79,3 GPa
Durezas: Brinell 145 e Rockwell
21
Tratamento Térmico
Para cementação
ou têmpera e reve-
TÊMPERA nimento (água, sal-
moura ou banho de
sal)

NORMALIZAÇÃO 899° C – 954° C

RECOZIMENTO 843° C – 871° C

ALÍVIO DE
677° C – 927° C
TENSÃO

CARBURAÇÃO 899° C – 927° C

ENDURECIMENTO 788° C – 816° C

Barras e chapas de aço A36


Orçamento Online
22
AÇO SAE 4140 PARA
BENEFICIAMENTO
Composição Química

C Si Mn Cr Mo

0.38- 0.10- 0.75- 0.80- 0.15-


0.43 0.35 1.00 1.10 0.25

Liga de aço para beneficiamento.


Possui temperabilidade média e é li-
gada ao cromo e molibdênio.
Tem aplicação na fabricação de difer-
entes componentes mecânicos, prin-
cipalmente os que demandam boa
combinação de resistência mecâni-
ca média e resistência à fratura.
Também possui elevada resistência à
fadiga!

Aplicações
Componentes para sistemas mecâni-
cos de uso geral (especialmente nos
casos em que não se aplica o aço SAE
1045), pois possui melhor capacidade
23
de endurecimento em maiores seções
transversais, resistência à fadiga e à
fratura.
Também é empregado na fabricação
de rolamentos, cilindros, engrena-
gens, eixos hidráulicos, eixos furados,
anéis, porcas e parafusos, tirantes,
etc.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES

– W.Nr. 1.7223
Barras laminadas e
– DIN 42CrMo4
forjadas nos formatos
– UNS G41400
bloco, quadrado e re-
– VL40
dondo.
– GERDAU 4140

24
CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperatura mínima
de 925ºC e máxima
de 1220ºC. 4140

Propriedades
Resistência à tração: 655 MPa
(95000 psi)

Força de rendimento: 415 MPa


(60200 psi)
25
Módulo de massa (típico para aço):
140 GPa (20300 ksi)

Módulo de cisalhamento
(típico para aço): 80 GPa (11600 ksi)

Módulo elástico: 190-210 GPa


(27557-30458 ksi)

Coeficiente de Poisson: 0,27-0,30

Alongamento na ruptura
(em 50 mm): 25,70%

Dureza Brinell: 228

Dureza Rockwell HRC: 55/60

Usinabilidade (com base em AISI


1212 em 100 usinabilidade): 65

26
Tratamento Térmico

Deve ser feito na temperatura


RECOZIMENTO

próxima de 850ºC
por no mínimo 1 hora para cada
25 mm. Resfriar lentamente no
forno.
NORMALIZAÇÃO

Deve ser realizada na temperatura


próxima de 870-900ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm.
Resfriar ao ar. Em casos especiais
pode utilizar ar forçado.

Austenitização em temperatura
entre 840-870ºC. Aquecer por 1
hora para cada 25 mm de espes-
TÊMPERA

sura e adicionar 1 hora para cada


25 mm adicionais. Resfriar em
óleo ou polímero. O resfriamento
em polímero conduz a menor va-
riação dimensional e maior homo-
geneidade microestrutural.

27
Deve ser realizado imediata-
mente após a têmpera quando
a temperatura atingir 70ºC. A
temperatura de revenimento
deve ser selecionada de acordo
com a dureza especificada no
REVENIMENTO

componente. Para isto utilizar


a curva de revenimento. Man-
ter na temperatura de reveni-
mento por no mínimo 1 hora
para cada 25 mm de espessu-
ra e utilizar no mínimo por duas
horas. Não revenir entre 230-
370ºC por causa da fragilidade
ao revenido.

28
Este aço pode ser nitretado para
elevar a resistência ao desgaste
pelo endurecimento superficial. A
dureza máxima depende da con-
NITRETAÇÃO

dição prévia de tratamento tér-


mico. Componentes beneficiados
antes da nitretação terão melhor
característica de endurecimento.
Recomenda-se profundidade de
endurecimento entre 0,30 e 0,60
mm.
SUPERFICIAL
TÊMPERA

Pode ser realizada por processo


de chama ou indução para dure-
zas superiores a 55 HRC.

29
Curva de Temperabilidade.

Curva de Revenimento.
Têmpera a partir de 850ºC.

Aços SAE 4140


Orçamento Online

30
AÇO SAE 4340 PARA
BENEFICIAMENTO
Composição Química

C Si Mn Cr Ni Mo

0.38- 0.15- 0.60- 0.70- 1.65- 0.20-


0.43 0.30 0.80 0.90 2.00 0.30

Assim como o SAE 4140, é um aço


para beneficiamento. Ligado ao cro-
mo-níquel-molibdênio, possui eleva-
da temperabilidade e é utilizado na
fabricação de diferentes componen-
tes mecânicos, inclusive com seções
espessas, quando é necessária uma
combinação de resistência mecânica
média e resistência à fratura. Possui
elevada resistência à fadiga.

Aplicações
Essa liga é empregada em componen-
tes para sistemas mecânicos, princi-
palmente estruturais (especialmente
os que necessitam de homogeneidade
31
neidade de dureza ao longo da se-
ção transversal, seja em pequenas ou
grandes seções).

Suas principais aplicações são: eixos,


engrenagens, engrenagens planetá-
rias, colunas, mangas e cilindros.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES
– W.Nr. 1.6565
– DIN 40NiCrMo6 Barras laminadas e
forjadas nos formatos
– UNS G43400 bloco, redondo e qua-
– VM40 drado.
– GERDAU 4340

CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperatura mínima
de 900ºC e máxima
de 1220ºC. 4340

32
Propriedades
Densidade (x 1000 Kg/m³): 7,7-
8,03 a 25ºC

Ponto de fusão: 1427ºC

Proporção de Poisson: 0.27-0.30 a


25ºC

Módulo Elástico (GPa): 190-210 a


25ºC

Resistência à tração: 744.6 Mpa ou


108,000 psi

Dureza Brinell: 260

Dureza Rockwell HRC: 55/60


33
Tratamento Térmico
RECOZIMENTO
O tratamento deve ser feito na
temperatura próxima de 850ºC por
no mínimo 1 hora para cada 25
mm. Resfriar lentamente no forno.

O tratamento deve ser feito na


NORMALIZAÇÃO

temperatura próxima de 860-


880ºC por no mínimo 1 hora para
cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em
casos especiais pode se utilizar ar
forçado.

Austenitização em temperatura
entre 840-870ºC. Aquecer por 1
hora para cada 25 mm de espes-
TÊMPERA

sura e adicionar 1 hora para cada


25 mm adicionais. Resfriar em
óleo ou polímero. O resfriamento
em polímero conduz a menor varia-
ção dimensional e maior homoge-
neidade microestrutural.

34
Deve ser realizado imediatamen-
te após a têmpera quando a tem-
peratura atingir cerca de 70ºC.
A temperatura de revenimento
deve ser selecionada de acordo
com a dureza especificada para o
componente. Para isto utilizar a
REVENIMENTO

curva de
revenimento orientativa. Manter
na temperatura de revenimento
por no mínimo 1 hora para cada
25 mm de espessura e utilizar
no mínimo por duas horas. Não
revenir no intervalo de tempera-
tura entre 230-370ºC por causa
da possibilidade de induzir à fra-
gilidade ao revenido.

35
Este aço pode ser nitretado para
elevar a resistência ao desgaste
pelo endurecimento superficial. A
dureza máxima
NITRETAÇÃO

depende da condição prévia de tra-


tamento térmico. Componentes
beneficiados antes da nitretação
terão melhor característica de en-
durecimento. Recomenda-se pro-
fundidade de endurecimento entre
0,30 e 0,60 mm.
SUPERFICIAL
TÊMPERA

Pode ser realizada por processo de


chama ou indução para durezas su-
periores a 55 HRC

36
Curva de Temperabilidade

Curva de Revenimento.
Têmpera a partir de 850ºC.

Barras de Aço 4340


Orçamento Online

37
AÇO SAE 8640 PARA
BENEFICIAMENTO
Composição Química

C Si Mn Cr Ni Mo

0.38- 0.20- 0.75- 0.40- 0.40- 0.15-


0.43 0.35 1.00 0.60 0.70 0.25

É um dos aços de médio carbono e


baixa liga mais utilizados. Liga para
beneficiamento com temperabilidade
média. Pode passar pelo processo de
nitretação para elevar a resistência
ao desgaste!

Aplicações
É empregado na fabricação de dife-
rentes componentes mecânicos com
elevada resistência mecânica combi-
nada com resistência à fratura. É uti-
lizado em componentes para sistemas
mecânicos de uso geral, especialmen-
te quando o aço SAE 1045 não pode
ser aplicado, por causa de sua
38
melhor capacidade de endurecimento
em seções transversais, resistência à
fadiga e à fratura.
Ainda tem uso na fabricação de rola-
mentos, buchas, cilindros, engrena-
gens, eixos hidráulicos, eixos furados,
etc.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES
– W.Nr. 1.6546
Barras laminadas e
– DIN 40NiCrMo22
forjadas nos formatos
– UNS G86400
bloco, quadrado e re-
– VB40
dondo.
– GERDAU 8640

CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE
Temperatura mínima
de 900ºC e máxima
de 1220ºC. 8640
39
Propriedades
Mecânicas
Densidade: 7,85 g/cc

Dureza Brinell: 210

Dureza Rockwell HRC: 53/60

Proporção de Poisson: 0.29


40
Módulo de elasticidade: 205 GPa ou
297000 ksi

Módulo em massa: 160 GPa ou


23200 ksi

Resistência à tração: 945 Mpa ou


137000 psi

Tratamento Térmico

O tratamento deve ser feito na


RECOZIMENTO

temperatura próxima de 830ºC por


no mínimo 1 hora para cada 25
mm. Resfriar lentamente no forno
até 300ºC e a seguir em ar calmo.

O tratamento deve ser feito na


NORMALIZAÇÃO

temperatura próxima de 860-


880ºC por no mínimo 1 hora para
cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em
casos especiais pode utilizar ar
forçado.

41
Austenitização em temperatura
entre 840-860ºC. Aquecer por 1
hora para cada 25 mm de espes-
TÊMPERA

sura. Resfriar em óleo ou polímero


de têmpera. O resfriamento em po-
límero conduz a menor variação di-
mensional e maior homogeneidade
microestrutural.
Deve ser realizado imediatamente
após a têmpera quando a tempera-
tura atingir cerca de 70ºC. A tem-
peratura de revenimento deve ser
selecionada de acordo com a dure-
za especificada para o componen-
REVENIMENTO

te. Para isto utilizar a curva de


revenimento orientativa. Manter na
temperatura de revenimento por
no mínimo 1 hora para cada 25
mm de espessura e utilizar no mí-
nimo por duas horas. Não revenir
no intervalo de temperatura entre
230-370ºC por causa da possibili-
dade de induzir à fragilidade ao re-
venido.
42
Este aço pode ser nitretado para
elevar a resistência ao desgaste
pelo endurecimento superficial. A
dureza máxima
NITRETAÇÃO

depende da condição prévia de


tratamento térmico. Componentes
beneficiados antes da nitretação
terão melhor característica de en-
durecimento. Recomenda-se pro-
fundidade de endurecimento entre
0,30 e 0,60 mm.
SUPERFICIAL
TÊMPERA

Pode ser realizada por processo de


chama ou indução para durezas su-
periores a 50 HRC.

43
Curva de Temperabilidade

Curva de Revenimento.
Têmpera a partir de 850ºC.

Barras e Blocos de aço 8640


Orçamento Online

44
AÇO SAE 8620 PARA
CEMENTAÇÃO
Composição Química
C Si Mn Ni Cr Mo

0.18- 0.20- 0.70- 0.40- 0.40- 0.15-


0.23 0.35 0.90 0.70 0.60 0.25

Ligado ao níquel, cromo e molibdênio,


o SAE 8620 é um aço para cemen-
tação e posterior beneficiamento – o
que lhe confere melhor temperabili-
dade. A cementação aumenta a resis-
tência ao desgaste em um núcleo de
boa resistência mecânica e à fratura.
Após cementação a dureza superficial
pode atingir 62 HRC.
Aplicações
Tem uso em componentes mecânicos,
como: pinos guia, anéis de engrena-
gem, colunas, cruzetas, catracas, ca-
pas, eixos, coroas, virabrequins, eixos
comando, pinos, guia, pinhões, engre-
nagens em geral.
45
DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES
– W.Nr. 1.6523
Barras laminadas e
– DIN 21NiCrMo2
forjadas nos formatos
– UNS G86200
bloco, quadrado e re-
– VB20
dondo.
– GERDAU 8620

CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE
Temperatura de mí-
nima de 900ºC e
máxima de 1240ºC. 8620

46
Propriedades
Mecânicas
Densidade: 0.283

Gravidade específica: 7.8

Calor específico: 0.1

Ponto de fusão: aproximadamente


1427º C

Condutividade térmica: 26

Dureza Brinell: 180

Dureza Rockwell HRC: 55/62

47
Tratamento
RECOZIMENTO Térmico

O tratamento deve ser feito na


temperatura entre 820-840ºC por
no mínimo 1 hora para cada 25
mm. Resfriar no forno.

O tratamento deve ser feito na


NORMALIZAÇÃO

temperatura próxima de 910-


930ºC por no mínimo 1 hora para
cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em
casos especiais pode utilizar ar
forçado.

Cementação em caixa, a gás ou em


banho de sal. A temperatura deve
estar entre 900-925ºC. O tempo
CEMENTAÇÃO

de cementação deve ser controlado


em função do potencial de carbono
e da profundidade de endurecimen-
to especificados. A cementação
deve ser seguida pelo beneficia-
mento.
48
Quando realizada diretamente após
a cementação, diminuir a tempera-
tura até 840-860ºC, manter pelo
tempo necessário para homogenei-
TÊMPERA

zar a temperatura na seção trans-


versal e resfriar em óleo ou água
dependendo da seção e geometria.
Para têmpera convencional utili-
zar a temperatura de 840 – 870ºC
com o mesmo procedimento des-
crito.

Deve ser realizado imediatamen-


te após a têmpera quando a tem-
peratura atingir cerca de 70ºC. O
REVENIMENTO

revenimento é realizado em tempe-


raturas entre 150-200ºC. No re-
venimento não há queda significati-
va da dureza, mas se garante uma
melhor resistência à fratura e a
formação de trincas superficiais na
retífica.

49
Este aço pode ser nitretado para
elevar a resistência ao desgas-
NITRETAÇÃO

te pelo endurecimento superficial.


Para a nitretação o componente
deve ser apenas temperado e re-
venido ou recozido. É indispensável
a presença da camada branca com
espessura superior a 12 mm.

Curva de Temperabilidade (máxima).


50
Têmpera a partir de 850ºC.
Revenimentos duplos de 2 horas cada.

Barras de aço 8620


Orçamento Online

51
AÇO SAE 5160
PARA MOLAS

Composição Química

C Si Mn Ni Cr Mo

0.56- 0.15- 0.75- 0.70- 0.03 0.04


0.64 0.35 1.00 0.90 (máx.) (máx.)

É um aço para molas com alto teor de


carbono e cromo. Oferece excelente
tenacidade, alto nível de ductilidade e
excelente resistência à fadiga.

Aplicações
Utilizado no campo automotivo em
uma série de aplicações de molas pe-
sadas, especialmente para molas de
lâmina. Sua robusta resistência é fre-
quentemente implementada em apli-
cações com seções transversais me-
nores sob tensão significativa, como
molas, fixadores e molas de lâmina
em suspensões de automóveis.
52
Também é utilizado na construção de
raspadores e para-choques e pode fa-
zer um ótimo fio de faca durável e fle-
xível.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS
FORNECIMENTO
FABRICANTES

Barras laminadas e
– VR 60
trefiladas em ferro
– GERDAU 5160
chato.

CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperaturas entre
1149º e 1204° C.
5160

53
Propriedades
Resistência à tração: 958 MPa-550
MPa

Módulo elástico: 190-210 GPa

Coeficiente de Poisson: 27-30

Alongamento na ruptura (em 50


mm): 17.20%

Condutividade térmica: 46.6 W/mK

Dureza Brinell: 200

Dureza Rockwell HRC: 53/60


54
Tratamento Térmico
RECOZI-
Procedimento a 788° C e, em se-
MENTO

guida, resfriar a ar.


ENDURECIMENTO NORMALIZAÇÃO TÊMPERA

Banho de sal / óleo a 850º C.

A normalização deve ser a 871° C


por um longo período de tempo se-
guido de resfriamento a ar.

O endurecimento deve ser a 829°


C seguido por uma têmpera em
óleo.

O revenido pode ser entre 190º C


REVENIMENTO

a 648° C dependendo da dureza


desejada. As facas devem ser tem-
peradas de 190º a 204° C.

Aço Mola 5160


Orçamento Online
55
AÇO SAE 6150
PARA MOLAS

Composição Química

C Si Mn NI Cr Mo V

0.48- 0.15- 0.70- 0.80- 0.03 0.04 0.15


0.53 0.35 0.90 1.10 (máx.) (máx.) (min.)

É um aço de mola do tipo cromo-vaná-


dio. Sua liga possui adição de vanádio
pequena, mas eficaz, para importar
maior dureza. Suas principais proprie-
dades são alta temperabilidade e boa
ductibilidade, mas tem baixa soldabili-
dade.
Na condição temperada e revenida,
apresenta alta resistência mecânica e
à fadiga.

Aplicações
É comumente usado em peças de má-
quinas altamente estressadas, incluin-
do eixos, engrenagens, pinhões
56
e também em componentes de ferra-
mentas manuais.
Também é amplamente utilizado na in-
dústria de veículos automotores. É
adequado para muitas aplicações ge-
rais de engenharia que exigem alta
resistência à tração e tenacidade.
Também é utilizado na construção de
raspadores e para-choques e pode fa-
zer um ótimo fio de faca durável e fle-
xível.

DENOMINAÇÃO
CONDIÇÕES DE
DOS FABRI-
FORNECIMENTO
CANTES

– VN 50 Barras laminadas e
– GERDAU 6150 trefiladas redondas.

57
CORES DE
FORJAMENTO IDENTIFICAÇÃO
AÇOS NOBRE

Temperaturas en-
tre 1175º e 870ºC.
Não forjar abaixo de
6150
840°C.

58
Propriedades
Densidade (x 1000 Kg/m3): 7.7-
8.03 (a 25º C);

Proporção de Poisson: 0.27-0.30 (a


25ºC);

Módulo Elástico (GPa):190-210 (a


25º C);

Resistência à tração (Mpa): 667.4


(recozido a 815º C);

Força de rendimento (Mpa): 412.3


(recozido a 815º C);

Alongamento (%): 23.0 (recozido a


815º C);

Dureza Brinell: 220

Dureza Rockwell HRC: 55/62

59
RECOZIMENTO O recozimento pode fazer com que
ele obtenha excelente usinabilida-
de. Austenitização a 760ºC, segui-
da de um iso-recozimento a 680ºC.

Têmpera de óleo à mão quente,


65ºC. Tempere o aço SAE 6150
TÊMPERA

imediatamente. Observe que os


fornos a vácuo devem ter capaci-
dade de têmpera de óleo.
ENDURECI- NORMALIZAÇÃO

A temperatura padrão para norma-


lização é 900ºC. Depois, é indicado
usar o modo de resfriamento a ar.
MENTO

Austenitização a 845-885º C.

Recomendado na temperatura de
REVENI-
MENTO

540-680ºC, conforme as proprie-


dades necessárias.

Aço Mola 6150


Orçamento Online
60
Tabela de Tolerância
para Barra Laminada
Redonda (mm)

BITOLA AFASTAMENTO OVALIZAÇÃO

15,00 – +- 0,50 Máx. 0,75


25,00
>26,00 – +- 0,60 Máx. 0,90
35,00
>36,00 – +- 0,80 Máx. 1,20
50,00
>51,00 – +- 1,00 Máx. 1,50
80,00
>81,00 – +- 1,30 Máx. 1,95
100,00
>101,00 – +- 1,50 Máx. 2,25
120,00
>121,00 – +- 2,00 Máx. 3,00
160,00
>161,00 – +- 2,50 Máx. 3,75
200,00
>201,00 – +- 3,00 Máx. 4,50
220,00
>221,00 – +- 4,00 Máx. 6,00
250,00
61
Tabela de Tolerância
de Barras Quadradas
(mm)

DIFERENÇA
RAIO DE
AFASTA- DE DIAGO-
BITOLA CANTO
MENTO NAIS MÁXI-
(MM) MA (MM)

80,00 +- 1,00 16 2,80

80,00 –
+- 2,00 18 3,00
100,00

100,00 –
+- 2,20 20 4,50
120,00

120,00 –
+- 3,00 20 4,50
150,00

62
Tabela de
Tolerâncias – H
FAIXAS DE
BITOLAS H7 H8 H9
(MM)

1a3 0,010 0,014 0,025

3a6 0,012 0,018 0,030

6 a 10 0,015 0,022 0,036

10 a 18 0,018 0,027 0,043

18 a 30 0,021 0,033 0,052

30 a 50 0,025 0,039 0,062

50 a 80 0,030 0,046 0,074

80 a 120 0,035 0,054 0,087

120 a 180 0,040 0,063 0,100

63
FAIXAS
DE H10 H11 H12 H13
BITOLAS
(MM)

1a3 0,040 0,060 0,100 0,140

3a6 0,048 0,075 0,120 0,180

6 a 10 0,058 0,090 0,150 0,220

10 a 18 0,070 0,110 0,180 0,270

18 a 30 0,084 0,130 0,210 0,330

30 a 50 0,100 0,160 0,250 0,390

50 a 80 0,120 0,190 0,300 0,460

80 a 120 0,140 0,220 0,350 0,540

120 a
0,160 0,250 0,400 0,630
180
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