Você está na página 1de 29

1º ANO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

1
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: PROJETO DE VIDA

ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – INTEGRAL E PROFISSIONAL

PET VOLUME: 04/2021

NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO: INTEGRAL

SEMANA 1

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Bem-estar pessoal, interação social.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações
linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Idade Média, Organização social na antiguidade clássica,
renasci- mento cultural, reformas religiosas, Émile Durkheim – o fato social, solidariedades, Max Weber
– ação social.
Habilidades socioemocionais: Solidariedade, colaboração e gentileza.

TEMA: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 1).


Ainda sobre este assunto, tão necessário para o mundo no qual todos vivem, você vai continuar a
pensar sobre como pode ajudar outras pessoas e como motivar mais gente a também fazer parte
da transfor- mação do mundo. Desejar a mudança do mundo não é suficiente, tampouco ficar de
braços cruzados esperando que algo aconteça. É preciso muito mais do que a vontade de ver a
transformação, é preciso fazer parte dela. A mudança precisa começar em cada uma das pessoas.
É como o Mahatma Gandhi fa- lou: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Não dá para
esperar que as outras pessoas mudem, comece a agir e a fazer a diferença dentro de você!

Nesta aula você vai ver como a solidariedade pode se transformar em ações
mui- to legais e que qualquer pessoa pode fazer parte delas a partir do
Voluntariado.

2
Disponível em: <https://static.vecteezy.com/ti/fotos-gratis/p2/894865-maos-de-uma-crianca-
segurando-globo-foto.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2021.

3
RECAPITULANDO
Nas aulas passadas você refletiu sobre como uma das características de um Jovem Protagonista, a
so- lidariedade, é tão importante para todo ser humano e sobre como é possível contribuir na
construção de um mundo mais solidário.

ATIVIDADES
1 - Você sabe o que é um voluntário? Defina com suas palavras.

2 - Você já foi voluntário ou viu alguma ação de voluntariado na sua escola ou comunidade? Conte
como foi a ação.

Ser voluntário é doar tempo em uma atividade que não é remunerada financeiramente, porém traz
mui- tos benefícios, como o aprendizado e a sensação de fazer a diferença na vida de pessoas e no
mundo, de modo geral. É também uma oportunidade de crescer e atuar como cidadão, sendo
agente de trans- formação da sociedade.
Quando uma pessoa atua de fato na sociedade, ganha voz, aprende com as outras pessoas e não
vira um mero espectador do que acontece no mundo. É necessário fazer e se sentir parte das
transformações.
A cada ação que um voluntário executa, ele tem a chance de aprender muitas coisas novas,
adquirir habilidades e competências que talvez nunca tenha pensado em aprender antes. O
voluntariado pode ajudar as pessoas a descobrirem uma causa pela qual elas desejam lutar e
trabalhar. Muitas pessoas passam a encontrar sentido e significado para suas vidas a partir de
ações desenvolvidas voluntaria- mente. Muito legal, não é?
Sabe aquela frase que muitas vezes as pessoas falam: “Fazer o bem sem olhar a quem!” Pois é, é
bem por aí. Quando se é voluntário, nem sempre você sabe quais serão as pessoas que receberão
a sua ação. São pessoas que talvez você nunca tenha visto na vida, mas que, com certeza, serão
gratas a você, pelo que você fizer. Ser voluntário é viver uma experiência única! O trabalho
voluntário é uma forma de viver valores, compreender o entorno social e nele agir, passar da
intenção à ação no âmbito da solidarieda- de, pôr em prática o que sabe e é capaz de fazer,
conviver e dialogar como cidadão responsável.
3 - O voluntariado passou por muitas mudanças ao longo dos anos. Leia o quadro a seguir e reflita
sobre as principais modificações:

QUANDO O
QUÊ
Voluntariado praticamente monopolizado pelo catolicismo (prática da
Idade
caridade para redimir os pecados: doações à Igreja para amparar os
Média necessitados).
Primeiras iniciativas da sociedade civil para combater a pobreza; fundação
Séculos
do primeiro núcleo de trabalho voluntário no Brasil em 1543: Santa Casa
XVI a XVIII
de Miseri- córdia, em Santos.

Nascimento do trabalho voluntário formal, com foco em caridade


Século organizada; participação predominante de mulheres entre os voluntários;
XIX rígidos valores morais; diminuição do peso da religião na ação voluntária.

Voluntariado combativo: atuação voluntária de ação social espontânea


sem uma orientação precisa comum, com características de protesto e
Século XX foco em mudança social; participação predominante dos jovens; ações
– Anos sociais e cria- ção de inúmeras organizações, como a APAE (para
60 incentivar a assistência aos portadores de deficiência intelectual e
múltipla) e o Projeto Rondon, que leva universitários voluntários ao
interior do país.
Intensificação da defesa da total liberdade do mercado (neoliberalismo);
dimi- nuição da assistência social pública; nascimento de um movimento
de ação voluntária para ajudar aqueles que ficaram fora do sistema
Século XX -
(corresponsabilida- de Estado e sociedade civil - ONGs, fundações e
Anos 80
empresas). Muitas conquistas concretas e ações assistenciais, como a
criação da Pastoral da Criança (orga- nismo de ação social da CNBB, da
Igreja Católica) com o objetivo de treinar líde- res comunitários para
combater a desnutrição e a mortalidade infantil.
Novo voluntariado: o voluntário como um cidadão que doa seu tempo,
trabalho e talento, de livre e espontânea vontade, motivado por valores
Século XX de participação e solidariedade, em favor de causas de interesse social e
- Anos comunitário. Iniciativas imediatas da sociedade para resolver seus
90 problemas e pressionar o Estado em favor de políticas públicas
adequadas. Promulgação da Lei do Voluntariado (Lei 9.608), que
regulamenta as condições do exercício do serviço voluntário.
Vale a pena ASSISTIR
Vídeo: Por que o voluntariado pode mudar o mundo/
1
Sofia Calderano/ Ted X Youth @ Porto Alegre.
Autor: Youtube – TEDx
Sofia apresentou seu trabalho no Rio de Janeiro,
com comunidades carentes e reconstrução de
casas. Como o voluntariado transforma a vida não
só do voluntário, mas de quem o cerca e o
impacto disso na sociedade.

(Projeto Teto do RJ - propõe construção de casas emergenciais para comunidade carente. A


mão de obra vem de voluntários, que na grande maioria é formada por mulheres. A Sofia
entrou nessa em 2015 ao propor uma parceria entre a Teto e o Colégio em que estuda).
O Vídeo pode ser acessado no canal oficial da plataforma no Youtube – TED X Talks.
Youtube. (2016, Julho 8) Por que o voluntariado pode mudar o mundo. Sofia Calderano.
TEDxYouth@ PortoAlegre [Arquivo de vídeo]. Disponível em https://www.youtube.com/watch?
v=_Y2KIYyBKTo

Então, estudante, o que achou da aula? Espera-se que você tenha começado a refletir sobre o
volun- tariado como uma das formas de colocar em prática a solidariedade e de fazer parte da
transformação da sociedade. Até a próxima!
1
Youtube. (2016, Julho 8) Por que o voluntariado pode mudar o mundo. Sofia Calderano. TEDxYouth@PortoAlegre [Arquivo de vídeo].

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_Y2KIYyBKTo
SEMANA 2

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Troca de experiências entre as pessoas, aprender na prática.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações
linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: A formação dos grupos humanos, suas interrelações e
transforma- ções, comunidade, sociedades e controle social, a questão da diversidade e o direito à
diferença, ética.
Habilidades Socioemocionais: Solidariedade, responsabilidade e empatia.

TEMA: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 2).


Caro (a) estudante,

Nesta aula você irá identificar as possibilidades de atuar como voluntário e colocar o seu
Protagonismo em ação.

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a refletir sobre como o voluntariado é importante para a prática da so-
lidariedade e sobre como fazer parte da transformação da sociedade.

ATIVIDADES
Muitas pessoas acreditam que não têm talento ou competência para realizar determinadas
atividades. O fato é que cada pessoa possui habilidades e conhecimentos em alguma área ou pelo
menos, abertura e vontade de aprender. Para ser voluntário é necessário, inicialmente, ter o
desejo de contribuir com o outro. Depois de demonstrar o desejo de ajudar o próximo, existem
muitas formas de atuar como um voluntário jovem.
Conviver com realidades diferentes durante uma ação voluntária permite aprender e vivenciar na
prá- tica lições de cidadania e responsabilidade social. Viver na prática a ação voluntária possibilita
mais responsabilidade, solidariedade e consciência dos problemas sociais para se comprometer
com a transformação da sociedade.
1 - Reflita e preencha o quadro a seguir com 2 ações e 2 habilidades que você acredita serem
necessárias para desenvolver ações voluntárias, de acordo com cada campo de atuação:

O bem não existe.


Existem pessoas que realizam boas ações com pessoas concretas e consigo
mesmas.
O que considero necessário
Como me vejo como voluntário
Campos de ação para trabalhar como voluntário
nesse campo de atuação/
voluntária nesse campo de atuação
Ações nesse campo de
(atitudes, co- nhecimentos,
atuação.
habilidades etc.)

Saúde

Defesa da mulher

Deficiências físicas/
intelectuais/mentais

Pobreza

Idosos

Meio ambiente

2 - De acordo com a tabela anterior, escolha três campos de atuação e registre no seu caderno
pelo menos um exemplo de entidade ou ação individual para cada campo de ação voluntária
escolhida.

Então, estudante, viu como é importante pensar sobre como ajudar o próximo? Cada um pode
contri- buir de alguma maneira para o desenvolvimento de ações interessantes e que apoiam a
transformação da sociedade! Até a próxima!
SEMANAS 3

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Troca de experiências entre as pessoas, aprender na prática.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ação Social, sociedades e controle social, ética, cidadania e as
rela- ções interpessoais.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução humana, globalização.
Habilidades Socioemocionais: Solidariedade, cooperação e comunicação.

TEMA: Protagonismo em ação.


Caro (a) estudante, nesta aula você irá pensar sobre como desenvolver ações voluntárias diante do
mo- mento de distanciamento social.

RECAPITULANDO
Na aula passada você refletiu sobre as possibilidades de atuar de maneira voluntária de formas diversas.
Este também é um assunto bastante pertinente para o cenário atual que todos estão vivendo, pois
a partir de ações voluntárias, muitas pessoas também estão sendo ajudadas durante a pandemia
da Covid-19.

ATIVIDADES
Além das ações voluntárias vistas na aula anterior, existem outras possibilidades de atuação.
Dentro da escola, por exemplo, você pode ser um voluntário, sendo um estudante monitor de
algum componente curricular que você tenha mais facilidade. Legal, não é?
Para além da escola, na sua comunidade, bairro, cidade e até mesmo fora do país podem existir
muitas Instituições que atuam voluntariamente. É importante que você pesquise e descubra quais
são as pos- sibilidades, de acordo com seu perfil e área de interesse.
Neste momento de pandemia e distanciamento social, existem iniciativas de voluntariado online,
você sabia? Tem muita gente se mobilizando para apoiar quem mais está precisando neste
momento, seja por meio de arrecadação de alimentos, roupas, kits de higiene, campanhas de
doação de sangue ou até mesmo com demonstrações de carinho e afeto.
Se tornar um voluntário é um ato de amor, compaixão, justiça, respeito e, sobretudo,
solidariedade. Assumir a responsabilidade de ser um voluntário exige verdade e compromisso com
o outro e esse compromisso deve ser cumprido e honrado.
1 - Leia os três textos a seguir e descubra o que eles têm em comum. Escreva suas conclusões nas
linhas abaixo do último texto.
2
Uma gota d’água
Um dia, um enorme incêndio alastrou-se pela floresta. Todos os animais, vendo as chamas
cada vez mais próximas, decidiram salvar-se. Correram até o final da floresta e lá,
impressionados e sentin- do-se desamparados, ficaram observando o fogo devorar seu lar.
Todos os animais, menos um: o beija-flor, que decidiu fazer alguma coisa. Voou até o riacho
mais próximo, apanhou uma gota d’água com o bico e levou-a até as chamas. E o beija-flor ia
e vinha sem parar, voando entre o riacho e o incêndio, incansável e concentrado em sua
tarefa, sem perder a paciência nem a velocidade. Apa- nhava uma gota e deixava-a cair sobre
as labaredas. Enquanto isso, o fogo continuava forte, e os ou- tros animais observavam seus
esforços, espantados e incrédulos. “Você é pequeno demais,” diziam eles ao beija-flor. “Você
não vai conseguir apagar o fogo. O que é que você acha que está fazendo?” Enquanto se
preparava para mais um mergulho, o beija-flor respondeu: “Estou fazendo o melhor que posso!” E
isso é o que somos chamados a fazer. Não importa quem somos ou onde estamos, nem quais
são nossos recursos. Somos chamados para fazer o melhor que pudermos!
2
Conto narrado por Wangari Maathai, fundadora do Movimento Cinturão Verde e vencedora do Prêmio Nobel da Paz em
2004.

3
Um floco de neve
– Diga-me, quanto pesa um floco de neve? – perguntou um beija-flor a um pombo.
– Nada – foi a resposta.
– Então vou contar-lhe uma história – disse o beija-flor. Um dia pousei num galho de pinheiro,
perti- nho do tronco. Estava começando a nevar. Não era tempestade de neve, era como num
sonho, sem nenhuma violência. Como não tinha mais nada para fazer, comecei a contar os
flocos de neve en- quanto caíam sobre o galho em que eu estava. O número exato foi 3.741.952.
Quando o floco seguinte caiu, sem peso, segundo você..., o galho se quebrou.
E, dizendo isso, o beija-flor partiu.
(Talvez falte apenas a colaboração de só mais uma pessoa para que a solidariedade abra seu
cami- nho no mundo.)
3
KAUTER, Kurt apud. FARJADO, José Carlos García. Manual del Voluntario. Universidad Complutense de Madrid, 2001. 3a edição. p.
107.

4
Uma gota d’água, um floco de neve...
Com caixas de papelão que antes eram restos de materiais de lojas e supermercados, uma
ONG in- diana melhorou a vida escolar de crianças carentes, inventando uma mochila-carteira
(Help- -Desk)
– um objeto que serve de mochila para transportar material escolar e vira carteira para
escrever.
Carregar uma mochila, ter transporte e estudar numa sala de aula com carteiras é um sonho
distante para muitas crianças de famílias que ganham menos de um dólar por mais de 10 horas
de trabalho por dia.
Depois de muitas experiências infrutíferas, surgiu a Help-Desk, com a qual as crianças não
precisam mais passar horas encurvadas para escrever no chão. Foram beneficiados 10 mil
estudantes de 600 escolas.
Neste momento, o grupo de voluntários e profissionais da ONG, que se chama AARAMBH,
está ten- tando descobrir um jeito de fazer a mochila-carteira coberta com algum material
que a proteja da chuva. Enquanto isso, mesmo que a mochila-carteira não dure para sempre,
é possível substituí-la a um custo de 20 centavos.
Você pode ver a mochila-carteira e algumas crianças beneficiadas com essa iniciativa num
filme de dois minutos.
4
WORLDWIDE, DDB. Aarambh: Help Desk. Youtube, 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZPUFpEbkOoc>
Acesso em 30 jul. 20.
a) O que esses três textos têm em comum? E o que eles têm a ver com o tema “Jovem
voluntário”? Escreva aqui suas considerações:

2. Qualquer pessoa pode ser voluntária, independentemente de sua situação pessoal e de seus
motivos. É bom conhecê-los para avaliar se eles são suficientemente fortes para que você
assuma um compromisso firme e duradouro com o voluntariado. Partindo disso, qual é o peso
de cada um dos itens abaixo em sua decisão de ser um jovem voluntário? Anote ao lado de cada
um dos itens um número de 0 a 10 (sendo 0 o menor peso possível, que indica que você sequer
considera esse item e 10 o maior peso possível, que indica que ele é de maior importância):

(Lembre-se: não há respostas certas ou erradas! O objetivo é refletir sobre suas motivações.)

Altruísmo, filantropia, solidariedade ( )


Compromisso político ( )
Participação cidadã ( )
Motivações religiosas ( )
Tempo livre ( )
Esquecimento dos problemas pessoais ( )
Conhecimento de outras realidades ( )
Busca por justiça social ( )
Sentimento de culpa ( )
Busca por relações humanas ( )
Busca por experiência profissional ( )
Busca por desafios pessoais ( )
Curiosidade ( )
Outros (indique abaixo) ( )

3 - Pensando em ações de voluntariado, como você acredita que pode atuar de maneira voluntária,
durante o período de distanciamento social?
Então, estudante, o que achou da aula? Ser voluntário é agir com amor e crença de que pode fazer
a diferença na vida de alguém! É ser de fato, um agente de transformação, atuando como um
verdadeiro Protagonista, ajudando também na construção do Projeto de Vida de outras pessoas.
Até a próxima!

REFERÊNCIAS
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto
de Vida. 1ª Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392.
• KAUTER, Kurt apud. FARJADO, José Carlos García. Manual del Voluntario. Universidad
Complutense de Madrid, 2001. 3a edição. p. 107.
• MAATHAI, Wangari. Why “Hummingbird”? Disponível em: https://www.hummingbirdproject.
org/.
• WORLDWIDE, DDB. Aarambh: Help Desk. Youtube, 2013. Disponível em:
<https://www.you- tube.com/watch?v=ZPUFpEbkOoc> Acesso em 30 jul. 20.
• Youtube – TED X Talks – Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_Y2KIYyBKTo>
– 8 de julho de 2016 - Acesso em julho de 2020.
SEMANA 4

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Diversidade nas relações sociais.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, convivência social, interação social, respeito.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações
linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade, Cultura
Material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil, a questão da diversidade e o direito à
diferença.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Características básicas do seres vivos, DNA e RNA,
Cromossomos.
Habilidades socioemocionais: Comunicação, empatia e gentileza.

TEMA: Um mundo melhor depende de mim e de você (Parte 1).


Pensar sobre identidade, convivência entre as pessoas, solidariedade, voluntariado e muitos outros
temas é necessário para que a transformação da própria realidade e do mundo possam acontecer.
Um mundo melhor depende de mim e de você! E é sobre isso que esta aula irá falar.
Nesta aula também será uma oportunidade para pensar sobre a diversidade, algo que é
absolutamente presente em todos os lugares do mundo. Vamos nessa?

RECAPITULANDO
Nas aulas anteriores você refletiu sobre como o voluntariado é importante para a prática da
solidarie- dade e sobre como fazer parte da transformação da sociedade, bem como as
possibilidades de atuar como voluntário e colocar o seu protagonismo em ação. Está lembrado?
Todos os conhecimentos que você vem adquirindo ao longo das aulas vão se complementando
como um grande quebra-cabeça. Ao final do processo de montagem do quebra-cabeça, a
satisfação de ter conseguido montar o jogo é ine- vitável. No caso do seu Projeto de Vida, espera-
se que aconteça o mesmo e que tudo o que está sendo estudado por você esteja fazendo sentido na
construção do seu Projeto de Vida.

ATIVIDADES
Ao pensar sobre sociedade e a transformação da realidade, é inevitável refletir sobre a diversidade.
Diversidade no sentido mais amplo da palavra. A diversidade e a forma complexa que este
conceito tem se desenvolvido é resultado da situação atual da sociedade. Um cenário de muitas
mudanças que acon- tecem com frequência e a valorização e identificação das grandes diferenças
em todos os campos: culturais, políticos, sociais, étnicos, sexuais e quaisquer outros.
A diversidade pode ser compreendida como o conjunto das diferenças e dos valores que são
vivencia- dos pelos seres humanos na convivência em sociedade. Também está ligada aos
conceitos de plurali- dade, multiplicidade, diferentes modos de percepção e abordagem,
heterogeneidade e variedade.
A individualidade de cada pessoa é marcada pela diversidade. É na convivência das
individualidades que é possível compreender o complexo formato da sociedade. As diferenças são,
portanto, uma expe- riência natural da vida em sociedade.
Com a experiência da vida em sociedade e da convivência com a diversidade, infelizmente existem
comportamentos que surgem diante da imperfeição dos indivíduos: a discriminação, a intolerância
e o preconceito. É possível visualizar todos os dias os reflexos destes comportamentos, sendo fruto
da violência e da exclusão social.
Refletir sobre diversidade é extremamente necessário para a construção da identidade, pois é
possível pensar sobre a necessidade de cultivar valores e atitudes que permitam a melhor
convivência e respei- to entre todas as pessoas e o desenvolvimento da humanidade.

1 - Pensando em diversidade no contexto do Brasil, leia o texto a seguir e responda o que se pede:
1
“Diferentes, mas não
Desiguais!” “Viva a Diferença”
Esses dois slogans ilustram campanhas de organizações de movimentos pela igualdade racial
e abri- ram didáticas sobre a diversidade. Fazem parte do conjunto de campanhas e ações de
denúncia de que nem sempre as diferenças são vistas como riqueza em nosso país, apesar de
o Brasil apresen- tar, em sua face externa, a imagem do país da diversidade. Por vezes, e não
em poucos casos, algu- mas diferenças viram sinônimas de defeitos em relação a um padrão
dominante, considerado como parâmetro de “normalidade”. Quando o assunto é diversidade, há
sempre um “mas”, um “também”. Um jovem gay, agredido porque andava de mãos dadas com
seu companheiro, pode ouvir, mesmo dos que reprovam ações violentas, frases do tipo: “Tudo
bem ser gay, mas precisa andar de mãos dadas em público, dar beijo?! Uma mulher vítima de
estupro, ao sair de uma festa, poderá ouvir: Mas também... o que esperava que acontecesse,
andando na rua à noite e de minissaia?” Numa outra situação, uma jovem negra que, mesmo
possuindo as qualificações necessárias para uma vaga, não consegue o emprego sob a
alegação de não preencher o critério subjetivo de “boa aparência” (aboli- do legalmente dos
anúncios dos jornais, mas não do imaginário das equipes de recursos humanos), certamente
ouvirá de pessoas muito próximas: “Também, você precisa dar um jeito nesse cabelo.
Fonte: Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de Educadores/ES Em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais.
Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília: SPM, 2009. p.19.

a) O Brasil, como mencionado no texto, é reconhecido externamente como o país da


diversida- de. Sobre isso, conte algumas das riquezas culturais que você identifica no meio
em que vive como manifestações dessa diversidade:

1
Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de Educadores/ES Em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de con- teúdo.
Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília: SPM, 2009. p.19.
b) “Por vezes, e não em poucos casos, algumas diferenças viram sinônimos de defeitos em
rela- ção a um padrão dominante, considerado como parâmetro de “normalidade”. Como
você en- xerga esse comportamento na sociedade em que vive? Além dos exemplos
citados no texto lido, você tem outros exemplos? Quais?

c) A diversidade está presente na nossa vida e cabe a nós reconhecê-la. Assim, para você,
como é possível melhorar a convivência entre as pessoas e promover a igualdade de
direitos?

É preciso debater sobre o tema DIVERSIDADE! Só assim será possível fazer com que as pessoas
com- preendam que não há convivência em sociedade sem considerar e valorizar as diferenças que
existem entre as pessoas. Muitas vezes este assunto se tornou um tabu, mas é preciso falar, é
preciso ouvir, é preciso mais do que qualquer coisa, repensar as palavras, as atitudes, a forma
como a diversidade é encarada. A única característica que torna os seres humanos iguais são as
suas diferenças, indepen- dentemente de quais sejam elas. Não é possível tornar o mundo um
lugar melhor, sem a tomada de consciência sobre a diversidade que existe em cada um. Até a
próxima aula.
SEMANAS 5

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Diversidade e inclusão social.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, convivência social, interação social, respeito.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações
linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: A formação dos grupos humanos, suas interrelações e
transforma- ções, comunidade, sociedades e controle social, a questão da diversidade e o direito à
diferença, ética.
Habilidades Socioemocionais: Discernimento, comunicação e empatia.

TEMA: Um mundo melhor depende de mim e de você (Parte


2). Caro (a) estudante,
Nesta aula você continuará a refletir sobre a diversidade e verá como ela está ligada à inclusão so-
cial e quais as formas de repensar uma sociedade diversa onde cada indivíduo tenha a sua
identidade respeitada.

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a pensar sobre a diversidade e sobre como é importante identificar
nas diferenças a possibilidade de uma melhor convivência em sociedade.

ATIVIDADES
A diversidade social necessita de um movimento em que haja união e tolerância diante das
diferen- ças. É a partir da compreensão de que a diversidade existe e que ela enriquece
culturalmente, que a sociedade pode passar a conviver de uma maneira mais justa. O respeito às
diferenças precisa de fato existir, pois não basta ter um discurso de que respeita o outro, é preciso
agir com respeito em todas as situações.
Considerar a diversidade social é compreender a tolerância a diferentes grupos étnicos, de
gêneros, religiões, raças, valores, ritmos de aprendizagem entre outros. Não existe um único
padrão cultural, por isso é necessário entender que a imposição de um padrão tido como “correto”
é ditado por diversas instituições e grupos que influenciam um grande número de pessoas da
maneira errada.
A garantia da diversidade vai além de acolher a diferença de qualquer maneira e depois tentar
sobrepor as pessoas e seus direitos. É preciso garantir a cidadania e a participação nos assuntos
da sociedade.
Para saber MAIS:

Conceitos: Xenofobia, intolerância religiosa, homofobia e racismo.


- A xenofobia é a aversão a outros povos com cultura, religião, língua e hábitos diferentes.
- A homofobia é o sentimento de ódio, medo ou repugnância aos grupos LGBTQIA+, ou seja,
qualquer outro modo de exercer a sexualidade diferente da heterossexual.
- Intolerância religiosa é quando há discriminação contra pessoas de diferentes crenças.
- Racismo é a crença de que existe uma escala hierárquica entre as raças e etnias.

1 - Leia a letra da música “Sampa” de Caetano Veloso e responda o que se pede:


2
Sampa – Caetano Veloso E foste um difícil
começo Afasta o que
Alguma coisa acontece no meu coração
não conheço
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
João É que quando eu cheguei por aqui eu nada
Aprende depressa a chamar-te de realidade
entendi Da dura poesia concreta de tuas
Porque és o avesso do avesso do avesso do
esquinas
avesso
Da deselegância discreta de tuas meninas
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Ainda não havia para mim, Rita
Da força da grana que ergue e destrói coisas
Lee A tua mais completa
belas Da feia fumaça que sobe, apagando as
tradução
estrelas
Alguma coisa acontece no meu coração
Eu vejo surgir teus poetas de campos,
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
espaços Tuas oficinas de florestas, teus
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu deuses da chuva
rosto Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto,
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do
mau gosto É que Narciso acha feio o que não é
samba Mais possível novo quilombo de Zumbi
espelho
E os Novos Baianos passeiam na tua
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
garoa E novos baianos te podem curtir
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes
numa boa
VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em:
<https://www.vagalume. com.br/caetano-veloso/sampa.html>.
Acesso em: agosto de 2020.

Sabendo que cada pessoa tem um jeito de ver o mundo e por isso possui uma tendência a
valorizar o que é comum ao seu modo de vida e a gerar preconceitos a respeito do que é
diferente. Assim como o narcisismo é uma maneira exagerada de valorizar a própria imagem e
viver de maneira egocêntrica (pessoa egocêntrica: que pensa apenas em si mesma e que se vê
como o principal ser humano do uni- verso). Responda:

a) Releia o trecho da música na sequência e responda como você enxerga a possibilidade de


viver num mundo sem preconceitos por cor/raça/gênero, por religião e idade?

(...) Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu


rosto Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau
gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho (...)
2
VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/sampa.html>. Acesso em: Agosto de 2020.
Para combater o preconceito existe o conceito muito importante de inclusão social.

O principal ponto da discussão sobre diversidade é sobre como gerar inclusão social por meio do
res- peito às diferenças.
É por meio da inclusão que o diferente passa a ter lugar na sociedade. Quando alguém que possui
carac- terísticas diferentes da maioria é incluído, é possível atuar com compartilhamento e obter
aprendizado e experiências.
Todo mundo ganha ao conviver com as diferenças:
• É possível aprender sobre e com o outro;
• Compreende-se que ser diferente não é ruim ou ser pior do que o outro;
• Ganha-se novas perspectivas de mundo;
• Entende-se que todos têm suas características pessoais.
A inclusão permite que todas as pessoas participem de maneira igualitária na sociedade,
assegurando sua autonomia.
Em uma sociedade democrática é preciso reconhecer todos os seres como livres e iguais e buscar
atra- vés do diálogo, o entendimento, o respeito e a fraternidade.
Muitos grupos sociais lutam para ter seus direitos garantidos, como as mulheres, negros, índios,
pes- soas com deficiência, homossexuais, entre outras minorias.

2 - A seguir temos algumas das mensagens publicadas pela campanha: Onde você guarda o seu
racismo? (2004) - Uma iniciativa de 40 instituições da sociedade civil que têm como objetivo
conscientizar a população sobre a responsabilidade de todos na luta contra o racismo. De
acordo com uma pesquisa que serviu de base para a campanha, 87% dos brasileiros admitem
que há racismo no Brasil, contudo apenas 4% se reconhecem como racista. A partir disso,
escreva um texto dissertativo no seu caderno, que defenda sua opinião sobre as demonstrações
de que vivemos num país racista e ao final proponha uma maneira de impulsionar e consolidar
a igualdade racial em nossa sociedade.
3
Campanha: Onde você guarda o seu racismo?

3
Onde você guarda o seu racismo? Disponível em: <htt p ://w ww .ib ase.br /pt /w p-c onte nt /upl oads/2013/11/B an nercasal. gi f>. Acesso
em: maio de 2014.
PARA SABER MAIS:
(...) 4A primeira Constituição brasileira
O Brasil elaborou a sua primeira Constituição em 1824, dois anos depois de sua
independência de Portugal. Antes disso, o Brasil era uma colônia portuguesa e o que
vigorava, aqui, eram as leis dos portugueses. As leis que eles impuseram, através da força e
da violência: primeiro, contra os indí- genas que aqui viviam, depois contra os negros e as
negras que eles raptavam na África para es- cravizar. E, por fim, contra as próprias mulheres
brancas. Dessa maneira, desde 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, até 1824,
não eram respeitados os Direitos dos indígenas, negros e mulheres de qualquer cor, nem
mesmo o mais elementar de todos os direitos, que é o Direito à vida. Entre 1824 e 1988, o
Brasil teve seis Constituições. Cinco delas ainda excluíam e discriminavam, de várias formas,
os povos indígenas, as pessoas afrodescendentes e as mulheres. Ou seja, mesmo depois da
independência essas constituições não eram democráticas. A nossa Constituição Fede- ral
atual sancionada em 1988, e é muito avançada em termos de direitos, pois dela foram
retiradas todas as discriminações contra as mulheres, de raça, etnia, credo e orientação
sexual e acrescidos direitos reparadores das desvantagens acumulados. Para isso, foram
necessárias muitas lutas. Por tudo isso, ela é chamada de “Constituição Cidadã” (...).
Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres Semeando Cidadania: Caderno de políticas públicas/Secretaria Especial
da Mulher; org. e texto Cristina Buarque, Maria de Oliveira e Celma Tavares – Recife: Secretaria Especial da Mulher,
2008. p. 32.

Só é possível construir uma sociedade mais justa, fraterna, igualitária e preparada para o futuro a
partir da consciência de que todos são iguais em suas diferenças e que o respeito é a base para a
garantia do direito de cada um. Até a próxima.

21
4
Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres Semeando Cidadania: Caderno de políticas públicas/Secretaria Especial da Mulher;
org. e texto Cristina Buarque, Maria de Oliveira e Celma Tavares – Recife: Secretaria Especial da Mulher, 2008. p. 32.

22
SEMANA 6

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


A importância do Projeto de Vida e a capacidade de fazer escolhas baseadas nos objetivos pessoais.

HABILIDADE(S):
Planejamento pessoal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, autoconhecimento e autonomia.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, comunicação
verbal e não-verbal.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ação Social, sociedades e controle social, ética, cidadania e as
rela- ções interpessoais, processo de construção do conhecimento humano e formação do pensamento
socioló- gico.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução humana, globalização.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, compromisso e perseverança.

TEMA: A vida é um projeto.


Caro (a) estudante,
Nesta aula você irá pensar sobre a sua própria identidade, história de vida e perspectiva de futuro.
Para isso vai compreender a importância de um projeto, e neste caso, o seu Projeto de Vida!

RECAPITULANDO
Nas aulas passadas você refletiu sobre a importância do respeito à diversidade e a necessidade de
le- var em consideração que uma sociedade possui a diferença como elemento fundamental em
sua exis- tência e convivência. Viu também que o respeito às diferenças e a inclusão social são as
formas mais importantes de promover uma boa convivência em sociedade.

ATIVIDADES
A construção de qualquer Projeto de Vida, seja pessoal, profissional ou familiar, começa com
algumas perguntas existenciais: Quem sou eu? Que lugares eu ocupo no mundo? Para onde minha vida
deve me levar? Estas perguntas são familiares, não é mesmo? Você vem refletindo sobre cada uma
delas nas aulas de Projeto de Vida, certo?
Para responder a essas questões, além de ser necessário pensar sobre sua história, é necessário
entender que a vida é um projeto desde o momento do seu nascimento. Essa compreensão ajuda
na elaboração do próprio Projeto de Vida como instrumento de realização dos seus objetivos.

23
Projeto de Vida é um processo de planejar e exige que as pessoas se conheçam muito bem,
identifi- quem seus pontos fortes e fracos, gostos e interesses e possam assim estabelecer metas e
estratégias para alcançar seus objetivos e sonhos.
Um projeto é um plano que é flexível para acompanhar as mudanças necessárias que ocorrem
durante a vida. Mesmo não sendo um roteiro fechado, o projeto precisa estar ligado à história de
vida de cada um, o contexto de vida e quais são as expectativas de futuro que cada um possui. É
importante destacar que
o Projeto de Vida, além de ser pessoal e intransferível, necessita de muita autonomia,
compromisso, responsabilidade e obstinação pessoal. Cabe a cada um escrever seu Projeto de
Vida, partindo do mais importante: o seu SONHO!
O autoconhecimento permite que o Projeto de Vida seja muito bem elaborado, pois só sabendo
quem você é, será possível pensar nos caminhos a serem seguidos.
Para o Projeto de Vida, é fundamental saber fazer escolhas e tomar decisões, além de saber lidar
com situações inesperadas e resolução de problemas.

1 - Leia os dois textos a seguir e responda o que se pede:

5
Texto 1
Quando a personagem Alice, no livro Alice no País das
Maravilhas, encontrou o gato e perguntou para ele qual o
caminho ela deveria seguir para sair do lugar onde estava, o
gato respondeu que depen- deria de para onde Alice queria ir.
Alice então disse ao gato que não estava preocupada em
saber aonde ir. O gato falou que se ela não sabia aonde queria
ir, qualquer lugar serviria.
Imagem disponível em: <https://stock.adobe.com/images/id/345579462?
as_
campaign=Freepik&as_content=api&as_audience=404&as_camptype=te
st- bannernofiltersquare-
a&tduid=82ffbb53984e87e735241226b9c7d010&as_
channel=affiliate&as_campclass=redirect&as_source=arvato>.
Acesso em setembro de 2020.

6
Texto 2
O caminho do crescimento Pessoal
[...] A construção de um Projeto de Vida começa quando nosso sonho deixa de ser tratado
como uma fantasia de uma noite de verão e passa a ser percebido por nós como o mapa de
um caminho a ser percorrido, ou o plano de uma ação a ser realizada. O Projeto de Vida é o
nosso sonho passa- do pelo crivo da razão, da racionalidade. Então, eu devo fazer perguntas
como: “Isso é possível?”, “Como eu devo agir para chegar lá?”, “O que eu já tenho?”, “O que eu
preciso conseguir?”, “Onde eu posso conseguir o que me falta?”, “Qual o primeiro, o segundo, o
terceiro passo?”. E vai por aí afora. Quando estruturado com base na razão e no bom senso, o
meu sonho, o meu querer ser, o meu de- sejo transforma-se num Projeto de Vida. Eu sei para
onde vou, sei qual o caminho a ser percorrido e sei o que preciso fazer para chegar lá [...].
[...] “Gente”, segundo Caetano Veloso, “nasceu para brilhar”. Nascemos para vencer e para
ser felizes e, para que isso ocorra, temos de ser capazes de sonhar, de transformar nossos
sonhos em visão inspiradora do futuro e de transformar – com trabalho, esforço, luta e
sacrifício, se necessário – a nossa realidade
Fonte: COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001. p.
32.
5

6
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001. p. 32.
Após a leitura dos textos, relacione-os às frases a seguir. Escreva qual a sua opinião sobre cada
uma das frases:

a) Aprende-se mais errando.

b) Somos reféns do acaso.

c) Vento algum é favorável para quem não sabe aonde quer ir.

d) Toda escolha tem uma intenção positiva.

O exemplo de Alice no País das Maravilhas mostra o quanto é importante ter clareza de qual
caminho seguir, aonde se quer chegar e o que será necessário fazer para alcançar os seus
objetivos. O Projeto de Vida permite que você identifique onde está atualmente e aonde deseja
chegar no futuro. É o caminho entre quem você é e quem você quer ser que faz com que o Projeto
de Vida seja tão importante para cada pessoa.

2 - Para que você consiga construir o seu Projeto de Vida com êxito, é preciso desenvolver sua
capacidade de expressão, o que não depende apenas dos conhecimentos adquiridos através do
processo de pensar sobre quem é e aonde quer chegar e, sim, de algumas atitudes como:

• Compromisso constante consigo mesmo.


• Participação nas conversações em grupo.
• Desenvolvimento nas atividades de expressão escrita.
Sendo assim, qual(is) dessas estratégias lhe parece(m) interessante(s) para a construção do seu
Projeto de Vida? Justifique sua resposta.

3 - Tendo chegado até essa aula, tem sido importante aprender sobre a construção de um Projeto
de Vida? Justifique sua resposta.

4 - Você já realizou algo ou conhece alguém que alcançou um grande feito através de um projeto
traçado?
O que foi? Como planejou?

5 - Você concorda que sua vida poderá ser mais proveitosa se tiver um Projeto de Vida? Por quê?

7
PARA SABER MAIS
“A única revolução possível é a que se faz dentro de nós.” Não é possível libertar um povo
sem, antes, livrar-se da escravidão de si mesmo. Sem [essa revolução interna], qualquer
outra será insignifican- te, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso. Cada pessoa tem
sua caminhada própria. Faça o melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá
na mesma proporção de seu esforço. Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e
a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc. Nossa caminhada somente
termina no túmulo. Ou até mesmo além... Segue a essência de quem teve sucesso em vencer
um império...
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>.
Acesso em: out. 2013.

7
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>. Acesso
em: out. 2013.
6 - Agora, preencha os espaços abaixo de acordo com o que se pede:

Meu passado –
Escreva sua
história de vida:

Meu presente –
Escreva a situação
na qual você se
encontra:

Meu futuro –
Escreva aonde
você quer
chegar:

Para REFLETIR
1-Você pilotaria um carro sem saber dirigir?
2- Você se jogaria em alto-mar sem saber nadar?
3- Você pilotaria um avião sem ter um certificado que atestasse sua capacidade para
pilotar? 4- Você comandaria um navio sem bússola para guiá-lo?

Então, estudante, espera-se que esta aula tenha despertado ainda


mais a sua motivação para seguir em frente na busca da realização
dos seus sonhos a partir do seu PROJETO DE VIDA! Até a próxima!

REFERÊNCIAS
• COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo
Horizonte: Modus Faciendi, 2001. p. 32.
• GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de
nós. Disponível em: <http://www.
ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>. Acesso em: out.
2013.
• Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de
Educadores/ES Em Gênero, Orientação Se- xual e
Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão
2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília: SPM, 2009.
p.19.
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação.
Material do Educador: Aulas de Projeto de Vida. 1ª Série
do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392.
• Onde você guarda o seu racismo? Disponível em:
<http://www.ibase.br/pt/wp-content/
uploads/2013/11/Bannercasal.gif>. Acesso em: Maio de
2014.
• Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres
Semeando Cidadania: Caderno de políticas
públicas/Secretaria Especial da Mulher; org. e texto
Cristina Buarque, Maria de Oli- veira e Celma Tavares –
Recife: Secretaria Especial da Mulher, 2008. p. 32.
• VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em:
<https://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/
sampa.html>. Acesso em: Agosto de 2020.

Você também pode gostar